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A felicidade vem sem avisar
Somos seres solitários com necessidades de convivência. Desejamos a solidão ao mesmo tempo que necessitamos de muitas pessoas ao nosso redor.
O silêncio ensurdecedor, melancólico e vazio nos enlouquece da mesma forma que o falatório, a gritaria e o barulho nos agonizam lentamente.
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Por vezes escolhemos fazer da solidão um aliado ao invés de um inimigo. Erramos quando tentamos preencher o papel dela, com pessoas fúteis, banais e passageiras. Erramos quando tentamos fugir daquilo que é a natureza de todo ser humano: ficar sozinho, erramos porque nesse medo que nos leva ao desespero de não termos ninguém ao nosso lado, procuramos refúgio em pessoas e coisas que nos destroem mais ainda.
Temos medo da solidão porque não queremos passar despercebidos, temos a necessidade, que é por vezes quase vital, de sermos notados. Esquecemos que a paz vem exclusivamente daquilo que sentimos e não daquilo que fazemos ou demonstramos para os outros. Esquecemos que o conforto e a felicidade são sentimentos que transcendem a dimensão física, e são totalmente independentes das pessoas que nos rodeiam, sendo NÓS os únicos responsáveis por sentirmos aquilo que desejamos sentir.
O que eu quero dizer, é que sermos rodeados de pessoas e de amigos, nem sempre nos torna felizes. A felicidade vem de forma muito mais subtil e ampla, quando vem com naturalidade e sem planejamento, quando ouvimos uma música boa ou lemos um livro tão magnífico que é capaz de mudar a nossa perceção sobre algumas coisas. Porque na verdade a felicidade é assim: vai e vem sem avisar.
3ºAno
Técnico Auxiliar de Saúde Laura Ronsani