Newsletter ESD #6

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DESTAQUE Ciclo #2 - 2019/20 Em dezembro realiza-se um segundo momento de apresentações dos alunos do curso de Licenciatura em Dança. Este 2º Ciclo de espetáculos decorre de 16 a 21 de dezembro em diversos espaços da cidade - Grande Auditório da Escola Superior de Teatro e Cinema, Black Box do Centro Cultural de Belém e nos estúdios da ESD. A entrada é gratuita.

Programação > 19 de dezembro, quinta-feira | 16h00 | 18h00 | Grande Auditório / Escola Superior de Teatro e Cinema Cocriações | Orientação de João Fernandes e Madalena Xavier > 20 de dezembro, sexta-feira | 13h00 | Estúdio C3 / Escola Superior de Dança Criações I | Orientação de Fernando Crêspo > 20 e 21 de dezembro, sexta-feira e sábado | 21h00 | Black Box / Centro Cultural de Belém The songs for our hands | Criação de Christy Funsch Undercurent | Criação de Maria Ramos Nos espetáculos a realizar no CCB, os bilhetes serão disponibilizados ao público a partir das 18h00 de cada dia da respetiva sessão. + informações Classificação etária M/6 Desenho © Luciana Rosado | www.lucianarosado.com


NEWSLETTER ESD edição #6 dez19

3 e 11 dez

ERASMUS+ Sessões de divulgação e esclarecimento

dez

16 dez

dezembro

AGENDA ESD

CORPOMUSIC Conferência 2019

16-21 dez

Espetáculos Ciclo #2

16-20 dez

Época Especial (Trabalhadores Estudantes e Finalistas) 2018/19 [LED]

a decorrer...

Processo Eleitoral Eleições para o Conselho Pedagógico a decorrer...

Provas Públicas de Defesa dos Relatórios Finais de Estágio Mestrado em Ensino de Dança | 7ª edição a decorrer...

Seminários e Conferências Mestrado em Ensino de Dança | 8ª edição

dezembro


NEWSLETTER ESD edição #6 dez19

SUGESTÕES

ver dançarexperimentaraprender O Quebra-Nozes CNB

Palestra “A Minha História da Dança” por Miguel Pereira | Forum Dança

Na Substância do Tempo Vasco Wellenkamp

Fobos

Companhia de Dança de Almada

13 dez

14 dez

Centro Cultural de Belém, Lisboa

Fórum Municipal Romeu Correia, Almada

6-22 dez Teatro Camões, Lisboa

12 dez Biblioteca Camões, Lisboa

Audição Tanztheater Staatstheater Braunschweig

…Por… Repertório Internacional

Sasha Waltz por Cláudia de Serpa Soares

candidaturas até 18 dez Alemanha

16-20 dez Estúdios Victor Córdon, Lisboa

Apollon

Florentina Holzinger

O Aqui

CiM – Companhia de Dança

19-20 dez

21-22 dez

Teatro do Bairro Alto, Lisboa

Centro Cultural Malaposta, Odivelas

A Dança enquanto Partitura Coreográfica Workshop com Jonas&Lander

Audição English National Ballet

candidaturas até 29 dez Londres 21-22 dez PRO.DANÇA, Lisboa

Open Call Plataforma coreográfica Internacional Quinzena de Dança de Almada

Open Call | Festival Entrelaçados Dancenema, Associação Cultural

Audição Royal Swedish Ballet

candidaturas até 7 jan Almada

candidaturas até 15 jan Suécia

Portimão candidaturas até 10 jan


NA VOZ DO ESTUDANTE

Balão de arte quente Por mais que não queira eu preciso de sofrer E obrigo-me a sofrer impedindo-me de o fazer. Sofro amordaçada Em vez de sofrer em queda livre Ah e choro de sofrimento de novo Quão agradável a adrenalina de cair incessantemente para sempre a satisfação por saber que vou sentir dor. Entra por favor entra e desfaz-te na minha boca Derrete-te no calor da minha língua mistura-te na minha saliva como uma bola de gelado e escorrega gentilmente pela minha garganta Mas acima de tudo por favor sai Rasga-me a pele de dentro para fora e sai! Rasga-me com a facilidade com que se rasga papel Dá-me o prazer de sofrer para que possa alimentar a minha querida arte Esvazia-me espetando agulhas nas minhas veias fazendo verter todo o meu sangue até que reste apenas a dor! Essa dor que alimenta o meu amor O meu grande amor

O único pelo qual me atiro infinitas vezes da varanda do terceiro andar queda vitalícia que oxigena os meus pulmões Oh meu balão de arte quente! Entra no jogo de xadrez da minha caixa craniana Sê o Pião que sacrifico Em benefício da minha Rainha meu amor. Grita-me verdades horrendas de como é viver em mim Até que os meus ouvidos chorem lágrimas salgadas Condimento do meu amor. Mastiga-me o coração apertando os dentes com toda a tua força e depois cospe-o de uma só vez para o chão e pisa-o com botas de biqueira de aço. Por favor destrói-me com toda a raiva Para que possa ser inteiramente do meu amor minha arte. por Benedita Corola

NOVIDADES NO CDI Dancing cultures: globalization, tourism and identity in the anthropology of dance Conjunto de estudos de caso que refletem a importância da dança em diferentes áreas das sociedades. Autor: Ed. Hélène Neveu Kringelbach e Jonathan Skinner COTA: C03-NEV/DAN

Dramaturgy and architecture: theatre, utopia and the built environment Evidencia-se o papel da construção de espaços na performance e na dramaturgia. Autor: Cathy Turner COTA: I01-TUR/DRA


AS ESCOLHAS DE...

NEWSLETTER ESD edição #6 dez19

Vera Amorim

25 Frames por segundo | Biliões de frames de cultura Por falar em Música e em Dança (parte 4 de 4)

- A dança nos programas de entretenimento que surge maioritariamente pautada por um registo comercial, e nesse âmbito com alguma qualidade, mas bastante limitada quanto às linguagens que explora e nesse sentido, parece sempre a mesma coisa. As Galas e os diversos programas de talentos, que tanto parecem estar em voga apresentam apontamentos de dança, não obstante, como referi, de opção estética limitada. Refira-se no entanto que cada vez mais os intérpretes que nestes programas atuam, são mais qualificados, muitos deles licenciados em Dança. Posso afirmar, porque os conheço, muitos deles diplomados pela Escola Superior de Dança e sei que teriam muitas outras possibilidades interpretativas, não exploradas nestes contextos. - Depois há também os programas de dança nos formatos internacionais importados como o Achas que Sabes Dançar, Dançando com as Estrelas e Outros. Também aqui a predominância da Dança num registo quase único, o das Danças de Salão transmite uma ideia redutora desta Arte. - Depois há uma grande presença de algo que dificilmente referiria como Dança e que literalmente invade os ecrãs das televisões nos muitos programas da manhã e da tarde onde sempre que surge um cantor/a popular (dito pimba), se faz acompanhar de algumas ou alguns ‘bailarinos’ que saltitam atrozmente em seu torno. A conexão direta com a importância de programas de Dança ou com a presença de dança na relevância da formação de cidadãos mais exigentes, é o descalabro, é francamente muito mau o que se está a passar neste momento. Quando comecei por falar de Patrick Hurde e do contributo para uma dança no audiovisual em programas de grande audiência, que Miguéns no seu depoimento recordava que eram tema de conversa no dia seguinte ao da sua transmissão televisiva, não obstante assumindo uma vertente comercial, essa dança não deixava de ter referenciais culturais e de cruzamentos artísticos, o que se passa neste caso e presentemente é o total retrocesso. Torna-se realmente preocupante o desinvestimento, a ausência de um plano estratégico que tenha em mente a tal importância na formação de cidadãos mais exigentes. O cidadão a quem se presta este “serviço”, ao invés de mais exigente, torna-se cada vez menos exigente, cada vez menos conhecedor, menos possuidor de espírito crítico e porque o Gosto não se discute porque se forma e porque se constrói, também nesta medida é o reflexo de uma politica cultural frágil que sucessivamente tem vindo a ser seguida em Portugal. E não se pense com isto que é por ausência de valores que na área da dança possam aportar o seu contributo, essa seria uma noção falsa. Há excelentes bailarinos, excelentes projetos em curso, que se debatem com um enormes dificuldades económicas e ainda assim perseveram e vão produzindo os seus objetos artísticos. Falo efetivamente de política cultural. De interesse de decisores políticos e de programadores, nesta circunstância também no audiovisual.


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Há muitos e pouco abonatórios exemplos do que atrás refiro. Assim vai a dança e o audiovisual em Portugal, muito há a fazer, muito foi já feito, sabemos que estas situações por vezes funcionam em ciclos, esperemos melhores dias porque existem, como referi antes, valores muito interessantes que como noutras áreas por vezes se escoam para outras paragens, ficando o país mais frágil culturalmente. Esperando ter contribuído para despertar a curiosidade do leitor refiro por fim, que a complementar a edição em suporte de papel, este livro se encontra também disponível em suporte digital de acesso livre podendo ser consultado através do link. ESD, 16.5.2019 Vera Amorim

SABIAS QUE... ? ...o c.e.m é uma estrutura de investigação artística que, desde os anos 80, se dedica ao estudo do Corpo e do Movimento, contribuindo para a interação entre as artes e outras áreas de conhecimento, exercitando diariamente o movimento em várias áreas, nomeadamente, no pensamento, na escrita, no discurso crítico, no contacto com o outro e com o espaço urbano. Neste contexto, surge o projeto Tempo de mergulho que realiza programas de investigação, meditação, documentação e criação artística. Este projeto divide-se em 3 fases, cada uma com a duração mínima de 3 meses: - O Risco da Dança - de 7 de outubro a 20 de dezembro - com sessões de dança em cada manhã e exercícios de experimentação na parte da tarde; - A Fia - de 6 de janeiro a fim de abril - é dedicada à pratica de estudos do Corpo e do Movimento, considerando duas vias que se aproximam e ao mesmo tempo se afastam – a prática performativa e a experiência de estar com pessoas e lugares. - A Demora - começa no início de abril e vai até 12 julho - proporciona tempo para estar com pessoas e lugares da cidade, “acordando” para a experiência que o encontro potencia. O processo de candidatura é demorado e conversado e não há formulários de apreciação. + info


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ACONTECEU NA ESD

Entropia Nesta edição viajamos até 2012, ano em que foi apresentada a peça Entropia, uma co-criação de Barbara Griggi em conjunto com alunos do 3º ano do curso de Licenciatura em Dança. A criação foi apresentada no âmbito do 2º Ciclo de espetáculos do ano letivo 2012/13, no antigo Átrio da ESD.

EM BREVE NA ESD

Ficha técnica | Newsletter ESD edição #6 dez19 Foto de capa: Rute Violante Conteúdos: Ana Carolina Correia (CDI), Dora Silva (CDI) e Marta Tavares (CP) Design gráfico: Marta Tavares (CP) Colaboram neste número: Vera Amorim e Associação de Estudantes da ESD

© ESD | Francisco Pedro


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