O Pátio - Edição 39

Page 1

ESCOLA PORTUGUESA DE MOÇAMBIQUE

-

CENTRO DE ENSINO E LÍNGUA PORTUGUESA

10 contos ANO VI

.

NÚMERO 39

.

OUTUBRO 2006

SEMANA DA MÚSICA

.

JORNAL MENSAL

O4eo5 de OUTUBRO

Destaques Clube de Jornalismo Dia Mundial da Alimentação Teatro na Escola Fernando Pessoa, Novamente Português como LE Escrita Criativa Escolhas da Biblioteca Psicologando

2 7 12 12 13 14 16 19


EDITORIAL AUTOFORMAÇÃO

A EPM-CELP EM FOCO notícias curtas

notícias curtas

um conceito muito nosso Somos, sem hesitação alguma, uma instituição de ensino-aprendizagem. A produção desse acto exige, como é sabido, todo um conjunto de saberes e competências por parte de quem o pratica. Para além disso, o acto de ensino não deve ser um acção indvidual, egoísta, mas partilhada. É por essa razão que a classificação dos alunos, por exemplo, não se realiza de forma individual, puramente burocrática, junto da Secretaria da Escola, mas se concretiza e realiza em Conselhos de Turma, onde todos os agentes partilham saberes e responsabilidades pela avaliação das aprendizagens. Por essa razão, sempre foi nossa peocupação promover e apoiar todas as acções que permitam o desenvolvimento dos saberes e competências dos agentes de ensino que connosco trabalham, quer sejam elas oriundas do nosso Centro de Formação, ou de qualquer outra estrutura da escola, ou resultem ainda de propostas individuais. Paralelamente ao acto pedagógico formal, promovido por professores, também os Auxiliares de Educação desempenham um papel importante no crescimento e formação dos alunos. Também eles, por isso, têm estado na nossa preocupação e também para eles se têm realizado acções de formação. O mês de Outubro, que agora finda, é bem o exemplo dessa nossa atitude perante o acto pedagógico. De iniciativa da escola, mas proveniente do seu exterior, continua a decorrer o segundo ano do Mestrado em Formação Social e Pessoal para professores. Paralelamente, e numa perspectiva de partilha de saberes “de dentro para dentro”, dois funcionários levaram a cabo uma acção de formação na área da informática para os seus colegas de trabalho. Dentro do mesmo espírito, o Gabinete de Psicologia realizou duas acções de formação para professores. Desta forma, podemos dizer, com satisfação, que, paralelamente à formação proveniente do exterior, temos também um conceito muito nosso: a AUTOFORMAÇÃO.

Clube de Jor nalismo O Clube de Jornalismo é uma das Actividades Extra-Curriculares que, este ano, a EPM-CELP disponibiliza aos seus alunos. Entre outros, um dos objectivo gerais desta actividade é proporcionar aos alunos uma possibilidade de ocupação útil dos tempos livres, ao mesmo tempo que se promove o desenvolvimento e/ou aquisição de novas capacidades e competências. A um nível mais específico, o Clube de Jornalismo pretende desenvolver a competência escrita dos alunos inscritos. Da dezena e meia de alunos incritos, cerca de onze têm participado regularmente. Neste momento, para além da elaboração de algumas notícias referentes a actividades ocor-ridas na escola, os alunos desenvolvem um pequeno livrinho, que pretende ser uma espécie de apresentação da EPM-CELP a todos aqueles colegas, também jovens jornalistras, que, pelo mundo da lusofonia, desenvolvem activida-de semelhante, pensando-se já num intercâmbio jornalístico com esses núcleos ainda a descobrir. Mostramos, agora, alguns dos textos já produzidos e que se referem a actividades desenvolvidas durante o mês de Outubro. VR

2

Semana da Música Visionamento do filme “Música no Coração”

Na passada terça–feira, dia 10 de Outubro, algumas turmas do 2º e 3º Ciclo do Ensino Básico fizeram o visionamento do filme “Música no Coração”, no Auditório Carlos Paredes da nossa Escola. Este filme foi visionado como forma de comemorar a semana da Música. No início do filme, verificou-se um pouco de barulho, mas que logo acalmou, mal começaram as primeiras imagens. Contudo, ao longo da exibição, ainda se verificaram algumas risadas, por parte de alguns alunos mais irrequietos. Na segunda parte, quando o enredo da história mostrou algumas cenas com beijos, alguns alunos fizeram tanto barulho, que a Drª. Albina, Presidente do Conselho Directivo da Escola, teve que interromper o filme e chamar a atenção para a importância do respeito que todos merecem e para o silêncio que se deve num auditório, que é um espaço de todos.. A partir daí visionou-se o filme com mais silêncio e com postura adequada e penso que a maioria dos espectadores gostou. No intervalo, os alunos puderam ir ao bar lanchar e recuperar forças e energia para a segunda parte. No final do filme ficámos a saber que a música pode ser muito


A EPM-CELP EM FOCO notícias curtas

notícias curtas

notícias curtas

importante na vida das pessoas, pois todos saímos do Auditório a cantarolar e felizes.

Os músicos do grupo “Malimba Tradicional” ensinaram-nos, entre muitas outras coisas, a construir uma Flauta, utilizando a casca dura

Para o ano que vem já podemos ser nós a ensinar os nossos colegas.

Maryam Estanislau, 6º A Ana Alice Freitas, 6º A Carolina Lino, 6º A

Tassiana Francisco, 8º A Shakilah Omar, 7ºB

FuteSábado

Feriado Impr ovisado Impro Numa quarta-feira, chegámos à escola como num dia normal. No 2º intervalo da manhã, a coordenadora do 3º Ciclos foi avisar os alunos para que estivessem atentos às notícias, pois “estava no ar” a ideia de que o governo iria conceder tolerância de ponto no dia seguinte, como forma de comemorar a data da morte trágica do primeiro Presidente da República de Moçambique, Samora Machel, que ocorreu em Mbuzini, quando o avião em que seguia se despenhou. Depois, quando estávamos já na porta de saída, ouviu-se, na rádio, a confirmação de que iria mesmo haver feriado. Muitos alunos ficaram felizes, porque tinham testes e não estavam muito bem preparados. Mesmo assim, alguns alunos vieram enganados para a escola na quinta-feira, porque pensa-vam que era uma brincadeira. Nuno Relvas, 8º D, Luís Guerra, 8º D, Davi Farenzena, 7º B.

da massala, que é um fruto redondo moçambicano. Na construção da flauta foram utilizados os seguintes materiais: uma faca, um pedaço de ramo de árvore, um fruto de massala e água. Para construir este instrumento musical, foi preciso efectuar os seguintes procedimentos: 1. Primeiro, pegou-se numa massala e, com a faca, fizeram-selhe quatro buracos. 2. Depois, limpou-se bem lá por dentro, com um pedaço de ramo de uma árvore, para retirar todo o seu interior, incluindo as sementes. 3. Seguidamente, a massala foi lavada com água, para ficar bem limpa. E já está: só falta um artista para fazer música com este instrumento tradicional. Gostámos muito de lá estar, porque assim pudemos aprender muitas e novas coisas.

Wor kshop No dia 13 de Outubro de 2006, a turma A do 8º ano, durante a aula de Ed. Musical, participou num workshop de construção de instrumentos musicais tradicionais moçambicanos, no Pátio das Laranjeiras da nossa escola.

3

Ser professor é, sem dúvida, possuir uma das profissões mais desgastantes, a nível intelectual. O curioso é que, muitas vezes, para descansar e recuperar o cérebro é bom e necessário... cansar o corpo! Foi o que aconteceu no passado dia 21 de Outubro, Sábado, na EPMCELP, quando um grupo de professores e de funcionários da escola resolveram regressar ao seu local de trabalho, não para as rotinas habituais, mas para dar uma de bola e jogar futebol. A camaradagem foi boa e a intensidade do exercício físico também. Tão intenso foi ele que, em certos momentos, vimos alguns dos participantes ficar, literalmente, de língua de fora e a pedir para serem substituídos... mesmo os mais novos, supostamente mais resistentes e preparados para o embate!... A camaradagem foi boa e constituiu uma forma de quebrar o sedentarismo e a inactividade. Se a coisa pegar, penso que nasceu mais uma modalidade na nossa escola: o FuteSábado! VR


A EPM-CELP EM FOCO

A importância do 4...

ACORDO GERAL DE PAZ EM MOÇAMBIQUE 4 de Outubro de 1992 A paz é condição essencial para o progresso dos povos e das sociedades, premissa que se aplica na íntegra a Moçambique, que viveu uma guerra que durou mais de uma década.

sul, em Inhambane e Maputo. -

16 de Março de 1984 – As autoridades moçambicanas assinaram o Acordo de Nkomati com a África do Sul. O acordo prescrevia a cessação do apoio de Moçambique às forças nacionalistas sul-africanas do Congresso Nacional Africano (ANC) e a África do Sul retiraria o seu apoio à Renamo.

-

1989 – O Governo moçambicano desenvolveu os primeiros esforços para obter um entendimento que levasse ao fim da guerra civil que estava a provocar pesadas perdas humanas e materiais. Nessa primeira fase, desempenharam um papel importante as Igrejas Católica e Anglicana, o Conselho Cristão de Moçambique e os dirigentes do Quénia e do Zimbabwe.

-

1990 – Iniciaram-se conversações mais directas e formais em Roma, com o apoio da Comunidade de Santo Egídio e do Governo Italiano. Seguiram-se nove rondas negociais.

-

1992 – 4 de Outubro – Assinatura, em Roma, do Acordo Geral de Paz, entre o Governo moçambicano e a Renamo, que pôs fim à guerra civil.

No dia 4 de Outubro comemoraram-se catorze anos da assinatura, em Roma, do Acordo Geral de Paz que pôs fim a uma guerra que devastou a economia nacional e teve consequências trágicas para a população. Na nossa Escola, esta data foi assinalada com a projecção para toda a comunidade escolar, no Pátio das Laranjeiras, de um power point elaborado pelos professores da Área disciplinar de História e que apresentou uma resenha dos principais acontecimentos que levaram ao Acordo. Deixamos-te aqui alguns apontamentos para que tomes nota dos factos principais desta data tão importante para Moçambique. Antecedentes: -

-

1981 – Uma força da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) foi infiltrada na Província de Gaza, espalhando-se rapidamente por regiões do sul e do centro de Moçambique. 1982/3 – Forças da Renamo actuavam nas províncias de Gaza, Manica, Sofala, Tete, Zambezia, Nampula e Niassa e, para

4

O Acordo é composto por sete Protocolos que regulam questões de carácter político, militar e económico.

Para a implementação do AGP foram constituídas Comissões que funcionaram entre finais de 1992 e finais de 1994, ou seja, por um período aproximado de dois anos. A Comissão de Supervisão e Controlo (CSC) foi o principal órgão coordenador e controlador da


A A EPM-CELP EPM-CELP EM EM FOCO FOCO

...e a importância do 5!

IMPLANTAÇÃO DA 1ª REPÚBLICA PORTUGESA implementação do Acordo Geral de Paz. Foi presidida por um elemento indicado pelo Secretário-Geral das Nações Unidas. Em resultado deste acordo, há a salientar a adopção de um sistema multipartidário (em Novembro de 1994 realizaram-se as primeiras eleições multipartidárias), o desenvol-vimento de meios de comunica-ção social independentes, a formação de diversas organizações e associações a nível da sociedade civil e, a nível económico, a passagem de um regime socialista centralizado para um regime neoliberal.

DIA 5 DE OUTUBRO DE 1910 Trabalhar sobre esta data significativa para a história de Portugal foi tarefa que coube aos alunos do 6.º ano. Os alunos empenharam-se e apresentaram cartazes com textos e imagens que estiveram patentes numa exposição na sala de História.

Área Disciplinar de História

(informações recolhidas a partir do Arquivo – Boletim do Arquivo Histórico de Moçambique, nº 17, Abril de 1995, Universidade Eduardo Mondlane).

O texto que se segue foi escrito a partir dos diversos trabalhos.

descontentamento: o mapa cor-derosa e o ultimato inglês. O governo britânico intimou Portugal a abandonar a região entre Angola e Moçambique; a ordem foi escrita e ficou conhecida por ultimato inglês. D. Carlos cede e o “copo transborda”. O partido republicano aproveita este incidente e tenta derrubar a monarquia. A primeira tentativa foi em 1891, no dia 31 de Janeiro, mas as tropas fiéis à monarquia abortaram esta acção. Nada melhora, tudo piora e em 1908 deu-se em Lisboa um atentado contra a família real: o rei D. Carlos e o príncipe herdeiro, D. Luís Filipe, foram assassinados. Ainda sucede D. Manuel, mas a monarquia tinha os dias contados. No dia 5 de Outubro de 1910 a revolução saiu triunfante: terminou a Monarquia e foi implantada a República.”

“Desde que Portugal foi fundado em 1143, foi sempre governado por reis. A monarquia hereditária era a forma de governo da época de que vamos falar. No final do século XIX, o país estava em crise; os ricos estavam mais ricos e os pobres sempre mais pobres. Havia um descontentamento da população. D. Carlos não gozava de muita popularidade. Dizia-se que gastava muito dinheiro, parecendo não se preocupar com as necessidades do reino. Apareceram vozes que se manifestavam contra a monarquia e que defendiam a mudança de regime. Muitas dessas vozes pertenciam ao Partido Republicano, que tinha sido criado em 1870. E… surge a gota de água, neste copo quase a transbordar de

5

Alunos dos 6.º A, B e C

Curiosidades históricas... Sabias que… … a rainha D. Amélia de Orleães e Bragança gostava de acompanhar o rei nas suas caçadas, mas também se preocupava com os necessitados e com a preservação do património? Criou o Hospital Infantil do Rego, o Dispensário infantil de Alcântara e os Institutos de Socorros a Náufragos, instituiu as Cozinhas Económicas, fundou a Assistência Nacional aos Tuberculosos, mandou reconstruir as Termas de S. Pedro do Sul e criou o Museu dos Coches.


A EPM-CELP EM FOCO Passou a sua última noite em Portugal, de 4 para 5 de Outubro, no Palácio da Pena, antes de embarcar para o longo exílio que terminou em Itália e França. Durante a 1.ª Guerra Mundial (1914-1918), mandou hastear a bandeira portuguesa na casa onde vivia. Adaptado do livro Acção Aventura Área disciplinar de História

Dia da Paz 04 OUTUBRO dos mais novos

Deste modo, com o intuito de proporcionar o reconhecimento dos valores da Paz e de desenvolver o conhecimento e o apreço pelos valores característicos da identidade e da língua de outras culturas, no dia 4 de Outubro, Dia da Paz em Moçambique, decorreram, no auditório, várias actividades alusivas ao tema, que incluíram a apresentação de um diálogo, a representação de uma peça de Teatro intitulada “A Paz”, a projecção de imagens de momentos relativos ao tema, a recitação de poesias e a apresentação de canções sobre a Paz pelo coro.

Gente pequena também é gente... e participa como gente grande! Implantação da República - 5 OUTUBRO

Como é habitual, os mais pequenos não quiseram deixar de tomar parte nas comemorações das datas históricas ou festivas assinaladas na nossa Escola. Assim, tiveram lugar, nos dias 3 e 13 de Outubro, no Auditório Carlos Paredes, pelas 10.00 horas, actividades relacionadas com algumas datas comemorativas visando, sobretudo, a formação de cidadãos autónomos e intervenientes. Estas actividades realizadas pelos alunos do 4º ano de escolaridade para os colegas dos outros anos foram ensaiadas durante as semanas que antecederam as comemorações. O Pré – escolar, no dia da Paz, também apresentou uma actividade relacionada com a data, no átrio da cantina.

6

Quanto ao 5 de Outubro, dia da Implantação da República, os alunos puderam assistir à apresentação de um diálogo sobre o tema, à projecção de imagens de momentos relativos à data, à aprsentação da Bandeira Nacional, à entoação da canção “A Portuguesa” pelo Coro Infantil e à declamação de alguns poemas da “Portuguesa” acompanhados pelo Coro. Tudo com vista ao reconhecimento dos valores e das figuras históricas e ao desenvolvimento do conhecimento e do apreço pelos valores característicos da identidade, da língua, da história e da cultura portuguesas.


A EPM-CELP EM FOCO Dia Mundial da Alimentação Qual é a sua Importância?

CENTRO DE RECURSOS Actividades Desenvolvidas

Como todos os “ dia mundial de…”, o Dia Mundial da Alimentação tem por objectivo chamar a atenção das pessoas para o drama da fome e da mánutrição, ainda hoje existente no mundo. Aproximadamente 800 milhões de pessoas no mundo continuam a passar fome, embora as disponibilidades alimentares mundiais e as tecnologias disponíveis para a produção e conservação dos alimentos seja suficiente para alimentar toda a população do mundo. Este ano, a FAO chama a atenção para um problema importante: a água como fonte de segurança alimentar e o seu papel vital na produção de alimentos para alimentar 8 milhões de pessoaspopulação esperada em 2030. No dia 16 de Outubro, no espaço da Cantina, os alunos das turmas do 6º ano montaram uma roda de alimentos e o Gabinete Médico expôs uma série de cartazes como forma de sensibilizar toda a comunidade escolar para a prática de uma alimentação saudável e equilibrada. Só assim se pode viver com saúde. TM e MN

A Oficina Didáctica do Centro de Recursos Educativos continua a laborar dentro dos moldes do ano lectivo precedente, funcionando com as vertentes gráfica, de fotografia e vídeo. No passado mês de Outubro foram os seguintes os produtos gráficos realizados: Concepção e edição do Pátio das Laranjeiras n.º 37-38 e da brochura Quem é Quem na EPMCELP?, onde, através da imagem, se indicam e apresentam todos os trabalhadores, funcionários e professores que fazem parte desta instituição. Esta última publicação acarretou a renovação de muitos dos registos fotográficos existentes na base de imagens e referentes a funcionários e docentes, que, em alguns casos, possuiam já alguns anos. Para além desta, foi também executada a maquetagem da nova edição do Dossier de Imprensa, publicação que apresenta e define os objectivos da Escola Portuguesa de Moçambique Centro de Ensino e Língua Portuguesa. Estão, ainda, em preparação 2 novas publicações da Colecção Escola de Sol, dedicadas a produções dos alunos. Foram também concebidos e impressos cinco cartazes, alusivos a acontecimentos realizados na Escola. No âmbito da fotografia, foram efectuados e tratados cerca de 1100 registos fotográficos e foi actualizada a base de fotografias dos alunos da Escola.

JS

7


A EPM-CELP EM FOCO NOVOS FINALISTAS, NOVAS FESTAS Decorreu no dia 30 de Setembro de 2006, a primeira festa organizada pela comissão de finalistas 2006/2007, destinada a crianças. O evento tinha como principal objectivo angariar fundos para a Gala/ Festa de Finalistas 2006/2007 e proporcionar um sábado diferente às crianças que participassem da mesma. Além dos finalisatas 2006/2007, esta iniciativa contou com a colaboração da Associação dos Estudantes, alunos do 11º ano e alguns professores. Várias crianças e adolescentes que acorreram à Escola fizeram da festa um sucesso jamais visto. A festa teve início por volta das 9 horas da manhã e encerrou às 17 horas. Registou-se um movimento intenso em todos os sectores do início ao fim.

Houve várias actividades realizadas, desde o Castelo de Ar, Casa de Terror, Jogos de Playstation, Minicoconuts, Campeonato de Matraquilhos, Gincanas, Pinturas de Cara e Cine-Kids. Destas actividades, a Casa de Terror foi a que mais atraiu a massa de crianças que aderiram à iniciativa. O bar organizado pelos alunos obteve sucesso a 100%. Dos produtos que tinha por vender, não sobrou nada. Todas as crianças, adolescentes e alguns pais, se deliciaram com os vários sabores que o bar dispunha. Para colorir mais a festa, as pinturas de cara e o Minicoconuts alegraram mais aos participantes. E para fechar com chave de ouro, realizou-se uma sessão de cinema no auditório Carlos Paredes, que foi muito concorrida. As principais actividades estavam centradas no Pátio das Laranjeiras. As Gincanas, o Castelo de Ar e o Campeonato de Matraquilhos realizaram-se no espaço exterior contíguo à cantina, no Parrow de Matraquilhos e no Parrow junto ao Parque das crianças, respectivamente.

8

No fim, os organizadores transportavam consigo o sentimento de missão cumprida. Conseguiram proporcionar um sábado alegre e divertido às crianças e, sobretudo, obtiveram resultados espectaculares. Feito o balanço, constatou-se que antes, durante e depois da festa, não houve grandes problemas, além de algumas deformações que alguns cacifos apresentavam no fim da Casa de Terror.

O evento superou as expectativas dos organizadores, tanto pela adesão como pelos lucros obtidos. Segundo o Professor António Moura, esta foi a melhor festa de crianças de todos os tempos da Escola. O sucesso é resultado de muito trabalho e união. Espero que esta festa sirva de exemplo a todos, pois este evento não seria tão colorido se não houvesse trabalho e união. A colaboração do professor António Moura foi muito importante para a concretização deste projecto, por isso a Comissão de Finalistas 2006/2007 agradece ao professor. Vão os meus parabéns à Comissão de Finalistas de 2006/2007, a organização da festa foi impecável! Os resultados falam por si. Amerali Sambo


A EPM-CELP EM FOCO COMEMORAÇÕES DO DIA DA MÚSICA 1 de Outubro / Semana da Música Na sequência do que tem vindo a acontecer em anos anteriores, o Dia Mundial da Música não passou despercebido. Deste modo, o grupo de Educação Musical, com a colaboração do grupo de EVT, comemorou este dia, desenvolvendo algumas actividades com o objectivo de dar a conhecer a importância da música para a vida e para o nosso quotidiano. Pretendia-se também integrar outros estilos e a diversidade de culturas musicais no espaço escolar e dar a conhecer à comunidade escolar a riqueza e a importância desta arte para a vida. A Semana da Música decorreu entre os dias 9 e 13 de Outubro e foram diversas as actividades realizadas neste período, abrangendo o 1º, o 2º e o 3º ciclos. Entre as actividades realizadas, contou-se com uma exposição de instrumentos tradicionais africanos, de instrumentos de sala ou então designados por instrumentos de Orff, e de alguns instrumentos tradicionais portugueses. A exposição também retratou a figura de Mozart com belíssimas pinturas e desenhos com o seu perfil, elaborados pelos alunos do 10º ano, sob orientação da professora Judite Santos. Os alunos dos 6º e 7º anos, com o apoio da prof. Adilene, participaram com pinturas e desenhos de figuras musicais, e os do 5º ano, com a prof. Sara, inspiraram-se na obra de Mozart

para executar traços ao som deste afamado compositor. No segundo dia das comemorações foi exibido o filme musical “ Música no Coração” no auditório Carlos Paredes. No terceiro dia, tivemos a participação do grupo “Malimba Tradicional” com um Workshop de construção de instrumentos tradicionais moçambicanos e de movimento e dança, seguido de uma pequena demonstração musical pelo grupo, junto ao Pátio das Laranjeiras. O Workshop, para além do sucesso e da grande adesão por parte dos alunos do segundo ciclo na construção dos instrumentos tradicionais, teve como objectivos a divulgação e sensibilização para a música tradicional e o fomento do interesse por outras culturas e géneros musicais. Já no terceiro dia da Semana da Música foi feita a homenagem ao compositor Mozart pela comemoração dos 250 anos. Deste modo, realizou-se no auditório a actuação do Coro infantil da EPM, a audição dos “Pequenos Violinos”, de um trio com duas flautas e um piano e de um pequeno intermezzo com um monólogo de Mozart, cuja figura foi representada por um aluno do 12ºano. No último dia da Semana da Música realizou-se também no auditório um concerto, seguido por um jam session pela Banda Thykit, conjunto musical constituído por dez elementos, com a apresentação de temas moçambicanos, nomeadamente a

9

Marrabenta, dança popular moçambicana. Também foi realizado no intervalo da manhã um Encontro com a Música, com a intervenção dos alunos que apresentaram temas internacionais de música ligeira acompanhados por voz e guitarras.

PROGRAMA

SEMAN A D A MUSICA! SEMANA DA 9 a 13 de Outubro Terça-feira: 8.40h Pátio de Entrada Exposição Temática Terça-feira - 8.40h 10 de Outubro Local - Auditório Exibição do filme “ Música no Coração “ 11 de Outubro Quarta-feira – das 9.00h às 12.00 Local - Pátio das Laranjeiras e exterior Workshop de dança e construção de instrumentos musicais 12 de Outubro Quinta-feira – 10.45 Local - Auditório “Homenagem a Mozart” Actuação do Coro infantil da EPM Audição dos violinos Trio de Flauta e Piano Monólogo de Mozart 13 de Outubro Sexta-feira – 10.30 Local - Auditório Concerto e Jam Session “Banda Thykit “ CC/EM


FOTOREPORTAGEM Semana da Música

10


FOTOREPORTAGEM O 5 de OUTUBRO na EPM-CELP

11


EPM-CELP EM FOCO Ecos e Vozes da Noite Tendo como objectivos principais a aproximação dos estudantes ao teatro como expressão artística, a familiarização destes com textos dramáticos de qualidade que poderão contribuir para a sua formação e o estímulo do gosto pelo teatro como apelo à imaginação e criatividade, a EPM-CELP promoveu a realização de um espectáculo, na última semana do mês de Outubro.

Solidão dos Campos de Algodão” lembra as ruas de Maputo, onde – dia e noite, noite e dia – há sempre alguém a vender algo: “patrão tou a vender...” – tanto diz alto como só cochicha. Porque se se vende de tudo, nada se nomeia. “Na Solidão dos Campos de Algodão” é uma peça contemporânea e universal, de Bernard-Marie Koltès, é autor de um teatro bastante poético, mas ao mesmo tempo oral, que nos remete para África, dada a carga emotiva, invisível, obscura das palavras e dos saberes. A linguagem de Koltès é crua, desesperada e violenta, e mostra a via “iniciática” que cada um deve percorrer em si para reconhecer o “outro”. O que nos leva a questionar: a comunicação, o amor, a justiça serão possíveis neste mundo contemporâneo? TN

Fer nando P essoa ernando Pessoa Novamente!

O grupo de teatro convidado denomina-se Oficina de Teatro Galagalazul e tem como director e encenador Rogério Manjate, escritor, dramaturgo, actor e jornalista. A peça apresentada tem como elenco apenas dois actores Elliot Alex e Rogério Manjate e é da autoria do francês Bernard-Marie Koltés. A história parece simples :um “Dealer” e um Cliente encontram-se ao acaso num beco, à noite. Não se sabe exactamente o que o cliente quer comprar, nem o que o “Dealer” tem para vender. Num dado momento ambos vêem o “outro”, reconhecemno, e o desejo surge. Afinal de contas todos desejamos alguma coisa, receber ou dar. “Na

12

Quando, nós, simples mortais, nos damos ao trabalho de pensar um pouco sobre um qualquer escritor, temos quase sempre a tendência para o olharmos, para o vermos, como um um espécie de ser especial, quase irreal, distante no tempo e no espaço, uma espécie de deus intocável... Contudo, na verdade, os escritores são pessoas como nós, que têm uma data de nascimento e de morte, que têm uma vida que vai evoluindo, que têm pai e mãe, irmãos ou irmãs, avós, tios, sobrinhos... Afinal, também Fernando António Nogueira Pessoa, apesar de múltiplo, apesar de ter inventado outros a partir de si próprio, seres de papel, poetas do fingimento, afinal, também, ele, Pessoa, era


CENTRO DE FORMAÇÃO como nós... com todos e os mesmos atributos familiares que nós! E a prova está aí: a nossa escola foi visitada pelo Dr. Luiz Miguel Nogueira Rosa Dias, sobrinho de Fernando Pessoa. Médico de profissão, presidente do Rotary Clube de Lisboa, o Dr Luiz Nogueira Dias, resolveu fazer, no início deste mês de Outubro, uma rumagem de saudade aos sítios percorridos por este seu tio-escritor, Fernando Pessoa, enquanto criança... Visitou a cidade do Cabo e Joanesburgo, mas deu especial atenção a Durban, onde Fernando Pessoa passou parte da sua Infância e onde iniciou os seus estudos e onde despertou a sua apetência para a escrita poética... Ao passar por Maputo, soube que a nossa escola possui, no seu interior, um busto deste seu tioescritor. Por esse motivo, pediu para visitar a escola e a estátua. O pedido foi prontamente satisfeito pela Presidente do Conselho Directivo, a Drª Albina Santos Silva, que o acompanhou, juntamente com o Dr. António Aresta, numa pequena visita guiada às intalações da escola e o conduziu ao local da estátua. No final, o Dr. Luiz Miguel Nogueira Dias assinou o “Livro de Honra” da Escola, de onde retiramos as seguintes palavras: «Tendo voltado às origens do meu tio Fernando pessoa, não quis deixar de visitar esta admirável Escola de Ensino da Língua Portuguesa. Bem hajam pela recepção que me dispensaram». Nós é que agradecemos a sua visita e os qualificativos que nos dirigiu! VR

Ensino do Português como Língua Estrangeira A língua portuguesa possui hoje cerca de 230 milhões de falantes, o que faz dela a sétima língua mais falada no mundo e a terceira do mundo ocidental. Sendo língua oficial de vários países (Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Guiné, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Timor e Macau), o Português é também língua de uso diário ou corrente em muitas outras áreas do globo, especialmente nos locais onde se encontram comunidades de emigrantes (Estados Unidos, França, Alemanha, Luxemburgo, Argentina, África do Sul, etc, etc.). Para além dos falantes do Português como língua materna ou língua segunda, verifica-se, hoje em dia, um aumento significativo no número de estrangeiros, que, por razões afectivas ou puramente económico-profissionais, desejam aprender a comunicar na nossa língua. Também ao nível das segundas e terceiras gerações das diferentes comunidades de emigrantes portugueses espalhadas pelo mundo, se tem verificado um crescente interesse pela reaprendizagem da nossa língua. Estes factos têm criado cenários específicos e problemas novos, quer ao nível dos métodos e estratégias de ensino-aprendizagem, quer ainda ao nível dos materiais didácticos a utilizar. A superação destes constrangimentos do processo de ensino-aprendizagem, só poderá ser efectuada através de um esforço de reciclagem e formação continua, quer por parte dos professores, individualmente, quer por parte das instituições que têm a seu cargo a tarefa de promover e conduzir esse processo. A EPM-CELP é uma instituição de ensino que opera num contexto

13

social em que a maioria dos seus alunos aprende o português como língua materna ou como língua segunda. No entanto, é frequente acolher no seu seio alunos estrangeiros, cujos familiares se encontram a trabalhar em Moçambique ou que são funcionários nas diversas embaixadas acreditadas em Maputo. Nos últimos anos, a EPM-CELP registou, no seu corpo discentes, a presença de alunos de cerca de 24 nacionalidades diferentes. Estes alunos, embora usufruam da vantagem de se encontrarem numa situação de imersão linguística, apresentam dificuldades de aprendizagem típicas dos aprendentes de uma língua estrangeira, o que exige da escola, e dos professoes, um esforço acrescido e o uso de estratégias específicas adequadas. É tendo em conta esta realidade, que o Conselho Directivo da EPMCELP tem vindo, desde há alguns anos, a apoiar e a incentivar a participação de elementos do seu corpo docente em acções de formação nesta área específica do ensino. É neste contexto que ocorre, uma vez mais, a participação de quatro professores de português da EPM-CELP na mais recente Acção de Formação promovida pelo Ministério de Educação de Portugal, na área do ensino do Português como Língua Estrangeira, intitulada “Produção de Materiais de EnsinoAprendizagem do Português em Contextos não Nacionais”. Esta acção de Formação concretizou-e em Centurion, Pretória, África do Sul, entre os dias 29 Outubro e 3 de Novembro. Os trabalhos, que decorreram em regime intensino, das 8h30m às 17h30m, foram orientados pela Drª. (Continua na página 19)


ESCRITA CRIATIVA Criar! Pensar e reflectir! Inventar! Juntar ideias e sentimentos!... Moldar palavras, afeiçoando-lhes as faces enrugadas!... Eis aqui alguns dos prazeres da escrita, que nós, professores, procuramos incutir nos nossos alunos, mas que alguns de nós também pratica... Este é um prazer também extensível, em alguns casos, a trabalhadores desta escola. É por esta razão, que resolvemos incluir, nesta edição do “Pátio das Laranheiras”, três textos de origem diversa: o primeiro é da autoria de uma professora; o segundo, o seu autor é um trabalhador da casa; o último, pertence a uma aluna. Viva a diversidade criativa! Espero que gostem.

Auto estrada Maputo Witbank La Charade Foi hoje que dei por ti... Fiel companheira! Todos os dias te vejo... Mas, na verdade, nunca te olhara como agora! E dei por mim questionando O teu papel nesta minha vida errante! Tu confortas-me, Tu escutas-me (e muito!), Como o consegues só o tu o saberás!

Longas caravanas automóveis Desfilam sobre a passerelle de alcatrão No sentido este-oeste e produzem convulsão nos pistões Pela aceleração congruente à ânsia de chegar ao tão desejado paraíso: Neilspreit Várias horas laborais vezes mês, Convertidas em Mtn´s(1), voltarão a ser convertidas em Lazer.

Benites Lucas José (1) Moeda moçambicana: Meticais da Nova Família Quando te viro as costas... Quando passo por ti....não me contenho Lanço-te um olhar final (será fatal?) E se te volto de novo as minhas costas é com culpa E com o desejo de te poder olhar, Apenas contemplar-te mais uma vez Poema de amor E lançar-me nos teus braços!

E aí.... suprema das carícias!!!!! O teu silêncio que me embala, O teu saber estar incomparável, As tuas palavras feitas de silêncios acumulados E só mais o teu toque... O final (e não fatal)! Sou eu... És tu.... mas não és única E como tu muitas por aí andam sem que lhes reconheçam o valor! Aqui fica o meu tributo... A ti, fiel companheira Das alegrias e das tristezas O teu fiel e sempre teu... Companheiro! Eu!

Não gosto dos olhos Gosto do olhar Não gosto dos lábios Gosto do beijo Não gosto dos braços Gosto do abraço Não gosto dos dedos Gosto da carícia E não gosto das pernas Gosto do andar

Quem és tu?

Não quero que sejas perfeito Quero que sejas tu... na boa

Agora é a tua vez... participa nesta charada e responde à pergunta final, pois ela é de todos nós!

Porque não se gosta do perfil Gosta-se da pessoa. Natasha Soeiro

Margarida Vasconcelos

14


M ais ...

A EPM-CELP EM FOCO

notícias curtas Inf or mática Infor para funcionários

Numa instituição de ensino como a nossa, com os recursos humanos e materiais de que dispõe e com uma filosofia que defende que as capacidades de cada um devem ser potenciadas, esta foi mais uma iniciativa que visou contribuir para a formação interna dos funcionários escolares. Esta acção de formação teve como domínio a informática, área de saber que hoje em dia se tornou, mais do que necessária, indispensável, não só como ferramenta, mas também e sobretudo como fonte de conhecimento actualizado.

Os formadores desta acção foram dois funcionários experiêntes desta instituição e os destinatários também: vinte e quatro auxiliares de educação que entre 21 de Outubro e 11 de Novembro tiveram oportunidade de beneficiar de uma aprendizagem no Windows XP, com enfoque especial para o programa de processamento de texto Microsoft Word. O curso foi essencialmente prático, segundo nos relataram os monitores, Gerson Borges e Ilton Ngoca, e teve uma duração total de 18 horas, repartidas por três sábados. Segundo eles, o balanço final da acção é positivo, tendo em linha de conta o interesse, o esforço e a dedicação demonstrado por todos aqueles que participaram. Para que as competências e os os conhecimentos, entretanto

notícias curtas adquiridos, se não percam com o tempo, os monitores consideram essencial que os participantes continuem a praticar. Para isso, segundo afirmou o coordenador do Centro de Recursos Educativos, basta que os funcionários interessados se disponibilizem para, fora do horário de serviço normal, e desde que não estejam a ser usados por alunos, usar os PCs da biblioteca, e desde que não estaejam a ser usados pelos aliunos, usar os PC da Biblioteca, desde que não estejam a ser usados pelos alunos.que a estrutura disponibilizará para o efeito. TN

notícias curtas muitos ficam pelo caminho vencidos pelas dificuldades. Os que insistem verão, cedo ou tarde o seu esforço compensado. E é por isso que, este ano, uma vez mais, a partir de 13 Outubro, muitos dos alunos do ano passado e alguns “caloiros” nesta arte, pegaram no violino e no arco e retomaram as aulas. Bom trabalho a todos é o que vos deseja a EPM-CELP. TN

A nossa gente!

E os “Pequenos Violinos” voltaram a tocar!

Já nos vamos habituando a ouvir falar dos nossos pequenos violinos e dos seus feitos – os concertos com que ao longo do ano lectivo eles nos brindam, as suas participações em eventos internacionais juntamente com orquestras reputadas a nível mundial. Já não nos surpreende, mas é sempre uma fonte de orgulho para a nossa escola e para o professor e alunos que nesta actividade dão o seu melhor. É uma actividade exigente, como toda a arte, que requer muito suor, esforço, dedicação e persistência. É por isso que não é para todos,

15

Firmino Félix Alfredo Mahumane nasceu a 22 de Março de 1980, na cidade de Maputo. Fez o primeiro grau de ensino (até à 5ª classe) na Escola Primária Av. Das FPLM e parte do 2º grau (6ª e 7ª classe) na escola do Noroeste1, tendo concluído a 9ª classe na escola do Noroeste 2. Interrompeu os estudos em 1998, tendo exercido a profissão de fotógrafo “free-lancer”, até 2002, altura em que ingressou na Escola Portuguesa de Moçambique, no sector de fotografia e reprografia do Centro de Recursos Educativos (CRE). Pouco depois passou a fazer também a distribuição do material audiovisual e a dar apoio ao auditório e ao CRE. Actualmente, para além de trabalhar, está de novo a estudar, frequentando o ensino recorrente na EPM-CELP, juntamente com outros funcionários desta instituição que desta forma têm oportunidade de melhorar as suas qualificações. TN


ESCOLHAS DA BIBLIOTECA O ESTRANGEIRO de Alberto Camus

Diante das questões: que livro escolher? que livro recomendar?, na maioria das vezes sou tentada a procurar novos autores, ou um título ainda desconhecido. Foi assim que descobri A Idade do ferro do sulafricano Coetzee, os romances de Tahar Ben Jelloun, ou alguns livros para mim desconhecidos da Paulina Chiziane bem como a poesia de Sebastião Alba. Foi assim que me encontrei com as reflexões de Edgar Morin sobre o mundo contemporâneo. Mais uma vez, decidida a arriscar num mergulho no desconhecido, dirigi-me à estante da literatura universal e fui tentada por um título “A viagem dos meninos mortos” de Eugenio Aguirre, escritor mexicano. O título era perturbador como perturbador era o tema que tratava: o tráfico de órgãos de crianças. Li-o com um interesse decrescente e sem paixão ou emoção e compreendi o que pode ser um romance falhado. Tinha todos os ingredientes para ser um bom livro, mas tinha ficado aquém… e isto precisamente porque o autor quisera colocar o pressuposto antes da arte, a mensagem política antes da literatura e tinha impedido que as palavras e as personagens vivessem a sua própria história e ao fazê-lo a emanassem para o leitor. Larguei o livro com a sensação de que nem só com um bom tema se faz um bom livro. Neste caso, pensei, teria sido preferível fazer uma boa reportagem, com a vantagem de tornar a história credível. Estava tão desiludida que resolvi jogar pelo seguro e escolhi reler um romance velho conhecido meu de há muito, daqueles que não deixa margem para dúvidas de que estamos diante de algo que ultrapassou o enunciado: O Estrangeiro de Albert Camus, prémio Nobel da Literatura. É engraçado voltar a pegar no mesmo livro vinte e tal anos depois de o termos lido, perceber o que retivemos da leitura e os enganos a que a memória nos conduziu. Para mim o livro

16

começava na morte da mãe de Meursault e terminava no assassinato do árabe por ele. Toda a segunda parte que envolve o seu julgamento, a sua condenação à morte, a ausência de rendição da personagem à ordem estabelecida e à culpa, se me haviam varrido por completo da lembrança. Provavelmente porque toda a crítica social que este capítulo encerra, todo o existencialismo que suporta filosoficamente o livro, me estava ainda vedada na altura. Diante do enunciado com que abre o livro “ Hoje a minha mãe morreu. Ou talvez não, não sei bem. Recebi um telegrama do asilo: “Sua mãe falecida. Enterro amanhã. Sentidos pêsames” percebemos que tudo vai ser descrito com uma precisão cirúrgica, com uma linguagem simples, directa, sem recursos estilísticos. Apesar disso, a narrativa e cada uma das palavras nos interpelam, nos incomodam, e ao fecharmos o livro o mal-estar persiste. Camus não anuncia “a vida é um absurdo posto que morremos”, o absurdo está em cada gesto da personagem, o fastio substitui a culpa, o quotidiano sobrepõe-se às grandes questões morais. Nos actos de Meursault está a indiferença, percebe-se que qualquer decisão que tome lhe é igual e que ele se comporta como se a vida não tivesse sentido algum. É este não-sentido, esse absurdo que nos acompanha ao longo da leitura. São aqueles olhos abertos no escuro à espera de se fecharem de vez, sem aceitarem que a luz artificial da religião sirva de placebo ao sentimento de vazio, que nos continuam a seguir pelas frestas do livro fechado. O narrador, Meursault, funcionário, toma conhecimento da morte da mãe num asilo onde há alguns anos a colocara. Viaja de autocarro de Alger para Marengo, oitenta quilómetros de torpor e sonolência. Vela a mãe sem emoção e enterra-a sem lágrimas, sem procurar simular um desgosto que não sente. De regresso a Alger vai à praia com uma jovem amiga, Marie, de quem se torna amante. Faz amizade com um vizinho, Raymond, um chulo que maltrata uma jovem árabe. Raymond convida-o a passar o domingo à beira-mar, na cabana de um amigo. Dois árabes seguem-nos para vingar a rapariga maltratada por Raymond. Meursault, sem bem saber porquê, acaba por matar um dos árabes. Meursault é julgado e durante processo e todos os acontecimentos precedentes são passados em revista à luz da moral social que decide a sua culpabilidade. Meursault é culpado pela sua indiferença, que prova, segundo a Justiça, a sua alma de criminoso. Meursault opta pela verdade, por contar os factos como os vê e não como os outros esperam que ele conte, sem confessar a sua culpa ou buscar atenuantes para o seu crime e, mesmo diante da possibilidade de condenação à morte, decide manterse fiel aos seus sentimentos ou à sua ausência deles.


NO REINO DA(S) ESCRITA(S) Camus num comentário ao seu livro diria a propósito de Meursault: “O herói do meu livro é condenado porque se recusa a jogar o jogo. É sob este aspecto que ele é um estrangeiro relativamente à sociedade em que vive; ele vagueia nas margens, nos subúrbios de uma vida privada, solitária e sensual. É por esta razão que alguns leitores são tentados a olhar para ele como um pedaço de entulho social. Uma ideia muito mais precisa da personagem, ou pelo menos muito mais próxima das intenções do autor, emergirá se alguém se perguntar apenas em que é que Meursault se recusa a entrar no jogo. A resposta é simples; ele recusa-se a mentir. Mentir não é apenas dizer o que não é verdade. É também, e principalmente, dizer mais do que é verdade, e tanto quanto o coração humano é capaz, expressar mais do que se sente. Isto é o que nós todos fazemos, todos os dias, para simplificar a vida. Ele diz o que ele é, ele se recusa a esconder seus sentimentos, e por esta razão a sociedade se sente ameaçada. Pedem-lhe, por exemplo, que diga que se arrepende do seu crime, de maneira formal. Ele responde que o que sente é mais próximo do aborrecimento do que real arrependimento. E é este sentido obscuro, esta nuance, que o condena. Portanto, para mim, Meursault não é um pedaço de entulho social, mas um homem pobre e nu, enamorado de um sol que não deixa sombras. Longe de estar destituído de todos os sentimentos, ele é animado por uma paixão que é profunda pois é obstinada, uma paixão pelo absoluto e pela verdade. Esta verdade é ainda uma verdade negativa, a verdade sobre o que nós somos e o que nós sentimos, mas sem ela, nenhuma conquista sobre nós ou sobre o mundo será possível. Ninguém estará muito enganado, portanto, ao ler O Estrangeiro como (Continua na página 19 )

REINALDO FERREIRA

Reinaldo Ferreira (Reinaldo Edgard de Azevedo e Silva Ferreira) nasceu em Barcelona a 20 de Março de 1922. Veio viver para a então cidade de Lourenço Marques por volta do ano de 1942 e foi nesta cidade onde veio a falecer em 1959, vítima de um cancro dos pulmões. É autor de letras de variadíssimas canções que se tornaram muito populares como “Uma casa portuguesa”, “Soldadinho”, entre outras. Colaborou em vários jornais e revistas do seu tempo como Msaho, A Voz de Moçambique e A Tribuna. De acordo com Manuel Ferreira (in Caliban III), “Gozava, em Lourenço Marques, no círculo de escritores seus amigos, de grande prestígio. E foram eles, tais como Eugénio Lisboa, Rui Knopfli, Vítor Evaristo, Fernando Ferreira e Guilherme de Melo, que organizaram o seu livro póstumo (…), com prefácio de José Régio”. Reinaldo Ferreira figura hoje em várias antologias e monografias de poesia moçambicana.

17

A que morreu às portas de Madrid, Com uma praga na boca E a espingarda na mão, Teve a sorte que quis, Teve o fim que escolheu. Nunca, passiva e aterrada, ela rezou. E antes de flor, foi, como tantas, pomo. Ninguém a virgindade lhe roubou Depois dum saque – antes a deu A quem lha desejou, Na lama dum reduto, Sem náusea mas sem cio, Sob a manta comum, A pretexto do frio. Não quis na retaguarda aligeirar, Entre «champagne», aos generais senis, As horas de lazer Não quis, activa e boa, tricotar Agasalhos pueris, No sossego dum lar. Não sonhou minorar, Num heroísmo branco, De bicho de hospital, A aflição dos aflitos. Uma noite, às portas de Madrid, Com uma praga na boca E a espingarda na mão, À hora tal, atacou e morreu. Teve a sorte que quis. Teve o fim que escolheu. Reinaldo Ferreira, Poemas, 1960

OP


PSICOLOGANDO ACÇÕES DE FORMAÇÃO PARA PROFESSORES NA EPM-CELP A Formação dos Professores que trabalham no dia-a-dia com os nossos alunos, mantém-se das grandes preocupações da nossa Escola e o Gabinete de Psicologia, tendo como tarefa o apoio ao bom desempenho tanto dos alunos como dos professores no dia-a-dia da escola, não fica indiferente ao processo. Aprender a saber, saber para aprender, saber para ensinar, aprender a ensinar, ensinar a aprender, …, é tudo o que, diária e simultaneamente, vivemos na escola.

Nos dias 14 e 21 de Outubro, o Serviço de Psicologia promoveu duas Acções de Formação com os nossos professores onde pudemos debater temas como Métodos de Estudo (pela Dra. Raquel Ribeiro) e Ensinar a Pensar (pela Dra. Alexandra Melo), e ainda Aprendizagem da Leitura e da Escrita: a Importância do PréEscolar. Estas acções foram dirigidas aos professores do 2º ciclo até ao Secundário, nos primeiros dois temas, e aos professores do pré-escolar e do 1º ciclo, no terceiro tema apresentado. A participação dos professores foi de 74% no PréEscolar e 1º Ciclo e de 25% no restante grupo (de referir que estas Acções não obrigam à participação dos professores). Relativamente ao tema Métodos de Estudo, a abordagem foi feita no sentido de realçar a importância de ajudar os alunos a organizarem hábitos, espaços e ambiente de estudo, de forma a contribuir também para uma melhor

organização da própria mente. A nossa prática de educação na Escola mostra-nos que, grande parte dos alunos não tem métodos de estudo suficientemente estruturados que permitam transformar o tempo de estudo em qualidade de estudo. A Dra. Raquel fez a apresentação de algumas linhas orientadoras para utilização das melhores estratégias de métodos de estudo na sala de aula. No segundo tema, Ensinar a Pensar, tendo consciência da importância dos processos cognitivos em matéria de estudo, mais concretamente a importância do saber pensar, foi dada ênfase à necessidade de criar actividades no dia-a-dia de sala de aula que possam ajudar os alunos a potenciar as suas capacidades cognitivas. Investir em algumas destas actividades pode ser, por vezes, a forma de vencer dificuldades persistentes na compreensão de determinado assunto, mais do que insistir na busca da metodologia mais adequada para melhor fazer compreender. Considera-se, por vezes, existir nos estudantes alguma fragilidade no uso de capacidades de raciocínio lógico e abstracto, recorrendo os alunos, frequentemente, a métodos mecânicos, que levam a uma fraca consolidação dos conhecimentos, em detrimento de métodos que permitem uma verdadeira integração do saber. O Gabinete de Psicologia apresentou algum material destinado a melhorar as potencialidades cognitivas, e disponibilizou-se para o facultar aos professores para aplicação directa na sala de aula. Neste encontro foi ainda focada a importância do conhecimento da Psicologia do Desenvolvimento no acto de ensinar, que nos permite o

18

conhecimento das diversas fases de desenvolvimento dos alunos crianças e adolescentes, tal como é defendido por Piaget na sua teoria de desenvolvimento por estágios. Poder associar os diferentes níveis de desenvolvimento cognitivo dos alunos com os anos/ciclos que frequentam, é, com certeza, uma mais valia para os nossos mestres da educação. Conhecendo as verdadeiras capacidades dos alunos, e os alunos não são todos iguais nas suas potencialidades, o professor poderá saber o quanto esperar de cada um!

A participação dos nossos professores foi muito simpática, tendo-se criado um ambiente de debate muito profícuo. Cada professor, na sua área específica, pôde relacionar os aspectos preconizados pela teoria com aqueles que se verificam na sua prática da sala de aula. Na Formação dirigida aos professores do pré-escolar e do 1º ciclo - Aprendizagem da Leitura e da Escrita: a importância do PréEscolar, contámos com a presença de dois convidados: um Psicólogo Clínico, Dr. Fernando Ribeiro, e uma Estudante do curso de Educadora de Infância, Jaqueline Pinto Teixeira, que fez o seu percurso de estudante, desde o 3º ano até ao secundário, como aluna disléxica. O Dr. Ribeiro fez uma abordagem dos processos neurológicos envolvidos na aprendizagem da leitura e da escrita, marcando a importância de respeitar o ritmo normal do


A EPM-CELP EM FOCO desenvolvimento neurológico de cada criança, sobretudo na fase inicial da aprendizagem. Uma aprendizagem precoce pode trazer comprometimento no desenvolvimento do próprio processo ensino-aprendizagem. Foram ainda abordadas as dificuldades de aprendizagem da leitura e da escrita, nomeadamente a Dislexia, com a apresentação dos sinais mais frequentes no desempenho do aluno, assim como algumas propostas de intervenção. A Jaqueline apresentou o seu testemunho enquanto aluna disléxica, tendo-nos dado a conhecer como lidou com esta dificuldade da aprendizagem da leitura e da escrita. Marcou a importância do acompanhamento dos seus pais, que a estimularam a fazer todo o tipo de exercícios de reeducação que lhe foram propostos, assim como as suas dificuldades na sala de aula, quando, por exemplo, era obrigada a ler. Falou-nos das suas emoções enquanto aluna que se considerava, e foi por muitos considerada, desagradavelmente diferente. Conta-nos: “Já no Secundário uma professora obrigou-me a ler em voz alta e, apesar de eu já conseguir controlar os meus erros, ainda me custava muito expor-me aos meus colegas, pelo que me recusei a ler. A professora disse-me que, ou lia ou ia para a rua. De imediato pousei o livro e saí da sala.” Houve um grande envolvimento dos professores nesta questão, pois as dificuldades de aprendizagem da leitura e da escrita constituem, hoje, uma percentagem elevada de problemáticas nas aprendizagem. Parabéns a todos os professores presentes, que contribuíram para o que consideramos um bom momento de encontro entre profissionais da educação da nossa EPM-CELP!!! AM

(Continuação da página 13)

Lúcia Soares e pela Drª. Isabel Coimbra, esta última autora de vários manuais de ensino da língua Portuguesa como Língua Estrangeira, bem como de manuais destinados ao ensino do Português em Timor. A acção de formação, que teve todo o apoio da Embaixada Portuguesa em Pretória, na pessoa da Drª. Fernanda Costa, foi também acompanhada pela Drª Teresa Oliveira, em representação do GAERI. Partindo de alguns conceitos e definições linguisticas básicas, bem como o disposto no “Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas” , a acção teve um cunho essencialente prático, o que obrigou os participantes a terem que elaborar, eles próprios, um conjunto de sugestões de materiais didácticos para uso em contextos específicos de aprendizagem do português como língua estrangeira.

(Continuação da página 17) O ESTRANGEIRO de Alberto Camus

a história de um homem que, sem heroísmos, aceita morrer pela verdade. Também devo dizer, de novo paradoxalmente, que tentei descrever no meu personagem o único Cristo que merecemos. Será entendido, após minhas explicações, que eu disse isso sem nenhuma intenção blasfema, e apenas com a afeição um pouco irónica que um artista tem o direito de sentir pelos personagens que cria.” É com este comentário, que é ao mesmo tempo a verdade sobre a minha incapacidade de dizer melhor, que vos convido a ler O Estrangeiro, lançando-vos um desafio: qual o vosso veredicto? Meursault é culpado ou inocente? Criminoso ou herói?

19

Para além dos conhecimentos aquiridos em ambiente formal, a Acção propiciou também uma troca de experiências entre os diferentes participantes, que provinham de zonas tão diversas e distantes, como a Namíbia, Zimbabwe, a cidade do Cabo, mas também de Joanesburgo, Pretória e da nossa vizinha Neilspruit. Os professores Teresa Paulo, Miguel Gullader, Olga Pires e Vítor Roque, foram os representantes da da EPM-CELP nesta Acção de Formação. VR

Para quem quiser saber mais poderá pesquisar as seguintes palavras-chave: Albert Camus; O Estrangeiro; Existencialismo; Mito de Sísifo; Debate SartreCamus.

Albert Camus nasceu na Argélia em 1913 no seio de uma família modesta e faleceu em 1960 num acidente de automóvel, tendo tido uma carreira literária brilhante, em que contamos com romances como A Peste, O Exílio e o Reino, A Queda e peças de teatro como O Equívoco e Calígula. Publicou ainda vários ensaios dos quais se destaca O Mito de Sísifo. Dirigiu uma companhia de teatro entre 1935 e 1938. Foi membro destacado da Resistência Francesa durante a ocupação alemã na segunda guerra mundial. Em 1957 foi-lhe atribuído o Prémio Nobel da Literatura. TN


ÚLTIMA PÁGINA Países e Povos na Nossa Escola

Olimpíadas e Informática

DINAMARCA!

Foi com grande satisfação que a nossa Escola acolheu uma vez mais um evento promovido pelas autoridades moçambicanas, no âmbito do espírito de cooperação que sempre tem norteado a nossa actuação.

Nome Oficial: Reino da Dinamarca Superfície: 43.094 Km 2 Capital: Copenhaga Língua Oficial: dinamarquês Regime político: Monarquia constitucional Constituição em vigor: 5 de Junho de 1953 Dia Nacional: 5 de Junho (Dia da Constituição – 1849) Moeda: Coroa dinamarquesa Principais cidades: Copenhaga, Arhus, Odense e Alborg População Total: 5.413.392 hab (2004) Taxa de Crescimento da População: 0,35% População Urbana: 85 % População Rural: 15 % Esperança Média de Vida: 77 anos Taxa de Alfabetização: 99 % Taxa de Mortalidade Infantil: 0,5 % Produto Interno Bruto (PIB): 173 biliões de USD (2002) PIB per capita: 32.180 USD Exportações: Carnes e derivados, lacticínios, meios de transporte, peixe, móveis, têxteis, vestuário, prod. Químicos e máquinas. Importações: Petróleo, máquinas e equipamentos, produtos químicos, produtos alimentares e papel. Adaptado de Microsoft Encarta 2005

Desta feita, foi palco das Olimpíadas da Informática, realizadas no dia 14 de Outubro, numa iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia de Moçambique. Acorreram à Escola cerca de 150 participantes, alunos entre a 9ª e a 12ª classes que, numa prova de 180 minutos, resolveram exercícios de programação em linguagem Turbo Pascal. A Escola congratula-se por ter podido disponibilizar a logística necessária à realização deste evento, fazendo jus à tradição que faz desta casa um espaço acolhedor e aprazível para todos aqueles que a visitam. EM

Pátio das Laranjeiras, n.º 39 Directora: Albina Santos Silva . Coordenação Editorial: Vítor Roque . Coordenação Executiva: Jorge Pereira, Núcleo de Apoio, Informação, Relações Públicas e Publicações . Redacção: Teresa Noronha, Vítor Roque, Eugénia Marques . Concepção Gráfica e Paginação: Vítor Roque. Fotografia: Vítor Roque e Filipe Mabjaia . Colaboração: Alexandra Melo, Judite dos Santos, Eugénia Marques, Olga Pires, Margarida Vasconcelos, Benites José, Alunos do Clube de Jornalismo, Amerali Sambo, Teresa Murta, Michel Neves, Área Disciplinar de História, Área Disciplinar de Educação Musical . Revisão: Vítor Roque, António Aresta . Produção: Centro de Recursos Educativos, Outubro de 2006 Propriedade: Escola Portuguesa de Moçambique - Centro de Ensino e Língua Portuguesa, Av. do Palmar, 562 . Caixa Postal 2940 . Maputo . Moçambique . Telefone: 00 258 21 481300 . Telefax: 00 258 21 481343 , www.edu-port.ac.mz . E-mail: patiodaslaranjeiras@edu-port.ac.mz . epm-celp@edu-port.ac.mz

20


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.