Conceitual | Ensaio de fotos conceituais por Erich Sacco Campo Grande MS

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Este livro ĂŠ dedicado aos meus pais Michel e Rosemarie.






































BIOGRAFIA ERICH SACCO Nasci em Passos-MG em abril de 1967, sou descendente de Libaneses e Italianos. Quando tinha uns cinco anos de idade minha mãe mudou-se para São Paulo capital onde vivi durante muito tempo. Acho que tudo começou em meados do ano de 1985, naquela época minha mãe havia comprado uma câmera muito popular no Brasil, uma Olympus Trip. Era uma máquina simples com algumas regulagens na objetiva e que produzia fotos até razoáveis para as câmeras amadoras daquele tempo. Lembro-me bem do dia em que peguei essa câmera e disse: vou ser fotógrafo, íamos viajar para Passos-MG naquele final de semana e foi a grande oportunidade que tive de começar meu ensaio. Uma das fotos daquele dia, por sinal a primeira foto, eram das minhas irmãs deitadas no asfalto com umas roupas tipo new wave, a la The B´52´s, cores berrantes. Além da fotos das minhas irmãs, fotografava flores, produtos e paisagens. Um dia percebi que precisava de um equipamento melhor e de estudar mais o assunto. A minha primeira SLR, uma câmera mais profissional, foi a Canon AE-1, comprada com a ajuda do meu pai, ela proporcionou ótimas experiências, no entanto as informações sobre fotografia foram um pouco mais difíceis, não existia internet e muito menos a quantidade de revistas que temos hoje, uma das poucas era a Íris. Passava manhãs inteiras no Centro Cultural, ali na Vergueiro em São Paulo, folheando revistas e livros que lentamente foram aperfeiçoando minha técnica e estilo. Devorava tudo que podia em termos de leitura nesta época. Estamos em 1990, abandonei o curso de propaganda e marketing da ESPM para me dedicar a minha verdadeira vocação. Concluí o curso de fotografia profissional do Senac (hoje a primeira faculdade de fotografia do país) e juntamente com a minha mulher, na época minha namorada, começamos a fazer fotos para books e casamentos . Eu fotografava com uma reflex 35mm e uma 6x4,5cm (Mamiya). A fotografia não ia muito bem e assim, desacreditado, procurei uma outra atividade.Foram anos de comerciante a empresário e hoje agradeço por não ter obtido êxito nestas profissões, porque foi exatamente ai que minha vida começou a mudar e finalmente pude reencontrar a fotografia, desta vez em Campo Grande - MS, por volta de janeiro de 1999, e com uma intensidade incrível. A sensação era de que não poderia falhar desta vez. Situação financeira difícil, casamento por um triz, o mundo parecia desabar. Agarrei a oportunidade e comecei a me dedicar muito.Todo meu aprendizado, minha atualização, só foi possível graças a Internet, que deixou o mundo bem pequeno e de fácil acesso. Tive a oportunidade de dividir um estúdio com alguns profissionais daqui como: Elis Regina, Vânia Jucá e Aléxis Prappas, amigos importantes presentes naqueles momentos de recomeço da minha vida. Em agosto de 1999, no antigo MARCO, fiz minha primeira exposição : Afonso Pena e seus encantos e em agosto de 2001 fiz a exposição coletiva Campo Grande através das lentes dos fotógrafos no MIS, essa por sinal toda feita com saídas digitais impressas em São Paulo em um Frontier da Instancolor (primeiro mini-lab digital da América do Sul), que ainda era uma novidade aqui na região. No começo acreditava que minha carreira seria como fotógrafo de eventos, mas a publicidade viria a ser minha grande especialidade.


Trabalhando basicamente para agências de publicidade do estado do Mato Grosso do Sul, da região, de São Paulo e de alguns estados do Sul, desenvolvi uma boa técnica em diversas áreas da fotografia. Não é como nos grandes centros ou na Europa e EUA, onde fotógrafos são altamente especializados. Lá existe o cara que faz moda, o que faz alimentos e assim por diante. Aqui a realidade sempre foi outra, o fotógrafo faz de tudo um pouco. É claro que todos temos algo que gostaríamos mais de fazer, no meu caso são alimentos, agronegócio, jóias, pessoas e arquitetura. Em 2002 o editorial da Revista Holophote serviu como base para consolidar o sistema digital que garantia qualidade e rapidez aos trabalhos. Foram diversas capas, material interno e uma coluna na qual eu escrevia sobre fotografia digital. Hoje produzo fotos editoriais e publicitárias para revista Tanaweb e para revista A Gente (antiga gente vip). O Estúdio Sacco montado há dois anos na Rua Bahia 826, estabelece um novo marco na minha carreira, de fotógrafo publicitário para também fotógrafo de retratos juntamente com minha mulher Patrícia Sacco, responsável pela maquiagem. Diversas pessoas da capital já puderam comprovar um estilo bastante particular, limpo, clean, sem muitos adereços e que procura deixar as pessoas à vontade como se estivessem em suas próprias casas.Vale ressaltar a fotografia de crianças e gestantes. Agora, março de 2007 uma nova exposição com um tema que sempre me agradou muito, flores. A exposição mostra o tempo utilizando as flores como pano de fundo.São relógios, pirâmides, fusos, ampulhetas e outros. As fotos mostram bem um pouco do meu estilo, fotos em fundos totalmente brancos e puros, a cor destacada, a composição mecânica e precisa, como um relógio. Estar presente em um momento e não existir logo depois, portais mágicos que nos transportam para outra realidade. Industrial, clonado, passageiro, frágil, belo, organizado, robotizado, e assim vai. Agradecimentos; Roberto (Casaretto), Jefferson de Almeida, Agilitá, Foto Erick, Quadro a Quadro, Eduardo Marães, Digipix, revista A Gente, Angel Foto e a todos aqueles que contribuíram para a realização desta exposição. Agradecimentos especiais a minha mulher Patrícia Sacco e as minhas filhas Natassia e Maiza Sacco.

Campo Grande, 06 de março de 2007



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