Meridiano

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MERIDIANO



Meridiano Entre Cousteau e Amyr Klink Entre um bolo e o recheio Entre o mar e o faroleiro Entre a prancheta e digital O mar de tudo, nunca ĂŠ igual... AquĂĄrio de pensamentos e sentimentos onde milhares de peixes de nĂłs... navega cheio de anseios!



Silêncio no Brooklyn Lá onde os caminhos se engarrafam Há de tudo um pouco Em muitos ninhos punhados de sordidez humana. Nos vãos vazios tecem suas tramas, lençóis freáticos de amargura em lava lama. É preciso olhar com a complacência de uma mãe, que vê a criança livre correndo rumo ao tombo certo, nem se agita, nem se acalma. Ao fim, tudo que se vive, tatua a alma, criança cai, chora, mama e dorme. E nós acordados vendo a noite que escorre.



Chove Quando chover sobre o seu céu E a lágrima for inevitável Meu coração é habitável Lá dentro é cheio de remédios e meios Meio médios, de se consolar. Te deixo escrever nas paredes E cantar gritado, toda choro rasgado, toda dor Cada veia artéria, te abraça e espera Você dormir e até sonhar Quando tranquila você ficar Te "palpito" para cima Para ver o sol raiar



Samba Canção Tirei a maquiagem com calma Céu suor da alma Escudo que esconde o tempo Sinais de resentimiento Marcas de um passado tão bom Mas ruim de lembrar Arrepios, sussurros, abraços E uma vitrola a rodar A gente se via a semanas E eu sem saber por que Maquiei meu coração Escondendo você E hoje eu bebo com calma Amassada em lençóis de cetim Mentindo para minha alma Que gosto de mim Não me perdoei dessa falha Certamente nunca mais vou te ver Tirei a maquiagem com calma E descobri você



Destino Tentei ler minha mão, sozinho Quis ser cigano do meu caminho Fui tentar minha sorte, descobrir o meu norte Li você no meu destino A linhas da minha mão Se eu soubesse porém que você tem alguém Redesenhava a faca, linha por linha um mapa Desviando de ti rumo ao nada É eu não quero outra história Não É eu só quero você A linhas do meu destino Caminhos da minha mão Tire ela do meu Coração



Rios Lembre de quantos rios correntes Córregos de gente Monjolos de olhos latentes Já não viu rolar Que esse choro de repente é só para ser semente de um outro olhar Germinando um solo quente que lá mais para frente você vai ver brotar Brotar mil ninhos de pássaros sementes Que felizes vão cantar Cantar seu assovio de sossego Lentamente, felizes e bem cedo Te acordar, e te lembrar de quantos rios correntes Córregos de gente Monjolos de olhos latentes Já não viu rolar E seguiu em frente, com música, arte e tanta gente que quer te ver sonhar.



Rainha Vi da janela do décimo andar que as coisas não vão bem. As pessoas andam surdas, o tempo anda chuvoso na vida de todo mundo. Mas poucos são os que se molham. Mas nada disso importa, você tem na palma da mão e na menina dos olhos toda a ancestralidade contigo, cada vez que seus olhos cruzarem suas mãos eles vão se lembrar de cada destino tracejado nas linhas contornos, mapas adornos que graficamente ilustram um destino que é também é seu. O de ser forte, guerreira, de descansar e não desistir. Destino de rainha, de ser feliz. Comandando seu corpo e mente, tendo como base a sua raiz.




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