Olhar(ES) 36

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junho de 2012 Publicação trimestral N.º 36 Coordenação:

Isabel Vaz Ana Ribeiro

Olhar(es) digital : www.aelourinha.pt

CIÊNCIA, SAÚDE E... OS MEUS AVÓS!

Nesta edição Férias com a Biblioteca

2

Florbela, o filme

2

Poesia da vida

2,3

Prémio Univ. Católica

3

Outros olhares sobre o mundo

4,5

Lo Real Magico

No âmbito do Ano Europeu do Envelhecimento Activo (2012), o Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa lançou o Prémio InterEscolas CATÓLICA|Ciência e Saúde 2011, denominado "CIÊNCIA, SAÚDE E... OS MEUS AVÓS!", para o qual convidou os alunos dos 10º, 11º e 12º anos do curso de Ciências e Tecnologias. A Andreia Nunes e a Sara Félix da ESL conseguiram a primeira menção honrosa. Parabéns! (cont. p.2)

6-9

A voz dos Ex-alunos

10

Aprender lá fora

10

Nunca é tarde para...

11

A fazer tijolo…

12

Toca a mexer! Vida humana em risco

Supl.

Modelo Económico para Portugal

Supl.

Aquecimento global

Supl.

Diálogo de Gerações Tem estado a decorrer na Lourinhã o festival Livros a Oeste, um evento que procura promover a leitura e os livros no concelho da Lourinhã, oferecendo, para tal, um conjunto de actividades, que vão de uma feira do livro a encontros com inúmeros escritores de grande interesse, a lançamentos de livros, a atividades de teatro e música, animação de leitura… O Agrupamento de Escolas da Lourinhã tem participado na dinamização deste evento, por intermédio das suas bibliotecas, quer contribuindo com atividades, quer apoiando nas ações de promoção e divulgação. Neste âmbito, os alunos Daniela, Fernando Rafael, Leonardo, Patrícia, Ricardo Correia, Rúben e Tiago, do 10º D, participaram na peça promocional do evento, realizada pela SIC, em associação com a Academia Cultural Sénior da Lourinhã, numa desgarrada enaltecedora da pera Rocha do Oeste, concretizando, desta forma, um verdadeiro diálogo entre gerações, o lema do festival.

ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ


Se pudesse mudar de vida, Mudar de Lugar, começar do zero… Afastar-me dos problemas e da confusão, É só isso que eu preciso e quero. Ter uma vida decente, como toda a gente, Com um bom ambiente, Com amigos em que possa confiar... Mas por mais que evite confusão, Mais aparece de repente. Fujo dos dois exemplos que tenho nesta vida, E que quem sai aos seus não degenera, Dou a cara, enfrento, mesmo que pisem na ferida

BIBLIOTECA NAS FÉRIAS Ao longo deste terceiro período, pudemos contar com várias atividades promotoras do livro, da leitura e da literacia, quer no nosso Agrupamento, quer na vila, com a nossa colaboração. No dia 19 de abril, decorreu a IV Edição do “Palavras Sentidas”, no Teatro Cine de Torres Vedras. Nesta actividade, em articulação com várias escolas de Torres, participaram a Secundária e a EB2,3 Dr. Afonso R. Pereira. Os segundo e terceiro lugares do 1º escalão (2º ciclo) foram arrecadados pelos nossos alunos. Na mesma altura, foi lançada a antologia anual Criações Poéticas, que conta com vários poemas de alunos do nosso Agrupamento e com as ilustrações do 10ºano, de Artes Visuais (vide site do Agrupamento). Uma mostra deste evento foi levada ao festival Livros a Oeste, no dia 3 de junho, e, uma vez mais, foi possível apreciar o empenho e o entusiasmo dos nossos alunos, cujo gosto pela poesia ficou bem patente. Pais e Encarregados de Educação puderam, então, assistir a esta mostra, que os deixou, como a nós, cheios de orgulho.

cá dentro, disponível na Biblioteca para requisição domiciliária. Outro projecto que lançámos e em que apostamos é o Banco de Manuais Escolares, em parceria com a CML, o Agrupamento D. Lourenço Vicente e as Associações de Pais. Fomentar a troca de manuais usados, reduzindo o impacto no ambiente e no orçamento familiar, é o grande propósito deste projeto (para obter mais informações, consulte a página digital do agrupamento). Entretanto, com as aulas a terminar, vêm aí longos dias de descanso que podem ser enriquecidos com boas leituras. A Biblioteca, que dispõe de títulos sempre atuais, coloca à disposição da comunidade escolar o serviço de requisição de leituras para férias, basta que o requisitante seja frequentador do Agrupamento no próximo ano letivo. As ofertas são ricas e variadas. Boas leituras!

E para aqueles que duvidam, só dizem “olha e espera”, Porque eu traço o meu próprio destino Sem me importar se estou ou não sozinho!

EDITORIAL No momento em que termina mais um ano lectivo, o Olhar(es) dirige-se a toda a comunidade escolar, felicitando-a pelo seu empenho e dedicação. Aos alunos que iniciarão a época de Exames, fazemos votos de bom trabalho e de muito sucesso. Aos restantes alunos, que as suas classificações sejam a compensação do seu trabalho e que sirvam de ponto de partida para uma reflexão e (re)definição de objetivos. Que as férias sejam retemperadoras e vos forneçam a energia de que necessitam para regressar com ânimo e verdadeira vontade de estudar. Até breve. 2

No dia 3 de maio, contámos com a visita do Prof. Daniel Sampaio, que conversou com os nossos alunos sobre a adolescência e todas as questões e dilemas próprios dessa fase. Reportou-se, para tal, ao seu livro Tudo o que temos

FILME FLORBELA O filme Florbela conta com a participação de Dalila Carmo, José Neves, Albano Jerónimo e Ivo Canelas. Este filme retrata a vida de Florbela Espanca. Florbela separa-se de forma violenta de António. Apaixonada por Mário Lage, refugia-se num novo casamento para encontrar estabilidade e escrever, mas não consegue amar nem escrever. Ao receber uma carta do irmão Apeles, que está em Lisboa, Florbela corre em busca de inspiração. Com a cumplicidade do irmão aviador, Florbela procura um sopro em cada esquina: amantes, revoltas populares, festas de foxtrot. O marido tenta resgatá-la para a normalidade. Entre a realidade e o sonho, os poemas surgem. Nesse imaginário agitado de Florbela, neva dentro de casa, esvoaçam folhas na sala, panteras ganham vida e apenas os poemas a mantém bem. Por isso, Florbela tem que escrever. Luana Silva, 11ºF


CIÊNCIA, SAÚDE E... OS MEUS AVÓS! Cronologia de um Ensaio No âmbito do Ano Europeu do Envelhecimento Activo (2012), o Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa lançou o Prémio InterEscolas CATÓLICA|Ciência e Saúde 2011, denominado "CIÊNCIA, SAÚDE E... OS MEUS AVÓS!", para o qual convidou os alunos do 10º, 11º e 12º anos do curso de Ciências e Tecnologias. A informação chegou à ESL e… era altura de trabalhar! Tudo começou numa sexta à tarde, na biblioteca da escola com a escolha do nome da equipa, uma tarefa deveras árdua. Demorou um tempo tal que a biblioteca já estava a fechar (17h) e o nome ainda não estava escolhido (note-se que era dos últimos dias para enviar a inscrição) - por este motivo, a equipa chama-se Chá das Cinco. A tarefa que se seguiu foi convidar para professor supervisor, o professor Hugo Pereira. Já tínhamos as informações necessárias para a inscrição: a equipa, o nome para esta e o professor supervisor. Faltavam os dados da escola. Resolvemos falar com a nossa directora de turma – a professora Teresa Lopes – que foi quem fez a ponte entre a equipa e a direção. Depois veio a parte interessante e mais trabalhosa: a elaboração do ensaio. Sempre em contacto com o professor Hugo, pusemos mãos à obra ou, melhor dizendo, aventurámo-nos no trabalho de campo com um bloco de notas, um telemóvel e uma caneta: as entrevistas, as infindáveis entrevistas, que se traduziram em infindáveis anexos… Muita coisa a dizer, somente em 4 páginas, num curto espaço de tempo. Contactámos imensas entidades e instituições: a professora Palmira Graça, o professor Francisco Cabrita, o Centro de Saúde, a Dra. Leonor Matias (Médica de Família), a Dra. Bruna Martinho (Interna da especialidade de Medicina

Geral e Familiar), o Lar da Santa Casa da Misericórdia, a Dra. Ana Dias (Assistente Social), Idosos, nomeadamente, a D. Trindade, a D. Maria Odete, a D. Margarida, a D. Maria de Lurdes, a D. Maria da Conceição, a D. Olga Conceição, o Sr. João Carlos e o Sr. António. Mas a lista continua. Contactámos, ainda, Psicólogos, o Dr. Nuno Almeida e a Dra. Maria João Sá Ferreira, a Câmara Municipal da Lourinhã, a Dra. Mafalda Teixeira (Socióloga) e a Dra. Fátima Quintans, a Dra. Maria Rosário Ferreira (Farmacêutica), a Guarda Nacional Republicana (GNR) da Lourinhã, o Cabo Chefe Silva, o Agente Barata e o Agente Gomes. Mas esta lista não estaria completa, sem mencionar a família: avós (D. Maria Carolina, D. Maria da Conceição, Sr. António e Sr. Joaquim Emídio), pais (D. Maria João, D. Isabel, o Sr. António e o Sr. Valentim) e irmãos (Fátima e Gonçalo). Muitas horas de trabalho e poucas de sono… E, por fim, tudo terminou na véspera do final do prazo para a entrega do ensaio, num dia, ou melhor, numa noite de chuva, tão tarde como nunca pensámos sair da escola... Era tempo então de numerar as páginas e enviar o e-mail. Tudo isto traduziu-se no ensaio “A SOCIEDADE ATUAL E A TERCEIRA IDADE – O RETRATO DE UM CONCELHO DO LITORAL DA COSTA DE PRATA”, que retrata a população idosa lourinhanense, apontando defeitos e sugestões de melhoramento. E, depois, tudo terminou na Universidade Católica Portuguesa, no Auditório Cardeal Medeiros, no dia da Europa (9 de maio). Neste concurso nacional, onde participaram 83 equipas, a Escola Secundária da Lourinhã teve o seu momento de glória, com o seu nome projetado na tela daquele auditório, aquando da atribuição do 4º lugar e menção honrosa. O Chá das Cinco: Andreia Nunes e Sara Félix

Pessoas entram e saem da nossa vida. Umas entram para ficar, outras para nos dar lições. Umas realmente preocupam-se, outras são apenas curiosas. E o difícil é distingui-las umas das outras. Todas parecem raladas, tocadas até, mas, depois, algumas dessas pessoas nem nos olham na cara. E depois de nos abrirmos com elas e de lhes satisfazermos o interesse, acaba a “amizade”. Amigos podem ser a nossa maior riqueza ou o nosso pior pesadelo. Hoje dizem adoro-te, amanhã, são estranhos. Mas tudo tem o seu lado bom pois são estas pessoas que nos ensinam lições valiosas. Ensinam-nos que não devemos confiar em toda a gente e que, por vezes, as pessoas não são o que aparentam. Resta-nos crescer com isso e aprender a ver a verdade e a falsidade nos outros. E ter sempre em mente que quem realmente interessa somos nós. Cláudia Lopes e Tatiana Rodrigues, 11ºD

Oh vida que passas a correr, com essa alegria prometida que não deixas ter consomes subnutrida a magia do meu ser. Cedo páras, rápida vens e nada te pode deter. Aqui me deixas, aqui me tens morto, mas sem saber. Alexandre Henriques, 11ºD

A vida é como uma rua, onde se caminha, uma noite crua, que enfrento sozinha. Sou um barco sem leme, que vagueia no mar, fingindo que nada teme, tentando não chorar. Sou como um rouxinol, que voa de olhos vendados, por onde não há sol e os verões estão acabados. Sou inacabada, sou oprimida, sou como o nada, que vive sem saber o que é a vida. Helena Garcia, 11ºD

Ironia / vida Temos de levar a vida com ironia Quase toda a gente só quer que um gajo caia Viver um dia de cada vez até ao dia Que te pregam uma partida E fiques com a vida toda … Pois não existe mentalidade nesses putos Que esperam que a vida lhes dê os frutos Que nunca foram semeados Temos de ser obrigados a ser irónicos Com os altos e baixos, todos ficamos melancólicos, Confiar nos amigos certos com olho bem aberto... Com tanta ironia, um gajo tem de ser esperto Pois alguns são amigos só quando precisam, Quando somos nós, ninguém vem dar a mão.

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Abraçar a Inutilidade da Arte No meio de interesses políticos, económicos, financeiros e sociais estabeleceu-se um novo paradigma, assente em critérios supremos que avaliam ratings dos países, dos bancos, das empresas, das famílias, dos indivíduos, determinando a derrocada social a que assistimos, como se de uma inevitabilidade se tratasse. Apenas o que é tido como necessário e útil permanece intocável. Há muito pouco de verdadeiro no que nos rodeia: escolhemos um curso porque tem mais empregabilidade e não porque é o que queremos fazer; aceitamos uma situação porque não queremos lidar com as consequências da nossa discordância, e não porque acreditamos nela. Estamos tão acostumados à falsidade e ao conformismo que nem em tempos em que a revolta é necessária assumimos as suas rédeas. É então que nos deparamos com uma imagem, uma frase, ou uma cor que rompe a monotonia a que nos deixámos sujeitar e que desperta em nós o início de

Outros olhares um movimento. A beleza, a forma e a parcialidade do que encontrámos é tal que nos impele a agir, assumindo responsabilidade pela hipocrisia que nos rodeia. Gritam-nos: “Faz algo!”. Quando somos tocados pelo poder da arte, a indiferença desaparece e tornamo-nos donos de uma visão do mundo renovada. Questionamos sistemas, ações, pessoas e nós próprios; a criatividade e a imaginação que fomos obrigados a adormecer inconscientemente crescem sem medida e é na arte e na sua criação que encontramos sentidos e respostas. Em suma, rumos. Perguntamo-nos que terra é esta que silencia a chave para a salvação da Humanidade. É a terra governada pelos que desconhecem a arte como a chave que abre todas as portas que são trancadas e que condenam o seu reconhecimento e ensino. Neste mundo, nestes tempos, a arte nada mais faz do que unir massas críticas, levando-as a agir e a fazer a diferença; a arte abre olhos, mentes e corações e, por isso, de tão útil que se nos (a alguns) revela, é-nos imposta como a maior das inutilidades. Encontramos amarras para onde quer que nos viremos, a que nos sujeitamos por coisas “úteis”. Sejamos inúteis! Francisca Pereira Vaz, 10ºA

O DIA DA FILOSOFIA No dia em que se comemorou (ainda que de forma discreta) o Dia da Filosofia na Escola 4 de maio, Secundária da Dia da Filosofia Lourinhã, os alunos do 11º B foram desafiados – na aula de Filosofia – a percorrer a escola, entrevistando uma pessoa que encontrassem no caminho: aluno, professor ou auxiliar. De papel e canela em riste, saímos da sala, em busca de alguém capaz de responder às três questões: “O que é ser filósofo?”; “O que é a Filosofia?” e “Qual o sentido da existência?”. De volta à base, que é como quem diz, à sala, leu-se em voz alta as respostas que cada um tinha conseguido. E as respostas eram do mais variado possível… Iam do sério, pensado e, de certa forma, acertado, até ao pateta, palerma e gozão. No ar, havia respostas como: “Ser filósofo é pensar e refletir. É questionar-se sobre aquilo que mais ninguém se questiona. É ver tudo com perspetivas diferentes. É ver o outro, não somente olhá-lo”; “A Filosofia serve para exercitar o pensamento. A Filosofia é a arte do pensamento. É a capacidade de abstracção do senso comum”; “O sentido da vida é descobrir o que estamos a fazer neste mundo, qual a nossa missão. O sentido da vida é, de certa forma, uma missão a cumprir. O sentido da vida é

…a propósito do papel primordial da Filosofia… O que é de facto importante no âmbito da fenomenologia do ser? Ser e Existir, o espaço indelével e subtil que separa o ser do não ser, a possibilidade da não existência constituir-se como fenómeno essencialmente distinto da morte? Estas são algumas das inúmeras questões que, por exemplo, Sartre aborda de forma superior em O Ser e o Nada, num exercício de inteligência que, por vezes, roça o absurdo das negações do evidente aparente. Segundo Sartre, a relação sujeito - objecto, passa inevitavelmente pela concepção do eu e da consciência de si, de forma que o conhecimento possa assumir perspectivas efectivas de cognição. O objecto é perceptível, se a consciência do ser se situar e se referenciar fora do objecto e, por sua vez, este exista independentemente do ser. "Antes de qualquer comparação, antes de qualquer construção, a coisa é o que está presente à consciência como não sendo a consciência" (SARTRE, 1997). Os objectos ao existirem implicam uma ordem de coisas independentes do ser e do próprio conhecimento. Da mesma forma, é o próprio ser sartriano que existe antes da consciência de si e, ao negar-se, assume uma característica negativa que somente o realiza enquanto estrutura não substancial. Ser é antes de 4

(cont.)


sobre o mundo... caminhar para uma felicidade plena, não só a nossa, mas também a dos que nos rodeiam. O sentido da vida é existir e vivê-la, aproveitar todos e cada momento. Carpe Diem!” Estas foram as respostas aceitáveis… Grande foi a frequência de respostas como “Não sei”. Face a tais respostas, afirmo que há alunos na ESL preocupados e responsáveis. Sabem dar respostas “racionais”, pensam, refletem e questionam-se sobre o que os rodeia. No entanto, dadas as respostas omitidas e a avultada frequência de “Não sei”, atrevo-me a adiantar que há alunos que não se questionam acerca do sentido da sua existência (Já para não falar da total ignorância acerca da Filosofia, disciplina obrigatória, integrante do currículo geral dos cursos CientíficoHumanísticos a partir do 10ºano). “Existo só porque existo. Pronto”. Será isso suficiente? Porque razão os jovens de hoje não se preocupam com o seu futuro longínquo (não o futuro próximo, porque esse, é, para muitos, passear os livros na escola, “curtir a vida”, tirar uns “dezitos” que cheguem para sair do Secundário e começar a ganhar dinheiro, isto, se houver emprego…). Porque razão aos jovens é cada vez mais difícil estabelecer planos a longo prazo? Porque razão se preocupam em viver intensamente o momento e não disfrutam da vida em toda a sua plenitude? Sara Félix, 11ºB

DIREITOS HUMANOS A “Declaração Universal dos Direitos do Homem” foi redigida em 1948, na Assembleia Geral das Nações Unidas. Representa um conjunto de leis, vantagens e prerrogativas que devem ser reconhecidas como essenciais pelo indivíduo para que este possa ter uma vida digna, ou seja, para que não seja considerado inferior ou superior aos outros por ser, por exemplo, de um sexo diferente, de uma etnia diferente ou religião, ou até mesmo por pertencer a um determinado grupo social. São importantes para que se tenha uma convivência em paz. A função da “Declaração Universal dos Direitos do Homem” é proteger os indivíduos das arbitrariedades, do autoritarismo, da prepotência e dos abusos de poder. Os Direitos Humanos representam a liberdade dos seres humanos, estão associados a uma ideia de civilização, de democracia que, em conjunto, refletem uma ideia de igualdade e de dignidade para todos os seres humanos. Até à II Guerra Mundial, muitos dos Direitos Humanos não foram respeitados, e, após a II Guerra Mundial, houve a necessidade de que esses direitos fossem reconhecidos para todos os indivíduos. Assim, para que tal ocorresse foi criada a “Declaração Universal dos Direitos do Homem” que visa estabelecer a paz entre as nações e o consenso entre os povos.

Em muitas regiões do planeta não são ainda respeitados os Direitos do Homem, o que impede os indivíduos de obterem o que lhes é devido, pondo em causa a validade universal destes mesmos direitos. Na verdade, o que foi decretado pela Declaração, em muitas ocasiões, não passa de frases escritas num papel. Podemos comprovar isso com os constantes casos de torturas, prisões, invasões de domicílio, etc. O que acontece em muitos casos é que são denunciadas essas situações que ocorrem em determinados países, mas depois não há quem queira julgar esses atos. Todos o veem, todos o sentem, mas ninguém é capaz de punir os culpados e de proteger quem não se consegue defender. Cabe-nos a nós, cidadãos de todo o mundo, denunciar o que achamos que está mal. Não podemos pensar apenas em nós, devemos pensar também nas outras pessoas que estão para nascer e que vão viver no mundo que nós (re)criámos. Elas não podem ser sacrificadas pelos erros que nós cometemos, eles não têm a culpa dos nossos atos. Rafael Mendes

(cont.)

se pensar porque (pre)existe à consciência de si. Embora para Sartre a consciência configure o absoluto original, insubstancial e exterior a toda a realidade, ela existe quando ser e consciência de si se encontram no pensamento e comprovam uma capacidade de integrar e percepcionar a existência do ser. A problemática sartriana do ser parte do ser e do não ser para o conhecimento do outro, onde a mesma problemática fenomenológica se coloca. E entre o ser e o não ser há o nada, a não existência que configura a morte, enquanto negação do ser existente e consciente de si. O que remete para outra ordem de questões, concretamente, o valor da consciência enquanto referencial normativo de percepção da realidade e convergência com um mundo definido segundo categorias, previamente elaboradas, e que se acabarão por assumir, de prova em prova, como convenções e preconceitos. Ou seja, a loucura e a morte, seriam, a ser assim, iguais no que respeita à questão ontológica do ser e do nada. O fundamental é referir que, através desta obra superior, poder-se-ão levantar inúmeras questões de teor existencial que nos levarão cada vez mais longe no conhecimento de nós e dos outros. E não é este o papel primordial da Filosofia?

Prof.ªTeresa Lopes

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El Paraíso

Habiendo trabajado el tema del arte publicitario, llevamos el concepto de “arte” a nuestra vivencia cotidiana, intentando definir lo que es. Las orientaciones fueron muy sencillas: elegir algo que nos despierta, que nos emociona. Así que los alumnos optaron por su arte, esta que hacía exactamente lo que definimos de forma personal, sencilla, rudimentaria: arte que despierta sensaciones, aguda los sentidos y no sólo nos cuenta algo, sino también nos traslada en su historia. Aquí la tenéis: una exposición de un grupo pequeño aún pudiente y con potencial, sobre el arte de la imagen fotográfica, la pintura, el arte urbano, el dudar del arte tauromáquico, la danza, la publicidad institucional. Por colmo, encontramos la expresión de este despertar a través de una de las artes más nobles, la escritura, intentando hacerle justicia. Os damos las gracias por pasar un rato con nosotros.

Un cuadro colorido que nos transmite paz: el paraíso,

Esta imagen ilusoria de 2008, trae

debe lamentar. Puede despertar un sen-

con todos estos colores vivos

inspiración, aspiración y una calma inte-

timiento a cada uno de nosotros… El rojo

y exuberantes, can el perfec-

rior que muchos a menudo buscamos. Y

que sobresale, simboliza la crueldad con

cionismo al redor de sus lí-

tú, ¿cómo encuentras la paz en el hondo

que muchas mujeres son tratadas actual-

neas, creaturas míticas, como

de tu ser?

mente, pero nos quiere decir algo, un mensaje… ¡No debemos dejar que al-

el unicornio que simboliza la

Rodrigo Costa, 10ºB

y un río

guien ponga una mano encima de un ser

brillante y hermoso con su

humano! ¿Qué harían vosotros si estuvi-

vida animal. El puente relacio-

esen en el lugar de esta persona?

libertad, la pureza

na la casa con la naturaleza, o

“Los ojos son el espejo del alma”

sea la vida humana y el am-

La verdad es que nuestros ojos dicen

biente físico. El sol se contras-

todo lo que sentimos. La expresión de su

ta con espacios verdes y los

mirada revela una determinación fuerte y

árboles altos e imponentes en

sin miedo, pero seguro que esta mujer

el centro del jardín.

ha sufrido mucho en las manos de un hombre. ¿Cómo es posible que alguien

Esta imagen nos ense-

que ha sufrido tanto sea así ahora?

ña un espacio con mucha feli-

Pues, es que muchas veces somos más

cidad, mucha diversión, mu-

fuertes de lo que parecemos ser. La vio-

cha calma; es un sitio a que

¡Dolor, lágrimas derramadas, una vida de

toda la gente le gustaría estar

sufrimiento!

aunque fuera por un día, una

Esta campaña quiere llamar la

hora , o unos pocos minutos.

atención a las personas para la violencia

Si todo el mundo fuese así,

doméstica de la vida actual.

seríamos

Los ojos firmes de una mujer; una

todos mucho más felices. In-

mujer que ha sentido el dolor en el hue-

creíble lo es como una ima-

so. Una mujer diferente y al mismo tiem-

gen tan sencilla consigue ha-

po igual a muchas que han sufrido vio-

cer con que nosotros pense-

lencia. El color rojo es fuerte y al mismo

mos en todo el mundo.

tiempo recuerda un pasado que no se

prudente,

6

calmo,

lencia hoy en día es algo que sucede mucho, aunque podamos intentar poner un fin en todo esto. ¿Alguna vez has sentido miedo? Si la respuesta es afirmativa, piensa como sería si tuvieses que esconderte de todo el mundo, si tuvieses que mostrar a todo el mundo que no se pasa nada, cuando sí te lo pasas… Piensa antes de poner la mano encima de alguien, porque puedes estar a causar


marcas que se quedan para el resto de

gritar, pero el cuerno tieso e indomable

les rodea y aísla de los de-

la vida…

desborda de la boca, de cielo a tierra

más al mismo tiempo: la

roja, no deja calmar el dolor. Las banca-

pasión y la proximidad. La

das llenas de personas horrorizadas por

interacción de dos cuerpos

la “tragedia”; se oye un silencio profundo.

en el tango, es transmitir

El matador siente la fuerza bruta e imper-

amor, la complicidad entre

¿Cómo verías la vida después de pasar por algo tan cruel como esto? Andreia Ricardo, 10ºB

donable del toro, ésta que él propio esentre dos personas. Cuan-

tuvo buscando. Muchos defienden esta tradición

do se ve el enredo tan pro-

antigua de una forma repugnante. Lo

fundo, se siente una liga-

llamamos “crimen” torturar de un modo

ción muy fuerte con esa

tan cruel a un ser humano. Es conjunta-

ella. Es algo único que nos

mente perverso asistir al sufrimiento len-

toca el corazón.

to y atroz de un animal. No hay que valorar la valentía del

El amor es como una danza

matador, sino la venganza del toro: es

entre dos seres humanos

éste que ha dado voz a todos los anima-

que se entienden mutua-

les que sufren en silencio.

mente, es una conexión

Y tú que tienes voz, ¿defiendes

totalmente una

esto?

diferente

persona,

con

donde no

existe con más nadie. Se Dominique Martinho e Inés Alfaiate, 10ºB

crea una complicidad tan fuerte que nos hace sentir como uno: esa es la sensa-

18:00 horas. Plaza de Las Ventas de

ción en el tango. Las pare-

Madrid, día de la la Feria de San Isi-

jas danzan como una. La

dro. El torero español, Julio Aparicio,

intimidad es tanta que los

está a camino del hospital. Sufrió un ac-

une.

cidente en un espectáculo de tauromaquia: una cornada en la garganta durante

Siempre ha sido un tipo de

una lidia. Aparicio perdió el equilibrio y

danza conocido por ser TANGO

cayó. El toro lo embistió y le atravesó la garganta con su cuerno derecho, que salió por la boca del torero. El animal

muy sensual y envolver mucha proximidad; uno que

Buenos Aires, Argentina. La cuna,

retiró el cuerno con rapidez y Aparicio

caliente y apasionada de tango.

logró salir del tendido para ser asistido.

Huele seducción, se siente libertad, se

Por milagro… sobrevivió. Y por desgra-

prueba el amor, el contacto harmónico

cia…sigue luchando.

de dos cuerpos firmes. Calle la casa del

El toro arrastra el matador por la

tango, el palco de liberación de sensacio-

boca. Un camino penetrante, angustian-

nes, donde la pasión gobierna envolvién-

te, sintiendo el amasijo de la sangre fo-

dolo todo.

consigue despertar en nosotros algo muy íntimo. ¿Serías capaz de aventurarte en esta caja de Pandora que oculte esta hermosísima expulsión de sentimientos? Inês Cunha, 10ºB

gosa y del frío del cuerno sucio y lleno de polvo de arena. Hace despertar ganas de

Varios bailarines pero sólo una pareja se destaca, demostrando lo que

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mos libres, sin discursos, sin quejas, sin desasosiegos. ¿Por qué no nos expresamos más de esta forma? Tatiana Amorim, 10ºB

Llevar una vida en la calle…

La Tomatina

¡Lluvia! ¡Frío! ¡Calor! ¿Te consigues imaginar en esta situación?

de agosto del año 1945, cuando unos

Viviendo dentro de una caja de papel, expuesto a los diferentes

Todo empezó el último miércoles

climas

ambos

fenomenológicos y sociales.

jóvenes pasaban el rato en la Plaza del Pueblo para presenciar el desfile de gigantes y cabezudos y otros actos de la

pios de los 50, cosa que no disuadió a sus participantes que llegaron a ser. Pe-

Tiendo apenas en tu pose,

ro el pueblo habló y la fiesta volvió a per-

la historia, los dilemas, las

mitirse, uniéndose más participantes y

felicidades de tu pasado,

tornándose cada vez más frenética. Can-

los zapatos que un día

celada hasta 1957, cuando, en señal de

compraste para ir a tu pri-

protesta, se celebró el entierro del toma-

mer empleo, el libro que

te: una manifestación en la que los veci-

estudiaste

celosamente

nos portaron un ataúd con un gran toma-

para aprobar tu último exa-

te dentro. Desde entonces, año a año

men.

crece el número de participantes y el entusiasmo por La Tomatina. El éxito ha

¿Cómo te sentirías? Si todo el trabajo a que te habías dedicado para el futuro, un futuro que habías imaginado diferente, fuese para así te turnares. Pues, esta situación puede suceder a cualquier uno. ¡No gires tu mirada!

llevado a que La Tomatina de Buñol fuera declarada en 2002 Fiesta de Interés Turístico Internacional por la Secretaría General de Turismo. Las personas se quedan todas sucias pero la imagen nos muestra una sensación de alegría, tiene colores muy fuertes que nos despiertan luego la atención: las risas, los gritos, el olor del tomate manchando las camisetas o los cuerpos nudos. Nos divertimos, así, muchísi-

Inés Silva, 10ºB

mo. Nos relacionamos con los demás de esta forma primitiva y sencilla. Nos senti-

8

Amor en tiempos de hostilidad

fiesta. La Tomatina fue prohibida a princi-

Vancouver, Canadá. Después de un simple partido de hockey sobre hielo, la disputa del estadio se llevo a la calle. La policía de choque intenta controlar, con

métodos ya célebres, el arrebato

irracional de la muchedumbre.

En el medio, una pareja de jóvenes, tumbados en el suelo dándose besos, consciente aún desprendida del caos que la rueda. La imagen revela un contraste entre lo violento de una lidia irrazonable del ser humano que se torna a una masa insensible con razones fútiles de protesta, y la felicidad, la paz, el amor que siente el individuo, no limitándose a su expresión en el oscuro, sino en el medio de la rivalidad.

Los conflictos no impiden que nosotros actuemos con amor en tiempos de hostilidad. Gonçalo Canoa, 10ºB


tando, una carrera de ochocientos cuarenta y nueve metros delante de los toros, una cosa nunca antes vista en otra ciudad. ¡Vuelve a escuchar bien! Catorce de julio, la conocida música de despedida “pobre de mí”: encierran las fiestas de San Fermín. El año que viene se repite todo ¿te

Los Sanfermines ¡Escucha bien! Doce del mediodía, seis

apuntas? Raquel Frutuoso-10ºB

de julio. Sienta el calor del verano vasco, atúrate el ruido. El cohete se está lanzando. La populación norteña de España está lista para recibir las fiestas en honor a San Fermín, se preparan para hacer más uno año de historia de muchos siglos existentes y se preparan para recibir millares de turistas que vienen a ver el suceso por el que más se conoce Pamplona en el mundo. La calle está llena de gente, más hombres que mujeres, pero

estas también

crean presencia principalmente en los balcones de las casas, viendo a sus hombres muy cerca de los toros. Los colores

que más se destacan son el

blanco, el rojo y el negro, todo para que los toros se queden más nudosos. El fotógrafo de esta fabulosa fotografía aguarda pacientemente horas infinitas para poder sacar la mejor fotografía de las fiestas y ha conseguido, ha fotografiado, rodillas en el suelo para poder sacar una visión más alargada y con más movimiento de las personas y de los animales. Así, esta fotografía nos da una visión de que toda la gente está corriendo para escaparse de los toros. Las fiestas siguen con mucha gente, animación y felicidad. Ha llegado lo momento más famoso, el encierro, sienta el ruido en el suelo de las personas ejecu-

Arte urbana ¡Qué vida loca! ¡Estoy hasta las narices de tanto ruido y de tanto transito! Estando yendo al trabajo, de repente veo algo que me tranquiliza el estrés. Un graffiti que representa un gnomo verde con barba haciendo una cara que muestra los dientes. El artista en su graffiti ha creado la idea de que el gnomo está hablando y pretende mandar un mensaje a los que pasan y lo vean. Pintado en 2007, el artista asume el gusto de lo que hace. Para mí es un arte, arte urbana. Pienso que para quien practica este tipo de arte es como un modo de vida que suporta sus gustos y sirve también para exprimirse a través de dibujos. Exprimir su personalidad y exponer sus calidades o defectos, o para mostrar a las personas lo que siente. En la imagen, el autor intenta opinar y revelar una vida real llena de dificultades económicas y la llamada silenciosa de una pared en blanco le hace actuar en lo que él sabe hacer mejor: pintar una voz, un grito en la calle. Soy a favor del arte urbana, pues ha exquisitos dibujos y todo lo que es garabatos no es arte.

Fiesta en Madrid 1 de enero. 00:00 horas. Fiesta. Gente. Gritos. Risas. Música. Ruido. Cohetes. Pies Fríos. El Año Nuevo ha llegado en Madrid. Es un día de mucha emoción y fiesta. En primer plano, el fuego de artificio llenando el cielo de color y humo. El edificio con su reloj grandioso y una pantalla con la palabra “MADRID” adornan la plaza. En segundo plano, se ve un mar de personas, manos arriba, rodeando la estatua de un caballo y su caballero orgulloso. El Año Nuevo en Madrid, es una fiesta estupenda, con mucha animación y diversión, las personas saben dar la bienvenida al Año Nuevo. Se quedan esperando que la 00:00 horas lleguen. Salen por la noche, pues hay variadísimos bares donde se pueden pasar el hasta las primeras horas de madrugada. Las personas conviven, se relacionan, se divierten. Si algún día piensas ir a Madrid el Año Nuevo, aprovecha al máximo la fiesta en su cumbre. Es un óptimo lugar para quien piensa entrar en grande en el Nuevo Año que tiene adelante. Entonces, ¿cuándo te vas? Daniela Rolim, 10ºB

Josias Duarte, 10ºB

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A VOZ DOS EX-ALUNOS

ATIVIDADES INTEGRADORAS No âmbito das respetivas atividades integradoras, as turmas EFA DC TC e EFA S5 da Escola Secundária da Lourinhã promoveram a realização de um pedipaper, tendo como destinatários formandos e formadores dos vários cursos EFA noturnos, atividade que se veio a realizar no passado dia 24 de maio e que concretizava alguns objetivos relevantes para organizadores, nomeadamente, o fomento da prática do exercício físico e de hábitos alimentares saudáveis, a divulgação do património cultural da Lourinhã, o desenvolvimento do raciocínio lógico e o reforço do espírito de equipa e de interajuda.

Esta iniciativa foi vivida com grande entusiasmo e as reacções dos vários intervenientes permitem-nos sustentar, sem falsa modéstia, o respetivo êxito. É óbvio que limitações de vária ordem – sobretudo aquelas que se relacionam com os horários laborais da grande maioria dos participantes – obstaram a que este pedipaper pudesse ter alcançado Continua p. 11

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O meu nome é Cátia, tenho 19 anos e frequentei a Escola Secundária da Lourinhã entre 2007 e 2010. Apesar de não ter terminado o Secundário na vossa escola, as ferramentas que recebi, por parte de vários professores, foram cruciais para as minhas escolhas e para o meu percurso e, quando me refiro a ferramentas, não se trata apenas das académicas, mas também das pessoais, das da experiência e formação que cada um tinha. Aquilo que mais me atormentava na altura, com 15/16 anos, eram, de facto, as opções que deveria fazer no futuro. Para mim, era muito importante arrumar isso tudo na minha cabeça e, como felizmente, gostava de tantas coisas e tão diversificadas, havia alturas em que o meu pensamento andava a mil. Hoje, uma vez que já tenho as minhas ideias clarificadas e já defini o rumo que pretendo seguir, é muito mais fácil puder dar-vos o meu testemunho que, de certa forma, foge um pouco aos padrões normais e àqueles que já foram relatados. Terminei o meu percurso na ESL no meu 11º ano e decidi dar-me a oportunidade de poder concretizar um dos meus sonhos, o da música. Sempre estive ligada a ela, desde os meus 6 anos que sempre fui tendo aulas, incentivada pela minha mãe. Mais tarde, por volta dos 13 anos, aprendi a tocar guitarra e, aos 16, depois de uns tempos bastante atribulados, comecei a ter aulas de canto, algo de que sempre gostei, mas que nunca julguei que se tornasse tão sério e importante para mim. Depois de algum tempo a ter aulas, despertou em mim o gosto e a vocação para o canto lírico e para a música erudita. A conselho da minha professora, decidi tentar a minha sorte e candidatarme ao curso de canto da Escola de Música do Conservatório Nacional e entrei. A minha vida deu uma volta de 360º, tive de mudar de escola e, nesse ano, o ano letivo passado, acabei o 12º ano na Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho. Assim, tive de conciliar os estudos com o curso de canto e, para além disso, tive de deixar o meu porto seguro e vir morar sozinha para Lisboa. A adaptação à cidade e ao ritmo frenético em que andava constantemente foi relativamente fácil, o mais difícil foi mesmo conciliar todas as disciplinas que tinha porque, para além das seis que tinha no secundário, ainda tinha mais seis no Conservatório. Se foi complicado? Não foi propriamente fácil, é

óbvio que foi muito difícil manter as minhas notas, tendo em conta que o tempo de que dispunha para estudar era muito menos do que aquele que teria à minha disposição, se estivesse apenas numa escola. Perguntar-me-ão se compensa? A resposta é clara como água. Quando gostamos realmente daquilo que fazemos, todo o esforço, dedicação, empenho e estudo valem a pena. Nem sempre o retorno nos parece o merecido, mas eu acredito que, mais cedo ou mais tarde, receberei o retorno de todo o meu empenho nesse ano. Este ano letivo optei por não ir para a Faculdade e dedicar-me ao estudo da música, digamos que fiz uma pausa para poder dar o máximo naquilo de que gosto. No início, arrependi-me porque os meus colegas de escola já estavam na faculdade e, de certa forma, senti-me um pouco inferior, mas apercebi-me que estava a ser injusta para comigo mesma. O facto de não ter ido para a faculdade depois de ter terminado o secundário não quer dizer que não vá e que não tenha o mesmo mérito dos meus colegas. Em Setembro, quero ingressar no Ensino Superior e já tomei a minha decisão, por isso, seguirei um curso de que gosto, Estudos Artísticos – Artes do Espetáculo ou Música na Comunidade. São ambos cursos com os quais me identifico, mas, como toda a gente, tenho os pés bem assentes na terra e sei perfeitamente que preciso de ter um plano B para o caso de o meu plano A não se conseguir concretizar como eu espero. Por isso, mais uma vez, terei de acumular dois horários, provavelmente, não conseguirei fazer todas as disciplinas do curso de canto nesse ano, nem na faculdade terei notas fantásticas, mas é esse o preço que terei de pagar para conseguir fazer aquilo que mais gosto, que é cantar. Queria deixar-vos o meu exemplo para que vejam que seguir os nossos sonhos e as nossas ambições nem sempre é um caminho fácil, encontram-se muitas pedras pelo caminho, algumas desilusões, fraquezas, choros, mas, quando pomos essas pedras para o lado e seguimos em frente, a sensação é a melhor do mundo, pois fazemos tudo isso porque temos algo que nos completa e que nos realiza. “A vida sem sonhos é como o céu sem estrelas”, afirma o psiquiatra e escritor brasileiro Augusto Cury, por isso, não desistam daquilo em que acreditam e daquilo que realmente vos possa fazer pes-


A VOZ DOS EX-ALUNOS Continuamos a deixar-vos o testemunho de alunos que passaram pela escola e, à semelhança do que sucede um pouco com todos vós, tiveram as suas dúvidas, anseios e hesitações. Mesmo assim, não deixaram de lutar pelos seus objetivos e, de certa forma, já estão a concretizá-los. Por vezes, pensamos que não devemos arriscar , mas antes jogar pelo seguro. Ora, todos temos sonhos e a concretização dos mesmos é sinal de grande felicidade! Nesta altura do ano, em que muitos alunos se preparam para realizar os exames nacionais e, no caso dos finalistas, ingressar no ensino superior, a todos desejo muito sucesso. Sobretudo, não desistam e não se esqueçam de que o esforço e a dedicação acabam por ser recompensados! Prof.ª Beatriz Pinheiro

A minha passagem pela Escola Secundária da Lourinhã foi, sem dúvida, importante. Não só pela maneira como me ajudou a preparar para o futuro, como pelas grandes amizades que fiz. Penso que grande parte de nós, durante o período da Secundária, não se apercebe da importância desta fase nas nossas vidas…mas é realmente importante dizer que, se nos prepararmos bem e formos empenhados em tudo o que fazemos, ganhamos bases para aquilo que será a “vida real”, o que nos ajuda muito a enfrentar os novos desafios que vão surgindo.

Nunca é tarde demais para aprender Esta máxima aplica-se na perfeição a José Augusto dos Santos que, com os seus 86 anos, decidiu regressar à escola, não para acrescentar habilitações que servissem para a vida profissional, mas para combater a solidão. Ver as competências de uma vida reconhecidas e convertidas numa certificação de nível B3, este era o desafio do candidato! Como se fosse possível resumir uma longa vida, de saberes e experiências feita, numas tantas páginas e numa breve apresentação oral! Na verdade, à maneira de um bom contador de histórias, foi expondo os episódios mais marcantes e relevantes da sua vida. Foi apresentando, não só saberes, convertidos em competências, mas também valores através da narração de episódios

Das muitas atividades desenvolvidas ao longo dos 4 anos que frequentei a ESL, considero que o trabalho desenvolvido para a disciplina de Área de Projeto foi talvez o mais marcante. Marcante não só pelo facto de me ter ajudado a desenvolver a capacidade de trabalhar em grupo, mas também pela responsabilidade que eu (e todos os outros membros obviamente) tivemos de depositar nas atividades que desenvolvíamos, nos compromissos a que nos propúnhamos. Não querendo tirar mérito a qualquer outra das disciplinas que tive enquanto aluna de Línguas e Humanidades, penso que, se temos que fomentar o espírito de equipa, essa era a disciplina mais indicada para o fazer. É importante ainda destacar, da minha experiência enquanto aluna da ESL, a grande disponibilidade, competência e dedicação de alguns professores que sempre se empenharam em preparar-nos da melhor maneira possível. Acho que, se existe algum conselho que se possa dar a todos os alunos que estão agora a começar a sua passagem por esta escola, é o de que aproveitem tudo aquilo que a ESL vos dá, sejam dedicados nas tarefas que vos são pedidas e, claro, aproveitem para se divertirem porque esta é uma das experiências que vão relembrar com muitas saupitorescos. Em suma, foi passando o testemunho de uma época, por muitos esquecida, para outros desconhecida, em que as condições de vida eram precárias e a falta de liberdade era notória e condicionava toda a sociedade. Foi pastor, moleiro, criado de servir, mineiro nas minas de Vilar Formoso, contrabandista na raia e, por fim, ironia do destino, agente da Polícia de Segurança Pública, ou seja, passou de “MeiaLeca”, como era denominado pelos conhecidos, a ilustre representante da autoridade. Teve uma vida repleta de emoções e sensações. Foram muitos os episódios caricatos por que passou. No entanto, em todas as situações, soube mostrar a grandeza que é própria do ser humano: a de poder ajudar o próximo. Um bem-haja a todos estes adultos que vêm mostrar que, afinal, as “Novas Oportunidades” são como uma porta aberta para o saber, em todos os sentidos. Prof.ª Beatriz Pinheiro

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uma outra dimensão. E, claro, esperando que numa próxima oportunidade se venha a realizar outra actividade do mesmo género, não se deixará então de procurar tornar essa atividade ainda mais aliciante. As sugestões, recolhidas entre formandos e formadores a este propósito, constituem uma importante mais-valia a reter.

Todos os participantes receberam diplomas e prémios de participação, gentilmente disponibilizados pelas empresas Frutas DM, Malaquias & Malaquias - Comércio de Hortofrutícolas, Lda., Louricoop, C.R.L e Câmara Municipal da Lourinhã. A terminar, uma palavra de agradecimento à Direcção do Agrupamento de Escolas da Lourinhã e aos funcionários que prestaram um precioso auxílio nas tarefas de organização deste evento. Os Organizadores EFA Técnico de Contabilidade e EFA S6

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Mosteiro da Batalha e Parque dos Monges No dia 22 de Maio de 2012, os alunos das turmas 11ºF do Curso Profissional Técnico de Marketing, Relações Públicas e Publicidade, 11ºE de Turismo e 10ºC de Artes Visuais foram a uma visita de estudo ao Mosteiro da Batalha e ao Parque dos Monges em Alcobaça, no âmbito da disciplina de História e Cultura das Artes, com os professores Luís Gonçalves, Cecília Ogando e Marta Perú. A visita de estudo iniciou-se com a passagem pela Batalha, onde pudemos conhecer um dos mosteiros mais bonitos de Portugal, o Mosteiro da Batalha. Tivemos a oportunidade de entrar no mosteiro e imaginar como era a vida dos monges na sua época. Vimos túmulos antigos, uma exposição sobre a época medieval, pudemos também observar o render da guarda no Túmulo do Soldado Desconhecido, em homenagem aos soldados de todos os tempos. Depois fizemos uma visita ao Parque dos Monges, em Alcobaça, onde pudemos almoçar, ver alguns animais e fazer algumas atividades ao ar livre, como slide, uma prova de orientação e um workshop de doçaria conventual. Depois desta visita, dirigimo-nos para a Lourinhã e voltámos para casa. Para nós, nesta visita, não houve pontos negativos. Foi interessante e conseguimos aprender muitas coisas novas e divertir-nos ao mesmo tempo. Ana Carolina, tos ,11ºF

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Ana

San-

A FAZER TIJOLO...

Forno circular

A Cerâmica do Seixo, sediada em Cabeça Gorda, iniciou a sua atividade em 1971, como sociedade por quotas, alterando a sua classificação jurídica para sociedade anónima em 1992, com o respetivo capital social exclusivamente nacional. A entidade pertence ao sector de atividade secundário. Foi precisamente a esta empresa que a nossa turma do EFA DC TC efectuou, no passado dia 15 de dezembro, uma visita de estudo. E foi, sem dúvida, uma deslocação que valeu a pena. Porque, na verdade, resultou numa aprendizagem muito interessante e importantíssima relativamente à produção de tijolo na Cerâmica do Seixo. Mas, afinal, o que aprendemos nós? Muitas coisas. Ficámos a saber, por exemplo, que a Cerâmica do Seixo tem preocupações com o ambiente muito bem definidas, aplicando nesse domínio a política dos 3 R’s, ou seja, Redução, Reutilização e Reciclagem dos resíduos. E aprendemos também que, para chegar ao produto final, a argila passa por diversas fases, sendo as principais a preparação do barro, a moldagem dos vários tamanhos de tijolo produzido na fieira (extorsão) e, finalmente, a cozedura no forno circular. É conveniente salientar, a propósito, que o forno utilizado pela empresa é o único deste tipo no país, com origem num projeto espanhol, e está em funcionamento contínuo vinte e quatro após vinte e quatro horas, com dois turnos de produção. Termos aprendido, ainda que de uma forma muito simplificada, como se faz tijolo, enriqueceu-nos e abriu os nossos horizontes. Não porque tivéssemos ficado a conhecer em pormenor a tecnologia envolvida e os detalhes mínimos do respetivo funcionamento – claramente não era esse o nosso objectivo nem isso era coisa que se pudesse apreender em escassas horas –, mas, sobretudo, por termos interiorizado algo a que, tantas e

tantas vezes, a constante azáfama destes dias de desumanização, de ideias feitas e de recorrente superficialidade nos impede de dar a atenção devida: que, em qualquer processo produtivo, edifícios, máquinas, ferramentas, matérias-primas e matérias-subsidiárias são, é óbvio, elementos essenciais, mas as mãos e a inteligência de homens e mulheres é que criam e transformam e que essas mãos e essa inteligência permanecem presentes em tudo o que é criado. “Não são de pedras estas casas mas de mãos”1, escreveu o poeta… E, na verdade, quantas e quantas vidas humanas envolvidas no fabrico de um simples tijolo? Os homens e as mulheres que extraíram da terra os materiais com que outros homens e mulheres fabricaram as ferramentas e as máquinas que permitiram a outros homens e mulheres fabricar outros utensílios e edifícios que permitiram… Parece não ter fim este ciclo produtivo. De modo que, ao tocarmos nesse produto final chamado tijolo, sentimos realmente pulsar nele inúmeros pedaços das vidas de tanta e tanta gente.

Claro, ficámos a saber muitas coisas acerca do fabrico do tijolo. Muitas coisas técnicas. E essenciais. Mas termos aprendido ou reaprendido e interiorizado que as vidas dos seres humanos estão presentes naquilo que fabricam foi uma lição de vida de inesquecível e inestimável valor. A terminar, um agradecimento muito grande ao Sr. Ludgero Paulo, o nosso guia sempre disponível, e à Administração da empresa. E um obrigado muito especial, está bem de ver, às Formadoras Maria João Sousa e Marta Perú, que nos entusiasmaram a abraçar este projeto, e ao nosso mediador, Prof. Delfim Campos. Os formandos do Curso EFA de Dupla Certificação de Técnico de Contabilidade 1

Manuel Alegre, “O Canto e as Armas”

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Supl.

TOCA A MEXER O Toca a Mexer, uma iniciativa que envolve professores de Educação Física de todo o Agrupamento, tem vindo a ganhar grande popularidade entre os alunos. Por esta razão, decidimos realizar uma pequena entrevista à coordenadora do programa, Profª Carla Umbelino, à Profª de Educação Física, Joana João, e a uma aluna que participa na iniciativa, Cheila Estrela. Entrevistadoras (E) - Como é que surgiu esta iniciativa? Prof.ª (P) - Esta iniciativa surgiu a partir de um estudo realizado ao IMC (Índice de Marca de Corporal) na Escola Afonso Rodrigues Pereira, e ao IMC e à % de Massa Gorda na Escola Secundária da Lourinhã. E - O que se concluiu com esse estudo? P- Que na Escola Afonso Rodrigues Pereira, dos 564 alunos, 203 não se encontravam dentro da zona saudável relativamente ao IMC e que, na Escola Secundária da Lourinhã, dos 392 alunos, 89 tinham excesso de peso relativamente ao IMC, e 107 estavam acima do peso saudável, relativamente à % Massa Gorda, sendo visível a prevalência da obesidade, que atingiu níveis preocupantes e está a aumentar em muito, devido às mudanças nos hábitos de vida, (sedentarismo, má alimentação…). E - E em que consiste a iniciativa? P- A iniciativa consiste em acompanhar alunos obesos e com distúrbios alimentares através de planos de treino, específicos para a perda de peso, e aconselhálos sobre uma alimentação saudável, tendo a ressalva de que não somos nutricionistas. E– De que constam os treinos? P- Estes treinos são específicos para perda de massa gorda. O objectivo é queimar o máximo de calorias possível e, internamente, desenvolver a maior quantidade de músculo, de modo a poder aumentar ao máximo o seu me-

tabolismo em repouso nas horas seguintes. Normalmente, a maioria dos alunos faz treinos de 45min, 2 vezes por semana. Os treinos podem parecer de pouco tempo, mas é preferível fazer durante menos tempo e mais intenso, até para não ser maçador. A palavra-chave é intensidade, mas também depende muito da vontade dos alunos. E - Como é que foi a adesão

perder peso ou tornares-te mais saudável? CD - As duas coisas. Perder peso porque não gostava de como era antes e tornar-me mais saudável. E - E o que é que ganhaste com essa experiência? CD - Saúde. E aprendi que o desporto é essencial sempre, e a alimentação também. No meu caso, tem de ser sempre cuidada, pois não me posso descuidar muito. O Toca a Mexer, com os seus resultados impressionantes, é uma iniciativa que vai ter continuidade e até, quem sabe, será alargada. Entrevistámos a coordenadora do projecto, Prof.ª Carla Umbelino, para nos falar sobre o futuro do mesmo.

dos alunos a esta iniciativa? P- A adesão dos alunos foi boa. Contamos com 25 a 30 alunos em todo o Agrupamento. A maioria tinha excesso de peso, no entanto, também temos alunos que não têm excesso de peso, mas que vêm para melhorar a condição física. E- E quais já foram os resultados obtidos? P- Os resultados obtidos pelos alunos têm sido bastante satisfatórios. Realçamos duas alunas do 12ºano (Cheila Estrela e Catarina) nas quais foi mais visível a perca de peso. Os alunos que vêm para melhorar a condição física têm vindo a aumentar bastante as notas. Para apoiar o testemunho das Professoras, entrevistámos Cheila Dias, que nos falou um pouco da sua experiência. E - O que te levou ao Toca a Mexer? Cheila Dias (CD)- Foi a professora Carla Umbelino. Quando nos pesámos, percebi que estava com excesso de peso, e a forma como a Profª Carla falou sobre a iniciativa levou-me a alinhar. E - E o teu principal objectivo era

E - Quais são as perspectivas para o futuro do projecto? Profª Carla Umbelino - Para já, o nosso objectivo é dar continuidade ao projecto e alargá-lo ao resto da comunidade educativa, ou seja, ao agrupamento em si, alargando este projecto aos funcionários e professores da escola e aos alunos do 1º ciclo. Para além disso, esperamos que os professores, tanto da nossa escola como da Afonso Rodrigues Pereira, sejam contemplados com horas nos seus horários para o Toca A Mexer. Gostaríamos que alguém do grupo de Ed. Física pertencesse ao PES (Projecto Educação para a Saúde), projecto obrigatório pelo Ministério da Educação, que nos traria mais horas e, eventualmente, verbas que nos dariam alguma margem de manobra em termos financeiros. Dia 6 de Junho realizou-se o Dia da Saúde na Escola Secundária da Lourinhã, um dia que contou com rastreios, a presença de uma nutricionista, aulas de grupo para alunos e professores e uma palestra sobre o Toca a Mexer. E não te esqueças: “Um quilo de determinação vale mais… que uma tonelada de sorte”. Inês Félix e Marta Nobre, 11ªD

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Supl.

Modelo económico viável para Portugal Portugal vive hoje uma situação de crise económica e social que se agrava de dia para dia. Tem como principal debilidade a falta de competitividade da sua economia, devido a problemas estruturais, que têm revelado uma incapacidade em aumentar consideravelmente a sua produtividade. Deste modo, a insustentabilidade orçamental é cada vez maior, e o colapso da economia é temido pelos responsáveis governamentais. Posto isto, é fundamental responder-lhe com energia, com ações de efeito rápido, com soluções eficazes e com uma visão de futuro para os médio e longo prazos. É, sobretudo, importante responder à crise com seriedade, porque só assim se

constrói a cumplicidade e a confiança entre governantes e governados. Portugal vive há doze anos com défices externos sistemáticos, aumentando todos os anos a dívida externa. Por isso, o objetivo central da economia portuguesa tem de ser o reforço da competitividade das empresas, através do incentivo ao investimento, com vista a aumentar, de forma sustentada, as exportações. Só assim poderemos criar condições para a defesa e para o crescimento sustentado do emprego. É também necessário um esforço por parte dos trabalhadores, pois estes terão de estar dispostos a trabalhar mais horas por dia e mais dias por semana até que a economia de Portugal se estabilize. Desta forma, poderemos diminuir a

taxa de desemprego, incentivar os jovens a abrirem os seus negócios e a exportarem produtos nacionais para todo o mundo, tornando Portugal num país competitivo e capaz de se afirmar a nível internacional. Concluindo, sem o sector exportador português, o país não poderá atravessar esta crise económica nem terá a mínima hipótese de se aproximar do nível de desenvolvimento dos países da União Europeia. Inês Luz, 12º C

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O aumento da temperatura: perigos para o Planeta O mundo está em constante mudança. Após a visualização do documentário “Os 6 graus que mudaram o Mundo”, apercebemonos mais facilmente destas alterações a nível global. O Aquecimento Global, isto é, o aumento da temperatura média à superfície terreste, é hoje em dia um fenómeno preocupante para a vida humana. Anteriormente, este acontecimento devia-se a causas naturais, no entanto, essa realidade mudou. A ação do homem tem sido determinante para a intensificação deste problema com crescentes emissões de dióxido de carbono, entre outros gases, para a atmosfera. O Aquecimento Global é um fenómeno normal. O que não é normal e, sim, preocupante é a rapidez com que estas alterações têm ocorrido. No esquema conceptual acima são ilustradas as reações em cadeia que acontecem devido ao aumento da temperatura média de 1ᵒC a 6ᵒC, conduzindo ao fim da vida humana. Carla Neto, 12ºC

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