O Pátio - Edição 44

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ESCOLA PORTUGUESA DE MOÇAMBIQUE

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CENTRO DE ENSINO E LÍNGUA PORTUGUESA

10 contos ANO VI

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NÚMERO 44

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MARÇO 2007

2007 Novos Finalistas Nova Festa

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JORNAL MENSAL

MASTERCLASS

2007

Celebremos o Ambiente!

DESTAQUES Olimpíadas de Português Dia Mundial da Poesia Ambiente Finalistas 2007 IV Masterclass de Violino Matematicando Escolhas da Biblioteca Educação Sexual Moçambique - um país Entrevista A Nossa Gente

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EDITORIAL Como já em várias ocasiões dissemos (mas que nunca é de mais repetir!), entendemos, aqui, na EPM-CELP, que o ensino não é uma mera transmissão mecânica de um saber técnico-científico, mas, antes, uma acção concertada de vários operadores e elementos capazes de criar o cidadão global, possuidor de saberes, competências e capacidades multiplas e diversificadas, que vão desde a área técnica à área artística, passando pela formação de valores de cidadania activa. Por isso mesmo pedimos exigimos, até! - que os nossos professores e colaboradores sejam também eles activos e exigentes na procura e no alcançar deste nosso sonho, deste nosso objectivo global de escola, claramente plasmado no nosso Projecto Educativo. E a resposta tem sido positiva, como esta edição do nosso “Pátio das Laranjeiras” demonstra. Desde a área individual à área grupal e disciplinar, muitos são os que se desdobram em actividades diversificadas que se dirigem aos nossos alunos e se constituem em oportuinidades de aprendizagem fora do espaço tradicional da Sala de Aulas. Todas as oportunidades são boas oportunidades para estimular e aprender: participação em concursos nacionais e internacionais, comemoração de dias específicos, visitas de estudo, campanhas de solidariedade, actividades de expresão artística, Masterclasses e outras actividades de expressão musical, etc, etc... E tudo isto com a intenção explícita de proporcionar aos nossos alunos a melhor formação possível. De tudo isto nos fala o “Pátio das Laranjeiras”. Lê-lo é encontrar ecos de nós, é descubrir quem somos e quem queremos ser!... Em nome desta instituição que sonha, quero agradecer a todos aqueles que ajudam a manter vivo o sonho. A todos o meu agradecimento.

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Campeonato Nacional da Língua Portuguesa.

Olimpíadas na EPM-CELP

P e l o terceiro ano consecutivo a EPM/CELP participou, a t í t u l o individual, no Campeonato Nacional da L í n g u a Portuguesa, concurso promovido p e l o semanário Expresso, Jornal de Letras, SIC e SIC Notícias e com o patrocínio exclusivo do Banco Português de Investimentos –BPI. Em Moçambique, este Campeonato teve o apoio da Rede Nacional do Instituto Camões. Neste concurso puderam participar todos aqueles que quiseram aperfeiçoar os seus conhecimentos e desenvolver o gosto pela língua. Os concorrentes organizaram-se em três categorias etárias: menores de 15 anos; dos 15 aos 18 anos; maiores de 18 anos. Esta terceira edição, que teve o seu início no dia 17 de Fevereiro, trouxe como novidade três testes de qualificação em vez de apenas um e também a possibilidade de os concorrentes participarem por via electrónica. A grande final realizar-se-á no dia 28 de Abril, no Centro Cultural de Belém, com transmissão em directo na SIC. AB

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Na semana de 05 a 09 do mês de Março teve lugar a 2ª eliminatória do concurso Olimpíadas de Português, a decorrer em três fases, tendo por objectivo motivar os alunos para o domínio do funcionamento da língua, ou seja, para o uso correcto das regras gramaticais.

Na 2ª eliminatória os alunos vencedores foram os seguintes: no 1º ciclo, os alunos Guilherme Reis (4ºC), Fábio Mendes (4ºC) e Jéssica Camejo (4ºD); no 2º ciclo, os alunos Catarina Yum (6ºA), Ana Silva (6ºA) e Patrícia Santos (6ºA); no 3º ciclo, os alunos Mónica Amorim (9ºB), Maria Gomes (7ºA) e Bruna Palacios (8ºD); no ensino secundário, os alunos João Figueira (12ºA), Nair Noronha (12ºA) e Joana Prista (12ºA). Nesta 2ª eliminatória participaram 667 alunos (na 1ª eliminatória participaram 602 alunos), sendo 213 alunos do 1º ciclo, 153 alunos do 2º ciclo, 181 alunos do 3º ciclo e 120 alunos do ensino secundário. As duas primeiras eliminatórias decorreram em contexto de sala de aula e puderam participar todos os


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alunos interessados desde o 3º ano até ao 12º ano de escolaridade. Em cada eliminatória foram seleccionados os três melhores alunos de cada nível: 1º ciclo (3º e 4º anos de escolaridade), 2º e 3º ciclos e ensino secundário. Nos casos em que se verificaram empates, entraram em conta factores como a caligrafia, a apresentação e a correcção linguística, sendo o júri constituído pelos professores que, em cada ciclo, leccionam a disciplina de Português. Os nomes dos alunos vencedores foram divulgados e afixados na semana posterior à realização das provas, através de cartazes e no jornal da escola “Pátio das Laranjeiras”. A grande final realizar-se-á na semana de 07 a 11 de Maio, em local a indicar na altura, e nela participarão os vinte e quatro finalistas relativos aos quatro ciclos (seis alunos por ciclo), a saber: no 1º ciclo, os alunos Pedro de Oliveira (4ºB), Iva Gonçalves (4ºB), Lea Arone (4ºD), Guilherme Reis (4ºC), Fábio Mendes (4ºC) e Jéssica Camejo (4ºD); no 2º ciclo, os alunos Mateus de Lima (5ºC), Gabriela Ferreira (6ºC), Rita Gomes (5ºC), Catarina Yum (6ºA), Ana Silva (6ºA) e Patrícia Santos (6ºA); no 3º ciclo, os alunos Bruno Pepe (8ºC), Robyn Sargento (8ºC), Vânia Ferreira (8º), Mónica Amorim (9ºB), Maria Gomes (7ºA) e Bruna Palacios (8ºD); finalmente, no ensino secundário, os alunos Prital Maganlal (10ºB), João Peixe (12ºC), Denise Reis (12ºC), João Figueira (12ºA), Nair Noronha (12ºA) e Joana Prista (12ºA). Para cada nível será atribuído um prémio aos primeiros três classificados, a serem entregues na festa de fim de ano da Escola.

Simpósio de Farmácia

e o seu carteiro que lhe pede insistentemente para o ensinar a escrever versos para assim poder conquistar a mais bela rapariga da aldeia, Beatriz. Respira-se poesia no cenário e no enredo desta obra cinematográfica que pode bem ser uma iniciação à mais sublime forma de usar a palavra: a poesia.

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A nossa Escola marcou presença no Simpósio Dez Anos de Licenciatura em Farmácia em Moçambique, que teve lugar no ISCTEM, no dia 16 de Março, prestando apoio a nível de equipamento de som. O Sr. Iltón Ngoca, funcionário do CRE, deslocou-se àquela instituição de ensino, no dia anterior, para instalar os equipamentos, e acompanhou toda a sessão, no dia seguinte, das 7.30 às 18 horas. Este simpósio era destinado a profissionais de farmácia e a alunos do curso de farmácia do ISCTEM. EM

Biblioteca Poeta José Craveirinha comemora Dia Mundial da Poesia No passado dia 21 de Março de 2007 comemorou-se o dia Mundial da Poesia. Naturalmente que o valor do mais nobre uso da palavra não se encerra num dia, contudo despertar o gosto por esta manifestação literária é contribuir decisivamente para a formação de valores estéticos sólidos. Assim, a Biblioteca Poeta José Craveirinha promoveu a exibição do filme O Carteiro de Pablo Neruda, no Auditório Carlos Paredes, no dia 28 de Março, para os alunos do Ensino Secundário, associando-se desta forma à celebração da efeméride em epígrafe. A paixão pela vida, pela beleza, pela palavra ganham forma neste filme que narra as vivências de Pablo Neruda (1904/1973), poeta chileno, exilado, numa ilha italiana, Capri, com a sua terceira mulher, Matilde. Durante este período, nasce uma amizade entre Neruda

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Esta iniciativa procurou aproximar os alunos da poesia, esse mistério literário que a tantos apaixona, mas que a outros tantos afugenta impedindo-os de ver, de sentir o poder incomensurável da palavra. Quem sabe se a Biblioteca Poeta José Craveirinha não ajudou a Ver Claro, a entender este mistério. A este propósito não podemos deixar de citar Eugénio de Andrade: Ver Claro Toda a poesia é luminosa, até a mais obscura. O leitor é que tem às vezes, em lugar de sol, nevoeiro dentro de si. E o nevoeiro nunca deixa ver claro. Se regressar outra vez e outra vez e outra vez a essas sílabas acesas ficará cego de tanta claridade. Abençoado seja se lá chegar.

in Os Sulcos da Sede de Eugénio de Andrade EP


A EPM-CELP EM FOCO Nós também comemoramos o Ambiente!... importante como é o ambiente. Nós, 6ºs A, B e C aqui vos deixamos exemplos de cartazes que realizámos. Espero que gostem, mas para os poderem apreciar melhor, a Coordenadora da área disciplinar de Ciências da Natureza, Dra. Ana Besteiros, preparou uma exposição no átrio. Olhem como ficou bonita!

Dia Mundial das Florestas e Dia Mundial da Água Para assinalar o Dia Mundial das Florestas e o Dia Mundial da Água, comemorados a 21 e a 22 de Março, respectivamente, as áreas disciplinares de Educação Visual, Ciências Naturais e Ciências FísicoQuímicas promoveram várias actividades, sensibilizando os nossos alunos para a necessidade de um desenvolvimento sustentável do planeta. Foi com este intuito que os alunos das turmas do 5º ano, orientados pelos seus professores, realizaram uma verdadeira sessão de plantio e jardinagem, criando canteiros no interior e no exterior do recinto escolar. Paralelamente, foram expostos, no átrio principal, cartazes alusivos às temáticas ambientais, da autoria dos alunos do 9º ano e da turma C do 8º ano. Para os alunos mais velhos, foi organizada uma palestra subordinada ao tema “Preservação das Florestas / Mudanças Climáticas”, que teve lugar no dia 21, pelas 14 horas, no Auditório Carlos Paredes. Promovida pela organização Justiça Ambiental, em parceria com o movimento Amigos da Floresta, esta sessão dirigiu-se a todos os alunos do 10º e do 12º anos, que acorreram ao auditório em busca de mais informação sobre esta problemática tão actual. EM

Não se esqueçam: as árvores são nossas amigas, protejam-nas! Embondeiro, árvore tipicamente africana.

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Dia Mundial da Floresta 21 DE MARÇO DE 2007 Na EPM-CELP o Dia da Árvore é sempre comemorado de maneira inesquecível e este ano não podia ser diferente! De forma a mostrar a toda a comunidade educativa a importância da preservação da natureza e a protecção das árvores, a professora de Educação Visual e Tecnológica (EVT), Sara Teixeira, pediu que fizéssemos um cartaz. Desta forma, ao abordarmos a unidade lectiva «comunicação», aprende-mos também a realizar um cartaz e a aprofundar um tema tão Com os alunos do 5ºA, a celebração do Dia Mundial da Floresta aconteceu junto ao parque infantil da Pré, onde durante a aula de EVT, com a professora Sara Teixeira e com a professora Sandra Macedo (da área disciplinar de Filosofia), preparámos um canteiro e plantámos flores de várias cores intercaladas com outras plantas.

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A A EPM-CELP EPM-CELP EM EM FOCO FOCO Foi bastante interessante! No final do nosso trabalho, a professora pediu para cada um de nós recitar uma frase ou um poema dedicado ao canteiro que nós plantámos na escola e podem crer, temos poetas… Aqui vos deixamos algumas fotografias da nossa aula ao ar livre!

Dia Mundial da Floresta Pré-Escolar e 1º Ciclo Promover o respeito por um dos mais preciosos bens da natureza, a Floresta, é tarefa de todos, devendo ser trabalhado desde a infância. Foi nesta perspectiva que o Pré-escolar e o 1º ciclo organizaram a comemoração do Dia da Árvore que se pautou por um conjunto de actividades em que o lema era sem dúvida alguma a valorização desse bem inquestionável que é a floresta. As actividades iniciaram-se pelas oito da manhã, sendo, inicialmente, protagonizadas pelos alunos do segundo, terceiro e quarto anos que

fizeram o enfeite de uma árvoregalho e, seguida-mente, procederam à plantação de plantas nas caldeiras das árvores e junto ao relvado. Tudo estava cuidado para lembrar a nossa amiga árvore, bastava olhar para os chapéus, feitos de jornal, que os nossos defensores da floresta usavam. Passados trinta minutos, no campo de futebol a música convidava à alegria e os alunos do pré-escolar, vestidos com túnicas castanhas, enquanto que os do primeiro ano, vestidos com túnicas verdes, construíram uma árvore humana que certamente dará frutos. Entre as nove e as dez horas as vozes dos protectores da árvore fizeramse ouvir. Primeiro, os alunos do pré-escolar e do primeiro ano cantaram: “A primavera” e o “Senhor Jardineiro”. A este momento musical seguiram-se as mensagens lidas pelos alunos do segundo ano. Depois, os alunos do terceiro ano entoaram “Os meninos na Floresta”, “Quiri, qui, qui” e recitaram poemas. Por fim, os alunos do quarto ano fizeram ouvir a sua voz e cantaram “Uma árvore um amigo”. O Dia da Árvore culminou com uma palestra, dada pela organização Justiça Ambiental, destinada apenas aos alunos do terceiro e quarto anos. Foi uma manhã cheia de entusiasmo e alegria em torno da Árvore e do seu valor o que contribuirá certamente para a

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formação de uma consciência ecológica real com vista à defesa desta fonte de vida inestimável que é a Floresta. EP

19 DE MARÇO DIA DO PAI Nas aulas de Educação Visual e Tecnológica do 6º Ano preparámos uma surpresa para oferecer aos nossos pais no seu dia: 19 de Março. Todos trabalhámos no sentido de fazer uma moldura bem bonita, ao mesmo tempo que aprendemos a realizar um objecto utilitário e decorativo, planificando-o peça a peça, até que, todas juntas, formaram o objecto acabado. A professora pediu-nos para usarmos materiais recolhidos em casa, como cascas de árvore, caniços, conchas e outras coisas que a nossa imaginação nos fizesse lembrar! Ah, sabem de uma coisa? Agora já podemos fazer em casa as nossas próprias prendas para dar à família ou amigos…nem foi difícil! Aqui vos deixamos um exemplo das nossas molduras:

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A EPM-CELP EM FOCO VISITAS DE ESTUDO Uma forma activa de conhecer o Mundo! No ensino Básico... Ao longo do mês de Março as turmas do 2º, 3º e 4º anos do 1º ciclo realizaram diversas visitas de estudo, dando assim cumprimento aos seus planos de actividades. O 2º ano visitou a Quinta das Abelhas nos dias 2 de Março (turma C) e 9 de Março o que constituiu uma excelente oportunidade para a observação de plantas rasteiras, arbustos, árvores de fruto, assim como aquisição de conhecimentos sobre a vida das abelhas, o mel e a relação das abelhas com as flores. Foi um momento privilegiado do ponto de vista da partilha de experiências e saberes. Nos dias 27 de Março (turmas A e B) e 28 de Março (turmas C e D) foi a vez do 3º ano realizar uma visita de Estudo ao Museu de História Natural com o objectivo primordial de interligar os conhecimentos adquiridos em aula sobre os seres vivos com o riquíssimo espólio que constituiu o museu. Ao longo de toda a visita, os alunos mostraram muito interesse pelo que viram estabelecendo ligações pertinentes entre as observações feitas e as aprendizagens adquiridas na sala de aula. Por fim, e de acordo com o seu projecto «Maputo, vivências de cidadania», o 4ºano fez uma visita de estudo ao Roteiro Histórico de Maputo nos dias 8 de Março (turmas C e D) e 9 de Março (A e B) com o objectivo de conhecer melhor a cidade em que vivem. Foi uma oportunidade para os alunos observarem e compreenderem o valor arquitectónico e histórico de espaços como a Fortaleza, a Casa de Ferro desenhada por Eiffel, a Catedral, a Estátua de Samora Machel entre outros e de sentirem a vida da cidade com as pessoas a

passarem apressadas com as coisas à cabeça, o trânsito louco, os meninos de rua... Este Roteiro possibilitou às crianças aprendizagens diversificadas e significativas. EP

Dia Mundial da Água Visita do Pré-Escolar à Praia do Marítimo No dia 22 de Março, dia mundial da água, as turmas do Pré-escolar realizaram uma Visita de Estudo à Praia do Clube Marítimo de Maputo. A promoção do respeito pela natureza e a valorização de um bem tão escasso e importante como a água estiveram na origem desta actividade. O contacto com a natureza e a exploração livre do espaço deu origem a algumas descobertas tais como: alforrecas, caranguejos, sementes a germinar, pauzinhos e conchas. A observação de todas estas descobertas, apoiada pelos adultos, permitiu uma abordagem a conceitos como o ser vivo, ser inanimado, mineral, animal e vegetal. O lixo encontrado na praia foi pretexto para uma tomada de consciência dos efeitos da poluição, dos seus perigos e dos cuidados que se deve ter para proteger o meio ambiente. Houve ainda tempo para a realização de alguns jogos (corrida de sacos e de pés atados, futebol), tendo sido possível aos alunos a vivência da prática desportiva num local diferente do habitual, o que serviu de ponto de partida a uma reflexão sobre a importância da actividade física, enquanto hábito de vida saudável. Esta Visita de Estudo constituiu uma oportunidade para os alunos

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observarem e explorarem um dos recursos essenciais à sobrevivência do nosso planeta - a água. Graças a esta actividade foi, também, possível, fazer uma contextualização adequada à compreensão do ciclo da água que continuará a ser trabalhado na sala de aula. EP Adaptado de R.V.E. de C.C. A.S.C

Dia Internacional da Mulher O Dia Internacional da Mulher é comemorado, todos os anos, no dia 8 de Março, para celebrar os feitos económicos, políticos e sociais alcançados pela mulher. A ideia da existência de um dia internacional da mulher surgiu nos princípios do século XX, durante o rápido processo de industrialização e de expansão económica que originou vários protestos sobre as condições de trabalho. As mulheres empregadas em fábricas de vestuário e indústria têxtil foram protagonistas de um desses protestos a 8 de Março de 1857 em Nova Iorque, protestando contra as más condições de trabalho e os salários reduzidos. Muitos outros protestos se seguiram a este episódio de 8 de Março.

Assim, o primeiro Dia Internacional da Mulher observou-se a 28 de Fevereiro de 1909 nos Estados Unidos da América, após uma declaração do Partido Socialista, e em 1910 teve lugar a primeira conferência internacional


A EPM-CELP EM FOCO sobre a mulher, em Copenhaga, durante a qual foi estabelecido O Dia Internacional da Mulher. Em 1975, designado como Ano Internacional da Mulher, a Organização das Nações Unidas começou a patrocinar o Dia Internacional da Mulher que, a partir dessa data, passou a ser comemorado em todo o mundo. Na nossa Escola, este dia foi assinalado por iniciativa da Área Disciplinar de História, no cumprimento do seu Plano de Actividades, e contou com dois eventos. Assim, pelas 14 horas, os alunos do ensino secundário dirigiram-se ao Auditório Carlos Paredes, a fim de participarem numa Palestra subordinada ao tema “Cinco destacadas mulheres para a história da emancipação feminina”, proferida por alunos da Turma C do 12.º Ano. Além disso, desde esse dia que a sala de História (sala 14) acolhe uma exposição de biografias de algumas mulheres célebres na História da Humanidade, elaboradas pelos alunos do 6º ano durante as suas aulas da Área de Projecto. EM

Remodelações na Cantina A cantina da nossa Escola é, agora, um espaço mais funcional e mais aprazível, para as dezenas de alunos, professores e funcionários que a ela acorrem, todos os dias, para as suas refeições. As remodelações foram iniciadas durante as férias do Natal, aproveitando a calma resultante da ausência dos alunos, e incidiram sobretudo na área destinada aos utentes. Posteriormente, irão

também abranger a parte da cozinha, dotando-a de infraestruturais mais capazes de responder à lufa-lufa diária que é, sobretudo, a hora do almoço. Em primeiro lugar, deu-se uma nova disposição à sala, possibilitando, agora, a presença simultânea de mais pessoas a fazerem as suas refeições. A parte central ficou restringida ao buffet, e a ala esquerda foi direccionada para a serventia dos almoços, que constitui o grosso do movimento.

Assim, foi aberto um espaço onde se instalou a cuba dos alimentos e um refrigerador encimado por um expositor, contendo as bebidas, as frutas e as sobremesas que poderão acompanhar o prato escolhido. Em frente, foram ainda colocados suportes em metal que possibilitam o deslizar dos tabuleiros com a comida, novidade que muito agradou aos nossos alunos, sobretudo aos mais pequenos. As obras permitiram também uma nova localização da caixa registadora, facilitando a circulação dos alunos. O resultado das alterações é já, na opinião de todos, claramente visível. Há mais alunos a frequentar a cantina e o serviço está mais rápido e funcional, tornando mais agradável e tranquilo o tempo que dedicamos às nossas refeições. EM

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Encontros Com a Arte

Não é segredo para ninguém que a nossa Escola “dá música”, mesmo no sentido mais literal. E é neste âmbito que surge a actividade “ Encontros com a arte “, iniciativa cultural de dinamização do espaço escolar, que decorre todas as quintas-feiras, pelas 12 horas. Iniciada em Abril de 2006, altura em que a área disciplinar de Educação Musical achou por bem criar um espaço de lazer e um momento musical, esta iniciativa conta com a participação de artistas, músicos, conjuntos musicais e de todos os alunos que, munidos de voz harmoniosa e alguma coragem, queiram animar o átrio exterior de entrada dos alunos. Pretende-se com estes “encontros”, acima de tudo, sensibilizar a comunidade educativa para a importância da música, dar a conhecer os diversos estilos musicais, desde o tradicional ao moderno, e incentivar a prática de um instrumento. Num âmbito mais geral, pretendese ainda estabelecer uma linha comum entre as diversas artes e culturas, combinando-as entre si e, ao mesmo tempo, sensibilizar e cativar pais, alunos e docentes, entre outros. O público é garantido e aplaude, e são muitos os encarregados de educação que, à hora do almoço, ouvem dois dedos de música e (porque não?), trauteiam as suas canções favoritas. EM


A EPM-CELP EM FOCO MOÇAMBIQUE POR MOÇAMBIQUE!...

Como é do conhecimento geral, “Moçambique vive hoje um momento de dor e luto com milhares de moçambicanos afectados pelas cheias em particular as crianças e as mulheres”, como consta do próprio ofício emanado do Gabinete da Esposa do Presidente da República, que chegou à Escola a 27 do corrente mês. E foi para dar resposta a este apelo endereçado por Sua Excelência Primeira Dama Sra. Maria Da Luz Dai Guebuza, que está a liderar o Movimento Nacional de Solidariedade e apoio às vítimas das cheias, que a nossa Escola arregaçou as mangas, no sentido de possibilitar uma participação pronta e significativa na campanha “Moçambique por Moçambique”. Assim, recebida a solicitação acima referida, houve a preocupação de, por um lado, alargar a campanha a todos os elementos da comunidade educativa e, por outro lado, de assegurar que os produtos recolhidos fossem variados e respondessem às diferentes necessidades das vítimas das calamidades. Neste sentido, o trabalho de divulgação e de sensibilização à comunidade escolar passou pelas várias instâncias, desde os directores de turma às coordenadoras de ciclo e à Vogal de Direcção, Dra. Gina Mira, e foi dirigido a alunos, professores, funcionários e encarregados de educação, indirectamente através dos respectivos educandos. Assim, cada um dos bens em falta foi atribuído aos vários anos de escolaridade, a saber: 1º ciclo, roupas e calçado; 5º ano, arroz; 6º ano, açúcar; 7º ano, feijão; 8º ano, farinha de milho; 9º ano, leite condensado; 10º, óleo; 11º ano, sabão e 12º ano, amendoim. A recolha terminou no dia 2 de Março, sexta-feira, e foi muito bem sucedida, apesar de, neste momento, não ser possível ainda avançar com números.

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A comunidade educativa da EPM-CELP espera, pois, ter contribuído para minorar as dificuldades com as quais se debatem, neste momento, as populações moçambicanas vítimas das cheias que assolaram algumas regiões do país no início deste mês de Fevereiro. Entrevista a um alunos que participou na recolha PL – Nesta campanha, participaste de forma especial. JG – Sim, para além de trazer produtos em meu nome pessoal, ajudei a entregar as coisas da minha turma e agora estou a participar na recolha global dos materiais que foram deixados nos vários pontos de recolha espalhados pela Escola. PL – Essa tua decisão de dar uma ajuda para além do que te foi pedido foi uma iniciativa pessoal? JG – Depois de entregar os materiais, vi que precisavam de ajuda, e resolvi dar uma mãozinha. PL – E qual é a tua opinião sobre campanhas deste género? JG – Penso que pecam por defeito; não deviam existir só para dar resposta a situações de emergência como esta, mas deviam acontecer com mais frequência. Moçambique tem necessidade destas recolhas para suprir as necessidades que os moçambicanos sentem todos os dias. EM


EPM-CELP EM FOCO g e m inte! a t r FINALISTAS r e p o a segu o t o “Classes de 2007” F a páguin n

Depois de várias festas realizadas, com muito trabalho e dedicação, finalmente chegou o grande dia! 10 de Março de 2007, numa tenda gigante, montada no espaço contíguo ao “café com letras”, realizou-se o baile de finalistas 2006/2007. Na hora marcada, vários convidados, desde pais, tios, irmãos, primos, avós e amigos, começaram a chegar para testemunhar a noite de sonhos dos alunos. Muita classe e glamour caracterizaram os trajes dos finalistas na noite de gala, num ambiente solene, cheio de luz e cor para transmitir vida aos participantes. Lindos e belos sorrisos embalaram os rostos felizes dos presentes. Os discursos de todas as turmas seguiram-se ao buffet, trazendo mensagens de esperanças e desejos para o futuro. Na mesma ocasião foram proferidos agradecimentos especiais aos professores mais queridos e lembrados alguns momentos felizes e momentos que marcaram o seu percurso escolar, em particular na EPM/CELP. A Doutora Dina Maria de Mira, vogal do Conselho Directivo da EPM/CELP, deixou ficar algumas palavras, marcando deste modo a sua participação no evento. Enquanto se aproximava o momento mais aguardado da noite: a valsa que foi ensaiada arduamente desde princípios de Novembro, foram passados alguns dos momentos mais marcantes dos alunos finalistas. Finalmente chegou o clímax da noite: a valsa. De facto valeu a pena cada minuto de ensaio, cada grito do coreógrafo. Todos aplaudiram os príncipes e as princesas da noite! A emoção tomou conta dos alunos e de todos os presentes. Seguiu-se a valsa com os pais, ainda no auge da emoção. Para adoçar ainda mais a gala, procedeu-se ao corte do bolo dos finalistas. O presidente da comissão de finalistas deixou as suas palavras de agradecimento a todos, considerando que “nada nos podia ter corrido melhor”, mostrandose feliz pelo desempenho de todos. E por fim, o evento finalíssimo foi festa com música de vários ritmos.

Pretende estudar em Portugal, no Instituto Superior Técnico de Lisboa, licenciar-se nos cursos de engenharia informática e engenharia de redes de comunicação. Ao ser eleito rei do baile de finalistas 2006/2007 sentiu-se muito feliz e emocionado por saber que os seus colegas têm um carinho muito especial por si.

A rainha do baile A aluna eleita rainha do baile de finalistas 2006/2007 foi Nair Pereira da Costa Noronha, filha de João Noronha e de Vanda Pereira da Costa. É aluna da turma A, agrupamento do curso de Ciências tecnológicas. Estuda na EPM/CELP desde o terceiro ano. Quer estudar na Espanha, licenciar-se no curso de planeamento urbano e territorial. Segundo a mesma, “todos somos reis e rainhas”. Mesmo para finalizar, deixar o meu desejo de sucessos e felicidades a todos os finalistas. Que a nova etapa de suas vidas traga muita alegria. Para tal basta o esforço e dedicação, sobretudo, paixão em tudo o que se propõem fazer!

O rei do baile Mário de Brito Firmino N’zualo, filho de Tomás Vieira Mário e de Otília Domingos Firmino é aluno da turma A, agrupamento do curso de Ciências tecnológicas. Estuda na Escola Portuguesa de Moçambique desde o quinto ano.

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AMERALI SAMBO Membro da Comissão de Finalistas de 2006/2007


FOTOREPORTAGEM FINALISTAS “Classes de 2007”

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FOTOREPORTAGEM Concerto dos “Pequenos Violinos” “Masterclass de 2007”

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EPM-CELP EM FOCO

“IV Masterclass / 2007” No passado dia 30 de Março A estação Central dos Caminhos de Ferro de Moçambique ganhou ainda mais encanto ao acolher uma nova edição do concerto de “Os Pequenos Violinos”, promovido pela EPM-CELP e apadrinhado por empresas Moçambicanas e Portuguesas cujo

patrocínio foi essencial para a consecução deste projecto. Mas quem são “Os Pequenos Violinos”? Um grupo de mais de quarenta jovens com idades compreendidas entre os três e os treze anos que dá vida a um projecto piloto em Moçambique, no que

concerne à iniciação musical em violino, coordenado pelo Professor Hugo Gomes. Este projecto enche já de orgulho a EPM-CELP, levando o seu nome além fronteiras, como testemunham as apresentações feitas em Portugal, na África do Sul e nos E.U.A (Chicago). Este concerto foi o culminar de mais uma Masterclass, isto é, de uma

semana de trabalho intensa em que os alunos prepararam afincadamente todo o espectáculo com que nos brindaram. Todo este intenso processo de labor teve a orientação do professor Hugo Gomes, contando, este ano, com a participação de dois professores da Direcção do Conservatório de Setúbal, Inês Vieira (violino), António Laertes (piano) e do Professor Jorge Vinhas (violino) da Academia das Artes de Leiria. Aconteceu música na estação Central dos Caminhos de Ferro de Moçambique. Ouviu-se Vivaldi, Haendel, Pachelbel, S.Joplin, Thomas, J.B. Lully, Música no Coração, Shuman, J.S.Bach, S.Suzuki, Canção de Maio, Canção das Crianças, Balão do João, Estrelinha, Balancé, Orange Blossom Special, enquanto o palco se ia enchendo tranquilamente dos ilustres violinistas, acompanhados sempre pelos professores a que já nos referimos. Quem teve a honra de testemunhar estes momentos de encantamento musical, saiu sorrindo sob o efeito da magia que se foi espalhando ao longo deste concerto. Bem hajam por terem dado testemunho de uma escola viva,

onde a música é possível, assim como a solidariedade, uma vez que a receita obtida com a venda dos bilhetes, reverteu a favor do Hospital Pediátrico de Maputo e das vítimas da explosão do Paiol de Malhazine.

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MATEMATICANDO

Tradicionalmente, a disciplina de Matemática é sentida pelos alunos como “a má da fita”!... Para desmistificar essa imagem negativa e atenuar esse “medo” da Matemática, os professores desta àrea disciplinar têm vindo a promover actividades e iniciativas diversificadas, das quais vamos dar eco de algumas realizadas durante o mês de Março.

REDEmat No passado dia 07 de Março, a EPM-CELP participou, uma vez mais, numa das maiores competições online de Matemática realizadas em Portugal, o REDEmat, competição esta que é patrocinada e organizada pelo “Projecto Matemática e Ensino”, da Universidade de Aveiro (Pmate). Este ano, foram 4000 os alunos participantes, distribuindo-se por todos os anos de escolaridade, desde o 3º ano até ao 12º ano, 230 dos quais eram alunos da EPM-CELP. Quanto aos resultados da nossa escola, houve de tudo: no 7º ano a melhor equipa da EPM classificou-se em 20º lugar; no 8º ano, a EPM-CELP teve três equipas classificadas no grupo das 15 melhores (7º, 10º e 11º lugares respectivamente); no 9º ano... Bem, as coisas não correram tão bem quanto se esperava, quedando-se a EPM-CELP num pálido 43ª lugar. Mas não há que ficar triste, pois, no 10º ano, a EPM arrasou a concorrência ao fazer a dobradinha, tendo conquistado os dois primeiros lugares a nível nacional! Quanto aos restantes resultados, estes poderão ser consultados no Moodle da escola. A todos os alunos participantes o Grupo de Professores de Matemática quer deixar o nosso “Muito Obrigado!”, certos de que a


EPM-CELP EM FOCO Matemática está viva,que respira saúde e vontade de melhorar ainda mais! Treinem, pois, arduamente, para poderem representar a EPM na final em Aveiro... E, mais importante que tudo o resto, dominem esse “Temor absurdo da Matemática”! ADM

Vida sem Problemas?! “Não há soluções sem problemas, mas há problemas sem solução” (Pensador Anónimo (1977)

O que seria a vida sem problemas? Diariamente, desde que acordamos até à hora em que nos deitamos, somos automaticamente confrontados com uma série de problemas que urge resolver. A título de exemplo, e sem ser exaustivo, eis aqui algums exemplos: - Quantas horas dormi? (Cálculo). - O que irei vestir? (Análise Combinatória). - Quanto tempo vou demorar a chegar à escola? (Funções). - Qual será o caminho mais curto para a escola? (Teoria de Grafos, Optimização de Redes). - Será que hoje vai chover? (Teoria do Caos). - Será que hoje vou encontrar a minha alma gémea? (Teoria das Probabilidades) Qual é o máximo de produtos que posso comprar no bar da escola, com o dinheiro que tenho? (Programação Linear). - Quanto mede o mastro da bandeira da escola? (Trigonometria) - Quantos litros de água gasto diariamente a tomar banho? (Funções – modelação matemática).

- Tenho que ir ao alfaiate para me fazer um fato. (Geometrias euclidiana, esférica e hiperbólica). - Estou farto de bróculos! (Geometria Fractal). - O livro das Aventuras da ANABIRIBANA e do Cálculo Mental está com um desconto de 20%! (Cálculo). - Tenho 150 euros e quero comprar meticais. Um euro vale 35 meticais. Quanto vou receber? (Cálculo). Estudos recentes feitos em Inglaterra demonstraram que grande parte dos ingleses tem imensas dificuldades, quando precisam de trocar libras por euros, e que a falta de cultura matemática e a capacidade na resolução de problemas, custa às empresas britânicas qualquer coisa como oitocentos milhões de libras por ano! Assim, e no sentido de evitar que as próximas gerações sejam afectados por esta epidemia, pela primeira vez na EPM-CELP, em Moçambique e em África, realizouse, no dia 22 de Março de 2007, uma das maiores competições matemáticas do Mundo, que, no ano transacto, contou com mais de três milhões de participantes: o chamado “Canguru sem Fronteiras”, ou, como ficou conhecido na EPM, o “Canguru Matemático”. O nome desta competição, é consequência do país de origem e do seu símbolo nacional – a Austrália. Outras possibilidades a meu ver, poderiam ser o Ornitorrinco sem Fronteiras (demasiado estranho porque são poucos os que sabem o que é um oritorrinco), ou o Dingo sem Fronteiras (mais um para esquecer), a Preguiça sem Fronteiras (este era o fim da competição antes de começar), o Koala sem Fronteiras (não serve, é primo da preguiça), pelo que associar o porte atlético do canguru à resolução de problemas de referir que participaram cerca de 260 alunos de livre e espontânea vontade (parece mentira não é?!),

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dos 5º ao 11º anos, os quais deram uma prova de maturidade fantástica, visto na mesma sala estarem alunos de anos diferentes e faixas etárias diferentes, demonstrando, uma vez mais, por que é que a EPM é uma escola ímpar, onde qualquer docente se orgulha de trabalhar. No final da competição, que ia terminando abruptamente com o estrondo sentido na escola, devido à explosão de um paiol das Forças Armadas nos arredores de Maputo e que lamentavelmente registou perdas humanas, as opiniões dos alunos eram díspares: muito difícil para uns, fácil para outros, mas todos foram unânimes em dizer, que o importante foi participar, e que para o ano querem mais. Quem disse que a Matemática não é divertida? ADM

14 de Março, 22 de Julho, 10 de Novembro ou 21 de Dezembro? No passado dia 14 de Março, data do 128º aniversário do nascimento de Albert Einstein, celebrou-se o Dia do PI , cujo epicentro das comemorações, foram mais uma vez, no Exploratorium de San Francisco, na Califórnia. Por cá, em terras banhadas pelo Índico, os professores de Matemática e os seus alunos também comemoraram entusiasticamente esta efeméride, não fosse o PI um dos números mais fascinantes que se conhece. Em virtude do enorme dinamismo vivido diariamente na EPM-CELP, este ano, as comemorações confinaram-se apenas aos alunos

dos 4º, 6º, 7º e 10º anos de escolaridade, com a realização de uma exposição com desenhos e poemas (mnemónicas), cuja métrica respeita os dígitos do PI feitos pelos alunos, o já tradicional cordão humano, uma palestra para alunos do 6º e 7º anos, sessões de fotografia com


EPM-CELP EM FOCO as turmas do 1º ciclo, e a actividade com os alunos do 4º ano – “Descobre o PI “, onde foram convidados a medir vários objectos cilíndricos e a tentar descobrir a relação entre o perímetro e o diâmetro da base. Finalmente, e num dia em que as tartes “ Pie”, assim como as PIzzas, fazem parte da ementa oficial, pudémo-nos deliciar com os fantásticos PIbolos feitos pelos nossos alunos do 6ºA (manhã) e pelos alunos do 10ºB (tarde), que causaram uma autêntica avalanche de alunos de outras turmas no Pátio das Buganvíleas. Para o ano seguramente temos mais! Quem disse que a Matemática é aborrecida? No dia 03 de Maio, quintafeira farão precisamente 3,14 anos, que foi contratado pela EPM-CELP, o seu funcionário mais transcendente, que alguma vez passou por cá. Assim e no sentido de outros poderem usufruir da mesma oportunidade, este será o seu último dia de trabalho na “Casa Amarela”. No dia 05 de Maio após um périplo pela cidade de Maputo, em que o PI visitará os locais mais emblemáticos da cidade, realizar-se-á na ilha da Xefina um PI - quenique, com a presença de tão ilustre figura e amigos, onde depois ficará a viver, para toda a eternidade. Bendito sejas tu, magnífico número PI ! ADM

“Problemas do Mês” Soluções do Problema do Mês de Fevereiro

Caixas, Legos ou blocos? Proposta de solução Do lado de fora da loja, uma pessoa vê 14 blocos, no máximo. São eles os 8 blocos na frente da loja, mais 2 na base inferior e mais quatro na base intermédia da pilha. Ele deixa de ver os 3 blocos marcados com um círculo na figura à esquerda. Destacamos na figura o plano veryical P, para nostrar que a aresta AB impede a visão da aresta vertical do bloco X, que fica totalmente oculto. A visão por cima também não alcança os 3 blocos marcados com um círculo, porque o plano de visão determinado pela aresta AC tem de declive c (ver figura abaixo).

Vendedor de Sumos Proposta de Solução Sabe-se que o vendedor ganhou em 15 dias 690 euros sendo: 40 euros X 15 dias = 600 euros em receitas fixas. Então os 90 euros correspondem a 2% das vendas. Seja

x o valor em euros, das vendas. Então: Frente a Frente Proposta de Solução

Para que as duas rãs verdes e as duas rãs amarelas mudem de posições serão necessários 8 movimentos:

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Com três rãs verdes e três rãs amarelas, serão necessários 15 movimentos:

ADM


de Gabriel Gárcia Marques

O AMOR NOS TEMPOS DE CÓLERA

AS ESCOLHAS DA BIBLIOTECA

Garcia Marquez confessou, numa longa e belíssima entrevista a Plinio Apuleto Mendonza, outro escritor e grande amigo seu, a propósito do seu livro mais conhecido “Cem anos de solidão”, ter ficado aterrorizado depois de ter escrito a primeira frase. “Não sabia nada sobre o que viria a seguir”. O livro, diz, foi escrito numa espécie de frenesim e as personagens seguiram, muitas vezes, rumos diversos daquele que o autor lhes tinha destinado. O início de cada livro é ao mesmo tempo o mais difícil e o mais decisivo. “A mim agarra-me sempre à primeira linha e não consigo respirar antes da última. Leio de um fôlego.” - “Era inevitável: o cheiro das amêndoas amargas recordava-lhe sempre o destino dos amores contrariados”, e embarco numa longa viagem por mais de cinquenta anos de um amor contrariado que teima em não morrer, com “Amor nos Tempos de Cólera”. É de amor que trata o livro. De um amor intemporal, que espera cinquenta e um anos, nove meses e quatro dias para se concretizar, que sobrevive ao casamento da amada com outro, que se alimenta, qual Cupido, da escrita de cartas entre os amantes, que se alivia em leitos vários e secretos para manter intacto o seu objecto de desejo. Florentino Ariza, jovem empregado de correios, prendese de amores por Fermina Daza, que, contrariando a vontade do pai e com a benção da tia, sucumbe às suas cartas inflamadas. “Florentino Ariza escrevia todas as noites sem dar tréguas, envenenando-se, letra por letra, com o fumo das candeias a óleo de palma, na parte de trás da loja, e as suas cartas tornavam-se cada vez mais extensas e lunáticas, à medida que se esforçava por imitar os seus poetas preferidos da Biblioteca Popular, que, na época, já atingia os oitenta volumes. A mãe, que com tanto ardor o tinha incitado a comprazer-se no sofrimento, começou a recear pela

saúde dele: ‘Vais gastar os miolos”, gritava-lhe do quarto ao ouvir cantar os primeiros galos. “Não há mulher que mereça tanto”. Tinha razão: regressada de uma viagem para onde o pai a levara, ao ter conhecimento do seu namoro secreto com Florentino Ariza, Fermina Daza recusou-o sem apelo nem agravo, ao fim de um namoro longo e contrariado. Meses depois estava casada com o melhor partido da terra, o Doutor Juvenal Urbino, o médico mundano da terra. Mas nem esse facto demoveu um milímetro a convicção do despeitado Florentino: “No dia em que Florentino Ariza viu Fermina Daza no adro da catedral, grávida de seis meses e com perfeito autodomínio da sua nova condição de senhora de sociedade, tomou a decisão feroz de ganhar nome e fortuna para a merecer. Nem sequer se deteve a pensar na inconveniência de ela ser casada, porque, simultaneamente, decidiu, como se dependesse dele, que o doutor Juvenal Urbino tinha de morrer. Não sabia nem quando nem como, mas tomou-o como um acontecimento inevitável, e estava resolvido a esperálo sem pressas nem arrebatamentos, “nem que fosse até ao fim dos tempos”. “(...) a recuperação de Fermina Daza foi o único objectivo da sua vida e estava tão certo de o conseguir mais cedo ou mais tarde que convenceu Transito Ariza a continuar a restauração da casa, para que estivesse em estado de a receber fosse qual fosse o momento em que se desse o milagre”. O milagre viria cinquenta anos depois, pela mão, ou antes, pela pata de um papagaio, trazendo a tão esperada morte do Doutor Juvenal Urbino. “Nada se parece tanto a uma pessoa como a forma da sua morte e nenhuma se podia parecer menos do que esta ao homem que ele imaginava (...): o médico mais velho e mais conceituado da cidade, e um dos seus homens insignes por muitos outros méritos, tinha morrido com a espinha dorsal feita em pedaços, aos oitenta e um anos de idade, ao cair de um ramo de mangueira quando tentava apanhar um papagaio”. Florentino Ariza não esperou que o corpo do médico arrefecesse “para reiterar a Fermina Daza na sua primeira noite de viúva o juramento de fidelidade eterna e do seu amor para sempre”. Após alguns meses e umas centenas de cartas maduras e plenas de reflexões sobre a vida e o amor, Fermina Daza toma a decisão de não renunciar à vida e ao amor - “Há cem anos, cagaram-me a vida com esse pobre homem porque éramos demasiado jovens e agora querem-no repetir porque somos demasiado velhos.” (...) Que vão todos à merda. Se nós viúvas, temos alguma vantagem é a de não ter ninguém que mande em nós.”

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ESCOLHAS DA BIBLIOTECA O amor iria acontecer sem sobressaltos a bordo de um navio que subia o rio. Ali se amaram e juraram não desembarcar de novo enquanto fossem vivos. “E até quando pensa o senhor que podemos continuar neste e vir? perguntou-lhe Fermina Daza. Florentino Ariza tinha a resposta preparada há já cinquenta e três anos, sete meses e onze dias com todas as suas noites. Toda a vida – disse “O comandante olhou-os, assustado pela suspeita tardia de que é a vida, mais que a morte, que não tem limites.” Um livro admirável, o melhor de Garcia Marquez, segundo ele e os críticos. Aliás, numa escolha recente de críticos e ensaístas ibero-americanos foi considerado o melhor romance em língua espanhola dos últimos 25 anos. A confirmar - se necessário fosse - a justeza do Prémio Nobel.

NOTA BIOGRÁFICA Gabriel Garcia Marquez nasceu a 6 de Março de 1927, em Aracataca, na Colômbia, numa família de 8 irmãos. Viveu com os avós até aos 8 anos, altura em que o avô materno, cujas histórias o encantavam, morreu. A leitura de A Metamorfose, de Franz Kafka, marcoulhe o destino, ao ler a sua primeira frase. «Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseado num insecto monstruoso». Pensou então “posso eu fazer isso com as personagens? Tornar possíveis situações impossíveis?”. E abandonou sua faculdade para se dedicar à literatura. Tornou-se jornalista e publicou, na altura, pequenos romances, como Ninguém escreve ao Coronel e Relato de um Náufrago. Em 1967, publicou Cem Anos de Solidão, saga de uma família durante sete gerações, que foi sucesso instantâneo. Quinze anos depois, em 1982, Gabriel García Márquez ganha o Prémio Nobel de Literatura. Seguiram-se O Amor nos Tempos de Cólera, Crónica de uma Morte Anunciada, Do Amor e outros Demónios, Memórias de minhas Putas Tristes, e a sua autobiografia Viver para Contar. TN

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PSICOLOGANDO EDUCAÇÃO SEXUAL na nossa escola

A educação sexual na nossa escola continua sendo motivo de intervenção dos nossos técnicos. O programa de saúde escolar e a área disciplinar de Ciências da Natureza, continuam a preocupar-se com a qualidade da informação dada nesta área, tentando eliminar a distorção dos conhecimentos que os alunos revelam, próprio de quem inicia a aprendizagem. Frequentemente é na escola, entre os pares, que se vai “levantando a ponta do véu” de um assunto que, não raro, é visto ainda como tabu. Diálogos entre pais e filhos, nem sempre permitem a abordagem, com naturalidade, de assuntos como a primeira menstruação, as primeiras relações sexuais, a virgindade, métodos que previnem a gravidez, os sonhos molhados, ou mesmo o funcionamento do aparelho reprodutor. A escola, local de educação por excelência, é, sem dúvida alguma, o lugar onde o assunto pode e deve ser tratado com naturalidade e sabedoria! Têm vindo a ser desenvolvidas palestras nos 6º e 9º anos dentro do espaço das aulas de Ciências da Natureza, onde a Dra. Patrícia, a nossa médica escolar, tem prestado um grande contributo. Tem-se criado uma dinâmica interessante, onde os alunos são convidados a apresentar as suas dúvidas por escrito (anónimo), havendo depois um espaço para esclarecimento conjunto. Desta forma, pretende-se ir de encontro às curiosidades dos alunos, não avançando com informações para as quais possam, eventualmente, não estar ainda despertos. Informar é, sem dúvida, o melhor caminho para formar!!! AM


MOÇAMBIQUE EM FOCO

Moçambique: um país comprometido com a paz e o progresso!...

Mapa nº 1: Regiões de Moçambique

A 25 de Junho de 1975, Moçambique ascendeu à independência nacional. Com uma extensão de 799.390km21 e 2 19.420.036 de habitantes o país é banhado pelo Oceano Índico. Evocando a teoria da “deriva dos

continentes” somos tentados a acreditar que num passado longíquo a ilha de Madagáscar constituiu parte integrante deste território. O nome Moçambique remonta ao século XVI e está associado a Mussa Bin Bik, filho do sultão Bin

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Bik 3, então senhor da ilha de Moçambique. Por isso, esta ilha, património Mundial da Humanidade, é o berço da unidade territorial que hoje constitui Moçambique. Os países limítrofes, todos eles de língua oficial inglesa, fazem de Moçambique, o único país de língua oficial portuguesa na região Austral, uma “verdadeira ilha”. (mapa 1). A esta situação junta-se a diversidade étnica e linguística do território (mapa 2) facto que faz com que o país se assemelhe a uma “verdadeira manta de retalhos”. Assim, esta situação representa um desafio para a unidade nacional e consequentemente para a paz e o progresso. As assimetrias regionais (o sul relativamente mais desenvolvido) e as diferentes confissões religiosas (cristianismo, islamismo, protestantismo, hinduísmo, anglicanismo e outras) aparecem igualmente como outros desafios à paz e ao progresso. Atentos a estes desafios, os governantes adoptaram o português como a língua oficial e, por isso, de unidade nacional. Os rios Rovuma e Maputo limites a norte e a sul respectivamente, têm sido insistentemente utilizados como instrumentos de apelo à unidade territorial e sócio-política do país. Assim, o slogan “Do Rovuma ao Maputo”, tão propalado pelos órgãos de informação e pelos dirigentes a diferentes níveis enquadra-se nesta luta pela “unidade na diversidade”. A distribuição, pelo país, de projectos de desenvolvimento numa perspectiva de luta contra as assimetrias, representa outra frente


MOÇAMBIQUE EM FOCO florestais, energéticos, minerais, de turismo, pesqueiros, e outros. A convicção de que Moçambique é parte integrante da região austral, do continente africano e do Mundo e que a cooperação representa valiosa contribuição para a tão almejada paz e progresso deu lugar à adesão do país a organizações como: . SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral); . UA (União Africana); . CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa); . ONU (Organização das Nações Unidas); Bem hajam os países e povos que se colocam ao lado de Moçambique nesta luta pela paz e progresso.

Cidade de Maputo, vista da Catembe

Capela de Santo António Ilha de Moçambique

Mapa nº 2: Variedade linguística de Moçambique

Mussa Bin Bik, filho do sultão Bin de luta pela paz e pelo progresso. Finalmente, o laicismo do Estado aparece como outro instrumento nesta mesma luta. No domínio administrativo, o país é dividido em províncias (onze, incluindo a cidade de Maputocapital) e estas em distritos e estes, por sua vez, em postos administrativos. As capitais

provinciais e algumas cidades e vilas constituem municípios, representando assim o exercício do poder local. As potencialidades económicas são diversas e repartidas pelas diferentes províncias. Entre elas apontam-se recursos agrícolas,

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Maputo, Estação dos Caminho de Ferro

_______________ (Notas) 1 Google: Via Turístico de Moçambique. www.Turismomocambique.co.mz 2 ibdem (Dados relativos ao ano de 2005) 3 Ibdem LI


MOÇAMBIQUE EM FOCO ALUNOS MOÇAMBICANOS DA NOSSA ESCOLA Malaquias Reinaldo, nascido a 27 de Fevereiro de 1989, e Fernandes Magreth Sitoe, nascido a 26 de Fevereiro de 1992 , são dois dos muitos alunos Moçambicanos que frequentam a EPM-CELP. São naturais de Maputo e fizeram todo o seu percurso escolar no sistema de Ensino Moçambicano até ingressarem nesta escola, sendo neste momento alunos do 10ºano. Pátio das Laranjeiras – Há quanto tempo frequentam a EPM-CELP? Malaquias Reinaldo – Desde o início deste ano lectivo, mês de Outubro. Fernandes M. Sitoe – Eu só entrei no início do 2º período deste ano lectivo. P.L. – O que vos levou a optar por esta escola? M.L. – Não foi bem uma opção, foi antes uma possibilidade que me foi dada pelo IPAD ao atribuir-me uma bolsa que me permite frequentar esta escola. F.M.S. – O meu caso é semelhante já que também estou nesta escola graças a uma Bolsa dada pela EPM-CELP. P.L. – Como foi o vosso percurso escolar? F.M.S. – Eu fiz o 1º Ciclo do Ensino Primário na Escola Comunitária de Laulane; o 2º Ciclo do E.P. na Escola Completa de Laulane e a 8ª e 9ª Classe, 1º Ciclo do Ensino Secundário, na Escola Secundária de Laulane M.L. – Eu fiz todo o Ensino Primário na Escola Primária de Bagamoyo e a 8ª e 9ª Classe na Escola Secundária Zedequias Manganhela P.L. – Como foi a vossa adaptação a esta nova escola? M.L. – No início foi difícil. Não conhecia ninguém, o espaço era novo, tinha muitas dificuldades em perceber as pessoas. Tudo era diferente a forma como as aulas são dadas, as matérias, as condições da escola, parecia ter mudado de planeta. Mas ao fim de um mês já me sentia melhor e hoje já tenho amigos. O grande problema é a diferença entre as matérias que estudava e que passei a estudar, sinto que estou muito atrasado, que não tenho muito vocabulário... F.M.S – No meu caso encontrei um grupo de colegas moçambicanos na Biblioteca que me ajudaram muito na integração. Quando cheguei à turma vi um grande esforço para me ajudarem. Foi muito bom. O pior mesmo foi entender as pessoas, a maneira de falar português é diferente e era mesmo complicado...Mas o que é mesmo complicado, como disse o meu colega, é a diferença entre os dois sistemas de ensino. Na minha opinião, nós não deveriamos estar no 10º ano, mas sim no 9ºano, porque há muitas matérias que nunca demos o que torna muito complicado ter o sucesso que desejamos. P.L. – Qual é a vossa opinião sobre a EPM-CELP?

M.L/ F.M.S. – É uma boa escola, com todas as condições para aprender, uma Biblioteca, computadores, internet, onde é possível os alunos expressarem a sua opinião livremente durante as aulas, coisa que nas nossas escolas não acontecia. Tinhamos que estar sempre calados. P.L. – Parece-vos importante a existência de uma instituição de ensino destas no vosso país? M.L/ F.M.S. – Claro que sim, trata-se de um espaço com um ensino mais rigoroso do ponto de vista científico, que nos permite obter uma melhor preparação. Para além disso também dá formação a professores moçambicanos o que nos parece muito positivo. P.L. – Quais são os teus planos para o futuro? M.L. – Gostaria de ser médico, de ir estudar para Portugal. F.M.S. – Eu gostaria de estudar Línguas, Português, ou Psicologia, também em Portugal. Sonho com Coimbra. P.L. – Se tivessem que apresentar o vosso país que diriam ? M.L/ F.M.S. – É um país maravilhoso, um país rico ao nível da natureza cuja beleza nem se consegue descrever, mas que começa a estar em perigo, por falta de vontade de conhecimento da população. Todavia, a pobreza impede o desenvolvimento, a educação é precária, a saúde…há muito para fazer. Temos que ser activos, que lutar pela mudança, se agirmos há-de ser possível tornar os sonhos realidade. P.L. – Obrigada por se darem a conhecer, boa sorte para o futuro. M.L/ F.M.S. – Obrigado nós, Kanimambo.

EM

Malaquias, 10º A

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Fernandes Sitoe, 10º C


ÚLTIMA PÁGINA A Nossa Gente

Paula Beatriz Nhaca nasceu em Maputo a 14 de Janeiro de1978. Estudou até ao 5º ano na Escola Primária de Hulene, tendo prosseguido os seus estudos até à sexta e sétima classes na Escola Secundária Noroeste 1. Ampliou, depois, os seus estudos na Escola Secundária Força do Povo, onde concretizou a oitava, nova e décima classes, tendo realizado a décima primeira e décima segunda classes na Escola Secundária Francisco Manyanga. Com o objectivo de aprofundar e ampliar os seus estudos e competências académicas e profissionais, ingressou, logo após a décima segunda classe, no CCI (Centro de Formação Industrial de Maputo). Aí, adquiriu conhecimentos nas áreas de Informática, Contabilidade e Inglês. Em 2003, foi admitida numa empresa de consultoria, onde trabalhou como gestora de projectos. Ingressou em Setembro de 2006 na EPM-CELP, desempenhando desde então as funções de telefonista desta instituição.

Actualmente frequenta uma Acção de Formação patrocinada pela EPMCELP, na área de Comtabilidade e Gestão. EM

Países e Povos na Nossa Escola

Nome oficial: República de Moçambique Superfície: 799 380 Km2 Capital: Maputo Língua Oficial: Português Regime político: República com sistema multipartidário Constituição em vigor: 30 de Novembro de 1990 Dia nacional: 25 de Junho Moeda: Metical (MZN) Principais cidades: Maputo, Beira, Nampula População total: 18.811.731 Taxa de Crescimento Natural da População: 1,22% (em 2004) População urbana: 35% (dados de 2002) População rural: 65% (dados de 2002) Esperança Média de vida (dados de 2004): - Total: 37,1 anos - Homens: 37,8% - Mulheres: 36,3 % Taxa de Alfabetismo (dados de 2004): - Total: 49,1 % - Mulheres: 34,1 % - Homens: 64,6% Taxa de Mortalidade Infantil: 13,7 % Produto Interno Bruto (PIN): 3.599 milhões (U.S.$) PIB per capita: 200 (U.S.$) Exportações: camarão, castanha de cajú, algodão, acúcar, copra, alumínio, gás natural... Importações: géneros alimentícios, vestuário, material agrícula e petróleo Microsoft Encarta - 2005

Pátio das Laranjeiras, n.º 44 Directora: Albina Santos Silva . Coordenação Editorial: Vítor Roque . Coordenação Executiva: Jorge Pereira, António Aresta . Redacção: Eugénia Marques, Estela Pinheiro, Vítor Roque . Concepção Gráfica e Paginação: Vítor Roque. Fotografia: Vítor Roque e Filipe Mabjaia . Colaboração: Alexandra Melo, Armindo Bernardo, Lázaro Impuia, Amerali Sambo, Sara Teixeira, Área Disciplinar de Matemática . Revisão: Vítor Roque . Produção: Centro de Recursos Educativos, Novembro de 2006 Propriedade: Escola Portuguesa de Moçambique - Centro de Ensino e Língua Portuguesa, Av. do Palmar, 562 . Caixa Postal 2940 . Maputo . Moçambique . Telefone: 00 258 21 481300 . Telefax: 00 258 21 481343 , www.edu-port.ac.mz . E-mail: patiodaslaranjeiras@edu-port.ac.mz . epm-celp@edu-port.ac.mz

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