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•ÁUREA• História da Arte • Arquitetura • Urbanismo
ROMA: Conheça a história da cidade e descubra as principais obras históricas!
APRENDA sobre o RENASCIMENTO e saiba quais foram os principais artistas da época.
Saiba quais foram as influências do
NEOCLASSICISMO no Brasil.
Confira a análise da obra arquitetônica do MUSEU IMPERIAL de Petrópolis!
movimentos artísticos: 1 ARTS AND CRAFTS & ART NOUVEAU
conheça as características de cada um!
Proporção áurea, número de ouro, número áureo, seção áurea, razão de Phideas ou proporção de ouro é a constante real algébrica irracional denotada pela letra grega ϕ (PHI), em homenagem ao escultor Phideas (Fídias), que a teria utilizado para conceber o Parthenon.
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Áurea
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História da Arte • Arquitetura • Urbanismo
ROMA
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ROMA surgimento Como muitas histórias que pretendem descrever a origem de civilizações, povos e cidades, as origens de Roma também tem sua história contada através da mitologia, onde se acredita que o grande império teria sido fundado por dois gêmeos, Rômulo e Remo, que teriam sido fruto do envolvimento da princesa Rea Silvia, filha do rei Numitor, com o deus Marte. Rômulo e Remo, então, teriam por direito reinar sobre Alba Longa, porém o ambicioso Amúlio teria arquitetado um plano para tomar o governo, e por isso decidiu que abandonar as crianças às margens do rio Tibre, onde foram encontradas por uma loba que as amamentou e as entregou à uma família de camponeses para as protegessem.
Imagem: Estátua Loba de Capitólio e os irmãos Rômulo e Remo.
“Segundo diz a lenda os irmãos Rômulo e Remo teriam sido jogados no rio Tibre e recebido cuidados de uma loba” Quando alcançaram a idade adulta, os irmãos teriam voltado para Alba Longa, destruído Amúlio e fundado a cidade de Roma. Rômulo teria traçado os locais onde seriam feitas as primeiras construções da cidade, mas Remo não teria aceitado e por isso Rômulo teria o matado, se tornando o primeiro monarca da cidade. Esta explicação mística é contraposta por pesquisas de estudiosos que apontam que Roma teria sido criada a partir da construção de uma fortificação pelos latinos e sabinos. A partir do próximo parágrafo iremos acompanhar a história de Roma através de fatos apresentados pelos especialistas. Hoje Roma é a atual capital da Itália e foi o centro de onde emergiu um dos mais extensos impérios durante a Antiguidade. Situada na porção central da Península Itálica, Roma foi criada no século VIII a.C e contou com diversas influências culturais e étnicas até se tornar o que é hoje, por meio de diferentes povos, os quais podemos destacar os etruscos, úmbrios, latinos, sabinos, samnitas e gregos. 4
ROMA surgimento
MONARQUIA (753-509 A.C.)
Passagem de Roma de aldeia para cidade, sob domínio etrusco. Governo regido por um rei, que era chefe militar, religioso e juiz e auxiliado pelo Senado e Assembleia Curial. Nas artes, se destacava a pintura de afrescos, murais e esculturas com influências gregas. Religião politeísta, com adoção de deuses semelhantes aos dos gregos, porém com nomes diferentes.
REPÚBLICA (509-527 A.C.)
Expansão do território romano para além das fronteiras da cidade e da península Itálica. Primeiras conquistas sociais e políticas pelos plebeus. Governo exercido por cônsules e alguns magistrados, auxiliados pelo Senado e Assembleia dos Cidadãos. Período de crises e guerras e os patrícios elegiam um ditador para chefiar o governo.
IMPÉRIO (527-476 D.C.)
Fase marcada por momentos de paz e prosperidade e outros momentos de instabilidade social, política e econômica, até a decadência de todas as instituições romanas e o fim do Império Romano. Queda definitiva após a invasão dos bárbaros, entre 235-476 d.C.
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ROMA arte & arquitetura A arte e a arquitetura etrusca foram muito influenciadas pela Magna Grécia (sul da península Itálica, região colonizada na Antiguidade pelos gregos) e em menor escala pela Assíria e Egito, vistas na engenharia, como aquedutos, esgotos, portos, comércios e indústrias. A arquitetura etrusca é muito presente em Roma e podemos notar através dos arcos de triunfos, que foram derivados das portas etruscas, a Cloaca Máxima (a mais antiga rede de esgoto do mundo), a Domus Itálica (típica residência romana), que tiveram suas origens por esses povos.
Imagem: Construção Etrusca
“Os teatros e os anfiteatros romanos apareceram pela primeira vez no final do período republicano.”
Os templos romanos foram o resultado de uma combinação de elementos gregos e etruscos: planta retangular, teto de duas águas, vestíbulo profundo com colunas livres e uma escada na fachada dando acesso ao pódio ou à base. Os romanos conservaram as tradicionais ordens gregas (dórica, jônica e coríntia), mas inventaram outras duas: a toscana, uma espécie de ordem dórica sem estrias na fuste, e a composta, com um capitel criado a partir da mistura de elementos jônicos e coríntios. A Maison Carrée, da cidade francesa de Nimes (c. 16 d.C.), é um excelente exemplo da tipologia romana templária. Os teatros e os anfiteatros romanos apareceram pela primeira vez no final do período republicano. Diferentemente dos teatros gregos, situados em declives naturais, os teatros romanos foram construídos sobre uma estrutura de pilares e abóbadas e, dessa maneira, puderam ser instalados no coração das cidades. Os teatros de Itálica e de Mérida foram realizados nos tempos de Augusto e de Agripa, respectivamente. O mais antigo anfiteatro conhecido é o de Pompéia (75 a.C.) e o maior é o Coliseu de Roma (70-80 d.C.). Na Hispânia romana, destacam-se os anfiteatros de Mérida, Tarragona e Itálica. Os circos ou hipódromos também foram construídos nas cidades mais importantes; a praça Navona de Roma ocupa o lugar de um circo construído durante o reinado de Domiciano (81-96 d.C.). 6
ROMA arte & arquitetura As cidades grandes e as pequenas tiveram termas ou banhos públicos (thermae). As termas (75 a.C.) próximas do foro de Pompéia são um excelente exemplo dos modelos mais antigos. Durante o Império, essas estruturas, modestas, foram se transformando progressivamente, tornando-se mais grandiosas. Exemplos posteriores, como os banhos de Caracala (c. 217 d.C.) em Roma, chegavam a ter bibliotecas, tendas e enormes espaços públicos cobertos com abóbadas e decorados com estátuas, mosaicos, pinturas e estuques.
Imagem: Banho público de Caracala (c. 217 d.C.)
As estradas construídas pelos romanos também revelam técnicas sofisticadas de construção. É o caso da Via Ápia, a mais famosa das estradas que saíam de Roma. Outro ponto de destaque da arquitetura da época são os aquedutos, exemplo da associação entre construção e funcionalidade. Eles propiciaram o abastecimento das cidades antigas com a chegada de água originária de colinas e montanhas a mais de 80 quilômetros de distância. Algumas características da arquitetura da Roma antiga ainda hoje são usadas. Os aquedutos continuam a fornecer água para algumas vilas modernas. As abóbadas instaladas desde os tempos da Antiguidade Clássica pelos romanos ainda compõem alguns núcleos de casas. Imagem: Via Ápia.
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ROMA principais construções TERMAS
As termas romanas eram edifícios para banhos públicos e constituíam um ponto de encontro muito frequentado pelos romanos, principalmente no período imperial. Possuíam local separado para vestiário, piscina, banho quente, frio e com temperatura intermediária, além de locais para exercícios, jardins e até bibliotecas. Os primeiros edifícios termais datam do século I a.C. As Termas de Caracala foram inauguradas em 216 d.C. e são consideradas a maior construção do tipo.
TEATROS E ANFITEATROS
Esse tipo de edificação começou a aparecer no fim do período republicano, instalada preferencialmente no coração das cidades romanas. Para isso, eram construídas sobre uma estrutura de pilares e abóbodas, uma diferenciação importante dos teatros gregos, que utilizavam declives naturais. O mais antigo anfiteatro conhecido é o de Pompeia (75 a.C.) e o maior e mais famoso é o Coliseu de Roma (70-80 d.C.), que tinha capacidade para pelo menos 45 mil espectadores sentados e mais cerca de 5 mil em pé.
ESTRADAS As estradas romanas eram um grande diferencial do império. Suas principais funções eram na esfera militar e da comunicação, no serviço de mensageiros, de cuja rapidez dependia a administração do extenso império. As estradas eram construídas com grandes pedras, com traçado retilíneo e tipicamente alisadas. A Via Ápia foi a primeira e principal estrada romana, construída em 312 a.C. para ligar Roma à cidade de Cápua.
AQUEDUTOS
Os romanos desenvolveram um complexo e grandioso sistema de aquedutos para abastecer as cidades com água. A cidade de Roma tinha a maior concentração de aquedutos: construídos num período de 500 anos, eram 11 ao todo, somando 416 km de extensão. Os europeus mantiveram da herança romana a arte de canalizar a água em aquedutos. Um exemplo dessa influência são os Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro, construídos pelos portugueses.
ARCOS DE TRIUNFO
Foram os romanos quem introduziram este tipo de monumento arquitetônico. O arco do triunfo era construído após vitórias em batalhas, para simbolizar e homenagear o triunfo do exército romano. Os arcos eram feitos inicialmente de madeira e possuíam as campanhas militares esculpidas nos baixos-relevos, além dos despojos dos vencidos. Atualmente existem cinco arcos de triunfo em Roma, representando os triunfos de Druso, Tito, Septímo Severo, Galiano e Constantino, todos em mármore. 8
ROMA painel semântico
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IDADE MÉDIA
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IDADE MÉDIA arte & arquitetura A arquitetura medieval foi desenvolvida durante o período da Idade Média, ou seja, entre os séculos V e XV. Foi um longo período da história em que prevaleceram os estilos românico e gótico. Uma vez que a Idade Média esteve essencialmente controlada pela religião e o poder da Igreja, as obras arquitetônicas religiosas cristãs dessa época expressam essas características, com diversas construções como igrejas, catedrais, basílicas, mosteiros, dentre outros. Além disso, muitos castelos foram erigidos no contexto feudal e teocêntrico do medievo.
Imagem: Igreja Notre-Dame la Grande de Poitiers, França
A arquitetura medieval foi desenvolvida durante o período da Idade Média, ou seja, entre os séculos V e XV. Foi um longo período da história em que prevaleceram os estilos românico e gótico.
As principais características da arquitetura medieval são, temas religiosos, arte monumental, estilo românico, estilo gótico e uso de arcos e abóbodas O estilo românico, um dos estilos que prevaleceram na Idade Média, surgiu na Itália e na França e se desenvolveu na Alta Idade Média (entre os séculos XI e XIII) na Europa. As construções, geralmente feitas em pedra, agregavam algumas características singulares como, por exemplo: grande espessura de paredes, pouca iluminação interior com a presença de poucas janelas. O interior era pouco ornado e havia a presença do uso de abóbadas e arcos de volta-perfeita. Em relação ao estilo gótico, a arte românica apresentava um caráter mais austero e inflexível com planos maciços e fortes donde suas construções seguiam o padrão da horizontalidade.
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IDADE MÉDIA arte & arquitetura As igrejas eram construídas em formato de cruz e possuíam um único portal de entrada. A arte românica recebe esse nome uma vez que suas construções estiveram inspiradas no estilo desenvolvido durante o império romano. Já o estilo Gótico, também muito empregado durante este período, surgiu na França e teve um papel preponderante na cultura medieval. Desenvolveu-se entre os séculos XII e XV, denominado de Baixa Idade Média. As construções arquitetônicas góticas são majoritariamente altas, ou seja, nota-se uma forte presença da verticalidade, em detrimento da horizontalidade românica, o que indicava a necessidade de permanecer cada vez mais perto de Deus. Diversas igrejas foram erigidas no estilo gótico e muitas permanecem até os dias atuais, marcando esse período da história da arte. Por esse motivo, a arte gótica é lembrada como a Arte das Catedrais. Durante praticamente todo o período medieval, a figura do arquiteto como sendo o criador solitário do espaço arquitetônico e da construção, não existe. A construção das catedrais, principal esforço construtivo da época, é acompanhada por toda a população e insere-se na vida da comunidade ao seu redor. O conhecimento construtivo é guardado pelas corporações, as quais reuniam dezenas de mestres-de-obras os arquitetos de fato que conduziam a execução das obras, mas também as elaboravam.
Imagem: Catedral de Colônia, na Alemanha.
Imagem: Catedral de Colônia, vista aérea.
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IDADE MÉDIA 5 painel semântico
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RENASCIMENTO
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RENASCIMENTO características O Renascimento foi um movimento glorioso que se iniciou no século XIV na Itália e logo se alastrou por toda a Europa. Este foi considerado um período de transição entre a idade Média e a Idade Moderna. Nomes, obras e acontecimentos científicos e culturais importantes surgiram nesse momento da história. Basicamente as obras eram uma forma dos artistas ou pensadores expressarem através de pinturas, contos, livros, pensamentos, etc., os valores, ideais e uma nova visão do mundo.
Imagem: Detalhe da estátua de Davi, de Michelangelo, um dos ícones da arte do Renascimento.
Em um quadro de sensíveis transformações que não mais correspondiam ao conjunto de valores apregoados pelo pensamento medieval, o renascimento apresentou um novo conjunto de temas e interesses aos meios científicos e culturais de sua época. Ao contrário do que possa parecer, o renascimento não pode ser visto como
uma radical ruptura com o mundo medieval. As primeiras manifestações da nova arte surgiram com Giotto di Bondoni (1266-1337). Suas obras representavam figuras humanas com grande naturalismo, inclusive Cristo e os Santos. A razão, de acordo com o pensamento da Renascença, era uma manifestação do espírito humano que colocava o indivíduo mais próximo de Deus. Ao exercer sua capacidade de questionar o mundo, o homem simplesmente dava vazão a um dom concedido por Deus (neoplatonismo). Outro aspecto fundamental das obras renascentistas era o privilégio dado às ações humanas, ou humanismo. Tal característica representava-se na reprodução de situações do cotidiano e na rigorosa reprodução dos traços e formas humanas (naturalismo). Esse aspecto humanista inspirava-se em outro pontochave do Renascimento: o elogio às concepções artísticas da Antiguidade Clássica ou Classicismo.
“A razão, de acordo com o pensamento da Renascença, era uma manifestação do espírito humano que colocava o indivíduo mais próximo de Deus.” 15
RENASCIMENTO grandes nomes da época SANDRO BOTICELLI
As estradas romanas eram um grande diferencial do império. Suas principais funções eram na esfera militar e da comunicação, no serviço de mensageiros, de cuja rapidez dependia a administração do extenso império. As estradas eram construídas com grandes pedras, com traçado retilíneo e tipicamente alisadas. A Via Ápia foi a primeira e principal estrada romana, construída em 312 a.C. para ligar Roma à cidade de Cápua.
LEONARDO DA VINCI
O mais famoso do Renascimento, da Vinci utilizou com perfeição o jogo de luz e sombra para gerar uma atmosfera realística em suas obras. Sua pintura mais conhecida, a Monalisa, é um desses exemplos. O jogo de luzes e a técnica são tão perfeita, que de qualquer ângulo que o quadro for apreciado, a impressão é que nossos olhos são perseguidos pelos de Monalisa.
MICHELANGELO DI LODOVICO
Também foi um pintor italiano financiado pelas famílias ricas e por autoridades da Igreja Católica. Entre esculturas e pinturas, a obra mais famosa de Michelangelo está no teto da Capela Sistina, que pintou a convite do próprio Papa Júlio II. Mesmo contrariado, pois se dizia mais escultor do que pintor, ele realizou um trabalho magnífico, que impressiona até hoje.
MICHEL DE MONTAIGNE
Foi um escritor que inaugurou o estilo de escrita ensaio. Em seus escritos, ele analisou a sociedade, os costumes e a educação. Ele escrevia sobre as concepções de sua época e sobre a totalidade humana. Atualmente, seus ensaios são utilizados para promover reflexões filosóficas. Nicolau Maquiavel – Foi um historiador e poeta que deu início ao pensamento político moderno. Escreveu sobre o Estado e sobre o governo. Suas principais obras são O Príncipe e A Arte da Guerra.
DONATO BRAMANTE
Fazia trabalhos com base na geometria e na perspectiva. Seu principal projeto arquitetônico é a Basílica de São Pedro, no Vaticano. Embora o projeto tenha sido modificado posteriormente por Michelangelo, o estilo inicial de Bramante foi mantido no projeto.
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RENASCIMENTO arte & arquitetura A arquitetura renascentista representou, depois da modalidade românica, um momento de rompimento na história da arte arquitetônica, nos seus mais diversos aspectos, ou seja, nos recursos utilizados por esta esfera no âmbito da criação; nos seus meios de expressão e no seu corpo teórico. Este estilo predominou no continente europeu ao longo dos séculos XIV, XV e XVI, no contexto caracterizado pelo movimento conhecido como Renascimento, que inovou especialmente nos campos cultural e científico. Não é à toa que uma das principais marcas desta arquitetura seja uma distribuição espacial matemática das edificações. Elas são dispostas de modo que as pessoas entendam a lei que as regem e estruturam, seja de onde for que as vejam.
Imagem: Homem vitruviano, um dos símbolos do Renascimento.
O arquiteto, neste período, investe-se de uma autonomia cada vez maior, adotando um estilo individual. Eles são fortemente influenciados pelo Classicismo, particularmente pela criação
arquitetônica desta época, respeitada como o padrão mais primoroso de todas as produções artísticas e até mesmo da existência humana. Esta arquitetura primou especialmente pelo resgate da Antiguidade Clássica. Ela procurava aliar a visão de mundo cristã com este universo considerado pagão pela Igreja. Era fundamental que esta opção artística procurasse agradar esta instituição, pois o Renascimento destacava-se especialmente na Itália, marcada claramente pela presença do Vaticano. Assim, tudo que pertencia ao mundo antigo dos gregos e romanos era aproveitado na concepção arquitetônica renascentista – a busca da Beleza mais perfeita, a disposição ordenada dos elementos de um prédio, a tradução da esfera das ideias nas linhas dos edifícios, os arcos de volta-perfeita, a influência da composição formal da Natureza, vista como modelo de perfeição, a singeleza das obras, a forte presença dos aspectos humanistas, a utilização sistemática da perspectiva, entre outros elementos.
“Era fundamental que esta opção artística procurasse agradar esta instituição, pois o Renascimento destacavase especialmente na Itália, marcada claramente pela presença do Vaticano.” 17
RENASCIMENTO arte & arquitetura Neste momento artístico as Artes se revelam esferas livres, agindo por conta própria; assim, a escultura e a pintura atuam independentemente da arquitetura. Basicamente ela se enraíza em dois alicerces importantes – o Classicismo e o Humanismo. Embora este estilo não tenha se libertado completamente das concepções e costumes da Era Medieval, ele busca incessantemente o desligamento da arte medieval.
“As principais edificações deste período são igrejas, residências construídas no perímetro externo da cidade, fortalezas que assumiam um papel bélico, entre outras.”
O arquiteto mais conhecido desta época é Brunelleschi, que ao mesmo tempo atuava nos campos da pintura, da escultura e da arquitetura.
Imagem: Filippo Brunelleschi
Além disso, também conhecia bem a Matemática e a Geometria, e era um especialista na compreensão da produção poética de Dante Alighieri. Entre suas obras principais estão a cúpula da Catedral de Florença e a Capela Pazzi.
Imagem: Catedral de Florença. 18
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NEOCLASSICISMO
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NEOCLASSICISMO características O neoclassicismo foi um movimento cultural nascido na Europa em meados do século XVIII, que teve larga influência na arte e cultura de todo o ocidente até meados do século XIX. Teve como base os ideais do iluminismo e um renovado interesse pela cultura da Antiguidade clássica, advogando os princípios da moderação, equilíbrio e idealismo como uma reação contra os excessos decorativistas e dramáticos do Barroco. Os primeiros sinais do neoclassicismo se fazem notar em vários pontos da Europa nas primeiras décadas do século XVIII, embora desde já se deva advertir que a cronologia dos estilos é sempre muito polêmica, e seus limites, muito imprecisos. O neoclassicismo, como o nome indica, foi um movimento cultural revivalista, que se voltou para a Antiguidade clássica - a Grécia e a Roma antigas - como a principal referência estética e modelo de vida. Considerava-se há muito tempo que a tradição clássica — onde se incluía a cultura renascentista, também um revivalismo classicista — era imbuída de grande autoridade moral e estética, e por isso era um modelo ideal. De fato, a "volta aos clássicos" é um fenômeno recorrente na história da cultura do ocidente. Dentre as principais características desse movimento podemos destacar a valorização de temas e padrões estéticos da arte clássica antiga. Heróis e seres da mitologia grega, por exemplo, foram temas recorrentes nas pinturas e esculturas neoclássicas, forte influência das ideias filosóficas do iluminismo, principalmente as ligadas à razão. Na pintura, o uso de cores frias e a valorização da perspectiva foram recursos muito utilizados e também a
valorização da simplicidade e pureza estética (principalmente na pintura) em contraste com os rebuscamentos, dramaticidades e complexidades do Barroco e do Rococó.
O Juramento dos Horácios, por Jacques-Louis David, 1784, exemplo de obra Neoclássica.
O século XVIII tinha sido a Idade das Luzes, quando os filósofos pregavam o evangelho da razão e da lógica. Essa fé na lógica levou à ordem e às virtudes “enobrecedoras” da arte neoclássica.
“O iniciador da tendência foi JacquesLouis David pintor e democrata francês que imitava a arte grega e romana para inspirar a nova republica francesa.” 21
NEOCLASSICISMO arte & arquitetura A arquitetura neoclássica segue a linha dos templos também ao estilo greco-romano, tanto para construções civis ou com intuito religioso. São vários exemplos dessa arquitetura, algumas delas são a igreja de Santa Genoveva e a Porta do Brandemburgo na cidade de Berlim. Surgiram edifícios grandiosos, de estética totalmente racionalista: pórticos de colunas colossais com frontispícios triangulares, pilastras despojadas de capitéis e uma decoração apenas insinuada em guirlandas ou rosetas e frisos de meandros. Utilização de materiais nobres tradicionais como mármores, granito e madeira, e modernos como ladrilho cerâmico e ferro fundido, de baixo custo e maior funcionalidade. Tetos planos, abóbodas e berço ou de aresta emoldurada e cúpulas nas zonas centrais das construções e assentes em tambores rodeados de colunas com entablamentos circulares. As cidades tiveram de se adaptar a essas construções gigantescas. Desenharam-se largas avenidas para abrigar os novos edifícios públicos, academias e universidades, muitos dos quais conservam ainda hoje a mesma função. O aparecimento do Neoclassicismo também se deu pela ação de Winckelmann, Mengs e Piranesi que estudaram in loco as ruínas de Roma entre outras cidades, assim como as coleções do Vaticano. A partir dos estudos destas coleções, Winckelmann, arqueólogo alemão, publicou o livro História da Arte na Antiguidade (1764). Mengs e Piranesi contribuíram para o estudo das civilizações ao realizarem
Imagem: Porta de Brandemburgo
“As cidades tiveram de se adaptar a essas construções gigantescas. Desenharam-se largas avenidas para abrigar os novos edifícios públicos, academias e universidades (...).” gravuras e pinturas dos mais importantes monumentos de Roma. Todos esses documentos foram importantes centros de informação e elementos de estudos e ensino nas Academias.
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NEOCLASSICISMO arte & arquitetura No Brasil, o Neoclassicismo começa no século XIX. Ainda que não tenha tido tanta representatividade no país, alguns monumentos, artes plásticas e obras literárias demonstram sua influência. Uma das primeiras manifestações do movimento se deu em 1826, no momento da fundação da Academia Imperial de Belas-Artes. A Casa França-Brasil é um dos exemplos arquitetônicos mais famosos que representa o desenvolvimento desse estilo no país. Os pintores europeus que estiveram no Brasil durante esse período apresentam obras com características neoclássicas, a saber: Rugendas (18021858), Taunay (1755-1830) e Debret (1768-1848). Na literatura, o arcadismo no Brasil teve como marco inicial a publicação de “Obras Poéticas”, de Cláudio Manuel da Costa (1729-1789), em 1768. Além dele destacam-se os escritores: Santa Rita Durão (1722-1784), Basílio da Gama (1741-1795) e Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810).
Imagem: Fachada da Casa França-França.
Imagem: Interior da Casa França-Brasil.
O neoclassicismo foi fortalecido ainda mais no Brasil no ano de 1816, quando chegou ao país a Missão Artística Francesa, formado por 40 artistas neoclássicos. Os sinais do movimento foram mais notados na literatura e na arquitetura. O neoclassicismo pregava o racionalismo, o equilíbrio, a ordem, a moderação e a economia. A grande inspiração do movimento foi o legado cultural da Antiguidade Clássica. Com o passar dos anos, o neoclassicismo se fundiu ao Romantismo e ao Realismo.
“Uma das primeiras manifestações do movimento foi em 1826, com a fundação da Academia Imperial de Belas-Artes. A Casa França-Brasil é outro exemplo do desenvolvimento desse estilo no país.” 23
NEOCLASSICISMO análise de obra: museu imperial Localizado na cidade de Petrópolis, interior do Rio de Janeiro, foi o Palácio de verão do imperador brasileiro Dom Pedro II. A obra foi iniciada em 1845 e finalizada em 1862. Hoje funciona o museu históricotemático localizado no centro histórico da cidade de Petrópolis popularmente conhecido como museu imperial. A história do museu imperial começa em 1822, quando Dom Pedro I viajando em direção a Vila Rica, Minas Gerais, para buscar apoio ao movimento da Independência do Brasil, encantou-se com a Mata Atlântica e o clima ameno da região serrana. Hospedou-se na Fazenda do Padre Correia e chegou a fazer uma oferta para comprá-la. Diante da recusa da proprietária, Dom Pedro comprou a Fazenda do Córrego Seco, em 1830, por 20 contos de réis, pensando em transformá-la um dia no Palácio da Concórdia. A crise política sucessória em Portugal e a insatisfação interna foram determinantes para o seu regresso à terra natal, onde ele viria a morrer sem voltar ao Brasil. A Fazenda do Córrego Seco foi deixada como herança para seu filho, Dom Pedro II, que nela construiria sua residência favorita de verão. A mando de D. Pedro, foi construído o belo prédio neoclássico, onde funciona atualmente o Museu Imperial, teve início em 1845 e foi concluída em 1862. Para dar início à construção, Pedro II assinou um decreto em 16 de março de 1843, criando Petrópolis. Uma grande leva de imigrantes europeus, principalmente alemães, sob o comando do engenheiro e superintendente da Fazenda Imperial,
major Julius Friedrich Koeler, foi incumbida de levantar a cidade, construir o palácio e colonizar a região.
Acima: museu imperial antes. Abaixo: atualmente
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NEOCLASSICISMO análise de obra: museu imperial Construído com recursos oriundos da dotação pessoal do imperador, o prédio teve o projeto original elaborado pelo próprio Koeler e, após seu falecimento, foi modificado por Cristóforo Bonini, que acrescentou o pórtico de granito ao corpo central. Para concluir a obra, foram contratados importantes arquitetos ligados à Academia Imperial de Belas Artes: Joaquim Cândido Guillobel e José Maria Jacinto Rebelo, com a colaboração de Manuel de Araújo Porto Alegre na decoração. O complexo foi enriquecido, ainda na década de 1850, com o jardim planejado e executado pelo paisagista Jean-Baptiste Binot, sob-orientação do jovem imperador. O piso do vestíbulo, em mármore de Carrara e mármore preto originário da Bélgica, foi colocado em 1854, destacando-se também os assoalhos e as esquadrias em madeiras de lei, como o jacarandá, o cedro, o pau-cetim, o paurosa e o vinhático, procedentes das diversas províncias do Império. Os estuques das salas de jantar, de música, de visitas da imperatriz, de Estado e do quarto de dormir de suas majestades contribuem para dar graça e beleza aos ambientes do Palácio, um dos mais importantes monumentos arquitetônicos do Brasil. Lançada a pedra fundamental, houve o nivelamento da área, que era conhecida como ''Morro da Santa Cruz'', para se começar as obras, que foram todas financiadas por mordomia da casa imperial, pois dizia Pedro II, que por a
construção acontecer em sua propriedade particular, não se deviria utilizar de dinheiro do estado. Na planta de Petrópolis, feita por Koeler, acha-se indicado o local do palácio num quadrilátero entre a rua do imperador e a rua da imperatriz. Via- se ainda outros edifícios no mesmo terreno, cuja identificação é impossível de ser feita. As obras tiveram inicio na ala direita do palácio, vindo os alicerces vinham de uma pedreira próxima. Foi-se utilizado bois para ''Puxar terra, pedra e madeira''. Foi-se continuando as obras da ala esquerda (que no início viu-se que era mais larga que a direita e mais tarde foi-se arrumada) foi ficando pronto o Sobrado, onde estão as entradas principais do palácio, além dos quartos. Todos os cômodos foram decorados e mobiliados com lindos estuques e móveis.
Sala de jantar.
Trono usado por D. Pedro.
Sala de instrumentos musicais.
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NEOCLASSICISMO análise de obra: museu imperial Passear pelos jardins do Museu Imperial é reviver a época do Império e conhecer um pouco mais sobre os gostos de d. Pedro II. Foi sob orientação pessoal do imperador que os jardins que circundam o Palácio foram construídos pelo paisagista parisiense Jean Baptiste Binot em 1854. Com cerca de 100 espécies de árvores e flores, vindas de mais de 15 regiões do mundo (México, Japão, Argentina, Índia, Equador, China, Austrália, Madagascar, entre outras) e grama francesa, os jardins conservam até hoje as linhas paisagísticas, tanto em relação aos canteiros como a disposição das espécies vegetais. O cinturão verde que envolve o Palácio possui desde árvores exóticas, como as bananeiras de Madagascar e árvores de incenso, a flores como camélias, jasmins, manacás e flores do imperador. Como complemento, pedestais de granito onde foram colocados bustos de figuras mitológicas, ganharam também três chafarizes e quatro fontes. Entre elas, a Fonte do Sapo, de onde os moradores retiravam água, na época do império, por acreditarem que era de melhor qualidade. O primeiro projeto apresentado foi de Glaziou, este paisagista oficial do imperador, que projetou os jardins da
Quinta da Boa vista e diversos outros parques, mas foi recusado. Os jardins foram projetados por Binot, também francês. Ainda podem ser vistos o traçado primitivo dos jardins, desde pandalos da África, palmeiras da Austrália, arvores de incenso, entre outras. Os jardins foram se modificando e diminuindo com o tempo, mas ainda podem ser vistos e apreciados.
Imagem: Projeto para o jardim do palácio imperial, não realizado.
Imagem: Estátua de D. Pedro II, no jardim do museu.
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NEOCLASSICISMO arte & arquitetura
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ARTS & CRAFTS
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ARTS & CRAFTS características A partir de 1880, surgiram na Grã-Bretanha diversas organizações e oficinas dedicadas a produzir artefatos em escala artesanal ou semi-artesanal, dentro do que se entende por movimento das Artes e Ofícios. O movimento Arts and Crafts defendia o artesanato como alternativa à mecanização e à produção em massa industrial. Queria acabar com a distinção entre artesão e artista. O movimento de reforma Arts and Crafts — uma busca pelo autêntico e significativo — deve-se em grande parte à ação do artista, poeta, tipógrafo e agitador social William Morris. Quando a produção industrial se tornava já um fato consumado, ele ficou aflito pelo mau gosto, a desumanização progressiva das condições de trabalho e a poluição ambiental. Este repúdio levou-o a defender a promoção qualitativa da produção artesanal contra a produção industrial. Morris - e o movimento Arts and Crafts não se distraía com meras ornamentações e chamava a atenção para os problemas estruturais.
Tentou fazer frente aos avanços da indústria e pretendia imprimir em mobiliários, têxteis e objetos o traço do artesão-artista, que mais tarde seria conhecido como designer. Arts and Crafts foi influenciado pelas ideias do romântico John Ruskin e liderado pelo artista, poeta, tipógrafo e pseudossocialista William Morris.
“O movimento Arts and Crafts defendia o artesanato como alternativa à mecanização e à produção em massa industrial. (...). Arts and Crafts foi influenciado pelas ideias do romântico John Ruskin e liderado pelo artista, poeta, tipógrafo e pseudossocialista William Morris.”
Imagem: William Morris 29
ARTS & CRAFTS características Diversas sociedades e associações são criadas com base na intervenção direta de Morris. Entre as mais famosas estão Century Guild; Art Worker’s Guild, Guilda dos Trabalhadores de Arte (1884); Guild and School of Handicraft; Arts and Crafts Exhibition Society, exposição quadrienal de móveis, tapeçaria, estofados e mobiliário, realizada em Londres. Todas estas sociedades e associações foram inspiradas pelo exemplo de William Morris e dirigidas por designers como A.H. Mackmurdo (1851 - 1942), W.R. Lethaby, C.R. Ashbee e Walter Crane (1845 - 1915). Em 1861, é fundada a Morris, Marshall, Faulkner & Co., especializada em mobiliário e decoração em geral:
papel de parede, vidros, pratas, tapeçarias etc. O sucesso da empresa pode ser aferido pela sua ampla produção. Dissolvida precocemente, em 1874, deixa sua marca, seja nos padrões de Morris para papéis de parede (Pimpernel, 1876) e naqueles idealizados por A.H. Mackmurdo - The Cromer Bird, 1884; seja nos trabalhos gráficos de Walter Crane, pioneiro da edição popular. Crane e Burne-Jones ilustram diversos livros para a Kelmscott Press, editora fundada em 1890 por Morris. Em 1871, a Guilda de S. Jorge, planeada por Morris, representa outra tentativa de conjugar o ensino de arte e uma nova forma de organização do trabalho. Tal experiência frutifica outras, como a Art Worker’s Guild e a Guild and School of Handicraft (1888).
Imagem: Catálogo das primeiras edições de Arts and Crafts Exhibition Society.
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ARTS & CRAFTS painel semântico
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ART NOUVEAU
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ART NOUVEAU características O Art Nouveau ou Arte Nova foi um movimento artístico que surgiu no final do século XIX na Bélgica, fora do contexto em que normalmente surgem as vanguardas artísticas. Vigorou entre 1880 e 1920, aproximadamente. Existia na sociedade em geral o desejo de buscar um estilo que refletisse e acompanhasse as inovações da sociedade industrial. A segunda metade do século XIX marcou uma mudança estética nas artes, a inspiração na antiguidade vigorava desde o século XV, e as fórmulas baseadas no Renascimento começam a dissipar-se dando lugar a Arte Nova, que se opunha ao historicismo e tinha como tônica de seu discurso a originalidade, a qualidade e a volta ao artesanato. A sociedade aceitou novos objetos, móveis, anúncios, tecidos, roupas, joias e acessórios criados a partir de outras fontes: curvas assimétricas, formas botânicas, angulares, além dos motivos florais. Foi chamado de “Jugendstil” (Estilo Jovem) na Alemanha, “Modernistas” na Espanha, “Sezessionstil” na Áustria, “Stile Liberty” na Itália ou “Style Moderne” na França, o Art Nouveau era facilmente reconhecível pelas linhas graciosas, exageradas e espiraladas, traços alongados formando arabescos e entrelaçamentos de folhagens e flores.
Exuberância decorativa é uma grande característica desse movimento, além de formatos de folhagens e contornos sinuosos que são usados à exaustão. A decoração torna-se elaborada e exótica e por muitas vezes mórbida. Na arquitetura, o ritmo orgânico e linear envolve uma construção, mostrando uma união de ornato e estrutura (a linha arquitetural e a decoração se fundem e reforçam), juntamente com a utilização de novos materiais como o ferro e o vidro.
.Imagem: Entrada do metrô Metropolitan, Paris.
“O estilo foi chamado de Jugendstil (Estilo Jovem) na Alemanha, Modernistas na Espanha, Sezessionstil na Áustria, Stile Liberty na Itália ou Style Moderne na França.” 33
ART NOUVEAU características Os artistas ansiavam por representar seus sentimentos em suas imagens, que eram transmitidos pela linha pura. Evitava-se a lei da gravidade e perspectiva, não havendo diferença de objeto e fundo. A assimetria dominava, e enfatizada, não existindo uma simples duplicação da forma. Uma das principais influências do estilo foi a natureza, mas contrária do Impressionismo. Seus artistas não buscavam transmitir sensações provocadas pela natureza, mas procuravam analisar os detalhes, fazendo brotar verdadeira metamorfose decorativa até chegarem a uma síntese, convertendo efeitos da luz em decoração, por exemplo, e capturando linhas da natureza e reduzindo-as a um esquema.
“Uma das principais influências do estilo foi a natureza, mas contrária do Impressionismo. Seus artistas não buscavam transmitir sensações provocadas pela natureza, mas procuravam analisar os detalhes (...).”
Imagem: Castel Béranger
Considerado o principal representante do movimento Art Nouveau na França, o Castel Béranger foi uma das primeiras obras de Hector Guimard e também a primeira obra representante do movimento construída fora da Bélgica. Com este edifício, Guimard obteve o prêmio de melhor fachada da cidade de Paris em 1898, num concurso realizado pelo jornal Le Fígaro. Em 1983 foi protegido, desde a fachada voltada para a rua até seus ambientes internos, na condição de Monumento Histórico. Não há registros se atualmente seu interior é aberto ao público.
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ART NOUVEAU no Brasil No Brasil o Art Nouveau chegou no início do século XX, em sua bagagem teriam principalmente elementos referentes a decoração de interiores ou de grandes elementos arquitetônicos de ferro forjado. É possível encontrar exemplos do estilo em edifícios projetados pelo francês Victor Dubugras e do sueco Karl Ekman como a Vila Penteado em São Paulo A Vila Penteado, é um dos últimos edifícios remanescentes do estilo Art Nouveau na cidade de São Paulo, foi projetada pelo arquiteto sueco Carlos Ekman (1866-1940) e construída em 1902 para abrigar duas importantes famílias paulistas, a do Conde Antônio Álvares Penteado e a de seu genro, Antônio Prado Junior. São duas casas em uma só.
Doada à USP em 1949, a luxuosa construção de dois pavimentos, com mais de 60 cômodos, passa a abrigar a Faculdade de Arquitetura Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP) até 1968, quando acontece sua transferência para o campus da cidade universitária. Hoje é a sede do curso de Pós Graduação da mesma faculdade.
Imagem: Interior da Confeitaria Colombo
Imagem: Vila Penteado um dos últimos edifícios remanescentes do estilo em SP.
No Rio de Janeiro o interior da Confeitaria Colombo é um grande exemplo, cerâmicas e cartazes de Eliseu Visconti tem uma inspiração profunda no Art Nouveau.
“A Vila Penteado, é um dos últimos edifícios remanescentes do estilo Art Nouveau na cidade de São Paulo, foi projetada pelo arquiteto sueco Carlos Ekman.” 35
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Revista
Áurea
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História da Arte • Arquitetura • Urbanismo
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