O Pátio - Edição 50

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ESCOLA PORTUGUESA DE MOÇAMBIQUE

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CENTRO DE ENSINO E LÍNGUA PORTUGUESA

10 contos ANO VI

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NÚMERO 50

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OUTUBRO 2007

OUTUBRO, O MÊS DA PAZ

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JORNAL MENSAL

HALLOWEEN

DIA INTERNACIONAL DAS BIBLIOTECAS

COMEMORAÇÕES DO 5 de OUTUBRO DESTAQUES Dia Mundial da Música ........ 4 Encontros com Arte ............ 5 Dia da Paz ............................ 7 Halloween ........................... 9 50ª Edição do Pátio ........... 13 Dia Internacional das Bibliotecas ......................... 14 Formação Educação Para a Mudança ........................... 15 Formação nas TICs ............. 15


EDITORIAL Eis-nos chegados, mais uma vez, ao décimo mês do ano - o de Outubro! - e a mais uma edição do nosso jornal “Pátio das Laranjeiras” - a quinquagésima! Esta é, sem dúvida, uma edição significativa e reveladora da vitalidade desta actividade, que, esperamos, continue o seu navegar no futuro. Recordar dias marcantes da história Portuguesa e Moçambicana (o 4 e 5 de Outubro!), celebrar a arte, despertar a atenção para a ciência, mostrar hábitos de outras culturas, desenvolver acções de formação, mostrar o trabalho dos nossos alunos, dar a conhecer mudanças logísticas, etc… Estes são os ingredientes mais significativos de mais esta edição do nosso jornal, porque estes foram, também, os episódios mais significativos de mais uma vertiginosa viagem empreendida por esta grande embarcação-EPM-CELP, durante o mês de Outubro. A importância do trabalho realizado em torno do conhecimento da história e da ciência, da sensibilização para a Arte, nomeadamente da música e da pintura, são de importância indiscutível para a formação integral do aluno/ cidadão do futuro - aquele que reivindicamos para nós. De facto, o homem do amanhã, qual marinheiro deste Índico do Sul, não poderá nunca chegar a porto seguro sem conhecer bem a arte de marear a Vida e a arte de marear a Vida aprende-se, quer dentro da sala de aula, quer fora dela, na sua envolvência, nas aprendizagens paralelas e extra-curriculares que se lhe oferecem e que o ajudam a saber definir rotas, a içar velas, a pegar no leme da embarcação… Acreditamos que os nossos alunos estão no rumo certo, porque não se limitam a ser meros espectadores de uma qualquer viagem préprogramada, mas, pelo contrário, participam activamente no desenvolvimento das acções necessárias para descobrir o saber, para despertar a sensibilidade artística, para saber crescer e saber navegar livremente. Muito já se fez nesta nossa escola de marinheiros, mas muito mais há ainda para fazer. Quem se faz ao mar e se alegra em tempos de bonança, precisa também de estar preparado para os tempos de tempestade… Continuemos, pois, esta nossa viagem de mais um ano lectivo, que já se faz também em mar alto. Bons rumos, bons ventos, exploradores intrépidos do futuro!...

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A EPM-CELP EM FOCO notícias curtas A EPM-CELP COMEMORA O DIA DAS AVÓS

EP Uma das avós participantes recebe o respectivo ramo de flores

No dia 26 de Outubro, Dia da Terceira Idade, o 1.º ano festejou o Dia das Avós. Esta actividade integrou-se no Projecto de ano “Histórias e Poesias de Cantar e Encantar”. Para valorizar o papel das avós na vida das crianças, fomentar o contacto das famílias com a escola e para que a criança aprenda a valorizar o papel das outras gerações, cada turma convidou a avó de uma das crianças para vir contar uma história à sala de aula. As avós contaram e encantaram, realizámos desenhos acerca das histórias e no final as avós receberam um ramo de flores feito por nós! Muito Obrigada, Avós!!!!!! GRUPO 1º CICLO

A LIMPEZA DA ESTRADA

Funcionários da EPM-CELP dão o exemplo de intervenção cívica

São conhecidos os problemas existentes na cidade de Maputo no que concerne à drenagem das águas sempre que chove em abundância. A chuva que se fez sentir no início de Outubro confirmou, mais uma vez os problemas conhecidos, deixando os acessos à EPMCELP bastante obstruídos . Face ao descrito a EPM-CELP, como é seu hábito, meteu mãos à obra e procedeu à limpeza da estrada. EP


A EPM-CELP EM FOCO notícias curtas

notícias curtas

notícias curtas

ABERTURA DO NOVO GINÁSIO DE MANUTENÇÃO

AQUISIÇÃO DE NOVOS COMPUTADORES

1º CICLO DE CONFERÊNCIAS DO ISCAM

O novo Ginásio de Musculação e Manutenção da EPM-CELP, a funcionar, agora, a pleno gás, é já um caso de sucesso na Escola Portuguesa. São muitos aqueles que se tornaram frequentadores habituais das sessões de treino, às terças e quintas, e o professor João Figueiredo, monitor e “personal trainer” de serviço, não tem tido mãos a medir.

Decorreu, durante este mês de Outubro, mais uma fase de candidatura à aquisição de quinze novos computadores, destinado ao pessoal docente e auxiliar da EPMCELP. À semelhança dos outros processos anteriores, os elementos seleccionados terão a possibilidade de adquirir um computador portátil de última geração, novinho em folha, beneficiando de condições de pagamento faseadas. Este processo, que possibilitou até agora a compra de dezenas de computadores portáteis por parte de inúmeros professores e funcionários, constitui uma das muitas medidas do combate à info-exclusão, que a EPMCELP tem vindo a implementar.

EM O Prof. João Figueiredo na orientação dos diversos exercícios físicos

“Tem aparecido gente nova em todas as sessões, pelo que me parece que o projecto tem pernas para andar”. Considera, no entanto, que deveria haver pelo menos três sessões por semana. Esta opinião optimista acerca desta recente mais valia da Escola é partilhada por todos aqueles que já incluíram este hábito tão saudável na EM sua rotina semanal.

INICIARAM-SE AS X JORNADAS DE FORMAÇÃO Dando sequência à tradição instituída desde Março de 2003, no dia 27 de Outubro, o Centro de Formação e Difusão da Língua Portuguesa, deu início às X Jornadas de Formação para docentes e técnicos do sistema educativo moçambicano, onde serão contempladas áreas científicas e técnicas com o necessário enquadramento pedagógico, ao sistema de ensino moçambicano: Português e Matemática nos diversos ciclos de ensino, Gestão e Contabilidade, Educação Física e Desporto Escolar, Informática, Educação Pré-Escolar, Educação Visual, Psicologia, Direito e Literatura.

Um dos conferencistas em pleno no uso da palavra

Decorreram entre 31 de Outubro e 1 de Novembro, no Auditório Carlos Paredes da EPM-CELP, o 1ºCiclo de Conferências do Instituto Superior de Contabilidade e Auditoria de Moçambique, subordinado ao tema “Novos desafios da Contabilidade”. Foram organizadores deste projecto: o Instituto Superior de Contabilidade e Auditoria de Moçambique, a Universidade de Aveiro, o Projecto Pensas@moz, o Instituto Português do Apoio ao Desenvolvimento e a EPM-CELP. Este evento contou, igualmente, com a participação da RDP África. Ao longo destes dois dias reflectiu-se sobre o papel da contabilidade nos diversos sectores de actividade económica, pondo-se a tónica nos novos desafios que a mesma enfrenta na actualidade.

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No próximo número o evento terá a cobertura destacada que merece. Panorâmica do ginásio em plena actividade

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A EPM-CELP EM FOCO DIA MUNDIAL DA MÚSICA

WORKSHOP DE DANÇA CRIATIVA

Pensar num mundo sem música será certamente assustador. A música confunde-se com a existência humana. Através da música se comunicam sentimentos, saberes, formas de ver e entender o mundo. Todos os anos a música é celebrada, de uma forma especial, no dia 1 de Outubro, dia Mundial da Música. Esta efeméride foi assinalada na EPM-CELP, através de uma actividade promovida pelo grupo de Educação Musical. Na sequência do que tem vindo a acontecer nos anos anteriores, este dia foi celebrado de uma forma simples, mas não passou de modo algum despercebido. No espaço habitual da actividade “Encontros com a Arte”, actuou a Banda de Sopros da EPM-CELP, constituída por alunos, funcionários e professores. Contou-se, também, com a intervenção da banda “ Meia Lua”, conjunto formado por alunos do 10º e 11º anos, com temas originais do grupo (letra e música). Esta actividade encerrou com a participação do grupo de dança tradicional moçambicana, formado por alunos de uma turma do 6ºano acompanhados pelo professor Kime Salip.

Este foi mais um momento de encontro com a música que se pautou por uma participação bastante positiva da comunidade educativa. Tratou-se, efectivamente, de mais um dos passos que todos os dias se dão nesta instituição de ensino em prol da música e da formação integral dos seus alunos. CC

Teve início neste mês de Outubro um Workshop de música criativa subordinado ao tema “Corpo e Ritmo em Movimento”, destinado a todo o pessoal docente e dirigente. A acção, iniciada a 30 de Outubro e orientada pelos formadores Octávio Chamba e Kime Salip, prolongar-se-á até Dezembro, num total de oito sessões, uma por semana. Tem lugar à segunda-feira, pelas 17.30 minutos, e realiza-se ao ar livre, no Pátio das Laranjeiras e, depois, no Parrôt junto ao parque infantil. Promovido e dinamizado pela Área Disciplinar de Educação Musical, este workshop, como o próprio nome indica, está direccionado para duas áreas distintas, mas complementares: o Movimento e a Dança Livre, e a Percussão. Assim sendo, os participantes dividem-se por dois grupos que, na parte final de cada sessão, proporcionam um encontro entre a dança e o ritmo.

O ritmo, a diversão e a música difundiramse na EPM-CELP, contagiando participantes e espectadores

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O primeiro grupo, para além de exercícios de concentração e de momentos de aula e dança livre, faz uma introdução à dança tradicional: a marrabenta, o xigubo e o limbondo. O segundo grupo conta com exercícios de batimentos e execução de padrões rítmicos, coordenação com os movimentos de dança e introdução aos ritmos tradicionais. CC


EPM-CELP EM FOCO ENCONTROS COM A ARTE

A aderência inicial ao evento artístico tem sido ampla e entusiásta

Uma escola deve ser um espaço onde a arte nasça, renasça, viva e nos encontre. Quem conhece a EPM-CELP sabe que há uma exposição permanente nos corredores da escola que permite o acesso à arte, seja pela palavra, através de referências à obra de alguns dos maiores escritores portugueses, seja pela pintura ou pela escultura, através de um contacto directo com obras de Artistas Moçambicanos, nomeadamente de pintura e escultura. Imbuídos deste espírito, foram criados, no ano lectivo de 2005/2006, os Encontros com a Arte, que decorrem todas as quintas-feiras, no espaço de entrada e saída dos alunos, junto ao Pátio das Laranjeiras, após o último tempo da manhã. Os participantes nesta actividade são vários, indo desde gente da casa (alunos, professores e bandas) a artistas convidados ligados à música tradicional e ligeira moçambicana.

Todos se aplicaram com afinco, quer na dança, quer na produção musical

Esta actividade semanal inscrevese na necessidade de criação de um espaço de sensibilização e educação para a música. O gosto por esta arte faz-se, essencialmente, pela escuta de diferentes géneros e estilos musicais. Os Encontros com a Arte apresentam-se como mais uma forma de sensibilizar e enriquecer a cultura musical da comunidade educativa, através de um contacto próximo com uma diversidade assinalável de estilos e culturas musicais no espaço escolar.

A boa disposição é permanente entre os participantes

O programa de actividades, que se iniciou em Março de 2006, contou com a participação de vários artistas, tais como o grupo de música tradicional moçambicana Maneto, um Duo de guitarra e guitarra baixo, o Saxofonista Timóteo e um baterista. Para além destes elementos, houve, igualmente, a contribuição de alunos e de grupos musicais da escola, assim como da Banda Musical Meia Lua, do

A dança exige, para alguns, grande esforço físico, sendo exercido de forma lúdica e animada

A música é também uma das componentes fortes destes Encontros com Arte, recorrendo artistas convidados, ....

... aos alunos da Escola e aos diversos projectos musicais nela existentes.

Coro da EPM , da Tuninha, da Banda de Sopros, entre outros participantes que voluntariamente se candidatam para esta actividade. Este ano lectivo, os Encontros com Arte estrearam-se no mês de Outubro, com a actuação da Banda de sopros da EPM-CELP, do Trio Tacto, que nos trouxe algumas influências musicais do norte de Moçambique, e do conjunto de alunos da escola Meia Lua. Como a música vigora entre nós e se cria, dia após dia, este é um projecto que se quer duradouro e cada vez mais vivido por esta grande família que é a EPM-CELP. CC

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EPM-CELP EM FOCO CONHECENDO OS ANIMAIS

DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO A Comer é que a Gente se Entende!!! “Desde os primeiros tempos, na procura da sua comida, a Humanidade foi à descoberta do mundo. A fome foi o motor desta marcha para a frente. Ela ainda é a fonte de todas as suas energias, o motivo dos seus progressos, a origem dos seus conflitos… À volta do alimento construíram-se civilizações, enfrentaram-se impérios, foram feitas leis, trocaram-se saberes…” (MagueloneToussaint-Samat)

Alunos do 5º C com os respectivos animais de estimação

No âmbito do Projecto “Conhecendo os Animais”, os alunos do 5º ano, em parceria com os do 3º ano, realizaram actividades no Laboratório de Ciências, nos dias 26 de Outubro e 3 de Novembro. Em cada um destes dias, os alunos de duas turmas, uma do 5º ano e outra do 3º ano, trouxeram para a Escola diversos animais como pássaros, lagartos, cágados, minhocas, sapos, insectos, caranguejos, camarões, peixes, caracóis, coelhos, patos e outros. As actividades tiveram como objectivos enfatizar a importância dos animais para o equilíbrio ambiental, identificar os grupos taxonómicos de cada animal e reconhecer as características dos animais relativamente ao revestimento e locomoção. O que disseram os alunos do 5º ano: ....”Estava eu sentada na cadeira do laboratório de Ciências, quando a minha Professora de Ciências disse que iria haver uma aula bem divertida e que, para isso, todos deveriam levar para a Escola um animal. Fiquei tão empolgada, que comecei a pensar no animal que levaria. Quando acordei de manhã, pensei: “hoje é o grande dia”. Saltei da cama, lavei o meu rosto e fui apanhar um sapo com a ajuda duma pessoa amiga. Logo que cheguei à sala, deixei o sapo na bancada e juntei-me à minha equipa, porque o jogo iria começar dentro de minutos. Havia 5 equipas, cada uma identificada com a sua cor e composta por alunos do 5º e 3º ano. Fiquei um pouco nervosa pois era a chefe da equipa amarela. Durante o jogo, houve alguma indecisão, pois um dizia que era isto, o outro aquilo, mas no fim acertamos nas respostas e conseguimos ganhar.... ...No final do jogo, todos pudemos observar, pegar e tocar nos animais. Gostei muito de pegar no cágado, tocar no sapo e na lagartixa, sentir a catatua no meu ombro, fazer festinhas no coelho e no pato e mexer em muitos outros animais que lá estavam.... ...A actividade foi engraçada pois divertimo-nos muito. Espero que se repitam outras actividades parecidas com esta.

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A Roda Dos Alimentos elaborada pelos alunos ficou patente à entrada do refeitório, de forma a relembrar a todos os seus utentes a necessidade de uma alimentação equilibrada

No dia 16 de Outubro assinala-se, todos os anos, o Dia Mundial da Alimentação. Este dia é comemorado há 27 anos para lembrar o surgimento da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), em 16 de Outubro de 1945. Todos os anos a FAO propõe um tema diferente para comemorar este dia. O tema do presente ano é “O Direito à Alimentação”. Segundo a FAO, “a escolha do tema demonstra o crescente reconhecimento da comunidade internacional de questões como a erradicação da fome e da pobreza no mundo e a intensificação do desenvolvimento sustentável”. Para celebrar este dia, os alunos do 6° ano aprenderam, nas aulas de Ciências da Natureza, a fazer iogurte natural. Em seguida, construiu-se um Powerpoint com as fotografias que ilustram os procedimentos desta actividade. No dia 16 de Outubro, terça-feira, mostrou-se aos meninos do pré-escolar dos 5 anos como se faz o iogurte natural e levou-se um pouco do iogurte confeccionado para os meninos da pré provarem, o que foi muito apreciado! Os mais pequenos até tinham trazido de casa uma colherinha, porque já sabiam que no final iriam poder provar um pouco do iogurte caseiro confeccionado pelos colegas do 6° ano. Para os alunos do 9° ano as actividades foram outras: construiu-se uma Roda dos Alimentos na cantina da Escola; respondeu-se a um questionário sobre hábitos alimentares e fez-se o tratamento estatístico dos resultados nas aulas de Área de Projecto durante as semanas que precederam esta data. Na terça-feira, dia 16 de Outubro, apresentou-se o resultado do trabalho (com auto-críticas, sugestões e conclusões) em Powerpoint, aos colegas do 6° ano.

GRUPO DE BIOLOGIA


EPM-CELP EM FOCO A IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA EM 5 DE OUTUBRO DE 1910

Alegoria à República

Nos finais do século XIX, inícios do século XX, Portugal era um país pobre e atrasado, onde uma agricultura de subsistência era a actividade económica predominante. A indústria estava reduzida aos grandes centros urbanos de Lisboa e Porto e a Balança Comercial era cronicamente deficitária, uma vez que a maioria dos bens necessários à população tinham de ser importados. Era um país onde reinava a miséria, o desemprego e o analfabetismo, sem que os diversos governos monárquicos fossem capazes de inverter a situação. Para muitos, a emigração foi a alternativa para escapar a este quadro de pobreza e falta de oportunidades. Foram milhões os portugueses que então rumaram ao Brasil. O português tipo era descrito na figura do Zé Povinho, sujeito rude, mal-educado, analfabeto e sempre insatisfeito com a vida e o país, com a qual Rafael Bordalo Pinheiro procurou retratar a maioria da população portuguesa de então. Assim, cada vez mais, a população portuguesa estava descontente, orientando essa insatisfação para a pessoa do rei D. Carlos, que, na época, era o chefe máximo da governação. O descontentamento

Actual Bandeira de Portugal que foi imposta oficialmente pelo regime republicano saído da Revolução de 5 de Outubro de 1910

face ao rei e à monarquia era sobretudo inflamado pela acção de um pequeno partido político - O Partido Republicano, que aproveitava todas as ocasiões para denegrir a imagem do rei responsabilizando-o pela má situação que o país vivia. Nos jornais, em comícios e manifestações os republicanos transmitiam aos populares a ideia que a causa de todos os problemas era só uma: a existência de um rei incapaz, que não fora escolhido pela população. Assim, pouco a pouco, as fileiras daqueles que estavam contra o rei e a monarquia foram engrossando, sobretudo, após o episódio do ultimato inglês de 1890. Este episódio ocorreu quando Portugal apresentou à comunidade internacional o Projecto do Mapa Cor-de-Rosa, que consistia na intenção de ocupar todo um vasto território que ficava entre Angola e Moçambique, pretendendo desta forma, unir as suas principais colónias em África. Quem não aceitou este projecto português foi a Inglaterra, principal potência económica e militar da época, que ameaçou Portugal com uma intervenção militar. Face a este ultimato, o rei D. Carlos desistiu do projecto de unir as colónias portuguesas no Sul de África, cedendo assim às exigências inglesas. Acusado de cobardia e de não

defender os interesses de Portugal, esta sua atitude provocou grandes manifestações em todo o país e um divórcio irreversível entre os portugueses e o seu rei. Logo em 1891, no Porto, a 31 de Janeiro deu-se uma primeira tentativa de implantação da república em Portugal. Um pequeno contingente militar, a que se associou boa parte da população portuense, chegou a festejar o fim da monarquia e do governo de D. Carlos, mas foram recebidos e dispersos a tiro pela polícia e tropas fiéis ao rei, num episódio que se saldou num grande número de mortos. Assim, nalguns grupos republicanos mais radicais desenvolveu-se a ideia de assassinar o rei, considerado o grande culpado de todos os males que afectavam o país. Esta intenção foi concretizada em 1908, quando um pequeno grupo de homens armados conseguiu abeirar-se de uma carruagem em que seguia a família real e disparou mortalmente sobre o rei e o seu filho mais velho, o príncipe herdeiro, D. Luís Filipe. Sucede-se no trono D. Manuel II, filho mais novo do rei assassinado. Jovem e impreparado, este novo monarca foi incapaz de inverter a situação e impedir o fim da monarquia. O seu reinado foi curto, pois terminou abruptamente no dia 5 de

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EPM-CELP EM FOCO COMEMORAÇÕES DO 5 OUTUBRO NA EPM-CELP

Festejos republicanos em 1910

de Outubro de 1910, quando militares e populares se uniram nas ruas de Lisboa, venceram as poucas tropas que se mantinham fiéis ao rei e prenderam toda a família real. De imediato, o rei e família foram expulsos do país, rumando para um exílio forçado na Inglaterra, e o país celebrou a implantação da República, que trazia a promessa de mudança e a esperança de um futuro melhor. Mudaram-se, em nome dos novos tempos, os símbolos do país: adoptou-se uma nova bandeira e um o hino que se denomina – a Portuguesa – e que fora uma canção feita por republicanos aquando do ultimato inglês. Pouco tempo depois, organizaram-se eleições, onde o povo português foi chamado a escolher o seu Chefe de Estado – a escolha recaiu sobre um antigo professor – Manuel de Arriaga que se tornou oficialmente no primeiro presidente da República Portuguesa.*** O GRUPO DE HISTÓRIA *** O texto presente é o Guião de um Diaporama feito na EPM-CELP no contexto das comemorações do 5 de Outubro, com o qual se pretendeu transmitir aos alunos um conhecimento mais completo das razões históricas que conduziram à implantação da República em Portugal. Nele, sobressai o sentido didáctico, pelo que o seu discurso foi adaptado ao universo etário a que se destinou.

A sensibilização para a importância da História deve fazer-se desde cedo. Conscientes da necessidade de divulgar o significado dos feriados históricos, quer de Portugal, quer de Moçambique, o grupo do 3ºano levou a cabo uma actividade relacionada com o 5 de Outubro. A actividade decorreu no Auditório Carlos Paredes e teve como público-alvo todos os alunos do 1ºciclo. Tratou-se de um pequeno espectáculo em que os alunos começaram por dramatizar um encontro em que se focavam as razões dos feriados de 4 e 5 de Outubro. Na sequência deste diálogo surge a dúvida sobre o conceito de República, a qual foi esclarecida com a projecção de um Powerpoint em animação sobre a Implantação da República em Portugal. No final da apresentação, houve um franco diálogo com a assistência que tudo quis saber sobre o acontecimento histórico em questão. EP

O ACORDO GERAL DE PAZ EM MOÇAMBIQUE 4 OUTUBRO Comemora-se a 4 de Outubro quinze anos de paz e reconciliação nacional alcançadas com o Acordo Geral de Paz, assinado em Roma, em 1992, entre o Governo moçambicano e a Renamo. Pôs-se fim a uma guerra que devastou a economia nacional e teve consequências trágicas para a população. Na origem desta guerra estão vários factores, sendo de destacar as grandes tensões político-militares que, desde 1975 (ano da independência), se fizeram sentir entre Moçambique e os países vizinhos da Rodésia e África do Sul. Estes dois países, cujos governos de fortes características coloniais, temiam o avanço do socialismo pela África Austral, desencadearam desde 1976 várias operações militares em território moçambicano e apoiaram a criação do Movimento Nacional de Resistência (MNR) que integrou moçambicanos opostos ao regime recém-criado da Frelimo. A partir de 1981 uma força da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) foi-se infiltrando no interior de Moçambique, sobretudo na Província de Gaza e espalhou-se rapidamente pelas regiões do sul e do centro.

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EPM-CELP EM FOCO Entre 1982/3 forças da Renamo actuavam nas províncias de Gaza, Manica, Sofala, Tete, Zambézia, Nampula e Niassa e, para sul, em Inhambane e Maputo.

EDUCAR PARA A PAZ NA EPM-CELP

A 16 de Março de 1984 as autoridades moçambicanas assinaram o Acordo de Nkomati com a África do Sul. O acordo prescrevia a cessação do apoio de Moçambique às forças nacionalistas sul-africanas do Congresso Nacional Africano (ANC) e a África do Sul retiraria o seu apoio à Renamo. Todavia, este acordo foi insuficiente para terminar a guerra, uma vez que as actividades da Renamo prosseguiram. Em 1989 o governo moçambicano desenvolveu novos esforços para obter um entendimento que levasse ao fim da guerra civil que estava a provocar pesadas perdas humanas e materiais. Nesta fase, desempenharam um papel importante as Igrejas Católica e Anglicana, o Conselho Cristão de Moçambique e os dirigentes do Quénia e do Zimbabwe. Em 1990 iniciaram-se conversações mais directas e formais em Roma, com o apoio da Comunidade de Santo Egídio e do Governo Italiano. Seguiram-se nove rondas negociais. A 4 de Outubro de 1992 realizou-se em Roma a assinatura do Acordo Geral de Paz, entre o Governo moçambicano e a Renamo, que pôs fim à guerra. O Acordo foi composto por sete Protocolos que regulavam questões de carácter político, militar e económico. Para a sua implementação foram constituídas Comissões que funcionaram entre finais de 1992 e finais de 1994, ou seja, por um período aproximado de dois anos. A Comissão de Supervisão e Controlo (CSC) foi o principal órgão coordenador e controlador da implementação do Acordo. Foi criada ao abrigo do Protocolo I e presidida por Aldo Ajello, representante local do Secretário-Geral das Nações Unidas. Integrou uma delegação da Renamo chefiada por Raúl Domingos e uma delegação do Governo chefiada por Armando Guebuza. Incluiu representantes da Itália, Portugal, Reino Unido, Estados Unidos da . América, França, OUA e Alemanha. Nesses dois anos (1992 a 1994) o país passou por profundas mudanças: A adopção do multipartidarismo; realização das primeiras eleições multipartidárias em Novembro de 1994; desenvolvimento de meios de comunicação social independentes; formação de diversas organizações e associações a nível da sociedade civil; passagem de uma economia socialista centralizada para um regime neo-liberal. O Acordo Geral de Paz deu origem ao ciclo político e económico que ainda hoje vivemos em Moçambique. O GRUPO DE HISTÓRIA

No passado dia 3 de Outubro, em parceria com os alunos do 1º ano do 1º ciclo, comemoramos o dia da Paz. Preparamos uma pequena festa, onde convidámos os restantes colegas do 1º ciclo a assistir. Dada a pertinência do tema, o Pré escolar, decidiu aproveitar para fazer o lançamento do projecto Pedagógico “ Nós e os Outros”, pois acreditamos que é na cooperação/ compreensão entre os povos que se constrói a Paz. Ao som da canção We are the world, as crianças montaram um mapa mundo gigantesco. De seguida recitaram frases alusivas à Paz e o Pré escolar e o 1º ano cantaram para os restantes colegas do 1º Ciclo. A escolha do projecto recaiu na constatação da heterogeneidade cultural presente na nossa Escola. Sentimos que cada vez mais é necessário que haja valorização da diversidade dos indivíduos e respeito quanto às suas pertenças e opções. Tendo como suporte o Projecto Educativo e o Regulamento Interno da EPM-CELP, propomo-nos trabalhar com as nossas crianças o que acreditamos serem os princípios da Educação Multicultural, tais como: desenvolver uma melhor compreensão das diversas culturas; uma maior capacidade de comunicação entre as pessoas de culturas diferentes; atitudes mais adaptadas ao contexto da diversidade cultural; uma cultura de tolerância, de aceitação e estimulação da diferença, de intercâmbio e de partilha. Assim, estaremos a ajudar as crianças a reconhecer o direito à sua própria identidade e o direito à diferença, no sentido de se erradicar preconceitos, estereótipos e discriminações. Estaremos a favorecer a inserção escolar dos grupos minoritários, combatendo o insucesso educativo, contrariando os «atrasos culturais» e promovendo a igualdade de oportunidades. E estaremos a ajudar as crianças a desenvolver a compreensão do eu, do outro e a percepção das interdependências, no respeito pelos valores do pluralismo, da compreensão recíproca e da paz. GRUPO DO PRÉ-ESCOLAR Ver fotoreportagem nas páginas seguintes

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FOTOREPORTAGEM COMEMORAÇÕES DO 4 DE OUTUBRO - DIA DA PAZ

HALLOWEEN

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FOTOREPORTAGEM EVOCANDO O 5 DE OUTUBRO - A IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA

HALLOWEEN

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EPM-CELP EM FOCO HALLOWEEN – ANDARAM BRUXAS NA EPM-CELP

TERTÚLIA DE TEATRO NA EPM

Actores improvisados em cena

Conta a história que os Celtas celebravam a véspera do Ano Novo no dia 31 de Outubro com um festival que dava pelo nome de Samhain, marcando, assim, o fim da estação do sol (verão) e o início da estação da escuridão e do frio (inverno). Eles acreditavam que nessa mesma noite a barreira entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos era ténue e que espíritos perdidos eram vistos a vaguear pela noite. Acendiam fogueiras, dançavam à sua volta e, segundo a lenda, vestiam fantasias e desfilavam ruidosamente em torno da aldeia esperando, assim, afastar os espíritos que os rondavam. A lenda ganhou vida na EPM, que no dia 31 de Outubro foi invadida por pequenas, mas horrendas criaturas, disfarçadas de bruxos, monstros, vampiros e fantasmas ansiosos por ver reconhecida a sua criatividade. Num clima de muita agitação, como manda a tradição, e envolvidos por um cenário arrepiante, as “criaturas” participaram num concurso de fantasias e, numa primeira eliminatória, foram eleitos os 32 seres mais ousados e criativos dos cerca de 180 assustadores concorrentes. Numa segunda volta, os seleccionados voltaram a desfilar perante um júri que, com muita dificuldade, escolheu os 16 vencedores do concurso. Após a entrega dos prémios, foram distribuídos rebuçados, antes que os monstros dessem início às traquinices habituais. Finda a festa, os “seres” regressaram ao seu mundo, deixando atrás de si alguma devastação! Foi uma tarde divertida, de convívio saudável que contou com o envolvimento da comunidade escolar e também com a presença de muitos Encarregados de Educação. Os concorrentes estiveram horrivelmente brilhantes. A maioria não arrecadou prémios mas o importante foi participar e contribuir para o reacender de uma lenda que povoa o imaginário dos mais novos.

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A Área Disciplinar de Português levou a cabo, no passado dia 31 de Outubro, mais uma actividade ligada ao seu projecto de dinamização cultural. Desta feita, a acção revestiu-se de um carácter particular: os alunos presentes na sessão participaram, como actores, numa pequena peça de teatro improvisada. A ideia era chamar a atenção para os pormenores relacionados com a encenação. E não é que os nossos alunos aderiram de forma surpreendente?!! Era preciso ver o Fernandes no seu papel de polícia, tão profissionalmente compenetrado das suas responsabilidades! Muitos dos presentes estavam convencidos de que se tratava de uma peça previamente preparada e ensaiada com os alunos. Nada disso! Os actores foram voluntários seleccionados naquele momento e o argumento também foi ali decidido com base em notícias de diversos jornais, previamente seleccionadas pelos dinamizadores da acção, o Jaime Santos e o Aurélio. Houve momentos hilariantes que encheram o auditório de gargalhadas divertidas. Mas a surpresa não veio só do Fernandes! A participação dos restantes estudantes no momento da discussão também foi algo interessante de ver, pela forma como os nossos alunos, do 2º Ciclo ao Ensino Secundário, colocaram questões inteligentes e fizeram comentários muito pertinentes a propósito do espectáculo que presenciaram e, o mais importante, foi termos descoberto alguns talentos na nossa escola. Vamos aguardar que estes meninos se inscrevam num cursinho para actores que OP prevemos dinamizar no próximo período! O empenho de uns suscitou o riso e a diversão de todos


CENTRO DE RECURSOS EDUCATIVOS O PÁTIO DAS LARANJEIRAS PERFAZ 50 EDIÇÕES

Edições anteriores do Pátio Das Laranjeiras, permintindo vislumbrar a sua evolução gráfica ao longo destes cinco anos de existência

O Pátio das Laranjeiras é, provavelmente, um dos lugares mais aprazíveis da nossa escola. Em tempo de floração o perfume que se sente ao entrar é inconfundível. Pátio das Laranjeiras é também o nome do jornal da EPMCELP que nesta edição completa o seu 50º número. Como qualquer jornal, O Pátio das Laranjeiras visa informar, dar conta do que se faz neste espaço escolar, promover a reflexão acerca da vida escolar e de todas as acções a ela ligadas, mas acima de tudo é um espaço onde a palavra é celebrada. A este propósito vale a pena citar o Editorial do primeiro número do P.L: “ As palavras são mágicas, nomeiam tudo aquilo que conhecemos. Elas pedem para ser redescobertas. Com elas exprimimos sentimentos; traduzimos ideias; com elas podemos resplandecer o melhor que há nos seres humanos.” O projecto iniciou-se no ano lectivo de 2002/2003 numa edição trimestral, respeitante aos meses de Setembro, Outubro e Novembro, que se assumia como uma apresentação da escola, dos seus serviços e dos seus projectos. Desde então o Pátio das Laranjeiras foi trilhando o seu caminho, surgindo sempre como o rosto visível da Escola, isto é, do trabalho levado a cabo pelos alunos e professores dos diferentes ciclos de ensino, pelo Centro de Recursos Educativos, pelo Centro de Formação, pela Direcção da Escola. No ano lectivo seguinte, O Pátio das Laranjeiras, tornou-se mensal, apesar de algumas edições bimensais. É indiscutível e visível a evolução que foi sofrendo ao longo dos anos do ponto de vista gráfico e editorial. Para que tal fosse possível foi necessária a entrega de todos quantos foram ajudando a criar esta criança que vai crescendo a par e passo com a sua progenitora. Cada número testemunha o que de mais

importante ocorreu num determinado espaço de tempo e hoje, cinquenta edições decorridas, é possível afirmar que o Pátio das Laranjeiras se assume como um arquivo histórico desta instituição de ensino. A alegria da comemoração de efemérides, do atingir de etapas como o Baile de Finalistas, das visitas ilustres que a esta casa chegam, não escondendo a admiração pelo que vêm e sentem; a importância dos acontecimentos como a Comemoração do dia da Escola e a realização do Simposium Internacional de Língua Portuguesa, o aumento da família EPM-CELP pela magia da maternidade; a tristeza dos que deixam a Escola, das venturas e tragédias que atingem terras Moçambicanas povoam cada edição de periodicidade mensal. Cinquenta edições do pulsar de uma escola é um feito assinalável, só possível, porque se sonhou e se quer continuar a sonhar este projecto. Nunca será demais agradecer a todos quantos ao longo destes anos conceberam e colaboram com este álbum de recordações EP da Escola Portuguesa de Moçambique. Bem hajam!

Imagens do Pátio Das Laranjeiras que dá nome ao nosso Jornal

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CENTRO DE RECURSOS EDUCATIVOS AS BIBLIOTECAS ESCOLARES TAMBÉM TÊM DIA INTERNACIONAL

Um dos «amigos» da Biblioteca José Craveirinha da EPM

O conceito de “Biblioteca” foi criado pelos Gregos há já milhares de anos. Este conceito evoluiu ao longo dos tempos e, hoje, ampliou-se e diversificou-se bastante. Assim, tendo em conta os diferentes tipos de suportes informativos, aparecem-nos, por exemplo, as fonotecas, as discotecas, as hemerotecas, etc. Quanto aos conteúdos e grau de especialização, temos, por exemplo, as chamadas Bibliotecas Públicas, Bibliotecas de Medicina, de Direito, etc. É também neste processo evolutivo, que, algures no tempo, nasce o conceito de BIBLIOTECA ESCOLAR. Nos finais do século XX, a recém criada International Association of School Librarianship (IASL), resolveu instituir um International School Library Day, na quarta segunda-feira do mês de Outubro de cada ano escolar. Este ano, a Biblioteca Escolar “José Craveirinha” resolveu associar-se à comemoração deste dia, que coincidiu com o dia 22 de Outubro. Durante este dia, esteve em exibição, na entrada do Pátio das Buganvílias, junto da Cantina, um produto Multimédia (PowerPoint), que procurou definir os objectivos gerais de uma Biblioteca Escolar, bem como incentivar à criação de um “Clube de Amigos da Biblioteca Escolar José Craveirinha”. Este Clube, a criar, pretende, entre outras coisas, incentivar o usufruto dos recursos da biblioteca, bem como aproveitar a disponibilidade dos alunos para a elaboração de pequenas acções a desenvolver a partir deste espaço escolar, tais como, comentários pessoais de livros, de filmes, participação na elaboração de um Blogue ou Sítio da Biblioteca, realização de jogos, leitura de textos aos colegas mais novos, etc. Neste Clube, que se imagina abrangente, cabem também professores, funcionários ou Pais e Encarregados de Educação que queiram participar e desenvolver actividades. No dia seguinte, 23 de Outubro, foi exibido, em contínuo, no mesmo local, um vídeo produzido pelo Coordenador da Biblioteca e pelo Centro de Recursos da EPM-CELP, que recolhia vários depoimentos de alunos e de dirigentes desta escola sobre a prática da leitura. Neste trabalho há que destacar a colaboração do Sr Ilton Ngoca, funcionário deste Centro e que tem a seu cargo, entre outros sectores, a área de Produção Vídeo. Nesta ocasião foi também produzido um cartaz relativo à efeméride.

VR-Coord. da BIBLIO-JC

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SIR TEM NOVAS INSTALAÇÕES Durante o mês de Outubro, o Centro de Recursos Educativos da EPM-CELP procedeu à reorganização do espaço em que operava a oficina didáctica. Neste espaço amplo operavam simultaneamente vários serviços do CRE: falamos do SIR, do sector gráfico e o apoio ao Programa Escola Plus. Naturalmente que a execução de tarefas tão diferenciadas num mesmo espaço causava foi causa, até ao momento, de alguns constrangimentos. Assim, elaborouse um plano tendo em vista à alteração desta situação, que culminou com a mudança do SIR para novas instalações. Antes de mais, será importante conhecer o SIR. Esta valência do CRE é o sector responsável pelos sistemas informáticos e redes, tendo a seu cargo um conjunto assinalável de tarefas, tais como: a manutenção da rede, a manuteção do e-mail interno, a selecção, aquisição e manutenção de software e hardware a assistência à utilização das TIC na sala de aula, a actualização da página da Internet da Escola, o controlo dos acessos à EPMCELP através dos cartões electrónicos, o controlo dos trincos electrónicos das salas de aula e, ainda, o apoio a eventos. A mudança de instalações do SIR, segundo o seu Coordenador, Dr. Manuel Jacinto Rocha, vem permitir uma melhoria acentuada das condições de trabalho e de conservação do material informático, uma vez que se trata de uma área mais ampla e reservada. Embora em fase de reorganização, este espaço, graças à sua dimensão, permitirá o armazenamento de material informático e a instalação de uma oficina informática. É de salientar que toda a mudança, agora referida, implicou uma intervenção no espaço físico, assim como uma nova instalação da rede e das extensões telefónicas.

EP


CENTRO DE FORMAÇÃO e DIFUSÃO da LÍNGUA PORTUGUESA ACÇÃO DE FORMAÇÃO EDUCAÇÃO NA MUDANÇA- COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL

Decorreu entre 08 a 16 de Outubro na EPM-CELP, organizada pelo CFDLP, uma acção de formação para o pessoal docente, do pré-escolar e primeiro ciclo do ensino básico, no âmbito da Comunicação Interpessoal, subordinada ao tema educação na Mudança cujo Formador foi Dr. António Cabrita, docente universitário da Universidade Politécnica (Moçambique) e escritor. Vale a pena citar as palavras do Dr. António Cabrita a propósito desta formação. Eis-nos banhados em plena confusão de valores, órfãos das «grandes narrativas» (as ideologias) que lhes davam sentido. Para além disso, assistimos a um deslocamento dos imaginários-âncora, dos paradigmas que antes arrastavam gerações. Os anos sessenta e setenta edificaramse em torno de um imaginário maniqueu de oposições. Sucedeu-se depois uma fase de «desconstrução» e de pós-colonialismo. A partir dos anos 90, suspenso o mundo num multiculturalismo crescentemente difuso, sobressai um «imaginário de aliança» e de negociação e a sociedade oscila entre o consumismo desbragado e um modelo de regulação controlado cada vez mais à distância, nos centros de decisão onde se giza a estratégia da Globalização. Que lugar subsiste para a identidade, os valores, a cultura, a educação? Pode a educação firmar que critérios últimos, em matéria de formação? Que sobram para o privado, agora que o próprio conceito de espaço público, essencial à teoria democrática, se converteu em mero campo publicitário e mediático? Que novas mitologias preenchem a “era do vazio”, num palco social onde a «imagem» e a «comunicação por rede» partilham um poder hegemónico? E que novos sinais de identidade emergem - com “novos ritos de passagem” entretecidos entre os jovens numa sociedade que sobrepõe ao “sentido de risco e aventura” (inadiáveis para a construção do adulto) a ideia abafadora da segurança? Por fim, como ecoa tudo isto em Moçambique, na encruzilhada entre a Tradição e a Modernidade? A ideia do Seminário é mostrar que um fio condutor anima afinal este aparente caos e que despontam uma nova necessidade de responsabilidade social e uma nova ética – uma ética para náufragos, talvez, indispensáveis para quem anseia transmitir valores. JC

ACÇÃO DE FORMAÇÃO DE INICIAÇÃO ÀS TICs

Decorreu, na Escola Portuguesa de Moçambique, de 8 a 13 de Outubro, uma acção de formação, dirigida a professores sobre as Novas Tecnologias da Informação e Comunicação. Esta acção, com um nível de iniciação, teve como formador o Dr. Manuel Jacinto Rocha e pretendeu promover a mudança de práticas através da sensibilização para a importância das novas tecnologias na escola moderna. Com uma duração de 20 horas, o seu conteúdo foi adaptado a um público específico de docentes que sentem mais dificuldades na manipulação da novas tecnologias, conforme se pode constatar pelo programa abaixo transcrito: I. Sistema Operativo (Windows); II. Internet e Correio Electrónico; III. Processamento de Texto.

O grupo numa fase de exposição teórica

FM

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MATEMATICANDO O PROBLEMA DO MÊS DE OUTUBRO PROBLEMA DO 2º CICLO

PROBLEMA DO SECUNDÁRIO

SURREALISMO NUMÉRICO

PROBLEMA DO 3º CICLO

153 Escrever mais de duas linhas sobre o número 153, parece ser algo altamente discutível para o comum dos mortais. Tentarei mostrar-lhes o quão enganados possam estar! O número 153 é igual à soma dos cubos dos seus algarismos 153=13+33+53. Outros números em que isto acontece, são o 370, o 371 e o 407. Além disso, 153=1!+2!+3!+4!+5! (este número é igual à soma dos factoriais dos primeiros cinco números naturais). E o que dizer da sua religiosidade? No Novo Testamento está escrito algures, “a rede que Simão Pedro puxou do lago Tiberíade trazia 153 peixes”. 153 é o 17º número triangular, que bem vistas as coisas é a soma dos 10 Mandamentos com os 7 dons do Espírito Santo. Quem diria que não é um número especial?

JC

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O SUOR DE QUEM ESTUDA EXERCÍCIOS DE ESCRITA CRIATIVA O relato de vivências é uma das formas de desenvolver a competência da escrita. As aulas de Língua Portuguesa são, sem dúvida alguma, palco privilegiado para esta actividade. Grande parte das vivências dos nossos alunos estão ligadas à vida escolar. Aqui ficam dois exemplos dessas vivências ligadas à escola.

O MELHOR DIA DA MINHA VIDA O melhor dia da minha vida foi o meu concerto de violino em Chicago, nos Estados Unidos. Eu fui uma das quatro escolhidas para ir tocar violino em nome da escola. Estive lá duas semanas a ensaiar. Quando chegou o dia do concerto, foi um sonho. Eu estava à espera de entrar no palco. O professor veio ter comigo e disse: -Boa sorte, calma. Lá entrei eu. Uma professora pôs-me na terceira fila. Não gostei, porque estava cheio de câmaras e máquinas fotográficas, então era flash para lá, flash para ali. Aquela sala é uma das maiores salas de espectáculo do mundo. Estavam mais de mil pessoas a tocar e mais de cinco mil pessoas a ouvir. O concerto correu bem e até ganhei uma medalha. Quando saí do palco, o meu professor deu-me um beijinho na testa, (acho que ele não se arrependeu de ter me levado). Eu tinha ido com o meu pai que também ficou muito orgulhoso.Depois do concerto, eu, as minhas amigas e os nossos pais, fomos festejar, afinal não tinha sido um dia qualquer. Ainda hoje sinto que esse foi o melhor dia da minha vida.

Marla Kane 5º E

UM MAR DE PENSAMENTOS Estava na aula de Português com os pés bem assentes na terra quando, de repente, a cadeira começou a levantar voo como se fosse um avião, e os meus colegas desapareceram. Começou tudo a girar, entrei numa espécie de túnel daqueles que parecem levar-nos a outra dimensão e fui parar a um lugar maravilhoso. Era uma praia linda, de areia branca e fina, com um mar azul cristalino de ondas maravilhosas. Deitei-me na areia e, logo depois, apareceram os meus companheiros mais fiéis: o Picaço Assuan, a Blanckie, o Bidam, e o membro mais recente da família, o Pipo. Resolvi dar um mergulho e, qual não foi o meu espanto, descobri que já não via terra, só água! Ainda pensei que tinha nadado para muito longe, começando a nadar na direcção oposta ao local onde me encontrava, mas nada. Ia morrendo de preocupação, já que os meus cães não gostam de mar e tinham ficado a brincar na areia. E então, como num passe de mágica, o mar transformou-se em letras, palavras e frases sem sentido. Quando vi uma pequena abertura, dirigi-me para ela e saí. Dei por mim numa sala cheia de gavetas, todas elas identificadas. Resolvi abrir a gaveta que dizia “memórias perfeitas”. Senti-me a reviver os momentos mais felizes da minha vida, mas, logo na melhor parte, voltei à terra! Afinal, tudo não passara de um sonho, dos mais incríveis e surpreendentes.

Cassandra Neves 8º B

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ESCOLHAS DA BIBLIOTECA

dos Porcos”) por exemplo - o mundo em que vivemos não se configura à medida das previsões e ao invés de ser controlado por nós, cada vez mais parece fugir-nos ao controle. Muita da nossa intervenção sobre o mundo teve efeitos colaterais, que não se previam, e enfrentamos hoje situações de risco e incerteza relativamente ao futuro do Planeta.

Este livro de Anthony Giddens, um dos maiores pensadores sociais contemporâneos é o resultado de uma série de conferências com que as Reith Lectures da BBC celebraram o fecho do século XX. O tema não podia ser mais actual: a globalização e as repercussões que ela tem na nossa forma de viver, a vários níveis – económico, científico, relações interpessoais, cultura, tradição, religião, política… Ainda há bem pouco tempo as previsões relativamente ao futuro da Humanidade eram optimistas. Baseadas nas ideias racionalistas do Iluminismo originárias na Europa setecentista e oitocentista, a tendência era para a rejeição da influência da religião sobre a Humanidade, substituindo-a pelo racionalismo. Assim sendo, a História seria moldada à medida do Homem. Algumas correntes filosóficas e políticas do século XIX forjadas no pensamento iluminista viriam a influenciar decisivamente o percurso do século XX: o marxismo, por um lado, e o nacional-socialismo, por outro, foram dois lados da mesma vertente que pretendia exercer um domínio total sobre a economia e a sociedade, através do poder político, activando mecanismos repressores sobre tudo aquilo que se impunha como obstáculo à concretização dos seus objectivos. No entanto – e apesar dalgumas antevisões de um controlo totalitário do Estado sobre os indivíduos num futuro próximo, representadas na literatura de George Orwell (“1984” e “O Triunfo

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Muitos dos riscos e incertezas com que actualmente nos confrontamos estão ligados à globalização. Esta palavra que até aos finais dos anos 80 não entrara na gíria académica, hoje está na boca de cada um de nós. O conceito não é claro e a atitude face a ele varia do cepticismo - que nega que tenha havido uma mudança qualitativa nas relações entre os países e o resto do mundo - ao radicalismo que defende a globalização como um fenómeno completamente novo que afecta a soberania dos Estados-Nação e a força dos poderes políticos. Ambas as posições, no entanto, apenas contemplam a componente económica descurando as vertentes políticas, tecnológicas, culturais. O que é de facto esta globalização e como se manifesta? Em primeiro lugar é claro que este fenómeno é dirigido pelo Ocidente e está marcada pelo poderio político e económico dos Estados Unidos da América, acarretando consequências desiguais consoante a posição relativa da economia dos países. Por outro lado e como reverso do fenómeno atrás descrito, é responsável pelo ressurgimento das identidades culturais, dos nacionalismos, dos fundamentalismos religiosos e pela criação de novas zonas culturais no seio das nações e que se sobrepõem às mesmas. Mas, se determina acontecimentos à escala planetária - como as guerras nas zonas petrolíferas - afecta igualmente a vida corrente de todos nós em questões como a sexualidade, o casamento e a família. Para além da economia, os meios de comunicação jogam um papel crucial no fenómeno a que chamamos globalização. A Internet entrou na vida de cinquenta milhões de americanos apenas 4 anos depois da sua invenção enquanto a rádio levou cinquenta anos a atingir o mesmo número de ouvintes. Os meios de comunicação social têm influenciado, inegavelmente, a nossa forma de olhar o mundo. A defesa da igualdade da mulher, por exemplo, está a afectar, em todo o mundo, os alicerces do que era a família, as tradições, a esfera política. É uma revolução global na vida corrente, uma vez que nunca na História da humanidade houve sociedade alguma em que as mulheres estivessem num plano igualitário relativamente aos homens.


PSICOLOGANDO Neste cenário mundial a que nenhum país e nenhum indivíduo conseguem escapar, confrontam-se duas tendências: uma tendência democrática de tolerância ao outro, às diferenças culturais, religiosas, étnicas e uma posição fundamentalista de reforço das identidades (nacionalistas, étnicas, religiosas), refugiada na violência como meio de defesa contra “a contaminação exterior”.O século XXI, na tese de Giddens, será um amplo campo de batalha onde estes dois campos se confrontarão. O resultado deste confronto determinará a evolução do planeta para os dias vindouros. TN

O ARRANQUE DO SPO NO ANO LECTIVO 2007/2008

O SPO em acção

Anthony Giddens é autor de mais de trinta obras, muitas delas relacionadas com o tema da globalização. Foi escolhido para ser o último conferencista do século XX das Reith Lectures da BBC. É director da London School of Economics anda Political Science, pioneiro no conceito de Terceira Via e conselheiro político do exPrimeiro Ministro Tony Blair para além doutras figuras políticas mundiais. De entre as suas obras podemos destacar: The consequences of modernity, Cambridge, Polity Press, 1995 Sociology, Cambridge, Polity Press, 1995 Social Theory Today, Cambridge, Polity Press, 1993 Modernity and self-identity: self and society in the late modern age, Stanford, Stanford University Press, 1991 La constitution de la societé: elements de la théorie de la struturation, Paris, Presses Universitaires de France, 1987. Para uma terceira via : a renovação da socialdemocracia, Lisboa, Presença, 1999

Com o início do ano lectivo, toda a escola “aquece os motores” e põe-se em marcha para levar os alunos a bom porto! E o Serviço de Psicologia não está fora desta viagem! Bem pelo contrário! Desde o Pré-Escolar ao Secundário, há já uma série de actividades a decorrer, no intuito de desenvolver áreas que sabemos merecerem muito a atenção de professores e técnicos. A nível do Pré-Escolar, em conjunto com os educadores, afirma-se de grande importância fazer o acompanhamento dos alunos que no próximo ano lectivo irão entrar no 1º ano, de forma a assegurar que estão atingidos os requisitos essenciais para a aprendizagem da leitura e da escrita. Nos ciclos seguintes, nomeadamente nos 1º e 2º e 3º ciclos, estão a ser já desenvolvidas actividades a nível de turma, que desenvolvem o potencial de aprendizagem nas áreas do raciocínio lógico e da linguagem, assim como a capacidade de atenção e de reflexão. Esta é uma intervenção conjunta com os professores de Estudo Acompanhado. Outra das áreas de intervenção do Serviço de Psicologia é a Orientação Vocacional e Escolar dirigida aos nossos alunos do 9º ano na escolha do curso a seguir no 10º ano. Este ano lectivo, esta é uma actividade conjunta com os professores da Área de Projecto. Tendo consciência da importância desse apoio a alunos que, com apenas 14 anos, têm que fazer a opção do que “um dia, quando forem grandes, irão ser”, a escolha do tema da Área de Projecto para os alunos do 9º ano, neste ano lectivo, foi As Profissões. Assim, desde o início do ano lectivo que os Professores da Área de Projecto em conjunto com o Serviço de Psicologia têm vindo a desenhar actividades com o intuito de informar, o melhor possível, acerca dos processos normalmente presentes na escolha de um curso. Até agora, foram tratados temas como as influências habitualmente presentes no momento da escolha e foi já feita a avaliação nas áreas dos interesses profissionais, das aptidões e de aspectos da personalidade também presentes na motivação da escolha da profissão. Estão projectadas diversas actividades a realizar ao longo do ano lectivo que pretendem colocar os nossos alunos em contacto com o mundo do trabalho e das profissões.

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AM


ÚLTIMA PÁGINA PAÍSES E POVOS NA NOSSA ESCOLA

A Margarita Salkova, do 7º D, nasceu na cidade de Kharkov, na Ucrânia, e veio para Moçambique para acompanhar a mãe, depois de terminar a escola primária. Pátio das Laranjeiras – Quem te ouve falar, quase não nota que tens um ligeiro sotaque que não é português nem moçambicano. Margarita – É porque vim para cá com dez anos. Então já consegui aprender a falar e a escrever com alguma correcção. PL – Mas foi difícil no início? M – Sim, vim para um país completamente diferente, com uma língua que eu desconhecia, mas depois, pouco a pouco, fui aprendendo. PL – Mas conseguiste integrar-te facilmente. M – Sim, adaptei-me bem, mas tenho saudades, claro. Tenho lá o meu pai, os meus avós e os meus tios, ou seja, toda a minha família, à excepção da minha mãe. PL – E costumas ir visitá-los nas férias? M – Desde que aqui estou, fui apenas uma vez, em 2004. PL – E para além da tua família, do que mais sentes falta? M – Sinto falta da minha cidade, que é grande e fica à beira de uma floresta. Foi lá que fiz a escola primária e tenho lá muitos amigos. PL – Lembras-te de algum aspecto que seja típico da cultura ucraniana? M – Lembro-me de uma comida, o borsche, que é uma espécie de sopa com carne e legumes. É deliciosa. PT – E a língua? M – Embora a língua oficial seja o ucraniano, todos falam russo na Ucrânia, e é também a que eu falo. PL – Antes de terminarmos, e porque és uma excelente aluna, não posso deixar de te perguntar se os obstáculos que apontaste no início, o país e a língua completamente diferentes, representaram um grande entrave ao teu aproveitamento escolar. M – Não, tive que trabalhar mais, claro, mas consegui superar. PL – Muito obrigada, Margarita. Podias só despedir-te de nós em russo? M – Com certeza. Do sridania!

UCRÂNIA LÍNGUA OFICIAL: CAPITAL:

Ucraniano Kiev

ÁREA TOTAL:

603.700Km2

POPULAÇÃO:

46,996 Millhões

DENSIDADE POPULACIONAL:

80/km2

MOEDA:

Hryvnia

FUSO HORÁRIO:

UTC +2

PRESIDENTE DA REPÚBLICA:

Viktor Yushchenko

Pátio das Laranjeiras, n.º 50 Directora: Albina Santos Silva . Coordenação Editorial: Rodrigo Borges . Coordenação Executiva: Judite dos Santos, Jeremias Correia, Informação, Relações Públicas e Publicações . Redacção: Eugénia Marques; Estela Pinheiro; Francisco Mascarenhas; Rodrigo Borges; Vítor Roque . Concepção Gráfica e Paginação: Rodrigo Borges . Fotografia: Vítor Roque e Filipe Mabjaia . Colaboração: Alexandra Melo, Cláudia Costa; Jeremias Correia; Lúcia Thomaz; Olga Pires; Teresa Noronha . Revisão: Estela Pinheiro, Eugénia Marques, Judite dos Santos, Rodrigo Borges . Produção: Centro de Recursos Educativos, Outubro de 2007. Propriedade: Escola Portuguesa de Moçambique - Centro de Ensino e Língua Portuguesa, Av. do Palmar, 562 . Caixa Postal 2940 . Maputo . Moçambique . Telefone: 00 258 21 481300 . Telefax: 00 258 21 481343 , www.edu-port.ac.mz .epm-celp@edu-port.ac.mz . E-mail: patiodaslaranjeiras@edu-port.ac.mz

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