Virando bicho – 6º B – Escola Vera Cruz

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o d n vira ho bic

6ยบ ano B



o d n a r i v icho b 6º ano B Professoras: Ana Cláudia Martoni Moraes Aline Borrely Ataíde

São Paulo - Junho de 2013



o i r á m u s O dia que perdi meu melhor amigo – Antonio Fernando Vicalvi Neto. 8 A nova família –Thomas Markus Sautchuk ....................................... 10 Tem dias chatos e tem dias legais – Miguel Roxo Veloso Franciosi ..... 12 O dia que eu fui para a escola – Cauê Haag Galvão Leite................... 14 Aquele dia de sol – Carolina Assumpção Fleury de Carvalho .............. 16 O dia do passeio – Isabela Cosso ...................................................... 19 O dia em que me perdi na feira – Clara Uehara Kalili....................... 21 Sem nome é difícil viver – Daniel Vianna Godinho Peria................... 23 Meu dia a dia – Dora Hana Hauache ................................................. 26 A janela amaldiçoada – Maria Maia Veiga .................................... 28 Um peixe bem roqueiro – Gabriela Lobo Jeveaux .......................... 30 Casa grande, pequena cachorra – Guilherme Galvão Guedes........... 32 A mudança – Isabella Dalgé Sanna .............................................. 34 Vida de canário não é fácil – Isabel de Oliveira Fanucci................... 36 Novo – Thomas Michael Cruz Lutes .............................................. 38 Vida boa – Flora Loeb Hamburger................................................ 40


Eu e meu dono – Gabriel Sanches Pereira ..................................... 42 Minha vida de aventuras – Léo Ostermayer Fiuza ......................... 44 O dia em que fui adotada –Laura Ferreira Santos Wolff .................. 47 Passadinha na escola – Dries Alzugaray Van Steen......................... 51 Dias de cão – Pedro Guimarães Brandão de Mendonça..................... 53 Minha vida – Danilo Sztutman Oliveira ........................................ 55 Minha nova casa – Raphael Dafferner Teixeira............................... 57 Eu e minha dona – Veronica Bagnoli D´Amore............................... 59 Spock – Thomaz Nogueira Raimondo............................................ 62 Me resgataram! – Caio Greeb de Souza......................................... 65 Quando quase desapareci – Vinícius Quaglio da Silva Gordo ........... 66 Vida no aquário – Lucca Reis Longhi Adami .................................. 68


O Ã C A T N E S E R P A Quem nunca parou para observar um animal doméstico? Geralmente, esses bichos tão amados são considerados verdadeiros integrantes de uma família. Imaginem o que esses seres falariam se pudessem se comunicar usando o código linguístico dos humanos? Foi exatamente esse o exercício proposto ao 6º ano B. Lemos histórias como essas para inspirar nossos jovens escritores. Conversamos sobre as ideias que surgiram e como transformá-las em texto. No laboratório de informática, os alunos puderam escrever pelo menos três versões, considerando nossos comentários. Finalmente, ilustraram suas produções com fotos e desenhos. O resultado está registrado neste livro, que contou também com a colaboração da professora Zezé. Esperamos que apreciem a leitura!

Ana Cláudia e Aline Maio de 2013


O dia que perdi meu melhor amigo Theo e Antonio Vicalvi

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Oi, meu nome é Theo e sou um Golden Retriever de 9 anos. Eu fui adotado com 45 dias, e fui para a casa do meu dono em São Paulo, onde morei por 4 anos e depois fui para o sítio dele. Passei o ano de 2009 no sítio sozinho, até que um dia ganhei um amigo chamado Godar, um Pastor Alemão pequeno de 2 meses. Quando ele tinha 3 anos, nós brincávamos de pegar limão e também de mordidas. A gente amava muito nosso dono, o Antonio. Dávamos a patinha e ele jogava o limão para a gente pegar. O Godar viveu 5 anos comigo, então ele começou a ir muito frequentemente ao veterinário e eu sempre esperava ele chegar. Até um dia em que ele não voltou. Estava inquieto. Quanto mais tempo ele demorava, mais eu ficava preocupado. Meu dono me falou que ele não iria mais voltar. Fiquei triste e meus donos também. Dois meses depois, eu estava dormindo, ouvi uma buzina e acordei. Fui correndo até o carro e quando vi, tinha dois novos amigos, Lobo e Laila, que eram dois Pastores Alemães de 2 meses. Eles eram pequenos e fofinhos. O apelido deles é Bilsto e Preta, e até hoje eu confundo o Lobo com o Godar. Agora, estou com dois novos amigos que não param de correr e nem de brincar. Estou adorando!

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A nova famĂ­lia Bochecha e Thomas

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Tudo começou quando me deram para uma família de dois meninos, Thomas e Richard, que me adotaram em uma festa. Mas não foi só eu, foi mais um peixe. Quando eu cheguei a meu novo lar, estava dentro de um saco plástico. Uma mulher, que parecia ser mãe dos garotos, foi trocar a água do outro da minha espécie, mas ele faleceu porque não conseguia nadar em água filtrada. Quando chegou minha vez, fiquei morrendo de medo de morrer, mas por sorte isso não aconteceu. Então, a mãe dos meninos, que deve ter o nome de Jessica, falou para o Thomas: – Filho, você precisa dar um nome para ele. Qual vai ser? –Vai ser Bochecha. Ele tem bochechas enormes! – respondeu o Thomas. Depois do dia que Thomas me ganhou, ele foi comprar um aquário para eu nadar num espaço maior. Um homem grande e careca cuidou de mim e me deu minha comida. Quando meu dono chegou com meu aquário, adorei! No dia seguinte, conheci a Luana, a mulher que trabalha na casa. Eu a adorei porque ela limpava o meu aquário todo dia, é muito melhor porque eu consigo ver a cozinha inteira. Vivi assim todos os meus dias, observando a Luana fazer a comida e arrumar a casa ou dar bronca nos meninos. Até que um dia meu dono foi viajar e fiquei esperando alguém me dar comida, mas ninguém fez isso. Fiquei um pouco triste porque ele me esqueceu. Como não comi nada, não aguentei e... Faleci.

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Tem dias chatos e tem dias legais CaĂŠ e Miguel

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Oi, meu nome é Caé. Vivo na casa dos Roxo, com Miguel, João, Julia, Andréa, Eduardo e, às vezes, Elizângela (a babá da Julia). Vou contar a vocês sobre o dia em que eu quis fugir. Estava lá na casa dos Roxo, sem fazer nada, só correndo de um lado pro outro. Isso não era lá muito legal, ficar que nem um tonto correndo pela casa. Por isso, resolvi fazer outra coisa. Então, como o portão estava aberto, eu simplesmente fui à rua de cima, para morar na casa 155. Mas quando vi a casa, notei que estava com o portão fechado. Fiquei triste porque não pude visitar a dona velhinha e sua galinha pintadinha, chamada Cocoricó. Mas como não aguentei o portão fechado, saí em disparada contra o portão da casa pra ver se abriria. Só quando bati meu focinho, descobri que não dava pra abri-lo. Nessa hora, ouvi um carro vindo em minha direção, comecei a correr o máximo possível pela calçada. Nesse momento, olhei pra trás e vi meus donos dentro do carro. Quando olhei pra frente, vi uma árvore e me choquei nela. Foi mais ou menos assim: BOOM!!! Depois de quase quebrar a cabeça, os meus donos me levaram ao veterinário mais próximo para cuidar dos meus machucados. Eles também me colocaram de castigo, porque eles não me deixavam sair de casa sozinha. A partir desse dia, decidi ficar em casa e brincar com meus donos e com meus ossos.

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O dia que eu fui para a escola CauĂŞ e Bob

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Eu sou o Bob, um peixe amarelo e dourado como ouro. Vou contar o dia mais estranho da minha vida: eu estava na minha casa com água, quando meu ser humano me pegou e deu tchau para seus pais. Nós entramos numa coisa quadrada que desceu até a garagem, acho que é o descedor... Ah, não! É o elevador! Vamos ao assunto: eu entrei num negócio com quatro rodas e fui balançando até um lugar que se chama Vera Cruz. Parecia que estávamos onde comprei meu humano, todos me olhavam. Fui, primeiro, a um lugar que eles chamam de classe; depois, fui para o laboratório, onde conheci uma tartaruga, uma calopsita, uma cachorra, um peixe igual a mim e uma bela Beta (aquela fêmea nunca vai sair da minha cabeça...). Os humanos ficaram me olhando e escrevendo coisas sobre mim num negócio branco com linhas. Depois, nós animais ficamos todos numa salinha, mas cada um no seu aquário. Fiquei esperando e, do nada, ouvi um barulho alto. Vi humanos correndo como se todos fossem soltos ao invés de serem comprados. Com meu humano, fomos novamente para o quadrado com rodas balançando até minha casa. Lá em cima, recebi comida gostosa direto do pote. Depois de alguns dias, eu ganhei um amigo, pena que eu tive que dividir a minha comida com ele... Tchau, quando tiver mais novidades eu lhes conto.

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Aquele dia de sol Charlote e Carola

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Era um dia bonito e me lembro de que estava deitada ao sol. Foi quando as mãos geladas da moça que cuidava de mim me tocaram, fiquei tão feliz que saí correndo pelo canil todo. Fui colocada num canilzinho junto à outra Golden, só que um pouco mais velha. Na minha frente estava um homem alto que conversava com uma menina alta como ele. Ele olhava para mim com cara de indeciso, mas a menina estava bem decidida. Fui colocada nos braços da garota que parecia muito feliz, entramos em uma sala e ela disse que queria me chamar de Charlote. Me deram um remédio com um gosto horrível e fui levada pela menina, que todo mundo chamava de Carola, para uma coisa grande e cinza, e me levaram para outro lugar grande como meu canil, só que mais escuro. Meses se passaram e aqui estou eu, em Campos do Jordão, com o Byron e a Emily. Continuei sendo chamada de Charlote, mas conhecida também como Charlotiqua para Carola. Adoro minha família, principalmente a minha dona. Faço tudo bem ao lado dela: eu e a Emily (a outra Golden) levamos os cavalos e a Carola para passear, eu a levo para dar uma volta. Uma vez levei a Carola para mergulhar no laguinho, ela só pôs o pé, mas eu corajosa como sou entrei com o corpo inteiro... Eu adoro latir, fico latindo a noite inteirinha como se fosse cão de guarda só que com 1 ano de idade. Eu sou uma grande tagarela, isso sim, adoro falar para a Carola como foi a noite ou como foi o final de semana sem ela. Quando ela vai embora, vou para a casa do caseiro e lá fico com um Fox Paulistinha muito dos enfezados. Lembro-me de que quando cheguei aqui, queria fazer amizade com ele, mas ele só rosnava e olhava com um jeito convencido.

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Uma das vezes que eu mais passei medo, foi uma vez que eu estava brincando de pega-pega com a carneira (que tinha aqui em casa) e a sua carneirinha pela várzea e dei um bote nelas. Digamos que não deu muito certo porque a carneira não entendeu aquilo como uma brincadeira e me deu uma cabeçada daquelas (não sei como ela não ficou com dor de cabeça) sai voando superalto. Ai, que mico passei! Todo mundo estava olhando para mim, ficaram rindo da minha desgraça o dia inteiro. Minha comida preferida é o pão da casa da Carola, sempre bem fresquinho, e ela sempre me dá um pedaço às escondidas. Minha vida é demais! Ei! Aquilo é um galho?! Uhuuuu! É um galho sim! TCHAU!!!

P.S.: A Carola sabe escolher os galhos mais gostosos para eu destruir!

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o dia do passeio Cindi e Isabela

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Um dia, eu me cansei da minha rotina. Uma cadela de 5 anos também se cansa, às vezes. Meus donos chegaram e deixaram a porta aberta. Não tinha como ignorar aquilo! Então, eu entrei no elevador e passeei pelo prédio. Visitei meu vizinho e o ajudei a ir até a garagem, vai ver, ele se perderia sem mim. Eu me diverti vendo os carros e as motos. Bem quando eu ia ajudar uma senhora a ir até o mercadinho, meus donos desceram até a garagem e me chamaram: – Cindi! Cindi, cadê você? Eu tentei me esconder no melhor lugar que achei, mas não encontrei nenhum bom o suficiente para que meus donos não me achassem. Eu me debati com toda minha força, só que eles conseguiram me carregar até o apartamento. Foi aí que meu passeio acabou e eu voltei para casa. Logo que chegamos, eles me deixaram de castigo na lavanderia, mas ficaram felizes de terem me encontrado, porque meus donos estavam sorrindo e me acariciando o tempo todo. Depois de um tempo, eu fui dormir e só acordei no dia seguinte, quando nós estávamos indo ao parque. Foi muito legal.

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o dia em que

me perdi na feira Sakura e Clara

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Oi, meu nome, segundo a minha dona, a dona Tina, é Sakura (o nome de uma flor). Moro em uma casa que fica em Santos. Eu adoro morder garrafas de plástico que os humanos não usam mais, aliás, até hoje não entendo eles! Ao invés de jogar o líquido quem vem dentro da garrafa no lixo e ficar com a garrafa para morder, eles fazem o contrário! Sempre gostei de brincar com bolinhas de tênis (o esporte dos humanos). Elas são jogadas e eu saio correndo atrás delas. Comer comida de humanos é mais uma das coisas que adoro. Quando estou em casa, fico meio solitária, mas quando vejo o portão abrir, começo a cantar: “Au au! Au au au!” Um dia, minha dona me levou para ir à feira, mas com todos aqueles cheiros de comida acabei me perdendo. Fiquei andando, andando, andando... Até que desisti de procurá-la. Estava andando para a rua, veio um homem e me segurou! Demorou um pouco, mas lembrei que era um parente de minha dona, que, por sorte, me encontrara do outro lado da cidade! Estava salva! Ele me colocou em um treco grande que tinha muitas rodas e uma janela. Adorei colocar minha cabeça para fora dela. Cheguei em casa e lá estavam os filhos da dona Tina superfelizes de eu ter voltado, e assim todos me abraçaram ao mesmo tempo. Aquele foi um dos únicos dias que eu pude entrar na casa. Tchau!

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sem nome ĂŠ difĂ­cil viver Daniel

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Bom, vamos começar como todo texto deve começar, com o nome de quem está falando. Porém, não iniciarei assim, já que não tenho um nome fixo. Meu dono, Pedro, que é irmão do Daniel, tem uma mania estranha de escolher nomes para seus animais de estimação que é assim: ele escolhe um nome que lhe agrada naquele momento, mas depois quando encontra um outro nome que lhe agrade, muda o nome de seu animal e assim vai, sucessivamente. Até parece que tenho uma vida clandestina! Eu moro em uma gaiola, ou jaula, como eu gosto de chamá-la, já que nunca saio dela, apesar de que nela há uma serragem bem macia e água potável (é o que eu espero que seja: potável). Uma coisa que eu acho absurda é que os tais seres humanos nos denominam de porquinhos da Índia. Odeio isto, porque nós, os supostos porquinhos da Índia, somos rebaixados ao nível dos porcos. Ouço muito as conversas dos meus superiores. O assunto que me chama mais atenção é a morte do ex-animal de estimação do meu dono, o Pedro. Parece que era um peixinho dourado. Nossa, peixinho dourado, que animal sem interação com seu senhor, ele só fica nadando em um aquário! Recordo-me de um dia especial, o dia que eu saí da minha jaula. Lembro até hoje do farfalhar das folhas e do vento batendo em meus sedosos pelos. Ah! O Sol, como posso descrevê-lo? O Sol é redondo, amarelo e irradia luz em todas as direções. O céu, como posso me esquecer dele? É azul e cheio de nuvens branquinhas como o meu pelo. Vocês, caros leitores, devem estar se perguntando, onde eu estava quando escrevi este texto. Vou lhes dar a resposta, apesar de parecer um pouco triste. Escrevi-o quando estava esperando para 24 24


ser atendido por um veterinário. Nessa época, eu sofria de uma gravíssima doença que se chama escorbuto, causada pela falta de vitamina C no organismo, e só neste dia descobri porque me davam couve para comer (couve, para aqueles que não sabem, é rica em vitamina C). Como pude esquecer o mais importante? Vocês repararam que ao longo do texto eu não me descrevi? Mas como poderia, se nunca vi um espelho? E meus olhos são voltados para frente, logo não consigo ver meu corpo! Agora, acabarei o texto, pois estou cansado de escrever. Se vocês ficaram animados com o meu relato, tragam seus animais para conversarmos.

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Meu dia a dia Miu e Dora

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Sou o Miu... Ou até mesmo Piu... Às vezes, Mimiuzinho... Bem, cada dia ganho um apelido novo, dado pela minha dona! Fui ganhado de Natal, e me deram esse nome porque (pelo que eu entendi) o Fi e a Dora, meus donos, amam gatinhos!!! Gosto de acordar bem cedo e fico piando (muito, muito mesmo), até virem descobrir a minha gaiola, e me darem o mínimo de atenção. Logo depois, trocam a minha ração e as minhas preciosas sementes, senão, simplesmente, não como até me darem o que eu quero. Depois, vou para cozinha com a minha dona, onde todo dia trocam a minha verdura por uma nova. Eu amo brócolis, de paixão! Faço a minha parte provando tudo que vejo pela frente. Depois, a Dora vai para a escola e aí ensaio uma música que eu estou praticando chamada “Patience”, do Guns and Roses. Meu gênero favorito é rock. Quando estou com os meus donos, a mãe da minha dona começa a assobiar o começo da música e eu completo! Quando ela chega da escola, já estou DESESPERADO de saudades, piando como um doido, e então (na maioria das vezes), ela vem me dar atenção, aí ela vai almoçar com o Fi. E eu faço um show, assobiando o que ensaiei durante o dia. Passo a tarde com eles e, de noite, eles me põem para dormir cobrindo a gaiola nos dias frios, para ficar quentinho, e me dão boa noite. Eles travam a gaiola e eu durmo em 2 segundos. Meu donos são muito carinhosos e dóceis (como eu). Bom, o boa noite já foi dado e vou dormir... tchau!

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A janela amaldicoada Felix e Maria

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Muitos gatos podem ter sofrido o que eu sofri, mas a minha versão não é tão grave. Meu nome é Felix. Eu tenho 4 anos de idade. Moro com três humanos e sou bem agitado. Minha dona é a Maria. Um dia, eu estava na cozinha e minha dona fazia um pão delicioso. Eu subi na pia para ver se o pão estava bom, se estava quentinho, mas quando eu cheguei perto, ela me tirou de lá. Aí, eu fui para outra parte da pia, onde tinha uma janela. A janela tinha uma vista muito bonita. Eu me aproximei para ver, aí eu disse: – Socorro!!! Não, não! Eu vou escorregar. E escorreguei. Doeu um pouco. Fiquei bem, sem nenhum machucado ou coisa assim. Não foi tão ruim, mas eu preferia não ter caído, se bem que foi até divertido. Como a Maria já tinha me levado até lá embaixo, eu sabia o caminho de volta. Fiquei esperando na frente do elevador quando Maria e Pedro (seu irmão) chegaram e me levaram para casa. Apesar de ter caído de um lugar alto, foi divertido, mas eu recomendo a vocês, humanos, nunca se pendurem na janela de um prédio. Eu nunca mais saí por aquela janela. Ela além de me dar medo, toda vez que eu chego perto, me dá um frio na barriga. Ainda bem que tenho sete vidas!

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Um peixe bem roqueiro Steaven Tyler (2/2013 a 5/2013) e Gabi

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Meu nome é Steav, Steaven Tyler (por causa do meu bocão). O Steaven Tyler é o cantor do Aerosmith, uma banda de rock. Já eu sou um humilde peixe que mora numa mansão cheia de algas e mordomos. Bem, eu tenho dois mordomos e sou tão rico que meus mordomos têm mordomos. Eu vivo que nem um paxá junto com minha amiga zoiúda, a Marina (a irmã da minha dona). Ela é gigante e muito fofa, mas minha dona é gigantesca, ginórmica!!! Ela ama o Steaven Tyler como ela ama a mim e a música. Mas vocês sabem que peixe escuta 7 vezes mais alto, né? Então, não existe lugar pior para ela me botar do que do lado da caixa de som. A Marina só escuta aquela chatice de “Palavra Cantada”, e ainda tenho que ouvir no volume máximo. Daqui a pouco, ficarei surdo com esse tipo de música. Minha vida não era fácil. Mas infelizmente morri, porém continuo falando com a Gabi pelos pensamentos.

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casa grande, pequena cachorra Rashi e Guedes

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Eu sou Rashi, sou uma cadela da raça Shiba. Cheguei muito pequena numa casa que parecia enorme e cheia de criaturas esquisitas. Hoje, sei que são meus donos. A criatura mais próxima de mim é um menino chamado Guedes, ele me leva para passear, brinca comigo e me deixa dormir na cama junto com ele. Já as criaturas grandes me dão ordens o tempo todo e não deixam dormir em sua cama. Meu passatempo preferido é tomar sol em cima do tapete da sala, em frente à janela. Além disso, gosto de comer as meias do Guedes. Quando eles viajam, fica uma criatura muito mala comigo. Quase esquece de me levar para passear, não brinca comigo e me deixa trancada no quarto dela sem sol. Essa criatura é o irmão de Guedes. Ele tem cabelo raspado e adora tocar uma coisa meio redonda que faz som através de cordas, ele toca o dia inteiro. Ainda bem que isso só acontece uma ou duas vezes por ano. Não tenho do que reclamar, minha vida é muito boa! Tenho comida, brinquedos, camas e criaturas muito generosas. Sempre que peço alguma coisa, tenho resposta imediata. FIM

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A mudanca Luli e Isa

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Pobre de mim! Sou uma cachorrinha branquinha, pequena, bonitinha, mas tenho muitos problemas de saúde. Fui adotada quando era bem pequena, há 14 anos. Deramme esse nome de Luli. Eu gosto desse apelido, a menina que eu chamava de dona era a Fernanda. Quando ela me ganhou de aniversário, tinha feito 1 ano, mal sabia falar e não dava bola para mim quando era pequena. Eu ficava sempre sozinha e chorava pelos cantos. Só que quando ficava na vovó da Fernanda, a dona Clydia, era a MELHOR coisa do mundo, ela me dava linguiça, arroz fresco (para comer) e, de sobremesa, chocolate, que eu AMO! E ainda tinha a Isa e o Gus, que ficavam brincando comigo o dia todo. Eu amava, era demais!!! Tiveram algumas feijoadas na casa da vovó e tudo que caia no chão era meu, não tinha ninguém que pegasse! Depois de um tempo, tive uma péssima notícia: iria ser dada para uma amiga da manicure da Monica, a mãe da Fernanda. Estava mau com a notícia, mas ainda bem que não foi no mesmo dia... Ufa! Agora, estou me sentindo muito melhor, amei a nova casa! Fui adotada porque não tinha ninguém que pudesse cuidar de mim (além da vovó Clydia, só que ela já está bem velhinha e não tem muito tempo para ficar comigo), e, fora isso, eu também já estou bem velhinha e acharam que ficaria melhor em outra casa. Eu sinto saudades, às vezes, mas também amo a outra casa, estou feliz aqui, tenho 3 novos amigos. Eles são bem legais, mas algumas vezes quero dormir e eles não deixam.

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vida

de canário não é fácil Johnny Deep e Isabel

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Meu nome é Johnny Deep. Fui nomeado assim porque tenho um topete e sou bonitão mesmo. Tenho 3 anos ou 2, não tenho certeza, e minhas comidas preferidas são jiló e kiwi. Já tive duas namoradas. Com uma tive três ou quatro filhos (eu não me lembro muito bem). Moro com a minha filha Madonna. Meus donos são muito gentis comigo, me dão sempre água e comida fresquinha... Eu não sei voar. Eu saio da gaiola quando eu estou afim, apesar de que dentro da “minha casa” eu tenho tudo que eu quero. Quando eu cheguei na casa dos meus donos, estava com a minha irmã Erivilda, mas ela morreu uns meses depois de nossa chegada. Isso foi muito triste pra mim, porque nós crescemos juntos. Eu tive uma primeira esposa que se chamava Branca de Neve, acho que deu para perceber qual era a cor dela. Mas ela morreu também, e os meus filhos foram doados, menos a Madonna. Foi muito esquisito, porque meu dono ia comprar outra esposa para mim, mas ele comprou um MACHO!!! E aí ele virou o namorado da minha filha. Quando eu tive meus filhos, fiquei muito alegre, pois foi o dia mais feliz da minha vida. Eu amei os três, ou quatro, mas os meus 3 filhos machos foram doados para uma casa legal. Eu me emocionei por ser uma casa boa pra eles e pude ficar com a minha filhinha.

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Novo Jupter e Totti

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Eu, Jupter, acabei de chegar na casa do Paulo, da Kelly, do Thomaz e do Mathias. Thomaz está sempre fazendo carinho, jogando futebol (ele joga bem) ou dançando comigo. Mathias fica mais na dele: costuma rir do que o Thomaz faz ou faz carinho em mim. Kelly parece que tem um pouco de medo de mim, ela gosta de fazer carinho, mas quando me “mexo”, fica meio “estranha”. Paulo é o mais legal: me joga pra cima, me dá comida, escova meus dentes, limpa minhas necessidades e arruma minha cama. Eles são muito legais, não param de me dar atenção. Eu não sei por que tenho esse nome! Paulo que escolheu. Eu estava com ele, que falava com Thomaz e Mathias por telefone na saída da Cobasi... Foi a primeira vez que nós conversamos! Depois de ser adotado, fiquei tão feliz que até fiz xixi na cara do meu dono (foi sem querer). Eu sou bege e branco, sou um Dog Alemão. Eu sou novo porque eles acabaram de me adotar. FIM

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vida boa Le達o e Flora

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Eu me chamo Leão. Sou um Labrador de 7 anos. Dia 12 de dezembro faço 8 anos, mas pareço um bebezão porque faço o que quero e destruo tudo. Moro em uma casa na Vila Beatriz e os meus donos não passeiam muito comigo. Então, sempre que eu posso, dou uma fugidinha. Uma das vezes que eu fugi, me procuraram até 3 horas da manhã! Por sorte, um guarda me viu e me prendeu numa casa que estava para alugar. Foi legal, fiquei nadando na piscina. No dia seguinte, a vizinha que estava passando, reconheceu meu latido e aí me levou pra casa. Os meus donos ficaram muito felizes. E eu também, porque gosto da minha casa. Adoro brincar com as pessoas e queria que comprassem outro cachorro pra eu ficar brincando com ele. Às vezes, viajo para o sítio da família dos meus donos, é muito demais: eu fico solto, vou pra onde eu quero e me divirto na cachoeira. Quando o pessoal vai escorregar na pedra ou ir à ducha, eu fico preocupado e não paro de latir, mas gosto de lá do mesmo jeito. Tenho uma doença chamada epilepsia. É muito ruim. Por isso não posso ter filhote para não passar essa doença para eles.

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eu e meu dono Lelek e Gabriel

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Uma claridade apareceu de repente. Comecei a sentir frio, fome e muito medo. Estava tudo diferente. Meus pais eram de cores diferentes: minha mãe era amarela e meu pai era verde com rosa. Fiquei protegido pela minha mãe e pelo meu pai durante duas semanas. Minhas penas foram crescendo e aos poucos eu comecei a gritar. Um tempo depois, conheci meu irmão mais velho, o Roger, e posso dizer que eu não gosto nada dele porque ele me machuca e a briga começa, ele me bicando, depois é chute e visse versa. O Roger era verde, azul e vermelho. Brincava com ele todo dia. No dia 4 de fevereiro de 2013, resolvi bicar meu irmão. Dei uma bicada tão forte que ele foi embora para sempre. Minha mãe e meu pai ficaram felizes. Hoje, vivo com minha mãe e meu pai numa gigante gaiola, e logo terei novos irmãos.

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Minha vida de aventuras Laila e LĂŠo

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Olá, eu sou a Laila, uma Labradora enorme e despigmentada. Fui adotada por quatro pessoas que foram e voltaram até me escolherem. Enquanto isso, eu e meus irmãos ficamos mordendo o cadarço deles. Quando, finalmente, me levaram, fiquei muito, mas muito feliz. Lá, eu fico em cima do sofá e recebo carinho. Naquela época, um menininho se jogava em mim e tentava me acariciar, mas ele não tinha jeito e não me agradou. Um dia, eles saíram para jantar e eu sozinha lá, fiquei louca, comecei a correr de um lado a outro, de repente esbarrei numas coisinhas estranhas. Elas se espatifaram no chão. Quando meus donos voltaram, viram os estilhaços brilhantes espalhados e falaram: – Você quebrou os CD! Aquelas coisinhas eram tão simples que achei que não eram importantes para eles. Fui para cama e fiquei lá. Durante alguns anos, fiquei observando como abriam aquelas coisas de madeira muito altas, vi que mexiam em uma coisa comprida que empurravam para baixo. No dia seguinte, dei um pulo e comecei a raspar minhas patas naquela coisa. A coisa de madeira alta se abriu, então sai daquela casa e comecei a correr e me divertir muito.

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Um dia, minha dona saiu de casa e fechou a coisa de madeira que chamavam de porta, eu fui abrir, mas eu acabei virando uma coisinha pequena de ferro e não consegui abri-la. Depois de quarenta minutos, minha dona pegou outra coisinha de ferro, abriu a porta e começou a rir, e eu não entendi. Eu ainda era pequena quando ganhei uma corda com um frango verde preso nela. Eu adorei aquela corda, mas dois meninos também, porque eles se agarravam em uma ponta e eu a outra, nós puxávamos cada um para um lado e eu sempre ganhava, pois ficava arrastando eles. Eu sempre como às 5h30 da tarde, quando eles falam “fome, fome”. Meus donos adoram viajar, me levam no porta-malas do carro por 3 horas, pois lá tem um espaço enorme que até consigo ficar em pé com uma boa folga. Quando a viagem acabou, vi muitas árvores em cima de montes de terra gigantescos com pedras presas a eles. No dia seguinte, meus donos me levaram para passear em trilhas naqueles montes, mas eles andavam muito devagar, então eu decidi correr no meio das árvores. Lá no meio da mata, só sentia o cheiro dos meus donos, corri de volta para eles o mais rápido que pude e os encontrei aflitos. Esta é a minha vida de aventuras que ainda vivo, me divertindo com o Léo, o Marco, a Liza e o Jopa, meus donos, que me dão comida e carinho. FIM

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o dia em que fui adotada Lila e Laura

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Chamo-me Lila, eu fui adotada de um jeito um pouco diferente. Minha primeira dona me largou sem mais nem menos e, por isso, passei um tempinho naquele lugar que as pessoas chamam de rua. Meu estado era de morrer de dó, mas ninguém tinha coragem de me pegar ou mesmo fazer um carinho em mim. Porém, o que era mais chato era que eu ficava numa rua cheia de gente bêbada e louca, principalmente gente drogada. Logo depois, reparei que tinha uma placa no começo da rua que estava escrito Cracolândia, chamada assim pelos humanos Eu tinha medo de quase tudo que via, além do mais eu era uma filhote suja, assustava-me com tudo o que via, mas o que me assustava de verdade eram os sacos de lixos pretos e os humanos, claro. Até que um dia, eu resolvi chegar perto de um humano. Fui chegando perto, bem devagar, torcendo para que ele não me visse. Mas quando ele me viu, me atacou, me bateu com um galho que estava na mão dele. Depois nunca mais cheguei perto de um homem. Dois meses depois desse acontecido, eu estava sentada num cantinho da rua quando um homem começou a se aproximar de mim. Pensei em latir e rosnar, mas não fiz isso. Ele se aproximou e vi que ele era alto, usava um terno e uma gravata. Agachou-se e olhou para mim... Deu um sorriso e me fez um carinho bem gostoso na minha cabeça. Aquele moço se levantou e foi até um prédio grande e pegou um copo de plástico que havia lá, encheu de água de uma torneira. Colocou na minha frente deu um sorriso e disse: – Beba, vai fazer bem a você. Ele foi embora e logo depois eu a bebi e adorei! Achei ótima a água fresca. A comida era estranha. Depois disso, ele vinha diariamente me dar comida e água fresca. Vários cachorros da 48 48


vizinhança começaram a chegar perto de mim. Posso dizer que tive vários namorados. Um dia estava no estacionamento com o homem que me fornecia comida e água, quando chegou um Tucson prateado e dentro do carro saiu um senhor chique que falou para o homem que estava do meu lado: – Estou esperando a Sílvia. – Aquele senhor me olhou: – Esta cachorra é sua? – ele disse. – Não, só estou cuidando até alguém ficar com ela. – respondeu o homem, que depois descobri que o chamam de “segurança”. O senhor do carro chique agachou e fez um carinho na minha cabeça e começou a correr para brincarmos juntos. Gostei muito! Uma voz feminina doce e agradável chamou pelo nome “Mathias” e ele foi embora. O segurança me chamou de volta para seu lado e dormi esta noite muito bem, sempre pensando naquela brincadeira e no gentil homem que brincou comigo. No dia seguinte, fiquei esperando, mas o Mathias não apareceu, mas aquela moça que o chamou apareceu por lá. Ela ficou durante alguns meses me observando e confesso que fiquei um pouco assustada. Achei que ela poderia ser uma sequestradora de cachorros ou algo do tipo. Um dia, depois de minha comida e minha água fresca, fui para o estacionamento, onde sempre ficava depois das refeições. O segurança que cuidava de mim me pegou de surpresa pelo pescoço e me jogou num carro. Estava tão desesperada que nem percebi que estávamos passando as ruas. Passei mal de tanto medo que até vomitei. Pararam o carro, abriram a porta traseira em que eu estava e, 49


antes de qualquer movimento, corri! Uma jovem alta e muito, mas muito bonita mesmo conseguiu me pegar pelo pescoço e logo reconheci a mulher, que durante semanas me observara. Ela me deu para uma moça com um jaleco branco e fiquei mais assustada ainda, porque eu conhecia aquele tipo de lugar! Me deram um banho à força e um milhão de injeções. Mas o bom foi que colocaram algo em mim que tirou a coceira insuportável que eu sentia! Quando me olhei no espelho, jurava que não era eu: estava linda, meu pelo brilhava, eu estava espetacular, como uma “garota” de propaganda! Dormi lá por uns dias, confesso que foi chato e desconfortável. Mas, um dia, aquela mulher que me levara da rua me tirou de lá e vi duas crianças: o Gabriel e a Laura. Pulei e me diverti com eles. Fui levada para casa e estou com eles até hoje. Adoro minha família! Bom, é isso! Beijos galera, da sua amiga Lila.

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passadinha na escola Montana e Dries

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Me chamo Montana. O tio do Dries, o Carlos (ou melhor, Caco) me deu esse nome em homenagem ao estado de Montana, nos EUA. Eu passo todos os dias da minha semana deitada no jardim de minha casa, tomando sol e sentindo uma brisa deliciosa batendo em meus pelos castanhos de Labrador. Há uns dias, meu dono foi sorteado para levar-me a sua escola. Então, fui sem esperar nada. Eu não sabia de nada sobre lá. E isso me deixara muito curiosa. Logo que cheguei, vi que era gigante. Toda sombreada por altas árvores na frente. Quando o porta-malas se abriu, uma multidão de humanos veio me abraçar e me acariciar. No começo fiquei um tanto assustada, mas depois comecei a aproveitar. Deitei-me na calçada mesmo e relaxei. Me senti como em uma dessas “casas de massagem” que os humanos sempre falam. Depois que entramos no Laboratório, encontrei mais cinco animais! Eram três peixes, uma calopsita e uma tartaruga. Os garotos me mediram toda com somente umas duas réguas de 10 cm e me encararam por um tempo. Bem, depois chegou a hora de ir. Confesso que até hoje sinto saudades daqueles massagistas encantadores.

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dias de c達o Apolo e Pedro

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Oi, sou o Apolo, um Buldogue Francês preto, e tenho 8 anos. Vivo com meu dono, Tide. Sou gordo e como tudo que vejo, até o pé da cama do meu dono, que está muito sujo e arranhado. Gosto muito dele porque me dá tudo que eu quero, até sanduíche! Gosto muito de peito de peru. Hummm! Sempre fico solto pela casa, mas quando vêm aqueles bebês e aquelas crianças, tenho que ficar preso. Às vezes, brinco com elas até à noite. Elas são muito legais, pulo em cima delas, é muito divertido!!! Se chegar mais visitas, aviso. Adoro pegar coisas na cozinha e ir correndo para a sala, onde não posso entrar porque faço muita bagunça e sujo o sofá. Sempre fico de castigo no quarto por desobedecer, enquanto meu dono vê TV e joga no computador. Ah! Esqueci de falar que quando fico doente, meu dono me dá remédio camuflado no peito de peru. Ele pensa que me engana!!! Meu dono está me chamando para passear, tenho que ir. TCHAU!!!

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minha vida Pingo e Danilo

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Olá, meu nome é Pingo. Tenho 2 anos, sou vira lata, gosto muito de brincar com minha bolinha e pareço um Border Collie, branco com manchas pretas, só que pequeno. Vou contar um pouco da minha vida: tenho três donos, um menor, o Danilo, e dois maiores, o Fernando e a Tania. Pela manhã, o menor sai para uma tal de escola; depois, a maior, que é mulher, sai e, logo, o menor volta. Também tem o maior (homem) que sai, às vezes, durante o dia. Ah, tem o meu pai adotivo que também é cachorro e se chama Rubens. Nós conversamos e nos divertimos o dia todo. O Rubens chegou em casa recentemente, junto com o dono maior. Uma vez, os meus donos foram viajar e me deixaram na casa da empregada. Ela me deixava amarrado em uma corda. Um dia, eu cansei de ficar lá e comecei a roer a corda. Fui para o mato ver se tinham outros cachorros, não achei nenhum, nem o caminho de volta. Mas, no dia seguinte, a empregada e seu marido me acharam e me levaram de volta. Fugi novamente e só voltei três dias depois. Eu percebi que as pessoas não gostam que nós mordamos as coisas delas, por isso eu parei. Eu como a ração da marca Premiere, adoraria comer a comida que meus donos comem, mas eles não deixam, e toda vez que eu consigo, vomito. Tomo banho em casa, o que eu não gosto, porque é muito molhado. E essa é minha vida.

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minha nova casa Babu e Raphael

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Meu nome é Babu. Nasci em 2007, e fui para casa numa caixa dentro de um carro. Eu era bem pequena e era tão animada, pulava em todo mundo, em quem eu pulava ficava sujo. Sempre fui boazinha. Nunca mordi ninguém, mas derrubava muito meu dono, o Rapha. Ainda me lembro de quando roubaram minha casa, não puder fazer nada, só latir porque estava presa. Adoro ir para o sítio do meu dono. Lá, eu pulo, corro e faço outras coisas. O sítio é um lugar enorme. E quando meu dono se mudou, vim morar no sítio que virou meu novo lar. Por um lado é bom, porque eu fico num lugar enorme onde posso brincar pular e pular, mas não posso ficar muito com a minha família. Raramente nos encontramos, mas fico feliz quando os vejo. Pulo feito cabrito, brinco etc. Outro dia, apareceu um rato no sítio, quase matei o coitado. Mas ele fugiu para debaixo de uma caixa. No dia seguinte ele ainda apareceu, mas depois sumiu. Minha vida nesse sítio é tão boa que fico o dia inteiro nadando, correndo no pasto e tocando vacas. Uma vez, apareceu um cavalo no sítio, pensei que fosse uma vaca e lati, lati, lati. No fim da história, levei um coice! Minha vida é boa, espero ter muitos anos de vida, além dos 5 anos que já tenho. Espero que tenham gostado da minha narrativa.

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eu e minha dona Rebeca e Veronica

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Olá, meu nome é Rebeca e sou uma Shitsu bem feliz, tenho 5 anos e moro com minha dona Veronica e sua mãe, chamada Helena. Antes, nós morávamos com o pai dela, Carmine, uma pessoa de quem gosto muito, mas aí os pais dela se separaram e fui morar na Fradique Coutinho, num apartamento menor, mas muito confortável. Lá tem, além de nós três, (eu, Vero e Helena), uma senhora chamada Ivone, que me leva para passear, me dá água e comida e sempre vai embora aos sábados. Acho-a bem legal. Tem também a moça Catia, que leva a Vero para um lugar cheio de crianças e só pega depois de 5 horas. Ela me leva para passear quando a Ivone não pode ou não vem, e eu gosto muito dela. Como minha dona, tenho madrinha, ela se chama Zuleica, e é a tia da Vero. Ela fica comigo quando minha dona viaja, é tão bom! Lá posso comer coisas que em casa não deixam, e posso dormir na cama, coisa que no meu lar é proibido. Gosto muito da Vero, mas ela já foi bem malandra comigo. Um dia, ela estava jogando minha bolinha de borracha para eu pegar, daí a bolinha caiu dentro de um negócio redondo que colocavam em cima da mesa. Eu pulei e o negócio se espatifou no chão. Verônica pôs a culpa em mim, mas sabem, acho que mereci, porque no mesmo dia tinha destruído as pernas das cadeiras da sala, coisa que só descobriram no dia seguinte. Sabe, quando isso aconteceu eu tinha 3 anos. Lembro-me de quando era filhotinha, na noite em que cheguei na família. Eu tinha 3 meses e quando a moça que cuidava de mim, dos meus irmãos e da minha mãe me pegou, eu soube que iria para um novo lar. Fui colocada nos braços de uma menina, que me olhou e abraçou dizendo que eu era a coisa mais linda do mundo, eu a lambi e ficamos amigas na hora. 60 60


Quando fomos embora para o novo lar, fui colocada em uma caixa de papelão, senão eu poderia vomitar no carro, mas foi tudo tranquilo. Chegando em casa, comi e vi minha dona se sentar à mesa para comer. Como ainda era filhote, tive sono às 21 horas que também era a hora de dormir da minha dona. Quis ir com ela para seu quarto, mas tive de ficar na lavanderia e isso me fez choramingar a noite inteira. Eu era bem malandra, bastava ter no chão um chinelo sem dono e pronto! Eu acabava com ele em 2 segundos, agora sei que isso é errado. Até hoje, quando a Vero está chateada, ela deita na cama e passa a mão no meu pelo até se sentir melhor. Mesmo sendo castrada, tive um namorado! Seu nome era Bob, o único cachorro que eu deixava chegar perto de mim. Minha dona ficou tão feliz que eu finalmente tivesse deixado um cachorro se aproximar que quis organizar um tal de casamento. Escolheu um lindo vestido para mim e uma gravata borboleta para o Bob. As tais “aliçanças” ou alianças também ficaram prontas, eram dois anéis bem lindinhos. Eu estava muito feliz até uma semana antes do casamento, quando Bob faleceu. Fiquei muito triste, mas agora já superei a terrível perda. Tenho de me despedir agora, minha dona está me chamando, e também se eu continuar vocês vão cansar, minha vida é muito longa. Até mais!!!

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spock Spock e Thomas

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Chamam-me de Spock por causa do cara das orelhas pontudas do Star Trek. Eu sou Labrador e tenho 1 ano de idade. A cor do meu pelo é amarela. Eu tenho dois irmãos que brincam muito comigo, só que a lição de casa e a escola fazem com que fiquem muito cansados, então pulo neles, mas o Mark-pai não deixa, e me prende por 5 minutos porque acha ruim. Meu pai é muito legal e brinco com ele bastante, já a Celia-mãe não brinca comigo, mas mesmo assim gosto dela. Eu ando bastante com o Thomas (irmão) e o Mark. Thomas também me dá banho. Eu sou muito brincalhão, então, às vezes, quando estou sozinho, cavo. Eu gosto muito de um cachorro da tia do Thomas. Eu o conheci quando fui à casa dela, foi muito legal. Corremos muito porque a casa é muito grande, tem uma pequena floresta atrás. Neste dia, o pai do Thomas e seus tios estavam cortando uma árvore morta lá. Mark viaja muito, mas enquanto está aqui, diz que vai fazer um museu de todas as coisas que eu destruí: os óculos do Thomas, os óculos do Mark, a bola de futebol americano deles, o para-brisas do carro e várias outras coisas. Eu moro em São Paulo, tem uma praça perto e um cachorro legal e pequeno também. Amanhã, irei à casa da outra tia do Thomas, que tem um cachorro pequeno e branco, ele tem 11 anos e o nome dele é Neve, ele é manso e acho que ele gosta de mim.

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Me resgataram! Tampinha e Caio

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Olá, eu sou a Tampinha, a cachorra de Caio Greeb. Sou uma Golden Retriever com uma mistura de Border Collie e vira-lata. Sou muito fofa porque tenho muito pelo! O Caio me adora porque sou o único cachorro que ele tem e porque sou a coisa mais importante do mundo para ele! Bom, minha história é uma longa, feliz (e triste) história. Eu morava em uma favela e eu era muito maltratada: puxava carroças e até já levei um tiro na perna. Até que um dia, uma mulher alta e bonita veio me resgatar. Nunca a tinha visto, mas sei que ela falou para meu antigo dono que iria me castrar (fiquei muito preocupada na hora...), mas confiei nela, pois tinha ido com sua cara. Depois da castração, ela acabou falando para o meu dono que eu tinha morrido. Isso foi ruim e bom. Ruim, pois me separei dos meus 9 filhotes, mas o bom é que dei tchau para aquele homem maldoso e àquela vida pesada na favela. Fui para uma casa pequena e apertada e morei lá por uns 4 anos. Mesmo apertada e sem jardim pra brincar ou tomar meu solzinho, lá tinha comida, brinquedos e cama quentinha. Um dia, a minha nova dona tinha que ir viajar e me deixou com o Caio. Foi muito legal porque lá na sua casa tinha um jardim onde podia tomar sol e esse menino brincava comigo. Quando minha dona voltou da viagem, acabou decidindo que eu poderia morar pra sempre com ele, pois percebeu que era melhor pra mim (e claro, ela nunca gostou que meus pelos se espalhassem no seu pequeno apartamento). Eu amo o Caio até hoje e nunca vou me separar dele!!!

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quando quase desapareci Tcheff e VinĂ­cius

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Eu, Tcheff, sou um Labrador cor chocolate e tenho 9 anos. Quando meu dono Vinícius tinha 3 anos, começou a me chamar de Tcheff e o nome ficou. Conheci ele quando tinha apenas1 ano e ele 3. Ele tinha ido com seus pais (meus avós) adotar um cachorrinho. Havia vários cachorros e, meio sem querer, ele me viu e gostou muito de mim. Ficamos o dia inteiro brincando. Em um dia calmo, quando já tinha 8 anos, o pai do meu dono e meu dono estávamos em uma praça, tive uma ideia boba: subi a rua da praça sozinho. O Vinícius começou a me chamar, mas eu nem liguei, continuei andando. Ele começou a correr e a me chamar. Notei que fui muito longe e, só então, com medo de me perder, voltei. Vinícius brigou comigo e voltamos para casa. Não fiquei com raiva, nem ele, porque mais tarde foi me fazer carinho. Desde então, nunca mais tive esta ideia de novo e agora continuo indo na mesma praça, mas sempre longe da rua de cima. Agora, como estou mais velho, descobrimos que tenho um problema na próstata e tive que ser castrado. Quando cheguei no veterinário, quase o mordi, mas não fiz isso. A operação foi rápida e, no fim das contas, fiquei mais calmo e até feliz!

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vida no aquรกrio Timmy e Lucca

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Quando vim para o céu, tinha 3 meses de idade. Eu era um peixe lindo, era azul com os lados amarelos (quase igual àquela amiga do Nemo). Aqui no céu é muito legal, tem um lago gigante onde eu nado o dia inteiro com os outros peixes, à noite, como a ração mais gostosa que existe e durmo em uma cama de algas verdes. Meu dono me adorava, me batizou de Timmy. Sempre foi legal comigo, mas quando começou a pensar naquele campeonato, esqueceu de mim e foi assim que eu faleci, porque quando ele foi viajar esqueceu da minha comida. Eu quase nunca via os pais do meu dono. Eu vi a desastrada da mãe dele só uma vez. Lembro que quando ela acabou de fazer a comida, deixou o fogão aceso, a parede e a pobre panela queimaram, por sorte meu dono me salvou: avisou seus pais, que apagaram o fogo e nós não morremos queimados. Não adiantou muito, porque de qualquer jeito eu morri algumas semanas depois e meu dono aprendeu a lembrar de deixar comida para os seus animais. Ainda bem que meu dono não teve outros peixes depois de mim, porque eu ficaria com ciúmes.

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Créditos Diretora do Ensino Fundamental Maria Stella Galli Mercadante Coordenação Vera Lúcia Telles Cretella Conn Assessoria Pedagógica Língua Portuguesa Márcia das Dores Leite Informática Maria José Godoy Pereira Orientadora Maria do Carmo G. Kopp Silva Professores Luciana Fabri Rietmann – 6º ano A Ana Cláudia Martoni Moraes – 6º ano B Cristina Maria Coin de Carvalho – 6º ano C Cláudia Godinho Peria – 6º ano D Maria Luiza Gabriel da Silva – 6º ano E Auxiliares Aline Borrely Ataíde – 6º ano B Clara Rimkus Devus – 6º ano D e E Paula Monteiro de Camargo – 6º ano A e C Editoração Vera Cruz Giselda Beatriz Bueno do Prado Juliana Gonçalves Lopes Kiki Millan Léa Klein Maria Angélica Lopes da Silva Copidesque Arthur Tahan Miguel Torres



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