Revista EPRM 19

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Revista 19

ESCOLA PROFISSIONAL DE RIO MAIOR 10/11



[ editorial ]

Ensino Pro ssional e Empregabilidade Passados mais de vinte anos depois da publicação do Decreto-lei n.º 26/89, que instituiu o ensino pro ssional em Portugal, o número de cursos e de alunos da via pro ssionalizante mais do que triplicou na última década, muito graças à elevada taxa de empregabilidade e ao carácter qualitativo assumido pela interligação escola-mundo do trabalho. No entanto, em Portugal, a via pro ssional do ensino secundário ainda absorve menos de metade dos alunos, pelo que estamos longe dos nossos parceiros europeus. Os países mais industrializados têm 70% de alunos em cursos de formação pro ssional. A taxa de empregabilidade dos cursos pro ssionais vai desde os 75% nos seis meses subsequentes ao nal do curso, até aos 90% no primeiro ano. E convinha que se formassem ainda mais para dinamizar o tecido económico e social das empresas que, sem jovens quali cados, não terão grandes possibilidades de a rmação internacional. À expressão “Ensino Pro ssional”, prefere-se hoje a designação de “Educação e Formação Pro ssional”, a qual deve ser, evidentemente, de qualidade e quali cante. O paradigma, em vigor no ensino, durante muito tempo, era o de que o professor ensina e os alunos aprendem, sendo que muitas vezes os alunos só memorizavam e reproduziam a informação recebida. Sabemos todos, hoje, que não deve ser assim e que crianças, jovens e adultos só aprendem quando eles próprios participam na construção dessa aprendizagem e o fazem com o prazer de aprender. O ensino pro ssional constitui, neste início do novo milénio, um capital de conhecimento, de práticas inovadoras, indispensáveis ao desenvolvimento e sustentabilidade da economia portuguesa, sendo, por isso, imperiosa a necessidade de estimular a produtividade e a competitividade económica, de forma a permitir reduzir a diferença que nos separa da média europeia. De facto, como é público e reconhecido, a produtividade cresceu apenas de 40% para 44%, em relação à média dos Quinze, desde 1986, enquanto o nível de vida subiu de 55% para 72%. Urge, então, quali car as pessoas, quali car o per l produtivo do nosso tecido empresarial em relação às actividades e empregos do futuro, quali car a gestão empresarial. Uma das funções do Estado é assegurar o bem-estar dos cidadãos, combatendo a exclusão social, o que implica a valorização e expansão das quali cações e competências escolares e pro ssionais da população, depreendendo-se, portanto, que as competências a privilegiar, no futuro, serão a educação, a investigação, a formação de técnicos altamente quali cados e especializados, imbuídos de espírito criativo e empreendedor, o que pressupõe interligação crescente entre educação

e formação profissional, sempre certificada, de acordo com os níveis comunitários de qualificação e certi cação. A população tem que perceber os novos tempos, marcados pelo conceito de aprendizagem ao longo da vida, já que uma grande percentagem do conhecimento produzido, que ocupa os currículos e programas da maioria dos actuais cursos, incluindo os universitários, estarão desactualizados dentro de pouquíssimos anos. Atendendo a este cenário, a EPRM procura estar na vanguarda, como instituição de referência que é, ao nível do ensino pro ssional, disponibilizando oferta formativa que visa suprir as necessidades dum público-alvo muito vasto, quer no concelho, quer na região envolvente em que se insere. Obviamente que a missão da Escola Pro ssional de Rio Maior privilegia a Formação Inicial de Jovens - Cursos Pro ssionais; mas não pretende descurar a Formação Contínua de Activos, através da Formação Modular Certi cada; a Formação Especializada – CET’s, por via da parceria com o IPL; as pós-graduações, através da parceria com o ISLA. No próximo ano lectivo, esperamos reunir condições para oferecer Cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA’s), respondendo positivamente ao repto lançado recentemente pelo Governo da República, através da iniciativa para a competitividade e o emprego, que visa elevar o patamar de escolarização e quali cação dos portugueses. Na EPRM julgamos que a chave para o sucesso passa por uma quali cação de qualidade, capaz de estimular a inovação, o empreendedorismo, o espírito criativo, entre outras características essenciais para singrar no mercado de trabalho. Assim, a EPRM evidencia estar ao serviço da comunidade, procurando proporcionar, a todos, melhores condições de acesso ao mundo do trabalho, bem como maiores níveis de empregabilidade. Por outro lado, a Escola está, igualmente, ao serviço do tecido empresarial, indo ao encontro das necessidades formativas identi cadas, contribuindo para estimular factores tão importantes como a produtividade e a competitividade, condições essenciais para sobreviver num mercado cada vez mais exigente. Dr. Luciano Vitorino Professor / Director Pedagógico

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[ sumário ]

[ Conteudos ]

Editorial

3

Entrevista

5

Ensino Pro ssional

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A nossa Escola

20

Formação Pro ssional

30

Entrevista

36

Em formação

41

[ entrevista] 5

[ ensino pro ssional ]14 [ cha técnica ] PROPRIEDADE: EPRM- Escola Pro ssional de Rio Maior, Lda. | DIRECTOR: Luciano Vitorino | COORDENAÇÃO DA EDIÇÃO: Helena Coelho | PAGINAÇÃO: Inês Sequeira | CAPA: Inês Sequeira |

[ a nossa escola ] 24

COLABORADORES: Ana do Carmo, Alexandra Sousa, Anabela Figueiredo, Bruno Vargas, Carla Bernardes, Claudia Solange Gomes, Issac Duarte, Inês Sequeira, João Inez Almeida, João José Bentes da Silva, João Paulo Colaço, José Oliveira, Luciano Vitorino, Luís Gonçalves, Maria João Maia, Pedro Guedes, Sandra Costa, Sandra Rosa, Sérgio Gonçalves, Sónia Costa, Sónia Duarte, Sónia Ferreira | *os artigos publicados nesta revista são da responsabilidade dos seus autores.

GRÁFICA: rioGrá ca- Tip. Santos & Marques Lda.| TIRAGEM: 1500 Exemplares | ISSN: 1646-9801 | DEPÓSITO LEGAL: 275902/08 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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[ formação pro ssional ] 38


[ entrevista ]

Perspectivas sobre as actuais Políticas Públicas no Ensino e Formação [ PERFIL ] Luís Capucha é investigador do ISCTE, membro do CIES (Centro de Investigação em Estudos Sociais), Doutorado em Sociologia (2004), tem trabalhos publicados sobre Pobreza e Exclusão Social, Quotidiano e Qualidade de Vida; integra, no âmbito do CIES, projectos de investigação sobre desenvolvimento comunitário, urbano, trabalho e promoção da igualdade.

[EPRM] - Senhor Professor Doutor Luís Capucha, actualmente Director da Agência Nacional para a Quali cação, responsável pela Iniciativa Novas Oportunidades (INO), foi trabalhador estudante e operário metalúrgico antes de se licenciar em Sociologia. Em que medida, este percurso de vida contribuiu para o que é hoje? Que importância atribui ao papel da escola na sua formação? [LC] Nós somos sempre o resultado daquilo que fomos e também um pouco daqueles que nos antecederam. Mas eu diria, antes de mais, que o facto de ter trabalhado e estudado ao mesmo tempo me ajudou a compreender melhor a importância que o exercício de uma pro ssão tem nas pessoas. Embora considere que o trabalho precoce não é uma coisa boa, a partir de determinada idade trabalhar faz bem, completa-nos, faz-nos ter outra visão da vida, sentido de

[EPRM] - O ensino pro ssional em Portugal foi, durante muito tempo, refém de opções políticas, remetido, por vezes, para um contexto alternativo, enraizado na esfera local, como motor e instrumento de apoio ao crescimento económico. A sua abertura e expansão no âmbito do sistema público de ensino colocou as vias pro ssionalizantes como opção válida e legitima para os jovens. Que avaliação faz do ensino pro ssional, tal como hoje existe? Que papel pode desempenhar no futuro de Portugal? [LC] O ensino pro ssional em Portugal tem uma história muito antiga. As primeiras escolas pro ssionais portuguesas são muito mais antigas do que se pensa, remontando ao tempo do Marquês de Pombal, que depois foram sendo fomentadas

responsabilidade, focalização em objectivos, disciplina, e

à medida que se iam criando políticas de desenvolvimento

também nos obriga a “ginasticar” a cabeça de uma outra

industrial. Deve-se notar que o conceito de desenvolvimento

maneira, diferente da matemática e do português, igualmente

local surge apenas nos anos 60 do século passado, existindo

importantes, mas que activam outra parte do cérebro. Isso

nessa altura uma visão do nosso país como sendo um país

também me permitiu olhar para o que são hoje as áreas de

rural, e que assim se devia manter. A pressão para a indus-

responsabilidade da Agência Nacional para a Quali cação

trialização veio tarde e num contexto em que tinha começado

de uma outra maneira, nomeadamente a compreensão da

a guerra, o que manteve o nosso país afastado dos processos

importância do ensino pro ssional e da educação e formação

de industrialização que, noutros países, já tinham começado

de adultos.

há imenso tempo. Revista EPRM # 19 | 5


[ entrevista]

Portanto, Portugal cou imune a esse movimento, e só nos anos 60 se dá um momento de expansão industrial, com a criação da Siderurgia Nacional e da C.U.F; as industrias têxtil e química ganham proeminência, começa a expandir-se a indústria metalúrgica, nas regiões de Lisboa e Águeda, começam a existir focos sérios de industrialização, que necessitavam de mão de obra quali cada que foi produzida por via da criação das chamadas Escolas Técnicas. Inicia-se assim uma nova fase do ensino pro ssional.

As Escolas Técnicas têm muito pouco a ver com aquilo que é hoje o nosso ensino pro ssional, embora muitas vezes oiçamos dizer que o abandonámos e que o ensino que se praticava antes nas escolas técnicas é que era bom, a verdade é que são diferentes. Há duas razões: a primeira é que as escolas técnicas eram claramente assumidas pelo sistema como vias secundárias ao ensino: havia os liceus, dedicados às letras, às ciências e às artes e as escolas técnicas, para formar pro ssionais, normalmente ligados ao que era predominante em cada uma das regiões onde existiam. Depois, também tinham outras perspectivas, que seriam hoje inaceitáveis, como por exemplo os concursos distintos para rapazes e para raparigas: as raparigas iam para os cursos comerciais, ou de lavores femininos e os rapazes iam para outras áreas, como a Electricidade ou Serralharia, cursos que na altura eram considerados exclusivamente para rapazes. Ainda hoje faz sentido essa seriação de género na distribuição das pro ssões. Eram cursos claramente subordinados aos cursos de primeira categoria, que eram cursos dos liceus. Em segundo lugar eram cursos que também não visavam a massi cação do ensino (somando todos os alunos que entravam nos liceus e todos os que entravam nas escolas técnicas, daria no máximo 15% dos jovens não mais do que isso, pois a esmagadora maioria cava-se pela 4ª classe). Depois do 25 de Abril houve uma crítica ao facto de haver um ensino de primeira e outro de segunda: o ensino dos liceus e o das escolas técnicas e, por isso, criou-se o ensino uni cado, que também não era para todos dado que só mais tarde é que passa a haver ensino obrigatório. Com o aparecimento deste ensino, desaparece durante alguns anos o ensino técnico. É essa a crítica que muita gente faz. Há mais ou menos 30 anos sentiu-se a necessidade, por parte das empresas, de integrar jovens quali cados, pelo que começam então a surgir as primeiras experiências, através da criação de cursos inseridos no Sistema de Aprendizagem do Instituto de Emprego e Formação Pro ssional (IEFP), que naquela altura eram cursos promovidos em grandes empresas e que hoje são promovidos nos centros do IEFP, com a colaboração das empresas no que respeita aos estágios.

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Como esse movimento dos cursos do IEFP não respondia às necessidades do mercado, nem em quantidade nem em diversidade, houve então necessidade de criar cursos pro ssionais nas escolas pro ssionais. Estes cursos tiveram um papel importante. Foram eles os responsáveis pela recuperação do ensino pro ssional, com resultados muito positivos e com o reconhecimento da sua qualidade e sucesso a nível dos resultados de empregabilidade junto dos jovens, dado que ofereciam uma oportunidade para os jovens que não queriam prosseguir estudos, ou que queriam abandonar a escola. Mas mantinham-se dois problemas: as escolas pro ssionais continuavam a estar fora do sistema escolar e o número de alunos era muito reduzido. Ao mesmo tempo, tínhamos a situação do abandono escolar precoce, que era um grande problema no nosso país, dado que estávamos muito longe dos números da União Europeia, em que as taxas de abandono escolar precoce, na ordem dos 40%, eram mais do dobro das dos restantes países. Os que estavam mais próximos, na altura a Espanha tinha 30%, estavam portanto muito longe e este era um problema gravíssimo porque estávamos a enviar para o mercado de emprego jovens sem qualquer quali cação pro ssional e sem terem completado a escolaridade obrigatória, e dos outros que seguiam para o ensino secundário, uma parte continuava a seguir estudos que lhe permitissem seguir para o ensino superior, indo os restantes para o mercado de emprego sem qualquer quali cação pro ssional. Portanto, a decisão que se tomou foi a de implementar cursos pro ssionais nas escolas públicas, desa á-las para modi carem o seu projecto, sendo que isso teve dois grandes objectivos: por um lado, aumentar a oferta de ensino pro ssional, aproveitando a rede que já existia e o modelo que já tinha sido testado pelas escolas pro ssionais e, por outro, colocar o ensino pro ssional ao nível das restantes ofertas escolares, melhorando a sua imagem, fazendo com que fossem as escolas a promovê-lo. Aliás, foi também por essa razão que se incentivaram as escolas a desenvolver Centros de Novas Oportunidades, para também valorizarem as modalidades de Educação e Formação de Adultos. Curiosamente, tudo isto foi feito sem descapitalizar as escolas pro ssionais. A verdade é que nós hoje temos quase meta-

de dos nossos alunos em vias pro ssionais, o abandono escolar precoce está a cair e cresceram praticamente todos os segmentos do sistema de ensino. Quem perdeu foram os cursos tecnológicos, mas até isso já era esperado, dado que estes não eram bem cursos pro ssionais, porque não formavam para as pro ssões. Hoje temos 120 cursos pro ssionais para oferecer por todo o país, sendo que o cursos tecnológicos eram apenas 12. Serviam para pouco,


[entrevista]

não tinham estágios, a componente tecnológica era muito fraca e tinham uma taxa de abando muito elevado. Esses cursos foram todos absorvidos pelo ensino pro ssional. É um excelente resultado, embora ainda haja muita coisa para fazer.

[EPRM] - Qual a sua opinião sobre a situação do ensino pro ssional enquanto oferta privada e enquanto oferta pública? Que tendências de evolução se per lam neste momento nesta relação e que mais-valias apresenta o actual modelo de Ensino Pro ssional? [LC] Pois bem, foi o que eu já referi: a oferta privada foi para nós a referência, dado que continuamos a tentar replicar o que de bom foi feito neste domínio. Aliás, continuamos a trabalhar com a ANESPO, sobretudo em áreas onde poderemos ainda melhorar, como é o caso, por exemplo, do Observatório das Actividades Económicas, que nos permite saber que dinâmicas existem no mercado de emprego e assim planear melhor a oferta dos cursos pro ssionais de acordo com as necessidades actuais e futuras, do mercado de emprego, da promoção de uma metodologia para o desenvolvimento de projectos educativos nas escolas e do desenvolvimento de um projecto comum de orientação ao longo da vida, virado para a educação e para o emprego, para colmatar algumas lacunas dos actuais serviços de Psicologia e Orientação existentes nas escolas. Portanto, para nós, as escolas pro ssionais privadas são uma parte importante e relevante da oferta, que estão a funcionar no seu máximo e que nos poderão continuar a oferecer elementos relevantes da sua experiência, para assim se melhorar a oferta dos estabelecimentos da rede pública de ensino.

[EPRM] - Numa época de crise generalizada, como pensa que irá evoluir a formação pro ssional de jovens? Que perspectivas tem para o futuro da formação pro ssional de jovens? [LC] A situação actual agravou-se, de facto. Mas nem tudo está em crise, nomeadamente no caso do ensino pro ssional,

onde teremos que fazer alguns ajustamentos que permitam utilizar os recursos de uma forma mais racional, mas o objectivo é claramente o de continuar a crescer. O governo aprovou a lei que institui o aumento da escolaridade obrigatória até aos 18 anos e nós temos plena consciência de que esse objectivo só se cumpre se continuarmos a crescer nestes domínios. O governo acabou de negociar com a ANESPO o modelo de nanciamento das escolas pro ssionais e, no caso das escolas públicas, iremos racionalizar um pouco mais o processo, também aqui utilizando ajustamentos retirados da experiência das escolas pro ssionais privadas, nomeadamente no que se refere à sua estrutura pedagógica. Isto porque, tal como sucedeu com o lançamento da Iniciativa Novas Oportunidades, quando se iniciou, ninguém sabia exactamente o que iria dar e o que sucedeu foi que nós tivemos que contrariar muitas ideias feitas relativamente a estes assuntos. Tivemos que provar que através da oferta de oportunidades a sério, as pessoas até querem aprender e que os jovens, se tiverem uma oportunidade nova para estudar, aproveitam-na. E isto veio a con rmar-se em muito pouco tempo. Um exemplo concreto daquilo que vos estou a tentar dizer é o facto de que a ideia de alargamento da escolaridade obrigatória já está a ser interiorizada pelos jovens, o que conRevista EPRM # 19 | 7


[ entrevista]

traria o tipo de pensamento que existia há uns anos, quando os jovens pensavam exactamente que não valia a pena estudar, dado que daí não tiravam qualquer vantagem, podendo ter acesso ao emprego sem necessitarem de estudar. Portanto, hoje em dia o que estamos a ver é que esta crise

está a destruir em massa os empregos pouco quali cados. Os postos de trabalho que estão a desaparecer são exactamente os que exigem menos que o nível secundário e as pessoas já estão a perceber isto e, por isso, estão a aderir a esta nova mentalidade. Nesta medida, penso que o contexto de crise nos obriga a investir ainda mais no ensino pro ssional, porque se espera que a crise passe e o que é preciso é saber como estaremos depois: com um país com pessoas com poucas quali cações, onde não se quer estudar nem aprender, ou, pelo contrário, iremos encontrar um país onde teremos jovens que querem aprender, que querem ter sucesso, que demonstram que são capazes, uma população quali cada. Isto porque as empresas quando decidem investir num determinado país têm que fazer estas contas e por isso esta imagem é muito importante. Portanto, quando nós sairmos da crise, o que nós queremos é que o nosso país seja muito mais quali cado.

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[EPRM] - Assim sendo, considera que nós teremos condições para exportar mão de obra quali cada? [LC] Nós já estamos a exportar mão de obra quali cada. A exportar e a importar. Porque o mundo hoje está muito mais aberto, e ainda bem! Já lá vai o tempo em que os portugueses que tinham que ir trabalhar para o estrangeiro tinham que o fazer “a salto”, e na altura eram os trabalhadores menos quali cados que aceitavam os trabalhos que mais ninguém queria. E não eram só os emigrantes portugueses, sucedia o mesmo com os de outros países. Agora são jovens com quali cações que estão aptos a competir em vários domínios, o mesmo sucedendo com os jovens que vêm para cá. Portanto, eu penso que o mundo vai ser cada vez mais aberto desse ponto de vista e eu não vejo mal nenhum nisso. O que sucede é que as quali cações irão ter sempre alguma vantagem e isso irá veri car-se em todos os contextos.

[EPRM] - Depois de terminados os Fundos Comunitários, como pensa que será efectuado o nanciamento das escolas pro ssionais privadas?


[entrevista]

[LC] Para já, não sei se os Fundos Estruturais vão acabar. Eu já ouço falar do seu m desde o primeiro Quadro Comunitário de Apoio, e já vamos no quarto. Em minha opinião, se fosse eu a decidir, tudo o que fosse despesas de funcionamento, quer das escolas privadas, quer das públicas, deveria ser remetido para o Orçamento do Estado. Já o nanciamento da União Europeia deveria ser canalizado para as despesas com instalações e equipamentos, sobretudo nas áreas técnicas e pro ssionais. Ou seja: utilizar os nanciamentos externos essencialmente para as infra-estruturas e deixaria as despesas de funcionamento para o Orçamento do Estado.

[EPRM] - O abandono escolar e a taxa de insucesso no ensino pro ssional são factores de preocupação, aparentemente devido à forma como estes cursos são desvalorizados socialmente. Como se poderão valorizar estes percursos escolares? [LC] É curioso que os cursos que nós nos habituámos a classi car como sendo os que têm mais prestígio, são os que têm maiores taxas de insucesso. Os cursos do ensino

pro ssional e do sistema de aprendizagem, que são cursos que têm alunos com uma origem social mais desfavorecida, têm melhores resultados que a maioria das vias de ensino e formação. E a tendência é para que os menos atentos pensem que é por facilitismo, porque é mais fácil! E isso é mentira, porque por vezes até são mais difíceis, com mais horas, com o desenvolvimento de competências diversas, não é só estudar. O que têm é um método de trabalho diferente, que implica acompanhamento, mais trabalho, mais horas e maior preocupação por parte dos docentes, acompanhamento pessoal durante a componente tecnológica e depois no estágio, relação entre a teoria e a prática, etc. Também existem pro ssões que são socialmente desvalorizadas, como é o caso da agricultura, onde por vezes se transmite um ideia errada do tipo de tarefas desempenhadas, que estão desfasadas daquilo que se faz num curso pro ssional dessa área. E por vezes, também depende do nome e das zonas. Por exemplo, se zermos um curso de pedreiro no sul, as pessoas não aderem e se for no norte, possivelmente já será diferente. Temos, portanto, que gerir estes aspectos simbólicos do nosso sistema de organização, porque de uma maneira geral, os

nossos jovens sabem muito pouco sobre o mundo das pro ssões e têm ideias muito erradas sobre esse mundo. Dou-vos um exemplo: sou professor do ensino superior e costumo perguntar aos alunos o que fazem os seus pais e eles sabem qual a designação da pro ssão desempenhada (médico, engenheiro, operário fabril, bancário, etc), mas não

sabem qual o conteúdo concreto dessa pro ssão, nem o tipo de tarefas, remuneração ou outros aspectos. Há um grande desconhecimento desta realidade, de como são exercidas as pro ssões e uma grande desvalorização das pro ssões manuais, que hoje em dia já não faz sentido nenhum, porque estas pro ssões já exigem o domínio de questões de ordem intelectual e as pessoas que têm pro ssões intelectuais também têm que “meter a mão na massa”, têm que trabalhar como os outros. Portanto, estas distinções começam a não ter sentido e o principal instrumento para vencer estas barreiras, estas falsas crenças e o instrumento da orientação pro ssional é uma outra coisa que deveria fazer parte da organização pro ssional e de toda a estrutura escolar, inclusive nos cursos humanísticos, é o contacto com os locais de trabalho. Era algo que valorizaria todos os cursos e todos os níveis de ensino. Porque os alunos, mais tarde ou mais cedo, terão que ir para as empresas e se não tiverem estes conhecimentos, mais di culdades terão em encontrar emprego, em integrar-se. Todo o nosso sistema de ensino deveria valorizar mais estas componentes do mundo de trabalho, inclusivamente nos cursos humanísticos.

[EPRM] - A iniciativa Novas Oportunidades é considerada por alguns autores como uma “revolução silenciosa”, sendo actualmente objecto de um olhar diferenciado e entusiasmado por parte das agências internacionais (em termos de políticas públicas de educação e ensino). Enquanto decisor político e cientista social, como avalia este “fenómeno? [LC] As instâncias internacionais olham normalmente para o que se passa em Portugal com algum espanto e com algum cepticismo, questionando-se “mas será que é mesmo assim”, e só se convencem quando vêm ver. No caso da Iniciativa Novas Oportunidades, nós temos sempre países que querem saber o que aconteceu, como é que isto disparou, como é que estamos a trabalhar, e portanto as instâncias internacionais acompanham, fazem uma avaliação, vêm cá, estudam, analisam as estratégias e detêm uma opinião sobre o que está a acontecer e dizem-nos, de uma maneira geral que, nalmente, se está a fazer aquilo que já se deveria ter feito há muito tempo. E em Portugal há um fenómeno que é incontornável, é que os diplomas escolares, como eram raros, tinham muito valor e a democratização do acesso a diplomas escolares está a gerar uma reorganização social porque já não há tanta diferença de estatuto entre quem tem e quem não tem diploma. Portanto, quem tem, sente que, de alguma

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[entrevista]

forma, está a perder o monopólio. E esse tipo de sentimentos são aproveitados por pessoas que fazem parte de uma elite, que nunca tiveram di culdades para poderem estudar e que tendem geralmente a desvalorizar outras maneiras de aprender, de ensinar, outras maneiras de demonstrar que têm conhecimentos não consagrados por uma escola ou academia. Esse é um factor a considerar, mas há outros, nomeadamente a familiaridade que as pessoas têm com os processos, a di culdade que é explicar às pessoas que a nal interessa principalmente avaliar os resultados da aprendizagem e as competências que as pessoas têm, e que isso é mais importante que levar as pessoas obterem aquelas competência durante anos, isso não entra facilmente na mentalidade das pessoas. Portanto há também muitas pessoas que, por razões de falta de familiaridade com estes novos mecanismos têm tendência para descon ar das coisas novas. Quer dizer que há aqui uma mistura do desconhecimento do que é novo e do que não se compreende muito bem, e isto provoca uma certa aleivosia, uma certa tentativa de conservar o monopólio por parte de quem estava instalado sob os seus diplomas. Mas eu também penso que, com o tempo, esta mentalidade irá mudar, até porque eu tenho neste momento alunos na universidade que regressaram agora à escola e o que aconteceu com eles foi que esse regresso lhes fez bem e que descobriram as coisas que sabiam, o gosto de aprender outra vez, descobriram que a nal até sabem, que até são capazes de ensinar os seus lhos e depois já não querem parar. E isso é o objectivo da Iniciativa Novas Oportunidades, não é

só que as pessoas terminem um determinado nível de ensino, é criar um sistema de aprendizagem ao longo da vida no nosso país. E portanto, a maneira como reajo é aceitando que não há sistemas perfeitos, todos têm imperfeições e por isso temos que estar permanentemente a corrigir e a melhorar. Mas, de um modo geral, o actual sistema funciona e é rigoroso. E a razão pela qual os cursos pro ssionais estão classi cados como cursos de nível 4 e os cursos cientí co-humanísticos classi cados como nível 3 é porque se entende que os referências de competências-chave que se utilizam exigem maior número, mobilização e diversi cação de competências, que os dos cursos cientí co-humanísticos. Em suma, respondo de duas maneiras: primeiro, que estamos conscientes de que o sistema é valioso, que é sério, é acompanhado e avaliado de muito perto; depois, que temos noção de que nem todas as pessoas o compreendem e, dada a sua dimensão, irá exigir algum tempo até que se limem certas arestas e, tal como em outras situações, temos o sistema e os seus inimigos, aqueles que não percebem que

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as quali cações são como o fogo, quanto mais se dá, mais há, portanto ninguém perde e ganha o país.

[EPRM] - Neste âmbito (INO), e mais especi camente no processo de Reconhecimento, Validação e Certi cação de Competências (RVCC), uma das críticas mais comuns é o facto de as pessoas serem avaliadas pelo que sabem e não pelo que aprenderam. Concorda? Muitos dizem que a iniciativa só serve para dar diplomas. É assim? [LC] Não é verdade. Vamos ver isso por partes. Em primeiro lugar, dizer que as pessoas são avaliadas por aquilo que sabem não é propriamente mau. É preciso avaliar exactamente aquilo que as pessoas sabem. Em segundo lugar, o que os estudos de avaliação mostram é que, embora os RVCC estivessem inicialmente vocacionados para que as pessoas demonstrassem aquilo que foram adquirindo como conhecimento ao longo da vida, acabam por produzir muitos novos conhecimentos que as pessoas não tinham, quer porque a maior parte das pessoas acaba por fazer formação complementar, quer porque há o fenómeno da própria consciencialização daquilo que se sabe e não se sabe, levando as pessoas a procurar aprender mais. Os estudos efectuados pela Universidade Católica, coordenados pelo Professor Roberto Carneiro demonstram claramente que há aumentos do conhecimento em quase todos os domínios das competências básicas, quer de nível básico, quer secundário. Sentem-se mais preparadas, e têm de facto mais conhecimentos numa série de áreas.

[EPRM] - No actual contexto socioeconómico, parte das medidas estratégicas assentam em pressupostos (quantidade, qualidade, mudança e transformação) onde a dimensão e os efeitos de escala continuam a ter um papel preponderante. Que opções /saídas se poderão colocar num futuro próximo às populações jovens afastadas dos grandes centros urbanos, das zonas interiores, onde estes efeitos não são tão evidentes e onde a oferta educativa/formativa acaba por ter um custo acrescido? [LC] As escolas e as entidades formadoras têm que olhar para aquilo que é a oferta de emprego da sua região e organizar a oferta formativa em função dessas saídas pro ssionais. Mas não devem car por aí. Porque teremos também que pensar em termos de futuro e há pessoas que não vão rentabilizar imediatamente aquilo que aprenderam, mas irão fazê-lo mais tarde. Agora, obviamente que o problema da depressão das


[entrevista]

zonas rurais é grave e não se pode pensar que se resolve só com a educação. A educação só dá um contributo, na medida em que ajuda a quali car as empresas que ainda lá existem, a criar uma ou outra iniciativa empresária através da educação para o empreendedorismo, mas não se pode pedir à educação que faça tudo. Nomeadamente não se pode pedir à educação que pare a deserti cação do meio rural. Já é um contributo fazer com que alguns jovens quem na sua terra, criem o seu próprio emprego ou requali cando as empresas que os pais tinham. Mas eu não acredito que se continue a ter um povoamento como aquele que temos tido até o momento, que é bastante atípico; penso que a evolução se irá efectuar no sentido da concentração urbana, tal como tem sucedido com outros países. Penso que compete a cada escola e a outros agentes

locais, como as autarquias e as empresas, decidir qual a oferta que devem promover em cada local. Não seremos nós, a nível central, que temos, de facto, estudos exploratórios que nos dizem quais são as áreas que estão em crescimento no país e as que não se justi ca continuarem a ser oferecidas no país, mas o trabalho que nós aqui fazemos não substitui o trabalho que deve ser feito a nível local, por quem lá está, sobretudo pelas autarquias, que podem ter um

papel muito importante neste domínio. No entanto, penso que em Portugal, a área das comunicações e da energia estão claramente em expansão, tal como a área de hotelaria / turismo e serviços pessoais. Depois há um conjunto de pequenos nichos, como é o caso da Nanotecnologia e da Electrónica, que continuam a ser áreas necessárias em todo o lado, ainda que não sejam áreas em grande expansão.

[EPRM] - Que mensagem gostaria de transmitir aos jovens que hoje frequentam a Escola Pro ssional de Rio Maior? [LC] Em primeiro lugar, que tenham orgulho na vossa terra, na terra onde estudam, porque é uma terra muito simpática. Em segundo lugar, que tenham consciência de que a vida não está fácil, mas que também nunca esteve e que, ao contrário do que algumas pessoas dizem, as competências e a escolaridade não dão tudo, hoje em dia não basta ter um diploma escolar para que a vida que logo resolvida, mas sem esse diploma e sem esse esforço contínuo de continuar a aprender, não se vai a lado nenhum e “não se passa da cepa torta”. O que eu desejo é que estudem muito, trabalhem muito e já agora, que se divirtam!

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[ ensino pro ssional]

O papel dos Estágios na Formação Tecnológica Num mundo cada vez mais global, em que a mudança é constante e inevitável, as exigências do mercado de trabalho são hoje substancialmente diferentes do que eram no passado. Neste contexto, coloca-se a questão: será que estamos a ser capazes de formar jovens com as competências necessárias? Esta é a questão que todas as instituições de ensino se devem colocar, de modo a de nirem uma missão e uma visão estratégica que vá ao encontro das actuais e futuras necessidades. O modelo das escolas pro ssionais, hoje um modelo já amadurecido, tem provas dadas de que é capaz de criar valor, formando e preparando jovens para o actual mercado de trabalho. Sem qualquer dúvida, o nosso país precisa, e muito, de técnicos intermédios com as competências adequadas para exercer a sua pro ssão de forma e ciente e empenhada. Não bastam apenas pessoas com formação dita ‘superior’. Com o incremento das exigências do mercado de trabalho, em que são as pessoas que fazem a diferença numa organização, antes das competências técnicas, são cada vez mais valorizados os aspectos comportamentais, tais como motivação, empenho, relacionamento interpessoal, carácter, integridade, respeito pelo próximo e pela sociedade. Sendo valores que advêm da proximidade e do acompanhamento que se faz a cada aluno individualmente, são naturalmente um dos pilares da formação existente neste modelo de ensino. Não obstante, qualquer modelo de ensino para ser bem sucedido não pode estar fechado ao exterior. Qualquer escola que queira formar jovens de acordo com as necessidades do mercado de trabalho, tem de ter a capacidade e abertura de chegar às empresas e de levar as empresas até si. É preciso ouvir, captar, entender e discutir as suas necessidades, sempre com a consciência de que a realidade de hoje não será certamente a mesma de amanhã. Com a actual conjuntura económica, em que a taxa de desemprego é cada vez mais elevada, não se pode correr o risco de ministrar formação só porque sim! É preciso fazê-lo em consonância com a realidade actual. Também aqui as Escolas

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Pro ssionais (e a Escola Pro ssional de Rio Maior é disso um excelente exemplo), têm demonstrado capacidade de iniciativa e abertura para ter como parceiros de formação as empresas da região em que se inserem, proporcionando uma oferta formativa que tem em conta as necessidades do tecido empresarial. No entanto, neste âmbito é também fundamental que as empresas estejam receptivas a colaborar, a dar opinião e a participar! É importante não se esquecerem que a sua colaboração hoje, será com certeza recompensada amanhã, com a possibilidade de recrutarem pessoas bem formadas, com as competências técnicas adequadas e capazes de contribuir para o desenvolvimento das instituições onde trabalham. Em jeito de conclusão, dois aspectos a relevar: 1) Formar jovens não é só dar-lhes competências técnicas, é capacitá-los com as aptidões necessárias para desempenharem bem uma função num mercado altamente competitivo, exigente e em contínua mudança. 2) As empresas e as escolas têm inevitavelmente de estar associados num projecto comum: criar bons pro ssionais.

Drª.Sónia Ferreira Directora Financeira RodoTejo


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Modelo de Financiamento POPH Quando nos foi solicitado um artigo com este título, a nossa primeira preocupação foi a de fazer um texto que não se circunscrevesse a fazer referência aos diplomas legais existentes. Na medida em que todos os modelos de nanciamento provenientes do Estado têm o seu enquadramento legal, a abordagem legislativa é incontornável. É ela que determina a forma de apuramento dos montantes dos subsídios, os momentos dos pagamentos e até a forma de as instituições constituírem os seus dossiês pedagógicos e nanceiros, sendo estes sujeitos a inspecções para determinar sobre a legitimidade dos subsídios atribuídos. Esta norma obriga a uma permanente adaptação da organização administrativa dos serviços para o integral cumprimento dessas disposições e, assim, não correr o risco de, em caso de incumprimento, ter de devolver subsídios recebidos, o que seria grave, tendo em consideração que colocaria em causa o equilíbrio nanceiro da instituição e dele depende a sua própria sobrevivência. Tudo isto para tentar fazer o leitor perceber que a EPRM, completando 19 anos de actividade em Outubro deste ano, foi obrigada a adaptações aos vários modelos de nanciamento, de complexidades variadas mas a que temos sabido dar resposta apropriada. Abstendo-nos de fazer o enquadramento de toda a legislação a que estivemos sujeitos, não resistimos a deixar de fazer um pouco da ‘nossa’ história: Os cursos ministrados desde a criação da escola, no ano lectivo 1992/1993, foram nanciados pelo Fundo Social Europeu e pelo Estado Português, através dos orçamentos dos Ministérios da Educação e da Segurança Social. Durante este anos, a EPRM foi nanciada no regime de custos reais (reembolso das despesas elegíveis) e os alunos tiveram direito a apoios para a alimentação, transportes e alojamento, embora tivessem de pagar propinas mensais. A partir do ciclo de formação 2003/2006 as escolas da Região de Lisboa e Vale do Tejo (RLVT), onde Rio Maior está inserido, deixaram de estar abrangidas pelos fundos comunitários. A EPRM passou a ser nanciada exclusivamente pelo Estado Português, através do orçamento do Ministério da Educação, pelo regime de custos unitários, ou seja, subsídios atribuídos por turma e por ano escolar e que variavam

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consoante a tipologia do curso. Por sua vez, os apoios aos alunos da EPRM caram limitados àqueles que são concedidos pela Acção Social Escolar (acesso a refeitório público e apoio para aquisição de material escolar por alunos carenciados), no entanto, também deixaram de pagar propinas. Já com o ano lectivo de 2010/2011 a decorrer, fomos surpreendidos com uma substancial alteração do modelo de nanciamento das escolas pro ssionais localizadas nas NUT’s do Oeste, Médio Tejo e Lezíria do Tejo. A questão da redução do de cit e do equilíbrio das contas públicas levou a que o governo transferisse a responsabilidade do nanciamento destas escolas para o programa comunitário designado por Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), através do Programa Operacional do Potencial Humano (POPH), na Tipologia de Intervenção 1.2 - Ensino Pro ssional. Esta alteração envolveu grande complexidade por ter obrigado a criar legislação especí ca (1) que só cou concluída no nal de 2010! Estas alterações implicaram impactos a vários níveis na vida da EPRM, que passamos a relatar: a) O nanciamento passou a ser assegurado em 70% por fundos comunitários (Fundo Social Europeu), cando a contribuição pública nacional a cargo do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social; b) O montante dos apoios concedidos é calculado numa situação mista de custos unitários (encargos gerais de funcionamento) e de custos reais (encargos com os formandos); c) Os custos unitários resultam de uma tabela de valores (2) atribuídos por turma e por ano escolar e que variam consoante a tipologia do curso; d) Os encargos com os formandos, que obrigaram à apresentação de uma Candidatura para o ano lectivo (3), destinam-se a apoiar nanceiramente os alunos ao nível da alimentação, transportes e alojamento. São suportados pela EPRM e reembolsados com a apresentação de listagens de todos os apoios pagos aos alunos. Em jeito de conclusão, não podemos terminar este artigo sem


[ ensino pro ssional]

deixar duas notas que nos parecem de enorme importância referir: 1.ª) Os apoios concedidos aos alunos não são obrigatórios, ou seja, as instituições são livres de decidir sobre a sua concessão. O Conselho de Gerência da EPRM, ciente das di culdades que o nosso País atravessa e que, infelizmente são notícia de todos os dias, não quis deixar passar a oportunidade de apoiar os alunos, contribuindo assim para amenizar as suas di culdades e até as das suas famílias. Repare-se que, embora tratando-se de uma escola pequena, esta decisão permite injectar, num ano lectivo, mais de duzentos mil euros nos orçamentos familiares e, consequentemente, na economia local. 2.ª) No início deste ano foi publicado um diploma legal (4) que vem efectuar alguns ajustamentos e alterações ao regime actual revendo em baixa alguns dos limites de custos máximos, considerando a conjuntura económica que o País atravessa e a necessidade de assegurar a continuidade dos apoios durante todo o período de programação 2007-2013. Estes ajustamentos serão aplicados a partir do próximo ano lectivo e terão os seguintes re exos nos apoios concedidos aos alunos: • Subsídio de refeição: só será atribuído nos dias em que o período de formação seja igual ou superior a três horas; • Subsídio de alojamento e segundo subsídio de refeição: es-

tes subsídios, atribuídos quando a localidade onde decorra a formação distar 50 km ou mais da localidade da residência do formando ou quando não existir transporte colectivo compatível com o horário da formação, passam a car condicionados a uma autorização, caso a caso, da autoridade de gestão do POPH e só será deferida no caso da inexistência das mesmas ofertas formativas na região de origem dos formandos. Os próximos tempos obrigarão a contenção de despesa por parte de todos e a EPRM, como vemos, também será afectada. São contingências a que teremos de dar resposta pela positiva, ou seja, praticar a prudência na gestão para não comprometer o futuro da nossa Escola. João José Bentes da Silva Director Administrativo e Financeiro da EPRM

(1) Decreto Regulamentar 4/2010, de 15/10; Portaria 1009-A/2010, de 1/10; Despacho do Ministério da Educação n.º 18173/2010; Despachos do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social n.ºs 16738 e 18619/2010. (2) Publicada no Despacho do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social n.º 18619/2010. (3) Aviso de abertura de candidaturas POPH n.º 20/2010, que decorreu entre 27/09 e 27/10/2010. (4) Despacho Normativo n.º 2/2011 de 11 de Fevereio.

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Desenho Técnico, Linguagem Universal Desde sempre, o Homem teve necessidade de comunicar. Primeiramente, esta necessidade originou a linguagem falada que mais tarde foi complementada com a expressão grá ca. Como se sabe, as primeiras tentativas de comunicação por escrito zeram-se por meio de desenhos. Estes desenhos foram progressivamente sendo cada vez mais simpli cados e esquemáticos conduzindo a uma escrita ideográ ca como são exemplos os hieróglifos ou a escrita chinesa. Por sua vez, estas escritas ideográ cas cederam às escritas com alfabeto pelo facto de estas serem mais práticas e de simples aprendizagem. No entanto, o Desenho não perdeu a sua posição de meio de expressão e continuou a ser utilizado paralelamente à escrita para exprimir muitas ideias. É o Desenho que, muitas vezes, consegue uma e cácia maior que a expressão falada ou escrita. Quantas vezes na exposição de um assunto recorremos ao gesto, que não é mais que uma forma não concretizada de desenhar? Ou até mesmo optamos por desenhar para tornar a ideia mais clara? O Desenho é uma linguagem, e como tal tem uma gramática, uma ortogra a e caligra a próprias, cujo estudo é cada vez mais necessário para quem pretenda ler e escrever correctamente essa linguagem universal. Podemos até falar de dois tipos de desenhos: o Desenho Ar-

tístico, que possibilita uma ampla liberdade de apresentação e é subjectivo na sua abordagem e leitura e o Desenho Técnico onde essa liberdade não existe e onde não é permitida qualquer ambiguidade. As regras do Desenho Técnico estão, por isso, bem de nidas e tiveram as suas origens há milhares de anos. Temos conhecimento de desenhos de projectos dos povos Egípcios e Mesopotâmicos assim como de inúmeros testemunhos Romanos para construção de aquedutos, fortalezas e diversos edifícios. O principal problema que permaneceu durante muito tempo na execução destes Desenhos Técnicos foi a di culdade de representar com rigor a tridimensionalidade dos objectos. Só no séc. XV, com os ensaios de Leonardo da Vinci ( g.1), esse problema começou a ser ultrapassado não só com os estudos efectuados mas também pelos seguidores que obteve. Posteriormente foi Gaspar Monge que ao introduzir a Geometria Descritiva lançou as bases dos sistemas de representação que ainda hoje se utilizam quer seja no desenho manual ou assistido por computador. Os princípios de representação em Desenho Técnico visam cada vez mais a uniformizarem-se nos diferentes países, criando-se assim uma verdadeira linguagem internacional. Esta linguagem internacional é marca do progresso material da vida moderna e está intimamente relacionada com o desenvolvimento da sociedade. Para construir um automóvel é necessário não só desenhar com todo o pormenor, mas também desenhar a maquinaria onde vão ser construídas as peças que o compõem. O mesmo se pode dizer para o mais variados objectos presentes no nosso quotidiano. Quer façamos Pontes ou apenas Al netes, o Desenho Técnico será sempre a ferramenta comum a todos. Quer sejamos Arquitectos, Engenheiros ou Designers, o papel do Desenho Técnico será sempre preponderante na nossa vida e intervirá em todos os sectores da actividade humana.

Anabela Figueiredo Arquitecta

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[ ensino pro ssional ]

Empregabilidade e Quali cação Pro ssional Os alunos do Ensino Pro ssional têm maior garantia de em-

nossos parceiros europeus. Os países mais industrializados

pregabilidade do que os estudantes que terminam o Ensino

têm, em média, cerca de 70% de alunos em cursos de for-

Secundário pela via do prosseguimento de estudos e supe-

mação pro ssional.

ram, mesmo, a taxa de emprego dos licenciados. Para os alunos que, ndo o 9.º ano de escolaridade, procu-

9% de Abandono Escolar

ram uma alternativa ao sistema regular de ensino, os cursos pro ssionais são o primeiro passo para ingressar no mercado

No caso particular da EPRM, desde que abriu portas, em

de trabalho, já que atribuem uma quali cação nível IV, isto é,

1992, já registou 1.606 alunos inscritos, uma procura por

quadro técnico intermédio.

parte destes e das respectivas famílias muito superior à

O tecido empresarial português é composto, em grande par-

oferta, o que ca atestado pela capacidade de absorver

te, por pequenas e médias empresas, sobretudo nas zonas

apenas 1.059 destes candidatos. Isto signi ca que a taxa de

interiores do país, que não têm capacidade para suportar

procura global, dos últimos 18 anos, foi de 152%. Registe-

muitos pro ssionais licenciados nos seus quadros. Estas

-se, igualmente, que a taxa de abandono global, no mesmo

empresas necessitam de pessoas que saibam coordenar

período, não chegou a atingir os 9%.

as actividades e, simultaneamente, as saibam executar. Os técnicos intermédios são os pro ssionais mais adequados porque sabem fazer ambas as coisas: coordenar e executar. Contudo, o Ensino Pro ssional carece, ainda, de uma aceitação plena da sociedade, dado que, não poucas vezes, os pais ainda tendem a olhar este tipo de ensino como sendo de segunda qualidade. Uma visão que é preciso alterar com uma mudança de mentalidades.

Muitas vezes sonha-se com a carreira pro ssional dos lhos, passando esta obrigatoriamente pelo ensino universitário, que nem sempre é sinónimo de empregabilidade.

92,6% de Sucesso Escolar

O Ensino Pro ssional cumpre uma missão nobre na sociedade

Na EPRM, a loso a pedagógica passa por combater tenaz-

portuguesa: evita o abandono prematuro da escola, por opção

mente o absentismo, a exclusão e, consequentemente, o

ou por exclusão. Assim, é justo considerar o Ensino Pro ssio-

abandono escolar que era, até há bem pouco tempo, um

nal como um veículo promotor do sucesso escolar, pois per-

verdadeiro agelo local e nacional, capaz de envergonhar o

mite aos alunos desenvolverem os seus talentos individuais e

país, quando comparadas as estatísticas com as dos nossos

contribuir para a diminuição das taxas de abandono escolar.

congéneres do chamado mundo desenvolvido. A perseve-

Em Portugal, a via pro ssional do secundário ainda absorve

rança e a dedicação de todos os colaboradores da Escola

menos de metade dos alunos, pelo que estamos longe dos

deram resultados pedagógicos bastante positivos, traduzidos

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[ ensino Pro ssional]

através de um Sucesso Escolar inquestionável, atestado por

A EPRM tem como meta principal a formação e a quali cação

uma Taxa Global Média de 92,6%, isto é, desde a abertura

de jovens para o ingresso na vida activa, procurando garantir,

da Escola 92,6% dos módulos foram realizados com sucesso.

em cada ano lectivo, a con ança de toda a comunidade, apresentando uma Oferta Formativa que vá ao encontro

Até ao término do último ciclo de formação, o de 2007-2010,

das reais necessidades do tecido empresarial, bem como

dos 1331 alunos que haviam procurado a EPRM e se ins-

corresponder aos anseios dos alunos e respectivas famílias.

creveram, apenas 831 foram admitidos, distribuídos por 47

A título de exemplo, todos os anos é aplicado um inquérito

turmas de 21 cursos diferentes. Destes, 759 concluíram a

de levantamento de necessidades formativas a uma amostra

formação (91,3%), 551 dos quais como diplomados (72,6%)

de empresas e, no início do 2.º trimestre de cada ano lectivo, leva-se a efeito um estudo junto dos alunos do 9.º ano de escolaridade das escolas básicas da região. Com este tipo de procedimento, a EPRM espera contribuir para o desenvolvimento dos interesses económicos do concelho de Rio Maior e da região envolvente.

Formação em Contexto de Trabalho A Escola Pro ssional de Rio Maior elege o estágio como prioridade na Formação em Contexto de Trabalho (FCT). Como modo elementar da FCT, o estágio permite a experimentação e mobilização de competências num determinado ramo ou

91,3% de Empregabilidade

área de actividade, fomenta o trabalho em equipa e remete o aluno para uma perspectiva mais concreta do mercado de

Dos 551 alunos acima referidos, que chegaram ao m do

trabalho, sendo uma forma, por excelência, de aquisição de

respectivo ciclo de formação diplomados, 381 estavam

"saberes ser-estar-fazer" complementares da formação teóri-

empregados (69,2%), 122 tinham prosseguido estudos em

ca. Assim, podemos dizer que a FCT é vista, na EPRM, como

Cursos de Especialização Tecnológica (CET’s) ou para Ensino

um processo fundamental para a qualidade da formação

Superior (22,1%) e 48 encontravam-se noutras situações.

ministrada, como a consolidação da formação e a interligação

Estes dados signi cam que, na EPRM, a taxa de sucesso nas

com o mercado de trabalho.

saídas pro ssionais é de 91,3%, incluindo aqui os alunos que

Os números da FCT na EPRM são os seguintes:

se dirigiram para o mercado de trabalho e os que optaram por prosseguir estudos.

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[ ensino pro ssional ]

Desempenho Ambiental na EPRM A Escola Pro ssional de Rio Maior (EPRM) procedeu pela primeira vez à inscrição no Programa Eco-Escolas. Este é um programa internacional que pretende encorajar acções e reconhecer o trabalho de qualidade desenvolvido pela escola, no âmbito da Educação Ambiental/Educação para o Desenvolvimento Sustentável. O Programa é coordenado na escola, através do professor coordenador Pedro Guedes, a Nível Nacional pela ABAE (www. abae.pt), com o apoio da Comissão Nacional do Projecto e a Nível Internacional (http://www.eco-schools.org) pela Fundação para a Educação Ambiental (Fee). A implementação deste programa prevê a realização e execução de sete passos: (i) criação do Conselho Eco-Escola que tem como objectivos: assegurar que os outros seis elementos são adoptados planeando a sua implementação; assegurar a participação activa dos alunos no processo de decisão do Programa; assegurar que as opiniões de toda a comunidade escolar são tidas em consideração e, sempre que possível, postas em prática; estabelecer a ligação com a estrutura de gestão da escola e com a comunidade local; assegurar a continuidade e qualidade do Programa. (ii) Auditoria Ambiental pretende constituir uma ferramenta de diagnóstico mas também de avaliação. Em primeiro lugar, procurar-se-á, no inicio de cada ano, caracterizar a situação existente para identi cação do que necessita de ser corrigido e/ou melhorado. Só conhecendo a situação de referência (diagnóstico) se podem de nir objectivos realistas. No nal do ano deverá ser realizada nova auditoria, por forma a poder avaliar a evolução relativamente à situação de referência evidenciando-se assim os progressos efectivos, os pontos fracos e os pontos fortes. Esta avaliação servirá simultaneamente de ponto de partida para o Programa a desenvolver no próximo ano. Os resultados da auditoria ambiental deverão ser divulgados na escola. (iii) Plano de Acção deve ser encarado como um guia exível de implementação de um conjunto de acções articuladas de forma coerente. Deve igualmente prever a forma de articulação das actividades nos diferentes grupos-turma, constituindo por outro lado a âncora de abordagem do Programa em termos temáticos. (iv) Monitorização e Avaliação é uma componente importante em todo o processo e é uma das tarefas que o Conselho Eco-Escola deve coordenar. As metas estabelecidas, quando atingidas, devem ser celebradas com entusiasmo. As avaliações menos positivas servem igualmente para tirar conclusões dos factores que a isso conduziram e reformular estratégias. (v) Trabalho Curricular, ou seja, articulação entre as actividades previstas e os diversos anos e currículos escolares, de forma a coordenar a implementação do Programa com o trabalho a desenvolver nas disciplinas. (vi) Informação e

Envolvimento da Escola e da Comunidade Escolar - quando informada e sensibilizada para os objectivos e trabalho desempenhado no âmbito do Eco-Escolas, a comunidade poderá constituir igualmente um recurso para a execução do Programa. E por m (vii) Eco-código que corresponde a uma declaração de objectivos traduzidos por acções concretas que todos os membros da escola devem seguir. O Programa Eco-Escolas pwermite a selecção de temas base, temas do ano e temas complementares, consoante os problemas e necessidades de cada instituição de ensino. Assim, a EPRM considera mais urgente abordar a problemática de separação de resíduos (muitos são considerados matérias primas secundárias), energia, biodiversidade da escola e da região, e por m espaços exteriores. A comunidade escolar que inclui a direcção, a direcção pedagógica, os professores/formadores, os auxiliares de acção educativa e os alunos, em conjunto com as entidades locais, designadamente, o Município, a Freguesia de Rio Maior, a GNR, a Valorsul S.A., a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Rio Maior, Águas do Oeste e o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros aprovaram em Conselho Eco-Escolas metas que se aspiram atingir este ano lectivo. Assim, nos espaços exteriores ansiamos criar mais um compostor, criar uma cortina arbustiva com a plantação de uma sebe e melhorar o estacionamento no interior da EPRM com a delimitação dos espaços e criação de uma cobertura para sombra. Ao nível da energia, pretende-se sensibilizar e diminuir consumos para melhorar a e ciência energética na EPRM, para além da participação em concursos nacionais de “protótipos de energia” e “BD da energia”. Para os resíduos, aumentar-se-á a taxa de separação das matérias-primas secundárias de forma a reencaminha-las para reciclagem. Por último, mas não menos importante, e porque o concelho de Rio Maior é a porta sul de entrada no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, pretende-se identi car as plantas no recinto e caracterizar as outras espécies que co-habitam com a comunidade escolar no espaço da EPRM. Estes objectivos deverão ser concretizados até ao próximo mês de Junho, altura em que deverá proceder-se à candidatura ao galardão para posteriormente a EPRM poder hastear a Bandeira Verde, símbolo do Programa. Pedro Guedes Coordenador do Programa Eco-Escolas

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[a nossa escola – projectos e actividades]

Ao primeiro SINAL (in)Formar A formação pessoal e o crescimento individual são indispensáveis ao desenvolvimento de todos nós, inseridos num meio familiar e social, numa cultura, numa escola. As escolas devem formar crianças e jovens no sentido de serem adultos competentes e responsáveis, que possam vivenciar a sua liberdade em consciência. A Escola Pro ssional de Rio Maior (EPRM) tem procurado, desde sempre, formar, informar e clari car todos os jovens que a frequentam, indicando-lhes caminhos e dando-lhes opções, de modo a torná-los competentes, aptos e capazes de assumir as suas escolhas. A EPRM é uma escola com um ambiente saudável, onde “moram” adolescentes e jovens, num sistema aberto, capaz de os ouvir sem recriminar, sem humilhar e especialmente sem expor ao ridículo aquilo que é uma vida cheia de experiências novas, escolhas e onde o afecto é primordial. É neste contexto que surgem encontros cuja meta é o esclarecimento e a informação aos alunos, no que diz respeito às suas dúvidas e crenças relativamente aos seus problemas. São di culdades que afectam qualquer indivíduo mas que começam a surgir na idade da adolescência. Assim, na EPRM, acima de tudo, conversamos com os jovens, quando percebemos que nos cabe falar e calamo-nos para os ouvir, quando se impõe escutar para, posteriormente, esclarecer e suprimir todas as incertezas, sempre com uma atitude assertiva. Ponderar sobre o futuro e orientar é uma postura que a escola promove constantemente. Mais uma vez, este ano lectivo não foi excepção! Por isso, realizaram-se sessões de esclarecimento sobre Sexualidade e Depressão e Suicídio, na Adolescência. Estas sessões tiveram como objectivos: • Proporcionar aos alunos um ambiente saudável de diálogo, com técnicos externos à escola; • Propiciar aos alunos o “saber mais” dos temas abordados (sexualidade, depressão e suicídio); • Formar agentes de mudança no seio de comportamentos cívicos mais correctos e adequados; A temática destes encontros não surgiu ao acaso. Para que os alunos tivessem uma par ticipação mais activa nas referidas sessões, elaborou-se um

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questionário, que permitiu aferir as temáticas preferenciais dos alunos e que gostariam que fossem abordadas em sessões de esclarecimento. Desta forma, surgiram questões como a Sexualidade e A Depressão e o Suicídio na Adolescência; acrescentam-se sempre as questões relacionadas com a Toxicodependência e desde algum tempo a esta parte, as questões relacionadas com Bulliyng. No entanto, as sessões de esclarecimento sobre Sexualidade e Toxicodependência fazem parte do plano de actividades anuais da escola, estando portanto, pré-de nidas. As sessões relacionadas com a To x i c o d e pendência foram abordadas em dois momentos distintos. Num desses momentos esteve presente um elemento da Escola Segura que realizou um colóquio para todos os alunos da EPRM.

Num segundo momento, com sessões turma a turma, esteve presente, na escola, uma equipa de Técnicas do Centro de Respostas Integradas (CRI) de Santarém. Para abordar a te m á t i c a da Sexualidade, contámos com a presença da E n fe r m e i r a Gabriela Sim-


[a nossa escola- projectos e actividades]

para a aquisição de novos saberes, estilos de vida saudáveis e reforçar a responsabilidade das opções de cada um.» A Sessão de Esclarecimento sobre Depressão e Suicídio na Adolescência foi um momento de extrema importância no que diz respeito à formação que a EPRM proporcionou aos seus alunos e contou com a mediação da Psicóloga Clínica Elsa Correia, membro da Unidade de Cuidados na Comunidade de Rio Maior.

plício (da Unidade de Cuidados na Comunidade de Rio Maior), que aproveitou estas sessões para divulgar também o serviço de atendimento que a Escola disponibilizou no Gabinete do Aluno para esclarecimento de quaisquer dúvidas existentes. Na opinião da Enfermeira Gabriela «O investimento na promoção da saúde e estilos de vida saudáveis junto dos jovens é uma das estratégias mais e cazes para obter ganhos em saúde a médio e longo prazo. Assim, como enfermeira de

Saúde Comunitária e integrando a Unidade de Cuidados na Comunidade de Rio Maior, faz todo o sentido participar e colaborar com a escola, realizando algumas sessões de Educação para a Saúde, neste caso sobre a temática “Sexualidade”. Procurei transmitir uma visão mais abrangente do conceito sexualidade dando resposta às principais dúvidas dos jovens, prestando informações sobre planeamento familiar (métodos contraceptivos), orientando os jovens para a tomada de decisões conscientes e responsáveis, contribuindo para a prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis e para a prevenção da gravidez na adolescência, uma vez que é normalmente nesta fase de desenvolvimento que surgem as primeiras experiências sexuais. Foi sem dúvida, uma oportunidade para esclarecer alguns mitos e preconceitos que ainda persistem, procurando contribuir

Foram sessões bastante dinâmicas e interactivas, facultando aos alunos o contacto com realidades mais ou menos distantes das suas. A Psicóloga Elsa Correia diz-nos que «foi bom perceber que ainda há adolescentes interessantes e interessados em aprender e re ectir sobre temáticas que tanto lhes dizem respeito. Foi menos bom perceber que entre tantos alunos alguns se enquadram num quadro depressivo e que tal como a teoria me ensinou, di cilmente irão pedir ajuda antes de se “perderem” no caminho sinuoso que é a vida. Porque caminhar sozinho é mais difícil do que caminhar acompanhado». O trabalho das sessões de esclarecimento na EPRM tem ainda um longo caminho a percorrer, é necessário inovar no que diz respeito aos temas já abordados, como os da Sexualidade e da Toxicodependência e é fundamental ir ao encontro de outros temas, também eles de grande importância, enunciados pelos nossos alunos. São assuntos que marcam a diferença entre uma sociedade formada e informada, a questão do Bullying, da Violência Doméstica e com Crianças, até mesmo passando por questões como o Desemprego, a Crise, os Perigos da Internet, entre muitos outros que vão surgindo todos os anos com novos alunos e novas turmas. Continuar, inovar, criar foram e serão sempre as ferramentas de trabalho para organizar e realizar estas sessões formativas e de esclarecimento da Escola Pro ssional de Rio Maior.

Sónia Duarte Técnica do GAT

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[ a nossa escola ]

Ano Lectivo 09/10 em imagem

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[ a nossa escola – projectos e actividades]

Conselho de Delegados da EPRM O conselho de delegados da EPRM é constituído pelos delegados e subdelegados das dez turmas que integram a Escola Pro ssional de Rio Maior. O conselho de delegados tem como objectivo principal dinamizar o ambiente escolar, promovendo actividades sempre que possível, com o intuito de desenvolver o espírito de entreajuda, amizade e boa disposição no seio escolar. Faz parte dos objectivos deste conselho, defender os interesses dos alunos e representá-los em todas as situações que seja solicitada a presença deste organismo. No ano lectivo 2010/2011, o conselho de delegados procurou chegar mais perto dos alunos, fazendo assim representar-se com a totalidade dos alunos constituintes, atribuindo-lhes funções dentro deste Conselho. A formação do Conselho de Delegados partiu da iniciativa do corpo Docente e da Direcção Pedagógica da EPRM, no entanto, toda a hierarquia que a compõe foi estabelecida através de votação por parte de todos os seus membros constituintes, tendo sempre como valores de referência o sentido de responsabilidade e competências individuais. Este ano lectivo, pela primeira vez, o Conselho de Delegados é composto por vinte membros, sendo que apenas seis deles fazem parte da lista principal e os restantes estão distribuídos em outras áreas criadas com o propósito de ser mais fácil atender aos objectivos traçados. Presidente: Gonçalo Santos Vice-Presidente: Pedro Pires Secretária: Joana Faria Tesoureira: Bárbara Costa Vogal: Rute Santos

Suplente: Gonçalo Figueiredo O Conselho de Delegados irá prosseguir com os seus objectivos no presente ano lectivo, que se baseiam na dinamização e desenvolvimento de cooperação e cidadania na Escola Pro ssional de Rio Maior, desenvolvendo acções de sensibilização, com o intuito de promover o diálogo entre as várias entidades ligadas à escola; difundir todo o tipo de informação que seja do interesse dos alunos e útil para toda a comunidade escolar, respondendo, igualmente, às necessidades dos alunos, apoiando-os de uma forma exemplar. Queremos com isto, atribuir o sentido de responsabilidade aos alunos da EPRM e integrá-los de uma forma mais consistente na comunidade escolar. Ao longo do ano lectivo, o Conselho de Delegados, em conjunto com a Direcção Pedagógica e com o apoio da Técnica do GAT, Inês Sequeira, organizou diversas actividades entre as quais a Acção de Sensibilização contra o Consumo de Drogas, o 18º Aniversário da EPRM, o Dia de S. Martinho, o Encerramento do 1º trimestre, com um torneio de inter-turmas masculino e feminino e o tradicional Almoço de Natal, e ainda o Encerramento do 2º trimestre com um torneio inter-turmas de Futebol. Ainda no decorrer do presente ano lectivo, o Conselho de Delegados irá procurar dinamizar outras actividades de forma a proporcionar um bom ambiente na comunidade escolar. Aguardamos também pelas sugestões dos alunos e esperamos que tudo o que façamos seja do vosso agrado. O Conselho de Delegados da EPRM

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[ a nossa escola – projectos e actividades]

Os Desportos de Natureza e a Nossa Escola: Simbiose perfeita! O Grupo Disciplinar de Educação Física da Escola Pro ssional de Rio Maior organizou o primeiro grande dia dedicado às Actividades de Exploração da Natureza. Esta ideia surgiu, em primeiro lugar, para servir de momento avaliativo do Módulo de Actividades de Exploração da Natureza I e II e, em segundo lugar e não menos importante, uma forma de proporcionar aos nossos alunos novas experiências e vivências num ambiente mais informal, em pleno espírito de companheirismo e camaradagem, com os demais colegas e professores. No passado dia 05 de Abril de 2011, o relógio marcava 08.20 horas, o sol espreitava por entre os ramos das árvores em direcção à nossa escola, aquecendo todos aqueles que por ali se encontravam, dando laivos de que iria ser um grande dia. O encontro dos alunos das quatro turmas de 10º ano, das três de 11º ano e professores foi feito na escola, para que todos se pudessem preparar e organizar da melhor forma. De seguida, todos nos dirigimos para os Autocarros que nos levariam até Peniche (Praia da Gamboa), local onde decorreriam as várias actividades de exploração da natureza. Entre brincadeiras, cantorias e muita animação, a viagem realizou-se sem qualquer percalço. A agitação era muita e a adrenalina cada vez mais à or

da pele, até que era chegada a altura da divisão dos vários alunos em três grupos para iniciarem as actividades programadas. Os alunos teriam que realizar as três actividades, num sistema de rotatividade. As actividades eram as seguintes: Corrida de orientação - os alunos percorriam um percurso com vários pontos marcados num mapa, individualmente, em pares ou trios, numa corrida contra o tempo; Canoagem (a pares) e Jogos de Praia, com vários jogos de dinâmica de equipa, testando a coesão dos membros da mesma; e por último a actividade de maior destaque, pela sua especi cidade, di culdade e de maior inacessibilidade, o Surf. Os alunos tiveram uma aula de Surf, onde obtiveram conhecimentos teóricos básicos (segurança e técnicos), para logo de seguida colocar em prática, da melhor forma possível a “surfar”. Do balanço efectuado pelos alunos e professores, podemos a rmar que a actividade correu da melhor forma possível, atingindo-se os objectivos pedagógicos e sócio-afectivos, previamente estabelecidos. A visita de estudo contou com a participação de 120 alunos (parabéns pelo empenho, dedicação e cumprimento de normas) e 6 colaboradores (professores que ajudaram na realização da actividade, que desde já agradecemos a vossa colaboração - Obrigado!), para além dos 3 professores organizadores. O Grupo Disciplinar de Educação Física aproveita esta oportunidade para agradecer à Direcção da Escola Pro ssional de Rio Maior, pela forma audaz com que aceitou esta proposta de visita de estudo e tudo fez para que fosse um sucesso e também à Escola de Surf de Peniche pela forma simpática e pro ssional com que nos receberam. A todos o nosso sincero OBRIGADO. O Grupo de Educação Física da Escola Pro ssional de Rio Maior

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VI Os WO No DN Ro

[ a nossa[esco a no


Sportos DE ESTUDO de Natureza e a SHOP Escola: – MEDIA Simbiose LABperfeita! – eça “ Episódios da Vida tica”

actividades] jectos e actividades]

[ a nossa escola – projectos e actividades]

WORKSHOP – Media Lab - DN Peça “ Episódios da Vida Romântica” Alexandre Nilo Fonseca, Director MKT Geral da Controlinveste, responsável pelo Centro Educativo MEDIALAB – DN, a rma que «Numa época em que os Media proliferam e a tendência é para os consumir de forma acrítica e, por vezes, irresponsável, a tarefa de Educar para os Media torna-se difícil. Por este motivo, o MediaLab considera fundamental municiar os jovens com as ferramentas que lhes permitam entender a importância dos jornais e websites, e carem aptos a criar os seus próprios meios de comunicação.» Dando eco a esse desa o, a Escola Pro ssional de Rio Maior proporcionou aos seus alunos do 11º ano, nomeadamente dos cursos técnicos de Energias Renováveis - Sistemas Solares, Gestão e Design, participarem no programa educativo promovido pelo jornal Diário de Notícias, mais propriamente realizando o Workshop – “ Faz a tua 1ª Página”. Os alunos e professores foram recebidos na galeria do Diário de Notícias, para uma breve visita guiada aos painéis de Almada N e g r e i ro s , pintados na Galeria do histórico edifício onde nasceu há 145 anos o grande matutino da capital. De seguida, num moderno auditório, tomaram contacto com a história do jornal, assistindo a um curto lme e onde lhes foi explicado como iria decorrer a sessão. Os alunos foram jornalistas e editores vivendo a experiência de criar a 1ª página de um jornal. Seleccionaram e escreveram as notícias, dispuseram os títulos, escolheram as imagens e legendaram-nas e ainda argumentaram os critérios que

legitimaram a edição da Sua 1ª página nal. O Workshop terminou com a exibição das 1as. Páginas construídas que posteriormente puderam visualizar no site MediaLab Área "Galeria", assim como partilhá-las nas redes sociais ou enviar a amigos. À tarde, os alunos assistiram à representação da peça “Episódios da Vida Romântica” no auditório Orlando Ribeiro em Telheiras. Com a adaptação de texto e encenação de Norberto Barroca, a interpretação esteve a cargo de Vânia Formas, João Loy e Paulo Oliveira. O espectáculo teve como texto de base uma adaptação do romance Os Maias de Eça de Queirós, editado pela primeira vez, em 1888, evidenciando os ambientes e normas de civilização da época, as guras sociais inerentes e as principais diferenças e relações entre o discurso literário e o discurso teatral. Através desta experiência, os alunos tiveram a oportunidade

de desenvolver as capacidades de observação e sentido crítico, interagir de uma forma crítica e criativa com o universo do texto dramático e com os universos ccionais e ainda desfrutar de um alegre momento cultural. Helena Coelho Docente de Português

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[a nossa escola - visitas de estudo]

Do Buçaco a Serralves... A Escola Pro ssional de Rio Maior possui como prática de sucesso, com vista a colmatar as di culdades no acesso a conteúdos e experiências culturais, proporcionar aos seus alunos Visitas de Estudo que promovam o seu enriquecimento cultural e ao mesmo tempo fomentem as relações interpessoais. Com estes intentos, os Directores de Turma e de Curso da turma 12.º. C, Curso Técnico de Recursos Florestais e Ambientais, desenvolveram um projecto que culminou, no dia 31 de Março de 2011, com a viagem rumo à Mata Nacional do Buçaco onde os alunos e professores puderam contactar com as espécies arbóreas e arbustos aí presentes, conhecer o historial da Mata e algumas medidas de protecção e gestão da mesma, através de um percurso pedestre, com visita guiada, que durou cerca de três horas. Ao longo de aproximadamente sete quilómetros, pôde desfrutar-se de um local extraordinariamente rico no que diz respeito à ora. Estes percursos botânicos foram traçados tendo em vista proporcionar uma boa imagem da diversidade arbórea da Mata, no entanto, não foi possível visualizar todas as espécies, pois existem pelo menos 400 autóctones e 300 introduzidas. Quando, no século XVI, os monges Carmelitas descobriram esta mata, encontraram no local uma grande diversidade de vegetação. As condições climáticas da região, nomeadamente a abundância de precipitação (1500mm/ano), favoreciam esta diversidade. Dada a sua cultura religiosa e a ligação à natureza, os monges contribuíram de forma signi cativa para o aumento da diversidade existente, replantando e introduzindo novas espécies que dão ao espaço a magni cência que apresenta. Depois de um longo dia e de um merecido descanso… No dia 1 de Abril de 2011, o destino foi a cidade do Porto, mais propriamente a Casa de Serralves, que para além de ser a sede da Fundação, constitui uma extensão importante do Museu de Arte Contemporânea, reservada à apresentação de exposições temporárias.

Originariamente concebida como residência particular, a Casa e o Parque - inspirados pelos modernistas - foram mandados construir pelo segundo Conde de Vizela, Carlos Alberto Cabral. Com fachada para a Rua de Serralves e entrada principal pela Avenida Marechal Gomes da Costa, a Casa de Serralves é um exemplar signi cativo do estilo Art Déco e foi edi cada nas imediações do Porto, entre os anos de 1925 e 1944. Quer em termos arquitectónicos, quer paisagísticos, a propriedade constitui um todo notável e harmonioso, peça única em Portugal e na Europa. Em 1996, considerando o seu relevante interesse arquitectónico, o património imobiliário de Serralves foi classi cado como “Imóvel de Interesse Público”. Nesta Instituição, mais propriamente no Museu, pudemos proporcionar aos alunos a visualização de alguns dos trabalhos da bailarina e coreógrafa norte-americana, aquela que foi uma reinvenção radical da dança nos anos de 1960-70, Trisha Brown, que propõe ao público um percurso pelo Museu e pelo Parque de Serralves ao longo do qual vão sendo reveladas peças fundadoras da sua obra. Ainda na Fundação Serralves houve a oportunidade de realizar o percurso, em forma de visita guiada, ao Parque de Serralves com vista ao reconhecimento do seu valor paisagístico, ecológico e estético e a visita à Casa Rosa, última residência do Conde de Vizela, onde se usufruiu da exposição que apresenta pela primeira vez alguns dos trabalhos de António Areal (Porto, 1934 Lisboa, 1978), Jorge Queiroz (Lisboa, 1966) e de uma das mais celebradas artistas portuguesas Paula Rego (Lisboa, 1935), pertencentes à Colecção da Fundação de Serralves. O confronto destes três universos, que em comum apresentam o recurso à gura e à narrativa – ainda que a realidade seja neles subvertida pela possibilidade da cção –, revela outros tantos imaginários que se puderam rever no espaço da Casa de Serralves, também ele fortemente ccionado pela utopia do seu passado. Já da parte da tarde, visitou-se as caves da Real Companhia Velha – uma das principais produtoras de Vinho do Porto e Vinhos do Douro e proprietária de algumas das melhores quintas da Região, fundada a 10 de Setembro de 1756 por decreto do Rei D. João I. Foi-nos ainda proporcionada pela organização uma visita panorâmica à admirável cidade do Porto que é considerada a mais imponente cidade do Norte, classi cada de Património Mundial, onde pudemos conhecer os principais pontos de interesse da cidade, os monumentos mais emblemáticos, assim como desfrutar de vistas magní cas sobre as paisagens do Rio Douro. Valeu a pena! Helena Coelho/Sandra Costa Docentes de Português e de Área de Integração

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[ a nossa escola –visitas de estudo]

EPRM na Futurália 2011

A FUTURÁLIA, Salão de Oferta Educativa, Formação e Empregabilidade decorre anualmente no centro de exposições da FIL durante o mês de Março. Apesar de recente, este evento transformou-se rapidamente na maior feira de referência em Portugal na área da Educação/Formação. No presente ano, a feira decorreu entre os dias 16 e 19 de Março e contou com a participação de um número considerável de Entidades/Empresas e visitantes. Uma vez que este evento é organizado em parceria com Organismos e Instituições ligados à área da Educação, Formação e Juventude, a Escola Pro ssional de Rio Maior, visando sempre a sua aposta na quali cação técnica da sua comunidade escolar, proporcionou no dia 17 de Março aos alunos dos cursos nalistas (CT de Serviços Jurídicos; CT de Electrónica Industrial e Automação e CT de Recursos Florestais e Ambientais) uma visita a esta feira de renome nacional. O objectivo fundamental desta visita foi o de proporcionar a obtenção de informação e aconselhamento personalizado aos alunos que estão a terminar o seu curso pro ssional, uma vez que neste evento estão representados Universidades, Institutos e Escolas Superiores, Centros de Formação Públicos e Privados, Institutos de Línguas e outras Entidades com oferta

de Formação e Inserção na Vida Activa. A segunda parte desta visita constou na visualização de uma peça de teatro interactivo dinamizado pela companhia de teatro inglesa Interacting. A introdução desta segunda actividade nesta visita não foi aleatória, uma vez que o contacto com a língua inglesa numa perspectiva quotidiana se pode revelar uma mais-valia para estes alunos que estão, agora, a concluir a sua formação técnica. Naturalmente que esta peça de teatro teve um carácter lúdico, mas obrigou os alunos a entrar no espírito do enredo, não tivessem sido eles (juntamente com alunos de outras escolas que também estiveram presentes) os actores principais/secundários da War of the Worlds or is the World at War? Por m, não se pode deixar de ressalvar o facto de que o aluno da EPRM que subiu ao palco é, curiosamente, um aluno de Francês. O Lucas esteve à altura do desa o

deixando-nos a todos extremamente orgulhosos da sua actuação e compreensão dos actores que se expressavam exclusivamente em Inglês. Parabéns Lucas! Sandra Rosa Docente de Inglês

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[ a nossa escola ]

PROGRAMA AVES NA EPRM Neste processo as Escolas têm as seguintes responsabilidades: a) decidir acerca da sua participação no programa de avaliação de escolas, de acordo com as suas normas de participação e funcionamento; b) criar as condições necessárias – organizativas, materiais e participativas – para poder levar a cabo a avaliação; c) indicar uma pequena equipa de docentes que acompanhe e coordene o processo na escola; d) analisar e interpretar os resultados que derivam da aplicação dos instrumentos, de forma que essa informação de origem externa tome “corpo” dentro da escola A Fundação Manuel Leão foi criada em Janeiro de 1996 pelo

e que se reforce o carácter de autoavaliação que tem este

seu instituidor, Manuel Valente Leão, sacerdote da Diocese

processo;

do Porto. Os seus ns principais são a promoção do bem

e) decidir o uso a dar aos resultados obtidos, com vista a

público nos domínios da educação, da cultura, da actividade

melhorar o desempenho da escola.

artística e da acção sociocaritativa. No domínio da Educação,

A recolha de informação decorre ao longo de três anos, a

desenvolve, desde o ano lectivo 2000-2001, um Programa

duração de cada ciclo de formação. As características da

de Avaliação Externa de Escolas (AVES).

informação que se obtém são as seguintes:

O Programa AVES – Avaliação Externa de Escolas nasce como

caracterizam social e escolarmente cada escola e controla-

um contributo para alcançar o objectivo de ligar, no terreno

-se o rendimento inicial dos alunos, assim como o seu nível

de cada escola, a identi cação dos factores que promovem (e

sócio-económico;

impedem) a qualidade do seu desempenho com as acções e

- é comparada: cada escola recebe os resultados que

os projectos que, ainda em cada escola, se podem mobilizar

obtém em todas as dimensões estudadas, em comparação

em ordem à melhoria deste mesmo desempenho social. O

com a média dos resultados obtidos pelas escolas situadas no

Programa con gura um modelo de avaliação de instituições

mesmo tipo de contexto social e pela totalidade das escolas

- é contextualizada:

recolhem-se os dados que

escolares que valoriza quer as dinâmicas de auto-avaliação,

participantes da rede;

apoiadas por mecanismos externos e independentes de

- é con dencial: a informação recolhida em cada

recolha e tratamento (inicial) da informação, quer uma visão

escola só será conhecida pela própria escola. A cada escola

integrada dos processos avaliativos. Esta integração compre-

são ainda dados a conhecer os volumes médios obtidos nas

ende a consideração articulada do contexto sociocultural,

diferentes variáveis pelas escolas que se situam no mesmo

dos processos de escola e de sala de aula e dos resultados

tipo de contexto sócio-cultural;

escolares dos alunos.

- é objectiva: a informação que se proporciona procede dos questionários e provas aplicadas, uns e outros devida-

Os principais objectivos do Programa AVES são conhecer os

mente testados e validados;

processos educativos de cada escola assim como os resultados que obtêm os alunos, tendo em conta as características

- é interpretada pela escola e pelos professores: a informação que se proporciona é analisada

da escola e o nível académico dos alunos e permitir que cada

exclusivamente em cada escola pelos responsáveis das diver-

escola e cada professor analisem os resultados obtidos e

sas áreas e pelos professores, em geral, pois são eles quem

os comparem com os de outras escolas de características

pode melhor compreender os resultados obtidos e encetar os

similares, desenvolvendo uma cultura de auto-avaliação e

processos necessários à melhoria do desempenho da escola;

estimulando o uso dos resultados para a tomada de decisões.

a informação que se obtém não se refere exclusivamente aos

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[a nossa escola]

resultados académicos dos alunos, mas, não ignorando a sua importância, percorre áreas mais vastas relacionadas com as atitudes, as estratégias de aprendizagem, os processos

Resultados da implementação do Programa na EPRM

educativos e os valores de pais, professores e alunos;

Em análise aos relatórios produzidos pela Fundação Manuel

- é formativa: pois a nalidade da recolha e do trata-

Leão, no âmbito do Programa AVES, para a Escola Pro ssional

mento da informação é a colaboração com as escolas para

de Rio Maior, referentes aos ciclos de formação iniciados em

que estas se conheçam melhor e possam estabelecer, autó-

2008/2009, 2009/2010 e 2010/2011, a equipa docente

noma e responsavelmente, as suas dinâmicas de mudança.

da EPRM, a partir da interpretação dos dados resultantes da avaliação das aprendizagens nas disciplinas de Matemática

O modelo de avaliação está organizado em quatro níveis: entrada, contexto, processos e resultados.

e Língua Portuguesa, apresenta algumas considerações que poderão facilitar a identi cação dos problemas de modo a corrigir ou manter as trajectórias previamente estabelecidas e, assim, contribuir para o sucesso escolar e obtenção da quali cação pro ssional dos alunos. Será utilizada a metodologia também usada no Programa, em que os resultados são

O nível dos resultados centra-se principalmente nos alunos,

comparados numa perspectiva especí ca, de cada escola,

mas inclui também a opinião dos pais e dos professores.

mas também contextual, tanto relativamente às escolas do

Em relação aos alunos avaliam-se não só as aprendizagens

mesmo contexto sociocultural, como em relação ao total de

em algumas áreas curriculares (como Matemática e Língua

escolas que se encontram no Programa (e que ultrapassam

Portuguesa), mas também as competências metacognitivas,

actualmente a meia centena).

as estratégias de aprendizagem e as atitudes. Além disso, os alunos completam também um questionário no qual manifes-

Ainda que a interpretação dos resultados que aqui se apre-

tam a sua opinião sobre o funcionamento da escola, sobre

senta incida apenas sobre as provas de conhecimento, não

a preparação que recebem e sobre os seus professores e os

deverá a análise realizar-se sem o devido enquadramento

seus colegas.

da escola ao nível do contexto sociocultural, considerando a sua in uência nos resultados obtidos pelos alunos, pelo que

A avaliação externa dos resultados dos alunos em nada interfere com os processos de avaliação, mais completos e contínuos, que cada professor realiza.

se começa por apresentar o enquadramento da escola neste domínio, no âmbito do Programa. Em relação ao contexto sociocultural o Programa estabelece uma pontuação para caracterizar o contexto de cada estabelecimento de ensino, o que permite não só conhecer a sua identidade contextual, como também identi car a sua posição dentro do conjunto de estabelecimentos de ensino

Apenas os completa e viabiliza a sua leitura mais contextualizada.Os pais também expressam a sua opinião através de um questionário sobre o funcionamento da escola, sobre a atenção com que são recebidos, sobre a disciplina que há na escola, sobre as classi cações dos seus lhos e sobre as actividades extracurriculares. A avaliação dos professores compreende a sua satisfação com o funcionamento geral da escola e com as condições em que realizam o seu trabalho.

aderentes ao Programa.

Os parâmetros usados para estabelecer essa pontuação são: as habilitações literárias dos pais, a pro ssão do pai, as condições habitacionais, o número de veículos, os

Fonte: www.fmleao.pt, adaptado Revista EPRM # 19 | 29


[ a nossa escola ]

hábitos de leitura, a frequência de leitura de imprensa e a existência ou não de ligação à Internet em casa.

No que diz respeito à Língua Portuguesa, os resultados globais revelaram-se insatisfatórios (com resultados inferiores a 50% em todos os parâmetros) ao longo dos três anos lectivos em análise. Destacam-se os resultados negativos obtidos nos parâmetros Interpretação, Aplicação de Conhecimentos e Conhecimento Explícito, registando-se um decréscimo dos

Aquando da sua integração no Programa, em 2008, (na

resultados no estudo comparativo entre os anos 2008/2009

altura com 23 escolas aderentes), a EPRM foi classi cada

e 2009/2010. No entanto, a classi cação nal obtida pela

no contexto sociocultural médio-baixo, com uma pontuação

EPRM não se distancia signi cativamente da classi cação

de 127,4242. (Fig.1) Também a distribuição dos alunos por

das escolas com o mesmo contexto sociocultural, assim

nível de contexto sociocultural incidiu sobretudo nos contextos

como da classi cação global das escolas que zeram parte

médio-baixo e baixo. (Fig.2)

do estudo. (Fig.3) Os resultados obtidos no ano lectivo 2010/2011, embora ainda se mantenham negativos, distanciam-se positivamente dos obtidos nos anos anteriores, ainda que a leitura destes resultados deva ter em conta que os parâmetros de análise foram tratados de forma diferente.

(Fig.1)

(Fig.3) Relativamente à disciplina de Matemática os resultados globais revelaram-se igualmente insatisfatórios ao longo dos (Fig.2)

três anos lectivos em estudo. Destacam-se os resultados positivos obtidos nos parâmetros Estatística e Aquisição de

Apresentam-se de seguida as principais conclusões relativas ao nível de conhecimentos/ competências dos alunos à entrada do 1º ano dos Cursos Profissionais, nas provas de Língua Por tuguesa e Matemática. 30 | Revista EPRM # 19

Conhecimentos, não se registando uma oscilação signi cativa dos resultados no estudo comparativo ao longo dos anos lectivos em análise. (Fig.4) Regista-se ainda que ao nível da Compreensão os resultados apresentam-se num nível muito inferior ao veri cado no parâmetro Aquisição de Conhecimentos, facto que se justi ca pela di culdade em utilizar a Matemática na Interpretação e Intervenção em contexto real, revelando os alunos uma capacidade de aplicação muito inferior aos seus saberes.


[a nossa escola]

iniciaram o ciclo de formação nos anos lectivos 08/09, 09/10 e 10/11, o estudo apresentado evidencia, não só, as di culdades manifestadas ao nível da aquisição e aplicação de conhecimentos, mas sobretudo as lacunas ao nível dos pré-requisitos fundamentais ao processo de ensino - aprendizagem das disciplinas em análise, no sentido da obtenção do sucesso escolar e consequente quali cação pro ssional. Conscientes de que estes resultados deverão ser enquadrados numa realidade de maior dimensão, ao nível das causas, (Fig.4)

cabe à escola, na sua dimensão organizacional e pedagógica, interpretá-los e a partir deles tomar decisões, corrigir insu -

Contudo, e apesar da média da classi cação nal obtida ser

ciências, reforçar os aspectos positivos e estabelecer com-

negativa, a EPRM destaca-se de forma signi cativa, apresen-

promissos no sentido de garantir uma melhoria da qualidade

tando resultados superiores quer em relação às escolas com

do seu papel na formação dos alunos.

o mesmo contexto sociocultural, quer à classi cação total das escolas que zeram parte do estudo.

A equipa docente da EPRM

Conclui-se, assim, que, relativamente aos alunos que

BELTRÃO COELHO (RIBATEJO E OESTE, LDA.) Rua Professor Manuel Bernardo das Neves, 16 A/B - 2000-208 SANTARÉM e-mail: rm.bcsantarem@mail.telepac.pt • www.beltraocoelho.pt

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[formar em contexto de trabalho]

Da Teoria à Prática: ideias para melhorar o(s) estágio(s) “Ver o que está à frente do nariz requer uma luta constante” G. Orwell

Acções e Intenções Vem de longe a importância atribuída à formação pro ssional de jovens, fenómeno actualmente associado ao imperativo económico da empregabilidade, característica apetecível e dependente dos ditames da economia, que os prepara para a integração em leiras pro ssionais, descurando por vezes as suas necessidades enquanto cidadãos. Por não concordarmos, nem professarmos tal desígnio, entendemos que a formação deverá ser orientada de modo a assegurar uma dupla nalidade: preparar os jovens para o trabalho, sem deixar de propor estratégias que assegurem o seu desenvolvimento integral e harmonioso. Este processo obriga as entidades formadoras, sobretudo as escolas pro ssionais, a ir um pouco além das propostas tradicionais, desenvolvidas em contexto de sala (enquanto espaço e tempo de aprendizagens), alternando esta realidade com momentos de formação em contexto de trabalho (enquanto território de confronto com a realidade, de resolução de problemas e de reestruturação pessoal e social dos jovens). Sob a lógica da escola, a formação alternada teima em contrariar as propostas que valorizam a dinamização de tarefas simples e repetitivas, que promovem o acesso a mão-de-obra barata, quando não enquadradas no campo mais vasto do conhecimento proporcionado pelas escolas. As possibilidades e potencialidades que decorrem das transferências que se efectuam entre estes territórios fazem parte das nossas preocupações pro ssionais. Sabemos das di culdades na medição das relações que se estabelecem entre a escola e as empresas, e vice-versa. Sabemos também que as aproximações ao mundo do trabalho não devem afectar a aquisição de conhecimentos gerais e tecnológicos, nem o desenvolvimento de atitudes e competências que se concretizam em dimensões que estão muito para além da escola (envolvendo aspectos como a negociação, a ética e a cooperação, entre outros). Por estes motivos, aproveitamos de novo a oportunidade para analisarmos em conjunto, e a partir das impressões das pessoas com quem trabalhamos, alguns dos dados que nos deverão permitir saber como melhorar o funcionamento dos nossos estágios. Desta vez, optámos por questionar alguns

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dos participantes directamente envolvidos na realização de estágios (alunos e entidades) privilegiando, como metodologia de trabalho, o inquérito e a análise qualitativa. Recolhemos dados junto de 45 alunos nalistas e 16 entidades de acolhimento, obtidos presencialmente (alunos) e on-line (entidades). Os resultados permitem sinalizar propostas que poderão apoiar eventuais estratégias de melhoria.

Das perspectivas das entidades de acolhimento No entender das entidades de acolhimento, o estágio é, sobretudo, um bom momento de aprendizagem e uma forma de complementar a formação teórica oferecida pela escola, por via da sua adequação face à realidade que emana das situações e dos contextos de trabalho. Neste domínio, e relativamente aos pontos críticos sinalizados, destacam-se i) as fragilidades quanto à duração, dado que se considera “curto” o tempo de estágio, com difícil rentabilização do investimento dispendido; ii) a rigidez na distribuição temporal, com opções pouco ajustadas e com pouca exibilidade na distribuição dos períodos de estágio (sempre na mesma altura; desajuste face a algumas áreas de trabalho) e iii) as experiências de (des) contextualização, com a oferta de actividades desfasadas quer do contexto escolar, quer da realidade empresarial. Dos aspectos valorizados pelas entidades de acolhimento (que poderíamos aqui designar por competências-chave), foi-nos possível estruturar a matriz de competências e saberes que constam da Tabela 1.

Embora simplista, poderá ser um instrumento interessante na adequação das propostas de estágio, acautelando elementos associados ao per l dos aluno(a)s e às expectativas das entidades de acolhimento.


[formar em contexto de trabalho]

Das perspectivas dos alunos De acordo com as respostas obtidas junto dos aluno(a)s que já terminaram o seu percurso formativo em contexto de trabalho, e no que diz respeito aos seus pontos fortes (Figura 1), sobressaem aspectos ligados ao relacionamento interpessoal

(Fig.1) - Pontos fortes componente da formação em contexto trabalho (estágio)

(lidar com outras pessoas, tolerar a diferença, adoptar novas perspectivas perante os outros), por via do conhecimento que decorre do contacto directo com a realidade, com os dilemas e desa os com que se deparam os alunos. A consolidação de parte dos saberes adquiridos na escola e o contacto com as características do mundo do trabalho, nomeadamente nos aspectos mais imediatos (respeito pelo horário, integração na empresa, funcionamento interno, entre outros), são elementos valorizados pelos alunos que agora terminam este ciclo formativo. Já no que se refere aos aspectos críticos, ou pontos fracos (Figura 2), a tendência mais evidente vai, a exemplo do que que se ve r i f i c o u c o m as respostas das entidades (Fig.2) - Pontos fracos da componente de acolhimenformação em contexto trabalho

to, para a duração dos estágios (pouco tempo) e para as características intrínsecas a alguns locais de acolhimento, relacionadas com a sua realidade, clima e cultura organizacional, nomeadamente: a desconfiança por (Fig.3) - A importância dos estágios parte dos recursos na perspectiva dos alunos humanos face à integração do estagiário, a indiferença e a negligência perante as suas propostas, atitudes e níveis de desempenho, a desresponsabilização face aos objectivos e ao âmbito das propostas de formação e os baixos níveis de organização de algumas das entidades, cujo modo de funcionamento contribui, por vezes, para a diminuição dos níveis de empenho e motivação dos alunos. O espaço deste artigo não nos permite uma re exão em torno destas ideias, o que faríamos com muito agrado. Paralelamente a estes aspectos, foram ainda sinalizadas referências signi cativas quanto ao tipo de tarefas (quando pouco ajustadas ao âmbito do curso) e quanto ao relacionamento interpessoal durante o período de estágio (di culdades na relação e na comunicação com os colegas, recepção pouco cuidada, etc). Em suma, da avaliação efectuada pelos alunos é-nos possível caracterizar o estágio como sendo um momento de formação prática, com forte incidência na criação de competências relacionais (lidar com os outros, perceber como são e como se comportam em contexto de trabalho), competências técnicas (aprender como e porque se faz) e competências pro ssionais (saber como funciona o mundo do trabalho, que aspectos são valorizados, …). Quando questionados sobre os aspectos mais importantes do estágio, e afastando os dilemas e subjectividades naturais de quem avalia (onde se vê um copo meio cheio, há sempre quem pense nele como estando meio vazio), os alunos reforçam sobretudo o papel do estágio enquanto oportunidade de crescimento e maturação pessoa e pro ssional (Figura 3), não só por aquilo que observam (“no contacto com o mundo do trabalho”), mas também pelo que adquirem (“ser mais responsável”; “ter novos conhecimentos”). Aproveitando o nal deste ciclo formativo, interessou-nos ainda saber o que, de facto, aprenderam os alunos ao longo dos

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[formação pro ssional]

dois momentos de estágio e, em função disso, que propostas poderão lançar junto dos colegas que agora iniciam um novo percurso, visando-se deste modo a sinalização de ideias e propostas que possam ser entendidas como um contributo para a melhoria nos modos de funcionamento dos nossos estágios. Relativamente às aprendizagens signi cativas, os

(Fig.4) - Propostas para melhorar o estágio alunos mencionaram três aspectos que merecem destaque: i) “aprenderam a saber relacionar-se com os outros e trabalhar em equipa”; ii) “aprenderam a saber como funciona o mundo do trabalho e das organizações” e iii) “aprenderam a ser mais responsáveis”. Na sua perspectiva, o estágio favorece claramente a promoção de competências sócio-técnicas, presentes cada vez mais na forma como reestruturam os seus comportamentos, atitudes e valores enquanto futuros trabalhadores e enquanto cidadãos. No fundo, reforça-se a tradicional ideia de que o principal resultado do estágio é, para além da adequação dos saberes obtidos em meio escolar, a produção de competências que facilitem o acesso ao trabalho e ao emprego. Regressa-se assim ao conceito de empregabilidade enquanto denominador central neste domínio.

Contributos para as perspectivas dos novos estagiários Para os alunos que iniciam agora o seu percurso formativo, as propostas lançadas pelos colegas que transitam para o mundo do trabalho, ou para outros domínios de formação, organizam-se em torno de quatro ideias-chave (Figura 4), todas elas ligadas às percepções que se manifestam em fun-

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ção do contacto com a realidade. De um modo geral, para se construírem bons (ou melhores) estágios, há que, em primeiro lugar, dar o melhor de si, manifestar responsabilidade perante os outros e perante os locais de acolhimento, ser proactivo e empreendedor. Uma tarefa difícil, mas seguramente ao alcance de todos. Em segundo lugar, aproveitar o momento (carpe diem), usufruir das relações e das aprendizagens suscitadas no contacto com o mundo do trabalho. Uma postura que poderá, no limite, assumir a forma de atitude perante a vida, de estimulo orientador em todos os seus domínios. Em terceiro lugar, compreender as circunstâncias que poderão levar ao respeito integral das regras e normas em uso nas entidades de acolhimento. A possibilidade de aceder a experiências de duração limitada (seis semanas) cria oportunidades que não se coadunam com a provocação e o con ito estéril. Os alunos são os primeiros a reconhecer a importância de uma experiência ajustada à realidade da escola (que exige e avalia) e às condições da(s) empresa(s) (que acolhe e integra). Por último, mas demasiado importante para ser considerado mero acessório, os alunos reforçam uma das propostas mais debatidas na componente de Formação em Contexto de Trabalho: anotar as actividades diariamente, escutar, perguntar e ter calma. São referências essenciais, assinaladas pelos alunos, que deverão ser tidas em conta por todos os que se debatem com as preocupações de um novo estágio.

Em Jeito de Resumo … A ocasião e o espaço não aconselham conclusões despropositadas. Regressemos, por agora, à questão inicial para lhe darmos uma resposta simples: se quisermos melhorar o funcionamento da componente de Formação em Contexto de Trabalho, há que contar com as percepções, atitudes e valores dos alunos à saída dos estágios. Eles são, pelas suas características, pelo conhecimento e pela experiência que carregam, não só o alvo destas propostas mas sobretudo um recurso de fácil acesso quando se trata de identi car elementos que nos permitam adoptar estratégias mais ajustadas no confronto com a prática. (Grandes dúvidas terá, decerto, frei Tomás. Mas essas, são outras teorias!…)

João Paulo Colaço Técnico do GAT


[formação pro ssional]

O outdoor do Ensino Pro ssional Formação em contexto de trabalho

A Associação de Produtores Florestais da Região de Alcobaça – APFRA, desempenha um papel activo no desenvolvimento social das populações, no que diz respeito à formação e sensibilização na esfera orestal e educacional. Trabalhamos na defesa dos interesses sociais, pro ssionais e económicos dos produtores orestais através de mecanismos de gestão, defesa e desenvolvimento das orestas. Pretendemos ainda ajudar a criar técnicos quali cados no sector orestal. Foi neste sentido que temos desenvolvido parcerias, nomeadamente com a Escola Pro ssional de Rio Maior, acolhendo os estagiários do Curso Técnico de Recursos Florestais e Ambientais. Com estes estágios curriculares, os alunos são colocados num cenário real de trabalho sendo o nosso papel, como associação, extremamente importante, uma vez que fazemos a sua integração e damos a conhecer as necessidades de mercado, fomentando dinâmica, capacidade de resposta e espírito crítico. Pretendemos com estas acções reforçar o

sentido de planeamento e gestão nos hábitos de trabalho dos alunos que escolhem a nossa instituição para estagiar. Como técnicos da Associação, consideramos e sentimos que esta experiência bastante enriquecedora para os propósitos a que nos propusemos é de extrema importância para o desenvolvimento pessoal e pro ssional dos futuros técnicos envolvidos, não só pelo desa o na formação como também no apoio e acompanhamento técnico nos diferentes sectores orestais. Os compromissos que temos para com a oresta passam pela formação dos jovens, através da transmissão do nosso Know-how, fomentando assim o interesse em trabalhar na oresta. Eng.ª Alexandra Sousa Associação de Produtores Floretais da Região de Alcobaça

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[ entrevista ]

PARCERIAS ESCOLA/EMPRESAS

Gisela Germano ENTREVISTA COM A PROPRIETÁRIA DA RIOMAGIC [EPRM] - Como surgiu a Riomagic? [G G] -Em primeiro lugar, contarei um pouco da minha história de vida para perceberem como é que surgiu a RioMagic. Eu fui estudante tal como vós e ingressei na Marinha de Guerra Portuguesa, onde permaneci quatro anos. Decorrido esse tempo, considerei que a vida militar não seria o meu futuro. Após sair da Marinha de Guerra Portuguesa, o meu irmão, que é licenciado em Direito, motivou-me a tirar o curso de mediação imobiliária, convencendo-me que o meu per l encaixava na área do Comércio, que poderia ser, por exemplo, na área de Agência de Viagens ou Mediação Imobiliária. A Mediação Imobiliária entusiasmou-me e frequentei um curso no InCI (Instituto da Construção e do Imobiliário), antigo IMOPPI (Instituto dos Mercados de Obras Públicas e Particulares e do Imobiliário), entidade que valida as licenças na mediação imobiliária. Estive três anos em Lisboa a estagiar numa agência imobiliária, na Pontinha, num sítio que não é fácil e, com apenas 21 anos de idade criei a empresa Riomagic. [EPRM] - Sendo a Riomagic uma das empresas com maior prestígio local no sector da Mediação Imobiliária, de que forma nos poderia apresentá-la, assim como os seus objectivos? [G G] Eu não sabia que estava quali cada dessa forma, não tenho essa presunção pois na minha perspectiva todas as empresas do ramo são importantes, todos fazemos o nosso melhor. Posso dizer-vos que uma das principais bases numa empresa é a motivação e a persistência. Para mim são parâmetros fundamentais. A política da Riomagic é considerar todos os clientes de igual forma e encará-los com a importância devida, sentimo-nos sempre “inferiores” aos nossos clientes.

[EPRM] - A actividade do mercado imobiliário tem vindo a sofrer um reajuste signi cativo nos últimos anos. Neste momento, o país procura enfrentar as di culdades com austeridade e contenção e, como consequência, os negócios e os cidadãos ressentem-se deste cenário. De que forma a RioMagic tenta contornar esta situação? [G G] Antes de mais, é dever de cada empresário tentar segurar as empresas atendendo às di culdades que elas estão a atravessar, tentando sempre contorná-las. Ora, se há di culdade na compra de uma casa, nós temos que motivar o cliente talvez para o arrendamento. Se existe di culdade, por parte de um cliente, na compra de uma casa de cem mil

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euros, nós temos de fazer um estudo nanceiro para que consiga comprar uma de noventa mil euros. Portanto, nós temos que nos adaptar às di culdades do mercado, de uma forma correcta, sempre com sensibilidade, porque na mediação imobiliária nós lidamos de perto com a vida das pessoas, com o compromisso, por vezes, que eles assumem, durante quarenta anos com uma instituição bancária, e isso não pode ser feito de ânimo leve, não pode ser encarado como vender uma camisa, por exemplo. Todos os prós e contras têm que ser ponderados e explicados ao cliente e, por vezes, realizar um grá co nanceiro – económico. Porque, como já referi, se um cliente comprar hoje um imóvel de cinquenta mil, não vai car com uma taxa de esforço muito elevada e amanhã poderá conseguir adquirir um outro imóvel por cem mil euros. Não se pode pensar apenas no valor da comissão a receber, aliás, isso é a última coisa que pensamos, primeiro temos de pensar no cliente. Não se esqueçam que no tempo de crise há os que choram e os que vendem lenços, queiram sempre ser aqueles que vendem lenços. Foi nesta altura que ampliei o meu negócio!

[EPRM] - Quais as principais competências que considera determinantes na formação e quali cação pro ssional dos jovens? [G G] Na minha perspectiva a pontualidade é um factor determinante num bom pro ssional. Depois considero que a postura, especialmente no ramo da mediação, é igualmente importante. A nossa imagem e comportamento são o cartão de visita de qualquer empresa. Portanto, quem vai comprar uma casa vai assumir um compromisso muito grande, e se durante o negócio se apresenta uma postura muito des-


[ entrevista ]

contraída, poderá dar ideia de ser uma brincadeira e não é. Posso dizer que associados aos que já referi, a persistência, humildade e honestidade, são também pontos fundamentais na mediação e penso eu que em qualquer emprego.

nário, nada é fácil, hoje em dia. Tudo se consegue com muito esforço; ser empresário é ser persistente acima de tudo, um empresário não pode pensar que cria uma empresa hoje e que amanhã está a ganhar muito dinheiro, ou que está tudo a correr bem, existem sempre contratempos e situações

[EPRM] - Considerando que recebe alguns alunos nalistas da Escola Pro ssional de Rio Maior para desenvolver a formação prática em contexto de trabalho dos cursos que frequentam, que avaliação faz do impacto da formação pro ssional de técnicos intermédios no desenvolvimento local? [G G] Considero uma parceria bastante positiva e importante, não só para os alunos que têm oportunidade de contactar com o mundo do trabalho através da nossa empresa, mas também para nós, que aprendemos sempre com os estagiários. Eu aprendi imenso com os estagiários que já recebi e vou recebendo na Riomagic. Gosto muito de receber estagiários, aliás nunca neguei um estagiário, nem nego, a não ser que seja uma pessoa que eu sinta que, embora involuntariamente, possa denegrir a imagem que eu criei da Riomagic.

menos positivas. No entanto, existem quatro factores, dos quais eu já falei anteriormente, que são determinantes para o sucesso de qualquer empresário: postura, persistência, humildade e honestidade!

[EPRM] - Como responsável pela empresa RioMagic e tendo em consideração a difícil situação económica do país, face ao emprego, que conselhos deixaria aos jovens que frequentam a EPRM no que diz respeito às suas quali cações pro ssionais e às exigências do recrutamento das empresas? [G G] Aconselho-vos a serem sempre muito pro ssionais. Quanto mais pro ssionais forem, mais fácil será enquadrarem-se no mercado de trabalho. Como foi referido anteriormente criei a minha empresa, com a vossa idade e vinda “do

[EPRM] - Ser empresário é o sonho de muitos jovens no nosso país, no entanto, concretizar esse sonho é um processo com várias etapas e considerações. Considera fácil ser empresário hoje em dia?

nada”, logo é muito importante vocês terem a noção que é um processo difícil, é preciso muita calma e agir-se ponderadamente face aos objectivos que se pretendem atingir. A disciplina é importante para qualquer mercado de trabalho. Além disso, considero que a postura e a pontualidade deter-

[G G] Não é fácil ser empresário, como não é fácil ser funcio-

minam a contratação de qualquer trabalhador. Revista EPRM # 19 | 37


[ formação pro ssional ]

Energia Solar Térmica Vulcano na EPRM

A Escola Pro ssional de Rio Maior (EPRM) estabeleceu um protocolo de cooperação com a marca portuguesa Vulcano para os próximos anos. No âmbito desta parceria, a Escola recebeu um sistema solar térmico para aquecimento de águas sanitárias, que servirá de objecto de estudo para as sessões de formação prática e ainda permitirá o aquecimento de águas dos balneários e cantina da Escola, através de energia solar. Esta iniciativa surge na sequência da necessidade de equipamentos práticos nas o cinas de apoio aos cursos de Energias Renováveis. Através da instalação dos sistemas de aquecimentos de água Vulcano, os alunos irão ter oportunidade de conhecer de perto estas soluções mais amigas do ambiente e de realizar testes e experiências com estes equipamentos. Paralelamente, o sistema irá permitir que a água quente necessária para os balneários e cantina da Escola seja assegurada através da captação de energia solar, uma energia limpa, gratuita e inesgotável! Desta forma, a escola irá reduzir o consumo de gás necessário ao aquecimento de água e assim contribuir para a preservação do meio ambiente.

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Os painéis solares térmicos estão instalados no Jardim da Escola, onde será criada uma área, denominada “Ilha Ecológica”, que pretende sensibilizar professores e alunos para os benefícios da energia solar. Esta energia renovável, tão abundante em Portugal, permite uma maior e ciência energética e redução da emissão de gases nocivos ao ambiente. No âmbito deste protocolo, os alunos terão ainda oportunidade de visitar a Fábrica da Vulcano em Aveiro e car a conhecer todo o processo de produção dos painéis solares térmicos, bem como de outros equipamentos destinados ao aquecimento de águas. A Vulcano é a marca portuguesa líder em soluções de aquecimento de águas (esquentadores e caldeiras) e solar térmico. Enquanto marca amiga do ambiente e da construção sustentável, a Vulcano tem promovido várias iniciativas para incentivar a utilização de energias renováveis e sensibilizar para a importância de todos contribuirmos para a sustentabilidade do planeta!


Até o Sol prefere a Vulcano.

O SOL ESTÁ AO SEU INTEIRO DISPOR, E A VULCANO TAMBÉM. a, Beneficiar de uma poderosa fonte de energia renovável e de poupança, sem preocupações, é mais fácil do que parece. as Para o seu conforto, a Vulcano desenvolveu soluções solares térmicas ua completas e versáteis, para água quente e apoio ao aquecimento da sua ro casa, de fácil e rápida instalação, com serviço especializado do primeiro ao último passo. Invista no futuro. Basta falar com o seu especialista de sempre.

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[ formação pro ssional ]

É preciso acreditar! Numa realidade onde as necessidades de mercado são cada vez mais exigentes, há que saber optar e, a mim, parece-me que a Escola Pro ssional de Rio Maior tem todas as condições para se tornar numa boa opção. Aliás, não só tem actualmente como teve, no passado, aquando da minha escolha pelo curso Técnico de Electromecânica, o qual me proporcionou a aquisição de uma série de aprendizagens, bem como através de estágios pro ssionais, o contacto com o mundo do trabalho e com a realidade pro ssional. O Curso Técnico de Manutenção Electromecânica pareceu-me ser a escolha mais correcta para um aluno dado mais à prática do que à teórica, não deixando ainda assim de ter capacidade, só por não gostar de estar fechado numa sala de aulas a ouvir um professor “desbobinar” matéria. Eu precisava de mais, precisava de contactar com o mundo real, com o verdadeiro mundo do trabalho e isso foi-me possibilitado por diversas vezes ao longo do meu curso. Aquilo que sou hoje posso agradecer, em parte, à “minha” escola que sendo “minha” é também de todos nós. A minha turma e eu, em particular, não éramos o modelo dos modelos nem de perto nem de longe mas ainda assim, hoje em dia, somos trabalhadores considerados competentes. Aliás, neste momento, já sou gerente de uma empresa vocacionada para

as Energias Renováveis. Resolvi arriscar num projecto o qual me pareceu credível e no qual acredito e acreditava desde há muito tempo. A Maior Energia Unipessoal, Lda. ainda não possui uma sede própria, mas tudo a seu tempo. Esse será mais um sonho a realizar, mais uma etapa a alcançar. Posso a rmar que se eu consegui e vou conseguindo, também outros jovens o conseguirão. É preciso acreditar e não deixar de lutar pelos nossos objectivos. Arranjar estratégias, criar novos produtos, apostar na diversidade, encarar a concorrência como uma mais-valia é a chave do segredo. Para terminar, posso aconselhar-vos no sentido de nunca deixarem de acreditar. Não deixem nada por fazer ainda que tudo venha a ser um fracasso! Arriscar faz parte da vida e é de pessoas aventureiras, quali cadas, com iniciativa, criativas, com vontade de mudar, de criar soluções e estratégias que o nosso mercado de trabalho tem necessidade.

O futuro está nas vossas mãos! Sérgio Gonçalves Gerente da Maior Energia Unipessoal, Lda.

MaiorEnergia , Lda. Clean energie

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[ em formação]

CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

Quali cação Pro ssional “Ferramenta-Chave” para uma Futura Pro ssão

Quando me convidaram para escrever umas ”linhas” sobre a Direcção de Curso, a primeira dúvida que me surgiu foi o que dizer sobre uma função que sendo importante no contexto escolar, nada ou pouco diz quando olhada sob a forma “jornalística”. Descrever a função e o seu articulado regulamentar, responsabilidades e actuação do Director de Curso seria o mais fácil, mas o que menos acrescentaria a esta publicação em termos de interesse por parte daqueles a quem especialmente se dirige: os alunos. E é precisamente este alvo, os alunos, que devem estar no centro de todas as acções, de todos os objectivos da instituição Escola, porque é por eles e para eles que ela existe. É neste contexto que a Direcção de Curso ganha uma nova dimensão, “usando-a” não apenas para as funções mais ou menos burocráticas e organizativas, mas para uma intervenção directa junto dessa população alvo, orientando,

aconselhando e incentivando, estimulando a sua criatividade. Desta forma, anseio incutir aos alunos do Curso Técnico de Instalações Eléctricas que iniciou na EPRM no presente ano lectivo, os valores e ensinamentos que lhes proporcionarão a tão desejada quali cação pro ssional, “ferramenta - chave” para obtenção de um posto de trabalho na actualidade. A Juventude foi, é e sempre será a fonte da contestação e da impulsividade, mas é também o motor da mudança. Saibamos, enquanto adultos e formadores, com o nosso conhecimento e experiência, orientá-los respondendo às suas ansiedades e objectivos.

Se não o conseguirmos, a falha não é deles, é nossa! José Oliveira Director de Curso

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[ em formação ]

CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO DE GESTÃO E PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS INFORMÁTICOS

GPSI - Futuros Técnicos Informáticos O Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos é o pro ssional quali cado apto a realizar, de forma autónoma ou integrado numa equipa, actividades de concepção, especi cação, projecto, implementação, avaliação, suporte e manutenção de sistemas informáticos e de tecnologias de processamento e transmissão de dados e informações.

As actividades principais desempenhadas por este técnico são: - Instalar, con gurar e efectuar a manutenção de computadores isolados ou inseridos numa rede local. - Instalar, con gurar e efectuar a manutenção de periféricos de computadores ou de uma rede local. - Instalar, con gurar e efectuar a manutenção de estruturas e equipamentos de redes locais. - Instalar, con gurar e efectuar a manutenção de sistemas operativos de clientes e de servidores. - Implementar e efectuar a manutenção de políticas de segurança em sistemas informáticos. - Instalar, con gurar e efectuar a manutenção de aplicações informáticas. - Efectuar a análise de sistemas de informação. - Conceber algoritmos através da divisão dos problemas em componentes. - Desenvolver, distribuir, instalar e efectuar a manutenção de aplicações informáticas, utilizando ambientes e linguagens de programação procedimentais e visuais. - Conceber, implementar e efectuar a manutenção de bases de dados. - Manipular dados retirados de bases de dados. - Instalar, con gurar e efectuar a manutenção de servidores para a Internet. - Plani car, executar e efectuar a manutenção de páginas e sítios na Internet. - Desenvolver, instalar e efectuar a manutenção de sistemas

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de informação baseados nas tecnologias web. Esperamos que estes jovens, que iniciaram neste ano lectivo o seu ciclo de formação, se mantenham motivados para o desenvolvimento e aplicação das suas competências, obtendo em 2013 a certi cação de Técnicos de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos com vista a dar resposta às necessidades do mercado de trabalho na nossa região. João Inez Director de Curso


[ em formação ]

CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS / SISTEMAS EÓLICOS

Necessidade Eminente: Técnicos de Energias Renováveis A relação entre o Homem e o Meio Ambiente é feita de contradições…tão depressa o queremos proteger como inventamos novas formas de o agredir. Esta contradição conduz a inúmeras situações de desgaste quer por parte do ser humano quer por parte da Natureza, que de uma forma ou outra, tem vindo a demonstrar o desagrado na forma como é tratada e considerada. As populações crescem a um ritmo frenético, e com elas crescem as necessidades de espaço e recursos que permitam manter as condições de sobrevivência a que todos já estamos habituados. De há uns anos a esta parte, as consciências começaram a pesar e as consequências de todo um conjunto de actos, a surgir. Parece que se ouve a Mãe Natureza gritar:” CHEGA! Protejam, tratem e não destruam!” Eis que surgem todo um conjunto de movimentos relacionados com as questões ambientais e a procura de novas formas de produção de energia que sejam menos agressivas ambientalmente e cujas matérias-primas não corram o risco de desaparecer com a constante utilização. As Energias Renováveis fazem parte deste conjunto de medidas, sendo as mesmas das mais diversas áreas e formas. Num País onde o vento, o sol e as marés abundam é urgente dar uso e proveito a essas fontes! As Energias Renováveis Eólicas são um projecto que tem vindo a ser implementado no nosso País (ilhas e continente) de forma a dar resposta às necessidades energéticas existentes, de um modo complementar. Foi atendendo a esta necessidade e consequentemente à necessidade de Técnicos formados na área, que surgiu o

Curso relacionado com as Energias Renováveis – variante Sistemas Eólicos na Escola Pro ssional de Rio Maior. Vós, caros alunos, sois o futuro e, como tal, tendes que ter em atenção que a formação e especialização são essenciais. Há que apostar nas novas tecnologias e soluções! Este é o vosso primeiro ano! Diferenças, apostas, sucessos e desa os ser-vos-ão colocados diariamente, para que um dia ao saírem desta escola possam também contribuir de forma positiva e motivadora na protecção ambiental e desenvolvimento pro ssional!

"A transformação pessoal requer substituição de velhos hábitos por novos." (W. A. Peterson ) Claudia Solange Gomes Directora de Curso

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[ em formação ]

CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO DE TURISMO AMBIENTAL E RURAL

Quali car, Inovar e Empreender … no Turismo

A Escola Pro ssional de Rio Maior abriu no presente ano lectivo o curso de Técnico de Turismo Rural e Ambiental, destinado a jovens que pretendem vir a trabalhar no sector do turismo, tendo em vista quali car pro ssionais capazes e motivados que prestem um serviço de excelência. Num sector que representa cerca de 11% do PIB da Economia Nacional e com uma quota de emprego em actividades características do turismo de 7,9%, o que ronda sensivelmente os 406,6 mil indivíduos, segundo o INE, o objectivo a que se propõe o sector é chegar aos 15% do PIB Nacional. Para tal, além do investimento que é feito em promoção externa e em estratégias de marketing é, de facto, necessário formar jovens capazes de dar uma resposta adequada aos níveis de qualidade cada vez mais exigentes do Turismo e da Hotelaria. Hoje em dia vive-se verdadeiramente num mercado global e a concorrência é cada vez maior, onde os vários destinos mundiais competem de forma feroz entre si. Num contexto regional, o concelho de Rio Maior tem vindo a apostar neste sector onde existem importantes investimentos privados e públicos, uns de maior escala, outros de escala mais reduzida, mas todos eles importantes. Podemos a rmar que Rio Maior tem excelentes equipamentos

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em diferentes áreas que se devem complementar entre si e que permitem, em conjunto, criar uma oferta diversi cada e diferenciada. Neste momento, estão a ser discutidas as linhas estratégicas de um plano de médio prazo que permita captar mais investimentos e aumentar o uxo turístico. Estão assim criadas as condições para, em conjunto, o sector privado e público unirem esforços no sentido de organizarem a oferta turística. Este é o ponto fulcral da discussão - a organização da oferta turística do concelho - dando-lhe uma identidade própria e diferenciadora com estratégias de promoção conjunta em que os equipamentos se complementem entre si; para além disso, deve-se identi car os recursos existentes e transformá-los em produtos turísticos.

Só com esforço de todos os stakeholders será possível criar sinergias de que todos bene ciarão. A Escola Pro ssional de Rio Maior será também parte do processo, servindo de “tubo de ensaio” através de projectos inovadores, alguns deles já em desenvolvimento e em fase embrionária, que devem merecer a atenção e o contributo de todos, pois só assim é possível Quali car, Inovar e Empreender! Bruno Vargas Director de Curso


[ em formação ]

CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS / SISTEMAS SOLARES

Futuro, mas com Energia produzido com latas de refrigerantes usadas pode ser usado para aquecer pequenos espaços como tendas de campismo, auto-caravanas e até quartos. Para instalar/usar este

A Necessidade de ter energia é fundamental para o desenvolvimento das sociedades. No entanto, a maior parte da energia usada no mundo provém de combustíveis fósseis como o carvão, o gás ou o petróleo, cujas reservas têm vindo a diminuir. Estes combustíveis fósseis aumenta a concentração CO2 na atmosfera, contribuindo para o tão falado aquecimento global. A utilização e ciente da energia e a aposta nas fontes de energia renováveis como o sol ou o vento podem contribuir para a redução da pegada ecológica do homem. O recurso às energias alternativas, em especial à energia solar, constitui uma solução para muitos problemas sociais associados ao consumo de combustíveis fósseis. O seu uso permite uma melhoria do nível de vida, em especial nos países sem reservas petrolíferas como Portugal, diminuindo a sua dependência económica e reduzindo os impactos negativos resultantes da queima de combustíveis na utilização e transformação de energia. A situação energética nacional traduz-se num subaproveitamento das energias endógenas. Uma das fontes endógenas de extrema importância é a energia solar dado que o valor anual da radiação solar global varia entre 1400 e 1800 kWh/ m2. Sendo esta uma fonte primária gratuita, não poluente, abundante em Portugal e estando à disposição de todos, deve ser aplicada em projectos de produção de energia eléctrica e/ou térmica. O curso de Técnico de Energias Renováveis iniciado no ano lectivo 2009/2010 tem sido uma revelação. Ainda no primeiro ano foram concluídos pelos alunos vários trabalhos na área das Energias Renováveis, onde se destacam: - Módulo térmico de aquecimento de ar - este protótipo

sistema basta canalizar o ar aquecido para o espaço, tendo o cuidado de orientar o módulo para o sol. Este sistema custa menos de 50€ e tem na saída ar com mais de 130ºC sendo o caudal de aproximadamente 5 litros por minuto. O Carrinho Solar, construído pelos alunos, participou no rali solar, passando a eliminatória e marcando presença na nal. A prova consistia em realizar uma volta completa ao circuito no menor tempo, usando exclusivamente energia solar. Apesar de se tratar de uma prova de velocidade as técnicas de construção e design também contavam. Este ano, nova prova, nova vontade de ganhar. Os alunos do C.T. de Energias Renováveis – Solar, no nal dos três anos, terão competências para assegurar a manutenção dos sistemas solares térmicos e dos sistemas solares fotovoltaicos, de acordo com os planos de manutenção de nidos e efectuar ensaios após intervenção, a m de assegurar o seu adequado funcionamento. Terão ainda capacidades de coordenar e supervisionar o diagnóstico de anomalias nos sistemas solares térmicos e nos sistemas solares fotovoltaicos, procedendo ao controlo do funcionamento de equipamentos e acessórios, de acordo com as especi cações técnicas dos mesmos. Será com a ajuda da Escola Pro ssional de Rio Maior que teremos já em 2012, dezanove novos Técnicos em Energias Renováveis.

Só desta forma investindo e criando novas formas de aproveitamento energético, poderemos avançar no sentido de diminuir a dependência dos combustíveis fósseis. Issac Duarte Director de Curso

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[ em formação ]

CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO DE GESTÃO

Aplicar Conhecimentos/ Competências

Dizer que vivemos na sociedade do conhecimento já é um lugar-comum. No entanto, e apesar de tão apregoado, nunca é de mais reforçar a sua importância para o desenvolvimento das organizações e dos seus pro ssionais. Durante muitos anos, as organizações foram orientadas para trabalhar com um modelo de gestão baseado em hierarquias rígidas. Com a globalização e as mudanças constantes que esta estimula, a organização tem a necessidade de implementar um processo de gestão ágil, inteligente, que procure capacitar os seus colaboradores através de um modelo de aprendizagem contínua para que estes possam adquirir competências, tornando-os capazes de dar resposta à mudança e agir proactivamente, de forma e caz e e ciente. Os avanços tecnológicos e o desenvolvimento das telecomunicações são constantes e impulsionam as organizações a alterar os seus modelos de gestão. Hoje, na chamada era do conhecimento, houve uma mudança no modo de trabalhar, nos processos de produção e no per l do trabalhador, dando lugar à valorização de um outro recurso, além dos nanceiros e físicos, o conhecimento. Esse novo recurso tem sido apontado como um dos activos mais valiosos e importantes da organização. Neste cenário, é preocupação constante de todos na Escola Pro ssional de Rio Maior e particularmente de todos os que

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colaboram na formação dos futuros técnicos de gestão, fazer com que eles adquiram os conhecimentos necessários e que estes se transformem em competências efectivas, para que possam desempenhar cabalmente a sua pro ssão do ponto de vista técnico e humano. Após concluírem dois anos de formação nas áreas sociocultural, cientí ca e técnica é chegada a altura de testar as competências adquiridas através da realização do primeiro estágio curricular em contexto real de trabalho. Assim, durante o ano lectivo de 2010/2011, vão estagiar durante seis semanas, de 18 de Maio a 28 de Junho. Este estágio funcionará para a maioria como a primeira experiência no mundo do trabalho. A selecção do local de estágio decorreu durante o segundo trimestre e na maior parte dos casos, os locais foram identi cados pelos formandos de acordo com as suas preferências. Porque a vida é feita de aprendizagens, desejo a todos um bom estágio e espero que no próximo ano lectivo, venham mais enriquecidos do ponto de vista das competências mas também ao nível das relações interpessoais. Maria João Calado da Maia Directora de Curso


[ em formação ]

CURSO TÉCNICO DE DESIGN INDUSTRIAL

...e a nal, o que é o Design? Segundo o International Council of Societies of Industrial Design (ICSID) o Design é uma actividade criativa cujo objectivo é estabelecer qualidades multifacetadas dos objectos, processos, serviços e dos seus sistemas em ciclos de vida completos. Assim, o design é o factor central da humanização inovadora das tecnologias e um factor crucial de intercâmbio cultural e económico1. Para o ICSID o design visa identi car e avaliar relações estruturais, organizacionais, funcionais, expressivas e económicas, com o objetivo de:

enfatizar a sustentabilidade global e a protecção ambiental (ética global);

dar benefícios e liberdade para a toda a comunidade, utilizadores nais, produtores e protagonistas do mercado (ética social);

dar suporte à diversidade cultural, independentemente da globalização mundial (ética cultural);

gerar produtos, serviços e sistemas, cujas formas sejam expressivas e coerentes com sua própria complexidade.

dar aos produtos, serviços e sistemas formas que ex-

+ DEFINIÇÕES DE DESIGN “Uma actividade de resolução de problemas orientada por objectivos”. Archer “A solução óptima para o somatório das verdadeiras necessidades de um determinado conjunto de circunstâncias”. Matchett

pressem e sejam coerentes com sua própria complexidade. Design diz respeito aos produtos serviços e sistemas concebidos com ferramentas, organizações e lógica introduzidos pela industrialização – não apenas quando produzidos por processos em série. O adjectivo “industrial” acrescentado ao design, deve ser relacionado com a indústria ou com o seu signi cado de “sector de produção” ou no sentido de “actividade industrial”. Assim, o design é uma actividade que envolve uma ampla faixa de pro ssões, das quais produtos, serviços, comunicações grá cas e arquitetura fazem parte. Juntas, estas atividades deveriam elevar, de um modo harmónico e or-

“Um método de obtenção de componentes para atingir a melhor solução de um determinado problema”. Eames “O designer é uma nova espécie de artista, um criador capaz de entender todas as formas de necessidades: não por ser um prodígio, mas porque sabe como abordar as necessidades dos homens de acordo com um método bem de nido”. Gropius “Cada ser humano é um designer. Alguns também ganham a vida através do design – em todos os campos que existem pausa e ponderação entre o conceber e uma acção, a forma a dar aos meios que nos permitem realizá-la é uma estimativa dos seus feitos.” Munari

questrado com outras pro ssões, o valor da vida.

1

Tradução livre http://www.icsid.org/about/about/articles31. htm, consultado em 17 de Abril de 2011

Ana do Carmo Directora de Curso

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[ em formação ]

CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO DE SERVIÇOS JURÍDICOS

Para o Futuro: Uma Mente Pró-Activa

Hei-nos na recta Final…entre Relatórios de Estágio, Projectos de Aptidão Pro ssional e últimos módulos. Quando olharmos à nossa volta, a azáfama acabou e acabou também o vosso percurso formativo. Para trás caram as duras provas, onde mostraram capacidade de resistência e sacrifício. Para trás caram dois estágios, em que a E.P.R.M. vos preparou para a vida prática, ao permitir um contacto com o mundo lá fora. Para nós professores e para a Escola ca o sentimento de dever cumprido, ca a forma irrepreensível de actuar, onde todos saem valorizados, dado que o nosso método de ensino permite um Maior e Melhor conhecimento teórico e uma Maior e Melhor experiência técnica. A vós, Técnicos de Serviços Jurídicos, pro ssionais com competências para preenchimento das necessidades de pessoal com conhecimentos especí cos na área do Direito, nomeadamente civil, penal e societário, aguarda-vos empregos em 48 | Revista EPRM # 19

cartórios, conservatórias, tribunais (no âmbito da carreira de o ciais de justiça e técnicos de justiça), bem como prestação de apoio a pro ssionais do foro (advogados, solicitadores e agentes de execução). Para vós alunos, cará para o Futuro uma mente pró-activa, mais preparada para a vida prática e para o mundo do trabalho, capazes de se entregarem às tarefas mais vastas, nomeadamente preparação e expedição de correspondência, apoio ao pro ssional em audiências e diligências, movimentação de processos e cumprimento de prazos, realização de expediente de cartórios e conservatórias, entre outros. Não foi fácil chegar ao m, muitas vezes deparamo-nos com obstáculos que pareciam intransponíveis. Mas é deveras grati cante quando acaba bem; e no vosso caso, vai acabar Muito Bem. A todos Muitos Parabéns e Votos de um Excelente Futuro Pro ssional. Carla Bernardes Directora de Curso


[ em formação ]

CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO DE ELECTRÓNICA, AUTOMAÇÃO E INSTRUMENTAÇÃO

Electrónica e Automação na EPRM Os nalistas do Curso Técnico de Electrónica, Automação e Instrumentação da Escola Pro ssional de Rio Maior têm pela frente a conclusão dos projectos de PAP’s. Estes projectos curriculares levam um grupo de alunos a desenvolver electrónica para uma aeronave não tripulada de nome “PROSKY”. As aeronaves não tripuladas, vulgarmente designadas por Unmanned Aerial Vehicles (UAV) revelam cada vez mais importância nos dias que correm, com a necessidade de patrulhar a costa marítima, detectar incêndios orestais, medir parâmetros atmosféricos e até controlar o tráfego automóvel. Esta necessidade tem motivado o aparecimento deste tipo de aeronaves. As missões efectuadas por este tipo de aeronaves são muito mais e cientes e muito menos dispendiosas, visto que não têm necessidade de tripulação, logo consomem muito menos combustível. Este projecto ambicioso de electrónica está dividido em vários subprojectos que vão desde a sinalização da pista, com infra-vermelhos, à aquisição de valores importantes de posição, alturas, pressões e temperaturas. Este Robot irá numa primeira fase voar com o auxílio de um comando de aeromodelismo, desta forma pretende-se evitar riscos promovendo assim a continuação da parte pedagógica na aquisição/instrumentação de sinais essenciais ao voo da aeronave. Todo o conhecimento adquirido no projecto “PROSKY” tem sido essencial para o desenvolvimento de um Robot móvel que irá ser utilizado nas futuras provas do (FNR) Festival Nacional de Robótica. O objectivo é criar um Robot totalmente projectado e construído pelos alunos de forma testar e consolidar conhecimentos adquiridos nas aulas teóricas. A prova consiste na utilização de robôs móveis para identi car vítimas com rapidez e precisão em cenários de catástrofe que são recriados arti cialmente. Estes cenários vão aumentando em complexidade até chegar a uma zona onde as vítimas são colocadas aleatoriamente em campo aberto.

Estas actividades estão a motivar e preparar os nossos alunos para o mercado de trabalho, cada vez mais exigente na resolução de problemas a baixo custo. A electrónica embebida (electrónica programada/embarcada) contribui bastante para a redução de custos e simpli ca as actualizações. No entanto, e tendo em consideração que um Técnico em Electrónica e Automação é o pro ssional que, de forma autónoma ou integrado numa equipa, programa, planeia, executa e coordena projectos de instalações eléctricas e de automatismos industriais, não podemos esquecer a importância da Automação. Automação é a criação de um sistema que controla actividades sem a necessidade de interferência do homem. A mão-de-obra passa a ser substituída pela mecanização, tornando possível a realização de tarefas difíceis para o homem, ou simplesmente realizando pequenas actividades do dia-a-dia. A automação pode estar presente em diversos ramos de actividades, sempre com o objectivo nal de gerar conforto, tornar possível a realização de actividades, aumentar a produção, optimizar o tempo, reduzir gastos e oferecer segurança. A automação residencial pode ser desenvolvida tanto em sistemas simples, proporcionando o controlo de um único elemento; como em sistemas so sticados, que agregam o controlo de diversas funções e a interação em equipamentos diferentes. Quer optem por Electrónica e/ou Automação não se esqueçam que as empresas têm como necessidades básicas pro ssionais quali cados tecnicamente para que o desempenho no seio da sua actividade seja cada vez mais próximo da expectativa dos seus clientes. Bem – hajam e Boa Sorte! Luís Gonçalves e Isaac Duarte CT – Electrónica, Automação e Instrumentação

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[ em formação ]

CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO DE RECURSOS FLORESTAIS E AMBIENTAIS

A Regeneração de um ciclo

“Sabe-se que a Floresta contém uma valiosa fonte de riqueza natural e que tem um papel chave na manutenção da biodiversidade na melhoria da qualidade de vida das populações.” 2011 foi identi cado como o Ano Internacional das Florestas e será também o ano que o Curso Técnico de Recursos Florestais e Ambientais termina o seu ciclo de formação na Escola Pro ssional de Rio Maior. Durante estes três anos (2008/2011) houve o empenho de diversas entidades e personalidades em quali car e formar técnicos intermédios de nível IV que valorizassem os recursos e benefícios provenientes da oresta de uma forma sustentável. Num concelho onde o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros associado à vasta área orestal apresentam grandes possibilidades de saídas para o mercado de trabalho, o Curso Técnico de Recursos Florestais e Ambientais surge com o intuito de desenvolver de forma sustentável o meio rural, nomeadamente, com a valorização dos recursos endógenos e a optimização dos processos produtivos, com a melhoria da quali cação pro ssional da população, com o aumento da competitividade das actividades económicas tradicionais, com o desenvolvimento de novas actividades ligadas à oresta, como seja a exploração dos cogumelos, turismo de natureza e com o desenvolvimento sustentável do concelho e da região. O Técnico de Recursos Florestais e Ambientais é o pro s-

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sional quali cado apto a intervir na construção e gestão de uma empresa orestal, no respeito pelas regras de segurança e saúde no trabalho. Os alunos e alunas que não pretendam seguir para o ensino superior poderão desempenhar acções para coordenar equipas de trabalho; intervir no domínio da actividade orestal através da produção, valorização e comercialização de bens e serviços; gerir a produção sustentada e a rentabilidade da oresta, pelo uso racional dos seus recursos; conservar, proteger e valorizar os espaços orestais; fomentar a utilização racional dos recursos naturais, tendo em conta o equilíbrio bio-ecológico; sensibilizar as populações para o associativismo orestal, melhorando o desempenho das estruturas organizativas locais; proceder a acções de vulgarização e assistência técnica, promovendo o desenvolvimento regional e a melhoria das condições de vida, de acordo com as potencialidades e os programas de desenvolvimento orestal. Como formador e coordenador de curso pretendo que os alunos possam terminar esta fase formativa da sua vida com a realização das Provas de Aptidão Pro ssional de uma forma digna dos conhecimentos adquiridos e desejar muitas felicidades a todos e que a EPRM tenha sido mesmo uma Escol(h)a de Sucesso na suas vidas. Pedro Guedes Director de Curso


[QUARTA-FEIRA]

19:00 Encerramento das actividades

18:00 Encontro com Pais e Encarregados de Educação

Pintura Criativa Música Criativa Escalada Pintura Facial Torneio GPSI Torneio de Carrinhos Solares

EPRM

14:30 > 17:00 INTERCÂMBIOS ESCOLARES DESPORTIVOS E RECREATIVOS Programa de actividades a apresentar e divulgar pela Associação de Estudantes

EPRM

11.45 > 13:00 ESCOLA ABERTA Abertura oficial das exposições técnicas dos alunos integradas nas Jornadas Profissionais

Auditório Cineteatro Municipal

10:00 >12:00 SESSÃO DE ABERTURA OFICIAL das XVIII Jornadas Profissionais Abertura da sessão pelo Director Pedagógico e Director Executivo Apresentação da Revista n.º 19 Entrega dos Prémios de Mérito Escolar Intervenção do Presidente da ANQ, Professor Luís Capucha Encerramento da Sessão pela Sr.ª Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, Dr.ª Isaura Morais

Junto ao edifício da Câmara Municipal de Rio Maior

09:30 Concentração e recepção de convidados

08:30 Início das actividades na EPRM

11 MAIO [QUINTA-FEIRA]

EPRM

E.B.I Marinhas do Sal; E.B.I Fernando Casimiro; E.B.I Alcanede; E.B.I Manique do Intendente; Escola Secundária de Rio Maior

TODOS OS DIAS FEIRA DO LIVRO NA BE/CRE

Dr. Daniel Pinto

Ô Turismo Ambiental e Rural EPRM – Sala 5 Qualificar, Inovar e Empreender

RISA

Ô GPSI EPRM – Sala Informática Gestão e Programação

Dr. Rui da Bernarda

Ô Gestão EPRM – Sala 4 “Empreendedorismo na 1.ª Pessoa”

Dr.ª Catarina Gomes; Dr.ª Lucília Arribança; Sr.ª D.ª Marília Carreira

Ô Serviços Jurídicos EPRM – Sala 1 “Direitos da Criança”

Eng.º Gustavo Bidarra (AGER)

“Desenvolvimento Florestal”

Eng.ª Rita Barreto (SINASE)

“As Organizações e a Certificação”

EPRM – Sala 2

Ô Recursos Florestais e Ambientais

Eng. Miguel Soares (SIEMENS)

“Soluções Eficientes em KMX/EIB”

Auditório Biblioteca Municipal

Instalações Eléctricas e Electrónica, Ô Automação e Instrumentação

15:00 >17:00 ENCONTROS COM EMPRESÁRIOS E PROFISSIONAIS

Ô

08:30 Início das actividades na EPRM 09:30 ESCOLA ABERTA Visitas às Exposições Técnicas dos alunos por parte dos alunos das seguintes Escolas:

12 MAIO

[SEXTA-FEIRA]

19:00 Encerramento das actividades

17:00 LANCHE CONVÍVIO Toda a Comunidade Escolar

14:30h > 17:00h ACTIVIDADES LIVRES LÚDICO-DESPORTIVAS

Auditório Cineteatro Municipal

DESTINATÁRIOS: Toda a Comunidade Escola e Tecido Empresarial › CONVIDADOS: Conselho de Gerência

CONVIDADOS: Dr. Mário Lobo (Director Centro de Emprego); Eng.º Henrique Neto (IBEROMOLDES); Sr. Joaquim Louro (LOURINI)

MODERADOR: Eng.º Orlando Ferreira (Rodoviária do Tejo)

9:30 > 12:00 SESSÃO “EMPREENDEDORISMO, INOVAÇÃO E EMPREGABILIDADE”

08:30 Início das actividades na EPRM

13 MAIO

18:00 Encontro com Pais e Encarregados de Educação 19:00 Encerramento das actividades

Eng. André Cruz (VULCANO)

Auditório do Centro de Estágios

Ô Energias Renováveis “Soluções solares Vulcano aplicadas ao mercado nacional”

D.er Denise Ferreira

Ô Design EPRM – Sala Desenho “Propriedade Intelectual para Designers e Empresas de Design”



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