ESCOLA PORTUGUESA DE MOÇAMBIQUE
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CENTRO DE ENSINO E LÍNGUA PORTUGUESA
10 contos ANO V
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NÚMERO 43
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FEVEREIRO 2007
O CARNAVAL DA ALEGRIA
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JORNAL MENSAL
Gala Jovem 2007
São Valentim
destaques Dia de São Valentim
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O Carnaval na Escola
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Gala Jovem 2007
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EDITORIAL A vida é um composto de rituais. De facto, desde que nasce até que morre, o ser humano é envolto por rituais constantes. E isto é uma verdade para qualquer tipo de sociedade ou de crença religiosa. Após o nascimento, a criança é sujeita a um qualquer tipo de apresentação pública à sociedade e à divindade venerada pela família; ao chegar à idade de constituir família, os esposos sujeitam-se a um conjunto de rituais específicos que os unem perante todos; ao morrer, aos que “partem para a longa viagem” são oferecidos, pelos familiares, um conjunto de rituais que marcam a sua partida. Curiosamente, também a escola possui os seus rituais. A nossa, como é óbvio, não é excepção, o que é bem visível na presente edição do nosso “Pátio das Laranjeiras”. Quero, em primeiro lugar, referir ao “ritual da folia” – o Carnaval. Embora não seja uma tradição muito enraizada na cultura Moçambicana, a nossa escola não deixa de, todos os anos, o assinalar e relembrar, pois compete-nos, não só respeitar a cultura local, a africana, como também divulgar a nossa, de cunho ocidental. O segundo ritual a que me quero referir é um ritual mais amado… É um ritual de conquista, de aproximação à vida adulta. Refirome à “Gala Jovem” que todos os anos se realiza na nossa escola e que marca a aproximação de um outro ritual, o “Baile de Finalistas”. Esse, “O Baile”, que se aproxima a passos largos, corresponde ao apogeu, ao desejo máximo que todos os nossos alunos anseiam concretizar desde que iniciam o 10º ano do ensino secundário. “O Baile de Finalistas”, no fundo, marca, numa ambiência quase mágica, a conquista da vida adulta, que se materializa quer na entrada num curso universitário, quer na obtenção de emprego activo. Resta-nos vê-los partir e esperar ter cumprido bem a nossa missão. Cumprida que está a Gala, venha, então, O Baile… Boas leituras e até o próximo “Pátio das Laranjeiras”.
A EPM-CELP EM FOCO notícias curtas
notícias curtas
Visita de estudo ao A impor tância Matemática Instituto do Coração No dia 20 de Fevereiro, os alunos quotidiano do 9º ano, acompanhados pela professora de Ciências Naturais, Ana Besteiro, e pelas respectivas Directoras de Turma, realizaram uma visita de estudo ao Instituto do Coração (ICOR), único do género no país.
Criado há 5 anos, este hospital é especializado no tratamento de doenças cardiovasculares em adultos e, principalmente, em crianças, e conta com salas de operações, laboratórios de análises, salas de internamento e gabinetes de consulta equipados com tecnologia de ponta. Nesta visita de estudo, os alunos, para além de visitarem estes espaços, tiveram ainda a oportunidade de assistir a uma palestra dada por uma médica especialista em doenças cardiovasculares, que falou sobre as funções dos órgãos do sistema circulatório e sobre algumas doenças que os podem afectar. Esta visita teve como objectivo principal aumentar os conhecimentos dos alunos acerca do coração humano, do seu funcionamento e da sua constituição. A visita às instalações e a participação na palestra permitiulhes conhecer algumas doenças cardiovasculares perigosas, meios diagnósticos para sua detecção e tratamentos específicos e, acima de tudo, compreender a importância dos hábitos de vida saudável para a prevenção das doenças cardiovasculares. EM
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Aproveitando a estadia do Professor Jaime Carvalho e Silva em Moçambique, para assistir à I Bienal do Português e da Matemática, a decorrer nos dias 1, 2 e 3 de Março em Maputo, a EPM-CELP, pôde contar uma vez mais com os reconhecidos dotes de comunicador deste ilustre convidado, ao ter orientado uma conferência para os alunos dos 10º e 12º anos de escolaridade, os quais por vezes olham para a Matemática de soslaio, ou mais grave ainda, com uma enorme desconfiança, para não empregar outra adjectivação de conotação mais negativista. A conferência, cujo tema - A Importância da Matemática no Quotidiano, foi um sucesso retumbante na qual os alunos deram provas inequívocas da sua maturidade e souberam estar à altura do evento. No final todos os presentes deram o tempo por bem empregue e os alunos saíram com a sensação de que “ ma mente sem Matemática é pior que um jardim sem flores”. JC
A EPM-CELP EM FOCO notícias curtas Experimentar num Laboratório de Biotecnologia Os alunos da turma A do 12º ano, acompanhados pela professora de Biologia, Ana Besteiro, realizaram, no dia 23 de Fevereiro, uma visita de estudo ao Laboratório de Biotecnologia da Faculdade de Veterinária. Esta actividade, prevista no plano de actividades de Ciências Naturais, pretendia dar a conhecer que a construção de conhecimentos de Biologia e Biotecnologia envolvem abordagens pluri e interdisciplinares, reconhecer a relevância da Biologia e da Biotecnologia nos dias de hoje para a qualidade de vida das pessoas e da organização das sociedades, e construir valores e atitudes que levem à tomada de decisões fundamentadas relativas a problemas que envolvam interacções Ciência; Tecnologia, Sociedade e Ambiente. Durante a visita, os alunos desenvolveram duas práticas, uma relativa à Reprodução e Fertilidade e outra relativa à manipulação do DNA (PCR). AB / EM
No dia 14 de Fevereiro a “nossa Princesa” deu à luz mais seis descendentes da raça felina, por sinal bem de saúde, para encanto de alguns amantes da dita espécie. Alguns curiosos já foram visitar a recente “mamã” mais os seus filhotes, havendo já algumas “ponderações domésticas” para possíveis adopções, esperamos que por unanimidade familiar. AC
Cinema
“O jardim do outro homem” Os alunos do secundário tiveram oportunidade de assistir ao filme moçambicano O Jardim do Outro Homem, numa sessão especial exclusiva para a nossa Escola, que incluiu um debate com o realizador e com os actores que constituem o elenco. No dia 2 de Fevereiro, os alunos mais velhos, acompanhados por alguns professores e pela Dra. Albina, dirigiram-se em dois autocarros para o cinema Xenon, a fim de assistirem ao filme do realizador moçambicano Sol de Carvalho (que, a título de curiosidade, é irmão da nossa professora do 1º ciclo, Odete Sol). Nos dias anteriores, a professora Margarida Vaz, Coordenadora do Ensino Secundário, fez um périplo pelas salas, para falar um pouco do filme aos alunos. Recorde-se que esta longametragem moçambicana conta a história da jovem Sofia que sonha em ser médica, mas que, para entrar na universidade, tem que passar no decisivo teste de biologia. Diante desta situação, um professor, que partilha da mesma pobreza, aproveita para chantagear Sofia, propondo uma nota positiva em troca de um favor sexual. Mesmo desconfiando que o professor é seropositivo, e apesar da sua recusa em usar o preservativo, Sofia cede à chantagem. A receptividade foi grande e, ao todo, foram 176 pessoas que se dirigiram ao Xénon para verem o filme e, posteriormente, participarem no debate. Foi uma sessão animada, pautada pela troca de ideias e pela pertinência das questões colocadas pelos nossos alunos, acolhidas com simpatia e interesse pelos artistas presentes.
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Foi mais uma experiência no percurso dos nossos alunos, da qual todos saíram, certamente, muito enriquecidos. EM
Imagem do realizador
Motivações do realizador (Resumo da apresentação do pitching” no festival de Amiens onde O Jardim de Outro Homem recebeu um prémio de apoio ao guião)
Eu sou um africano de um País que, com cerca de 30 anos de Independência, ainda tem uma maioria de analfabetos. Entendo que a única saída possível é um forte investimento na educação. Fico, por isso, profundamente chocado quando verifico que o sector que deveria formar técnica e eticamente aqueles que poderiam desenvolver o País no futuro, está impregnado pela corrupção, pelo deixa-andar, pela ausência de ética… Senti que fazer um filme sobre este tema seria atacar o âmago do drama africano: a pobreza que alimenta o ciclo de corrupção e vice-versa. Mas, como realizador, não quero que a história de Sofia seja um “discurso político com imagens”. É a realidade do filme que é política por si mesmo. Eu quero que o espectador consiga sentir e emocionar-se tanto como me aconteceu quando as jovens que entrevistámos na pesquisa nos contaram as suas histórias!
A EPM-CELP EM FOCO Há música ... na banda!
EPM-CELP + portátil
Na sequência da vontade de fomentar e divulgar a música no espaço escolar, que desde sempre tem pautado a actuação da Instituição e da área disciplinar de Educação Musical, ganhou corpo, durante este mês de Fevereiro, a nova Banda de Música da EPM-CELP, sempre com o intuito de promover e incentivar a prática e o ensino de um instrumento musical, e de complementar a actividade musical na Escola. Mesmo sem ter completado, ainda, um mês de existência, a recém-criada Banda conta já, à partida, com a participação de 12 elementos cheios de boa vontade, entre alunos, professores e funcionários, que actuarão sob a regência e direcção artística do Major Amaro Pereira. Com uma vasta experiência profissional nesta área, o também encarregado de educação desta Escola será, ainda, responsável pelo ensino de instrumentos de sopro. Numa primeira fase, procedeu-se à verificação das aptidões musicais de cada elemento da Banda, em relação à prática e ao primeiro contacto com o instrumento. Num segundo momento, introduzir-se-á o conhecimento do instrumento, através de métodos simples e de técnicas de iniciação. Os instrumentos que poderemos ouvir são essencialmente os sopros de metais: trompetes, barítonos, trombones, trompas, corne inglês, saxofones alto e tenor, e flautas transversais. Este projecto encontra-se inserido na “ Casa da Música”, espaço de encontro das artes musicais, de formação, de educação para a música e de convívio, e pretende alargar a sua área cultural trabalhando em parceria com outras áreas disciplinares. EM
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O século XXI revelar-se-á, sem dúvida alguma, como a era do triunfo da Informática. O computador é hoje uma presença constante em cada loja comercial, em cada banco, em cada serviço público, em cada lar e, até, em muitas Escolas do mundo moderno. Os recursos audiovisuais, que outrora se encontravam dispersos pelas valências de uma diversidade enorme de aparelhos, capazes de fazer, isoladamente, cada coisa de per si (gravador/leitor de som, vídeo-gravador, DVD, projector de slides, retroprojector, etc), estão hoje reunidos e interligados, com vantagem, num só aparelho – o computador. Nas Escolas do século XXI já não se fala em Recursos Audiovisuais, mas em recursos de Multimédia. Tudo isto se deve à capacidade de integração desta máquina fabulosa, que, de uma só vez, consegue processar imagens fixas ou em movimento, som, texto, etc. O PC é, assim, e sem dúvida alguma, um precioso auxiliar no processo de ensino-aprendizagem moderno. Como seria de esperar, a EPM-CELP procura estar a par destas novas tendências da Escola de Hoje. A comprová-lo, estão as nossas quatro salas de informática, complementadas por mais três existentes na biblioteca e mais duas, especialmente vocacionadas para o uso exclusivo dos professores e para a formação promovida pelo Centro de Formação da EPM-CELP. A juntar a estes recursos, estão os dois smartboards adquiridos recentemente e a existência, em cada sala de aula, de um projector de vídeo, complementado por dois computadores (um para registo dos sumários e outro para apoio ao desenvolvimento das aulas – o projecto actual é de cinco). Os últimos avanços da técnica, nesta área da informática, trouxeram uma nova vantagem – a portabilidade. Hoje, o PC já não se encontra amarrado a uma mesa. Segue connosco para todo o lado, debaixo do braço ou numa simples mala. Por essa razão, a EPM-CELP deu, recentemente, mais um passo neste processo constante de modernização técnica: neste mês de Fevereiro de 2007 chegaram à escola 50 novos computadores portáteis (laptop). A EPMCELP está, assim, como dizemos no título, “+ portátil”. Para além destes novos computadores laptop, a Escola adquiriu também 60 novas unidades de mesa (desktop). No desenvolvimento desta política de combate à Infoexclusão, espécie de analfabetismo moderno, a direcção da EPM-CELP, aproveitando a encomenda referida, decidiu abrir a possibilidade de professores e funcionários poderem participar também nesta aquisição de novos computadores. Dezassete professores e funcionários participaram nesta iniciativa, tendo dado ordem de compra para computadores portáteis. No dia 2 de Fevereiro, na sala de professores, a direcção, numa pequena e singela sessão formal, procedeu à entrega dos computadores. Na ocasião, a directora da Escola, Drª. Albina Santos Silva, proferiu umas breves palavras, onde destacou a importância do desenvolvimento de competências ao nível da Informática no futuro do ensino. VR
A A EPM-CELP EPM-CELP EM EM FOCO FOCO O amor chega à Biblioteca Poeta José Craveirinha
Dia de S. Valentim
O amor. Palavra linear, plana, plena que tudo pode. Intemporal na alegria e na tristeza que pode trazer. O amor não tem idade, não tem rosto, não tem nação. É o mais poderoso e frágil de todos os sentimentos. Vivê-lo é sair de si, é partilhar, é acreditar, é esperar… O amor é a vida e a vida não cabe num dia. Todavia, se as circunstâncias sociais mandam que ao amor seja dada especial atenção no dia de S. Valentim, insensato será não o fazer. Assim, a Biblioteca Poeta José Craveirinha também foi visitada pelo amor no dia 14 de Fevereiro, dia de S. Valentim. Neste dia, foram espalhados, pelas mesas de leitura da Biblioteca, poemas de amor para que cada elemento da comunidade educativa pudesse sentir a forma mais sublime do uso da palavra - a poesia - desta vez pincelada com amor. Para os que não tiveram oportunidade de visitar a biblioteca nesse dia, aqui ficam dois exemplos dos poemas expostos: Amor é fogo que arde sem se ver, É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente, É dor que desatina sem doer. É É É É
um um um um
não querer mais que bem querer; andar solitário entre a gente; nunca contentar-se de contente; cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade; É servir a quem vence, o vencedor; É ter com quem nos mata, lealdade.
No dia 14 de Fevereiro comemorou-se o Dia de S. Valentim, também chamado Dia dos Namorados e Dia da Amizade. Para assinalar esta data, realiza-se, habitualmente, na nossa Escola, uma troca de correspondência entre alguns alunos. Naturalmente, a maioria é contemplada com uma cartinha ou um postal, mas há sempre alguns (poucos, felizmente), de quem ninguém se lembra. E foi a pensar nas carinhas tristes desses poucos que, nesse dia, nada recebem, que o 4º Ano, no âmbito do seu projecto, se propôs, desta vez, comemorar esse dia de uma maneira diferente. Assim, em parceria com o Pré-Escolar, 1º Ano, 2º Ano e 3º Ano, cada aluno escreveu uma cartinha, fez um poema ou um desenho (no caso de não saber, ainda, escrever), para ser distribuído por todos os alunos do Pré-Escolar e do 1º Ciclo. E acabaram-se as carinhas tristes! Além disso, no Auditório, no dia 14, pelas 10.30, algumas alunas do 4º Ano, ao som da canção “Cartas de Amor”, apresentaram uma coreografia muito simples. O Coro Infantil da EPM-CELP cantou essa mesma canção e outras duas – “A Pastorinha” e “Cinderela” - e vários alunos, cada qual com o seu cestinho cheio de cartas escritas pelos seus colegas, procederam à sua distribuição. A apresentação deste pequeno espectáculo foi feita pela aluna Iva Gonçalves do 4º B e pelo Dércio Caupers, do 4º A. MF / EM
Mas como causar pode seu favor Nos corações humanos amizade, Se tão contrário a si é o mesmo Amor? Camões Poema Quero escrever-te um poema que tenha um sentido claro como o que os teus olhos me disseram. Poderia ser um poema de amor tão breve como o instante em que me deixaste ver os teus olhos. Mas o que os olhos dizem não cabe num poema, nem eu sei como se diz o amor que só os olhos conhecem. Nuno Júdice
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A EPM-CELP EM FOCO No Carnaval, ninguém leva a mal
Gala Jovem 2007 Teve lugar, no dia 17 de Fevereiro, no Pátio das Acácias da nossa Escola, a tradicional Gala Jovem, organizada em parceria pela Associação de Estudantes e pela Comissão de Finalistas. Além de angariar fundos para a organização do Baile de Finalistas, esta festa tinha por objectivo oferecer uma noite diferente aos jovens da Escola e da cidade em geral. O público começou a afluir às 19 horas e a expectativa era grande. Esperava-o um grande espectáculo, fruto de um trabalho árduo mas compensador, por parte dos finalistas e da Associação de Estudantes. Do cartaz, faziam parte desfiles de moda, actuações de cantores e de grupos musicais convidados e da Escola e, novidade nesta edição, o concurso de capulana, com um chorudo prémio de 100 dólares oferecido pela escola aos vencedores nas categorias feminino e masculino. Todos os pormenores foram pensados ao mais ínfimo pormenor, e nem os inusitados cortes de energia perturbaram a tenacidade dos finalistas, que se fizeram notar pela sua calma e capacidade de improvisação, evitando que o público debandasse e abandonasse o recinto. Chegaram inclusive a apresentar, de improviso, alguns números completamente às escuras. O público, fantástico, aplaudiu. Os finalistas não descuraram nenhum detalhe, desde a sequência dos números do espectáculo – desfiles intercalados com números musicais mais “animados” – até à decoração, ao cuidado da empresa Sekuela e alusiva ao Carnaval e à Capulana, inspirada na época que atravessávamos e no concurso que foi novidade, este ano. O júri, esse, era constituído por ilustres estilistas moçambicanos, que participaram na Fashionweek Maputo, e que não pouparam elogios aos desfiles e à organização da festa. Recorde-se que as roupas apresentadas foram cedidas por algumas lojas da cidade, que patrocinaram o evento. Mas o momento alto da festa deu-se, como refere Amerali Sambo, da Comissão de Finalistas, com a subida ao palco de dois artistas da praça, Zico e Dany Og, recebidos pelo jovem público com aplausos e muito entusiasmo. Em jeito de balanço, foi uma noite muito animada e muito concorrida e, por conseguinte, muito positiva em termos de receitas para os nossos finalistas, como adianta Mário N’Zualo, da Comissão de Finalistas e da Associação de Estudantes. Na sua opinião, todos os finalistas estão de parabéns, pelo modo irrepreensível como organizaram a festa e pela forma como conseguiram superar as expectativas das centenas de pessoas que acorreram à festa. EM Vide fotoreportagem na página 9
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Alegria, folia, desinibição, máscaras, disfarces, serpentinas, balões são alguns dos ingredientes do Carnaval, período festivo que ocorre sobretudo em países de tradição católica, precisamente antes da Quaresma. Mas o que significa a palavra “carnaval”? Se procurarmos a origem etimológica desta palavra verificamos que se apontam hipóteses tais como “carne valis”, “carnem levare” e “carne levamen” e “curros navalis”. Estas expressões latinas permitem-nos rapidamente associar esta manifestação cultural à Quaresma, período de restrição ao consumo de carne (“Carnem levare”), que mais não é do que um símbolo de reflexão, de sacrificio, de convite à mudança . A origem do carnaval repousa em tempos ancestrais. Há estudos que ligam o Carnaval aos ritos primitivos realizados no final do Inverno com o intuito de estimular a fecundidade da natureza e provocar o regresso do sol. O uso de máscaras e licenciosidades presentes nestes rituais mais não eram do que uma forma de expulsar os espirítos malignos. Quanto à execução de um boneco, pensa-se que serviria para recordar os sacríficios relacionados com a imolação de animais. Indiscutível é, também, a ligação destes festejos, quer às festas Dionísicas da Grécia antiga, quer às festas romanas Bacanais Saturnais que celebravam de forma explendorosa o novo ano agrário, o renascimento da natureza essencial à sobrevivência. A estes festejos era, igualmente, dado o nome “Introito”, quadra do Entrudo (designação que se mantém até hoje) e que significava, tal como referido, entrada num novo ano, num novo ciclo da natureza. Actualmente, a celebração dos festejos carnavalescos varia consoante as tradições locais e nacionais. Devemse, no entanto, destacar três grandes carnavais a nível mundial: o de Veneza, em Itália, repleto de fogo artifício, de jogos de circo e mascarados; o Mardi Gras de Nova Orleães, nos EUA, inicia-se nas duas semanas que precedem a terça-feira gorda com magestosos desfiles; por fim, o do Rio de Janeiro, no Brasil, em que as escolas de samba desfilam pelo sambódromo fazendo da cidade um enorme palco de festejos. Em Portugal, o Carnaval sempre foi celebrado com afinco, sendo feriado na terça- feira gorda e havendo interrupção das actividades lectivas. À semelhança de outros países, vivem-se dias de festa, de delírio, de excessos que se arrastam até à gastronomia deste período, sobretudo nas zonas rurais, que assenta num consumo assinalável de carne de porco, até à quartafeira de cinzas, dia em que se inicia a Quaresma. A celebração do Carnaval faz-se um pouco por todo o país, sendo de destacar os carnavais de Ovar, de Torres Vedras, de Loures, de Loulé, da Madeira, entre tantos outros. As tradições carnavalescas de outrora como o (continua)
A EPM-CELP EM FOCO (continuação)
enterro do entrudo, os desfiles de mascarados, as batalhas de flores entre os carros têm vindo a ser substituídas pela imitação do Carnaval do Rio de Janeiro, sendo os desfiles feitos ao som do famoso samba e os participantes vestidos como se Verão fosse. Curiosa é, também, a crescente participação de actores de telenovelas brasileiras. Independentemente da fidelidade às tradições locais, os bailes de máscaras e os desfiles colectivos ou individuais abundam e dão testemunho da alegria, da
exuberância, da desinibição, da crítica social que nesta época proliferam. Olhar o Carnaval hoje, é perceber de imediato que estamos perante um período em que a inversão de convenções sociais, o desejo de libertação de todos os que nesses dias assumem uma nova identidade, não andará longe das motivações primeiras destas festividades. Parece evidente a urgência de viver o impossível, de sublimar medos, enfim, de expulsar o medonho para, assim, iniciar um novo ciclo de vida e... como é Carnaval ninguém leva a mal! EP
O Carnaval na escola A decoração do espaço O desfile Se é certo que no “Carnaval ninguém leva a mal”, nem por isso a Escola quis deixar de recriar um ambiente festivo, enfeitando-se com máscaras e outros motivos alusivos a esta época que é, por tradição, de descontracção e de folia. Assim, no âmbito do seu Plano Anual de Actividades, os professores da área disciplinar de Educação Visual e Tecnológica, acompanhados dos seus alunos, procederam ao aproveitamento dos artefactos produzidos nas aulas de EVT, como máscaras, disfarces e outros elementos decorativos, para enfeitar os espaços que acolhem diariamente alunos, pais e professores – o Pátio das Laranjeiras. Resta acrescentar que, para bem do Planeta, todos os enfeites foram produzidos com materiais recicláveis através de técnicas de reutilização de papel, sendo, posteriormente, pintados e envernizados. EM
O Carnaval foi festejado na EPM-CELP, nos passados dias 20 e 21 de Fevereiro, através de actividades levadas a cabo pelo Pré-Escolar, 1ºciclo e 2º ciclo desta instituição de ensino. O cuidado e alegria na concepção e preparação destas foram bem visíveis nos desfiles que animaram a nossa escola. O primeiro desfile ocorreu no dia 20 de Fevereiro e contou com a participação das turmas do pré-escolar, sendo que as de 3/4 anos usavam fatos alusivos à alimentação, enquanto que as de 5 anos usavam fatos inspirados nos hábitos de higiene. O segundo desfile realizou-se no dia 21 de Fevereiro e contou com a participação de todas as turmas do 1ºciclo e com alunos representantes das turmas do 2º ciclo. Os disfarces usados estavam ligados a temáticas diferentes: o 1º ano inspirou-se nos jogos trivais; o 2º ano na Primavera, estando os alunos vestidos de bailarinos com motivos alusivos a esta estação do ano; o 3º ano seguiu a temática do imaginário na literatura infantil; o 4º ano inspirou-se nas vivências da cidade de Maputo, nos seus usos e costumes; por fim, os representantes das turmas do 2º ciclo apresentaramse com fatos e máscaras criados por eles nas aulas de EVT com materiais reaproveitáveis. Estes desfiles, que partiam da sala de aula, passando pelo átrio principal da escola interior e exterior, culminavam no Pátio dos Sobreiros, onde cada turma se apresentava perante um júri que lhe atribuía, consoante o seu desempenho, um certificado segundo as seguintes categorias: a mais divertida, engraçada, original, trapalhona, risonha, animada, barulhenta, dançarina, entusiasmada, saltitona. Por estes dias, o Pátio das Laranjeiras ganhou ainda mais beleza ao receber as máscaras criadas pelos alunos do 5º e 6º anos e, quem por lá passou, não ficou indiferente. Bem hajam os que se empenharam em lembrar esta época em que a tristeza dorme e a alegria é rainha. EP
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Vide fotoreportagem na página 8
FOTOREPORTAGEM O Carnaval
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FOTOREPORTAGEM Gala Jovem 2007
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A ESCOLA EM FOCO Entrevista à nova Vogal do Conselho Directivo O Conselho Directivo da EPM-CELP tem uma nova Vogal, trata-se da Dr.ª Dina Trigo de Mira. Nasceu a 31 de Dezembro de 1951 em Angola onde viveu até aos quatro anos de idade. Seguidamente, parte para Moçambique, Lourenço Marques, e aí reside até aos dezasseis anos, altura em que regressa a Luanda de onde só saí em 1977. É ainda em Luanda que inicia os estudos universitários e a sua vida profissional enquanto docente, em 1974. Em Portugal, vive 20 anos no Baixo Alentejo, em Aljustrel, indo depois residir para Lisboa. É licenciada em Geologia pela Faculdade de Ciências de Lisboa, ramo de Formação Educacional, e é professora do Quadro de Nomeação Definitiva do 4ºgrupo, na Escola E.B. 2,3 de Marvila, integrada no 10º escalão. Do seu percurso profissional, desenvolvido ao longo de 28 anos de serviço, transparece uma sólida experiência ao nível da docência, da gestão e administração escolar e da coordenação de trabalho em equipa. Pátio das Laranjeiras- Antes de mais gostaríamos de lhe dar as boas vindas em nome da comunidade educativa da EPM-CELP e de saber o que a levou a escolher esta área profissional. Dr.ª Dina - Esta escolha prende-se com o gosto que tenho pelo ensino, pelo contacto com as pessoas, pelo trabalho em equipa. O ensino é uma opção de vida para mim. A Coordenação de equipas de trabalho é uma actividade que tenho desenvolvido com enorme prazer. A gestão e administração escolar tem sido mais um desafio da minha vida profissional a que tenho respondido com todo o empenho. P.L.- Quais são as primeiras impressões deste regresso a Moçambique? Dr.ª Dina - Estar novamente em Moçambique é retomar vivências, memórias: os cheiros, a cor da terra, o céu, a dimensão da natureza...É reencontrar amigos de infância. Tem sido um período em que a emoção é uma constante. PL - E sobre a EPM-CELP, o seu novo local de trabalho? Dr.ª Dina - A primeira impressão é claramente de espanto, de admiração pelas condições físicas da escola comparativamente às escolas em Portugal. É um orgulho trabalhar num espaço tão bonito, tão bem apetrechado. Fui muito bem recebida, senti simpatia e um enorme esforço das pessoas por me integrarem. PL- Muito se tem discutido sobre o papel da escola na sociedade. As opiniões divergem, os diagnósticos abundam, as soluções, essas, são de difícil implementação no terreno. Na sua opinião qual deve ser o papel da escola enquanto agente de mudança social e cultural?
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Dr.ª Dina - A escola ainda não dá uma resposta adequada à mudança social. Temos obrigação de acompanhar a evolução da sociedade, para que a escola seja um organismo vivo, dinâmico. Aquilo que hoje é verdade, facilmente pode deixar de ser. O acesso à informação é muito rápido, tudo pode mudar num piscar de olhos pelo que o professor não pode ser o detentor da verdade, mas sim um facilitador de aprendizagens. O professor deve ser capaz de apetrechar os alunos das ferramentas necessárias para descobrirem o saber. PL- Que diferença pensa existir na missão e objectivos da EPM-CELP por comparação com as escolas em território português? Dr.ª Dina - Se há objectivos comuns, que se prendem com a formação integral do aluno, outros há que os ultrapassam e que conferem um estatuto único à EPMCELP. Não nos esqueçamos, que esta Escola é o rosto visível da cooperação portuguesa em Moçambique. Para além de ser uma Escola Integrada, é também um Centro de Recursos e um Centro de Formação, que presta serviços, quer internamente, quer aos professores e técnicos de educação do Sistema de Ensino Moçambicano. Como se vê os objectivos são muitos e amplos, o que nos atribui uma responsabilidade acrescida. PL- Que expectativas tem relativamente à função de Vogal do Conselho Directivo da EPM-CELP que agora inicia? Dr.ª Dina - Pretendo, essencialmente, cumprir as funções que me foram atribuídas e que se prendem, com a área pedagógica e, se possível, trazer alguma mais valia à EPM-CELP levando a bom termo o seu projecto educativo. PL- Para concluirmos esta entrevista agradecíamos que deixasse uma mensagem a toda a comunidade educativa da EPM-CELP. Dr.ª Dina - Que haja um trabalho de equipa muito concertado e que consiga envolver as pessoas, com vista ao cumprimento do projecto educativo da EPMCELP. EP/AC
A EPM-CELP EM FOCO EPM-CELP EPM-CELP,, uma escola de saudades A EPM-CELP é uma escola do presente com os olhos postos no futuro… Contudo, com os seus sete anos de existência, é já uma escola com passado e história! Muitas foram já as pessoas – funcionários, professores e alunos – que por aqui passaram para estudar e para trabalhar. Como o tempo não pára e passa célere e as vidas mudam com o seu passar, uns regressaram já a Portugal, outros percorrem hoje rumos e destinos diversos e outros, ainda, aposentados, tentam descansar de uma vida de canseiras. Contudo, fica sempre a memória e a saudade (pois a EPM-CELP “marca”!) e quando surge a oportunidade de um regresso, de um rever amigos e lugares, não deixam nunca de nos visitar. Foi o que aconteceu, neste mês de Fevereiro, com três antigos funcionários desta instituição.
O senhor João Tembe, antigo funcionário desta casa, já aposentado, visitou-nos e recordou os tempos em que aqui desempenhou a função de motorista. Ernesto Sitoe, por seu turno, é um moçambicano que já conhece o seu pedaço de mundo. Depois de ter cumprido funções militares em Macau, na distante China, Ernesto Sitoe foi funcionário na Cooperativa de Ensino e na Escola Portuguesa de Moçambique, onde trabalhou na Secção de Reprografia. O tempo aposentou-o e a oportunidade trouxe-o novamente ao seu antigo local de trabalho, onde reviu colegas e superiores. Lídia Salazar Grilo passou a maior parte da sua vida em Moçambique tendo trabalhado como professora do Ensino Pré-Escolar na EPMCELP. Vive actualmente no Norte de Portugal, em Guimarães. A
A Nossa Gente
O professor António Azevedo traçou, gentilmente, o seu percurso de vida profissional, que aqui transcrevemos na íntegra: Nasci em Rio Tinto, no dia 9 de Março de 1951. A terras de Moçambique arribei em 1956.
oportunidade de rever Moçambique, trouxe-a até nós, por altura da Gala Jovem de 2007, a que assistiu com agrado. Foi uma oportunidade para rever colegas e funcionários. Ficou no ar a possibilidade de um novo “re-regresso”. Em matéria de visitas, a redacção do Pátio das Laranjeiras tem ainda um último registo a fazer, neste mês de Fevereiro. Referimo-nos à visita que o Dr. Alberto Gaspar, Presidente da Associação Portuguesa de Professores de Inglês, fez à nossa escola. De passagem por Maputo, a onde se descolou a convite do British Council, para ministrar uma formação especializada a professores de inglês, que teve lugar na Namaacha, nos dias 15, 16 e 17, não quis, assim, deixar de nos visitar e conhecer. PL: “? Thank you, Sir, for your interest.” VR
Os meus estudos foram feitos em diversas instituições do ensino da então Lourenço Marques. Concluo o bacharelato em Construções Civis e Minas no IILM em 1971. Na ULM, estou até 1973, altura em que me “transfiro” para a “universidade” de Boane. Aos “bancos” da universidade, volto em 2001, para 2 anos depois concluir a licenciatura em Planificação, Administração e Gestão da Educação, na UP. A “Aventura” de professor de Matemática começou em 1975, no então Liceu 5 de Outubro, ex-Salazar e hoje Escola Secundária Josina Machel. Era o ano dos sonhos e das incertezas! Nestes atalhos de ensinar (e aprender muito!), relembro duas instituições que me deixaram fortes recordações – o CFPAS, Centro de Formação Profissional de Águas e Saneamento e a EPM - Cooperativa de Ensino, o embrião da nossa “casa amarela”. As flores que continuem um projecto feito de muitos sonhos e algumas frustrações!
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CENTRO DE RECURSOS EDUCATIVOS Oficina Didáctica, Biblioteca Poeta José Craveirinha e Sector de Informática
A Oficina Didáctica é uma das áreas do Centro de Recursos Educativos da EPM-CELP. Por ela passam, sobretudo na sua fase de planeamento e de préconcretização, a maioria, se não a totalidade, das actividades não lectivas que se realizam na escola, pois é aqui que se concebem e concretizam os materiais de apoio dessas actividades, tais como cartaz, panfletos, desdobráveis, diaporamas, convites, etc. Pelo CRE, mais especificamente, pela sua secção de Fotografia e Vídeo, passam também essas mesmas actividades, mas agora já na sua fase de concretização e execução no terreno, pois é ao CRE (Secção e Fotografia), que cabe a responsabilidade de registar em imagem fixa ou com movimento o que se vai fazendo ao longo do ano, em cada mês e em cada dia que passa. Para além da sua função de apoio à concretização de actividades das áreas disciplinares, o CRE possui também os seus próprios projectos: edição e paginação de pequenas edições escolares, relacionadas com as suas diversas colecções (Escola de Sol, Educação & Memórias da Educação, “Jornal Pátio das Laranjeiras”, “Aprender Juntos”, etc.). É também por aqui que passam os vários projectos de alteração ou reformulação de espaços da escola, reformulação de espaços exteriores, reformulação e concepção de mobiliário, etc, etc.
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Ao CRE pertence também a gestão da Biblioteca “José Craveirinha” (secção interna e secção exterior), bem como o desenvolvimento de actividades de animação e promoção da leitura e do estudo (Hora do Conto, apoio na pesquisa de recursos bibliográficos e na utilização de meios informáticos e pesquisa de informação na Net, etc., etc.). A Rede de Informática e Internet é, hoje, um sector nevrálgico na EPM-CELP, dado que todos os serviços da Escola se encontram informatizados e integrados, desde as actividades da Secretaria ao Registo Electrónico Diário de Faltas e Sumários. Por essa razão, a Secção de Informática revela-se um sector de apoio primordial. Após a recente instalação de dois novos servidores, esta secção desenvolve uma reformulação da estrutura lógica e física da referida rede. No corrente mês, de entre outras actividades, referiremos que foram realizados no CRE sete cartazes, um desdobrável/panfleto, a edição do Jornal Pátio das Laranjeiras do mês anterior (Jornal e Separata), bem como outros produtos gráficos e cerca de dois mil registos fotográficos. Tendo em conta a reformulação e ampliação espacial destes serviços, que se encontra ainda em curso, foram também realizados estudos e plantas de organização do espaço do Sótão do CRE, bem como a planificação do futuro mobiliário a incluir neste sector. VR
CENTRO DE FORMAÇÃO Camilo Pessanha, uma digressão futura
Calculadoras gráficas e sensores
Está em curso uma homenagem nacional ao poeta simbolista Camilo Pessanha, com inúmeras actividades agendadas (conferências, reedições de livros, exposição fotográfica, exposição de arte chinesa, etc.). Esta homenagem nacional conta com o apoio do Ministério da Educação, do Ministério dos Negócios Estrangeiros, da Fundação Jorge Álvares, da Fundação Oriente, entre outros organismos. O Professor António Aresta, actualmente a leccionar na nossa escola, é um dos colaboradores desta organização, sendo responsável pelo módulo “Camilo Pessanha, Professor do Liceu de Macau”, A coordenação geral pertence à Doutora Ana Paula Laborinho e ao General Pedro Barreiros. VR
Nos passados dias 22 e 23 de Fevereiro esteve na Escola Portuguesa de Moçambique, o Professor Doutor Jaime Carvalho e Silva do Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra, e uma das maiores referências no panorama actual do ensino e investigação da Matemática, a orientar uma ação de formação para os docentes de Matemática, Ciências da Natureza e Físico-Química. As actividades realizadas, relacionaram-se com a utilização do CBR - Calculated Based Ranger e do CBL - Calculated Based Laboratory. Durante a realização das actividades, todos os intervenientes mostraram vontade em participar, o que incutiu um elevado dinamismo à sessão. Apesar do pouco tempo, creio que foi muito bem empregue, esperando, agora, que a semente deixada pelo Professor Jaime germine. Para que este crescimento seja mais facilitado, foi criada no Moodle da EPM, uma “disciplina” sobre calculadoras gráficas e sensores, onde será colocado diverso material. Assim os docentes da EPM o aproveitem! JC
A EPM-CELP EM FOCO Relembrar Craveirinha No passado dia 6 de Fevereiro, a Biblioteca Poeta José Craveirinha relembrou, uma vez mais, o IV Aniversário da morte do Poeta que lhe dá o nome, através de um convite dirigido a toda a comunidade escolar para visitarem a Biblioteca e conhecerem a sua obra. Foram colocados, nas mesas de leitura, poemas da autoria de Craveirinha para aguçar a curiosidade dos visitantes para folhear e descobrirem as suas obras. Até os mais pequeninos (pré-escolar) nos visitaram e é de salientar o comportamento exemplar que tiveram. Foilhes contada uma pequena história sobre o poeta, com alguns dos aspectos mais significantes da sua biografia. José João Craveirinha nasceu a 28 de Maio em Lourenço Marques (hoje Maputo) e faleceu a 6 de Fevereiro de 2003. Autodidacta, dedicou-se ao longo da vida a vários sectores de actividade, destacando-se o funcionalismo público, o jornalismo e o desporto. Em 1955 publica os seus primeiros poemas, no Jornal o Brado Africano, jornal com profundas tradições na defesa da causa africana. Colaborou ainda com outros jornais moçambicanos como o Notícias, Noticias da Tarde e Noticias da Beira e ainda em projectos independentes, a Voz de Moçambique, Tribuna e Tempo. Para além da sua actividade enquanto jornalista e poeta, desempenhou um papel de relevo como dirigente
associativo, principalmente na vida da Associação Africana de Lourenço Marques, desde a década de 50. Em 1965 foi preso pela PIDE/DGS e cumpre pena até 1969, acusado de oposição política contra o regime. Foi Presidente da Assembleia Geral da Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO) de 1982 até 1987. Nos últimos anos de vida ocupou o cargo de Vice Presidente do Fundo Bibliográfico de Língua Portuguesa. Foi agraciado com vários prémios: 1962 – “Prémio Alexandre Dáskalos”; 1975 – “Prémio Nacional da Poesia de Itália”; 1983 – “Prémio Lótus”; 1991 – “Prémio Camões”; 1997 – “Prémio vida Literária”; 1999 – “Prémio Consagração Fundac – Rui de Noronha”; 2002 – “Prémio Voices of Afica”. Em 1997, o presidente da República de Moçambique, Joaquim Chissano, agraciou-o com a Ordem Amizade e Paz, salientando o contributo significativo de José Craveirinha para a “ libertação dos povos, o reconhecimento dos Direitos do Homem, o respeito das liberdades democráticas e a eliminação de todas as formas de opressão e humilhação.” Citando Calane da Silva, acerca de Craveirinha, “era uma vez o Karingana ua Karingana dum poeta cuja voz se confunde com a história do país”. AC
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O SUOR DE QUEM ESTUDA
Matemática - Problemas do Mês Como a resolução de problemas é muito importante e é uma prática do nosso quotidiano, desde a hora que acordamos até à hora a que nos deitamos, e como a Matemática tem que ser divertida, propomos-te este desafio mensal.
Vai a http://moodle.edu-port.ac.mz/Matemática/ Problemado Mês ou entrega a tua resposta ao teu professor de Matemática até 29 de Março.
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PSICOLOGANDO Alegria na Escola Estive a ler uma matéria interessante que gostava muito de partilhar – Optimismo na Educação. A palavra optimismo, por si só, já convida à leitura, pois quem não quer viver a vida com atitudes positivas, que nos disponham bem, que traduzam o nosso dia-a-dia em momentos leves de alegria e bem-estar, fora ou dentro do trabalho? Na tarefa do professor, ou do profissional da Educação, trabalhar no que se gosta, podendo construir e partilhar de um bom ambiente, tanto entre colegas como junto dos alunos, julgo ser o máximo que se pode exigir (nestas coisas de educação, mínimo tem que ser sinónimo de máximo, pois julgo que o satisfaz é pouco para classificar o nosso bem-estar, físico e psicológico, e a qualidade do nosso trabalho quando esse trabalho é educar). Como referem Helena Marujo e Luís Neto na sua obra Optimismo para a Educação, “é importante renovar as emoções positivas uma vez que a saúde
emocional e física andam de mãos dadas, entrelaçadas numa dança em que se tocam, interferem, determinam. Ter saúde, é mais do que não ter doenças. É estar bem consigo e com os outros e ter a serenidade e a confiança para lidar com as dificuldades, os insucessos, as frustrações. É permitir-se sentir – sem medos, nem dúvidas, nem vergonhas – contentamento e felicidade. Só os vive quem busca verdadeiramente motivos para alegria, orgulho, reconhecimento, encanto. Não que estejam sempre lá, se os quisermos ver, mas muitos de nós escolhemos não olhar, quase atemorizados pelas coisas boas ou cegos pela intensidade das más.” Na tentativa de ver com robustez a felicidade e alegria dentro da escola, onde todos nós somos participantes, os mesmos autores propõem-nos um conjunto de pontos que consideram sinais vitais da escola, dos quais passo a transcrever alguns:
1. Há mais relações interpessoais positivas e não violentas do que desrespeitadoras e conflituosas. 2. Há mais actores escolares que se apoiam e compreendem do que abertamente se desvalorizam e criticam. 3. Há estudantes empenhados e motivados, dando o seu máximo. 4. A maioria dos encarregados de educação corresponde aos pedidos e chamamentos da escola e tenta dar-lhes resposta, fazendo o seu melhor. 5. A maioria das instalações escolares são funcionais, e as degradadas são claramente em menor proporção. 6. Os corpos administrativos e executivos da escola esforçam-se, no geral, pelo menos por manter a escola em equilíbrio, havendo muitos que vão mais longe e fazem tudo para dinamizar e recriar. 7. É possível ver estudantes e professores nas aulas a ter momentos felizes. 8. Há pessoas na escola que são verdadeiros alicerces do edifício escolar e lhe dão sentido e alma. 9. Há ainda professores que são modelos e heróis para os seus estudantes. Juntos, contribuiremos para uma maior presença do optimismo no dia-a-dia das nossas vidas e da nossa escola! “Por vezes julgamos que o que conseguimos é só uma gota no oceano. Mas sem ela o oceano estaria incompleto.” – Madre Teresa de Calcutá
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AM
ÚLTIMA PÁGINA Países e Povos na Escola Cinzia Elisa Picciolo tem onze anos, nasceu em Moçambique, mas foi muito cedo para Itália. Filha de pai italiano e de mãe moçambicana, tem vivido a maior parte da sua vida em Moçambique, o que não a impede de se sentir, igualmente, italiana, o que afirma com grande naturalidade. Cinzia frequenta o sexto ano do segundo ciclo na turma C. Pátio das Laranjeiras – Como caracterizas a tua relação com Itália? Cinzia Picciolo – Eu sou Moçambicana e Italiana. Tenho uma relação muito forte com Itália, pois o meu pai é Italiano, natural da Sicília, e toda a minha família paterna está lá. Todos os anos passo um mês em Itália, de certa forma é como regressar a casa, estar com os meus avós, tios, primos… P.L.- Quando aprendeste italiano? C.P.- Não sei, parece-me que falo italiano desde sempre, tal como Português. Fui aprendendo naturalmente as duas línguas. P.L.- Quando vais a Itália, onde costumas ficar exactamente? C.P- Costumo ir para a Sicília que é uma ilha Italiana, mais propriamente para Milazzo. Passeio muito, vou à praia. P.L.- Quais são as grandes diferenças entre a vida em Moçambique e em Itália? C.P- Uma das grandes diferenças é a hora de deitar, de levantar, das refeições. O dia é mais longo. Podemos passear por todo o sítio. P.L.- Se tivesses que descrever uma cidade italiana, que dirias?
Itália
Nome oficial: República Italiana Superfície: 301.323 Km2 Capital: Roma Importações: máquinas, produtos Língua Oficial: Italiano Regime Político: República, sistema químicos, equipamentos de transporte, petróleo, metais, têxteis e produtos multipartidário Constituição em vigor: 1 de Janeiro de agrícolas. 1948 . Dia Nacional: 6 de Dezembro (adaptado de Microsoft Encarta 2005) (independência da Rússia, 1917) Moeda: Euro Principais cidades: Roma, Milão, Nápoles, Turim, Palermo. População total: 58.057.477 hab (2004) Encontros com a Arte Taxa de Crescimento Natural da Não é segredo para ninguém que a População: 0,09% nossa Escola “dá música”, mesmo no População Urbana: 67% sentido mais literal. População Rural: 33% Esperança Média de Vida: 80 anos E é neste âmbito que surge a Taxa de Alfabetismo: 99% actividade “ Encontros com a arte “, Taxa de Mortalidade Infantil: 0,6% iniciativa cultural de dinamização do Produto Interno Bruto (PIB): 1.184.273 espaço escolar, que decorre todas as biliões de USD (2002) quintas-feiras, pelas 12 horas. PIB per capita: 20.530 USD (2002) Exportações: equipamentos de Pretende-se com estes “encontros”, transporte, produtos químicos, acima de tudo, sensibilizar a metalúrgicos e agroalimentares, veículos comunidade educativa para a automóveis, têxteis e vestuários, calçado importância da música, dar a e peles. conhecer os diversos estilos musicais,
C.P- São bonitas, há edifícios muito antigos, as casas são todas parecidas. Vale a pena conhecer! P.L.- Obrigada por nos dares a conhecer um pouco da tua vida e da tua Itália. C.P.- Obrigada eu. EP
desde o tradicional ao moderno, e incentivar a prática de um instrumento. O público é garantido e aplaude, e são muitos os encarregados de educação que, à hora do almoço, ouvem dois dedos de música e (porque não?), trauteiam as suas canções favoritas. EM
Pátio das Laranjeiras, n.º 43 Directora: Albina Santos Silva . Coordenação Editorial: Vítor Roque . Coordenação Executiva: António Aresta, Jorge Pereira . Redacção: JAna Castanheira, Estela Pinheiro, Eugénia Marques, Vítor Roque . Concepção Gráfica e Paginação: Judite dos Santos . Fotografia: Filipe Mabjais, Vítor Roque . Colaboração: Alexandra Melo, Ana Besteiro, António Azevedo, Jeremias Correia, Mariana Ferreira . Revisão: Eugénia Marques . Produção: Centro de Recursos Educativos, Março
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