O Pátio - Edição 27

ESCOLA PORTUGUESA DE MOÇAMBIQUE

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CENTRO DE ENSINO E LÍNGUA PORTUGUESA

10 contos

ANO V

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NÚMERO 27

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OUTUBRO 2005

Pessoal Docente e Pessoal Auxiliar em formação

Avaliar, reavaliar, melhorar...

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JORNAL MENSAL

SUMÁRIO Editorial A EPM-CELP em foco Notícias curtas Dia Mundial da Alimentação Muita Fruta O fim da ditadura do papel e do lápis A nossa gente Inglês no 1.º Ciclo Dia dos Avós Espaço dos Ciclos Educação Pré-Escolar e 1.º Ciclo do EB 2.º e 3.º Ciclos do EB e Ensino Secundário Fotoreportagem Formação do pessoal auxiliar e do pessoal docente Centro de Formação

Inovações Pedagógicas

Mat@ e Inglês

2

3 4 4/5 4 5 5

6 7

8/9 9

Centro de Recursos Educativos

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Rostos da Escrita Quem é Júlia Nery?

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O Livro do Mês A Idade do Ferro

11

Aprender para além das aulas

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Oficina de Escrita Criativa

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Laboratório de Matemática

13

A EPM-CELP em Foco (novamente!)

Notícias curtas 14 Finalistas em acção...

15 Flora da Escola 15 Última Página Homenagem a Calane da Silva Países e Povos na Escola

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EDITORIAL Registamos, com agrado, mais uma edição do nosso jornal “Pátio das Laranjeiras”.

Se no número anterior, se realçou a abertura do ano lectivo, a edição deste mês apresenta já relatos de resultados de acções desenvolvidas. Através da leitura dos seus artigos, pode ver-se que a EPM-CELP é uma instituição que fervilha de actividades, que a colocam certamente “Em Foco” (uma rubricas do jornal)…

Somos, sem qualquer sombra de dúvida, uma instituição de formação e ensino. É por esse motivo que julgamos importante destacar alguns artigos.

Em primeiro lugar – e porque esta é uma das nossas principais preocupações – destacamos a implementação e generalização de duas inovações pedagógicas, nomeadamente, o ensino da matemática assistida por meios informáticos e a extensão do estudo da língua inglesa ao ensino básico (vejam-se os artigos da páginas 4 e 5).

Em segundo lugar, se é verdade que nos preocupamos com a formação dos nossos “clientes” directos (os alunos), é também verdade que nos preocupamos com a formação dos promotores dessa formação, isto é, com a formação dos professores e dos auxiliares de acção educativa. Destacamos, por isso, as duas reportagens fotográficas que esta edição incorpora, bem como os dois pequenos artigos que se lhe referem directamente (vejam-se as págs. 8 e 9).

Pensando melhor, o melhor é ler todo o nosso jornal. Boas leituras, então…

A EPM-CELP EM FOCO notícias curtas

notícias curtas

Escrita criativa

Na sala dos computadores

Dando continuidade a esta actividade de estímulo da expressão literária, todas as terças feiras se realiza no espaço da biblioteca, uma sessão de trabalho.

De forma lúdica, com jogos de rimas, acrósticos, caligramas, ou sob o estímulo de poemas de Fernando Pessoa e outros, os mais pequenos são levados de palavra em palavra, de som em som, à construção, desconstrução e reconstrução de pequenos textos.

A sala dos computadores enche. Da abertura, às 7:15, ao fecho pelas 17:30, e sobretudo nos intervalos, é um corrupio de alunos a ver quem apanha um computador disponível.

Também os professores do primeiro ciclo se começam a aventurar nos domínios da informática, iniciando os seus alunos nalguns sites de actividades didácticas e nos jogos educativos já instalados nos computadores.

Contabilizámos o número de alunos que passaram por este espaço num dia: 70 alunos em média. E se mais computadores houvesse…

Oxalá venha à luz a hora em que se possa dizer o mesmo do espaço dedicado

Ver Trabalhos na pág.11.

à leitura espontânea.

Caça ao Retrato Caça ao Retrato é um concurso promovido pela biblioteca e que pretende levar os alunos a aprender a investigar. A partir de uma frase dada, o aluno deverá identificar uma personagem de uma história.

O tesouro está escondido nas páginas de um livro, algures numa estante do primeiro andar da biblioteca. Folhear é preciso! Folhear procurando encontrar a personagem descrita no texto afixado no expositor da Biblioteca e outros espalhados pela escola.

Desfolhem pois, que o vosso faro de Sherlock Holmes vai, com certeza, apurar-se para futuras investigações mais sérias…

Auditório Carlos Paredes

Salas para Formação

176 lugares / Palco / Bastidores Sistema de tradução simultânea Projecção de vídeo / DVD em ecrã gigante Ar condicionado Sistemas de som e de iluminação Ao seu dispor. Contacte-nos.

110 computadores Internet Impressão de documentos Projecção de vídeo Digitalização Ar condicionado Ao seu dispor. Contacte-nos.

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A EPM-CELP EM FOCO notícias curtas Escritor do mês Todos os meses têm um rosto: o do escritor eleito. Os contornos do mês de Outubro são femininos: Júlia Nery. Autora de variados títulos nos domínios da ficção e do teatro, Júlia Nery é professora, realizando um importante trabalho na dinamização de professores e alunos para a escrita. A este título esteve também na nossa escola no ano de 2003 e 2004 nos dois simpósios promovidos pela EPM-CELP. Esperamos Pessoa para Novembro. Vê-lo-emos deambular pelos pátios, espreitando por trás das colunas dos corredores, desdobrando-se nos seus heterónimos. Não se assustem, ele é assim mesmo. E, neste jogo das escondidas, quer apenas levar-vos até si... camuflado nas estantes da biblioteca,

Dia Mundial da Alimentação A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, FAO, celebra todos os anos, o Dia Mundial de Alimentação no dia 16 de Outubro, data em que foi fundada a Organização em 1945.

Este ano, a FAO comemorou este dia com o tema “Agricultura e Diálogo de Culturas”. Este tema salienta a contribuição que as culturas diferentes exercem na agricultura mundial e declara que um diálogo intercultural sincero é a pré-condição para a luta contra a fome e a degradação ambiental.

“A alimentação é essencial para a vida; sem ela nada acontece: não há aprendizagem, não há comércio, não há arte, não há literatura, não há progresso. A fome é o maior condicionamento imposto ao desenvolvimento humano e ao gozo dos direitos humanos.

Não só destrói a vida e a esperança dos indivíduos, como prejudica também a paz e a prosperidade dos países.”1 Na nossa Escola, no dia 17 de Outubro, os alunos do pré-escolar e do 1º ciclo comemoraram também o Dia Mundial de Alimentação.

Ficaram a conhecer o significado histórico deste dia e a importância de uma Alimentação equilibrada para a saúde do indivíduo.

Os alunos observaram e identificaram alguns alimentos adquiridos no mercado local, agrupados de acordo com os sete grupos da Roda Alimentar e compreenderam o papel que cada grupo de alimentos tem para o bom funcionamento do nosso corpo.

T.M. 1

claro.

Mensagem do Secretário-Geral das Nações Unidas, Kofi Annam, por ocasião do Dia Mundial da Alimentação

Muita Fruta

“Reforços” A Escola conta, desde este mês, com novos “reforços”. Trata-se da Mestre Teresa Noronha, que desempenha funções na Biblioteca, da Dr.ª Manuela Frias, do Engenheiro Adelino Frias e do Mestre Pedro Bugarin.

Boas vindas!

Nascimento Mais um rebento chegou ao nosso Mundo. A Marta, assim se chama a pequenina, nasceu em Agosto último e é filha da professora Sara Teixeira.

O P.L. deseja as maiores felicidades à família e votos de bom regresso à professora.

Os sumos naturais são líquidos que podem ser produzidos por frutos, hortaliças ou legumes.

Estes têm nutrientes muito ricos que fazem bem à saúde das pessoas, podendo evitar doenças ou diminuí-las.

O sumo natural de frutos tem muito mais valor nutritivo quando é fresco e bebido na hora em que foi retirado dos próprios frutos, pois, ao ir para a geleira, vai perdendo o seu valor. Por ser natural, é puro e não contém aditivos nem conservantes, é apenas o liquído da própria fruta.

Para além de proteger das doenças, contribui para a saúde cardiovascular (coração e vasos sanguíneos), aumenta a capacidade física, ajuda a baixar a pressão arterial, a descansar melhor, a ter mais energia, suaviza a pele, regula o sistema orgânico e deixa os cabelos mais brilhantes.

Vikesh Samgi, 6.ºano

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No dia 11 de Outubro na aula de Ciências da Natureza, nós fizemos uma coisa diferente. Fomos ao Pátio das Laranjeiras confeccionar sumos de laranja para muitas pessoas.

Depois de preparado o sumo, cada um de nós bebeu um copo de sumo de laranja e, em seguida, convidámos os membros da Direcção da Escola para beberem o sumo delicioso e fresco.

No intervalo, os alunos de outras turmas foram também convidados a beber o sumo que preparámos como forma de divulgar a todos, a importância de beber sumos de frutas naturais.

Todos aqueles que beberam gostaram do sumo que preparámos e a nossa turma achou esse dia muito divertido, pois tivemos uma aula diferente.

Alunos do 6º ano

A EPM-CELP EM FOCO Matemática assistida por computador do 1.º ao 12.º ano de escolaridade

O fim da ditadura do papel e do lápis Como professor de matemática interrogo-me: por que é que no meu tempo de estudante (há onze anos atrás!), os maus resultados de Matemática não eram tema de abertura dos serviços noticiosos ou não faziam manchete nos principais jornais nacionais, quer eles fossem periódicos ou semanários? O que é que mudou desde então? Será que ser ou não ser um aluno razoável a Matemática se deve a factores genéticos, como alguns “iluminados” defendem? Será que, na minha altura de estudante, a comunicação social tinha outras prioridades? Será que, naquele tempo, a sociedade se regia por outros valores? Será que os professores dessa altura já estão todos fora do sistema? Será que nesses tempos os alunos eram mais empenhados e trabalhadores?

A resposta à primeira questão e, consequentemente, às seguintes, deixam de fazer qualquer sentido, perante a chamada evolução tecnológica. E o que é que isso tem a ver com a escola? Bem, tudo!

Há quinze anos atrás, a maioria das escolas ainda não tinha computadores nas suas instalações e a Internet estava ainda a dar os primeiros passos. A escola e as bibliotecas eram as únicas fontes de saber disponíveis, e o saber livresco detinha o fascínio incrível de nos fazer transportar para outros mundos e dimensões.

A arqui-rival da Escola era, então, a Televisão; mas os programas de ciência não abundavam assim tanto (apesar de existirem mais do que agora!) e o tsunami do tele-lixo era uma onda inconsequente que passava despercebida. A

escola conseguia acompanhar as necessidades da sociedade, e o que era visto como difícil ou mais complicado era encarado como um processo natural da educação; palavras como esforço, empenho e dedicação, não caiam em saco roto, sendo bastante valorizadas.

Com a evolução tecnológica e a consequente simplificação de procedimentos, no sentido da obtenção de um maior rendimento no menor espaço de tempo possível, o computador passou de “objecto de luxo” a um bem de primeira necessidade – e tudo isto num ápice!

A Escola, como motor do desenvolvimento social, não podia (e nem pode!) ficar imune a esta realidade, pelo que a sua prática pedagógica terá que, forçosamente, sofrer alterações profundas.

De facto, actualmente, a maioria das crianças de seis anos já navegam na Internet e já possuem um endereço de correio electrónico. Isto é, a criança de hoje tem ao seu dispor um admirável mundo novo à distância de um simples clique, onde pode fazer quase tudo. Se isto é verdade para os mais novos, o que dizer então das crianças mais velhas ou dos adolescentes? Nem vale a pena falar! É na resolução deste binómio (ensino/ tecnologia) que reside o sucesso da Escola do futuro, e a solução consiste em mostrar às novas gerações de alunos o mesmo que foi mostrado à nossa, e às outras anteriores, só que de uma maneira diferente. Trata-se, no fundo, de levar a água ao mesmo moinho, mas usando um canal novo – o computador.

No que concerne ao ensino da Matemá-

tica, são já várias as actividades inovadoras em que a EPM-CELP se encontra envolvida.

Para os alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico, é de referir a criação do projecto Mat@ – Matemática Assistida por Computador –, pois “é de pequenino que se torce o pepino!”. Através deste projecto, os nossos pequenos estudantes aliam os conhecimentos à experimentação, deixando a abstracção para bem mais tarde; ao carácter sério do estudoaprendizagem, aliam também o carácter lúdico, desenvolvendo as competências exigidas pelo programa, ao mesmo tempo que vão desenvolvendo também o gosto pela Matemática.

Uma outra das novidades implementadas nesta escola, é a generalização da leccionação semanal de um tempo/bloco de Matemática, nas salas de informática. Este procedimento permite aos alunos a exploração e utilização das novas tecnologias de informação e comunicação (incluindo software didáctico específico), na aprendizagem da Matemática. Esta actividade permite também atribuir um carácter mais experimental à disciplina, melhorar actividades que tradicionalmente exploravam apenas a utilização de papel e lápis e, consequentemente, a desenvolver a própria capacidade de abstracção.

Finalmente, é de referir o protocolo efectuado com a Universidade de Aveiro, em especial o projecto PmatE. Este projecto faculta, a alunos e professores, a utilização de uma Plataforma de Ensino Assistido, o que permite, através de uma inovação tecnologia de referência, a prossecução de actividades lectivas, bem Pág. seguinte

A Nossa Gente

Luísa Maria Pereira da Silva Muge nasceu a 17 de Dezembro de 1961, na antiga Lourenço Marques (actual Maputo).

Fez todos os seus estudos em escolas locais, tendo feito o 1º Ano do Curso de Formação de Professores de Matemática na Universidade Eduardo Mondlane.

Começou a trabalhar em 1980, aos 18 anos, no sistema de educação Moçambicano, como professora de Ma-

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temática, na Escola Secundária Estrela Vermelha, onde desempenhou, entre outras funções, o cargo de Delegada de Disciplina.

Em 1987, deixou de leccionar, tendo retomado a actividade em 1990, já na Escola Portuguesa de Maputo, Cooperativa de Ensino, situada nos terrenos da actual FACIM. Em 1999 incorpora os quadros da actual Escola Portuguesa de Moçambique, onde tem desempenhado vários cargos e funções de carácter administrativo.

A EPM-CELP EM FOCO contiunuação da pág. anterior

como o alcançar de um dos principais objectivos da disciplina: mais e melhores alunos.

Na minha prática diária, deparo-me, muitas vezes, com alunos incrivelmente desmotivados para o estudo da disciplina. Contudo, com estes novos procedimentos didácticos inovadores, estes mesmos alunos acabam por constatar que os conteúdos da disciplina são apreendidos de forma mais fácil, o que lhes tem melhorado a motivação para o estudo e auto-estima.

Por último, e uma vez que serão sempre os professores os principais artífices da revolução das novas práticas lectivas, a EPM-CELP disponibilizou recentemente, a um conjunto de professores do ensino básico – e continuá-lo-á a fazer no futuro! –, formação contínua nesta área do ensino da Matemática. Para além do desenvolvimento de competências, pretende-se desmistificar a evolução tecnológica e fazer um “update” ao corpo docente.

Que ninguém pense que lhe basta a licenciatura tirada há um, dois, cinco, dez, vinte ou mais anos para se ser professor... Mais tarde ou mais cedo, algo mais será necessário para continuar a fazer o que se gosta – ensinar. Por isso, deixemo-nos de inércia e combatamos a rotina!

J.C. Inglês no 1º Ciclo A proposta do Ministério da Educação para o ensino da Língua e Cultura Inglesas no 1º Ciclo do Ensino Básico decorreu do reconhecimento da relevância da introdução da aprendizagem do Inglês, enquanto língua de comunicação internacional por excelência e instrumento das novas tecnologias da informação; do seu carácter essencial para a constru-

Dia dos Avós A EPM-CELP comemorou, no passado dia 27 de Outubro, o Dia dos Avós através de um programa cultural diverso com teatro e música, dinamizado pelos alunos e professores do 3.º ano do 1.º Ciclo do Ensino Básico. Em homenagem a todos os avós publicamos a 1.ª parte de um conto escrito por um professor da casa, Mário Gonçalves.

O Menino que não Sabia Brincar Dona Guilhermina Sousa, Dona Mina como gostava de ser chamada, era uma

ção de uma consciência plurilingue e pluricultural, conforme o Quadro Europeu Comum de Referência enuncia; dos benefícios que o desenvolvimento precoce de uma competência comunicativa numa língua universal como o Inglês necessariamente implica, no contexto da crescente mobilidade de pessoas no espaço da União Europeia e, finalmente, do seu contributo, tido por fundamental, para a construção da cidadania.

A EPM-CELP decidiu aderir a esta proposta, não só pelas razões referidas anteriormente, mas também pela sua localização, visto que Moçambique se encontra rodeado de países que têm como língua oficial, o Inglês.

Deste modo, o ensino da Língua Inglesa, iniciou-se neste ano lectivo, tendo como finalidades: sensibilizar para a diversidade linguística e cultural; promover o desenvolvimento da consciência da identidade linguística e cultural através do confronto com a língua estrangeira e a(s) cultura(s) por ela veiculada(s); fomentar uma relação positiva com a aprendizagem da língua; fazer apreciar a língua enquanto veículo de interpretação e comunicação do/com o mundo que nos rodeia; promover a educação para a comunicação, motivando para valores como o respeito pelo outro, a ajuda mútua, a solidariedade e a cidadania; contribuir para o desenvolvimento equilibrado de capacidades cognitivas e socioafectivas, culturais e psicomotoras da criança; proporcionar experiências de aprendizagem significativas, diversificadas, integradoras e socializadoras; favorecer atitudes de auto-confiança e de empenhamento no saber-fazer; estimular a capacidade de concentração e de memorização; promover o desenvolvimento de estratégias de aprendizagem e fomentar outras apren-

dizagens.

Torna-se ainda, relevante dizer que o ensino do Inglês no 1º Ciclo do Ensino Básico, pretende contribuir para o desenvolvimento global das crianças, e não apenas para o seu sucesso na aprendizagem de línguas. Isto porque o referencial de qualquer programa de aprendizagem de línguas deve corresponder aos interesses dos alunos, apelar às suas emoções, estimular o seu desenvolvimento activo, a sua imaginação e criatividade. Assim sendo, na elaboração da planificação, teve-se em conta o Currículo Nacional do Ensino Básico, para que o ensino do Inglês não esteja desfasado das diferentes áreas de aprendizagem das crianças.

Numa fase inicial, pretende-se dar ênfase à audição e à oralidade, podendo, contudo, a leitura e a escrita desempenhar um papel de apoio, para que a criança seja capaz de reproduzir pequenos enunciados em situações de comunicação.

No que diz respeito aos aspectos culturais a ter em conta, decidiu-se privilegiar as celebrações e festividades, visto que estes serão os mais apelativos nesta faixa etária. O primeiro aspecto cultural dos países de expressão inglesa com que os alunos da EPM-CELP terão contacto será o Halloween. Os alunos irão desfilar pela escola, mascarados de fantasmas, múmias, bruxas, feiticeiros e monstros. Irão ainda fazer jogos de origem tipicamente inglesa, alusivos a esta data.

Até ao momento, esta nova experiência de aprendizagem tem sido recebida com bastante entusiasmo por parte dos alunos. De uma maneira geral, todos estão muito motivados no que diz respeito à nova disciplina de Inglês.

L.R.

velhinha pequenina e simpática que passava, todos os dias pontualmente às 16 horas com o seu passinho saltitante pela rua, a caminho do pequeno largo, onde conforme palavras suas “ia apanhar um pouco de sol para esquentar os ossos”.

Sentada no único banco de jardim ali existente deixava-se ficar quietinha a desfrutar o Sol e a “ver o movimento”. Em frente do local onde se sentava ficava a casa dos Doutores, assim conhecida por

nela habitar um casal, ele Gestor de Empresas, ela Economista e o filho, um menino chamado Ricardinho.

Dona Mina, sempre atenta ao que acontecia na Vila verificou que algo de estranho acontecia com aquela criança que passava as tardes no jardim sempre muito quieto debaixo do caramanchão. Um belo dia resolveu ir até lá para descobrir o mistério. Chegou-se ao portão e cumprimentou o menino que lhe respondeu de forma educada, mas muito formal.

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Continua no próximo número

A EPM-CELP EM FOCO Espaço dos Ciclos Educação Pré-Escolar e 1.º Ciclo do Ensino Básico Implantação da República – 5 de Outubro Os alunos e professores do 4º ano de escolaridade assinalaram esta data histórica apresentando, no Auditório Carlos Paredes, uma dramatização. Entraram na Máquina do Tempo”, tema do seu Projecto de Ano, e viajaram até 1910, quando se verificou, em Portugal, a transição da Monarquia para a República.

Na dramatização, surgiram personagens como D. Manuel II, Manuel de Arriaga, Teófilo Braga e Machado dos Santos.

Após a apresentação da dramatização, os professores do 4º ano e a Presidente do Conselho Directivo da EPM – CELP, Doutora Albina Santos Silva, dialogaram com os alunos, sobre o dia 4 de Outubro, Dia da Paz em Moçambique, e do regime vigente neste país.

Neste significativo momento de partilha de saberes, Portugal e Moçambique aproximaram-se, cantando-se os Hinos Nacionais “A Portuguesa” e “Pátria Amada”.

A.A.

Comemoração do Dia da

Árvore do Município de Maputo Os alunos dos 3os, 4os, 5os e 6os anos do Ensino Básico, participaram na comemoração do Dia da Árvore do Município de Maputo.

Nos Viveiros, foram calorosamente recebidos por um grupo de dança tradicional e ouviram o Presidente do Conselho Municipal, Doutor Eneas Comiche, falar sobre a importância das Árvores e da preservação do Meio Ambiente.

Os alunos, vestindo t-shirts oferecidas no local, plantaram árvores, contribuindo para o enriquecimento da Natureza no Município de Maputo.

- “Viva a Árvore!”

- “Viva!” – Gritava-se, em coro, para se comemorar o Dia da Árvore.

A.A.

Participação do 1º Ciclo nas Olimpíadas de Português No dia 25 de Outubro, os alunos dos 3os e 4os anos participaram na primeira volta das Olimpíadas de Português.

O Professor Armindo Bernardo, Coordenador da Área Disciplinar de Português, visitou as salas do 1º Ciclo e os alunos intervieram e co-

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locaram questões como: - “Estivemos a fazer a Ficha de Língua Portuguesa para as Olimpíadas de Português.” – Jessica Simões (4º A) - “Nós estivemos a fazer um trabalho e depois um menino vai ganhar e vai receber um prémio.” – Whitney Mavimbi (4º B) - “Para que servem as Olimpíadas?”

– Yannick Sousa (4º A) - “Cada vez vai ficando mais difícil?”

– Dânia Couto (4º A) - “Qual é o prémio que vamos ganhar?” – Richaa’d Kamissa (4º B) - “Quem é que corrige?” – Fábio Mendes (3º C) - “Tu é que fizeste estas fichas?” – Darcielle Costa (3º C) O Professor Armindo Bernardo respondeu às questões que lhe foram colocadas, falou sobre os objectivos do Projecto e agradeceu a participação dos alunos do 1º Ciclo nas Olimpíadas de Português.

A.A.

A EPM-CELP EM FOCO Espaço dos Ciclos 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário Exames 2005/2006 - Informações

Exames sem medo I

Foi dado a conhecer aos alunos do 11º e do 12º anos, as informações relativas aos exames nacionais.

Assim, para os alunos do 11º ano a avaliação sumativa externa integra a realização de exames nacionais na disciplina de Filosofia, da componente geral e numa das duas disciplinas bienais da componente de formação específica, a escolher, de acordo com a(s) prova(s) de ingresso, a utilizar para a candidatura ao ensino superior.

Podem realizar os referidos exames, os alunos que, na avaliação interna da disciplina, a cujo exame se apresentam, tenham obtido, no presente ano lectivo, classificação interna final (CIF) de dez valores, resultante da média das classificações obtidas nos dois anos em que a disciplina é ministrada.

O peso da classificação do exame final (CE) é de 30%, pelo que a classificação final da disciplina (CFD) resulta da aplicação da seguinte fórmula: CFD = (7 CIF+3 CE) / 10 As provas de exame incidem sobre as aprendizagens correspondentes à totalidade dos anos de escolaridade em que a disciplina é leccionada.

Foi informado aos alunos do 12º Ano que, na sequência da implementação da reforma do ensino secundário, no presente ano lectivo, entram em vigor os novos programas das seguintes disciplinas: Biologia, Geologia, Física, História A, Inglês, Francês, Matemática A, Português e Química. Mantém-se, para todos os efeitos, os planos de estudo criados ao abrigo do DecretoLei nº 286/89, assim como as designações das disciplinas aí constantes.

Os exames nacionais, de acordo com o enquadramento legal em vigor, versam apenas sobre os conteúdos dos programas do 12ºAno. M.V.

O desenvolvimento cognitivo e social, os novos conteúdos e métodos de ensino, as alterações dos parâmetros de avaliação, entre muitos outros, exigem do aluno constantes adaptações.

No presente ano lectivo vão realizar-se exames nacionais não, só no 12º ano, mas também no 11º ano, pelo que um número significativo dos nossos alunos, não esquecendo também os do 9º Ano, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, vai experienciar o tal “nervoso miudinho”, natural, mas felizmente passageiro, próprio de todos quantos têm de enfrentar novos desafios.

Partindo do pressuposto de que o indivíduo é um ser activo e autónomo, capaz de caminhar pelos “ seus próprios pés”, estamos disponíveis para ir facultando a todos os intervenientes neste processo, os meios necessários para que cada um, a seu modo, efectue a sua caminhada, em direcção à meta do seu próprio sucesso escolar e pessoal.

O importante, neste domínio, é que cada um identifique as suas dificuldades, sinta a necessidade de ser apoiado e procure a ajuda adequada. Também, neste domínio, convém ao aluno utilizar as melhores estratégias para a preparação e realização dos seus exames.

Não há receitas para o sucesso garantido, há conselhos que podem ajudar a obter um melhor rendimento.

O primeiro, é apostar no trabalho regular durante todo o ano. O trabalho e o estudo sistemático e organizado são a condição necessária para o sucesso.

O aluno deve preparar-se para o exame, tal como um atleta se prepara para as provas desportivas: com esforço, persistência e método. Um desportista sabe que não lhe basta confiar nas estratégias do seu treinador.

Não é o treinador que mete golos ou bate recordes! Do mesmo modo, um estudante deve saber que ninguém pode substituir o seu empenhamento e esforço pessoal.

A consciencialização deste facto permite afirmar que é realmente possível adoptar uma atitude positiva em relação aos exames e encará-los confiadamente.

Recomendamos, para já, a consulta das Informações – Exame/2006, das disciplinas sujeitas a exame nacional, devendo o aluno: • informar - se junto do professor da disciplina da qual vai realizar exame, • consultar o site www.gave.pt ou , em alternativa, • consultar o dossier existente na Reprografia e, se desejar, efectuar fotocópias dos referidos documentos.

Bom começo! Bom trabalho!

G.P.

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FOTOREPORTAGEM

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CENTRO DE FORMAÇÃO Pessoal Auxiliar Nos dias 15 e 16 de Outubro teve lugar a II Formação do Pessoal Auxiliar dedicada à Liderança, Saúde e Segurança.

Foram prelectores nesta Acção de Capacitação a Drª. Albina Santos Silva, Sr.António Melo, Dr.António Aresta, Drª.Alexandra Melo, Drª.Patrícia Silva, Enfª. Palmira Santos, Dr.Armindo Bernardo, Drª.Ana Paula de Jesus e Dr.Raimundo Tembe.

Projecto FORMAR A EPM-CELP, através do Centro de Formação, desenvolveu o Projecto FORMAR , que consiste na supervisão de estágios pedagógicos para docentes do sistema educativo moçambicano. Financiado pelo IPAD, o Projecto FORMAR visa contribuir para a formação de professores em início de carreira.

Visitas A EPM-CELP recebeu a visita de um grupo de Professores oriundos da África do Sul, uns leccionando na UNISA e outros na coordenação do ensino português. Ficaram agradados com o que lhes foi dado observar.

Avaliar, reavaliar, melhorar…

Toda a instituição que se quer moderna, deverá proceder a um apurado trabalho de auto-reflexão, no sentido de detectar, no seu funcionamento interno, os seus pontos fortes e os seus pontos críticos… Os primeiros reforçam, naturalmente, procedimentos, e os segundos estimulam a mudança, sempre com o fim último de melhorar o desempenho e os serviços prestados.

Foi com este espírito que a Direcção da Escola Portuguesa de Moçambique - Centro de Ensino e Língua Portuguesa, promoveu, no passado dia 28 de Outubro, uma jornada de reflexão interna, subordinada ao tema “Projectos, Produtos e Recursos Humanos”. Nesta actividade participaram todos os professores da instituição.

Depois de terminada a cerimónia de abertura, onde foram distribuídos um conjunto de documentos para reflexão e enquadrada a actividade, foram formados vários grupos de trabalho, que se distribuíram, seguidamente, por salas de aula da instituição.

Terminado o período de reflexão, que se prolongou por várias horas, foram os resultados apresentados em seminário geral, tendo a direcção, no final, feito um apanhado das principais contribuições e reflexões apresentadas.

VI Jornadas de Formação de Professores e Técnicos do Sistema de Ensino Moçambicano Terão lugar, de 26 de Novembro a 10 de Dezembro próximos, as IV Jornadas de Formação de Professores e Técnicos do Sistema de Ensino Moçambicano.

A formação decorrerá aos Sábados, entre as 8h00 e as 16h30 e abarcará as seguintes áreas: Metodologias do Ensino da Língua Portuguesa, Metodologias do Ensino da Matemática, Metodologias do Ensino da Filosofia, Informática, Educação Visual e Tecnológica, Produção de Materiais, A Criança no Jardim de Infância e Metodologias do Ensino da História.

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CENTRO DE RECURSOS EDUCATIVOS Produção Gráfica, Fotográfica e Audiovisual No mês de Outubro a Escola assumiu funcionamento pleno e, como tal, iniciativas de diversos tipos surgiram abundantemente.

Neste âmbito, a Oficina Didáctica do CRE produziu diverso material de suporte às actividades, em colaboração com os sectores da Escola envolvidos: a) Seis cartazes sobre o Dia Mundial da Alimentação, Homenagem a Calane da Silva (vide última página), importância do consumo de sumos naturais, 1.ª volta das Olimpíadas de Português, acção de formação “Liderança, Saúde e Segurança” destinada ao pessoal auxiliar (vide página 9) e a publicitação do concurso “Caça Retratos”, promovido pela Biblioteca Poeta José Craveirinha; b) Dois diaporamas, um sobre Portugal e o outro sobre a participação dos docentes na acção de formação “Observatório de Qualidade da EPM-CELP”; c) Dois prospectos, um sobre a acção de formação “Liderança, Saúde e Segurança” e o outro dedicado ao programa de Homenagem a Calane da Silva; d) Um documentário, em vídeo, com depoimentos de personalidades moçambicanas sobre a vida e obra de Calane da Silva; e) A concepção e edição do Jornal Pátio das Laranjeiras n.º 27 e do Boletim da Biblioteca n.º 11; f) A reedição da totalidade das publicações das nossas colecções: Escola de Sol (7 publicações) e Memórias e Educação (10 publicações); g) 2093 registos fotográficos; e h) A actualização de 25 artigos do nosso site, que bateu o recorde mensal de mais de 15.000 visitas, de um total de cerca de 122.000 registadas até ao momento.

O VI Aniversário da Escola está à porta. Estão, por isso, em processo de elaboração os convitesprogramas, o cartaz, um diaporama, entre outro material impresso e audiovisual.

Cartaz alusivo ao Dia Mundial de Alimentação

Subestruturas do Centro de Recursos Educativos O CRE está a crescer. O início do ano lectivo trouxe para o Centro de Recursos mais pessoal docente, técnico e auxiliar, o que determinou a sua reorganização funcional.

Actualmente, existem 10 subestruturas que o constituem: Coordenação Jorge Pereira Gabinete Informático Aplicações informáticas/ gestão da rede e acesso à Internet Publicações / página da Escola na Internet Biblioteca Poeta José Craveirinha Lab. Matemática / Of. Esc. Criativa Escola Plus

O Sector de Informática conta, desde Setembro último, com um novo técnico, o Eng.º José João Mariano, que tem como funções efectuar a gestão da rede informática da Escola e a supervisão do programa de registo electrónico de sumários, Escola Plus.

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Jacinto Costa José Mariano

Vítor Roque, Teresa Noronha Judite dos Santos, Michele Neves José Mariano

Vítor Roque, Teresa Noronha, Rosa Alice Dixe Jeremias Correia, Michele Neves Albertina Balói, Orlando Tembe

José Mariano, Jacinto Costa e Luís Fijamo

Manutenção das instalações e do equipamento

Oficina de Manutenção

Equipamento escolar

Audiovisual móvel Auditório C. P. Parque Informático

Centro de Produção Didáctica

Novo técnico

Carla Silva, Jeremias Correia José Mariano

Conselho de Directores de Instalações Oficina de Artes

Reprografia Fotografia/Vídeo Prod. gráfica de material didáctico de apoio

Jeko Marinov Pascoal Bento João Teixeira Ricardo Cavele Firmino Mahumane Ilton Ngoca Jacinto Costa Vítor Roque Judite dos Santos Michele Neves Sara Teixeira Pedro Malheiro Octávia Mahanjane Frederico Teixeira Ilton Ngoca Jaime Xerinda Firmino Mahumane Luís Fijamo

Zvezditchka Simeonova, Adilene Samo-Gudo Sara Teixeira

ROSTOS DA ESCRITA Quem é Júlia Nery?

A “nossa” Júlia Nery nasceu em Lisboa, no dia 28 de Outubro de 1939.

Licenciou-se em Filologia Românica na Universidade Clássica de Lisboa, em 1964. É diplomada em Estudos Franceses pela Universidade de Poitiers.

Actualmente, é professora na Escola Secundária de Cascais e formadora no domínio da Didáctica Específica do Português.

A par da investigação nos domínios da didáctica e da pedagogia da Língua Materna, tem-se dedicado à dinamização de oficinas de escrita criativa.

Dinamizou, para professores desta Escola, uma acção de formação: ”Escrever com Arte e com Gramática”. Participou nos dois simpósios, “Língua Portuguesa: Diálogo entre Culturas” promovidos pela EPMCELP e veio, em representação do Vice-Presidente da Sociedade Portuguesa de Autores, o poeta José Jorge Letria.

Tem também realizado dramaturgias de espectáculos destinados ao público juvenil, em colaboração com o Teatro Experimental de Cascais e o Grupo Nós e Vozes. É autora de teatro e de crónicas radiofónicas, assim como de colaboração dispersa por jornais e revistas.

Segundo o que a redacção do Pátio das Laranjeiras apurou, Valéria, Valéria é a obra que Júlia Nery mais aprecia. Valéria é a personagem principal e é aluna numa escola secundária de Cascais, que tem como confidente uma professora, narradora das suas aventuras e desventuras e de todos os que com ela convivem. “Tratando-se de uma história de Valéria, através de quem se entra na intimidade da mãe, na escola e nas festas dos amigos, onde há “hospitalidades de

Quadro Cronológico das Obras Publicadas Ano

1984 1991 1994 1996 1998 2000 2005

Ficção

Teatro

Pouca Terra... Pouca Terra O Cônsul

Na Casa das Línguas Moram as Palavras O Plantador das Naus a Haver

Do Forno 14 ao Sud Express com Autos e Foral Valéria Valéria / Infantas de Portugal www.morte.com O Segredo Perdido

charros e de speeds”, este Valéria, Valéria é também a história de Marinelda, a mulher que foi educada para ficar quieta a ver os outros correrem pela vida ou escorregando nela e ainda de Rui Jorge, o surfista, que por tanto sonhar actos heróicos arriscará a vida durante a instrução para comandos, de Teço, que colecciona chumbos, declara, que, aos 16 anos, se assume (afectiva e economicamente) como mãe solteira e de Bia, que quer ser mulher objecto. É, no fundo, um romance de confidencialidades, atravessado por afectos de gentes que preferem as interrogações às respostas que possam abalar o universo burguês onde nasceram e cresceram, de pessoas que, às regras de conduta e lições de moral, desejam antes um ombro para amparar os gritos e um ouvido silencioso onde aninhar os seus desgostos.”

R.A.D.

O LIVRO DO MÊS A Idade do Ferro J. M. Coetzee, um dos mais recentes Prémio Nobel da Literatura, nasceu na Cidade do Cabo, em 1940.

Com inúmeros romances premiados, publicou, entre outros: Duskland (1974), In the Heart of the Country , Life and Time of Michael K. e, editados em português À Espera dos Bárbaros, A Ilha, A Idade do Ferro e Desgraça.

A Idade do Ferro é um romance brilhante que narra os últimos dias da vida de uma velha senhora branca, como uma viagem iniciática aos últimos dias do regime do apartheid.

No dia em que recebe a notícia da sua morte eminente, a senhora encontra na porta da casa onde vive,

um vagabundo. Com ele irá estabelecer uma relação de intimidade, que só a paridade da condição humana tornaria possível, entre pessoas que habitam mundos totalmente distintos.

Ela, que durante toda a vida, se resguardou entre grades, jardins, e luxo, dos horrores do apartheid , vai ser levada a confrontar-se com a tensão social que se viveu nos derradeiros anos deste regime político. É essa idade do ferro, dura e fria, em que os mais novos se iniciam na arte de matar e na aceitação da morte quotidiana, que a vai submergindo, que a vai lapidando.

Na Idade do Ferro J.M.Coetzee arti-

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cula aquilo que o ser humano tem de mais universal, com a realidade nua e crua dos anos em que a violência na África do Sul atinge o seu auge.

Coetzee procura no cheiro do sangue e da urina das ruas, na arrogância da polícia, nos silêncios das personagens, em tudo o que é anterior à palavra, o cerne da violência e dos afectos.

O cancro que corrói as entranhas da velha senhora é bem a metáfora de um país que se sustentou no poder da força sem conseguir resolver as suas tensões internas. É um livro incontornável que revela aquilo que, à vez, aproxima e afasta os seres entre si: a sua condição humana.

T.N.

APRENDER PARA ALÉM DAS AULAS Arrancaram, a 6 de Outubro do ano lectivo corrente, as Actividades de Complemento Curricular, Extracurriculares e de Desporto Escolar.

Este espaço que iniciamos é dedicado a essas actividades e nele procuraremos informar, número após número, sobre o desenrolar das suas iniciativas e projectos.

Desporto Escolar As modalidades disponíveis no âmbito do Desporto Escolar são: o Futebol sub 18, sub 16, sub 14, sub 12 e sub 10 e o Atletismo.

No Futebol destacamos a existência de duas equipas mistas (de femininos e masculinos) no escalão de sub 10.

Os horários semanais destas actividades estão afixados no placard da entrada lateral (dos alunos).

Arrancou a 31 de Outubro o Campeonato Inter-Turmas 2005/2006. O calendário e horário dos jogos encontrase afixado no átrio principal da Escola.

A Área Disciplinar de Educação Física é o grupo responsável pela dinamização destas actividades.

Oficina de Artes Decorativas A par das restantes actividades de complemento curricular arrancou uma nova actividade, a Oficina de Artes Decorativas, que é orientada pela professora Adilene Samo-Gudo.

A oficina funciona às Terças-Feiras, das 13:15h às 14:45h, na sala de EVT e conta com alunos dos 1.º,2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico.

Esta actividade visa desenvolver competências no âmbito do reaproveitamento de materiais, da criação de novas formas e funções para os objectos, tendo como horizonte o desenvolvimento da criatividade e a aquisição de princípios de organização estética.

meios de educar. Desenvolvem, não apenas a faculdade de imitação que elas possuem naturalmente, mas o seu espírito e a sua fantasia. Tudo contribuindo para o desenvolvimento do carácter.”

Flauta Transversal Decorrem todas as Terças-Feiras, das 14:55h às 15:40h e Quintas-Feiras, das 14:00h às 14:45h, as aulas de flauta transversal (act. extracurricular), orientadas pela professora Cláudia Costa.

A flauta é um dos instrumentos de sopro mais antigos e um dos primeiros inventados pelo Homem.

A flauta é tocada nos mais diversos géneros musicais. É comum escutar a flauta como instrumento solista em concertos e recitais. Ela faz também parte de orquestras e de bandas musicais.

Graças aos intérpretes de música popular, a flauta transversal tem vindo a obter cada vez mais popularidade.

Violino

Oficina de Expressão Dramática

Dinamizam esta actividade os professores Cláudia Costa, Víctor Albasini e Vítor Roque, às Terças -Feiras, das 15:40h às 17:15h e estão inscritos alunos dos 1.º,2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico.

Para que se compreenda melhor em que âmbito a Escola propõe uma Oficina de Expressão Dramática, reproduzimos uma citação de Bacon*: “As representações dramáticas são um dos melhores * Pedagogo especialista nas Artes Dramáticas

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As aulas de violino, tal como as das de flauta transversal, são desenvolvidas individualmente com os alunos. É uma actividade extracurricular que é frequentada por cerca de 40 alunos e, por isso, as aulas acontecem durante toda a semana.

Estão previstas várias participações dos “Pequenos Violinos” em eventos dentro e fora da escola. O 1.º concerto acontecerá no dia 10 de Novembro, no Conselho Municipal de Maputo.

A classe de violino actuará, ainda, no dia 25 de Novembro, aquando das comemorações do Dia da Escola; estão previstos alguns concertos de Natal em orfanatos e hospitais; a Master Class III está prevista para a Páscoa; e, no fim do ano lectivo, em Junho, realizar-se-ão dois concertos em Portugal.

OFICINA DE ESCRITA CRIATIVA

FP RM

Provérbios Endiabrados

Letra Imposta

Letra F Fernando ficou no fundo do

f ogo O fogo fez Fernando ficar um foguete Fernando fez muita força para affugentar o fogo E ficou fogueira feia, farta e fantástica.

Letra P Paulo Pedro Parreira Pereira, O pescador, pediu para pescar peixe Para poupar na pouppança.

Celma e Cyntia, 6ºA

Mais vale um livro aberto do que dois fechados.

Ler cedo e cedo escrever dá sabedoria e ajuda aprender.

Em terra de analfabeto quem Diz-me o que lês, dir-te-ei

Letra M Letra R A Rita roeu o rapador de ratos Maria Madalena Moreira Marques, Os ratos roeram o relógio Menina madagascarence, O relógio ria-se reparando Come mosquitos mal amanhaNa Rita a roer o rapador de Anissa Abdula, 6º A

biblioteca.

lê é rei.

Erika Almeida e Furtado, 6ºA

ratos.

Todos os caminhos vão dar à

dos, Com mayonaise e mostarda.

Celma e Cyntia, 6ºA

quem és.

Quem te ensina teu amigo é.

Depressa se esquece o que depressa se estuda.

Byte a byte enche o aluno o seu site.

Quem sabe mat vai à equamat.

Alunos do 8º A

LABORATÓRIO DE MATEMÁTICA Resoluções do número anterior

Problema do colar 1. A Mónica quer fazer um colar e precisa de missangas.

O fio do colar mede 20cm.

Cada missanga ocupa 1/ 10 do fio. a) Quantas missangas serão necessárias para fazer o colar? b) Qual o comprimento de cada missanga?

Resolução no próximo número.

Problema 1

Problema 2

Papelaria 1: 1 cad - 50.000 Mt 50.000 X2 =100.000 Mt 2 cad - 100.000 Mt

25 € ---- 100 % X ---- 60 %

Papelaria 2: 1 cad - 60.000 Mt 60.000 X2 =120.000 Mt 120.000 Mt ---- 100 % X Mt ---- 18 % X=120 X 18 = 2280 = 22. 800 Mt 100 100 120.000 - 22.800 = 97.200 Mt 2 cadernos - 97.200 Mt (pap. 2 é mais barata)

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X=

25 X 60 100

5 € ---- 100 % X ---- 20 % X=

=

20 X 5 100

=

= 1€

= 15 €

15 € + 1 € = 16 € (preço do pólo) 2X F.B. + 80% P = =2X5+20 = =10+20= =30 € (preço da saia)

100 ---- 25 80 ---- X 25 X 80 100 = 20

X=

Emily, Tânia, Erika e Kádira - 10.º C

=

A EPM - CELP EM FOCO notícias curtas Condolências A Presidente do Conselho Directivo, Dr.ª Albina Santos Silva, em nome da Comunidade Educativa da EPM-CELP, endereçou condolências à Embaixadora dos Estados Unidos em Moçambique, devido à morte e devastação provocadas pelo furacão Katrina.

Em resposta, a referida Embaixadora, agradeceu as sentidas palavras de condolências e solidariedade e enfatizou a sua importância, pelo facto de provirem de pessoas que vivem em Moçambique, um país também frequentemente fustigado por catástrofes naturais.

notícias curtas blemas ao poetizar também a própria poesia, uma vez que uma das suas funções é: “Acender chamas, fazer versos / para a sombra queimar que apaga a vida”.

Foi uma tertúlia rica em conhecimento e arte, onde se comeram e sonharam as “mangas verdes com sal”.

Vem aí o VI aniversário da nossa Escola Em Novembro estamos mais uma vez de parabéns, vamos apagar seis velas no nosso bolo de aniversário.

Para comemorar esta data toda a Escola se mobiliza na organização da festa.

Do programa das festividades constam uma sessão solene no Auditório Carlos Paredes, o descerramento do busto de Fernando Pessoa (vide número anterior do P.L.), a inauguração de uma exposição de pintura com trabalhos de alunos e de pintores portugueses, sulafricanos e moçambicanos e o já tradicional Magusto.

Nem só de pão vive o Homem Porque nem só de pão vive o homem, o espírito poético de Rui Knopfli desceu sobre a EPM-CELP, no dia 1 de Outubro, para alimentar a alma de todos aqueles que na tertúlia participaram.

Assim, coube a honra ao Dr. Francisco Noa de palestrar sobre esta figura literária, onde defendeu que Knopfli era um poeta moçambicano. Começou por fazer um levantamento pontual sobre a vida do poeta e, uma vez que a biografia de um poeta são as obras que ele construiu, como nos declarou um dia Octávio Paz, fomos conhecendo o homem, o poeta e os fantasmas que o assombraram em vida: o ser territorizado / não territorizado, isto é, sentir-se outro no país que o viu nascer, a solidão e a inquietação, a questão da identidade, assim como a forma de sublimar estes pro-

Doce ou partida?

“Dia das Bruxas” na EPM-CELP Cada grupo étnico e/ou social, cria, cultiva e preserva tradições próprias. A EPM-CELP, apesar de ser uma escola de matriz cultural portuguesa, vocacionada, portanto, para a preservação e cultivo das tradições culturais portuguesas, está, no entanto, por força das múltiplas nacionalidades que a frequentam, aberta a tradições de outros povos e culturas, utilizando-as, sempre que possível, com objectivos pedagógicos.

Foi o que aconteceu no último dia de Outubro, com o chamado Halloween, ou Dia das Bruxas, tradição de matriz anglo-saxónica. Os alunos que têm o inglês como Língua Estrangeira, envergando trajes adequados, concentraram-se no átrio da escola, previamente decorado com morcegos, aranhas, caldeirões e outros instrumentos que tais próprios de artes ocultas, percorrendo depois toda a escola, incluindo a zona administrativa, tendo tomado de assalto a Sala dos Professores, o Centro de Recursos e a própria Direcção, que, como manda a tradição, lá teve que distribuir doces à pequenada, se não quis sujeitar-se às múltiplas partidas da praxe.

De facto, as tradições continuam a ser o que eram… as nossa e as dos outros.

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notícias curtas Turbo a fundo…

Nas Olimpíadas Moçambicanas de Informática

A ciência avança e as sociedades evoluem com ela… Logo atrás, em interrelação estreita, deverá surgir sempre o ensino e a aprendizagem…

Foi por esta razão que se organizaram, este ano, as IV Olimpíadas Moçambicanas da Informática. Este evento juvenil pretendeu, para além da “promoção e o uso das Tecnologias de Informação”, “despertar o interesse dos jovens pela ciência da computação”, “descobrir talentos” e “promover boas práticas de programação”.

Organizadas pelos Ministérios da Ciência e Tecnologia e da Educação e Cultura de Moçambique, esta foi uma competição destinada a todos os alunos do ensino secundário da região de Maputo, incluindo a população estudantil das escolas estrangeiras, nomeadamente a nossa (EPM-CELP), que, para além de participar activamente com um conjunto de concorrentes, se incluiu prontamente como um dos patrocinadores do evento, tendo disponibilizado, para tal, o seu auditório para a cerimónia inicial, bem como as suas muitas salas de informática, num total de várias dezenas de computadores.

A competição, que decorreu em dois turnos de três horas, um da parte da manhã e ou outro da parte da tarde, consistia na resolução de três exercícios de programação em linguagem Pascal, bem como a aplicação de conhecimentos variados de Matemática. É de referir que dois dos nossos representantes conseguiram uma honrosa classificação, que os colocou nos 15 melhores lugares. Referimo-nos aos alunos Hélder Diogo Madureira Osório e Adam Mahomed Ismail, respectivamente 14º e 15º classificados.

De facto, creio que podemos afirmar, com toda a propriedade, que, no mês de Outubro, houve alunos que andaram de Turbo-Pascal a fundo na nossa escola!...

A EPM - CELP EM FOCO notícias curtas Malangatana Valente Nguenha Fomos mais uma vez visitados pelo Pintor Malangatana, que nos honrou com a sua presença no dia 21 de Outubro do ano corrente.

Registamos o facto de ter sido acordada com o pintor a publicação, pela Escola, de uma colecção de 6 postais ilustrados com obras do Pintor e dos seus discípulos.

Fora da Escola A EPM-CELP esteve presente num debate público sobre o tema “O impacto do comércio de espécies marinhas em perigo e ameaça de extinção”, organizado pelo Centro Terra Viva - Estudos e Advocacia Ambiental (CTV) e pelo Fundo Mundial para a Natureza (WNF).

O debate aconteceu no Museu de História Natural em Maputo, no dia 20 de Outubro e, a representar a Escola, estiveram presentes no encontro docentes da Área Disciplinar de Ciências Naturais.

Flora da Escola Acácia Rubra: “a árvore que nos emblema” Este pequeno artigo insere-se num conjunto de textos sobre as árvores existentes no recinto da EPM-CELP. Tendo sido a Acácia Rubra adoptada como parte do símbolo da nossa escola, justifica-se a escolha desta, para iniciarmos uma rubrica subordinada ao tema “As Árvores da EPM-CELP”.

A Delonix regia é uma árvore que apresenta uma copa achatada, muito ramificada e extensa. É bem conhecida pelas suas florescências vermelho alaranjadas, que cobrem toda a sua copa, desde o mês de Novembro até Março, no hemisfério sul.

As suas pequenas, macias e delicadas folhas de cor verde, apresentam-se organizadas de forma alternada. Têm menos de 5 cm de comprimento e não alteram a sua cor quando caiem, favorecendo, no

Finalistas em acção...

Todos os anos há alunos que entram nesta escola e outros que se preparam para a abandonar… A vida, numa qualquer instituição escolar, é sempre assim, tem sido sempre assim e há-de continuar a ser sempre assim… E ainda bem que é sempre assim, pois isso significa que a escola está viva e a respirar saúde... É por isso natural, que, por mais uma vez na vida da EPM-CELP, um grupo de alunos-finalistas de 2005/06 esteja já a preparar aquele que, para muitos, é, sem dúvida, o acontecimento mais marcante do seu percurso escolar: o Baile de Finalistas – tão carregado de simbolismos, esperanças e significados íntimos: é o início de uma nova fase académica, já longe da família; é o início de uma opção profissional; é a chegada à idade adulta… (Eu vos saúdo… ó meus 18 anos!)

Foi com a finalidade de angariar fundos para este evento, que a Comissão de Finalistas deste ano levou a cabo, no passado dia 22 de Outubro, Sábado, um conjunto de acções de animação recreativa e cultural nas instalações da EPMCELP. De entre elas, o Pátio das Laranjeiras destaca, como as mais concorridas, a Casa do Terror, a Mini-discoteca, a Sala da Play Station e, na secção dos mais pequenitos, a sala do Jogo das Cadeiras e a sala de Expressão Plástica.

O Bar esteve recheado de iguarias confeccionadas pelos próprios alunos ou pelas suas famílias, tendo recebido também a dádiva de alguns produtos da empresa que explora o Bar da Escola - O Trigo Doce.

Esta iniciativa foi coroada de um enorme êxito, uma vez que apareceram muito mais crianças dos que as inicialmente esperadas, bem visível no facto de, a partir de certa altura, se ter notado a “falta de senhas para venda”.

Segundo a aluna Ilundi Vaz, uma das alunas da comissão contactada pelo nosso jornal, para além da angariação de fundos, as acções promovidas pretendiam também dinamizar a escola, contribuir para o convívio saudável entre todos os membros da comunidade escolar (alunos, pais, encarregados de educação e funcionários), bem como promover uma melhor integração dos novos alunos.

Como sempre, a direcção da escola apoiou a iniciativa, disponibilizando espaço, aparelhagem e funcionários de apoio. A seu tempo, contribuirá também, como aconteceu já no ano passado, com um apoio financeiro.

A esta iniciativa seguir-se-á uma outra no próximo dia 5 de Novembro – um Jantar de Finalistas, aberto a toda a comunidade, que será acompanhado de música gravada e ao vivo… Os leitores que nos perdoem a publicidade… mas eles merecem!

V.R. entanto, uma agradável sombra, nos dias de maior calor.

Característica dos climas quentes, a Delonix regia, chega a atingir uma altura de 12 metros, podendo a sua copa chegar aos vinte metros de envergadura e o seu tronco até 1,30 metros de diâmetro.

Pertence à família das leguminosas, os seus frutos são vagens de cor castanha, com cerca de 35 cm de comprimento, que amadurecem no Inverno (estação seca). Não é conhecido nenhum animal que se alimente dos seus frutos.

Esta árvore apresenta uma curiosa característica, que é a sua fragilidade ao nível dos nós, o que faz com que ela se quebre nestes locais com relativa facilidade. Nos jardins, é de notar a grande interferência que as suas raízes, muito superficiais, exercem sobre os relvados, e, até nos passeios, levantando os mesmos à medida que cresce.

Quanto aos inimigos naturais, esta árvo-

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re não é grandemente afectada durante o seu ciclo vegetativo. Há, no entanto, pequenas lagartas “Caterpillars”, que se alimentam da sua folhagem, e, por vezes, um fungo nas raízes que a pode matar.

A Delonix regia (Royal poinciana) símbolo da EPM-CELP, é conhecida por Acácia Vermelha e, devido à lindíssima gradação de cor que nos apresenta, é também entendida na simbologia das flores como prova de amor.

L.V.

Acácia em flor

ÚLTIMA PÁGINA Homenagem a Calane da Silva

Países e Povos na Nossa Escola Ao longo dos próximos números dar-vos-emos a conhecer os países presentes na Escola, através das nacionalidades dos nossos alunos.

África do Sul Nome oficial: República da África do Sul Superfície: 1.219.090 Km2 População: 42.718.530 (2004) Densidade populacional: 35 hab / Km2 (2004) Línguas oficiais: inglês / afrikaans / zulu / xhosa ./ swazi / ndebele / sotho / tswana / venda Independência: 31 de Maio de 1910 Regime político: república, sistema multipartidário Constituição em vigor: Fevereiro de 1997 Capitais: Pretória (administrativa), Cidade do Cabo (legislativa) e Bloemfontein (judicial) Principais cidades: Johannesburg / Cabo / Durban / Pretoria / Port Elizabeth Moeda: Rand (ZAR) Prod. Interno Bruto (PIB): 104.242 milhões de dólares (USD) (2002) PIB/capita:2300 USD Esperança de vida: 44 anos Taxa de crescimento da população: -0,24% Taxa de alfabetismo: 87 % Taxa de mortalidade infantil: 6,2 % População urbana: 59% População rural: 41 % Exportações: ouro, minerais e metais, pérolas, pedras preciosas e semi-preciosas, produtos alimentares, bebidas e produtos químicos.

Importações:equipamento industrial e de transportes, produtos químicos, plásticos, papel, têxteis e equipamento electrónico.

MOÇAMBIQUE

No pretérito sábado, dia 29 de Outubro, teve lugar no Auditório Carlos Paredes da Escola Portuguesa de Moçambique / CELP o Sarau Cultural alusivo ao 60º Aniversário do escritor CALANE DA SILVA que se comemorou no passado dia 20 de Outubro.

Foi com o maior prazer que recebemos na nossa Escola esse evento que decorreu num ambiente repleto de amizade e calor humano recordando o percurso de um Homem que é um dos maiores criadores literários e difusor da literatura moçambicana e que teve a sua estreia pública literária em 1967, em Nampula, numa exposição de pintura e poesia ilustrada, já lá vão uns saudosos e aturados 38 anos recheados de carácter, humildade e grandeza. Foi doce e comovente acompanhar a evocação dos espíritos dos antepassados (phahlar) e visionar o vídeo dedicado a Calane da Silva que nos fez relembrar episódios ímpares da sua vida. Tudo isso acompanhado de música e declamação de poemas, não esquecendo a análise crítica da obra Nyembete pelo Dr. Gilberto Matusse que nos fez perceber um pouco mais o pensar e o estilo literário de Calane da Silva.

Ao terminar, gostaríamos de deixar uma palavra de apreço a todos os participantes, convidados e amigos presentes, felicitando quantos assumiram a organização desta mais que merecida cerimónia de homenagem a Calane, um dos mais carismáticos escritores moçambicanos, nosso amigo, co-

lega, escritor, jornalista, ensaísta, linguista, professor e um curioso permanente do saber.

Futuras iniciativas similares devem ser incentivadas e acolhidas no âmbito da cooperação e do diálogo recíproco existente entre a Escola e a Sociedade, sabendo que a escola é o centro da vida educativa e, sendo o centro da vida educativa, tem de ser um centro de participação, de empenhamento, de motivação e de mobilização.

Kanimambo Calane!

A.B.

Microsoft Encarta 2005 (traduzido e adaptado)

FICHA TÉCNICA Pátio das Laranjeiras, n.º 27 Directora: Albina Santos Silva . Coordenação Editorial: Vítor Roque . Coordenação Executiva: Jorge Pereira . Redacção: Judite dos Santos, Rosa Alice Dixe, Vítor Roque . Concepção Gráfica e Paginação: Judite dos Santos .

Fotografia: Jaime Xerinda, Vítor Roque . Colaboração: Ana Albasini, António Aresta, Armindo Bernardo, Cláudia Costa, Graça Pinto, Jeremias Correia, Liliana Reis, Mafalda Pinto,Maria de Lurdes do Vale, Maria Margarida Vaz, Mário Gonçalves, Michele Neves, Rosa Alice Dixe, Teresa Murta, Teresa Noronha . Revisão: Rosa Alice Dixe . Produção: Centro de Recursos Educativos, Outubro de 2005 Propriedade: Escola Portuguesa de Moçambique - Centro de Ensino e Língua Portuguesa Av. do Palmar, 562 . Caixa Postal 2940 . Maputo . Moçambique . Telefone: 00 258 21 481300 . Telefax: 00 258 21 481343 www.edu-port.ac.mz . E-mail: epm-celp@edu-port.ac.mz

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