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Sumário AULA 1 – Antiguidade clássica: Grécia antiga..............................03 AULA 2 – Antiguidade clássica: Roma antiga................................17 AULA 3 – Alta Idade Média (séculos V a X)......................................31 AULAS 4 e 5 – Baixa Idade Média (séculos XI a XV): Cruzadas e formação das monarquias nacionais..............................................46 AULA 6 – Baixa Idade Média (séculos XI a XV): formação das monarquias ibéricas e expansão marítima......................................59 AULA 7 – O Renascimento...................................................................68 AULA 8 – A Reforma religiosa...........................................................76 AULA 9 – O absolutismo......................................................................85 AULA 10 – Pré-História brasileira e o início do período colonial..................................................................................................99 AULA
11
–
Brasil
colônia:
economia
e
sociedade
açucareira...........................................................................................110 AULA 12 – Brasil colônia: escravidão e administração.........121
2
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Página de referência: 174
Ruínas
do
Templo
de
Poseidon,
na
Grécia, 2015. 1. Formação da Grécia antiga • Origens da civilização grega. • Os tempos homéricos (séculos XII a.C. – VII a.C.). • Epopeias:
Ilíada,
Odisseia
e
a
identidade grega. Escultura de bronze de mulher espartana, século VI a.c.
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3
Página de referência: 175
2. Período Arcaico (séculos VIII a.C. – VI a.C.) • As pólis e o processo de colonização. • Atenas: formação e características da democracia. • O conceito de participação política. • Esparta: sociedade e militarização. 3. Período Clássico (V a.C. – IV a.C.) • Guerras Médicas e o apogeu da democracia ateniense. • O papel do teatro e dos Jogos Olímpicos na cultura grega. • Democracia: inclusão e exclusão. • Guerra do Peloponeso: a fragilização das cidades. 4. Período Helenístico (III a.C. – II a.C.) • A difusão da cultura grega e as relações com a cultura oriental.
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Em classe Página de referência: 176
1. 1. Leia o texto a seguir, que aborda as transformações políticas ocorridas nas pólis gregas: A luta contra a aristocracia representou uma crise fundamental e fundadora para a comunidade das cidadesestado. [...] seu resultado foi claro: a quebra do exclusivismo aristocrático e a abertura do espaço político que consolidou a existência das cidades como comunidades coesas. Os efeitos [...] desse processo foram a garantia da liberdade individual dos membros da comunidade; a publicação de leis escritas; a abertura dos espaços públicos [...]. GUARINELLO, Norberto Luiz. Cidade-estado na Antiguidade Clássica. In: Pinsky, J.; Pinsky, C. B. (Org.). História da cidadania. São Paulo: Contexto, 2008. p. 39.
O contexto histórico, que favoreceu as transformações citadas no texto, estava relacionado: d) ao desenvolvimento do comércio através do mediterrâneo com a ampliação de circulação de pessoas, bens e ideias. e) ao desenvolvimento da circulação de mercadorias pelo mediterrâneo, que favoreceu o surgimento das cidadesEstado.
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Página de referência: 176
2. (Enem)
O que implica o sistema da pólis é uma extraordinária preeminência
da
palavra
sobre
todos
os
outros
instrumentos do poder. A palavra constitui o debate contraditório, a discussão, a argumentação e a polêmica. Torna-se a regra do jogo intelectual, assim como do jogo político. VERNANT, J. P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Bertrand, 1992. Adaptado. Na configuração política da democracia grega, em especial a ateniense, a ágora tinha por função: c) constituir o lugar onde o corpo de cidadãos se reunia para deliberar sobre as questões da comunidade. d) reunir os exercícios para decidir em assembleias fechadas os rumos a serem tomados em caso de guerra.
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Página de referência: 234
As origens da civilização grega remontam à ilha de Creta, a maior da Grécia atualmente. Os cretenses formaram uma civilização centrada no palácio e na cidade. Em torno de 2000 a.C., tribos indo-europeias rumaram em direção à região grega. Ali, em contato com a civilização cretense, esses povos formaram a civilização micênica.
A civilização micênica atingiu seu apogeu no período de 1400 a.C. a 1230 a.C. Por volta de 1150 a.C., desintegrou-se, em razão da tomada de Creta e de outros territórios sob o domínio micênico pelos dórios. Dos micênicos, a civilização grega herdou as crenças religiosas, agricultura,
a
a cerâmica, a metalurgia, a
língua
e
um
código
de
honra,
imortalizado nas epopeias de Homero. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br
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Página de referência: 235
Ruínas da antiga cidade grega de Micenas, Grécia, 2014.
O Período Homérico (séculos XII a.C. – VIII a.C.) De aproximadamente 1200 a.C. a 800 a.C., o mundo grego passou por uma etapa de intensa ruralização. Boa parte das cidades foram incendiadas e transformadas em aldeias após a invasão dória. Na Grécia, os homens viviam em genos, ou comunidades gentílicas, entendidas como uma extensa família que vivia sob a autoridade de um único chefe.
Em Havia
núcleo se organizava o
servidores e escravos,
oikos, unidade econômica
que
dos
que compreendia terras,
domésticos,
casas, ferramentas, armas
cuidavam
afazeres
campos
rebanhos.
8
desse
os
dos
ainda
torno
e
dos
e gado e da qual dependia a sobrevivência do grupo.
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Página de referência: 235
O Período Arcaico (séculos VIII a.C. – VI a.C.) A formação das cidades-Estado Após o século VIII a.C., tornou-se cada vez mais difícil encontrar terras disponíveis para o cultivo, o que estimulou o renascimento da vida urbana.
Pouco a pouco, surgiram unidades políticas e administrativas autônomas — as cidades-Estado — definidas como pólis. Uma das formas de combater a escassez de terras férteis e a pobreza da população em crescimento foi a colonização. As pólis gregas estabeleceram colônias na Sicília e no sul da Itália, nas ilhas do mar Egeu e no Oriente, no litoral da Ásia Menor e do mar Negro.
Vista das ruínas da Acrópole de Ágora (século V a.C.), em Atenas, Grécia.
Esparta: um Estado fortificado Esparta foi colonizada pelos gregos de origem dória, de forte tradição guerreira. Esparta conquistava cidades e conservava os povos conquistados como “servos do Estado” ou hilotas, que desempenhavam o trabalho agrícola.
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Página de referência: 237
✓ Os espartanos eram treinados nas artes da guerra e doutrinados para servir o Estado desde os 7 anos de idade. ✓ Esparta adotou leis rígidas contando com a existência da Gerúsia — responsável pelas principais decisões da cidade. ✓ Na sociedade espartana, a mulher era valorizada como mãe dos futuros guerreiros, portanto podiam realizar trabalhos “administrativos”.
Escultura atleta
de
uma
espartana
(corredora), de 550 a.C. – 540 a.C.
Atenas: mudanças políticas Situada próximo ao litoral da península da Ática, Atenas liderava o comércio entre os gregos, que gerava enormes riquezas. A monarquia centralizada foi a primeira forma de governo adotada na região. Durante o século VIII a.C., os aristocratas, ricos e donos de terras, usurparam o poder dos monarcas hereditários e formaram as oligarquias.
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Página de referência: 238
A expansão pelo mar Mediterrâneo A escassez de terras férteis para sustentar a população em crescimento havia se tornado um grande problema para as cidades gregas. Por isso, Atenas estabeleceu colônias no Ocidente e no Oriente. Rumo à democracia Em 594 a.C., os aristocratas nomearam Sólon como chefe executivo. Ele limitou o tamanho das propriedades, pôs fim à escravidão por dívidas e concedeu a todos o direito de participar da Assembleia de cidadãos. Sólon deu início à transformação da política ateniense, até então uma oligarquia aristocrática, que levaria à democracia.
No início do século V a.C., a Grécia teve que lutar contra os persas, que tentavam controlar a região, episódio histórico conhecido como Guerras Médicas.
Atenas, assumiu a liderança da Liga e, graças à sua força naval, expulsou os persas do mar Egeu.
Com isso, a maior parte das cidades-Estado se uniu para
defender
sua
independência e organizou uma confederação — a Liga de Delos. c
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Página de referência: 239
O apogeu ateniense O Estado ateniense se tornou uma democracia direta, em que as leis eram feitas pelos próprios cidadãos, e não por representantes eleitos. No entanto, a democracia ateniense era limitada: • os aristocratas continuaram a dominar a vida política durante a maior parte do século V a.C; • os escravos não desfrutavam de nenhuma das liberdades que os atenienses tanto prezavam; • as mulheres não possuíam autonomia na sociedade ateniense.
Vaso grego do século VI a.C. retrata mulheres recolhendo água para uso doméstico. A fonte
era
um
local
de
sociabilidade para as mulheres atenienses.
A Guerra do Peloponeso A Guerra do Peloponeso foi um conflito entre Atenas e Esparta, no século V a.C., pela disputa do domínio da Grécia Antiga.
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Página de referência: 241
A guerra durou aproximadamente anos e para
o
foi
30
decisiva
fim
da
Era
Clássica grega. A
guerra
foi
vencida por Esparta, mas seu domínio sobre a Grécia não durou muito tempo. Os não
espartanos conseguiram
impedir a invasão dos macedônicos, liderados por Filipe II.
Muitas das contribuições culturais dos gregos antigos chegaram até nós por intermédio de outro povo: o macedônico. Alexandre, o Grande, um dos grandes imperadores
macedônios,
ambicionava
conquistar todo o Império Persa. Em 334 a.C., conquistou a Ásia Menor. Após a conquista, Alexandre marchou contra a Síria e derrotou o exército persa.
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Página de referência: 242
No Egito, em reconhecimento por terem sido libertados do jugo persa, os egípcios fizeram Alexandre faraó e ali ele fundou uma nova cidade, Alexandria.
O império construído
A morte precoce
pelas vitórias do exército
de Alexandre, em 323
de Alexandre se estendia da
a.C., pôs fim ao curto
Grécia à Índia, aproximando
período
Ocidente e Oriente e dando
política
início a uma nova era.
estabelecera.
de
unidade
que
ele
Em meados do século II a.C., boa parte das regiões dominadas por Alexandre já estava subjugada por Roma, um império em ascensão no Ocidente.
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atividades 1. Em torno de 2000 a.C., tribos indo-europeias rumaram em direção à região grega. Ali, em contato com a civilização cretense, esses povos formaram a _________________: (
) civilização micênica.
(
) civilização maia.
2. O renascimento da vida urbana levou ao surgimento de: (
) Pequenas aldeias que viviam da agricultura.
(
)
unidades
políticas
e
administrativas
autônomas,
definidas como pólis. 3. Complete corretamente:
colonização – pobreza – escassez
Uma
das
formas
de
combater
a
___________________________________________________________________ de
terras
férteis
e
a
___________________________________________________________________ da
população
em
crescimento
foi
a
___________________________________________________________________.
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4. Durante o século VIII a.C., os aristocratas, ricos e donos de terras, usurparam o poder dos monarcas hereditários e formaram as:
Oligarquias (
Aristocracias
)
(
)
5. ____________________ deu início à transformação da política ateniense, até então uma oligarquia aristocrática, que levaria à democracia.
(
) Sólon.
(
) Alexandre, o Grande.
6. A Guerra do Peloponeso foi um conflito entre: (
) Atenas e Esparta.
(
) Creta e Sardes.
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Página de referência: 177
Ruína
do
Canopo, na Vila Adriana,
Itália,
2013. 1. A construção do modelo republicano • A transição da Monarquia para a República. • As lutas sociais da plebe. • O modelo romano de cidadania. 2. O papel das conquistas • As conquistas e a instituição do latifúndio escravocrata. • A marginalização da plebe e a luta pela reforma agrária. • As transformações associadas às conquistas e a crise na República.
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17
Página de referência: 178
3. O Alto Império Romano (séculos I a.C. -III d.C.) • A concentração de poderes e a submissão do Senado aos imperadores. • O papel das obras públicas na afirmação do poder de Roma. • O “pão e circo” como política de Estado. 4. Baixo Império Romano (séculos III d.C.-V d.C.) • A crise do modelo escravista e o enfraquecimento do Estado. • A fragilização do exército e as “invasões bárbaras”. • O processo de ruralização e a afirmação do cristianismo.
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Em classe Página de referência: 178
1. A história militar da Roma antiga é fartamente documentada. O grego Políbio (203 a.C.-120 a.C.), que conviveu com as elites patrícias romanas, escreveu sobre as diferenças militares entre romanos e cartagineses nas Guerras Púnicas: Consequentemente, mesmo quando de início sofrem um revés, os romanos se reabilitam da derrota com uma vitória final, ao passo que, com os cartagineses, acontece o contrário. Os romanos, combatendo por sua pátria e por seus filhos, nunca podem deixar arrefecer o seu ardor marcial, e lutam continuamente com todo o seu ânimo até sobrepujar o inimigo. SILVA, Francisco Carlos Teixeira da. Impérios na História. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. p. 22.
marcial: relativo à guerra.
No texto, Políbio assume uma posição: b) de neutralidade no embate envolvendo os modelos romano e cartaginês. c) a favor dos romanos, por sua capacidade de se recompor após uma derrota.
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19
Página de referência: 179
2. O relevo em marfim é do imperador Honório (395-423), que governou Roma no Baixo Império. Ele aparece em trajes militares, carregando um estandarte na mão direita em que está escrito “Em nome de Cristo vencerás sempre”.
Relevo
de
marfim
do
imperador
Honório, século V a.C.
Neste relevo: a) os trajes militares querem ressaltar o quanto, apesar da crise política, o exército mantinha-se forte. b) o estandarte cristão é evidência do estreitamento de relações entre Estado e o cristianismo em meio à crise.
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Página de referência: 255
Entre as explicações para o surgimento da cidade de Roma, a que mais se destacou foi a mitológica.
Recém-nascidos, os gêmeos Rômulo e Remo, gerados
por
Marte,
o
deus da guerra,
foram
abandonados à margem do rio Tibre para que as águas os levassem. No entanto, acabaram sendo salvos e criados por uma loba. Em 753 a.C., ambos teriam consultado os deuses, que escolheram Rômulo para fundar a cidade.
Relevo representando o mito dos irmãos Rômulo e Remo, na imagem, alimentados pela loba que os teria criado.
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21
Página de referência: 256
Entre
os
romanos,
os
patrícios
formavam
uma
aristocracia de proprietários de terras que mantinham o monopólio dos cargos públicos e religiosos. excluídos da participação política. Havia também os escravos domésticos, mas a maior parte da população era formada por plebeus, em sua maioria camponeses livres e de poucas posses.
Roma tornou-se uma República em fins do século VI a.C., quando os patrícios derrubaram o último rei etrusco. Os patrícios eram a aristocracia romana, que possuía a maior parte das terras e dominava o exército. Essa elite queria evitar que o poder voltasse a se concentrar nas mãos de uma única pessoa, optando, assim, pelo regime republicano.
Os
plebeus
se
organizaram para lutar
Nascia
assim
uma
por
melhores
república aristocrática. Os
condições
e,
após
chefes de governo eram
reivindicações,
dois cônsules de origem
conquistaram direitos
patrícia que comandavam o
de
exército,
muitas
participação
política, controle
mas do
o poder
jamais saiu das mãos da
enquanto
plebeus marginalizados decisões políticas.
elite patrícia.
22
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os eram das
Página de referência: 257
O nascimento do Direito Romano No início da República, a religião era usada para legitimar o poder dos patrícios. Aos poucos, os romanos diminuíram as ligações entre religião e política, e suas leis passaram a ser resultado de discussões, como na Grécia.
As conquistas romanas Roma conquistou os povos da península itálica e a vitória nas chamadas Guerras Púnicas, o que permitiu-lhe assumir o controle do mar mediterrâneo.
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23
Página de referência: 258
A escravidão Com a expansão territorial, os conquistadores romanos levaram para a península Itálica centenas de milhares de prisioneiros de guerra, de todas as partes de seu Império.
Os
escravos
trabalhavam artesãos,
criados
domésticos maior
como e,
em
número,
na
agricultura
e
na
mineração.
A crise da República O êxodo rural Com a escravidão, os camponeses deixavam de ser necessários às grandes propriedades. Eles abandonavam suas terras
e
iam
para
Roma,
fazendo
a
cidade
crescer
incontrolavelmente.
Esses
antigos
agricultores
passaram a fazer parte de um grande grupo de marginais urbanos.
24
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Página de referência: 259
Reforma agrária e crise política Em 133 a.C., Tibério Graco (163 a.C.-133 a.C.) propôs uma reforma agrária em Roma. A ideia era resolver o problema da plebe marginalizada sem-terra aplicando uma lei que proibia a qualquer pessoa usar mais de 125 hectares de terra pertencentes ao Estado.
Roma
então numa
A elite patrícia se opôs
violência
radicalmente ao projeto,
mergulhou era
de
política, que levou
pois
ao
propriedades.
fim
da
ele
ameaçava
suas
República. A passagem da República para o Império Em meio à crise política, uma aliança entre setores da elite levou à criação do Primeiro Triunvirato (governo de três pessoas)
em
60
a.C.
Júlio
César,
Pompeu
e
Crasso
estabeleceram um compromisso mútuo de divisão do poder.
César ganhou destaque ao vencer, em 52 a.C., a campanha na Gália e tornou-se ditador.
Temendo o fim do poder senatorial, um grupo de aristocratas assassinou César. Roma formou um novo Triunvirato composto por Otávio (filho adotivo de César), que logo se tornou a figura central do Império, ocasionando o fim da República. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br
25
Página de referência: 260
Estátua em mármore de Otávio
Augusto,
primeiro
o
imperador
romano, 63 a.C., Itália. Ele é um modelo de como os imperadores queriam ser vistos.
Otávio organizou uma ampla rede administrativa, que logo se converteria na elite do Império. A fim de garantir os privilégios e anseios das elites, Otávio e os demais imperadores
mantiveram
a
política
de
expansão territorial como garantia da conquista de novas terras e escravos.
O Coliseu tornou-se, ao longo da História, o grande símbolo da Roma antiga. Com mais de
50
altura,
metros ele
de é
considerado um dos maiores
edifícios
todo o mundo.
26
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de
Página de referência: 263
Os romanos não se preocuparam em desenvolver técnicas que fomentassem a produção e contrabalançassem a queda do número de escravos. Isso fez com que comércio entrasse em declínio, gerando uma crise do Estado e instabilidade política.
Aproveitando-se
dessa
fragilidade, os godos, que pertenciam a tribos germânicas, realizaram as chamadas “invasões bárbaras”.
A partir do século I, sucessivos governos buscaram se aproximar dos chefes germânicos. Em troca de pagamento em dinheiro, esses chefes se comprometiam a defender o Império Romano de invasores com seus aparatos militares. A ruralização Empobrecidos pela crise econômica e com medo das invasões germânicas, muitos moradores de cidades se mudaram para o campo em busca de abrigo e trabalho. As cidades se esvaziaram e a Europa viveu um processo de ruralização.
Os pobres que foram para o campo passaram a trabalhar para os grandes proprietários na condição de colonos. O colono cultivava um pedaço de terra e ganhava uma parte da colheita como pagamento.
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27
Página de referência: 265
Difusão e triunfo do cristianismo Tão vagarosamente quanto a crise que o destruía, crescia no interior do Império uma nova religião de origem oriental: o cristianismo.
Os pobres, os marginalizados e os escravos foram atraídos pela preocupação de Jesus Cristo com a humanidade sofredora.
Na tentativa de acabarem com a nova religião, os imperadores
recorreram
à
perseguição
sistemática.
Os
cristãos foram detidos, espancados, privados de alimento, queimados vivos, estraçalhados por animais ferozes na arena e crucificados. Incapazes
de
esmagar
o
cristianismo pela perseguição, os imperadores romanos acabaram incorporando-o. Constantino,
No
ano
atraído
313, pelo
cristianismo, promulgou o Edito de Milão.
No ano de 380, Teodósio fez do cristianismo a religião oficial do Império Romano e, em 391, declarou ilegal o culto aos deuses pagãos. Além disso, por meio da oficialização do cristianismo, Teodósio se tornou chefe da Igreja.
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atividades
1. Entre as explicações para o surgimento da cidade de Roma, a que mais se destacou foi a _____________________. (
) Geográfica.
(
) Mitológica.
2. Entre os romanos, os patrícios eram: (
) camponeses livres e de poucas posses.
(
) uma aristocracia de proprietários de terras.
3. Complete corretamente:
colonização – pobreza – escassez
Com a expansão _________________________________________________, os
conquistadores
___________________________________________________________________ levaram para a península Itálica centenas de milhares de ___________________________________________________________________ de guerra, de todas as partes de seu Império.
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4. Qual foi a proposta de Tibério Graco para resolver o problema da plebe marginalizada em Roma? (
) Uma reforma agrária.
(
) Uma reforma trabalhista.
5. A crise do Estado romano e a instabilidade política: (
) facilitou as chamadas “invasões bárbaras”.
(
) ampliou o processo de urbanização das cidades.
6. Qual o grande símbolo da Roma antiga?
(
) o Coliseu.
7. No
ano
(
313,
) a Estátua da Liberdade.
__________________________,
atraído
cristianismo, promulgou o Edito de Milão. (
) Teodósio.
(
) Constantino
30
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pelo
Página de referência: 180
Vista interna da Catedral de Santa
Sofia,
Turquia,
em
Istambul,
construída
532-537
pelo
entre Império
Bizantino.
1. O islamismo • A construção da religião muçulmana. • A
expansão
islâmica
e
as
interações
com
outras
sociedades. • A importância do islamismo na produção cultural medieval. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br
31
Página de referência: 181
2. Europa ocidental: reinos bárbaro-cristãos • O processo de fragmentação do poder político. • A estruturação da Igreja católica e suas relações com os monarcas medievais. 3. O feudalismo • Os papéis da Igreja na sociedade e na cultura medieval. • As estruturas da servidão medieval. • A suserania e a vassalagem e a fragmentação do poder político.
32
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Em classe
Página de referência: 181
1. Leia o texto sobre as relações do islamismo com o Ocidente:
[...] o Islã não é o outro, o oposto do Ocidente. Pelo contrário, na Idade Média mesmo, monges cristãos buscavam as grandes mesquitas do Islã para estudar. [...] A lista de proximidades e influências poderia se estender indefinidamente. Mas ela só serve para nos lembrar que o Islã não é o outro estranho, é um antepassado e um parente, pois a influência do Ocidente sobre ele é igualmente grande. SILVA, Kalina Varderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto. p. 245.
A partir do texto, e do contexto do desenvolvimento do islamismo na Idade Média, é possível afirmar que: a) as heranças judaico-cristãs servem de argumento do quanto o islã é um “parente” do Ocidente. b) o desenvolvimento cultural islâmico é um produto da proximidade com a cultura ocidental.
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33
Página de referência: 182
2.
Iluminura
de
manuscrito
do
século IX.
No livro História da vida privada, organizado pelos historiadores Philippe Ariès e Georges Duby, é possível ler a seguinte legenda para essa imagem: Manuscrito, século IX. O imperador Carlos Magno e seu filho Pepino [...]. Os dois comandam um tribunal com o bastão da justiça na mão e a espada ao lado. Abaixo deles um clérigo, com o cálamo [instrumento usado para escrever] numa das mãos e a faca de apontar na outra, apressa-se a anotar seu julgamento sob ditado diante de exemplar aberto da lei. No contexto da Alta Idade Média, é possível afirmar que imagem e legenda ilustram: a) a submissão da Igreja ao Estado durante a Alta Idade Média europeia. b) a importância da aliança com a Igreja na afirmação do poder dos monarcas. 34
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Página de referência: 272
Origens Ao redor do mar Mediterrâneo, marcadas por uma forte influência
da
cultura
greco-romana,
surgiram
três
importantes civilizações: • a cristã ocidental; • a islâmica; • e a bizantina. A formação da religião islâmica tem início no século VII. Na região desértica da península Arábica viviam beduínos nômades que disputavam rotas comerciais e fontes de água. A cidade mais importante da região era Meca, por estar situada numa encruzilhada de caminhos que levavam ao Egito, à Síria e à Mesopotâmia.
O profeta Maomé Maomé nasceu por volta de 570, em Meca, um próspero centro comercial na península Arábica. Certa manhã, ao acordar, teria se deparado com um anjo que lhe disse: “Maomé, és o mensageiro de Alá e eu sou Gabriel”. E revelou a existência de um único deus, Alá. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br
35
Página de referência: 273
Ao afirmar um modelo religioso monoteísta, Maomé enfrentou a oposição dos governantes de Meca, pois atacava as crenças tradicionais.
Ele deslocou-se para a cidade A ida para
vizinha de Medina em 622, levando
Medina ajudou a
cerca de 300 seguidores. Essa data
construir
um
foi adotada como o ponto de partida
Estado
do calendário muçulmano e ficou
muçulmano.
conhecida como Hégira.
As bases do islamismo O islã exige o cumprimento dos seguintes preceitos: ✓ crer em um único deus, Alá; ✓ orar cinco vezes ao dia, com a cabeça voltada em direção a Meca; ✓ praticar a caridade; ✓ jejuar no Ramadã; ✓ e fazer a peregrinação à cidade santa ao menos uma vez na vida.
Arco
árabe
no
Palácio de Pena, em Portugal. Foto de 2015.
36
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Página de referência: 274
A expansão muçulmana Os sucessores de Maomé, chamados califas (líderes político-religiosos), levaram o islã a outros territórios. Em menos de 100 anos o islã se tornou a religião de toda a costa sul e leste do Mediterrâneo.
Como consequência de tantas conquistas, a civilização árabe viveu seu apogeu. Ela sintetizou, criativamente, as tradições culturais árabe, bizantina, persa, indiana e grega.
Da fragmentação europeia provocada pela queda de Roma, surgiu uma civilização com tradições germânicas e visão cristã.
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37
Página de referência: 275
Nos séculos V e VI, os invasores germânicos fundaram reinos em diversas regiões antes dominadas pelos romanos no norte da África, península Itálica, península Ibérica, Gália e Bretanha. Os povos germânicos prestavam fidelidade aos parentes e a um chefe tribal, e não a um Estado que governava cidadãos de muitas
nacionalidades.
Enquanto
isso,
a
ruralização
acelerava-se e as atividades comerciais das cidades se enfraqueciam. O Império Bizantino O Império Bizantino foi uma das principais civilizações da época medieval. Sua capital, Constantinopla, queria ser “a nova Roma”, e seu imperador usaria sempre o título de imperador dos romanos. A religião era cristã, sua cultura, marcadamente grega, e a máquina administrativa foi herdada da Roma antiga.
38
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Página de referência: 276
Após alguns séculos, o Império Bizantino entrou em declínio. Entre os fatores desagregadores, encontravam-se:
as disputas internas pelo poder político
e
a
expansão
muçulmana sobre as terras bizantinas.
Em 1453, a cidade foi tomada pelos turco-otomanos conduzidos pelo sultão Maomé II. Era o fim do Império Bizantino, marco histórico escolhido para o fim da Idade Média. O reino dos francos Em 496, Clóvis, um dos primeiros reis francos, converteuse ao cristianismo romano, aliando-se à Igreja. Ao adotar o cristianismo romano, o rei franco auxiliou o papado no combate às heresias — interpretações do cristianismo das quais a Igreja discordava e buscava rechaçá-las.
Clóvis convertido
sendo ao
cristianismo.
A síntese romano-germânica foi se solidificando por meio da aliança entre os francos e o papado. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br
39
Página de referência: 277
Em 768, subiu ao trono Carlos Magno, que, por meio de uma política de anexações, ampliou as fronteiras do Estado e as áreas de influência da Igreja. O Império Carolíngio O Império de Carlos Magno representava a ideia de um Império cristão universal. Porém, sua morte fez com que o Império começasse a declinar.
O Império Franco foi dividido pelo Tratado de Verdun (843). A divisão abalou muito a autoridade do poder central, e os grandes proprietários rurais passaram a dominar cada vez mais no âmbito local. A Europa ingressou numa era na qual a unidade essencial de governo não era o reino. O poder político era propriedade dos senhores locais. 40
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Página de referência: 278
Politicamente marcada pelo poder local dos nobres e pelo poder universal da Igreja, o feudalismo apresentou diversos elementos: • a importância dada à terra e às atividades agrícolas; • a baixa mobilidade social; • a importância das relações pessoais; • a fragmentação política; • a importância da religiosidade cristã e da instituição Igreja.
Cidade
medieval
francesa
de
Carcassonne, cercada muralhas
por e
com
castelo ao fundo.
A economia A ruralização contribuiu para o desenvolvimento de uma economia baseada na produção agrícola. A unidade produtiva, chamada de feudo, buscava satisfazer as necessidades de seu próprio
consumo,
representando
o
fim
das
atividades
comerciais.
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41
Página de referência: 279
Na sociedade feudal existiam três ordens, que tinham funções específicas: • os que oravam pela salvação de todos (clero), • os que lutavam pela proteção da sociedade (nobreza) • e os que trabalhavam para alimentar a todos (principalmente servos). As relações sociais entre senhores
Suserano ou
vassalo
senhor
Era aquele que doava um
Era aquele que recebia
feudo.
um feudo.
Em caso de guerra ou invasão, o rei acionava os seus vassalos para proteger seus territórios, mobilizando um vasto contingente de militares e exércitos. Os trabalhadores A mão de obra predominante nas atividades agrícolas medievais era a do servo, que, diferentemente do escravo na Roma antiga, tinha reconhecida sua condição humana. O servo estava vinculado à terra e trabalhava nas três partes em que se encontravam divididas as terras do senhor feudal. 42
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Página de referência: 280
Ilustração medieval do século XV que mostra a colheita de frutos por servos, a qual é oferecida ao rei, sentado do lado esquerdo.
Os sacerdotes O poder acumulado pela Igreja durante o lento processo de desestruturação da sociedade romana e início da Idade Média conferiu à instituição posição central na sociedade feudal.
Além do poder político, as terras acumuladas
nas
alianças
com
os
imperadores romanos e reis medievais davam à Igreja católica enorme poder econômico.
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43
atividades 1. A formação da religião ______________________________ tem início no século VII. Na região desértica da península Arábica viviam beduínos nômades que disputavam rotas comerciais e fontes de água.
cristã (
islâmica
)
(
)
2. Uma das bases do islamismo é: (
) crer em vários deuses.
(
) crer em um único deus, Alá.
3. Assinale com verdadeiro (V) ou falso (F) os fatores que levaram o Império Bizantino ao declínio, (
) disputas internas pelo poder político.
(
) a revolta de camponeses e senhores feudais.
(
) a expansão muçulmana sobre as terras bizantinas.
4. Em 1453, a cidade foi tomada pelos turco-otomanos conduzidos pelo sultão Maomé II. Era o fim do Império Bizantino, marco histórico escolhido para o: (
44
) fim da Idade Média.
(
) início da Idade Média.
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5. Assinale com verdadeiro (V) ou falso (F), as informações sobre o feudalismo. (
) Pouca importância dada à terra e às atividades agrícolas.
(
) Baixa mobilidade social.
(
) Centralização política.
(
) A importância da religiosidade cristã.
6. Relacione corretamente:
Suserano
Era
ou senhor
recebia um feudo.
Era vassalo
aquele
aquele
que
que
doava um feudo.
7. A mão de obra predominante nas atividades agrícolas medievais era a do _____________. (
) Escravo.
(
) Servo.
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45
Página de referência: 183
Batalha entre cruzados e muçulmanos, século XIV.
1. As Cruzadas • O movimento cruzadista e a religiosidade medieval. • As relações econômicas e culturais entre as Cruzadas e a sociedade europeia. 2. O Renascimento comercial e urbano
46
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Página de referência: 184
• O papel da expansão comercial nas alterações das estruturas medievais. • O processo de urbanização e a nova organização social.
Iluminura do século XV representa a conquista de Constantinopla pela Quarta Cruzada, em 1204.
3. A formação das monarquias nacionais • As relações entre a expansão comercial e as monarquias europeias. • Os novos papéis assumidos pela nobreza. • As relações entre as monarquias e a religião cristã. 4. As crises do final da Idade Média • Crise do século XIV. • Crise do século XV e expansão marítima.
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47
Página de referência: 185
Em classe 1. A respeito da visão árabe sobre as Cruzadas, leia o texto a seguir: [...] o mundo árabe não pode resolver-se a considerar as Cruzadas como um simples episódio de um
passado
remoto.
Muitas
vezes
nos
surpreendemos ao descobrir a que ponto a atitude dos árabes, e dos muçulmanos em geral, com relação ao Ocidente continua influenciada ainda hoje por acontecimentos que se considera terem encontrado o seu término há sete séculos. MAALOUF, Amin. As Cruzadas vistas pelos árabes. 3. ed. São Paulo: Brasiliense, 1988. p. 244.
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Página de referência: 185
A atitude árabe em relação às Cruzadas, referida no texto, justifica-se: b) em função da ausência de influência nas atividades comerciais em Constantinopla e regiões africanas. c) pela diminuição de sua importância junto às economias que gravitavam em torno do mar Mediterrâneo. 2. (Enem) No início foram as cidades. O intelectual da Idade Média – no Ocidente – nasceu com elas. Foi com o desenvolvimento urbano ligado às funções comercial e industrial – digamos modestamente artesanal – que ele apareceu, como um desses homens de ofício que se instalavam nas cidades nas quais se impôs a divisão do trabalho. Um homem cujo ofício é escrever ou ensinar, e de preferência as duas coisas a um só tempo, um homem que, profissionalmente, tem uma atividade de professor e erudito, em resumo, um intelectual – esse homem só aparecerá com as cidades. LE GOFF, J. Os intelectuais na Idade Média. Rio de Janeiro: José Olympio, 2010. O surgimento da categoria mencionada no período em destaque no texto evidencia o(a): a) apoio dado pela Igreja ao trabalho abstrato. b) relação entre desenvolvimento urbano e divisão de trabalho. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br
49
Página de referência: 287
Para
muitos
cristãos,
uma
prova
de
determinação
religiosa era visitar a Palestina (local em que Jesus nasceu), sob domínio muçulmano desde o século VII.
Promover a invasão do Oriente por meio de expedições militares — logo chamadas de Cruzadas — tinha por objetivo tirar Jerusalém das mãos dos muçulmanos. Motivações das Cruzadas Entre os séculos XI e XIII, além da questão religiosa, uma série de outras motivações ampliou a peregrinação em direção à Terra Santa. O crescimento da população na Europa gerou problemas para abastecer a população, então, camadas empobrecidas e marginalizadas de homens da pequena nobreza lançaram-se em direção ao Oriente em busca de algo mais além da salvação da alma: melhorar sua situação econômica. Ilustração representando
a
Batalha de Hattin, entre o reino dos cruzados
e
forças curdas.
50
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as
Página de referência: 289
Saldo das Cruzadas Ao todo foram realizadas oito Cruzadas oficiais. O estabelecimento
cristão
em
Jerusalém
fracassara.
Os
muçulmanos, por sua vez, ficaram enfraquecido com a guerra. As Cruzadas foram um dos principais fatores a estimular o Renascimento comercial da Baixa Idade Média. Acelerou-se o crescimento das cidades e seus centros comerciais: era o renascimento urbano.
Entre os séculos XI e XIII, a expansão da produção agrícola, a diminuição dos conflitos internos e o crescimento demográfico
impulsionaram
o
aumento
das
atividades
comerciais.
As rotas comerciais, que se ampliavam cada vez mais, fizeram com que as mercadorias fossem distribuídas pelo interior
da
Europa,
desenvolvendo-se
uma
classe
de
mercadores que passou a atuar em todo o continente.
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51
Página de referência: 291
A ascensão das cidades Ao longo das rotas de comércio multiplicaram-se os centros urbanos. Ganhavam corpo aglomerações cada
vez
chamados
mais
importantes,
burgos.
Os
os
burgos
ampliaram lentamente sua população até transformarem-se em cidades. A ampliação da oferta de alimentos, graças à melhoria das técnicas agrícolas, significava a geração de excedentes para abastecer as cidades. Os habitantes dos burgos eram chamados de burgueses, porém a palavra “burguês” logo passou a ser sinônimo de comerciante, reflexo da principal atividade desenvolvida nos novos centros. 52
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Página de referência: 295
A busca por proteção As cidades medievais eram protegidas contra ataques externos por muralhas altas e grossas. Cobrindo áreas pequenas, essas cidades muradas contavam com um excesso de moradores. Cidade
de
Florença, na Itália, em
imagem
século paisagem
XV.
do Na
urbana,
destaca-se a cidade comprimida dentro de
uma
que
muralha, também
abrigava o castelo e a igreja.
As transformações ocorridas entre os séculos XI e XIV impulsionaram
o
fortalecimento
do
poder
real,
particularmente na França, Inglaterra e península Ibérica.
Organizando a administração e assumindo o controle sobre a cunhagem de moedas, o poder dos grandes senhores e suas cortes foi lentamente ganhando contornos mais claros — gradativamente, formavam-se as monarquias.
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53
Página de referência: 296
A trajetória da monarquia inglesa Em 1066, o rei Guilherme I, o Conquistador, empreendeu a conquista normanda da Inglaterra, lançando as bases da monarquia nacional inglesa. O monarca passou a cobrar pesados tributos dos nobres, que se rebelaram e promulgaram a Magna Carta, que limitava fortemente a atuação do monarca, tornando-se lei na Inglaterra.
No As
disputas
acabaram
com
só a
ascensão de Henrique VII
(1457-1509)
ao
trono inglês, dando início à dinastia Tudor e unificando o país.
século
XIV,
um
importante conflito interno beneficiou
a
ampliação
do
poder real. A nobreza inglesa se
dividiu
na
disputa
pela
sucessão do trono em um conflito denominado Guerra das Duas Rosas (1455-1489).
Crise do século XIV Uma crise emergiu na Europa no século XIV: más colheitas, fome,
declínio
populacional,
doenças,
produção, desemprego, inflação,
estagnação
da
guerras devastadoras,
abandono de aldeias e rebeliões violentas nas cidades e nos campos.
54
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Página de referência: 297
A peste negra A peste bubônica, que ficou historicamente registrada como a peste negra, alastrou-se rapidamente por grande parte da Europa no século XIV.
Iluminura medieval representando peste
negra
Tournai,
a em
Bélgica,
1349.
Transmitida por meio da pulga do rato urbano, a doença se espalhou rapidamente, devastando mais de um terço da população europeia da época. Para muitos, a epidemia era um castigo divino. As rebeliões camponesas Os milhões de mortes resultantes da peste negra reduziram a produção de alimentos e mercadorias, e alguns preços dispararam.
Quando o valor da terra caiu e a renda agrícola diminuiu, os nobres tentaram lançar sobre os camponeses o peso da crise, o que gerou diversas revoltas e rebeliões entre os camponeses.
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55
Página de referência: 298
A Guerra dos Cem Anos (1337-1453) a Guerra dos Cem Anos (1337-1453), se deu entre França e Inglaterra, envolvendo questões sucessórias e o domínio da rica região de Flandres. A guerra contribuiu para acelerar a unidade nacional tanto entre os franceses como entre os ingleses, além de estimular a fidelidade ao rei. Crise do século XV e a expansão marítima A crise mercantil no continente europeu trouxe a necessidade de expansão comercial para fora da Europa. A forma
encontrada
para
superar
os
impedimentos
ao
crescimento do comércio foi a expansão dos negócios por meio de novas rotas marítimas.
56
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atividades
1. Qual era o principal objetivo das Cruzadas? (
) punir os cavaleiros cristãos que desobedeciam a Igreja.
(
) tirar Jerusalém das mãos dos muçulmanos.
2. Complete:
comercial – urbano – Cruzadas
As ________________________________________________________________ foram um dos principais fatores a estimular o renascimento ___________________________________________________________________ da Baixa Idade Média. Acelerou-se o crescimento das cidades e seus
centros
comerciais:
era
o
renascimento
___________________________________________________________________.
3. Os habitantes dos burgos eram chamados de: (
) burgueses.
(
) vassalos.
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4. O processo de formação dos Estados Nacionais na Idade Moderna encontra-se associado: (
) à centralização de poderes nas mãos do monarca.
(
) ao fim das guerras religiosas.
5. Observe a imagem.
A Europa do século XIV foi marcada por desgraças e tragédias. O maior resultado desses problemas foi a crise do feudalismo e do regime senhorial. Assinale as principais tragédias e desgraças a que se referem a imagem e as informações anteriores.
(
) A fome, a peste negra e as guerras.
(
) a crise política e econômica e as invasões bárbaras.
58
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Página de referência: 186
Pintura em azulejos retrata a Batalha de Ourique de 1139. A batalha
foi
travada
entre
muçulmanos e cristãos.
1. A formação das monarquias ibéricas • A Guerra de Reconquista. • O Reino de Castela. • Portugal: a ascensão da dinastia de Avis.
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59
Página de referência: 187
2. A expansão marítima • O papel do Estado português no desenvolvimento marítimo. • O desenvolvimento científico e suas relações com a expansão marítima. • O périplo africano. • O desenvolvimento marítimo espanhol. • O final da Idade Média.
Em classe 1. (Enem) Todo homem de bom juízo, depois que tiver realizado sua viagem, reconhecerá que é um milagre manifesto ter podido escapar de todos os perigos que se apresentam em sua peregrinação; tanto mais que há tantos outros acidentes que diariamente podem aí ocorrer que seria coisa pavorosa àqueles que aí navegam querer pô-los todos diante dos olhos quando querem empreender suas viagens. J. PT. Histoire de plusieurs voyages aventureux (1600). In: DELUMEAU, J. História do medo no Ocidente: 1300-1800. São Paulo: Companhia. das Letras. 2009. Adaptado.
Esse
relato,
associado
ao
imaginário
das
viagens
marítimas da época moderna, expressa um sentimento de: b) fascínio pelo fantástico. c) temor do desconhecido. 60
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Página de referência: 299
Espanha Os pequenos reinos de Leão, Castela, Navarra e Aragão foram progressivamente tomando territórios árabes em direção ao sul. Nesse processo o casamento de Fernão de Aragão com Isabel de Castela, em 1469, abriu caminho para a unificação de todos os territórios, originando o reino da Espanha. Portugal A participação o guerreiro francês Henrique Borgonha na Guerra da Reconquista lhe concedeu o direito de desposar a filha do rei, Teresa de Leão e, em 1096, a posse do condado portucalense.
Com a morte de Henrique, seu filho Afonso Henriques proclamou a autonomia do conde de Portucale. Após vencer uma série de batalhas contra
tropas
de
Leão
e
Castela,
Afonso
Henriques proclamou-se, em 1140, rei de Portugal.
A expansão marítima e o pioneirismo português Portugal foi uma das primeiras regiões europeias a reunir condições econômicas, políticas e técnicas para buscar estabelecer postos de comércio em terras distantes.
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61
Página de referência: 300
A fundação da dinastia de Avis teve um importante papel na aproximação entre o rei e os comerciantes portugueses, sendo a expansão marítima o principal resultado dessa ligação. Centros de estudo da península Ibérica, incluindo universidades como Coimbra e Toledo, disseminaram saberes matemáticos, geográficos e marítimos, Além de mercadorias, as redes de comércio europeias transmitiam conhecimentos e saberes antes dispersos.
A bússola, muito útil aos navegadores do período, foi
uma
chineses,
invenção
dos
utilizada
por
navegadores
europeus
desde o século XIII.
O périplo africano A rota traçada pelos portugueses para se dirigir ao Oriente e ampliar suas redes de comércio foi a do périplo africano, ou seja, o contorno do litoral da África. Em1487, os portugueses conseguiram cruzar o cabo das Tormentas, ou cabo da Boa Esperança, no extremo sul da África,
demonstrando
a
possibilidade
de
contornar
o
continente africano e acessar as fontes produtoras de especiarias pelo oceano Índico.
62
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Página de referência: 301
Durante o périplo africano, produtos como marfim, temperos, diamantes, ouro e pessoas escravizadas passaram a abastecer o comércio português e a gerar lucros.
A primeira expedição a de fato atingir as Índias foi realizada pelo navegador Vasco da Gama, em 1498, chegando às cidades de Calicute e Goa.
Nesse
período,
Portugal
passou
a
controlar
um
verdadeiro império oceânico, que interligava Europa, África e Ásia.
Dessa
forma,
a
Coroa
portuguesa
estabeleceu
possessões ao redor do mundo. • Jesuítas e membros de outras ordens religiosas também participavam ativamente das viagens, a fim de catequizar os habitantes locais e expandir a fé católica. • Os comerciantes e banqueiros lucravam com as mercadorias e o financiamento das expedições.
Mapa da cidade e do porto português de Goa,
na
Johannes
Índia,
de
Baptista
van Helmont, 1595.
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63
Página de referência: 302
As navegações espanholas e a partilha do mundo
em 1492, os espanhóis lançaram para
uma
chegar
expedição às
Índias.
Cristóvão Colombo foi o responsável
por
realizar
essa expedição.
Porém, Colombo chegou ao continente americano na região do Caribe. Ele acreditou estar efetivamente no Oriente, e somente mais tarde, Américo Vespuccio, comprovaria que se tratava de uma nova terra.
Em
sua
homenagem,
o
novo
continente foi batizado de América.
Assim, a Espanha surgiu como principal concorrente dos portugueses nas navegações da Idade Moderna. As duas coroas ibéricas passaram a discutir como seria feita a partilha dos territórios explorados. Em 1494, foi assinado o Tratado de Tordesilhas, estabelecendo uma linha divisória de 370 léguas a oeste de Cabo Verde para Portugal, assegurando uma porção de terra para a exploração na América.
64
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Página de referência: 303
Em 1453 os turcos tomaram a cidade de Constantinopla, episódio que é considerado um marco no final da Idade Média e início da Idade Moderna. Foi o fim do Império Bizantino, que representava uma continuidade política do antigo Império Romano. Constantinopla – logo chamada de Istambul pelos seus novos senhores – tornou-se a capital do Império Turco. No século XVI, os turcos otomanos passaram a disputar o controle do Mediterrâneo com o Ocidente. Por essa época, o impacto da expansão marítima e do estabelecimento de novas rotas no Atlântico levou ao deslocamento do eixo econômico europeu para fora do Mediterrâneo. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br
65
atividades
1. O casamento de Fernão de Aragão com Isabel de Castela: (
) originou o reino da Espanha,
(
) originou o reino da França.
2. Entre os motivos do pioneirismo português nas navegações oceânicas dos séculos XV e XVI, podem-se citar:
(
) a centralização monárquica e o desenvolvimento de
conhecimentos cartográficos e astronômicos. (
) a falta de tecnologia para os outros países da Europa.
3. A rota traçada pelos portugueses para se dirigir ao Oriente e ampliar suas redes de comércio foi: (
) a do Périplo africano.
(
) a rota das Índias.
66
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4. A primeira expedição a de fato atingir as Índias foi realizada pelo navegador ______________________.
(
) Vasco da Gama,
(
) Fernão de Magalhães.
5. a _________________ surgiu como principal concorrente dos portugueses nas navegações da Idade Moderna.
Espanha (
)
Itália (
)
6. Que acontecimento é considerado um marco no final da Idade Média e início da Idade Moderna? (
) O fim do Império Bizantino.
(
) O fim do feudalismo,.
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67
Página de referência: 189
Detalhe do afresco A criação de Adão, de Michelangelo, pintado no teto da Capela Sistina, no Vaticano, séc. XVI.
1. Elementos do Renascimento • As heranças medievais na produção renascentista. • Aproximações com a Antiguidade greco-romana. • As relações entre as artes do Renascimento e o desenvolvimento comercial e urbano. • Naturalismo e perspectiva nas artes plásticas.
68
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Página de referência: 189
O Homem Vitruviano foi criado por Leonardo da Vinci
em
ilustrar
1490 suas
para
notas
a
respeito da obra Os dez livros sobre arquitetura, de Marcus Vitruvius. A célebre gravura integra os
estudos
sobre
anatomia realizados por da Vinci,
principalmente
no que diz respeito às ideias
de
proporção
e
simetria.
Em classe
1. (Vunesp-Adaptada) Leonardo Bruni foi um importante humanista da cidade de Florença do século XV. No seu túmulo, na Igreja de Santa Croce, está escrito: “A História está de luto”. Duas figuras aladas, copiadas de um arco de triunfo romano, seguram a placa em que foi gravada aquela inscrição. Duas esculturas, representando águias imperiais, símbolos do antigo Império Romano, sustentam o ataúde de Bruni. Completa a decoração a representação, num medalhão, da Virgem Maria com a Criança no colo. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br
69
Página de referência: 190
A decoração do túmulo de Leonardo Bruni expressa: a) a mentalidade renascentista da elite italiana, que enaltece os valores clássicos e a religiosidade cristã. b) a valorização das atividades guerreiras pela burguesia italiana, interessada na unificação política do país. 2. (Fac. Albert Einstein-SP) Leonardo [da Vinci] analisou a anatomia humana durante toda sua vida; considerava que a natureza havia criado todas as
coisas
visíveis
que
poderiam
tornar-se
pintura.
[...]
Escrevendo sobre o horror de cadáveres esquartejados com os quais costumava passar as noites, Da Vinci diz que de nada lhe
serviriam
perfeitamente;
caso a
não
dissecção
soubesse de
também
corpos
desenhar
deveria
ser
acompanhada por um conhecimento da perspectiva, dos métodos de demonstração geométrica, do método do cálculo de força e de poder dos músculos. A pintura deveria levar em conta os fenômenos naturais, a estrutura das coisas, o mecanismo dos corpos. O texto refere-se a três características centrais do Renascimento cultural dos séculos XV e XVI: c) o experimentalismo, a pesquisa científica e a valorização do homem. d) o reconhecimento da submissão absoluta do homem a Deus, o platonismo e a ausência de perspectiva. 70
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Página de referência: 310
Desde
o
fim
da
Idade
Média,
vivia-se
uma
grande
efervescência intelectual, com a expansão das universidades e os
crescentes
contatos
com
culturas
diferentes.
Encontrava-se em ascensão o movimento humanista.
O Renascimento surge como uma nova forma de expressão, que buscava romper com a época anterior e se aproximar dos valores da cultura clássica greco-romana.
Elementos da cultura renascentista A valorização renascentista do individualismo e do racionalismo, sob certos aspectos, contrapunha-se aos valores medievais de coletivismo e espiritualismo. Nas artes plásticas, o advento do naturalismo introduzia a tentativa de reproduzir a natureza detalhadamente, fazendo com que a imagem pintada ou esculpida se aproximasse ao máximo da realidade.
Retrato de uma garota, obra de Domenico Ghirlandaio, c. 1490.
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71
Página de referência: 312
O grande centro do movimento renascentista foi a Itália, onde ele se desenvolveu mais que em qualquer outra região da Europa. O comércio ajudou a propagar uma atitude fundada na racionalidade e no individualismo, além disso, a sociedade burguesa passou a investir suas riquezas em obras de arte. .
Nesse contexto, surgiram os mecenas, ricos burgueses e membros do alto clero que financiavam as artes e sustentavam artistas como: Giotto, Boticelli, Leonardo Da Vinci, Rafael e Michelangelo.
A
Mona
Lisa,
de
Leonardo da Vinci, 15031507.
A
obra
composição
é
uma
típica
do
Renascimento, valoriza
a
retrato,
que forma
do
destacando
individualmente uma figura humana
e
explorando
tanto sua forma quanto suas expressões.
72
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Página de referência: 314
Madona
com
o
pintassilgo, pintura de Rafael,
1505-1506.
A
obra expressa os ideais de beleza e equilíbrio típicos do Renascimento.
O Renascimento científico A mesma interpretação racional da natureza — e sua reprodução em forma de arte — levou ao desenvolvimento das ciências no período, abalando as explicações religiosas sobre a origem e funcionamento do mundo material. O desenvolvimento da Física, da Astronomia e da Matemática no Renascimento foi significativo, despontando os trabalhos de: • Nicolau Copérnico (1473-1543), que formulou a concepção do heliocentrismo por meio da observação do movimento de planetas e estrelas; • e
Galileu
Galilei
que
desenvolveu
importantes
conceitos no campo da Física e da Matemática.
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73
atividades
1. Sobre as características do Renascimento, movimento artístico, cultural e intelectual que atingiu seu apogeu nos séculos XV e XVI, é correto afirmar que: (
) procurava enaltecer a
Igreja
Católica,
a
fé
e
o
nacionalismo. (
) tinha como fundamentos a
retomada
dos
valores
clássicos (greco-romanos), o antropocentrismo
e
o
racionalismo. 2. Quem eram os mecenas? (
) ricos burgueses e membros do alto clero que
financiavam as artes e sustentavam artistas. (
)
donos
de
terras
que
compravam
escravos
de
comerciantes portugueses. 3. A mesma interpretação racional da natureza — e sua reprodução em forma de arte — levou ao desenvolvimento (
) das teorias religiosas.
(
) das ciências.
74
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4. Nas
obras
Commentariolus
e
Revolução das Orbes
Celestes, Nicolau Copérnico formulou uma teoria que desafiou os dogmas da Igreja Católica Apostólica Romana, ao conceber um novo modelo. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, os valores culturais do Renascimento. (
) Heliocentrismo, antropocentrismo e racionalismo.
(
) Formalismo, relativismo e misticismo.
5. A imagem a seguir remete a aspectos da mentalidade do mundo moderno, que era caracterizado:
Homem
Vitruviano,
de
Leonardo da Vinci.
(
) pela visão de que o homem era a mais perfeita realização
de Deus. (
) por um esquema do universo baseado no modelo
heliocêntrico.
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75
Página de referência: 191
Reunião
de
reformadores
protestantes,
de
autor
desconhecido, Países Baixos, século XVIII.
1. A Reforma protestante: luteranismo e calvinismo • As
relações
entre
a
Reforma
e
o
contexto
de
transformações no início da Idade Moderna. • As críticas à Igreja católica. • O contexto histórico que favoreceu o advento do luteranismo. • O calvinismo e o conceito de predestinação. 76
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Página de referência: 192
2. Repercussões da Reforma • A readequação da Igreja de Roma por meio da Reforma católica.
Em classe Nossa
cultura
construiu
o
hábito
de
comemorar
centenários com livros, exposições, filmes, etc. Um dos marcos na construção desse costume ocorreu na Saxônia (hoje uma região pertencente à Alemanha). Em 161 , uma grande celebração foi organizada para comemorar o centenário do gesto de Lutero, que, em outubro de 1517, pregou à porta de uma igreja suas 95 teses. Observe o cartaz comemorativo do evento, leia o texto e, a seguir, responda às questões 1 e 2: Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br
77
Página de referência: 193
[à direita do cartaz] Lutero lê a Bíblia em um grande feixe de luz que desce dos céus, onde a Trindade o abençoa. [...] O primeiro plano do impresso mostra Lutero escrevendo na porta da igreja com a maior pena do mundo as palavras Vom Ablass – ‘Sobre a Indulgência’ – [...]. A pena de Lutero se estende por quase metade do cartaz – até uma cidade murada, rotulada de maneira didática como Roma – e diretamente através da cabeça de um Leão rotulado como Papa Leão X [...]. Como se não fosse o bastante, a pena derruba então a coroa do papa de sua cabeça, revelando sua forma humana. MACGREGOR, Neil. A hist—ria do mundo em 100 objetos. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2013. p. 608-609.
Gravura feita para o Jubileu da Reforma protestante de 1617 exibe Lutero pregando as 95 teses na catedral de Wittemberg. Sua pena gigante atravessa a cabeça de um Leão e derruba a coroa do papa Leão X.
78
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Página de referência: 193
1. A imagem de Lutero lendo a Bíblia, iluminado por um feixe de luz que desce dos céus, pode ser relacionada: d) à importância da leitura da Bíblia pelo cristão como um fundamento da fé no luteranismo. e) aos confrontos com a Igreja católica, por questionarem a infalibilidade papal e as indulgências. 2. A partir do contexto histórico da Reforma luterana, é possível afirmar que a escolha daquilo que aparece em primeiro plano no cartaz: a) pretende denunciar o quanto a livre interpretação da Bíblia alimentou o confronto entre o papa e os reformistas. b) considera a crítica à venda de indulgências o ponto central da atitude de Lutero ao questionar a autoridade papal.
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79
Página de referência: 321
Uma das grandes novidades da Idade Moderna foi a Reforma Religiosa, movimento de ruptura com a Igreja Católica que se manifestou por meio do aparecimento de novas religiões. Essas novas religiões negavam a autoridade do papa e sua interpretação do cristianismo. O confronto entre Lutero e a Igreja O
monge
Martinho
Lutero,
criticava
a
venda
de
indulgências e a doutrina da salvação pelas obras, defendidas pela Igreja católica.
Lutero conseguiu o apoio da nobreza alemã e criou sua própria
doutrina,
fundamenta salvação rejeitava
no
pela a
que
princípio fé,
em
confissão,
se da que o
celibato clerical, o culto aos santos e a idolatria às imagens.
Mesmo após sua morte, o luteranismo continuou a se fortalecer. Grande parte dos principados do norte se tornou “protestante”, termo pejorativo utilizado para apelidar aqueles que expressavam seu protesto contra a Igreja católica.
80
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Página de referência: 323
O calvinismo Em 1533, o teólogo francês João Calvino, converteu-se ao luteranismo e teve que se exilar na cidade de Genebra, na Suíça.
Em Genebra, ele criou um modelo de religiosidade que propunha o conceito de predestinação absoluta. Para Calvino, salvação ou a condenação se daria por meio de um sinal do mistério de Deus: uma alma destinada à salvação seria aquela que se dedica ao trabalho. O anglicanismo Na Inglaterra, a ruptura religiosa foi conduzida pelo rei Henrique VIII. O pretexto para o rompimento com a Igreja veio negação do pedido de anulação de seu casamento. Em resposta, Henrique VIII decretou o Ato de Supremacia, pelo qual se tronou o chefe da Igreja na Inglaterra, com total apoio do Parlamento.
Henrique VIII, pintura do século XVI.\
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81
Página de referência: 326
A Reforma Protestante dividiu a Europa em católicos e protestantes.
Com
isso,
a
intolerância,
as
perseguições e as guerras religiosas se estenderam pela Europa.
A Igreja Católica reagiu às críticas dos reformadores criando o movimento chamado Contrarreforma ou Reforma Católica, para combater o protestantismo, reformar o que considerassem necessário e reafirmar os dogmas. Essa nova orientação foi estabelecida pelo Concílio de Trento, que procurou fortalecer o poder da Igreja Católica, proibindo a venda de indulgências. Outro importante instrumento da Reforma católica foi a Companhia de Jesus, fundada em 1534 pelo padre espanhol Inácio de Loyola. No Novo Mundo, uma das tarefas dos jesuítas consistia em converter os índios à religião católica.
Pintura representando disputa
a
entre
protestantes
e
católicos fiéis.
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atividades 1. As reformas protestantes do princípio do século XVI, entre outros fatores, reagiam contra: (
) a venda de indulgências e a autoridade do papa, líder
supremo da Igreja Católica. (
) a valorização, pela Igreja Católica, das atividades
mercantis, do lucro e da ascensão da burguesia. 2. Relacione corretamente:
Modelo de religiosidade anglicanismo
que
propunha
conceito
o de
predestinação absoluta.
Se calvinismo
fundamenta
princípio
da
no
salvação
pela fé.
Ruptura luteranismo
religiosa
foi
conduzida
pelo
rei
Henrique
VIII,
na
Inglaterra.
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83
3. Complete corretamente:
protestantismo – Católica – Contrarreforma
A Igreja __________________________________________________________ reagiu às críticas dos reformadores criando o movimento chamado ___________________________________________________________________ ou
Reforma
Católica,
para
combater
o
___________________________________________________________________, reformar o que considerassem necessário e reafirmar os dogmas.
4. Qual era o objetivo da Companhia de Jesus? (
) converter os índios à religião católica.
(
) levar conhecimentos científicos aos países colonizados.
5. 0 _________________ procurou fortalecer o poder da Igreja Católica, proibindo a venda de indulgências, (
) Tratado de Tordesilhas.
(
) Concílio de Trento.
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Página de referência: 194
A
recepção
dos
embaixadores suíços por Luís XIV no Louvre.
1. Conceito de absolutismo: os teóricos do Estado moderno • Maquiavel: as ferramentas do governante para manter-se no poder. • Bossuet: a teoria do direito divino. • Hobbes: contrato social em nome da garantia da ordem. 2. O papel do mercantilismo na afirmação do poder do Estado absolutista Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br
85
Página de referência: 194
3. Os privilégios na sociedade do Antigo Regime e a trajetória do absolutismo francês • A questão religiosa na afirmação do poder do Estado. • Luís XIV: o apogeu do absolutismo. • Relações do Estado com as elites políticas e econômicas. 4. A ruptura do absolutismo • As tensões entre a monarquia e o Parlamento no século XVII. • Revolução Puritana e Revolução Gloriosa.
Em classe
1. Leia o texto a seguir sobre o papel da etiqueta no Antigo Regime, durante a Idade Moderna: [...] A etiqueta foi, nos séculos do seu apogeu (do XV ao XVIII), minucioso cerimonial regendo a vida em sociedade: roupas, formas de tratamento, uso da linguagem, distribuição no espaço, tudo isso esteve determinado pela lei e pelo costume. [...] Nos diversos países da Europa, também se regulava que roupas, enfeites e até tipo de comida cabiam a cada classe da sociedade: em 1533, por exemplo, uma lei inglesa reservava à família real a púrpura e os tecidos em ouro [...]. Só podiam ter seda em suas roupas os gentlemen de renda maior que vinte libras anuais, soma elevada para a época. Já o assalariado que não ganhasse mais que duas libras por ano não podia usar boné ou camisa importados [...]. 86
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Página de referência: 195
Uma
proposta
embaraçosa, obra de Antoine Watteau, 1715 1716.ZZ
O texto estabelece uma relação entre: a) etiqueta e hierarquia social. b) vestimentas e abusos de poder. 2. O processo revolucionário inglês do século XVII ocorreu em duas etapas. A primeira etapa, na década de 1640, é definida como Revolução Puritana. O segundo momento, em 1688 e 1689, é chamado de Revolução Gloriosa. As duas são vistas como parte de um mesmo processo revolucionário, por isso muitos historiadores preferem a expressão Revolução Inglesa em vez de Revoluções Inglesas. Entre os fatores que explicariam a denominação Revolução Inglesa, e não Revoluções Inglesas, podemos mencionar que: a) tanto a Revolução Puritana quanto a Revolução Gloriosa foram processos pacíficos, sem participação popular. b) ambas estão inseridas em um contexto de fortalecimento do poder parlamentar e de luta contra o absolutismo.
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87
Página de referência: 333
Absolutismo é o nome dado ao regime político que predominou na Europa durante a Idade Moderna. Sua existência representou a continuidade das monarquias nacionais. Os monarcas passaram a interferir nas questões
religiosas,
legislativas,
administrativas e judiciárias, caracterizando uma forte centralização política.
Teóricos do absolutismo A
partir
do
século
XVI,
diversos
pensadores
desenvolveram teorias políticas que legitimavam a ascensão das monarquias e o exercício do poder absolutista. • Nicolau Maquiavel, em sua obra O Príncipe, afirmava que os detentores do poder praticassem o bem sempre que possível, mas que empregassem o mal quando necessário. • O bispo Jacques Bossuet argumentava que os reis recebiam o direito de governar diretamente de Deus. • O inglês Thomas Hobbes, em sua obra Leviatã, afirmava que para conter a desordem provocada pelo desejo dos seres
humanos
de
dominarem
uns
aos
outros,
é
necessária a organização das comunidades, cada qual submetida a uma autoridade central. 88
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Página de referência: 334
O mercantilismo Mercantilismo é o nome dado a um conjunto de práticas econômicas adotadas pelos Estados absolutistas europeus durante a Idade Moderna, visando ao enriquecimento da burguesia e ao fortalecimento do Estado.
Mercadores Holanda
da e
Oriente
do Médio
comerciando
em
porto
do
Mediterrâneo.
Uma das principais práticas intervencionistas era o protecionismo,
que
funcionava
através
da
criação
de
barreiras alfandegárias na entrada de produtos estrangeiros nos Estados, o que gerava uma balança comercial favorável, Durante os séculos XV e XVIII, a aceleração das atividades mercantis e produtivas caracterizou o período como a época de desenvolvimento do capitalismo comercial. O Antigo Regime O termo “Antigo Regime” surgiu no final do século XVIII para caracterizar o conjunto formado por uma sociedade de ordens, Estado absolutista e capitalismo comercial durante a Idade Moderna.
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89
Página de referência: 336
Nesse modelo, preservou-se a estrutura de ordens do sistema feudal, dividida em três grupos sociais: • nobreza (primeiro estado); • clero (segundo estado); • e trabalhadores (terceiro estado).
A monarquia francesa mantinha estreitos laços com a Igreja católica, garantindo que os sermões dos clérigos confirmassem o direito divino dos reis. Em 1572, diante do conflito entre a nobreza católica e a burguesia protestante, o rei Carlos X ordenou a execução de milhares de protestantes pelos soldados reais em Paris, no massacre que ficou conhecido como Noite de São Bartolomeu.
Estima-se Noite
que de
na São
Bartolomeu tenham morrido mais de 30 mil
huguenotes
(calvinistas franceses).
Em 1589, ascendeu ao trono Henrique IV de Bourbon, de origem protestante. Através do decreto do Édito de Nantes, ele garantiu a liberdade religiosa aos protestantes.
90
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Página de referência: 337
Richelieu: a consolidação do absolutismo O cardeal Richelieu, primeiro-ministro de Luís XIII, de 1624 a
1642,
foi
o
grande
arquiteto
da
consolidação
do
absolutismo na França. Ele inseriu o país na Guerra Dos Trinta Anos. A vitória da França nessa guerra transformou o Estado Francês na maior potência da Europa. Luís XIV: o apogeu do absolutismo Conhecido como rei Sol, Luís XIV se fazia presente em todo o reino. O monarca francês baseava seu absolutismo na cumplicidade da nobreza e da Igreja, nas rendas arrancadas do exaustivo trabalho dos camponeses, que não tinham condições de se rebelar contra o poderoso exército do país, e no poder de sua enorme máquina burocrática. O reinado de Luís XIV concluiu um modelo de Estado que suprimiu as oposições políticas e cultivou as artes e as ciências como meios de aumentar o poderio e o prestígio nacionais. Retrato de Luís XIV. O rei aparece
com
vestimenta
luxuosa, na qual desponta a flor--de-lis,
símbolo
da
monarquia francesa.
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91
Página de referência: 338
Enquanto a monarquia francesa foi marcada pela proximidade com a Igreja católica, o fortalecimento do absolutismo inglês esteve associado à ruptura com a Igreja de Roma. Ao assumir a liderança da Igreja anglicana inglesa, Henrique VIII (1509-1547) ampliou significativamente o poder da monarquia.
Iluminura representando
o
monarca Henrique VIII no Parlamento inglês, século XVII.
Após a morte de Henrique VIII, a Inglaterra viveu um período de incertezas. Somente com o reinado de sua segunda filha, Elizabeth I, a economia mercantilista inglesa foi fortalecida. A política expansionista desenvolvida pela rainha foi responsável pela exploração de colônias na América do Norte, o que possibilitou a ampliação da oferta de matériasprimas para a produção de tecidos com o uso do algodão.
92
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Página de referência: 340
Neste retrato da rainha Elizabeth I, é possível observar
embarcações
durante
a
batalha
travada pelos ingleses contra
a
Invencível
Armada
espanhola.
A
obra retrata o período áureo do expansionismo inglês
durante
a
Era
Elisabetana. Os cercamentos Desde o fim da Idade Média ocorria na Inglaterra o processo dos cercamentos, por meio do qual grandes proprietários transformavam suas terras em áreas de criação de gado, sobretudo de ovelhas, “cercando-as”. Com essa prática, grande parte da população camponesa foi expulsa das propriedades onde vivia e se viu forçada a se deslocar para as cidades. Tensões sociais A morte de Elizabeth I, em 1603, encerrou a dinastia Tudor, pois a rainha não deixou herdeiros. Assumiu o trono o rei Jaime I, primo da rainha e do rei da Escócia, inaugurando a dinastia Stuart. Os monarcas dessa dinastia buscaram fazer o rei o centro do poder inglês, o que gerou rebeliões.
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93
Página de referência: 341
A Revolução Puritana Em 1640, a necessidade do rei Carlos I de obter novos impostos para enfrentar uma rebelião na Escócia calvinista, que recusara o anglicanismo, precipitou o confronto entre o rei e o Parlamento.
O
rei
considerou
O Parlamento se reuniu
tais
e exigiu do monarca que
exigências um ataque
fosse concedido a ele o
à sua autoridade e ordenou
que
Parlamento
direito de ser consultado
o
sobre questões tributárias
fosse
e religiosas.
fechado.
Na guerra civil que se
seguiu,
denominada
Revolução Puritana, de um lado estavam o rei, boa parte
da
membros
nobreza
e
da
os
Igreja
anglicana e, de outro, um exército
financiado
comerciantes, liderança
por sob
de
Após
anos de guerra civil, as tropas leais ao rei acabaram derrotadas. Carlos I foi
executado
e
a
Inglaterra tornou-se uma República.
Oliver
Cromwell.
94
oito
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Página de referência: 342
A execução de Carlos I, do artista flamengo Jan Weesop, século XVII. Na obra, vemos Cromwell com um machado em uma das mãos e na outra a cabeça do rei.
Oliver Cromwell governou a República inglesa no período compreendido entre 1649 e 1660 e deu ao seu governo um caráter eminentemente burguês. Em 1651, criou os Atos de Navegação, estabelecendo que o comércio externo das mercadorias
inglesas
fosse
feito
somente
com
navios
ingleses. Essa prejudicar potência
a do
medida
visava
Holanda, comércio
grande
naval
no
período, e fortalecer a indústria naval e o comércio exterior inglês.
A restauração da monarquia (1660-1688) Após a morte de Cromwell, em 1658, e de um curto período de governo de seu filho Ricardo, deposto em 1660, a Inglaterra viveria a restauração da monarquia. o Parlamento decidiu pela volta à monarquia e convidou Carlos II, filho do rei executado, para ocupar o trono.
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95
Página de referência: 342
Após a morte de Carlos I, seu irmão Jaime II assumiu o trono com a intenção de submeter o Parlamento e os governos locais, mas não teve apoio e foi destronado. A Revolução Gloriosa (1688-1689) O movimento da burguesia inglesa que destituiu do poder a dinastia Stuart ficou conhecido como Revolução Gloriosa.
A
burguesia
determinou monarca
que
o
aceitasse
Após
a
deposição
a
de
Jaime
II,
Declaração de Direitos
Guilherme de Orange foi
de 1689 (Bill of Rights).
declarado
Com isso, a Inglaterra
Parlamento.
seria
governada
rei
pelo
pelos
reis e pelo Parlamento.
Nos séculos XIX e XX, gradualmente o sistema político britânico tornou-se um governo representativo, que
repercutiu
na
França
e
nas
colônias
inglesas,
começando com os Estados Unidos.
96
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atividades
1. ____________________ é o nome dado ao regime político que predominou na Europa durante a Idade Moderna. Sua existência representou a continuidade das monarquias nacionais.
absolutismo (
Protestantismo
)
(
)
2. Relacione corretamente os teóricos do absolutismo com suas ideias principais, argumentava que os reis Nicolau Maquiavel
recebiam
o
direito
de
governar diretamente de Deus.
afirmava que os detentores Jacques
do poder praticassem o bem
Bossuet
sempre que possível, mas que
empregassem
o
mal
quando necessário.
Dizia que era necessária a organização Thomas Hobbes
comunidades,
das cada
qual
submetida a uma autoridade central.
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3. Complete corretamente:
enriquecimento – econômicas – Mercantilismo
___________________________________________________________________ é
o
nome
dado
a
um
conjunto
de
práticas
___________________________________________________________________ adotadas pelos Estados absolutistas europeus durante a Idade
Moderna,
visando
ao
___________________________________________________________________ da burguesia e ao fortalecimento do Estado.
4. O reinado de Luís XIV foi baseado na: (
) cumplicidade da nobreza e da Igreja e na exploração do
trabalho camponês. (
)
garantia
de
direitos
aos
camponeses
e
aos
marginalizados.
5. O movimento da burguesia inglesa que destituiu do poder a dinastia Stuart ficou conhecido como: (
) Revolução Puritana.
(
) Revolução Gloriosa,
98
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Página de referência: 197
Dança Tapuia, pintura de Albert Eckhout, sŽculo XVII. 1. Povoamento da América • Principais teorias de migração para a América. • Principais grupos hominídeos americanos. • Grupos asiático-mongoloide e negroide. 2. Principais troncos linguísticos indígenas do Brasil • Formação dos grupos indígenas brasileiros. • Diferenciações linguísticas e culturais. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br
99
Página de referência: 198
3. Primeiros contatos entre portugueses e indígenas no século XVI • Eurocentrismo. 4. Os motivos do baixo interesse de Portugal pelo território do atual Brasil nas primeiras décadas do século XVI 5. Principais atividades desenvolvidas entre 1500 e 1530 no território do atual Brasil • A extração de pau-brasil. • As expedições de mapeamento e reconhecimento da costa. • Os primeiros degredados. • O contexto de 1530 e o início da colonização agrícola portuguesa no Brasil.
Sambaqui Figueira localizado
de I, no
litoral de Santa Catarina. Trata-se de um dos maiores sambaquis do litoral sul do Brasil.
100
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Em classe Página de referência: 198
1. O mapa representa 45 línguas indígenas atualmente faladas no Brasil. Interpretando sua diversidade e sua dispersão pelo mapa, observa-se que:
c)
nas
principais
áreas
de
colonização
e
povoamento
contemporâneo, diversas línguas foram extintas e acabaram desaparecendo.
d) os indígenas brasileiros não povoavam a costa da Bahia devido às dificuldades de sobrevivência pela pesca na região.
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101
Página de referência: 199
2. (Unicamp-SP) Em carta ao rei D. Manuel, Pero Vaz de Caminha narrou os primeiros contatos entre os indígenas e os portugueses no Brasil: quando eles vieram, o capitão estava com um colar de ouro muito grande ao pescoço. Um deles apontou o colar do Capitão, e começou a fazer acenos com a mão em direção à terra, e depois para o colar, como se quisesse dizer-nos que havia ouro na terra. Outro viu umas contas de rosário, brancas, e acenava para a terra e novamente para as contas e para o colar do Capitão, como se dissesse que dariam ouro por aquilo. Isto nós tomávamos nesse sentido, por assim o desejarmos! Mas se ele queria dizer que levaria as contas e o colar, isto nós não queríamos entender, porque não havíamos de dar-lhe! Esse trecho da carta de Caminha nos permite concluir que o contato entre as culturas indígena e europeia foi: a)
favorecido
demonstravam indígenas
se
pelo em
interesse
realizar
integrariam
que
ambas
transações ao
sistema
as
partes
comerciais: de
os
colonização,
abastecendo as feitorias, voltadas ao comércio do pau-brasil, e se miscigenando com os colonizadores. b) guiado pelo interesse dos descobridores em explorar a nova terra, principalmente por meio da extração de riquezas, interesse que se colocava acima da compreensão da cultura dos indígenas, que seria quase dizimada junto com essa população.
102
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Página de referência: 350
Entre as principais teorias e hipóteses sobre as rotas que trouxeram os primeiros moradores da América, destacam-se: a)
Teoria
da
migração
pelo
estreito
de
Bering:
aproveitando os períodos de maré baixa no estreito, quando
o
oceano
ficou
congelado,
grupos
de
caçadores teriam migrado da Ásia para a América em diversas levas ao redor de 45 mil, 30 mil e 20 mil anos atrás. b) Migração
pelo
oceano
Pacífico:
por
meio
de
embarcações rudimentares, grupos de pescadores poderiam ter chegado à América pelo oceano Pacífico, aproveitando as correntes marítimas e os ventos.
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103
Página de referência: 351
As teorias de migração apontam dois grupos distintos de hominídeos que habitaram a região. Provavelmente, pelo estreito de Bering vieram os povos de origem asiáticamongoloide, que possuem traços físicos semelhantes aos dos povos asiáticos; e pelo oceano Pacífico teriam vindo os povos africanos-negroides, que se assemelham aos povos primitivos da Austrália. Pinturas rupestres em
caverna
no
Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí. A região abriga
os
mais
antigos vestígios da presença humana na América. As sociedades pré-históricas brasileiras eram caçadoras e
coletoras,
pois
não
dominavam
a
agricultura
e
se
deslocavam em busca de animais de caça e da coleta de frutos.
Em 10 mil anos, os povos primitivos da América foram se misturando e se diversificando, criando um mosaico diverso de línguas e modos de viver. Diante de um assunto vasto e complexo, especialistas da área agruparam os povos indígenas com base em suas línguas em quatro grupos principais: 104
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Página de referência: 352
a) Tronco macro-jê: a palavra “jê” significa, para esses povos, “pai”. Eles foram agrupados em um tronco macro, que engloba línguas faladas nas regiões interioranas do Nordeste e do Centro--Oeste brasileiro. A língua dos Xavante está enquadrada nesse grupo. b) Tronco tupi: reúne indígenas no Sul do Brasil, das áreas litorâneas e do leste do Paraguai, que falam línguas semelhantes ao tupi-guarani. c)
Tronco
caribe:
inclui
povos
localizados,
principalmente, na região norte-amazônica do Brasil, da Venezuela e da Colômbia. d) Tronco aruaque: refere-se a grupos diversos da América do Sul, dentre eles, os povos baníua e outros dispersos por Cuba e República Dominicana. O encontro entre europeus e indígenas Quando os europeus chegaram ao território brasileiro, no século XVI, a cultura europeia e branca era exaltada diante do indígena que por aqui encontraram, visto como um ser inferior, não civilizado e, muitas vezes, comparado aos animais.
Os europeus buscaram combater a cultura dos povos locais por meio da catequese.
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105
Página de referência: 353
A
gravura
representa um grupo de
indígenas
se
alimentando carne
de
humana.
antropofagia utilizada pretexto
A foi
como para
a
escravidão indígena.
Uma das principais colônias portuguesas foram as futuras terras brasileiras na América, contudo, entre 1500 e 1530, não havia um projeto de ocupação para a região. Sem um planejamento estruturado para o fluxo de migrações e o estabelecimento de colonos no território, essas três décadas ficaram conhecidas como período pré-colonial. O termo faz referência aos primeiros contatos entre Portugal e o território americano.
Em
suas
incursões
à
América,
os
portugueses
encontraram o pau-brasil, árvore nativa do qual se extraía uma tinta vermelha muito cobiçada na Europa. Na floresta, a madeira era explorada por meio de escambo, regime de troca de mercadorias ou serviços que não envolve dinheiro. 106
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Página de referência: 356
Como a extração de pau-brasil não exigia a fixação dos portugueses no território, eles se limitaram a construir feitorias. Com a presença de ingleses, holandeses e franceses interessados em explorar o pau-brasil, a Coroa portuguesa passou a estimular a fixação de portugueses para não perder o controle das terras.
A chegada da frota de Cabral a Porto Seguro
A Coroa decidiu colonizar efetivamente o Brasil.
em abril de 1500. Os enormes
peixes
monstros que
e
marinhos,
podem
observados
ser na
ilustração, povoavam o imaginário de viajantes europeus
naquela
época.
A partir de 1530, o rei dom João III (1502-1557) iniciou o processo de colonização do litoral brasileiro. Martim Afonso de Sousa (1500-1564), conselheiro da Coroa, recebeu a incumbência de expulsar os invasores franceses da costa brasileira e de fundar um povoado.
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107
Página de referência: 356
Com isso, em janeiro de 1532 nasceu a vila de São Vicente, no litoral do atual estado de São Paulo, a primeira cidade fundada
pelos
portugueses
no
Brasil,
Martin
Afonso
introduziu na vila o cultivo de cana. Iniciava-se, assim a efetiva colonização do Brasil.
Detalhe do Mapa de Cantino, uma das primeiras representações
cartográficas
feitas
do
Brasil, em 1502.
108
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atividades
1. As sociedades pré-históricas brasileiras eram: (
) caçadoras e coletoras.
(
) agricultoras.
2. Quando os europeus chegaram ao território brasileiro, buscaram: (
) se integrar à cultura indígena.
(
) combater a cultura dos povos locais por meio da
catequese. 3. Como a extração de pau-brasil não exigia a fixação dos portugueses no território, eles se limitaram a construir: (
) burgos.
(
) feitorias.
4. Considerando a realidade da América Portuguesa nas três primeiras décadas do século XVI, é correto afirmar: (
) a atividade desenvolvida com autorização da Coroa
Portuguesa foi a extração de pau-brasil, uma atividade nômade e predatória, que não tinha a finalidade de promover o povoamento. (
) a mão de obra indígena foi pouco explorada e bastante
valorizada pelos portugueses, que presenteavam os nativos com objetos de grande valor no mercado europeu.
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109
Página de referência: 200
Engenho com rodas movidas pela água, de Frans Post.
1. O açúcar como mercadoria na Europa moderna • O sistema mercantilista e o açúcar. 2. Implementação da cana-de-açúcar no Brasil • Características do solo e climáticas. • Sistema produtivo no Brasil: plantation. • Interligações com a economia local. 110
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Página de referência: 201
3. A participação holandesa na economia açucareira 4. Quadro geral e demográfico do Brasil no século XVI • Ocupação litorânea e concentração rural. • Miscigenação racial. 5. Elite colonial açucareira • Estratificação social. • Aristocratização. • Patriarcalismo. • Patrimonialismo. 6. Setores intermediários da sociedade • Trabalhadores livres em uma sociedade escravista.
Pequena
moenda
portátil, obra de Jean-Baptiste Debret, 1822.
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111
Em classe Página de referência: 201
1. O mapa a seguir foi produzido pelos holandeses após o governo de Maurício de Nassau, em Pernambuco, no século XVII. O engenho desenhado à direita foi ricamente colorido à mão na época da reprodução do mapa. Ao analisar os detalhes da obra, reconhecemos que:
d) a roda-d’água no canto direito assinala que se trata de um engenho real, mais complexo que os engenhos trapiches. e) não é possível concluir se é um engenho de cana ou de mandioca, que também eram muito comuns na região retratada. 112
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Página de referência: 202
2. A assunção de sua própria identidade pelos brasileiros, como de resto por qualquer outro povo, é um processo diversificado, longo e dramático. Nenhum índio criado na aldeia, creio eu, jamais virou um brasileiro, tão irredutível é a identificação étnica. Já o filho da índia, gerado por um estranho, branco ou preto, se perguntaria quem era, se já não era índio, nem tampouco branco ou preto. Seria ele o
protobrasileiro, construído como um negativo feito de sua ausência de etnicidade? Buscando uma identidade grupal reconhecível para deixar de ser ninguém, ele se viu forçado a gerar sua própria identificação. RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. p. 107.
O texto do antropólogo Darcy Ribeiro retrata um processo histórico da formação da identidade brasileira que se relaciona com: b) a eliminação dos elementos europeus da cultura brasileira e o predomínio de elementos indígenas e africanos. c) a miscigenação entre europeus, indígenas e africanos, que contribuiu para a formação da identidade brasileira.
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113
Página de referência: 363
Os europeus já conheciam o açúcar desde a Antiguidade. Especiaria raríssima no Velho Mundo. Com a Carreira da Índia, inaugurada por Vasco da Gama, os portugueses passaram a abastecer o mercado europeu com o produto vindo do Oriente.
Os pães de açúcar eram objetos
em
formato
cônico que serviam para transportar açúcar.
O clima, o solo de massapé e a proximidade geográfica da Europa foram preponderantes para o sucesso da lavoura canavieira no nordeste do território. A colonização agrícola realizada em colônias como o Brasil pode ser enquadrada em um sistema de exploração conhecido como plantation. Além disso, a produção era monocultora (focada em um único produto), voltada para o mercado externo; a divisão da terra era latifundiária, e a mão de obra, escrava.
114
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Página de referência: 364
Desde
o
plantio,
passando pela colheita e pelo processamento da cana para a produção de açúcar, a mão de obra escrava foi amplamente utilizada
em
diversas
lavouras ao redor do mundo. Interligações com a economia local Além
dos
engenhos
e
da
estrutura
do
sistema
escravocrata, os alimentos consumidos pela maioria da população nas colônias eram produzidos localmente, e não importados. Os mercados de produtos locais eram operados com base nas trocas, na maioria das vezes, sem a utilização de moedas. A participação holandesa na economia açucareira Alguns navios de origem holandesa chegavam a atracar em portos brasileiros, desafiando o monopólio português e o sistema de portos fechados. Além de revenderem o açúcar, refinarias localizadas nos Países Baixos aprimoravam o produto e o seu refino. Assim, conseguiam agregar valor ao seu açúcar refinado, mais seco e granulado do que aquele que saía do Brasil, e abasteciam os mercados europeus.
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115
Página de referência: 366
No
século
concentrou-se
XVI, no
a
população
litoral,
colonial
principalmente
brasileira nas
áreas
produtoras de cana do Nordeste. Os povos indígenas que resistiram à invasão dos europeus migraram para o interior ou foram dizimados por doenças ou guerras.
Mapa Teixeira
de
João Albernaz
mostra a cidade de Salvador, na Bahia, em 1631
Com o início do tráfico negreiro, por volta de 1550, foi crescente o processo de diálogo entre diferentes culturas. Isso se deu não apenas entre negros e brancos, mas também entre negros que passaram a conviver com diversas tradições africanas entre seus pares.
O
mestiço
mameluca, Albert
e
A de
Eckhout,
século XVII.
116
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Página de referência: 368
A elite colonial açucareira A elite colonial era formada por homens livres, com o topo da sociedade sendo ocupado por grandes proprietários de terras e escravos que geralmente viviam em uma grande propriedade denominada casa-grande. Podemos resumir como características da sociedade colonial açucareira: • Estratificação social: era muito difícil a mobilidade de um grupo social para outro. • Caráter rural: a maior parte das relações sociais processava-se no campo. • Patriarcalismo: os senhores de terras possuíam amplos poderes sobre a sociedade. • Aristocratização: a concentração da riqueza e do poder
político
transformou-a
nas numa
mãos
da
elite
agrária
aristocracia
rural
conservadora. • Patrimonialismo: as elites sentiam-se no direito de usufruir o poder público e bens comuns (estatais). Tal prática colaborou para dificultar a formação e a diferenciação dos conceitos de bens públicos e privados na história do Brasil.
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117
Página de referência: 369
Setores intermediários da sociedade Colonos que imigraram de Portugal e não conseguiram prosperar nos negócios, mestiços, escravos libertos e funcionários
públicos,
lavradores,
tropeiros,
alfaiates,
artesãos e diversos outros grupos de trabalhadores deram origem a uma camada média formada por pessoas livres.
Escravos carregando um senhor e seus pertences, de Jean--Baptiste Debret, século XIX.
118
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atividades
1. Sobre a sociedade brasileira do período colonial, pode-se afirmar corretamente que (
) buscava afirmar valores nativistas contestando a
exploração colonial. (
) baseava-se em relações sociais de cunho escravista e
patriarcal. 2. A colonização agrícola realizada em colônias como o Brasil pode ser enquadrada em um sistema de exploração conhecido como ________________________.
pecuária (
plantation
)
(
)
3. Complete corretamente: litoral – Nordeste – colonial
No
século
XVI,
a
população
___________________________________________________________________ brasileira
concentrou-se
no
___________________________________________________________________, principalmente
nas
áreas
produtoras
de
cana
do
___________________________________________________________________.
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119
4. Assinale com verdadeiro (V) ou falso (F) as informações sobre a sociedade colonial açucareira.
(
) a maior parte das relações sociais processava-se no
campo. (
) os senhores de terra não tinham muito poder sobre a
sociedade. (
) a elite colonial era formada por homens livres.
(
)
os
escravos
viviam
em
grandes
propriedades
denominadas casa-grande.
5. O plantation foi caracterizado basicamente pelos seguintes elementos: (
) monocultura, balança comercial, parceria e escambo.
(
)
monocultura,
latifúndio,
exportação
e
trabalho
escravo.
120
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Página de referência: 203
Obra
do
mostra
século indígenas
XIX,
que
sendo
capturados.
1. Longa duração da prática escravista no Brasil 2. Escravidão indígena no Brasil colonial • Proibição do trabalho escravo indígena. • “Guerra justa”.
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121
Página de referência: 204
3. Escravidão africana no Brasil colonial • Tráfico negreiro. • Resistência à escravidão. 4. Sistema de capitanias hereditárias (1534) 5. Criação do governo-geral (1548) 6. Os atritos entre o poder local e o poder central
Gravura
de
navio
negreiro
francês do século XVIII.
122
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Em classe 1. (Vunesp)
Página de referência: 204
Prova da barbárie e, para alguns, da natureza não humana do ameríndio, a antropofagia condenava as tribos que a praticavam a sofrer pelas armas portuguesas a “guerra justa”. Nesse contexto, um dos autores renascentistas que escreveram sobre o Brasil, o calvinista francês Jean de Léry, morador do atual Rio de Janeiro na segunda metade da década de 1550 e quase vítima dos massacres do Dia de São Bartolomeu (24.08.1572), ponto alto das guerras de religião na França, compara a violência dos tupinambás com a dos católicos franceses que naquele dia fatídico trucidaram e, em alguns casos, devoraram seus compatriotas protestantes: “E o que vimos na França (durante o São Bartolomeu)? Sou francês e pesa-me dizê-lo. O fígado e o coração e outras partes do corpo de alguns indivíduos não foram comidos por furiosos assassinos de que se horrorizam os infernos? Não é preciso ir à América, nem mesmo sair de nosso país, para ver coisas tão monstruosas”. Luís Felipe Alencastro. Canibalismo deu pretexto para escravizar. In: Folha de S.Paulo, 12 out. 1991.
O conceito de “guerra justa” foi empregado, durante a colonização portuguesa do Brasil, para: a) justificar a captura, o aprisionamento e a escravização de indígenas. b) justificar a instalação de missões jesuíticas em áreas de colonização francesa. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br
123
Página de referência: 205
2. Em 1548, D. João III decidiu estabelecer um novo controle régio,
nomeando
um
governador-geral
e
outros
representantes da Coroa que viriam residir na colônia. No ano seguinte o primeiro governador, Tomé de Souza, desembarcou na então semideserta capitania da Bahia e imediatamente começou a construir a capital no litoral. Batizada de Salvador da Bahia de Todos os Santos, a cidade só seria substituída pelo Rio de Janeiro como capital do Brasil em 1763. […] Além do mais, por conta de sua situação
portuária,
logo
se
converteu
em
posto
exportador, do pau-brasil e, depois, da cana-de-açúcar. SCHWARCZ, Lilia; STARLING, Heloisa. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. p. 67.
A criação da sede do governo-geral na Bahia por Portugal em 1548 teve como finalidade enfrentar desafios gerados: a) pelos ataques constantes dos holandeses e espanhóis ao Nordeste açucareiro. b) pelo fracasso econômico e pela falta de centralização do sistema de capitanias hereditárias.
124
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Página de referência: 370
Escravidão indígena no Brasil colonial Inicialmente, os portugueses recorreram à mão de obra indígena, explorada pelo escambo de mutirões de trabalho.
Nessa obra, é possível observar um casal de senhores
realizando
uma refeição servida por
escravos.
chão,
filhos
escravas
No das
recebem
migalhas da refeição de sua senhora. Porém, os padres eram contrários à escravização dos “negros da terra”, entrando muitas vezes em conflito com os colonos. Apesar de proibida pela Coroa portuguesa e combatida pelos jesuítas, a escravidão indígena continuou a ser praticada. Somente no século XVIII a venda de indígenas escravizados entrou em declínio. Escravidão africana no Brasil colonial A substituição da mão de obra escrava indígena pela africana em diversas regiões se deu por motivações práticas e econômicas.
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125
Página de referência: 371
Nas regiões produtoras de cana, predominou o trabalho escravo africano. Milhões de pessoas foram retiradas da África e trazidas para a América para trabalhar nas lavouras, nas vilas e nas cidades coloniais Os cativos eram obtidos na África por meio de escambo, processo no qual os negociadores ofereciam aguardente, tabaco, armas de fogo e outros utensílios para povos aliados que capturavam inimigos localmente e os negociavam.
Por meio da guerra interna entre os africanos é que se moldou o mercado colonial de escravos.
126
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Página de referência: 372
Resistência à escravidão Em diversos casos, os laços de domínio sobre uma pessoa escravizada rompiam-se quando este se rebelava contra a dominação de seu senhor. A resistência à escravidão poderia se dar de diversas formas.
Podia ser uma luta cotidiana e secreta, marcada pelo feitio de envenenamentos adicionados à comida do senhor, por exemplo, um aborto forçado, o suicídio ou ainda a fuga para um quilombo. Os escravos
quilombos fugitivos,
eram
aldeias
localizados
de no
interior. Eles eram habitados também por indígenas que queriam se ver livres da dominação colonial e até por brancos perseguidos pela Justiça.
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127
atividades
1. A substituição da mão de obra escrava indígena pela africana em diversas regiões se deu por motivações: (
) religiosas,
(
) práticas e econômicas.
2. Nas regiões produtoras de cana, predominou o trabalho _________________________. (
) escravo africano,
(
) livre indígena.
3. Complete corretamente:
escambo – cativos – inimigos
Os ________________________________________________________________ eram
obtidos
na
África
por
meio
de
___________________________________________________________________, processo no qual os negociadores ofereciam aguardente, tabaco, armas de fogo e outros utensílios para povos aliados que
capturavam
___________________________________________________________________ localmente e os negociavam.
128
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Página de referência: 382
No início da colonização, o governo português não tinha recursos suficientes para assumir diretamente a colonização do Brasil. Por isso, dividiu o território em quinze faixas de terra por meio do sistema de capitanias hereditárias. O modelo de doação de capitanias era interessante para a Coroa, pois os custos e os riscos da colonização ficavam a cargo de terceiros, além de garantir a posse de territórios distantes
de
Portugal
e
defendê-los
de
ocupações
estrangeiras.
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129
Página de referência: 382
Foram hereditárias,
criadas
inicialmente
e
todas
quase
catorze
faliram,
com
capitanias exceção
de
Pernambuco e São Vicente. A criação do governo-geral Com o fracasso do sistema de capitanias, a Coroa criou o governo-geral, um centro político, com sede na Bahia, que deveria centralizar a administração, cuidar da defesa do território brasileiro, fomentar a economia e controlar o comércio. para administrar todo o Brasil.
Enquanto a administração de toda a América portuguesa ficava sob a responsabilidade do governo-geral, as câmaras municipais administravam as vilas e cidades.
130
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Página de referência: 383
Outras alterações e reformas administrativas coloniais As estruturas administrativas coloniais sofreram alterações com o passar dos anos. • 1621-1662 – Divisão administrativa do Brasil em dois territórios: Estado do Maranhão (no norte) e Estado do Brasil. • 1751-1772 – Criação do Estado do Grão-Pará e Maranhão: após unificação em 1662, o Estado do Maranhão reaparece com novo nome e fronteiras. • 1759 – Extinção do sistema de capitanias hereditárias pelo Marquês de Pombal. • 1763 – Transferência da sede do governo-geral de Salvador para o Rio de Janeiro. • 1808 – Centralização administrativa no Rio de Janeiro provocada pela transferência da Corte portuguesa para o Brasil. Na
pintura
está
representada a atual praça Tiradentes,
no
Janeiro;
Rio
dentre
de as
principais construções que contornam a praça estão o Palácio do Governador da capitania
(à
direita),
o
convento dos carmelitas (ao
fundo)
e
a
Câmara
Municipal (à esquerda).
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131
atividades
1. Por que o modelo de doação de capitanias era interessante para a Coroa? (
) pois os custos e os riscos da colonização ficavam a
cargo de terceiros. (
) porque a Coroa não tinha gastos.
2. Foram criadas inicialmente catorze capitanias hereditárias, e quase todas faliram, com exceção de ___________ e __________.
Espírito Santo (
São Vicente
)
(
Pernambuco (
)
Porto Seguro
)
(
)
3. Enquanto a administração de toda a América portuguesa ficava
sob
a
responsabilidade
do
governo-geral,
__________________________ administravam as vilas e cidades. (
) Câmaras municipais.
(
) Senzalas.
132
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as
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1
Sumário AULAS 1 e 2 – Orientação e Cartografia......................................03 AULA 3 – Movimentos da Terra e fusos horários........................17 AULA 4 – Terra: evolução e estrutura interna............................25 AULA 5 – Terra: rochas e estrutura geológica..........................35 AULA 6 – A produção mineral não energética..............................41 AULAS 7 e 8 – Elementos de Geomorfologia................................57 AULA 9 – O relevo brasileiro............................................................68 AULA 10 – Os elementos e os fatores climáticos.......................79 AULA 11 – Os grandes domínios climáticos no mundo..............91 AULA 12 – Os grandes domínios vegetais no mundo................100
2
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Página de referência: 208
A representação espacial é importante na localização e orientação do espaço.
1. Sistema de coordenadas geográficas
Composto
de
linhas
imaginárias
(paralelos
e
meridianos) traçadas sobre a superfície do planeta.
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3
Página de referência: 209
4
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Página de referência: 209
Os paralelos e os meridianos No globo terrestre, a localização é dada por linhas imaginárias denominadas paralelos e meridianos. Conhecendo essas referências, é possível localizar qualquer lugar na superfície da Terra com bastante precisão. Os paralelos são círculos perpendiculares ao eixo de rotação terrestre traçados a partir da linha do equador, o paralelo principal que atravessa a parte de maior diâmetro do planeta e que determina a divisão do globo em dois hemisférios: • o hemisfério norte, também chamado de boreal ou setentrional; • e o hemisfério sul, também denominado de austral ou meridional. Os meridianos são semicírculos que vão de um polo a outro do planeta. Sua continuação, no lado oposto, é denominada de antimeridiano e completa um círculo que define o plano meridiano. O plano meridiano que contém o meridiano de Greenwich é o que divide o globo terrestre em dois hemisférios: • o hemisfério leste ou oriental; • e o hemisfério oeste ou ocidental.
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5
Página de referência: 209
Orientação pelo GPS O
GPS
consiste
em
um
sistema
que
fornece
as
coordenadas de qualquer pessoa ou objeto no globo terrestre por meio de satélites que orbitam o planeta. Ele funciona por meio de um aparelho que capta informações de pelo menos quatro dos satélites em órbita para, assim, determinar a distância relativa entre os satélites e o ponto a ser localizado na superfície.
6
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Página de referência: 210
Os diferentes tipos de mapa Apesar de existir uma grande diversidade de tipos de mapas, é possível agrupá-los em duas categorias: • os
topográficos,
que
representam
feições
da
superfície terrestre com grande fidelidade, permitindo a determinação das altitudes;
Trecho
da
carta
topográfica
de
Bananal
na
(SP),
escala 1 : 25 000.
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7
Página de referência: 210
• e os temáticos, que tomam como base um mapa topográfico, mas representam eventos geográficos específicos (político, físico, demográfico, econômico, etc.) existentes no local mapeado.
Exemplo de mapa temático referente ao percentual da população de cada país dedicada à produção agrícola.
Existem mapas cujos limites são alterados de acordo com valores numéricos selecionados, como população, renda média, etc. Esses mapas são chamados de anamorfoses.
Anamorfose representação
é gráfica
uma com
algum tipo de deformação.
8
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Página de referência: 210
Na sequência de representações a seguir, essa técnica foi utilizada para demonstrar qual é a participação de cada estado na produção econômica e nos dados populacionais do Brasil. Diferentes formas do Brasil
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9
Página de referência: 210
4. Projeções cilíndricas
10
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Página de referência: 210
5. Escala
em classe 1. (UEG-GO) A figura a seguir ilustra referenciais importantes para a localização
espacial:
as
coordenadas
geográficas.
As
latitudes e longitudes das cidades de Chicago, Rio de Janeiro e Tóquio são, respectivamente:
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11
Página de referência: 211
a) 42° N e 82° O; 23° S e 43° O; 38° N e 140° L b) 42° N e 82° L; 23° S e 43° L; 38° N e 140° O 2. (PUC-RJ) A bandeira da ONU (1947), nas cores azul e branco, simboliza a união dos povos do mundo através dos seus continentes (com a exceção da Antártida), emoldurada por ramos de oliveira, que representam a paz. A
projeção
cartográfica
selecionada
para
representação do globo terrestre nessa bandeira é:
c) azimutal-plana. d) senoidal.
12
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a
Página de referência: 212
3. (Uece – Adaptada) As escalas representam um elemento fundamental para a cartografia. Sua utilização baseia-se nas relações de proporção entre o tamanho real e o tamanho da representação. Sobre esse assunto, analise as afirmações abaixo. I. Quanto maior a escala, menor a área representada e menor é o nível de detalhe. II. Escala é a relação que há entre a área do mapa pela área real. III. Se a escala de um mapa é 1 : 500, significa que cada centímetro do mapa representa 500 centímetros do espaço real. Está correto o que se afirma apenas em: c) II e III. d) II.
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13
atividades
1. A _______________________ é a medida angular (em graus) do arco do paralelo, observada de um ponto qualquer do planeta até o plano equatorial. (
) latitude.
(
) longitude,
2. Os meridianos são: (
) círculos perpendiculares ao eixo de rotação terrestre
traçados a partir da linha do equador. (
) semicírculos que vão de um polo a outro do planeta.
3. O que o desenho esquemático a seguir está especificamente representando?
(
14
) a latitude.
(
) um GPS.
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4. Complete corretamente:
satélites – GPS – coordenadas
O ____________________________________ consiste em um sistema que fornece
as
___________________________________________________________________ de qualquer pessoa ou objeto no globo terrestre por meio de ___________________________________________________________________ que orbitam o planeta.
5. Relacione corretamente: Apresenta territórios com áreas e formas modificadas mapa
para
destacar
determinados quantitativos.
Utilização
conjunta
de
imagem de
modernos
sensores
que
satélite
registram
imagens
da
Terra.
Representação no anamorfose
plano
que
grandes
terrestre abrange espaços
geográficos.
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15
6. A imagem abaixo representa uma projeção:
(
) Cilíndrica.
(
) Plana.
7. NA projeção ________________________, as áreas dos países são respeitadas, mas não suas formas. (
) Projeção cilíndrica de Mercator.
(
) Projeção cilíndrica de Peters.
8. Em uma escala _______________________, quanto menor o denominador, _________________ a escala, mais detalhes. (
) grande; maior.
(
) pequena; ,menor.
16
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Página de referência: 213
Composição do movimento aparente do Sol em diferentes horários de um dia nas ilhas Canárias (Espanha). O movimento aparente do Sol é resultado do movimento de rotação (ao redor do próprio eixo) da Terra. 1. Movimentos terrestres
Os
movimentos
da
Terra
ocorrem
de
maneira
constante e simultânea. Os mais conhecidos são os de rotação e de translação.
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17
Página de referência: 214
Os
dias
em
que
os
hemisférios
dois
recebem
O
eixo
de
rotação
calor
encontra-se inclinado
do
23° 27' em relação ao
equinócio. Já os dias em que a
eixo azimutal e 66º 33'
desigualdade no recebimento
em relação ao plano da
de
órbita.
igualmente
luz
denominam-se
luz e
dias
calor entre os
hemisférios extremo
e
está
são
em
seu
denominados
dias do solstício. 18
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As estações do ano
Página de referência: 214
A inclinação e a forma da Terra determinam a distribuição desigual de luz e calor entre os hemisférios norte e sul, dando origem às estações do ano – primavera, verão, outono e inverno –, que acontecem de forma invertida em cada hemisfério.
As zonas climáticas A desigual distribuição da radiação solar na superfície terrestre explica também a existência de três grandes zonas climáticas ou zonas térmicas. Essas regiões distribuem-se no planeta conforme a variação latitudinal. São elas: • zona intertropical, localizada entre o trópico de Câncer e o trópico de Capricórnio; • zona temperada, localizada entre os trópicos e os círculos polares; • e zona polar ou glacial, situada em áreas de latitudes maiores que as dos círculos polares
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19
Página de referência: 215
Fuso horário teórico Considerando que a Terra é esférica, ela pode ser dividida em 360°, e tendo em vista que a rotação terrestre dura aproximadamente 24 horas, pode-se concluir que esse é o tempo necessário para que os 360 meridianos traçados mentalmente sobre o planeta passem, em algum momento, em frente ao Sol. 20
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Página de referência: 215
Os 360 meridianos, por sua vez, são divididos pelas 24 horas que o planeta leva para completar um movimento de rotação. O resultado desse cálculo definiu 24 faixas com 15 meridianos cada uma, denominadas fusos horários teóricos, numeradas de 0 a 12 para leste e de 0 a 12 para oeste de Greenwich.
Dessa
maneira,
corresponde
a
um uma
fuso
horário
hora,
que
corresponde a 15°
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21
em classe 1. (UEPG-PR – Adaptada)
Página de referência: 215
Sobre os movimentos da Terra no espaço e suas consequências, assinale o que for correto. c) Os solstícios, incidências perpendiculares do Sol sobre um dos trópicos, iniciam a primavera e o outono. d)
Apenas
nos
equinócios,
quando
o
Sol
incide
perpendicularmente sobre o equador, a duração dos dias e das noites é igual em todos os lugares do planeta.
2. (Unisc-RS) Um congresso internacional, com sede em Tubingen, uma pequena
cidade
do
estado
de
Baden-Wurttemberg,
na
Alemanha, realizou uma videoconferência online com início às 20h do dia 12 de outubro. Sabendo-se que a cidade de Santa Cruz do Sul (RS) fica a 60° W de Tubingen, e que entre 27 de março e 30 de outubro a Alemanha estava com horário de verão, é correto afirmar que a videoconferência começou a ser transmitida em tempo real, em Santa Cruz do Sul-RS, às: a) 11h. b) 15h.
22
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Página de referência: 216
3. (UFPR) Um site da internet que trata de atualidades divulgou que a Câmara Federal, no mês de julho de 2011, aprovou um projeto de lei pelo qual o estado do Acre, localizado no norte do Brasil, passaria a ter menos 5 horas em relação a Greenwich e, portanto, menos duas horas em relação ao horário de Brasília, capital federal. Sobre essa notícia e a divisão dos fusos horários, é correto afirmar:
d) A diferença de fusos entre os estados brasileiros ocorre nos meses de outubro a fevereiro, período em que vigora o “horário de verão”. e) O Brasil tem seu território situado na porção ocidental da Terra e, considerando sua extensão leste-oeste, possui quatro fusos horários atrasados em relação ao meridiano de Greenwich.
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atividades 1. A ____________________ é o movimento da Terra ao redor do seu eixo polar no sentido oeste-leste. (
) Translação.
(
) Rotação.
2. Os dias em que os dois hemisférios recebem igualmente luz e calor denominam-se: (
) dias do solstício.
(
) dias do equinócio.
3. Relacione corretamente as zonas climáticas:
situada em áreas de zona
latitudes
intertropical
maiores
que as dos círculos polares.
localizada entre os zona
trópicos
temperada
e
os
círculos polares.
localizada entre o zona polar ou glacial
trópico de Câncer e o
trópico
Capricórnio.
24
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de
Página de referência: 217
A atividade vulcânica é resultado da dinâmica interna da estrutura terrestre. Foto de erupção do vulcão Kilauea, no Havaí, Estados Unidos.
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25
Página de referência: 218
A escala do tempo geológico Como o estudo da formação da Terra envolve uma grande amplitude temporal, a geologia histórica vale-se de uma escala de tempo específica, denominada tempo geológico. Nessa escala, os eventos ocorridos no planeta são distribuídos em intervalos
denominados Éons, que são
divididos em Eras, que por sua vez são divididas em Períodos. Observe a tabela a seguir. 26
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Página de referência: 218
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27
Página de referência: 219
As camadas da Terra Levando-se em conta a composição química e a densidade dos materiais que compõem a Terra, ela apresenta três camadas rochosas: crosta, manto e núcleo.
Levando-se em conta o comportamento físico ou a rigidez dos materiais existentes no interior do planeta, a Terra apresenta
quatro
camadas
rochosas:
a
litosfera,
astenosfera, a mesosfera e o núcleo (externo e interno).
28
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a
As placas tectônicas
Página de referência: 219
A litosfera não se apresenta como um anel rochoso contínuo que envolve o planeta, mas como um conjunto de placas rochosas e fragmentadas. São enormes blocos com milhões de quilômetros quadrados de área chamados placas litosféricas ou placas tectônicas. Os cientistas reconhecem, atualmente, a existência de mais de uma dezena de placas tectônicas movimentando-se lentamente em áreas continentais e oceânicas.
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29
Página de referência: 220
O cientista alemão Alfred Wegener elaborou, em 1915, uma teoria chamada de Deriva Continental. De acordo com essa
teoria,
os atuais
continentes,
na forma
que os
conhecemos, teriam se originado de uma só massa continental, a Pangeia, que teria começado a se fragmentar durante a era Mesozoica. Inicialmente, a Pangeia teria originado outros dois continentes, a Laurásia, ao norte, e a Gondwana, ao sul, que continuaram se fragmentando até apresentarem a forma atual.
30
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em classe Página de referência: 220
1. (Enem) Suponha que o Universo tenha 15 bilhões de anos de idade e que toda a sua história seja distribuída ao longo de 1 ano – o calendário cósmico –, de modo que cada segundo corresponda a 475 anos reais e, assim, 24 dias do calendário cósmico equivaleriam a cerca de 1 bilhão de anos reais. Suponha, ainda, que o universo comece em 1º de janeiro à zero hora no calendário cósmico e o tempo presente esteja em 31 de dezembro às 23 h 59 min 59,99 s. A escala a seguir traz o período em que ocorreram alguns eventos importantes nesse calendário.
Se
a
arte
rupestre
representada fosse inserida na escala, de acordo com o período em que foi produzida, ela deveria ser colocada na posição indicada pela seta de número:
d) 4.
e) 5.
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31
Página de referência: 221
2. (UFSM-RS)
Esculturas
sustentação
de
da
Terra,
continentes
e
responsáveis
oceanos,
as
pela
placas
tectônicas formam e moldam o relevo do planeta.
Com ilustração
base
na
e
nos
conhecimentos sobre as placas
tectônicas,
indique as alternativas verdadeiras
(V)
e
as
falsas (F).
(
) As placas tectônicas são gigantescos fragmentos que
atuam como “artistas” e que, continuamente, recriam a paisagem da Terra. (
) A configuração atual dos continentes é fruto de
milhões de anos de “trabalho artístico” das placas, no processo conhecido como deriva continental. (
) As placas de Nazca e a Sul-Americana agrupam-se e
provocam a subducção da placa de Nazca: a placa SulAmericana, por ser mais leve, desliza por cima da placa de Nazca, elevando as montanhas dos Andes. a) V – F – F.
32
b) V – V – V.
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Página de referência: 221
3. (UFJF/Pism-MG) As figuras 1, 2, 3, 4 e 5, a seguir, mostram a história tectônica da Terra nos últimos 250 milhões de anos de tempo geológico. Cada era, período e época da história geológica da Terra teve uma distribuição de terra e mar, com regiões
climáticas,
vegetação
e
fauna
distintas,
caracterizando uma geografia física diferente da que presenciamos hoje.
Com base nas figuras apresentadas, responda: Qual das formas representa o continente Pangeia? a) Apenas a Figura 1.
b) Apenas a Figura 2.
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33
atividades
1. A formação das bacias sedimentares oceânicas aconteceu na Era: (
) Cenozoica.
(
) Mesozoica.
2. Complete corretamente: tectônicas – oceânicas – áreas
As placas ________________________________________________________ movimentam-se
lentamente
interagindo
entre
si,
em
__________________________________________________________________ continentais
e
___________________________________________________________________
3. Levando-se em conta a composição química e a densidade dos materiais que compõem a Terra, ela apresenta três camadas rochosas: (
) litosfera, mesosfera e núcleo.
(
) crosta, manto e núcleo.
34
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Página de referência: 222
A Taça é um arenito com formato particular, no Parque Estadual de Vila Velha, no município de Ponta Grossa (PR). Foto de 2015.
1. Rochas
Formadas por um ou mais minerais naturais.
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35
Página de referência: 223
36
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Página de referência: 224
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37
Página de referência: 224
em classe 1. (Uesc-BA) Todos
os
continentes
têm
um
núcleo
de
crosta
continental estável, total ou amplamente formado por rochas
pré-cambrianas
com
estruturas
complexas,
normalmente gnássicas e xistosas, e injetadas por batólitos graníticos. Sobre a estrutura geológica descrita, pode-se afirmar: d) Configura-se como planícies fanerozoicas ou assume feições de depressões interplanálticas. e) Apresenta relevos rebaixados, por sofrer intenso processo erosivo no decorrer do tempo geológico. 38
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Página de referência: 225
2. (UEL-PR) A estrutura geológica do Brasil é composta por: I. Escudos cristalinos, muito antigos, de rochas rígidas e resistentes que originaram planaltos e algumas depressões, compondo 1/3 do território nacional. II.
Bacias
sedimentares
compostas
de
rochas
sedimentares que originaram as planícies, planaltos sedimentares ou depressões, ocupando cerca de 64% do total do país. III.
Dobramentos
modernos
que
originaram
planaltos e relevos montanhosos, formados no Terciário, ocupando cerca de 30% do território nacional. IV.
Escudos
cristalinos
recentes,
pouco
desgastados por processos erosivos, que deram origem às formas de relevo no qual predominam os planaltos montanhosos distribuídos por quase todo o território nacional.
Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
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39
atividades
1. As rochas ___________________ são formadas pela deposição, compactação e cimentação de resíduos de outras rochas.
(
) metamórficas.
(
) sedimentares.
2. Assinale com verdadeiro (V) ou falso (F) as informações sobre o ciclo das rochas. (
) Fusão é o fenômeno de congelamento da rocha.
(
)
Cristalização
é
o
processo
de
resfriamento
e
solidificação do magma expelido por um vulcão. (
) Metamorfismo é quando a pressão e a temperatura
alteram as características de uma rocha. 3. Dobramentos modernos são: (
) estruturas rebaixadas em relação ao seu entorno.
(
) grandes cadeias montanhosas recentes.
40
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Página de referência: 226
Área de escavação de minério de ferro em Congonhas, no estado de Minas Gerais, em 2016. O
município
Quadrilátero
de
Congonhas
faz
Ferrífero, região que
parte
do
é a maior
produtora nacional de minério de ferro.
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41
Página de referência: 227
42
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Página de referência: 227
A
relevância
das
commodities
minerais
no
sistema
produtivo faz com que o valor de suas produções e exportações tenha grande relevância na economia de vários países, entre eles o Brasil, cujo território é rico em recursos minerais.
A produção de minério de ferro no mundo O minério de ferro é utilizado, sobretudo, na produção de aço e de ferroligas e aparece em diferentes minerais (hematita, magnetita, siderita, etc.). Os cinco maiores produtores – China, Brasil, Austrália, Índia e Rússia – são responsáveis por mais de 70% da produção mundial desse minério.
A Austrália e o Brasil, por
apresentarem
produção
que
excede
a
demanda de suas indústrias siderúrgicas,
são,
respectivamente, o primeiro e
o
segundo
maiores
exportadores de minério de ferro do mundo.
A China destaca-se
uma
também como o maior importador.
Isso
acontece porque o país é hoje responsável por mais
de
produção
40%
da
siderúrgica
(aço e ferro) mundial.
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43
Página de referência: 227
A produção de minério de ferro no Brasil As maiores jazidas de minérios de ferro do Brasil são encontradas em terrenos cristalinos de origem proterozoica.
O principal
ferro
é
o
minério
Estima-se
que
esses
exportado pelo Brasil,
terrenos
abriguem
representando mais de
aproximadamente
7%
80% do valor total de
reservas
suas
recurso mineral.
exportações
mundiais
das desse
minerais. Entre os importadores do minério de ferro brasileiro estão algumas das maiores potências industriais do mundo, como a China, o Japão e a Alemanha.
44
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Página de referência: 227
Navio
cargueiro
utilizado
para
exportação
de
minério de ferro no
porto
de
Tubarão,
no
município
de
Vitória
(ES),
em
2016.
Mais de 80% da produção brasileira de minério de ferro é realizada em dois estados: Minas Gerais (51,6%) e Pará (32%). A maior parte da produção de minério de ferro no Brasil é realizada pela Vale, uma empresa privada de capital aberto que se destaca nos dias atuais como uma das maiores mineradoras do mundo. A produção de manganês, estanho e nióbio Manganês O manganês é um dos mais importantes metais ferrosos do mundo e aparece na natureza em minerais como pirolusita e polianita. Seu uso mais importante ocorre na siderurgia, na fabricação do aço (tornando-o mais resistente a determinados tipos de corrosão). Os maiores produtores desse minério são a China, a Austrália, a África do Sul, o Gabão, a Índia e o Brasil. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br
45
Página de referência: 227
No Brasil, ele é explorado na Serra dos Carajás (PA), principal área produtora de minério de manganês no país; no Maciço do Urucum (MS), onde estão localizadas as maiores reservas de manganês no Brasil; e em Minas Gerais (no Quadrilátero Ferrífero).
Estanho O estanho, encontrado principalmente na cassiterita, tem grande aplicação na siderurgia para a fabricação de soldas e folhas de flandres (usadas na confecção de latas). Quando é misturado ao cobre, o estanho forma o bronze. Os maiores produtores mundiais de estanho são a China, a Indonésia, o Peru, a Bolívia e o Brasil – onde a maior parte da produção é realizada nos estados do Amazonas e de Rondônia. As exportações brasileiras são direcionadas principalmente para os Estados Unidos. 46
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Página de referência: 227
Mina
de
exploração
de
estanho
na
Indonésia,
em
2013.
Nióbio O Brasil detém as maiores jazidas de nióbio (97,5% do total mundial), localizadas nos estados de Minas Gerais, Amazonas e Goiás. Os países que mais importam esse minério – em sua maior parte, na forma de ferro--nióbio – são os Países Baixos, a China, Cingapura, os Estados Unidos e o Japão.
Área de mineração de
nióbio
no
município de Araxá (MG), em 2014. No detalhe ampliação
acima, do
mineral composto por nióbio.
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47
A produção de cobre e alumínio
Página de referência: 227
Cobre O cobre é um metal não ferroso encontrado na natureza de forma concentrada, sobretudo, no mineral cuprita. Sua aplicação é muito variada, tendo grande importância em vários segmentos industriais.
Os maiores produtores de cobre são o Chile (responsável por mais de 30% da produção mundial), o Peru, a China, os Estados Unidos e a Austrália. O Brasil é relativamente pobre em cobre, o que explica a dependência externa. O Chile é o país que mais fornece esse recurso para o Brasil (79%).
48
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Página de referência: 227
Alumínio O alumínio é obtido da alumina, que, por sua vez, é obtida principalmente do beneficiamento de bauxita. Esse metal é utilizado
na
fabricação
de
inúmeros
produtos,
como
utensílios domésticos, embalagens metalizadas, fios e cabos elétricos, latas de bebidas, motores elétricos e carrocerias de veículos. Sua utilização mais expressiva é na indústria aeronáutica.
Os maiores produtores mundiais de bauxita são a China, a Rússia e o Canadá. No Brasil, o minério é explorado no estado do Pará, na Serra dos Carajás (Parauapebas) e no vale do rio Trombetas (Oriximiná). Sua exploração é realizada pela empresa Mineração Rio do Norte.
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49
Página de referência: 227
Usina
de
secagem
de
bauxita no vale do
rio
Trombetas,
no
município
de
Oriximiná (PA), em 2013.
A produção mineral não metálica Entre as produções minerais não metálicas exploradas no país, destacam-se a cal e o sal marinho. • A produção da cal é obtida do calcário. Tem grande importância para a construção civil e para a agricultura, que a utiliza como corretivo da acidez do solo. • O sal marinho é obtido da água do mar, por meio do processo de cristalização por evaporação. Sua exploração é significativa no estado do Rio Grande do Norte, responsável por 95% da produção nacional.
Sal secando em salina no município de Porto do Mangue (RN), em 2015.
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Página de referência: 227
A apropriação dos recursos naturais e suas implicações ambientais O nível de apropriação dos recursos naturais, como os minerais, por um país é resultado da tecnologia e do capital de que ele dispõe.
A exploração dos recursos minerais em várias regiões do mundo tem provocado o esgotamento
de
muitas
jazidas,
além
da
degradação ambiental em muitas regiões.
No Brasil, essa degradação ambiental é observada em muitas áreas do país, sobretudo nas de maior ocorrência e produção mineral, como a Serra dos Carajás (PA) e o Quadrilátero Ferrífero (MG), onde o desenvolvimento dessa atividade tem provocado: • desmatamento; • prejuízo à biodiversidade; • aceleração do processo erosivo; • intensificação da deposição de sedimentos nos rios (assoreamento); • e contaminação de suas águas (por produtos provenientes da lavagem do minério).
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51
em classe 1. (UFSM-RS) Observe o mapa:
Página de referência: 228
De acordo com o mapa
e
os
seus
conhecimentos, observe as afirmativas: I. Os principais recursos minerais
brasileiros,
como ferro, bauxita e manganês, são utilizados como
commodities,
ou
seja,
exportados
in
natura para indústrias de
transformação
no
exterior. II. A maior parte da extração mineral no Brasil ocorre em áreas de escudos cristalinos, devido à diversidade de minerais e rochas que compõem essa litologia. III. A extração de sal em território brasileiro é totalmente realizada em áreas litorâneas, que estão em contato com bacias sedimentares. IV. A mineração pode ser considerada uma das atividades humanas que mais causam impactos ao meio ambiente. Está(ão) correta(s) d) apenas I, II e IV. 52
e) I, II, III e IV. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br
Página de referência: 228
2. (UFU-MG)
Com 317 anos, o distrito de Bento Rodrigues, na cidade mineira de Mariana, tinha história. O vilarejo de 600 habitantes fez parte da rota da Estrada Real no século XVII e abrigava igrejas e monumentos de relevância cultural. Em 5 de novembro, em apenas onze minutos, um tsunami de 62 milhões de metros cúbicos de lama aniquilou Bento Rodrigues. A onda devastou outros sete distritos de Mariana e contaminou os rios Gualaxo do Norte, do Carmo e Doce. O destino final da lama é o mar do Espírito Santo, onde o Rio Doce tem sua foz. O que causou a tragédia foi o rompimento de uma das barragens no complexo de Alegria, da mineradora Samarco. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/complemento/ brasil/paraque-nao-se-repita>. Acesso em: 7 de jan. 2016.
A barragem rompida em Mariana continha rejeito, o resíduo resultante da mineração de ferro, responsável por desencadear os seguintes impactos ambientais, EXCETO: c) Mortandade de animais, terrestres e aquáticos. d) Diminuição da vazão anual do rio.
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53
Página de referência: 228
3. (Ulbra-RS)
A
exploração
dos
recursos
minerais
no
território brasileiro tem papel fundamental na economia do país e no mercado de commodity. Associe adequadamente o produto primário à informação relacionada. 01) Minério de ferro 02) Ouro 03) Alumínio (
) Também conhecido como bauxita, o Brasil possui grande
reserva mundial e sua principal jazida está localizada no estado do Pará. (
) Tem a sua exploração no chamado quadrilátero central,
sendo que a sua produção destina-se ao abastecimento da siderurgia. (
) A lavra gera impacto ambiental pelo uso do mercúrio na
sua exploração. A sequência correta é d) 3; 1; 2. e) 2; 3; 1.
54
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atividades
1. Assinale apenas os exemplos de minerais não energéticos:
diamante (
)
petróleo (
)
ferro
areia
(
(
)
)
2. A relevância das ______________________________ no sistema produtivo faz com que o valor de suas produções e exportações tenha grande relevância na economia de vários países (
) commodities minerais.
(
) plantas para agricultura.
3. A exploração dos recursos minerais provoca: (
) o esgotamento de muitas jazidas e a degradação
ambiental. (
) o aumento de empregos e de áreas verde nas cidades.
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55
4. Observe a tabela.
Assinale a alternativa que contenha, apenas, os recursos minerais que preencham corretamente a tabela. (
) I – Nióbio II – Manganês III – Bauxita
(
) I – Manganês II – Estanho III – Cobre
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Página de referência: 230
Torres del Paine é uma formação montanhosa que faz parte da cordilheira dos Andes. Parque Nacional Torres del Paine, Chile, em 2016.
1. Limites de placas tectônicas
Os limites entre as placas estão associados a diferentes dinâmicas na superfície terrestre.
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57
Página de referência: 231
Os vulcões e os abalos sísmicos Entre
os
fenômenos
geológicos
que
deformam
e
condicionam as grandes estruturas da crosta, destaca-se, ainda, o vulcanismo, que envolve a ascensão do magma, o qual vem à superfície através de falhas, acompanhado ou não de gases e cinzas. O vulcão Kilauea, no Havaí, Estados Unidos, é considerado o mais ativo
do
mundo
atualmente. Na foto, erupção ocorrida em 2016.
Os abalos sísmicos, comumente chamados de terremotos, são vibrações que resultam da movimentação das placas tectônicas. Ao se deslocar, as placas geram vibrações que podem ter efeitos destrutivos.
58
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Página de referência: 231
Quando o terremoto ocorre no leito oceânico, ele provoca um maremoto, ou seja, uma agitação das águas oceânicas, que pode provocar a formação de ondas marinhas.
Cidade de Kesennuma (no nordeste
do
Japão)
destruída pelo tsunami de 2011. A foto mostra a cidade seis meses após o tsunami.
Ao atingir as áreas litorâneas de uma ilha ou de um continente, as ondas elevam-se a grandes alturas e invadem extensas áreas costeiras, provocando enorme destruição. Essas ondas marinhas são chamadas de tsunamis.
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59
Página de referência: 231
Sem a proteção da vegetação, fica
o
solo
suscetível
erosão
à e,
consequentemente, ao aparecimento de voçorocas (grandes buracos de erosão). Foto de voçoroca no município
de
Abre
Campo (MG).
60
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em classe Página de referência: 232
1. (Fatec-SP) A Teoria da Tectônica de Placas afirma que a crosta terrestre, mais precisamente a litosfera, está fracionada em um determinado número de placas tectônicas rígidas, que se deslocam com movimentos horizontais. Em faixas de contato onde ocorrem choques entre as placas tectônicas, uma placa submerge sob outra placa. Esse fenômeno, conhecido como subducção, ocorre em bordas a) destrutivas, quando a pressão entre as placas tectônicas faz com que uma delas mergulhe debaixo da outra. b) divergentes, em decorrência de erupções vulcânicas que colaboram
com
a
deformação
e
ruptura
das
placas
tectônicas. 2. (UCS-RS) Observe o mapa a seguir:
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61
Página de referência: 233
d) Os limites entre as placas tectônicas constituem áreas de intensas atividades geológicas, suscetíveis à ocorrência de vulcões, como o Kilauea no Havaí; terremotos, como os que acometem os Andes; e formação de cordilheiras, como a do Himalaia. e) Os dois tipos de movimentos existentes e divergentes entre placas, ou seja, entre placas oceânica e continental, que geram o afundamento dos oceanos, geração de sismos e vulcanismo
intrusivo
e,
entre
continental
e
oceânica,
constituem um sistema de sismos, cujos fenômenos geológicos que ocorrem com o dobramento dos continentes geram vulcanismo. 3. . (Uece) Leia atentamente a seguinte notícia: Os dois abalos sísmicos mais fortes da semana passada, de 6,5 e 7,3 graus, deixaram até agora 42 mortos na província de Kumamoto. Além disso, perto de 250 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas casas por causa do risco de desabamento em consequência da série de réplicas. Alerta de especialistas no Japão sobre “grande terremoto”
causa
apreensão.
Para cientistas,
recentes
tremores registrados no sudoeste do país seriam sinal de movimentação de placas tectônicas causada por falha geológica; “efeito dominó” pode causar tremor de grande magnitude. Analise as seguintes afirmações sobre a Teoria da Tectônica Global e placas tectônicas: 62
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Página de referência: 233
I. A velocidade de movimentação das placas tectônicas é diferente uma das outras. Contudo, possuem uma velocidade média de aproximadamente 2 a 3 cm/ano. II. O processo de subducção ocorre quando a parte mais antiga de uma placa se desprende e mergulha embaixo de outra placa menos densa. III. Cadeias de montanhas, como os Andes, formam-se a partir do choque entre uma placa continental e uma placa oceânica. Está correto o que se afirma em c) I e III apenas.
d) I, II e III.
4. (Uece) Os terremotos são fenômenos que demonstram nitidamente o caráter dinâmico da Terra. Considerando esses eventos, analise as afirmações abaixo. I. Os abalos sísmicos que ocorrem no Brasil são de baixa intensidade e, na sua grande maioria, resultam das forças geológicas que atuam em toda a placa que contém o continente sul-americano. II. Os terremotos podem ocorrer na área de contato entre duas placas, assim como no interior das mesmas. III. Quando ocorre um abalo sísmico, são geradas ondas sísmicas capazes de se propagar em todas as direções.
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63
Página de referência: 233
Está correto o que se afirma em: c) II e III apenas.
d) I, II e III.
5. (UCS-RS) A colisão das placas tectônicas faz com que se acumule muita tensão nas bordas dessas placas. Quando as pressões chegam a um determinado nível, ocorre a liberação da energia acumulada, que chega à superfície e provoca abalos e tremores. A força de um abalo sísmico é dada pela sua intensidade ou magnitude. Observe o desenho.
O ponto A, no desenho, corresponde à origem do sismo, e o ponto B, à projeção do sismo na superfície. Assinale
a
alternativa
que
corresponde,
respectivamente, aos pontos A e B do desenho acima. a) hipocentro – epicentro
64
b) epicentro – terremoto
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Página de referência: 234
6. (PUC-PR) Analise os dados da tabela abaixo.
Assinale a alternativa que correlaciona CORRETAMENTE o
fenômeno
natural
identificado
na tabela
com
suas
consequências para as sociedades humanas. c) Os terremotos resultam de forças internas incontroláveis, capazes de gerar enormes prejuízos sociais e econômicos, sobretudo em países com estruturas precárias. d) Muito frequentes em áreas de contato entre as placas tectônicas,
o impacto
socioeconômico
dos
terremotos
restringe-se ao epicentro. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br
65
Página de referência: 234
7. (UEL-PR) Leia o texto a seguir.
Montes Claros (MG) registrou uma sequência de tremores nos últimos três anos. O mais forte deles – de 4,2 de magnitude na escala Richter, ocorrido em 19 de maio de 2012 – motivou a instalação de estações sismográficas na Universidade de Brasília (UnB) e na Universidade de São Paulo (USP), que passaram a monitorar
os
fenômenos
em
parceria
com
a
Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).
Adaptado de: <http://selmawebsite.blogspot.com.br/ 2014/04/abalos-sismicos-em-minas-gerais.html>. Acesso em: 30 abr. 2014.
Considerando tectônica
que
o
Sul-Americana,
Brasil
encontra-se
assinale
a
na
placa
alternativa
que
apresenta, corretamente, o que gerou o abalo sísmico no estado de Minas Gerais, em abril de 2014.
a) As acomodações da falha geológica, de aproximadamente 3 km de extensão. b) A colisão da placa de Nazca com a placa Sul-Americana.
66
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atividades
1. São considerados, respectivamente, agentes modeladores internos (endógenos) e externos (exógenos) da Terra: (
) Águas correntes e vulcanismo.
(
) Tectonismo e intemperismo.
2. O
encontro
de
placas,
associado
à
ocorrência
de
terremotos e erupções vulcânicas é conhecido como: (
) convergente ou destrutivo.
(
) divergente ou construtivo.
3. Os
_______________________,
comumente
chamados
de
terremotos, são vibrações que resultam da movimentação das placas tectônicas. (
) vulcões.
(
) abalos sísmicos.
4. O intemperismo é provocado por situações como: (
) a ação do vento, da água e de organismos vivos.
(
) a mudança de posição dos planetas.
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67
Página de referência: 235
Paisagem de chapadas no Parque Nacional da Chapada Diamantina, no estado da Bahia, em 2016.
68
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Página de referência: 236
Classificação do relevo brasileiro, segundo Jurandyr L. S. Ross
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69
Página de referência: 236
Critérios • Processo de formação dominante; • Nível altimétrico; • Base geológica e estrutural do terreno.
Unidades de relevo • 11 planaltos: superfícies irregulares, acima de 300 metros, onde prevalecem processos erosivos; originados de estruturas rochosas cristalinas ou sedimentares. • 11 depressões: superfícies aplainadas (entre 100 e 500 metros), formadas por intensos processos erosivos nas bordas de bacias sedimentares em seu contato com estruturas rochosas mais resistentes. • 6 planícies: superfícies planas, abaixo de 100 metros, onde prevalecem processos de sedimentação.
O relevo brasileiro Características gerais Como visto anteriormente, o relevo e seu modelado resultam da ação de agentes internos (formadores) e de agentes externos (modeladores).
70
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Página de referência: 236
No território brasileiro, os agentes internos atuaram há milhares de anos, por isso o país apresenta estruturas geológicas antigas, com predomínio da ação de agentes externos e cujas altitudes são modestas. Os picos culminantes do Brasil são o pico da Neblina (2 995 m) e o 31 de Março (2 974 m), ambos localizados na faixa de fronteira entre o estado do Amazonas e a Venezuela.
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71
Página de referência: 236
As planícies As planícies são compartimentos do relevo nos quais os processos de deposição de sedimentos superam os de erosão. Essa característica diferencia as planícies dos planaltos e das depressões, nos quais predominam os processos erosivos.
• São consideradas planícies de inundação quando seus sedimentos têm origem em processos fluviais, como ocorre com a planície do Pantanal MatoGrossense e com a planície do rio Amazonas. • Também podem ser encontradas planícies costeiras, como aquelas ao longo do litoral nordestino, cujos sedimentos são de origem marinha e fluvial; • Além das planícies lacustres, como a da lagoa dos Patos e a da lagoa Mirim, ambas no estado do Rio Grande do Sul.
Planície litorânea
no
município
de
Recife
em
(PE),
2015.
72
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Página de referência: 236
Os planaltos Os planaltos são as formas predominantes do território nacional. Sua origem pode ser tanto cristalina quanto sedimentar. Em virtude da prolongada ação do intemperismo e da erosão a que estão submetidos desde sua origem, os planaltos podem assumir diferentes feições: chapadas, serras, escarpas, tabuleiros, colinas, etc.
No Parque Nacional da
Chapada
Guimarães
dos é
possível
observar
os
paredões
formados
por
arenito.
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73
Página de referência: 236
As depressões As depressões são compartimentos do relevo rebaixados em relação ao nível do mar (depressões absolutas) ou em relação ao seu entorno (depressões relativas). No Brasil, as depressões constituem a forma de relevo mais antiga do território. Da mesma forma que os planaltos, podem se situar sobre bacias sedimentares ou escudos cristalinos.
Encontramos no Brasil apenas depressões relativas, como: • a Depressão Periférica Paulista, no estado de São Paulo; • a Depressão Sertaneja, na região Nordeste; • e
as
depressões
marginais
Norte
e
Sul-
Amazônicas.
Vista
panorâmica
da
Depressão
Sertaneja Parque
no Estadual
do Pico do Jabre, no
município
Teixeira
(PB),
de em
2014.
74
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em classe 1. (UFSC) Os mapas abaixo apresentam duas formas de divisão do
relevo
brasileiro,
resultado
de
conceitos
geomorfológicos distintos. Página de referência: 236
Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S). 01) O mapa 1 apresenta uma divisão do relevo que leva em consideração os processos erosivos sofridos pelas unidades rochosas, sobretudo pela ação climática. 02) No mapa 2, diferentemente do mapa 1, predominam as depressões. Esta classificação leva em consideração os movimentos tectônicos da crosta terrestre. 04) A compreensão do relevo é fundamental para que se possa avaliar o potencial energético de um país. 08) No mapa 2, a planície amazônica é representada como uma estreita faixa e deixa de ser, portanto, se comparada ao mapa 1, a maior planície do Brasil. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br
75
Página de referência: 237
16) A análise mais detalhada das formações de relevo nos dois mapas permite concluir que algumas unidades que não existem no primeiro estão presentes no segundo mapa. 32) A Guerra do Contestado (1912-1916) ocorreu na área delimitada pela Planície Gaúcha, de acordo com o mapa 1. 2. (UEM-PR) Assinale o que for correto sobre o relevo e sua dinâmica no território brasileiro. 01) A classificação mais recente do relevo brasileiro foi baseada em grandes unidades ou compartimentos, dividindo-se em três tipos: os planaltos, as depressões e as planícies. 02) Ao longo do território brasileiro, não são encontradas cadeias montanhosas formadas por dobramentos modernos, pois o país se encontra no meio da placa tectônica SulAmericana. 04) Os fatores climáticos atuais não interferem na dinâmica do modelado do relevo brasileiro, devido à proximidade dele com a linha imaginária do Equador. 08) As frentes de cuestas são feições do relevo que ocorrem devido à erosão diferencial e são características de diversas áreas do Brasil. 16) Ao longo do litoral brasileiro, sucedem-se paisagens muito diversificadas.
No
litoral
nordestino,
destacam--se
as
formações arenosas dispostas paralelamente às linhas de maré, são as conhecidas enseadas que, em alguns trechos, circundam as escarpas da Serra do Mar.
76
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Página de referência: 237
3. (Fuvest-SP) O Brasil possui cerca de 7 500 km de litoral, ao longo dos quais encontramos distintas paisagens naturais, pouco ou muito transformadas pelo homem. Com base nas imagens e em seus conhecimentos, assinale a alternativa que contém informações corretas sobre a paisagem a que elas se referem.
a) Essa paisagem, resultante de
derramamentos
vulcânicos
em
geológicas
eras
recentes,
restringe-se, no Brasil, a poucos trechos do litoral da região Sudeste.
b)
Na
ausência
de
cobertura
vegetal,
formações
decorrentes
ação
eólica
essas de
constituem
paisagens que se modificam constantemente,
estando
presentes no litoral e também no interior do Brasil.
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atividades 1. Complete corretamente:
brasileiro – altitudes – antigas
No
território
___________________________________________________________________, os agentes internos atuaram há milhares de anos, por isso o país
apresenta
estruturas
geológicas
___________________________________________________________________, com predomínio da ação de agentes externos e cujas ___________________________________________________________________ são modestas. 2. As planícies são: (
) compartimentos do relevo nos quais os processos de
deposição de sedimentos superam os de erosão. (
) são compartimentos do relevo rebaixados em relação ao
nível do mar. 3. Os _____________________________ são as formas predominantes do território nacional. (
) planaltos.
(
) depressões.
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Página de referência: 238
Chuva sobre a Floresta Amazônica, no município de Porto Velho (RO), em 2017.
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79
Página de referência: 239
A temperatura do ar representa a quantidade de calor contida
na
atmosfera
em
determinado
instante.
Esse
aquecimento resulta da interação da radiação solar com a superfície terrestre.
A umidade do ar designa a quantidade de vapor de água contida na atmosfera. Ela está relacionada ao processo de evaporação das águas superficiais: oceanos, mares, rios, lagos, solo, plantas. Relaciona-se, portanto, ao ciclo da água.
80
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Página de referência: 239
Ciclo da água
Para que haja precipitação é necessário que ocorra o processo de condensação do vapor de água que se acumula na atmosfera e forma nuvens. Os principais tipos de chuvas são: • Orográficas (ou de relevo) – ocorrem quando a massa de ar úmido é impulsionada para uma altitude mais elevada, ocasionando a condensação do vapor de água, a formação de nuvens e a precipitação. • Convectivas – são causadas pelo aquecimento do ar na superfície, fazendo com que o ar ascenda e, dessa forma, ao atingir camadas mais frias da troposfera, o vapor de água condensa-se, formando nuvens e causando precipitações. • Frontais – resultam do deslocamento horizontal e do choque entre diferentes massas de ar. O contato entre elas forma
uma
faixa
de
instabilidade,
onde
ocorrem
as
precipitações.
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81
Página de referência: 239
Quando as temperaturas estão abaixo de 0 °C, o vapor de água existente na atmosfera se congela, formando flocos de cristais de gelo. A precipitação desses flocos é conhecida como neve. O granizo é outro tipo de precipitação, diferenciando-se da chuva pelo fato de ser sólido. Geralmente, ess
82
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Página de referência: 240
4. Pressão e ventos
Os ventos convergem e ascendem nos ciclones (centros de baixa pressão) e descendem e divergem nos anticiclones (centros de alta pressão).
Alguns fatores atuam na caracterização do clima, Entre esses fatores, encontram-se os estáticos como: • latitude
–
quanto
maior
a
latitude,
menor
a
temperatura. Isso se explica pelo formato da Terra e por seu eixo ser inclinado: os raios solares incidem mais obliquamente (inclinados) sobre a superfície conforme se distancia do equador. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br
83
Página de referência: 240
• altitude
–
quanto
maior
a
altitude,
menor
a
temperatura. Essa relação se justifica pela menor quantidade
de
gases
disponíveis
na
atmosfera
conforme a altitude se eleva, ou seja, o ar torna--se rarefeito, diminuindo a sua capacidade de retenção de calor. • maritimidade – quanto maior for a proximidade em relação ao mar, maior será a influência das massas oceânicas. As áreas que sofrem a influência desse fator
climático
são
mais
úmidas
e
apresentam
amplitudes térmicas relativamente baixas. •
continentalidade – quanto maior for o afastamento em relação ao mar, menor será a influência das massas oceânicas. As áreas que sofrem a influência desse fator
climático
são
mais
secas
e
apresentam
amplitudes térmicas relativamente altas. • relevo – pode facilitar ou dificultar a circulação das massas de ar, além de influenciar tanto a temperatura quanto a umidade.
84
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Página de referência: 240
• correntes marítimas – alteram a temperatura e a umidade da atmosfera sobre elas,
influenciando o clima.
Conforme a sua origem, podem ser frias ou quentes.
Se
frias,
inibem
o
processo de evaporação e formação
das
nuvens
e,
dessa forma, a ocorrência de
chuvas
nas
áreas
costeiras banhadas por suas
Se
quentes,
correntes
as
marítimas
determinam a elevação da temperatura e do nível de umidade nas áreas costeiras banhadas por suas águas.
águas. Um
exemplo
disso
ocorre ao norte do Chile, onde está situado o deserto do Atacama, por ação da corrente fria de Humboldt.
Um
exemplo
ocorre
no
Europa,
como
disso
noroeste efeito
da da
corrente do Golfo.
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Página de referência: 240
• massas
de
ar
–
influenciam
as
condições
meteorológicas da região por onde passam e são diretamente volumes
influenciadas
horizontais
de
por ar
elas. com
São
grandes
características
homogêneas de umidade, temperatura e pressão, e formam-se sobre oceanos ou continentes.
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em classe Página de referência: 241
1. (UFG-GO – Adaptada) Leia o texto a seguir. […] A qualidade do ar da cidade não depende somente da quantidade
de
poluentes
lançados
pelas
fontes
emissoras, mas também da forma como a atmosfera age no sentido de concentrá-los ou dispersá-los. […] Assume-se que os fenômenos de dispersão e remoção dos poluentes sejam comandados pelas feições regionais da atmosfera […], pelos aspectos locais do clima urbano (ilhas de calor e
circulação
de
ar)
em
consonância
com
as
características da superfície urbana […]. O fenômeno descrito é comum nas grandes áreas urbanas. Levando-se em conta a circulação da atmosfera na Região Metropolitana de São Paulo durante o inverno, contribuem para a concentração de poluentes no ar as condições do d) tempo, favoráveis à dispersão do material particulado. e) tempo, caracterizadas por estabilidade atmosférica. 2. (PUC-MG – Adaptada) Relacione as alternativas a seguir com os itens indicados nos parênteses. I. O calor do continente aquece as bases das massas de ar, provocando movimento ascensional da atmosfera com consequentes pancadas de chuvas.
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87
Página de referência: 241
II. A penetração do ar polar sobre o território brasileiro resfria a atmosfera e ocasiona a condensação da umidade do ar com consequentes precipitações. III. A massa Tropical atlântica, avançando sobre as regiões costeiras, encontra uma barreira formada por serras do relevo brasileiro que elevam o ar úmido e condensam o vapor d’água, causando chuvas. (
) Chuvas orográficas
(
) Chuvas frontais
(
) Chuvas convectivas A ordem CORRETA encontrada, de cima para baixo, é:
a) III – II – I
b) III – I – II
3. (Vunesp – Adaptada) As equipes de resgate trabalham para salvar milhares de pessoas que permanecem ilhadas no norte da Índia devido aos deslizamentos de terra e às inundações provocadas pelas chuvas. As pesadas chuvas, que atingem o subcontinente de junho a setembro, costumam provocar alagamentos, mas começaram mais cedo este ano. As chuvas torrenciais abordadas pelo texto estão associadas ao fenômeno climático denominado a) Monções de verão.
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b) Monções de inverno
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atividades
1. A ______________ do ar designa a quantidade de vapor de água contida na atmosfera. (
) temperatura.
(
) umidade.
2. Relacione corretamente os tipos de chuvas:
resultam Orográficas
do
deslocamento horizontal e do choque entre
diferentes
massas de ar.
são Convectivas
causadas
pelo
aquecimento do ar na superfície.
localizada Frontais
entre
o
trópico de Câncer e o trópico de Capricórnio.
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3. O ____________ diferencia-se da chuva pelo fato de ser sólido. Geralmente, esse tipo de precipitação é formado em imensas nuvens, denominadas de cumulonimbus. (
) granizo.
(
) radiação.
4. Assinale apenas os fatores climáticos dinâmicos.
massas de ar (
)
(
correntes marítimas (
)
relevo )
altitude (
)
5. Se as correntes marítimas forem frias, elas: (
) determinam a elevação da temperatura de do nível de
umidade. (
) inibem o processo de evaporação e formação das nuvens.
6. De tempos em tempos, as águas equatoriais do Pacífico se aquecem de maneira anormal, resultando no fenômeno: (
) El Niño.
(
) Tsunami.
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Página de referência: 242
Composição de fotos de paisagens de distintos domínios climáticos: 1 – clima desértico no deserto de Gobi, na China (foto de 2016); 2 – clima frio de montanha na Alemanha (foto de 2017); 3 – clima subtropical no Rio Grande do Sul, Brasil (foto de 2014); 4 – clima tropical no Rio de Janeiro, Brasil (foto de 2015).
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Página de referência: 243
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Climogramas
Página de referência: 243
Climas quentes e úmidos
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93
Climas quentes e secos
94
Página de referência: 243
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Climas temperados
Página de referência: 243
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95
Climas frios
96
Página de referência: 243
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em classe Página de referência: 243
1. (UTFPR – Adaptada) “Clima quente durante o ano, no qual as estações são marcadas principalmente pelas diferenças de umidade do ar, sendo seco, no inverno, e chuvoso, no verão. Relaciona-se com um bioma onde predominam espécies herbáceas e gramíneas.” Essa descrição corresponde a um clima classificado como: b) equatorial.
c) tropical.
2. (UCS-RS) Analise os três climogramas a seguir:
Assinale a alternativa que aponta para os tipos climáticos representados, respectivamente, nos climogramas I, II e III.
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Página de referência: 244
3. (UEPG-PR) Sobre os diversos climas do planeta e suas características pluviométricas, assinale o que for correto.
01) O clima equatorial aparece na faixa do equador terrestre, aproximadamente entre 5° N e 5° S, e suas chuvas são convectivas e abundantes o ano todo.
02) O clima tropical ocorre entre 5° e 30° N e S e caracterizase pela existência de duas estações ou períodos: a estação mais úmida e a estação seca.
04) O clima desértico ocorre mais comumente em faixas tropicais, entre 15° e 45° N e S, e as chuvas são fracas ou inexistentes, sendo normalmente inferiores a 150 mm por ano.
08) O clima mediterrâneo ocorre na bacia do Mediterrâneo, na Califórnia, centro do Chile, sul da África do Sul e sul da Austrália, e as chuvas ocorrem nos meses de outono e inverno e têm origem frontal, isto é, associadas à passagem de frentes.
16) O clima polar está presente nas latitudes mais elevadas, tanto ao norte quanto ao sul do planeta, e as chuvas são inexistentes sendo que as precipitações ocorrem sob a forma de neve.
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atividades
1. Assinale o climograma que representa o clima polar.
(
)
(
)
2. O clima ______________ é quente e úmido e possui duas estações bem definidas: verão e inverno. (
) tropical.
(
) semiárido.
3. Assinale a alternativa que descreve as características do clima desértico. (
) próximo aos círculos polares e invernos rigorosos e
longos. (
) elevada amplitude térmica diária e acentuada aridez.
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Página de referência: 245
Paisagem
da
formação
vegetal
do
Cerrado
(denominação da Savana no território brasileiro) em Pirenópolis (GO), em 2015.
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Página de referência: 246
O mapa ao lado constitui um panorama da cobertura vegetal que originalmente existia no planeta.
A maior parte da superfície terrestre já sofreu alguma alteração humana, e, atualmente, apenas uma porcentagem dessa cobertura original pode ser encontrada. Esse
fato
decorreu
da
expansão
das
sociedades humanas, instaurando um processo de
degradação
das
formações
vegetais
originais, muitas das quais estão ameaçadas de extinção.
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Página de referência: 246
• Floresta Equatorial: As florestas equatoriais localizam-se em áreas de clima extremamente quente e úmido, próximas ao equador, como na Amazônia sul-americana, na porção centro--ocidental da África e no sudeste da Ásia.
Vista
aérea
trecho
do
Nacional
de
Parque Odzala-
Kokova, na República do Congo, em 2014.
• Floresta Tropical: Essas florestas se localizam em áreas próximas aos trópicos de Câncer e de Capricórnio, nos trechos de maior umidade, como o sudeste brasileiro e a costa meridional do México. Cobertura
original
de Mata Atlântica no Parque
Estadual
Carlos Botelho, na Serra
de
Paranapiacaba,
no
município
de
São
Miguel Arcanjo (SP), em 2017.
• Floresta Temperada: Pode ser encontrada na Europa central e ocidental e nos Estados Unidos.
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Página de referência: 246
Vista de floresta e lago
durante
o
outono no Parque Nacional
de
Yedigöller, ou dos Sete
Lagos,
na
Turquia, em 2016.
• Floresta Boreal: Também é conhecida como Floresta de Coníferas. Típica do hemisfério norte, surge em latitudes médias e altas, quase sempre a partir da latitude 50° N.
É uma formação vegetal que serve à produção de papel, especialmente no Canadá, na península Escandinava (Europa) e na Sibéria (Ásia), onde é denominada Taiga, vocábulo de origem russa.
Floresta
de
Coníferas
na
região
da
Bavária, ao sul da Alemanha, em 2017.
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Página de referência: 246
O problema da devastação nas formações arbóreas A
intensificação
das
atividades
humanas
tem
sido
responsável pelo desmatamento em diversos pontos do globo. Maior nos domínios cobertos por florestas intertropicais (Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Floresta do Congo e de Madagascar e florestas da Indonésia), o desmatamento ocorre de forma acelerada e indiscriminada. Nessas áreas é comum a prática de queimadas para abertura de campos de cultivo. Essa técnica provoca: • o empobrecimento das camadas superficiais do solo, pela combustão de seus elementos orgânicos, • e a diminuição da biodiversidade, por eliminação do habitat de muitas espécies vegetais e animais. O desmatamento acelera o processo de erosão pluvial dos solos (a velocidade de escoamento da água das chuvas é maior em lugares sem a cobertura vegetal) e contribui para a redução da absorção de água pelo solo e para seu empobrecimento.
Incêndio florestal em ilha da Indonésia, em 2016. A fumaça dessas queimadas atingir
costuma os
países
vizinhos.
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Página de referência: 246
• Vegetação Mediterrânea: Sua área de ocorrência mais típica é a porção meridional do continente europeu, junto ao mar Mediterrâneo, cujo clima recebe o mesmo nome.
Vista
do
Nacional
Parque de
Calanques, próximo à cidade de Cassis, na França, em 2016.
• Savana: Domina grande parte do continente africano e o Brasil central, onde é conhecida como Cerrado.
Grupo
de
leões
atravessando trecho da Savana na Reserva Nacional Masai Mara, no Quênia, em 2016.
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Página de referência: 246
• Pradaria: Sua principal área de ocorrência está nas planícies centrais dos Estados Unidos e do Canadá, na Ucrânia e na porção meridional da América do Sul, onde recebe o nome de Pampas.
Criação de gado nos
Pampas
gaúchos,
em
Santa Maria (RS), em 2017.
• Estepe: Aparece na Europa oriental, em especial na Rússia e na Ucrânia, onde é caracterizada pela presença de um solo muito
fértil,
conhecido
como
terras
negras,
tchernozion.
Estrada cortando a estepe na região da Sibéria, na Rússia, em 2017.
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ou
Página de referência: 246
• Tundra:
formação
herbácea
encontrada
nas
altas
latitudes, típica dos círculos polares, onde a cobertura de gelo se estende por cerca de oito meses do ano.
Tundra em solo vulcânico
na
Islândia,
em
2016.
A vegetação em áreas desérticas Nas áreas desérticas, a vegetação é bastante pobre e rara, em razão das condições climáticas dominantes, com elevadas temperaturas e acentuada aridez. As poucas espécies que aparecem são xerófilas e, geralmente, herbáceas com um ciclo de vida muito curto. As maiores ocorrências estão nos desertos da Califórnia (Estados Unidos), do Saara (África setentrional), da Arábia (Oriente Médio), de Atacama (Chile), de Kalahari (África meridional) e da Austrália. O solo pouco maduro é um
dos
fatores
responsáveis
pela
pequena diversidade de espécies
vegetais
nos
desertos. Deserto do Saara, na Argélia.
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Página de referência: 246
A vegetação e os impactos do desmatamento É importante destacar que tanto no Brasil como no mundo a biodiversidade está em risco. As espécies vegetais e animais vêm sendo ameaçadas por vários fatores, como utilização de recursos
naturais,
poluição, crescimento
urbano e expansão das fronteiras agrícolas.
Estima-se que, a cada ano, cerca de 17 milhões de hectares de floresta tropical são desmatados. Vários cientistas afirmam que muitas espécies estão sendo extintas sem mesmo serem conhecidas e estudadas.
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em classe Página de referência: 247
1. (Fatec-SP) O clima continental que se manifesta nas altas latitudes condiciona o desenvolvimento desta vegetação, caracterizada por árvores de grande porte e relativamente homogêneas. Já foi intensamente explorada para retirada da madeira. Atualmente, o reflorestamento tem reduzido o impacto dessa exploração. O texto refere-se à seguinte formação vegetal: c) Floresta de Coníferas. d) Savanas. 2. (PUC-RS) Responder à questão com base no texto a seguir. As comunidades que vivem na área que se estende no sentido Leste-Oeste ao sul do trópico de Câncer, na África, são atingidas por grandes tragédias ligadas à pobreza e à subnutrição. A desertificação dessa área está avançando no sentido sul do continente, causada principalmente pela má utilização do solo. A ajuda internacional tem sido imprescindível para amenizar o sofrimento dos povos. A paisagem a que o texto se refere é d) o deserto do Saara.
e) a região do Sahel.
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atividades 1. (Mack-SP) Esse bioma originalmente ocorre em áreas de baixas latitudes e é caracterizado como um domínio florestado, perene, intensamente estratificado e
com bastante
adensamento em sua formação vegetal. Isso ocorre em virtude do clima quente e úmido, ocasionando uma intensa heterogeneidade de espécies, tanto vegetais quanto animais. O texto refere-se às: (
) Florestas latifoliadas.
(
) Florestas Boreais.
2. (PUC-MG) Leia com atenção o texto a seguir. É formação vegetal característica das áreas em torno do paralelo 40°, ocorrendo em áreas de clima com quatro estações bem definidas. As espécies apresentam alto porte e são de folhas decíduas. O texto se refere a: (
) Coníferas.
(
) Florestas Temperadas.
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3. A ______________________ também é conhecida como Floresta de Coníferas. Típica do hemisfério norte, surge em latitudes médias e altas, quase sempre a partir da latitude 50° N. (
) Floresta Boreal.
(
) Floresta Temperada.
4. Assinale com verdadeiro (V) ou falso (F) as informações a seguir: (
) A prática de queimadas para abertura de campos de
cultivo provoca o empobrecimento das camadas superficiais do solo.
(
) A intensificação das atividades humanas não afeta o meio
ambiente.
(
) O desmatamento acelera o processo de erosão pluvial
dos solos.
5. A principal área de ocorrência da _________________ está nas planícies centrais dos Estados Unidos e do Canadá.
Tundra (
)
Pradaria (
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)
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