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Linguagem

Visual

01

Aumente suas habilidades e inspire-se nesta edição repleta de dicas e informação Elementos básicos da Linguagem Visual

Valor Sugerido RJ / SP / MG / ES

R$

19,90

Trabalhando com a Alfabetização Visual

Aprendendo a manipular o uso do GESTALT

Como nosso cérebro

funciona com a

O uso do símbólico e a Representatividade

LINGUAGUEM

e Percepção Visual

Aprendendo mais sobre Contraste e Técnicas Visuais

UTILIZAÇÃO DA ABSTRAÇÃO A criança que se expressa melhor é a que usa a abstração



ALFABETIZAÇÃO VISUAL

I M P O R TÂ N C I A

A importância da Alfabetização Visual Atualmente, a linguagem visual é a mais utilizada

A importância do cidadão em melhorar a percepção de todos os tipos de informação por meio dos mais variados sistemas linguísticos e aparatos tecnológicos e conseguir interagir e se comunicar através de todos esses meios passou a ser imprescindível diante da complexa realidade social contemporânea. A linguagem mais utilizada nos dias de hoje é a visual. Dessa forma, é necessário auxi-

lio aos indivíduos na realização de uma leitura crítica das ideias e valores no mundo de hoje veiculadas através de imagens. O estudo da alfabetização visual amplia o olhar do individuo, o limite e abrangência de sua percepção, sendo, portanto, muito importante para uma atuação consciente e critica na sociedade atual.

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ELEMENTOS BÁSICOS

• o o o o o o o

PONTO Elemento mínimo da comunicação; Grande poder de atração; Quando agrupado cria linhas, forma, tom, cor, textura, dimensão, escala e movimento; Sem redução; Possui precisão de posicionamento; É o início e o fim de uma linha; Ao aumentar a proximidade dos pontos, aumenta a sensação de direção, transformando-se em outro elemento visual: LINHA;

• o o

ELEMENTOS VISUAIS

Exemplo que mostra pontos sugerindo formas

LINHA Possui trajetórias e ritmos; Serve para expressões diversas, associações, como: - Linhas retas – racionalidade, precisão; - Linhas horizontais – estabilidade; - Linhas diagonais – dinamismo, movimento ou instabilidade; - Linhas onduladas e curvas – Leveza, suavidade e harmonia; - Linhas angulosas – Choque e conflitos;

Os diferentes tipos de linhas e suas expressões

o o o o o

Trajetória de um ponto; Com comprimento e sem largura; Posições e direções; É limitada por pontos; Forma a borda de um plano.


ELEMENTOS BÁSICOS

• o o o

ELEMENTOS VISUAIS

FORMA A linha descreve uma forma; Formas básicas: Quadrado, Círculo e o Triângulo equilátero; Associações: - Quadrado: enfado, honestidade, precisão; - Triângulo equilátero: ação, conflito, tensão; - Círculo: infinitude, precisão, etc.

o o o o

As 3 formas básicas associadas formam muitas das formas da natureza e da imaginação humana. É o crescimento infinito de um ponto; Não possui espessura Forma aberta e fechada;

Linhas que resultam em formas

• o o o o

o o o o o

Exemplos de tonalidades

o o

TONALIDADE Variação de claro e escuro em uma imagem; Claridade e Obscuridade como elementos importantes para percepção do nosso ambiente. Utilizada para criação convincente de realidade; Um dos recursos mais eficientes em comparado ao ponto de vista, ponto de fuga, a linha do horizonte ou qualquer outro artifício; São formas de descrever a luz; LUZ e SOMBRA são efeitos especiais da tonalidade; Luz suave pode representar melancolia, serenidade; Suavidade não agride. Já o Contraste evidência. Tomar cuidado com os contrastes ao utilizar fontes para não afetar a legibilidade; Dá noção de distância. Percepção de mais agradável.


ELEMENTOS BÁSICOS

PSICOLOGIA DAS CORES

Psicologia das cores: Por que estudar sobre as cores? A Psicologia das Cores é muito importante no Marketing e no dia-a-dia é fundamental para entendermos o significado das cores e como podemos usar uma determinada cor para nosso benefício.


ELEMENTOS BÁSICOS

PSICOLOGIA DAS CORES


ELEMENTOS BÁSICOS

PSICOLOGIA DAS CORES


ELEMENTOS BÁSICOS

PROPRIEDADE DAS CORES

TEXTURA

ESCALA

DIMENSÁO

MOVIMENTO

Propriedades da cor: - O Sistema HSB (Hue/Matiz, Saturation/Saturação, Brightness/Brilho) •MATIZ – Podemos dizer que é o que chamamos de cor; •SATURAÇÃO – Intensidade ou Pureza da cor; •BRILHO – Quantidade de claro e escuro presente nas cores. São as variações de mais escuro e mais claro da cor.

- Cores Complementares – Cores opostas no círculo cromático. - Tipo de Associações com cores: Material, Sensorial, Cultural ou Convencional. •Associações materiais – Relacionar a matiz com um material presente no meio onde vivemos; •Associações sensoriais – Utilização dos sentidos. Ex: Cores frias, quentes, ácidas, etc. •Associações convencionais ou culturais – São as características definidas por uma sociedade, setor de prestação de serviço, tribo social, entre outros, definindo assim uma cor a ser utilizada.

Textura: oTransmite informações através do tato oUma superfície mais rígida ou mais lisa transmite informações ao misturar demais elementos.

Dimensão: oAo juntar volume e profundidade podemos perceber um efeito tridimensional na imagem; oA perspectiva reforça a ilusão do tridimensional e pode ser intensificada pela tonalidade;

Movimento: oA imagem estática que dá ideia de ação/movimento


ELEMENTOS BÁSICOS

TÉCNICAS VISUAIS

Técnicas visuais: Organização dos elementos visuais básicos na composição da peça gráfica Dentre todas as técnicas visuais, nenhuma é mais importante para o controle de uma mensagem visual do que o contraste É na oposição que compreendemos melhor certas informações. O contraste é o aguçador de todo significado. É o definidor básico das ideias. Além da importância da significação, também tem a intenção e o efeito de trazer estímulo de atração visual e interesse para uma composição. Pode influenciar a opinião do leitor visual em relação a uma diferença contida na composição, que pode ser acidental (erro ou descontrole) ou proposital (intenção do projetista). Cabe ao projetista não deixar dúvidas em relação ao que é o principal dentro de muitas informações parecidas a serem transmitidas. Quando existe uma ambiguidade, um modo de dar ênfase ao que é principal é utilizando o uso do contraste. • A valorização das sensações de horizontalidade, verticalidade e inclinação pelos contrastes de direção. • Dentro da horizontalidade, a atração trazida pelo contraste tonal. • O entendimento de qual pequeno ou frágil é algo ou alguém se dá de maneira mais contundente com o contraste de escala. • Com o contraste de cor conseguimos distinguir, por exemplo, a diferença de sabor. Os matizes se contrapõem na mesma associação sensorial QUENTE e FRIO. • Contrastes de linha são usados frequentemente nas escolhas das famílias e estilos em um arranjo tipográfico. • O entendimento de leve ou pesado pode depender do contraste de dimensão. • A geometria e a organicidade no contraste de forma.


ELEMENTOS BÁSICOS

TÉCNICAS VISUAIS II

Existem outras técnicas, como o contraste, que permitem apresentar na composição aspectos do conteúdo trazido pela mensagem. Para compreendermos melhor as demais técnicas, trazemos em pares de polaridades. Dessa forma, equilíbrio se opõe em polaridade a instabilidade. • Equilibrio X Instabilidade – Simétrico ou Assimétrico. Podemos verificar ao dividirmos a imagem ao meio e constatar partes idênticas ou não idênticas. • Regularidade X Irregularidade – Quando existe um padrão nas imagens (repetição por exemplo), existe uma regularidade. Quando esse padrão é quebrado, temos uma Irregularidade. • Simplicidade X Complexidade – Simplicidade é a utilização de formas elementares, sem maior elaboração, enquanto a Complexidade é quando possui muitas informações em uma mesma mensagem, junção. • Unidade X Fragmentação – Ausência ou não de grupos de informação. • Economia X Profusão – Ao aproveitar o próprio vazio do espaço compositivo ou como suporte, escolhendo elementos mínimos necessários para a comunicação, então temos uma economia. Quando temo uma ornamentação exacerbada, exagerada, com muitos elementos, então temos uma profusão. • Exagero X Minimização – Ao utilizar elementos ampliados e supervalorizados, extravagantes, então temos um exagero. Quando utilizamos elementos equalizados ou que ocupam pouco espaço no contexto, temos a minimização. • Previsibilidade X Espontaneidade - Ao sugerir alguma ordem de visualização ou plano convencional na experiência ou na razão, temos a previsibilidade. Ao utilizar a Espontaneidade notamos a falta de planejamento, carregada de emoção, impulsiva e livre. • Atividade X Estase – A atividade sugere o movimento através da representação ou da sugestão. Como exemplo, temos objetos cilíndricos que sugerem movimento de rolagem. Enquanto Estase representa a força imóvel da representação estática.


ELEMENTOS BÁSICOS

TÉCNICAS VISUAIS III

• Transparência X Opacidade – Quando conseguimos visualizar outro objeto através do que se está na frente, então temos uma transparência, enquanto opacidade é a capacidade de bloqueio total do que está atrás pelo objeto da frente. • Exatidão X Distorção – Nossa experiência visual e natural das coisas. O modelo do realismo nas artes visuais se dá pela exatidão. O uso da perspectiva com reforço do claro e escuro. A Distorção é uma alteração na forma regular de um objeto. • Planura X Profundidade – Uso da ausência da perspectiva. Eliminação de aspectos tridimensionais. Só é possível através da Planura. Já a profundidade é a utilização dos efeitos de luz e sombra e também da perspectiva, que intensifica a representação de volume. • Singularidade X Justaposição – A singularidade se dá na técnica de usar a estratégia de apresentar um só tema independente. A Justaposição favorece a comparação, onde as informações a serem comparadas assumem características comuns para oposição ou a proximidade existente ficarem mais claras. • Agudeza X Difusão – Agudeza é o uso de contornos bem delineados e visíveis, enquanto a difusão dispensa o uso do contorno, se preocupando com a atmosfera de difusão, suavidade, de calor. • Rotundidade X Angularidade – Rotundidade é o predomínio de linhas e formas curvas, enquanto na Angularidade predomina-se o uso de linhas e formas angulosas. • Intersecção X Paralelismo – Intersecção é o uso de formas próximas que compartilham suas áreas. Já o paralelismo são formas que estão afastadas, sem compartilhar áreas.


ELEMENTOS BÁSICOS

G E S T A LT

Gestalt: fenômenos que ocorrem durante a percepção Quando o inteiro é maior do que a soma de suas partes individuais, se tornou possível o descobrimento de fenômenos de percepção das imagens.

Na ilusão de ótica, constatamos facilmente que o que se processa no cérebro é diferente do que se processa na retina. Esta “excitação cerebral” toma o todo com muito mais importância do que as partes isoladas. As forças externas seriam as que tem orígem na estimulação da retina através da luz vinda do objeto exterior, e por tanto das condições de luz em que se encontrar. As forças internas se constituem em um dinamismo cerebral vindo das estruturas do cérebro que tendem a organizar. Parecem se processar mediante a “leis gerais” que são respostas constantes observadas na maneira de estruturar ou, organizar, o que vemos. LEIS, OU FORÇAS, DA GESTALT:

Tendemos a perceber a informação visual através da identificação/organização por unidades. Devemos lembrar, que para percebermos unidades destacadas é necessário que haja contrastes (diferenças, descontinuidades). Numa situação de nenhum contraste, nenhuma forma será percebida. Em síntese: - Forças de segregação - Agem pelos estímulos de desigualdade de estimulação - Forças de unificação - Agem com os estímulos de igualdade de estimulação.


ELEMENTOS BÁSICOS

G E S T A LT

SEMELHANÇA: A lei da semelhança defende que elementos que possuem algum tipo de semelhança parecem estar agrupados. O agrupamento pode ocorrer tanto nos estímulos visuais quanto nos auditivos.

PROXIMIDADE: Os elementos são agrupados de acordo com a distância a que se encontram uns dos outros. O aspecto de semelhança é mais forte do que o da proximidade


ELEMENTOS BÁSICOS

PLANO BÁSICO

Plano básico? Mas o que é isso? Também conhecido como Espaço Compositivo. É muito importante conhecê-lo antes de iniciar qualquer composição. O plano básico é o espaço que estabelecemos onde iremos desenvolver nossa composição. Ao escolher seu formato ou orientação já conseguimos transmitir sensações. Todo plano básico possui um centro geométrico e um centro perceptível, sendo o segundo importante para o posicionamento do objeto que será visualizado com maior ênfase. Os objetos quando posicionados no plano

básico possuem um peso. Na parte superior, mais leve. Na parte inferior, mais pesado. Ao observarmos um plano básico, o canto superior esquerdo se torna o local de entrada do nosso olhar, enquanto o canto inferior direito transmite a ideia de saída do olhar. O que percebemos é que fazemos mais esforço visual quando olhamos ao contrário do que foi dito anteriormente. Utilizado também para o direcionamento de leitura.

Imagem explicativa mostrando o Centro Geométrico e o Centro Perceptível


ELEMENTOS BÁSICOS

PSICOLOGIA DAS CORES

Psicologia das cores: Por que estudar sobre as cores? A Psicologia das Cores é muito importante no Marketing e no dia-a-dia é fundamental para entendermos o significado das cores e como podemos usar uma determinada cor para nosso benefício.


ELEMENTOS BÁSICOS

PSICOLOGIA DAS CORES

Psicologia das cores: Por que estudar sobre as cores? A Psicologia das Cores é muito importante no Marketing e no dia-a-dia é fundamental para entendermos o significado das cores e como podemos usar uma determinada cor para nosso benefício.


ELEMENTOS BÁSICOS

G E S T A LT

BOA CONTINUAÇÃO: Toda unidade linear tende a continuar conm a mesma direção e com o mesmo direcionamento.

CLAUSURA: Ou “fechamento”, o princípio de que a boa forma se completa, se fecha sobre si mesma, formando uma figura delimitada. O conceito de clausura relaciona-se ao fechamento visual, como se completássemos visualmente um objeto incompleto. Esta propriedade se intensifica quando a forma a ser completada já é conhecida pelo leitor visual anteriormente. (Lei da Experiência Passada)


ELEMENTOS BÁSICOS

G E S T A LT

EXPERIÊNCIA PASSADA: A associação aqui, sim, é imprescindível, pois certas formas só podem ser compreendidas se já a conhecermos, ou se tivermos consciência prévia de sua existência. Da mesma forma, a experiência passada favorece a compreensão metonímica: se já tivermos visto a forma inteira de um elemento, ao visualizarmos somente uma parte dele reproduziremos esta forma inteira na memória.

PREGNÂNCIA: Quanto mais facil for a identificação das unidades, mais harmoniosa, forte e veloz será a informação visual.


ELEMENTOS BÁSICOS

O USO DO SIMBÓLICO

A importância do símbolo para a representação Faz parte da construção social do indivíduo. Funcionam como códigos de acesso a uma continuidade da representação que ultrapassa o visível.

O espectador “completa o que falta”. Como no uso da “regra do etc” fazemos intervir o saber prévio, o espectador supre o não-representado. EX: PIÃO, BOLA DE GUDE, AMARELINHA, ETC Um símbolo forte e que atinge a um grande número de pessoas, é comunitário e “ensinado sociamente”. É de fácil memorização e permanece através do tempo. Aspectos da SIMPLIFICAÇÃO DA FORMA associados ao símbolo.

O sinal simbólico e o contexto da REPRESENTAÇÃO SIMPLIFICADA. DIAGRAMAS: Tabelas, gráficos e esboços demostrativos.


ELEMENTOS BÁSICOS

O USO DO SIMBÓLICO

PLANTAS: Mapas, tabuleiros de jogos, mostrador analólico do relógio. É um plano orientador de espaço e tempo.

SINAL SIMBÓLICO: Representa religiões, ideologias, conceitos. Sintetiza e dá concretude ao que não se pode ver na realidade. É a definição de SÍMBOLO associada ao uso da convenção e da simplificação.


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