Virando bicho – 6º C – Escola Vera Cruz

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o d n vira ho bic

6º ano C



o d n a r i v icho b 6º ano C Professoras: Cristina Maria Coin de Carvalho Paula Monteiro de Camargo

São Paulo - Junho de 2013



o i r á m u s Minha vida de crocodilo – Alexandre Navarrette Casanova Lotito.............

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Minha vida de macaco – Alexandre Szymanski Matera ........................... 10 O morcego –Antonio Bolaffi Arantes.................................................... 13 Minha vida – Antônio Macedo Ferrite................................................... 15 Tempo perdido em uma aventura quadrada e boba! – Antônio Mendes Gandour.................... 17 Quero comer – Caio Lafraia Brant....................................................... 21 Bill!!!!, pare de comer o sofá – Felipe Fernandes Sales............................. 24 Mosca rei – Francisco Ramalho Appy.................................................... 26 O acidente de Frida – Gabriel Pisaneschi Speranzini............................... 29 Mordida na pata – João Pedro Maroni................................................... 31 A ida à escola – Lucas de Almeida Mattos.............................................. 33 Scooby, cuidado, ele morde – Max Levin............................................. 36 O cão que aguenta a sua família – Pedro Bueloni Silva............................ 38 Luma a cachorra com ideias estranhas – Pedro Lang de Mattos................ 41


Gabriel, o pássaro – Pedro Siqueira Ribeiro........................................... 43 A cabra mimada – Rafael Andrade Rantigueri........................................ 45 Vida de rato – Tiago de Almeida Chadarevian......................................... 48 O rei pulga –Tomas Lee Guidotti.......................................................... 50 Juju, pare de arranhar o sofá – Ana Clara Moreno Seixas......................... 53 Fome também mata – Ana Tereza de Magalhães Guarnieri....................... 55 O grande babão – Camila Dulcine Pessoa de Carvalho............................. 57 Tem rosbife na cozinha – Catharina Caseiro Cavalieri............................ 59 A minha nova família! – Daniela Maciel Simão dos Santos....................... 62 A pequena assassina – Jade Tavares Spaniol.......................................... 64 Foi um acidente!!! – Manuela Barreto Medugno..................................... 66 Brincando com a grama – Maria Beatriz Furegatti Tinoco........................ 69 Odeio gatos – Maria Eugenia Centurion e Russel..................................... 71 Nuvens de almofadas – Maria Pandeló Augusto..................................... 73 Uma voltinha – Raquel Liberman Lopes da Silva..................................... 75 Desde o início – Sophia Guimarães Vasconcelos..................................... 77


O Ã C A T N E S E R P A Quem nunca parou para observar um animal doméstico? Geralmente, esses bichos tão amados são considerados verdadeiros integrantes de uma família. Imaginem o que esses seres falariam se pudessem se comunicar usando o código linguístico dos humanos? Foi exatamente esse o exercício proposto ao 6º ano C. Lemos histórias como essas para inspirar nossos jovens escritores. Conversamos sobre as ideias que surgiram e como transformá-las em texto. No laboratório de informática, os alunos puderam escrever pelo menos duas versões, considerando nossos comentários. Finalmente, ilustraram suas produções com fotos e desenhos. O resultado está registrado neste livro, que contou também com a colaboração da professora Zezé. Esperamos que apreciem a leitura!

Cris e Paula Junho de 2013


MinhA

VIDA DE CROCODILO Alexandre Navarrette Casanova Lotito

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Meu nome é Rex e eu sou um crocodilo. Moro na cidade de São Paulo. Não é incrível um animal como eu morar numa cidade? Eu como Big Mac todo o dia, mas estou preso na parede com corrente. Sou um bom crocodilo, mas um dia me deixaram sem comer e quase comi meus donos. No final, acabei comendo a cabeça do cachorro. A culpa não foi minha. Fiz isso só porque não me deram comida. E só porque comi o cachorro, fui colocado numa gaiola, de castigo. Um dia, me levaram para a África e lá tem muita coisa gostosa para comer. Eu gostaria de morar na savana africana, pois é melhor do que morar naquela gaiola sem ninguém. Fiz muitos amigos, brinquei, nadei e matei. Esperava que meu dono me esquecesse, porém não foi o que aconteceu. Ele me levou de volta para aquela gaiola. Pelo menos, voltei a comer o Big Mac. Ai, que bom! A gaiola estava desparafusada e eu consegui sair. Fui rastejando até o Rio de Janeiro e acabei recolhido pelo dono do zoológico estadual. Um dia, foram ensinar paras as crianças como alimentar um crocodilo, e ataquei todos eles.Virei notícia: todos vieram me visitar. Eba! Mais carne fresca para mim. Que delícia! E vivi o resto da minha vida no zoológico estadual. FIM

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Minha vida de macaco Alexandre Szymanski Matera

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Meu nome é Kong. Só pelo meu nome dá pra saber que sou um macaco. Atualmente, moro com um caçador em uma floresta. Eu também nasci em uma floresta e eu era livre. Matava todo o animal que me encarava. Um dia, uns caras entraram pela mata com um helicóptero e me levaram para um circo, junto com alguns outros animais. Não sabia direito o que era um circo. Fui recebido em uma sala, que chamavam de camarim, por um apresentador que me ensinou alguns números. Alguns dias depois, foi minha primeira apresentação: tinha que jogar bananas para cima e para baixo andando em uma corda. Caí algumas vezes no show, então começaram a reclamar de mim e me trocaram de número. Passei a ser atirado de um canhão em alta velocidade e cair em uma piscina de água. Não deu certo esse número porque, uma vez, eu fui atirado e derrubei o circo inteiro. Ficaram muito bravos comigo, então comecei a chorar, chorei muito. O apresentador do circo era muito violento, então pegou uma faca de churrasco e falou o seguinte: — Seu macaco idiota, você não faz nada direito. Não é possível! Vamos matar você, porque perdi muitos clientes aqui!!! Lembrei de quando eu era um macaco de floresta, e usei minhas habilidades de macaco da mata e avancei para cima dele. Ele quase cortou minha cabeça, mas eu o atingi antes. Poxa vida! Existe apresentador de circo que quer matar seus animais?

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A verdade é que descobriram que ele era um assassino de animais e eu dei um jeito de escapar da minha morte também. Descobri que seus empregados também eram assassinos. Saí correndo para a rua com os capangas atrás de mim; fui até o lado traseiro do circo, onde eles guardavam os explosivos. Peguei uma bicicleta de uma roda e tentei jogar neles, mas acabei acertando um caminhão. O cara do caminhão viu a cena, chamou a polícia e todos eles foram presos. Eu voltei a ser um macaco de floresta, com ajuda do FBI. E essa é minha vida de macaco.

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o morcego Antonio Bolaffi Arantes

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Eu vivo numa caverna pendurado durante o dia. Ao anoitecer, minhas asas se abrem e começo a me preparar para meu voo noturno. É muito emocionante viver assim, pois sempre enfrento grandes aventuras. Nesses voos, eu caço pequenos animais para me alimentar. Numa determinada noite, de caçador virei caça. Estava voando sobre uma cidade muito iluminada e com um som que me atraiu. Voei na direção desse som que parecia ser uma música muito barulhenta, mas mesmo assim bem atraente. De repente, meio cego pela luz forte, senti alguma coisa me agarrando. Minhas asas ficaram totalmente imobilizadas e não consegui me mexer. Algo gigante com duas garras brancas arrancou minha cabeça e depois disso não tenho mais lembranças. A partir desse dia, Ozzy Osbourne ficou conhecido como o homem que comeu um morcego.

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minha vida Antônio Macedo Ferrite

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Quando meu dono acorda, às 6h30 da manhã, eu já estou acordado há duas horas. Meu dono senta no sofá e sua mãe senta ao seu lado, e eles começam a conversar. Eu fico latindo de ciúmes, até eles me chamarem: — Chicó! Vem cá, Chicó! E eu vou, eles ficam me fazendo carinho até as 7 horas, aí eles vão lá embaixo tomar café da manhã. A Sô chega e me dá comida, me leva para a praça e me traz de volta pra casa. Meu outro dono acorda às 9 horas, brinca comigo até às 12h30 e ele vai pra escola. Às 12h55, meu outro dono, o Tom, chega, almoça e joga video game. Eles vão embora e, só às 18h30 voltam, brincam comigo e dormem às 10h30 da noite. Um dia, um ladrão chegou à minha casa de madrugada e eu fui acordado à 1 hora da manhã com as sirenes da polícia. Meu dono mais novo fez xixi na cama de medo, meu outro dono, o Tom, pegou uma “nerf”. Aí ele viu que não tinha mais bala, porque eu comera todas elas, então ele foi chamar seu pai e sua mãe. O ladrão apontou sua arma para eles dois e ficou de costas para o Tom, que foi ao quintal abrir a porta para mim, então eu saí correndo e mordi a bunda do ladrão. Ele gritou de dor e soltou a arma. A polícia entrou na casa e o prendeu. Como eu fui um herói, ganhei um ovo frito, mas depois eu descobri que era para o café da manhã.

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TEMPO PERDIDO EM UMA AVENTURA QUADRADA E BOBA! Antônio Mendes Gandour

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Vish, lá vem ele com aquela cara de “tu tá FRITA!”. Fazer o quê, né? Minhas fezes já estão lá na sala, não tem como eu ir lá agora e limpar. Afinal, sou apenas uma cachorra. Sou a Bola, mais conhecida como The-Starfyr. Não sei porquê, mas me chamam assim. Meu irmão, o Bolotinha, é um viciado em um filme de aventuras, é um tal CL, e nele existe um tal Glad, mais conhecido como “O gladiador”. Todos os sábados, ele fica das 18h30 às 23h30 com o nosso dono. Lá está ele, Bolotinha, pregado na frente da televisão sem piscar os olhos. ABS eu creio que seja o clã ABSTRACT – nome de freio, né? Pode ser, não sei direito, a maior rival das “galinhas fracas”, a TTs – The Trojans, que disputa com a aMS – aMbuSh, e a ABS sempre ganha. Eu me imagino lá no CL, é isto que vou contar a vocês... No último episódio, o mais legal, TTs é banida da liga por uso de hacks/trapaças. Um participante trapaceou no torneio, isso não foi legal para a eBR, outra rivalidade, eBR × TTs, muitas rivalidades, e um torneio só, com a TTs banida. O filme nunca mais foi o mesmo, ninguém mais assistia, não se interessaram em um filme sem graça, onde a ganhadora é banida permanentemente. O filme foi começando a ficar ruim, poucos telespectadores. Foi assim que aconteceu tudo, desde outubro de 2011, até agora. Dezembro de 2011: TTs dominando tudo. Janeiro de 2012: ABS ganha uma da TTs. Fevereiro de 2012: a TTs é banida. Março de 2012: CL sem graça, ABS acabada. Abril de 2012: Legendary Clan é criado.

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Maio de 2012: os ex-ABS vão à LgT e comandam por um bom tempo. Junho de 2012: Vitor e Paulo, dois amigos, criam a Revenge of The Fallens. Julho de 2012: seus rivais da FBI//SNW começam a competir glads. Agosto de 2012: Revenge of The Fallen = Dominantes do CL. Setembro de 2012: FBI ganha uma de Revenge of the Fallen, que para não ser banida é acabada. Outubro de 2012: Necromancy, feita por líderes da Revenge, se alia a FBI e começa a ganhar da SNW. Novembro de 2012: Paulo e Vitor abandonam a Necromancy, criando a [GD3]Gordão. Dezembro de 2012: mudou e mudou até Fred criar a KillerZ BraziL, com Vitor. Janeiro de 2013: TTs é desbanida. Fevereiro de 2013: ABS recriada. Março de 2013: os ex-TTs tomam atitude e voltam ao CL. Abril 2013: TTs recriada. Maio de 2013: TTs volta a ganhar!!! Até que... — Acorda, Bolinha!!! Está na hora do café da manhã! Ufa, ainda bem, senão me viciava que nem meu irmão, o Bolotinha. 19


E... Acabei me viciando mesmo, é isto. Cuidado, é fácil se viciar nisto, de tanta história que existe em um filminho feito de quadradinhos BOBOS!!! FIM

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quero comer Caio Lafraia Brant

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Hello! Eu sou uma porquinha-da-índia bem medrosa e preguiçosa (passo o dia todo dentro da minha toca e, quando entra alguém em casa, eu chamo por comida). Para começar, meu nome é Lila, moro num apartamento com meu dono Caio, a mãe dele e a empregada (a que mais me alimenta, portanto, uma pessoa muito especial na minha vida). Ninguém me compreende. Minha vida é só comer, comer e comer. De vez em quando, meu dono me pega quando estou com fome, mas ele não entende, aí eu aviso-lhe, mas não adianta. Oops! Ele está vindo. — Me dá comida! – gritei. — É, você é fofa, né? Lindinha, fofinha! Liloquinha! – ele exclamou. — Ai! Me dá comida logo! Não carinho, comida! – gritei, novamente, mas ele não entende. Aliás, os humanos têm essa dificuldade para compreender o que queremos. Não é óbvio que estejamos sempre com fome? — Você quer mais carinho, Lila? Vou fazer na sua testa agora – ele falou novamente. Pensei que, se contasse uma piada para ele, ele me daria comida. Fiz isso! — Sabe o que a porquinha disse para o dono? “Quero comer!” Não deu em nada. Usei minha melhor piada, e nada! Vou pedir com educação. — Caio, você gostaria de pegar uma vagem pra mim, se não for incômodo? Acho que era incômodo, porque ele não pegou. 22


— Ai, Lila, minha mão não é comida! Lila, volta pra casinha para eu pegar comida pra você! Ele finalmente me pôs na casinha e me deu comida. Ufa! Imagina isso todo dia. Que estresse. Pelo menos ele se importa comigo.

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Bill!!!!, pare de comer o sofá Felipe Fernandes Sales

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— Ei, Bill, pare de comer o sofá! Olá, meu nome é Bill, como vocês podem perceber. Vou contar um pouco da minha vida. Sou um cachorro, um Pitbull muito gordo e brincalhão. Um dia, meu dono me levou para o pet shop para eu tomar banho, porque estava muito sujo. Quando voltava para casa, dois carros passaram na lama e a lama voou em mim. Fiquei todo sujo, de novo. Voltei para o pet shop, tomei o meu banho de novo e fui para a casa todo limpo. Chegando em casa, vi meu irmão berrando e gritando, e minha dona fazendo uma sopa para a janta. Minha dona chama Maria e o marido dela chama Bill. O meu irmão chega em casa todo molhado do futebol. Ele se chama Felipe e é muito bom em “Call of Duty” e “Battlefield 3”, que são jogos. O meu irmão vai para quarto dele e fica o dia inteiro lá. Ah, o sofá novo está perfeito, mas meu dono vai se dar mal por ter comprado um sofá de algodão, porque eu gosto muito de algodão. FIM

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Mosca rei Francisco Ramalho Appy

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— Hoje, meu filho, vou te contar quando eu, Moscovaldo, virei rei do mundo! Tudo começou lá no bar Mosca. Eu ouvi alguém dizer a palavra REI, logo pensei no que seu tio Ernesto tinha me contado: — Só existe um rei no mundo e não sou eu. – E de bêbado, caiu no sono. Fui voando até lá e vi o rei João III. Fiquei emocionado e fui cumprimentá-lo, mas deu errado. Ele quase me matou com aquelas mãos suadas e enormes. Fiquei furioso. Queria me vingar e raciocinei: “se alguém, sem querer, desse um trato no rei, tomaria o lugar dele e eu podia ser ele”. Continuei com essa ideia na cuca e fui atrás dele... Na residência protegida do rei, entrei pela janela e estava no quarto. Passei pela fechadura da porta e estava na sala, onde o alvo tomava uma sopa. O que pensei era entrar na sopa, ele me ver e morrer de susto. — Como assim morrer de susto? — Sabe um susto grande e puff? Voltando à história, foi o que fiz, mas deu errado. Ele quase me comeu. A segunda tentativa foi contratar um grupo de ratos para acabarem com aquilo. — Pai, onde você conseguiu dinheiro para isso? — O rei deixou a gaveta da carteira entreaberta, e é... Continuando, não deu certo não, não mesmo. O rei gritou e chegaram mil milhões de guardas com metralhadoras nas mãos e... Eles sumiram, he-he-he... 27


Mas o que aconteceu depois foi bizarro: o rei estava saindo de uma refeição e tropeçou. Assim, descobri uma faca quase caindo de seu bolso e o que foi que aconteceu: deu dois passos e caiu no pé. Ele deu um grito estridente e começou a pular de um lado ao outro, se enroscou na cortina, os guardas chegaram e pensaram que era um fantasma. Ai dele, puff. Foi dessa para melhor. — Então ele morreu, papai? Que história triste! — Não, não, ele só... Engessou o pé. Bom, então alguém tinha que ficar com a coroa, e eu com meus contatos chamei um monte de moscas que ficaram em ordem e formavam palavras que escreviam: — Fui eu que vesti o rei de fantasma. Ha-ha-ha, vocês não podem me vencer. Também tinha uma flecha apontando para mim. Os guardas me olharam e me trataram como rei por algumas horas. Pode até ter passado um dia, mas tudo o que é bom dura pouco. Umas horas depois, uma mulher entrou na sala dizendo: — O rei tem uma irmã, sabia? E eu sou ela. Meu nome é Elizabeth! – Ela tirou um spray mata moscas do bolso, e foi jogo duro. Por sorte, escapei, e é isso o que aconteceu. — É por isso que a gente não mora em uma casa chique, pai? — Sim, é sim. Quem me dera não morar num buraco na parede da casa dos Appy.

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O acidente de frida Gabriel Pisaneschi Speranzini

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Sou Frida, a cadela muito amada na família Speranzini. Sou da raça Schnauzer miniatura e sou menor do que todos os miniatura. Recebo muitos apelidos, principalmente do Lucas, irmão do Gabriel: Pipis, Pipis Linda, Tutuls, Fridoca, Fridinha... e NEGA!!! Sempre brinco com o Gabriel e com o Lucas, mas também levo muita bronca do Mauro, o pai deles. Todo dia, é um novo dia: acordo bem cedo, junto com o Gabriel, para ele ir àquele lugar que eu não sei o que é. Pelo que a mãe dele diz é a “escola”. E aí ela fica gritando para ele se arrumar, e eu só ouvindo. Quando ele volta, brinca muito comigo, almoça e vai para outro lugar (eu o espero depois disso para brincar mais). Um dia, no entanto, minha rotina foi transformada por um simples acontecimento. Há dois anos, Gabriel foi para a “escola” e, sem querer, a mãe dele deixou o portão aberto e eu fugi para a rua em busca do meu jovem dono, para impedir que ele fosse à “escola”. Desisti de correr e voltei para casa. Quando estava quase no portão, olhei para o lado e BUM!!! Fui atropelada por um carro. Perdi a consciência. Quando voltei ao normal, olhei em volta e percebi que estava no veterinário, e também percebi que não conseguia mexer uma das minhas patas. Me assustei, mas vi que só era um gesso e estava doendo um pouco. Então gritei: — Tira isso de mim!!! Acho que ele não entendeu, porque ele não fez nada. Voltei para casa uma semana depois. Então tirei o gesso e continuei a minha rotina de sempre. 30


Mordida na pata João Pedro Maroni

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Oi, eu sou Toblerone, mas todo mundo me chama de Tobi. Tenho 11 anos e sou muito preguiçoso. Um dia, a mãe do meu dono, JP, me levou para passear. Nós passamos na frente de uma casa com dois Dobermanns. Detalhe: eu sou um Shitzu. E eu fui para cima deles. Eu pus a pata no portão e a Dobermann a mordeu. Aliás, quem não quer ganhar de um Dobermann? Depois disso, comecei a lamber a pata até 2013. E olha que ela foi mordida em 2008; eu gostava de lamber a pata no sofá branco. Numa quarta-feira, JP me levou a um laboratório e operaram minha pata, tiraram um pedaço dela, tiveram que levar um anestesiador e um cara fortão para me segurar. E é claro que mordi todos eles. Até que comecei a ficar tonto e dormi. Depois, acordei no colo do JP, meio bobo. Dez dias depois, chegou o resultado, e era uma inflamação na pata. Ufa! A mãe do JP achou que era um tumor. Eles ficaram aliviados, mas eu não, porque eu gostava de lamber a pata. E o JP, a mãe, o pai dele e o irmão dele viviam me dizendo: PARe DE LAMBER A PATA!!!

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A ida à escola Lucas de Almeida Mattos

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Macho ou fêmea? Essa é a grande pergunta na minha casa, em relação a mim, por isso me chamam Alex, porque é um nome masculino e feminino. Por que será que os humanos têm tanta dificuldade para identificar essas características num hamster? Como eles não veem que sou diferente de um humano? Meu dono se chama Lucas e ele gosta muito de ir à escola e jogar bola. Na casa dele tem duas mulheres, e uma delas gosta de fazer carinho em mim. Nunca vou esquecer o dia em que o Lucas me levou para sua escola. Seria um momento importante: no laboratório. Começou quando ele disse da sala: “mãe, eu posso levar o Alex para a escola?”. Que terror eu senti ao imaginar aquelas crianças estúpidas olhando para mim. Eu só contava as horas, aterrorizado para ir à escola. Então chegou o “grande” dia. Já estava preparado. Cheguei à escola e meu dono foi direto para a classe. Fui o primeiro a chegar e foi chegando gente até aparecer aquela coisa: um gato. Ele parecia estar com fome. Fiquei na minha, sou pequeno, não tenho chance contra um gato. Depois, chegaram um cachorro e um peixe. Fomos colocados em um lugar com bancadas. Chegaram crianças animadas com a gente, estava uma gritaria até abrirem minha gaiola. Meu Deus! Aquele cabeção e aquela mão imensa me aterrorizaram, mas eles não me seguraram. Ficou bastante tranquilo lá, eles estavam fazendo observações sobre os bichos, até vir outro grupo. Esse sim era assustador, eles me pegavam e me apertavam. Mas logo começaram a trabalhar, felizmente.

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A classe foi esvaziando e só ficamos eu e o peixe. Até preferia ficar com o gato; aquele peixe era muito chato, porque era quieto demais. O Lucas pegou a gaiola depois de um sinal barulhento e foi embora daquele inferno. Deus me livre! Cheguei à casa da minha família e fui direto até minha casinha dormir. Estava exausto, nem consegui fazer meus exercícios diários. Mas teve um lado bom, eu percebi que, quando o Lucas reclama da escola, é sério.

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scooby, cuidado, ele morde Max Levin

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Passei um ano da minha vida, sem nome, no canil. Eu ficava numa gaiola junto com outros cachorros e minha mãe. Um dia, ela foi vendida, e eu, uma semana depois. Uma família me adotou e me chamaram de Scooby. Logo de início, quando fui para a casa de carro, eu roí os cintos do pai do Max (esse Max é o menino que mora na casa da família). Ele ficou estressado e mais ainda quando lati, porque estava preso naquela cozinha fria e solitária, enquanto ele estava na cama tentando dormir. Por isso, ele me mandou para um sítio com outro cachorro para eu morar. Mais oito meses se passaram e eu achei um jeito de escapar. Eu não gostava de lá porque eu ficava o dia inteiro na grama, até dormia na grama e comia na grama. Em pouco tempo, já estava cheio de pulgas e tive que tomar banho. COMO EU ODEIO TOMAR BANHO!!! A única coisa boa desse lugar era que eu corria o tempo todo e, às vezes, pastoreava as ovelhas. Um dia, veio um menino, filho de uma pessoa importante, e eu o mordi feio. O pai do menino ficou muito bravo e eu fui expulso de lá. A família que me adotou foi obrigada a me levar de volta à cidade. Na viagem de carro, o Max encostou a mão em mim e, por instinto, mordi seu nariz. Levei a maior bronca e fui obrigado a fazer um curso com um treinador de cachorros. O resultado foram várias mordidas, mas admito que não mordo mais as pessoas. Voltei para casa e, então, eu moro com a família que me adotou, na casa deles. Mas, às vezes, nós viajamos para o sítio para passar alguns dias lá. Agora que já cresci, sou muito mais educado.

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o cão que aguenta a sua família Pedro Bueloni Silva

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Eu estava descansando, até que... — Pare! — Não, pare você. — Fiquem quietos. Calma aí, essa é a minha família, eu sou o Stam, um cão que foi resgatado de um abrigo. Agora tenho uma nova família, que não pensa direito. Segunda-feira Eu estava, de madrugada, escrevendo no meu blog. No café, as crianças nem falaram com ninguém. À tarde, foi uma tranquilidade. À noite, não escrevi, fui andar de carro, UPS!!! Terça-feira De manhã, a mãe falou com o pai que o carro dela estava batido. A Eive, minha dona mais nova, falou que eu estava junto. Tentei ajudar, mas eu só tenho carteira de vacinação! Quarta-feira As crianças não tinham aula. Brincaram comigo o dia inteiro, até eu desmaiar de cansaço. Ia para um lado e para o outro. Bom, até me maquiaram, tive que me esconder debaixo da cama. Ninguém me tirava de lá, nem brinquedo, nem pé com pasta de amendoim e nem mesmo meias com chulé: as coisas que eu mais adoro.

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Quinta-feira O melhor dia da semana é hoje, porque meu dono me leva ao pet shop, e lá eles me dão tudo de bom: banho, massagem, hidromassagem e tosagem. Por mim, ficaria lá o dia inteiro! Sexta-feira Logo de manhã, me levaram para passear. Não aguentei, o cheiro da rua era insuportável. Bom, o passeio acabou e fomos para casa. Ao chegar, fui escrever no meu blog, o resto da tarde. Sábado Fiquei o dia inteiro na piscina e no lazer da minha família. Essa é a minha vida desde que eu cheguei. Isso que vocês leram é minha vida toda semana. Essa foi a minha história! Fim

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luma

a cachorra com ideias estranhas

Pedro Lang de Mattos

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Começo este texto apresentando minha família muito estranha. Tem a Laura, que é a irmã caçula do Pedro, e aqui tem o que eles chamam de “mãe e pai”, que são pessoas diferentes, um pouco mais altas que Pedro e Laura, mas eu prefiro chamá-los de donos, ou de “pessoas que me dão comida”. Eu sou uma cadela branca e muito bonita e, como a Laura diz, fofa. Hoje foi um dia como todos, começou como sempre: um cara me pegando para fazer minhas necessidades. Quando voltamos, eu fui para minha cama, mas acordei com o Pedro indo para... Bom... É... Eu não sei aonde ele vai todos os dias, mas ele foi hoje e me acordou. Logo mais à tarde, a Laura também foi para aquele lugar, e o Pedro voltou e brincou comigo, e saiu para jogar, acho que o nome é futebol, com o amigo dele. Como são estranhos esses meninos, correndo atrás da bola. E nem são cachorros!!! Chegando a escuridão (quando o sol desaparece), ele voltou, e foi direto para o quarto dele ver a caixa mágica com aquelas imagens se mexendo. Enquanto isso, eu fui tentar convencer a Laura a me dar comida; só que não foi como eu esperava. Na verdade, foi muito diferente: ela me pegou, me colocou na cama e colocou roupas em mim. Depois, pôs duas bonecas montadas como se eu fosse um cavalo!!! Como é estranha essa menina!!! Quando o Pedro e a Laura terminaram de comer, eu fui dormir, afinal estava cansada de fazer aquela carinha para ganhar comida deles. MAS QUE FOME!!!

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gabriel, o pássaro Pedro Siqueira Ribeiro

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Eu me chamo Gabriel ou, como o João e o Juca preferem, Bob. Que mau gosto para nomes! Estou com eles há 12 anos, e só saio da gaiola para o João limpá-la. No entanto, eu estou saindo mais porque o Juca me ensinou a abrir qualquer gaiola. Por que será que fez isso? Queria me eliminar? Ai... Aquele Juca faz seus pais, Maria e Carlos, passarem por um sufoco. Então, onde eu estava? Ah, é! Esses dias, estou saindo da gaiola. Uma vez, consegui fugir porque quis ver como estavam as coisas lá fora, quis viver alguma aventura, já que aqui é tão monótono. Fiquei alguns dias voando nas árvores da redondeza. Numa noite de tempestade, eu consegui voar na chuva, mas era uma ladeira. Eu estava voando devagar até um carro bater e eu cair na rua e rolar ladeira abaixo como uma salsicha. Até uma hora em que desmaiei. Quando acordei, estava no final da ladeira e com a asa quebrada. Um homem que passava me pegou e viu que tinha um cartaz no poste escrito “papagaio desaparecido”. O homem olhou o endereço, subiu a ladeira correndo e me deixou na porta de casa. Quando cheguei, o homem tocou a campainha e saiu correndo, o Carlos atendeu a porta e quando me viu, chamou a família, e foi a maior diversão. Todos adoraram que eu voltei.

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A cabra mimada Rafael Andrade Rantigueri

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Meu nome é Joscabritex. Sou uma cabra de 9 anos e meu dono é muito legal comigo. Ele me trata como um animal de estimação. Em 2007, meu dono (Rafa Ranti) me levou ao médico porque eu estava com uma infecção na perna. Tive que cortá-la. Em 2011, passei a usar uma perna mecânica e uma tala para me ajudar a andar e ficar parada de pé. Imaginem uma cabra assim! Na metade do ano (junho e julho), tive que imobilizar a minha perna. Logo no começo de 2012, ela já estava um pouco melhor: já conseguia pular, mas não correr, porque eu mancava! No final do ano, já estava completamente melhor. Fui para Disney com os meus donos, mas fui em um avião diferente. Não tinha banheiro, era apertado, tinha uma grade, não tinha água, não tinha comida. Vi um outro amigo logo adiante e falei: — Você também vai para a Disney? — Sim!!! — Onde estão nossos donos? – perguntei espantado. A outra cabra falou indignada: — Você não sabe? Nós estamos no bagageiro de um avião cargueiro! — Sério? – perguntei assustado. — Sim... Enfim, chegamos à Disney, fomos correndo para o hotel e lá nós dormimos um pouco, antes de irmos ao nosso primeiro parque. 46


Nossa, a Disney é muito legal. Lá tem comidas muito boas. À noite, tem show de fogos e tem um rato com uma voz irritante que o meu dono adora!!! No último dia, fomos fazer compras no shopping mais perto do nosso hotel, eu não gostei de ir lá porque eu fiquei do lado de fora!!! E voltamos para casa e também voltei com meu amigo de avião!

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vida de rato Tiago de Almeida Chadarevian

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Meu nome é Jonh, eu sou um rato e moro num buraco na parede. Quando eu saio do meu buraquinho, uma mulher escandalosa começa a gritar: — Socorro, matem esse rato nojento! Eu não sou nada nojento, eu sou completamente normal. Ela que é nojenta, ela é muito gorda, e fica assistindo novela o tempo todo, fica comendo aquelas coisas marrons em barras, eu gosto muito mais de queijo. Vida de rato não é fácil! Quando não encontro aquele escândalo de pessoa, dou de cara com um enorme monstro peludo de garras afiadas. Ele vem correndo atrás de mim. Eu tento voltar para o meu buraquinho, mas, às vezes, eu tenho que ficar correndo pela sala até despistar aquele monstro horrível. A minha vida é desse jeito, ela é muito esquisita e assustadora, mas eu já me acostumei.

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o rei pulga Tomas Lee Guidotti

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Os humanos me chamam de pulga. Você sabe: aquele bicho parasita que se alimenta de sangue e mora nos mamíferos e aves, mas eu tenho nome, eu sou o Fred, Frederico Gonçalves da Silva. Eu sou o herdeiro do rei Gustavo. O que eu vou contar é como consegui retomar o poder do meu reino, que fica em um cachorro vira-lata chamado Robert. Eu fui expulso de lá só porque o meu irmão virou o povo contra mim para ele se tornar rei. Um dia, estava no meu pelo, não o real, o do meu espaço que fica na parte traseira do cachorro. Vou te contar... Lá não cheira muito bem não, hein. Tive uma ideia brilhante: iria colocar o povo contra o meu irmão. Todo dia eu tinha uma ideia diferente, mas naquele estava decidido, iria conseguir e consegui... Eu forcei Robert, o cachorrão, a pular no rio, ameaçando-o. Depois, quando Robert voltou, eu encontrei todos os habitantes molhados, mas sãos e salvos, pendurados nos pelinhos menores do cachorro. Encontrei meu irmão lá, muito assustado, com medo, e então comecei a gritar: — Foi o rei, foi o rei, ele não cuidou do cachorro para ele não se molhar, e então olha só o que aconteceu! Depois de gritar bastante isso, algumas pulgas começaram a gritar junto comigo, e depois mais outras e, depois, todo mundo! Fomos todos falar isso na cara do meu irmão e, depois, ele teve que sair do trono, porque sabia que, se não fizesse isso, ele seria enforcado (ele sabia isso pela lei F155, página 510, e ele também sabia que o rei seria seu irmão, ou seja, eu).

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A cerimônia para eu ser coroado foi linda e, agora, eu posso finalmente realizar meu plano: tornar-me o rei do MUNDO! Ha-ha-ha-ha-ha!!! Foi isso que aconteceu, meus sobrinhos queridos. — Tio, e você conquistou o mundo? – perguntou um dos sobrinhos. — Ainda não, mas vou conseguir, em breve, e vocês humanos que estão lendo isto, temam a “lenda das pulgas”!!!

FIM

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juju,

pare de arranhar o sofá Ana Clara Moreno Seixas

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Meu nome é Juanita, mas meus donos me chamam de Juju. Um dia, estava na casinha de meu pet shop e veio uma garotinha de 10 anos, com sua mãe e seu pai. Eu seria um presente de aniversário para a menina. Me levaram para uma casa muito bonita, mas era um apartamento, então eu não podia brincar no quintal da loja, como antes. Descobri que havia um cachorro lá chamado Cásper. No começo, eu não me dei muito bem com ele, mas depois ficamos grandes amigos. Sou muito brincalhona, comilona e gosto de arranhar o sofá, mas minha dona, Ana Clara, não deixa, porque o sofá é novo e acabou de chegar em casa, como eu. Eu não sabia disso e, sem querer, soltei minha bola de pelo nele. Que bom que não manchou! Fiquei de castigo por um dia, prometi que eu nunca mais iria vomitar e arranhar o sofá. Mas não adiantou, porque, um dia, minhas garrinhas estavam muito afiadas, e me deu uma vontade tão grande de arranhar aquele sofá fofinho! Não sei o que veio à cabeça de minha dona, mas ela começou a gritar: — Juanita! De novo, não! Você vai ficar uma semana sem sua ração Premium sabor salmão! Fiquei triste com a notícia, mas comer ração normal de cachorro pode não ser tão ruim.

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fome também mata Ana Tereza de Magalhães Guarnieri

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Sim, eu sou a gata mais linda do mundo e me chamo Maricham. Eu moro em uma bela casa, tenho uma meia irmã, uma cadela de nome Nina. Ela discute comigo o tempo todo e, ainda por cima, tenho outro meio irmão, só que ele é um Rottweiler bobão. Também tinha os apetitosos hamsters, Josephine e Napoleão. Um belo dia, pelo menos para mim, resolvi devorá-los. Esperei os humanos saírem, tirei os hamsters com minhas ágeis garras. Dei uma mordida nos dois, mas tinham um gosto horrível e os cuspi, deixando-os lá no chão em uma grande poça de sangue. Depois me senti culpada pela morte deles. Eu vi os portões se abrindo e um carro chegando, e já pensei: “droga”. Quando a dona dos cadáveres chegou ao banheiro, deu um berro tão alto que tive que enfiar a cabeça na água. Então veio em minha direção, chorando, e começou a brigar comigo. Tentei explicar que era culpa dela, estava com fome e não tinha comida. Ué! Quando estou com fome, mato! Vejam! Depois daquela ação, ainda estava faminta. Mas ela não falava “gatonês”! Será que é tão difícil entender que gatos matam ratos? Como daquela vez em que trouxe um rato de presente pra minha dona, e ela deu um chilique, me botou pra fora e agora, só por que eu matei seus animaizinhos, me botou pra fora de novo, por um mês, sem entrar em casa. Além disso, a Nina e o Brutos ficaram me perseguindo!!!

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O grande babão Camila Dulcine Pessoa de Carvalho

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— Bino... Feche a boca e pare de babar! Pois é, como já viram, meu nome, quero dizer, meu apelido, é Bino, é bem nome de cachorro, mas, na verdade, meu nome é... Preparem-se: Albino Leslie von McDowel III. Bem pequeno, né? É que o pai da minha dona, Camila, inventou esse nome para mim. Tudo bem que eu não seja totalmente branco, mas acho o nome legal. No entanto, não vem ao caso o meu nome, o problema é que eu tenho que parar de babar! Tudo bem que a minha raça, Bulldog Inglês, baba muito, mas não suporto isso! Minha dona não gosta quando eu fico babando, como um animal qualquer diante da comida. Quando acontece, eu levo bronca... Não é bronca, são aqueles gritinhos: “Não faz aquilo”, “Não faz isso” etc. Mas o meu ponto fraco é quando aquelas bolinhas de borracha ou de pano vêm em minha direção. Não consigo parar de babar! E quando, é claro, estou dormindo! Hum, aquele sofá maravilhoso... Resumindo, eu sou um babão daqueles! He-he-he... Teve até um dia em que eu fiquei com saudade de minha dona, porque ela estava na escola, então, quando ela chegou, eu fiz uma festa, e, é claro, que ela fez também. Quando ela se deitou na minha frente, eu dei uma lambida tão babada, que seu nariz ficou gosmento, seu irmão começou a rir e eu só queria brincar!

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Tem rosbife na cozinha Catharina Caseiro Cavalieri

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Nasci em Campinas, em um canil junto com minha mãe e meus irmãos. |Me lembro de que minha vista estava embaçada e estava confuso e com fome. Dois meses depois, estava maior e mais forte, mamava menos e quase comia ração. De repente, pessoas estranhas, que eu não conhecia, entraram no canil. Fiquei com medo. Quando tinha 5 meses, me colocaram em uma máquina estranha, que andava e sacudia bastante, e eu ficava enjoado. Quando a “coisa” parou e a porta abriu, não estava em casa e nem via minha mãe e meus irmãos, só reconhecia outro carro (como eles chamam) que estava parado também. De lá de dentro, saíram as pessoas que tinham ido me ver quando tinha 2 meses. Eles me pegaram nessa hora! Achei que tudo estava perdido, mas me mantive forte, bem... Eles me levaram para a casa deles e me criaram como um filho. Deram-me até um nome, Shadow (só que fala Shedow), mas continuo chamando Marte, como antes. Só que prefiro meu novo nome. Adoro a ração que me dão, só que, como meu paladar é apurado, prefiro a comida deles. Um dia como todos os outros, estava, como eles dizem, “guardando a mesa” e eu o vi. Era o maravilhoso e deslumbrante rosbife da Rose (a cozinheira, minha melhor amiga e pior inimiga). Esperei um tempo seguro e “nhac”. Só que a Rose viu e gritou. A Nina, minha dona mini, caiu na piscina quando ela ia dar um pulo maravilhoso: — O que foi? Incêndio? — O Shadow comeu o rosbife! — Nãooooooo! Esse deveria ser meu rosbife! 60


— Eu mato esse cachorro! Assim é minha vida, sem emoção e aventura... Estou sendo chato e abusando da sorte, não é? Na verdade, acho que não sou compreendido. Afinal, ninguém entende a necessidade de um cachorro, todos nós precisamos de rosbife.

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A minha nova família! Daniela Maciel Simão dos Santos

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Todos me chamam de Dimmy. Sou um porquinho-da-índia. Só tenho 8 meses e fui adotado com 4. Tudo começou quando estava na Cobasi, junto com os meus outros amiguinhos, e ouvi dizerem: — Quero aquele, mãe! Vamos levá-lo?! – e apontaram para mim. — Que fofo! Vamos levar sim! – outro gigante respondeu. Quando percebi, estava dentro de uma casa “gigantesca” e todos faziam carinho em mim. Eles dizem que eu sou muito medroso, mas fazem cada barulho que não tem como não ter medo. Por exemplo, quando eles espirram ou soltam aqueles gases malcheirosos que fazem um grande barulho, isso sim dá medo! Hoje em dia, gosto muito da minha família e da minha casa, e acho que eles também gostam muito de mim. Minha rotina é assim: acordo, brinco com a minha pera de madeira, durmo e faço minhas necessidades. Acho que, às vezes, minha gaiola fica um pouco sujinha, apesar disso ela é superlegal. Acho que ela deveria ser um pouquinho maior, afinal, já estou crescendo! Também podiam me deixar um pouco mais solto, pois quando isso acontece, me divirto muito e me sinto muito mais livre.

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A pequena assassina Jade Tavares Spaniol

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— Chiva, volta aqui! Pera aí, bom, vocês já viram que o meu nome é Chiva, do grande deus Shiva. Acho que todos já sabem que Shiva destruía as coisas e substituía por outras melhores. Eu sou parecida com ele, mas a diferença é que só destruo as coisas. Sou uma cadela de 2 anos, que adora brincar. Vou dizer as coisas que eu já destruí: um porta-moedas, um tapete italiano, uns vinte insetos (a maioria foi torturada), uma ratazana, seis pássaros e, por fim, o sutiã italiano (da minha bisa, que é avó da minha dona querida, Jade). Resumindo, eu sou uma assassina. A história que vou contar foi quando estraçalhei o sutiã de minha bisa. Era de manhãzinha, eu estava latindo para acordá-las. Cada uma acordou pior do que a outra, parecendo umas zumbis reclamando de mim. Elas foram tomar café, e aproveitei para ir ao quarto de minha bisa e peguei seu sutiã. Elas voltaram para se vestir. Escutou-se um grito: — Cadê o meu sutiã?! Ela procurava por todo lugar, até que chegou o momento em que ela foi procurar no jardim. Preparei-me para a corrida. Ela apareceu, me olhou com uma cara de brava e eu falei: — Se quer o sutiã de volta, venha buscar. Ela não entendeu, pois sou uma cadela e ela uma humana. Começou a correria. Eu ia para um lado e para o outro, mas ninguém me pegava. Chegou o momento em que o sutiã não era mais um sutiã, mas ela era tão lerda que percebi que nunca me pegaria. Então resolvi devolvê-lo. Esse é um dos exemplos que explica eu ser chamada de Chiva... 65


foi um acidente!!! Manuela Barreto Medugno

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Meu nome é Gaspar e sou um gato Persa, irmão gêmeo de uma gata chamada Laura. Hoje, acordei de manhã e fui despertar Helena, minha dona, mas sem querer fiz xixi na cama dela. Não sabia o que fazer, pois bronca eu tinha certeza de que ia levar. Resolvi pôr a culpa em Laura, já que ela é muito certinha e faz tudo para agradar nossa dona. Fiz um pouco mais de xixi perto da almofada dela para fixar o cheiro. Mas ainda tinha cheiro de xixi em mim. Subi na pia do banheiro e pequei um frasco de perfume bem enjoativo, mas minhas patas não conseguiam segurar aquilo. Derrubei o perfume no chão. Eu me taquei e me esfreguei no chão até ficar empapado. Tá certo que eu me cortei todinho com aqueles cacos de vidro, mas depois de um tempo curou tudo. Procurei alguma coisa para me secar. Achei um potinho com furos em cima e, sem pensar, derramei tudo em cima de mim. Ai, não!!! Aquilo era talco e eu havia acabado de jogar pó branco em cima de mim. Parecia um fantasma que havia levado um susto de tão branco que eu fiquei. Então vi Laura entrando no banheiro. Joguei mais talco na cabeça dela e comecei a rir de sua cara, mas não sei por que fiz aquilo, se eu estava mais branco do que ela. Neste momento, Helena entrou no banheiro com os seus olhos fechados. Eu havia me esquecido de que minha dona era sonâmbula e fiquei num canto, apenas observando. Ela começou a andar pelo chão, eu e Laura ficamos quietos num canto. De repente, ela escorregou no chão e caiu de cabeça. 67


O acidente de Helena foi horrível, e imagine que a culpa foi nossa! Bom, agora, enquanto Helena se recupera, vou ter que inventar um jeito de pôr a culpa na empregada da casa, mas vou ter que passar as próximas 24 horas pensando muito.

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brincando com a grama Maria Beatriz Furegatti Tinoco

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Meu nome é Mel, sou uma cadela gulosa e gordinha. Quando eu cheguei à casa da minha dona, Bibi, eu era um bebê que aprontava demais. Eu fazia xixi no tapete da sala e me dava mal: ficava de castigo no quintal perto da lavanderia. Não adiantava, pois sempre conseguia sair. Quando eu cresci um pouquinho, comecei a brincar no quintal, mas chegou um dia em que meus donos não estavam em casa e eu decidi experimentar as plantas. Eu adorei! Em minutos depois, já tinha comido toda a grama do quintal. Levei uma baita de uma bronca e os meus donos decidiram me adestrar. Eu não gostava muito da ideia, só quando ganhava biscoito. Não deu certo, porque não aprendi nada. Então resolveram me botar com outra adestradora. Nós duas nos demos muito bem. Eu aprendi muita coisa com ela. Agora, posso ficar dentro de casa. Aprendi que não posso mais comer as plantas, não posso fazer xixi no tapete da sala e não podia comer o sofá da sala etc. Eu adoro ir ao shopping. Eu não vou muito, mas quando isso acontece, aproveito demais. Nunca vou esquecer um dia em que encontramos uma mulher com outro Golden e ela falou que eu e o Golden dela poderíamos casar. Claro que os meus donos falaram que não. Também, a gente não conhecia aquela mulher! Hoje, eu tenho 5 anos, adoro a Bibi, pois ela me trata com muito carinho.

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odeio gatos Maria Eugenia Centurion e Russel

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Gente, meu nome é Bloem e sou uma Boxer. Quando me deram esse nome, fiquei realmente espantada. Minha dona, Maria Eugenia, é estranha. Ela conversa comigo, fala que meu nome significa “flor” em holandês. Voltando ao assunto que a minha dona é estranha porque conversa comigo, tudo bem que eu entendo o que ela fala. Só que não sei como ela aguenta. Ué, eu não vou responder! Ela deveria é fazer terapia! Adoro levar a Maria e o Theo para passear na rua. Eles ficam bravos quando eu corro muito, eles me puxam para trás, não é legal não! Acabo me sentindo um pouco enforcada. Já percebi que a Maria não gosta de recolher as minhas fezes na rua quando estamos passeando. Mas pense: ninguém pediu para que eles recolhessem. Vou direto ao assunto: minha vida é boa. Só durmo, brinco, faço minhas necessidades e como. Uma vez, fui para praia com minha companheira “irmã” Luna, que é uma Yorkshire muito animada, corajosa, companheira e, por fim, fofinha. E, de repente, veio um gato me provocar. Corri atrás dele e ele fugiu de mim! Peguei-o! Ele ficou embaixo de mim, me arranhando a barriga. Estava doendo tanto que o deixei escapar. Depois, a minha família de donos fica falando: “Bloem, para que foi mexer com o gato?”. Já melhorei e passou. Ufa, foi uma dor e tanto! O que eles não entendem é que gatos são provocadores. Odeio os gatos!

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nuvens de almofadas Maria Pandeló Augusto

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Eu sou a Ágata, uma cadela normal, só que meio desmiolada, como minha dona diz. Diz isso porque eu já fiz uma série de coisas, como comer um tablete inteiro de manteiga ou roubar uns bifes. Sabe, eu acho até que ela exagera um pouco, mas ela tem que conviver comigo mesmo e é claro que sou bagunceira!!! Vamos direto ao assunto: de repente, a minha dona trouxe um objeto fofinho e quadrado. É óbvio que eu quis destruir aquilo, afinal é recheado com peninhas. Só que, um dia, minha dona saiu de casa e esqueceu de me colocar para fora. Daí, eu vi tantos objetos felpudos, que eu acabei, é... destruindo tudo! E ficou tudo espalhado pelo chão. Ahhhh! Como eu fico feliz em destruir uma coisa! Além do mais, aquilo é tão molinho, tão fofinho e tão delicioso. Mas a história não para por aí. Acho, meus caros leitores, que vocês não iriam gostar nem um pouco da reação da minha dona... Quando ela chegou em casa, vixi! Deu um escândalo e daí ela lembrou de alguma coisa e, de repente, veio com um iTouch e tirou uma foto. Espero que ela já tenha esquecido essa história!

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uma voltinha Raquel Liberman Lopes da Silva

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Que sono! Sou muito preguiçosa, muito ciumenta e brincalhona. Meu nome é Flor, sou uma gata. Minha dona é a Raquel. Uma vez, resolvi dar uma voltinha. Percebi que a porta estava aberta e pulei para fora. Fui descendo até o sexto andar, onde encontrei outra porta aberta. Entrei. Era muito grande e resolvi comer algum aperitivo. Olhei para os lados e ali estava minha presa, um peixinho dourado. Dei um salto e fui direto para a mesa. “Hum que delícia. Ele está logo ali” – pensei. “Agora é só atacar”. Então, como sempre, me agachei, balancei o bumbum e vupt, saltei, logo dei com a cara no vidro do aquário. Então desisti e logo achei uma caixa de lã. “Não acredito! Que lugar maravilhoso. Agora vou me divertir um pouco.” Peguei a lã e comecei a brincar. Acho que a estraguei um pouco, ou melhor, a casa inteira. Então resolvi tirar uma soneca e achei uma cama imeeeensaaaaaaa. Maravilha... Não demorou até eu ver alguém se aproximar, estava justamente olhando para mim. Pegou e olhou minha coleira, então ligou para Raquel. Ela atendeu e foi logo me buscar. Entramos num lugar parecido com minha caixa de areia, só que maior, então ela apertou um botão escrito 16º andar e a porta se fechou. No final, levei a maior bronca, mas adorei dar uma voltinha.

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desde o início Sophia Guimarães Vasconcelos

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Os humanos me chamam de Zeca. Sou um cachorro muito bonito, folgado, alegre e preguiçoso (mas só às vezes). Nossa! Faz 3 anos que eles (Sophia, Luana, Liz e Yuri) me adotaram. Eu estava na Cobasi, quando vi uma família chegando. Eles vieram até mim. A Sophia, filha mais nova, começou a me fazer carinho, e eu comecei a mordê-la. Quando eu a ouvi dizendo “Pai, quero esse cachorro”, fiquei muito feliz. Os humanos compraram as minhas coisas (casinha, tigela de comida e de água, brinquedos etc). Foi um sufoco para sair da loja, eu estava morrendo de medo! Eu não queria andar. O pai de Sophia teve que me carregar no colo para eu sair de lá. Quando cheguei à casa deles, a primeira coisa que eu fiz foi pegar o chinelo da Luana e enterrar. Logo deu para perceber que eles não me entendiam. Tudo o que eu fazia era mal visto. Por que não me deixavam brincar na terra? Quando eu ia levar Sophia para escola, eu não andava, e assim eu a atrasei na escola. Claro, quando cheguei em casa, levei uma leve bronca, como “Zeca, como você pode ser tão medroso?”. Mas claro que depois dessa bronca eu ganhei um biscoito. Hoje em dia, eu não pego mais as coisas dos outros para eu enterrar. Eu enterro os meus próprios utensílios.


Créditos Diretora do Ensino Fundamental Maria Stella Galli Mercadante Coordenação Vera Lúcia Telles Cretella Conn Assessoria Pedagógica Língua Portuguesa Márcia das Dores Leite Informática Maria José Godoy Pereira Orientadora Maria do Carmo G. Kopp Silva Professores Luciana Fabri Rietmann – 6º ano A Ana Cláudia Martoni Moraes – 6º ano B Cristina Maria Coin de Carvalho – 6º ano C Cláudia Godinho Peria – 6º ano D Maria Luiza Gabriel da Silva – 6º ano E Auxiliares Aline Borrely Ataíde – 6º ano B Clara Rimkus Devus – 6º ano D e E Paula Monteiro de Camargo – 6º ano A e C Editoração Vera Cruz Giselda Beatriz Bueno do Prado Juliana Gonçalves Lopes Kiki Millan Léa Klein Maria Angélica Lopes da Silva Copidesque Arthur Tahan Miguel Torres



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