Apostilo Anglo 2021 - Português e Matemática - 3º ano EM/Caderno 1 - Material Adaptado by espacomosaico19

LÍNGUA PORTUGUESA

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Sumário REDAÇÃO AULAS 1 e 2 Dominar competências...............................................04 AULAS 3 e 4 Compreender a proposta de redação: o gênero...................................................................................................11 AULAS 5 e 6 Compreender a proposta de redação: o propósito..............................................................................................20 AULAS

Adequar

interlocução:

noções

auditório...............................................................................................27 GRAMÁTICA E TEXTO AULAS 1 e 2 Funções da linguagem: as finalidades do texto.......................................................................................................34 AULAS 3 e 4 Figuras de linguagem I...............................................49 AULAS 5 e 6 Figuras de linguagem II...............................................64 AULAS 7 e 8 Apreensão e compreensão de sentidos.................76 LITERATURA AULA 1 Arte e literatura como expressões culturais.............93 AULA 2 Conceitos gerais de poesia.............................................100 AULA 3 Elementos da narrativa...................................................108 AULA 4 Gênero dramático: leitura de textos..........................113 AULA 5 Leitura de textos visuais: pintura.................................120 AULA 6 Quinhentismo......................................................................129 AULA 7 Barroco...............................................................................133 AULA 8 Arcadismo............................................................................139

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Fabricante de brinquedos “descobre” que as mulheres reais do planeta têm cores e formas variadas. Neste início de 3º ano, é conveniente começar o nosso trabalho em Redação retomando as expectativas e os critérios de avaliação adotados pelo Enem na avaliação da produção textual dos alunos.

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Para facilitar a leitura, organizamos as informações em tabelas. A primeira delas, a seguir, apresenta os eixos cognitivos que enfocam a totalidade do exame em correlação com

competências

gerais

que

cada

aluno

precisa

demonstrar em seu texto:

As tabelas a seguir exemplificam o que se deve buscar e o que se deve evitar no âmbito de cada uma das cinco competências para obter uma boa nota.

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Agora que você já conhece os critérios que norteiam a avaliação da redação no Enem, leia com atenção o texto proposto e responda ao que se pede.

Quem precisa da Barbie, tenha o corpo que tiver?

O anúncio de que a Mattel rompeu com o padrão de sua boneca icônica foi celebrado como um triunfo da diversidade e do consumo consciente, mas vale a pena interrogar-se sobre essa “evolução” Demorou só 57 anos para a Mattel “descobrir” que as mulheres reais do planeta têm cores e formas variadas. A notícia de que a Barbie ganharia mais três tipos de corpos foi comemorada como uma vitória da diversidade. Por décadas movimentos denunciaram a imposição de um único padrão de beleza. Mas só nos últimos anos, quando as vendas começaram a cair, a Mattel “sensibilizou--se” e reconheceu a multiplicidade das mulheres do mundo.

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Em 2015, a empresa já tinha iniciado a conversão da Barbie, lançando sua criação com novas tonalidades de pele, penteados e estruturas faciais, sem deixar de manter a “clássica”. Com a inclusão de novas formas, a boneca é lançada agora com sete tons de pele, quatro tipos de corpos, 22 cores de olhos e 24 estilos de cabelos diferentes, na linha que chama de “Fashionistas”. Quando a mudança é anunciada, a Mattel já povoou a Terra com uma superpopulação de suas criaturas loiras, altas e magras. E a cabeça das crianças com um modelo que vai muito além de um padrão de beleza. Barbie é aquela que ensina as meninas que se nasce para consumir. [...] Se a pressão dos protestos contra a Barbie e o crescente protagonismo das minorias na afirmação da diversidade conseguiram fazer as vendas do produto caírem a ponto de obrigar uma das maiores fabricantes de brinquedos a se mover, não é pequena essa conquista. Mas é também assustadoramente fascinante observar o capitalismo em ação. No início de 2016, a Mattel conseguiu a façanha de estampar seus novos modelos na imprensa, além das redes sociais, sem pagar um centavo por isso. E com uma imagem positiva. Começou por uma capa da revista Time, com a foto da Barbie e o seguinte título: “Agora nós podemos parar de falar sobre o meu corpo?”. E seguiu em milhares de publicações mundo afora.

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É com assombrosa candidez que Evelyn Mazzocco, a vicepresidente

sênior

Mattel,

afirma

sem

ruborizar:

“Acreditamos que temos uma responsabilidade para com as meninas e seus pais de refletir uma visão mais ampla da beleza”. Um detalhe que a descoberta da “responsabilidade” tenha ocorrido só depois de constatar que as vendas da boneca caíram 20%, entre 2012 e 2014, e seguiram caindo no ano passado. A estratégia da Mattel, que parece estar obtendo considerável sucesso, é fazer a liberação dos corpos barbísticos vendendo a imagem de uma empresa afinada com o seu tempo, defensora das “diferenças” e até mesmo inovadora. Se conseguir, se transformará num case obrigatório em livros de marketing, em mais uma prova de que o capitalismo sempre pode contar com a adesão pela fé quando as pessoas são reduzidas a consumidores.

1. Elabore uma proposta de intervenção para que o respeito à diversidade das pessoas prevaleça por si, sem que seja preciso

reduzi-las

seu

papel

consumidores,

respeitando os Direitos Humanos. __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________

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Energia alternativa: uma realidade possível.

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O artigo a seguir, “O Fim da Era Fóssil”, foi publicado em 26 de agosto de 2016, na capa de um caderno especial do jornal Folha de S.Paulo dedicado ao debate de um tema de grande relevância para o futuro do planeta. Leia-o com atenção para resolver as questões formuladas sobre esse problema.

Acompanhar o debate sobre mudança do clima e energia significa viver sob o signo da ansiedade. Há um abismo a separar o que seria preciso fazer – descarbonizar a economia – e o que os governos fazem e se preparam para fazer a fi m de livrar-se da dependência de combustíveis fósseis, como o petróleo.

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A necessidade está posta pelo Acordo de Paris, adotado por 195 países em dezembro do ano passado. O tratado diz ser imprescindível conter o aquecimento global abaixo de 2 °C para evitar um desarranjo climático no

planeta, que

prejudicará, sobretudo, as populações mais pobres com secas, ondas de calor e enchentes. Alcançar esse objetivo implica eliminar as emissões de gases do efeito estufa por volta do ano 2050. Essa poluição climática decorre principalmente da queima de combustíveis fósseis (carvão mineral, derivados de petróleo e gás natural), que produz dióxido de carbono (CO2), o principal desses gases problemáticos. Em poucos países o descasamento entre objetivo inescapável e trajetória das políticas é tão flagrante quanto no Brasil. Ao mesmo tempo em que se engajava nas negociações de Paris e adotava metas razoáveis para reduzir emissões, Brasília sempre manteve a fé no pré-sal como alavanca mestra de sua estratégia de desenvolvimento. Tal opção preferencial pelo fóssil agora perde terreno, mas não porque se reconheça a contradição. Na verdade, as negociatas paralelas é que dilapidaram o potencial de investimento da Petrobras. Esse capítulo sombrio da história nacional obscureceu um

dos

avanços

mais

promissores

rumo

descarbonização: o crescimento das fontes de energia alternativa como a eólica (ventos) e a biomassa (bagaço de cana) na matriz elétrica brasileira.

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Só essas duas, sem subsídios, devem terminar este ano com uma participação de 13%. Os avanços tecnológicos e ganhos de escala já as tornaram competitivas, e o mesmo deve ocorrer em breve com a eletricidade de fonte fotovoltaica (painéis solares). Pode parecer utópico chegar a 1 milhão de telhados com placas em 2020, eletrificar o setor de transportes ou arquivar os planos do pré-sal e de novas usinas hidrelétricas na Amazônia, como propõe o Greenpeace no relatório “Revolução Energética”. Por outro lado, basear-se só em projeções realistas (ou conservadoras) nunca servirá para aproximar o país do que lhe cabe realizar pelas metas de Paris. Ao contrário. Muitos especialistas dizem que a descarbonização é factível, do ponto de vista físico e tecnológico. Cabe a todos, de ora em diante, demonstrar que ela também é viável, social e economicamente.

• Depois de constatar a relação de causa e efeito entre o uso das tradicionais “fontes de energia” e as “mudanças climáticas”, que propostas o artigo apresenta para reverter esse quadro catastrófico? __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 14

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Segundo o texto, “em poucos países o descasamento entre objetivo inescapável e trajetória das políticas é tão flagrante quanto no Brasil. Ao mesmo tempo em que se engajava nas negociações de Paris e adotava metas razoáveis para reduzir emissões, Brasília sempre manteve a fé no pré-sal como alavanca mestra de sua estratégia de desenvolvimento”. Para você entender essa crítica, contudo, é necessário saber o que significa o “pré-sal”. Para isso, leia o texto a seguir: O que é o pré-sal O “pré-sal” é uma área de reservas petrolíferas que 􀀀ca debaixo de uma profunda camada de sal, formando uma das várias camadas rochosas do subsolo marinho. No Brasil, esta camada compreende uma faixa que se estende ao longo de 800 quilômetros. Engloba o Espírito Santo, Santa Catarina, abaixo do leito do mar, além das bacias sedimentares do Espírito Santo, Campos e Santos. Ela é chamada de pré-sal, em razão da escala de tempo geológica, ou seja, o tempo de formação do petróleo. A camada de reserva de petróleo do pré-sal se formou antes (daí o termo “pré”) da outra rocha de camada salina, e foi encoberta por esta, milhões de anos depois. Em novembro de 2010 comunicou-se que haveria, em Tupi, reservas gigantescas deste óleo – a estimativa é entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris de petróleo. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br

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Alguns obstáculos enfrentados para a extração deste petróleo: • A

profundidade

que

ele

encontra:

profundidades que superam mais de 7 mil metros. Este petróleo está debaixo de dois quilômetros de água, mais dois quilômetros de rocha e, por fim, outros dois quilômetros de crosta de sal.

• O sal: o sal é o maior problema enfrentado, obrigando

Brasil

desenvolver

novas

tecnologias. A três ou quatro mil metros de profundidade o sal se comporta como um material viscoso, instável. A Petrobras possui bacias de até 5 mil metros de profundidade na rocha, no entanto, é sem sal.

• Custo:

complexidade

razão da

profundidade,

operação,

necessário

desenvolvimento de novas tecnologias e do aumento da mão de obra, será necessário um grande investimento por parte do governo.

• Manter o petróleo quente: o petróleo ferve dentro das rochas e é preciso mantê-lo aquecido, pois a queda de temperatura induz a formação de coágulos que entopem os dutos.

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Benefícios com a extração do petróleo do pré-sal: • O petróleo reservado nas camadas de pré--sal é considerado leve, ou seja, de baixa densidade, sendo igual ou inferior a 0,87. A camada de sal conserva a qualidade do petróleo. É importante este fator, porque assim ele é muito mais fácil de ser refinado, além de produzir mais derivados finos; possui menos enxofre, por isso polui menos e, dessa forma, é mais valorizado no comércio mundial.. • Avalia-se que tenha entre 70 e 100 bilhões de barris equivalentes de petróleo e gás natural mineral. Assim, haverá um grande lucro para o Brasil e, segundo a até então ministra Dilma Rousseff (na época do anúncio), o Brasil poderá se tornar exportador de petróleo com esse óleo. Ocorrendo assim maior geração de riquezas e empregos, além de o país adquirir maior poder de decisão política. O Petróleo do Pré-sal e o meio ambiente: Muitos ambientalistas e pensadores se opõem à forma de pensar do Brasil, quanto ao investimento na exploração do Petróleo. Eles acreditam que isto pode tornar o Brasil um vilão do aquecimento global. O mundo está voltado para um pensamento de modificar as formas de obtenção de energia, por meios menos agressivos ao meio ambiente. Como, por exemplo, a energia eólica e a solar. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br

Página de referência: 22

Indo, então, na contramão deste pensamento, o governo brasileiro decidiu apostar em um meio que produz grande poluição por meio dos seus muitos derivados. Temos, por exemplo, o enxofre, o dióxido de carbono e outros gases que poluem a atmosfera; sem contar os vazamentos e acidentes que espalham grande quantidade de petróleo no oceano, matando muitas espécies animais e vegetais. Todos estes fatores devem ser levados em consideração ao se tomar esta decisão tão importante, pois os benefícios e comodidades conseguidos por meio deste óleo tão precioso podem em um futuro bem próximo significar justamente o contrário. • A partir dessas informações, escreva um texto de no máximo 20 linhas posicionando-se sobre o “pré-sal” no contexto do “Acordo de Paris”. __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 18

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"Não" a qualquer forma de discriminação e preconceito.

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1. A relação entre gênero e propósito

2. Propósito e dissertação: casos de desobediência à proposta • Fuga ao tema; • Não obediência ao gênero discursivo; • Desconsideração dos limites mínimo e máximo de linhas; • Inserção de trechos que fogem ao propósito; • Desrespeito aos direitos humanos.

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Texto para a questão 1

Página de referência: 25

Comissão aprova prisão para crimes de racismo e discriminação pela internet Pena de prisão para quem cometer crimes de racismo e discriminação pela internet, inclusive para aqueles que repassarem as ofensas adiante. É o que prevê o PLS 80/2016, do senador Paulo Paim (PT-RS), aprovado na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), nesta quarta-feira (15). A proposta, que atualiza a lei de racismo no Brasil, também dá ao juiz a possibilidade de interditar mensagens ou páginas de acesso público. Sendo assim, quem for acusado de preconceito por raça, cor, etnia, religião ou nacionalidade cometido por meio da internet, ou de qualquer outra rede de computadores destinada ao acesso público, poderá ser condenado à pena de reclusão de dois a cinco anos, além de multa. [...]

1. O propósito comunicativo dominante no texto é: c) reconstruir acontecimentos sob a ótica do enunciador, que desvaloriza a necessidade da criação de uma lei específica para esse tipo de crime. d) informar sobre a possibilidade de condenação à pena de reclusão para aquele que for acusado de cometer, por meio da internet, crimes de preconceito.

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Página de referência: 26

2. No ano de 2012, a Unicamp elaborou, entre outras, a seguinte proposta de produção textual: Coloque-se no lugar dos estudantes de uma escola que passou a monitorar as páginas de seus alunos em redes sociais da internet (como o Orkut, o Facebook e o Twitter), após um evento similar aos relatados na matéria publicada na Folha de

S.Paulo

19/06/2011.

função

polêmica

provocada pelo monitoramento, você resolve escrever um manifesto e recebe o apoio de vários colegas. Juntos, decidem lê-lo na próxima reunião de pais e professores com a direção da escola. Nesse manifesto, a ser redigido na modalidade oral formal, você deverá necessariamente: – explicitar o evento que motivou a direção da escola a fazer o monitoramento; – declarar e sustentar o que você e seus colegas defendem, convocando pais, professores e alunos a agir em conformidade com o proposto no documento. Um dos candidatos fez a seguinte redação: Prezados senhores, Em meio a tanto conhecimento nos vemos vítimas de injustiça, o castigo que nos foi dado é inadmissível, passaram a nos monitorar dentro da instituição escolar e também fora dela.

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Página de referência: 26

Há alguns dias a direção tem notado uma certa estranheza no nosso comportamento, é o que dizem, a􀀀m de saber o porque disto, eles decidiram pesquisar mais a fundo o que nos deixa irritados e com baixo rendimento escolar.

Os professores e alunos integram-se muito bem aqui, acontece que estamos num momento de descobertas, e a fonte de conhecimento não se faz só no ambiente escolar, o mundo que nos é oferecido portões afora também ensina, e nos mostra cada vez mais que estamos inseridos numa sociedade onde devemos procurar nosso grupo.

Então, prezados senhores, nós pedimos que nos deixem tomar algumas decisões sozinhos, o monitoramento ao qual somos submetidos nos deixará ainda mais desafiadores, quanto ao poder que desejam exercer sobre nós.

Não nos imponha uma série de restrições estamos num momento em que precisamos de liberdade, precisamos de compreensão para que possamos compreender os senhores esse poder de hierarquia que se cria.

Atenciosamente.

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Página de referência: 26

a) O texto produzido pelo candidato foi anulado pela banca examinadora.

Considerando

critérios

como

gênero

propósito, como você explicaria o que aconteceu? __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________

b) Proponha uma nova redação de no máximo 15 linhas, obedecendo às instruções fornecidas e respeitando o gênero e o propósito. __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________

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Página de referência: 29

“Um país se faz com homens e livros.” Monteiro Lobato. 1. Situação comunicativa: contexto de uso da linguagem

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2. Interlocução e auditório

3. Duas situações comunicativas: dois gêneros

4. Estrutura da carta argumentativa

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Página de referência: 30

O texto a seguir, intitulado “Leiam”, é um trecho de uma crônica do escritor e jornalista Marcelo Rubens Paiva (que se tornou conhecido por seu romance de estreia Feliz ano velho).

Desde os anos 1980, nosso ofício virou missão. Criar o novo leitor do novo Brasil, terra com um dos piores índices de leitura, na rampa de saída de décadas de silêncio e debates reprimidos. Outdoors incentivavam a leitura. No Pacaembu, usavam Monteiro Lobato: “Um país se faz com homens e livros”. Até hoje, saímos em caravanas literárias, vamos a escolas, faculdades, bibliotecas, feiras de livros, festivais, nos reunimos com vendedores, livreiros e distribuidores. Não somos apenas escritores boêmios, poetas loucos, mas militantes de um Brasil melhor, culto, bem-informado, democrático, livre! A batalha foi perdida. Lê-se menos no Brasil. Livrarias de bairro, não mais. Grandes redes vendem também canecas, camisetas, bichinhos de pelúcia, revistas, cafés e tortas. Noite de autógrafos, agora são eventos, amigos escritores célebres ajudam amigos célebres e iniciantes, para atrair público. Pedro Hertz, da Livraria Cultura, que, de uma provinciana loja familiar, deu numa rede nacional, livreiro realista, fez o prognóstico à sombra da nova era da tecnologia da informação: não é o livro que pode acabar, mas o leitor que está sumindo.

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Página de referência: 31

Os últimos acontecimentos, as aberrações ditas em rede sociais, a vergonha alheia no púlpito dos poderes, o contexto nebuloso na política, a baixa cultura e educação, provam que o desconhecimento de História, a falta de leitura, traz um dano que prejudica o pouco que resta de Projeto de Nação.

Depois de anos nos Estados Unidos, uma amiga com três filhos voltou ao Brasil e ficou chocada com a alta de incentivo à leitura na escola de elite em que os matriculou. Lá fora, liam de tudo, debatiam em aula, declamavam. Nos cadernos, o aviso aos pais: gastar 30 minutos com leitura. Aqui, ao reclamar, ouviu o equívoco didático sem tamanho. Não querem que os alunos encarem o livro como obrigação, mas com prazer.

Beleza, não obrigam, eles não leem. Poderiam também não os

obrigar

Química

Orgânica,

Biologia,

Gramática,

Trigonometria, façam eles terem uma relação de prazer com o conhecimento. Ensinem apenas o que lhes dá prazer. Criem uma geração hedonista e manipulável.

Li, porque me obrigaram. Se não me obrigassem, eu jogaria botão o dia todo, e pingue-pongue às noites. Fui forçado a ler Dostoiévski, Kafka, Camus, Sartre, Tolstói, Marx, Webber e Dürrenmatt, aos 16 anos. Minha média era quatro livros por mês. Minha escola era um oásis, e sou grato a ela. [...]

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Página de referência: 31

Escreva

uma

carta

Marcelo

Rubens

Paiva,

concordando com seu posicionamento ou discordando dele. Nessa relação de interlocução, você deve se dirigir ao jornalista no papel de aluno. Em seu texto, você deve comentar as seguintes passagens: • “Um país se faz com homens e livros”; • “A falta de leitura traz um dano que prejudica o pouco que resta do projeto de nação”; • “Ensinem apenas o que lhes dá prazer. Criem uma geração hedonista e manipulável”. __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________

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Página de referência: 36

1. Elementos da comunicação e respectivas funções da linguagem

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Página de referência: 37

2. Funções da linguagem e respectivas marcas textuais e temáticas caracterizadoras

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Página de referência: 38

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Texto para a questão 1

Página de referência: 38

Um beijo não é só um beijo

Embora alguns gestos humanos de afeição sejam intemporais, entre eles não estão os beijos.

A demonstração do amor por meio de uma conjunção dos lábios é um desenvolvimento recente na história evolutiva humana, constatou um estudo do Instituto Kinsey, na Universidade de Indiana (EUA).

E também está longe de ser uma prática universal: algumas culturas consideram o beijo como algo “nojento”. Nesse pioneiro estudo amplo do beijo de caráter “romântico-sexual”, constatou-se que em apenas 46% das 168 culturas examinadas havia uma história social que incluía o gesto afetuoso.

Entre elas estão as sociedades da África subsaariana e da Amazônia. Para um dos autores do estudo, William Jankowiak, o ato de beijar pode estar “vinculado ao surgimento do tempo livre” em sociedades socialmente estratificadas; assim, depois de ter sido adotado pelas elites, o ato se disseminou entre as camadas inferiores.

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Página de referência: 39

O contexto cultural molda diferentes significados para o beijo: na tradição cristã, o que Judas dá em Cristo (aqui ilustrado pela pintura do século XIV de Giotto) passou para a história como sinal da traição; o beijo fotografado por Alfred Eisenstaedt, em 1945 na Times Square (EUA), virou símbolo do fim da Segunda Guerra Mundial.

1. A diversidade cultural, em Sociologia, diz respeito à variedade de ideias, comportamentos e manifestações culturais, como a linguagem, o vestuário, a religião. O texto, ao tratar de diferentes valores sociais creditados ao beijo, tem a finalidade de: d) informar sobre a pluralidade cultural, amparando--se em dados

conclusões

pesquisa

realizada

por

uma

universidade americana. e) convencer o leitor de que o beijo é uma demonstração afetiva característica de comunidades ociosas, como as da África e da Amazônia.

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Página de referência: 40

Texto para a questão 2 Desculpe o transtorno, preciso falar da Clarice Começamos a namorar quando ela tinha 20 e eu 23, mas parecia que a vida começava ali. Vimos todas as séries. Algumas várias vezes. Fizemos todas as receitas existentes de risoto. Queimamos algumas panelas de comida porque a conversa tava boa. Escolhemos móveis sem pesquisar se eles passavam pela porta. Escrevemos juntos séries, peças de teatro, filmes. [...] Viajamos o mundo dividindo o fone de ouvido. Das dez músicas que mais gosto, sete foi ela que me mostrou. As outras três foi ela que compôs. Aprendi o que era feminismo e também o que era cisgênero, gas lighting, heteronormatividade, mansplaining e outras palavras que o Word tá sublinhando de vermelho porque o Word não teve a sorte de ser casado com ela. Um dia, terminamos. E não foi fácil. Choramos mais que no final de “How I Met Your Mother”. Mais que no começo de “Up”. Até hoje, não tem um lugar que eu vá em que alguém não diga, em algum momento: cadê ela? Parece que, pra sempre, ela vai fazer falta. [...] DUVIVIER, Gregorio. Folha de S.Paulo, 12 set. 2016.

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Página de referência: 40

Vocabulário cisgênero: termo para designar a concordância entre identidade de gênero com o sexo biológico e designação social.

gas

lighting:

forma

abuso

psicológico

que

informações são distorcidas a ponto de a vítima duvidar de sua memória ou sanidade. heteronormatividade: marginalização

termo

usado

orientações

para

sexuais

nomear

diferentes

a da

heterossexualidade.

mansplaining: prática em que um homem interrompe a fala de uma mulher para explicar-lhe algo em tom condescendente.

2. As memórias que o autor compartilha com os leitores são apresentadas sob a ótica de seus sentimentos, como é comum na função emotiva. No texto, o efeito de valorização da subjetividade foi obtido, principalmente, por causa:

c) da referência às preferências culturais do autor (comida, filmes e séries), numa tentativa explícita de enaltecimento de sua personalidade.

d) da presença de expressões como “não foi fácil” ou “ela vai fazer

falta”,

reveladoras

percepções

íntimas

enunciador.

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Página de referência: 40

Texto para a questão 3 Paraolimpíada ou Paralimpíada: complexo de vira-lata linguístico O prefixo grego “para-”, o mesmo que aparece em

paranormal, paradidático ou parapsicologia, significa “para além de”, “ao lado de”. O mesmo prefixo aparece com o sentido de

“defeito”

nomes de

distúrbios

como

paralexia,

paraplegia ou paramnésia, entre outros. As noções de proximidade e de oposição também estão associadas a essa forma (parágrafo, paradoxo etc.). Olimpíada (substantivo) e olímpico (adjetivo) recebem o prefixo, dando origem aos termos Paraolimpíada e paraolímpico. De onde vêm, então, Paralimpíada e paralímpico, sem o “o”? Por ocasião do encerramento dos Jogos de Londres, em 2012, anunciou-se a realização dos Jogos Paralímpicos no Rio de Janeiro, em 2016. O então Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) decidiu criar uma corruptela do termo da língua portuguesa com o objetivo de alinhar a grafia da palavra à grafia do inglês (Paralympics ou Paralympic Games). Dessa forma, intitulou- se Comitê Paralímpico Brasileiro. A Folha emprega regularmente o nome do comitê do modo como ele passou a intitular-se, mas não incorporou essa grafia aos seus textos noticiosos. Em português, as palavras são Paraolimpíada e paraolímpico. As mudanças linguísticas não ocorrem por decreto ou por acordo de um grupo de pessoas. As palavras pertencem à comunidade de seus falantes e exprimem a cultura de um povo. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br

Página de referência: 41

Partida de futebol

realizada entre Brasil

nos

Irã,

Jogos

Paraolímpicos Rio 2016.

3. Os Jogos Olímpicos de 2016 foram realizados no Rio de Janeiro, primeira edição de uma olimpíada na América do Sul e a segunda na América Latina (depois dos Jogos na Cidade do México, em 1968). Desde 1960, são realizados os Jogos Paraolímpicos, envolvendo

maior

pessoas

evento

com

esportivo

deficiência

(de

mundial

mobilidade,

amputações, cegueira, paralisia cerebral e deficiência mental).

Considerando

conteúdo

artigo

professora Thaís e a forma como ele foi apresentado, assinale a alternativa que aponte a função da linguagem predominante no texto:

d) metalinguística, já que a autora está usando da linguagem escrita para tecer reflexões sobre a grafia de um termo. e) fática, pois a colunista está usando um canal de comunicação (jornal impresso) para refletir sobre uma palavra.

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4. O abastecimento de água potável é afetado por diversos fatores, como os regimes de chuva, as perdas no percurso até as residências e o desperdício dos consumidores. A fim de conscientizar a população de São Paulo da necessidade de racionalizar o uso da água, a Sabesp distribuiu junto da conta de consumo um folheto do qual foi extraído o trecho a seguir:

Numa peça publicitária destinada ao público geral, ou seja, a um auditório universal, os recursos argumentativos precisam ser selecionados de modo que não se restrinjam demais a certos grupos sociais, nem sejam amplos demais a ponto de perderem eficácia. Com base nesse comentário, assinale

alternativa

que

recurso

persuasivo

empregado no texto está mais direta e explicitamente ligado ao enunciatário da mensagem: a) os dados numéricos relativos à economia de água. b) os verbos no imperativo afirmativo e negativo. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br

Textos para a questão 5

Página de referência: 41

Texto I

Texto 2

5. Em

situações

interação

social

com

pessoas

desconhecidas, ou com quem se tem pouca intimidade, entra em cena aquilo que se conhece como conversa para “quebrar o gelo”: trata-se de textos de função fática, em que o assunto é menos importante do que o preenchimento do canal de comunicação, a fim de afastar o silêncio e o constrangimento

resultante

dele.

Considerando

conteúdo dos diálogos dos textos I e II, assinale a alternativa que contenha um comentário correto: d) II representa a condição de falantes cultos que vencem a barreira do contato inicial e debatem temas complexos. e) ao abordar a relatividade e a inexorabilidade do tempo, II estabelece uma relação satírica com conversas como as de I. 44

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Textos para a questão 6 Texto I Paulo Pirilo pagou pedágio. Profissional, pilotava primando pela prudência, pela perícia. Plininho, percebendo pista plana, pediu pro papai para pilotar. Pai pensou, pensou... “Poucas pessoas pilotando pela pista...” Pelo primeiro pedido, permitiu.

[...] Passando por pedriscos perdidos pela pista (pouca porção), por pisar pesado, patinou perpendicularmente, passou pela pista para pedestre, perigando precipitar pelo precipício.

Pós passar pela pista para pedestre, pegou placa publicitária,

posta

presa

por

pontaletes

plantados

paralelos. Praticamente perdido, pós piruetar, pendeu pela pirambeira, parando penso. Por pouco pararia pendurado, prensado por potente penedo (pesada pedra).

Prejuízos: painel partido, placa pendurada, piscas-piscas pararam piscação, porta prensada, porta-pneu possuindo pequenas pregas produzidas pela pancada, platinado perdeu platina, platô perdeu parafusos principais, pneus partidos, pintura perdida [...] RODRIGUES, Dovílio. Pentapaixão. Matão: Unigraf, 2006.

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Texto II

Intervenção

com

tinta

Marginal Tietê (SP), setembro de 2016.

6. Levando em consideração o plano do conteúdo e o plano da forma de cada um dos textos, assinale a alternativa que analisa adequadamente a função da linguagem: d) em I, não se pode falar em função poética, uma vez que o texto está escrito em prosa. e) em I, a função poética está associada à seleção de palavras; em II, à reunião de sentidos em um termo (nadar, nada).

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atividades

1. A

função

referencial

linguagem

tem

como

característica: (

) a valorização do sentido denotativo das palavras.

(

) a valorização do “modo de dizer”.

2. A função _______________ usa a linguagem para explicar a própria linguagem. (

) metalinguística.

(

) emotiva.

3. Complete:

emotiva – remetente – pronomes

principal

elemento

comunicação

função

_________________________________________________________________ é o _______________________________________________________________. Uma das características dessa função é a abundância de __________________________________________________________________ e verbos em primeira pessoa.

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4. Campanhas educativas têm o propósito de provocar uma reflexão. A imagem a seguir, da Campanha Nacional de Combate à Dengue, busca convencer a população de que é preciso:

(

) prevenir-se permanentemente contra a doença.

(

) preparar os agentes de combate ao mosquito.

5. A função ________________ da linguagem utiliza recursos de expressão, como figuras de linguagem e escolha de palavras

para

produzir

ambiguidade,

efeitos

estranhamento, etc. (

) poética.

(

) conativa.

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1. Figuras de linguagem baseadas na noção de semelhança

Semelhança Prosopopeia Figura por meio da qual são atribuídas a seres inanimados propriedades de seres animados, como os humanos. Exemplo: • Canção impiedosa.

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Comparação Consiste na explicitação da semelhança entre dois termos por meio de conectores (como, tal qual, etc.). Exemplo: • Renascer como a Fênix.

Sinestesia Recurso que reúne diferentes sensações captadas por diferentes órgãos do sentido. Exemplo: • Catedrais de silêncios opacos.

Catacrese Consiste numa metáfora desgastada, fossilizada, da qual foi perdida a noção de figura de linguagem. Exemplo: • Enterrar a bola na tabela de basquete.

Metáfora Recurso segundo o qual se emprega uma palavra no lugar de outra por causa da relação de similaridade entre os significados. Exemplo: • Recife, a Veneza brasileira.

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2. Figuras de linguagem baseadas na noção de oposição Oposição Antítese Consiste no confronto de ideias

contrárias não

simultâneas. Exemplo: • Por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento. Preterição Trata-se do recurso de fingir omissão de ideias que serão expostas em seguida. Exemplo: • Longe de mim bancar o juiz, mas isso está errado! Paradoxo Recurso

segundo

qual

ideias

contrárias

são

englobadas num só conjunto, simultaneamente. Exemplo: • O cotidiano escolar era um misto de céu e inferno. Oximoro Figura segundo a qual um determinante tem sentido contrário ao do termo determinado. Exemplo: • Controlada impaciência. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br

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Ironia Consiste em expor uma ideia para ressaltar outra contrária e implícita. Exemplo: • Que beleza, hein?

(com intenção de expressar desaprovação).

3. Figuras de linguagem baseadas na noção de mútua implicação (contiguidade) Contiguidade Sinédoque Figura pela qual se emprega um termo no lugar de outro quando a relação entre eles é de parte e todo. Exemplo: • Ainda é costume pedir ao sogro a mão da moça em casamento. Metonímia Consiste na substituição de uma palavra por outra com base na relação de interdependência entre elas. Exemplo: • A Fuvest pedirá a leitura de Machado de Assis este ano.

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Texto para a questão 1

Metrô ou lata de sardinha?

Superlotação da linha verde do metrô complica a vida dos usuários “Que a linha vermelha é superlotada todo mundo sabe. Mas, agora, aqui também virou um horror?”, questionava a advogada Marluce Corrêa, 39, na plataforma do metrô Paraíso, às 8h40 da última quarta-feira. Ela só conseguiu embarcar no sentido Vila Madalena 15 minutos depois. Precisou esperar pelo sexto trem e entrou empurrada pela multidão que ficou à espera do próximo. Não foi uma cena incomum. Virou rotina. Com a inauguração de novas estações na linha verde, aumentam o tempo de espera e a lotação dos trens nos horários de pico.

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1. A metáfora é uma fi gura de linguagem que, nas palavras do professor da USP José Luiz Fiorin, “dá concretude a uma ideia abstrata, aumentando a intensidade do sentido. Poderse-ia dizer que o sentido torna-se mais tônico. Ao dar ao sentido tonicidade, a metáfora tem um valor argumentativo muito forte”. Sob esse ponto de vista, a metáfora da “lata de sardinha” presente no título da matéria é: d) insuficiente, porque o texto não explicita qual é a relação entre os peixes e os passageiros de trens. e)

expressiva,

pois

peixes

pessoas

são

confinadas,

respectivamente, na lata e nos vagões dos trens. 2. Em cada um dos textos a seguir, ocorre uma figura de linguagem fundamentada no princípio de semelhança. Classifique-as de acordo com o seguinte código: A. Comparação

D.Prosopopeia

B. Metáfora

E. Sinestesia

C. Catacrese I. (

)

Bicho urbano Se disser que prefiro morar em Pirapemas ou em outra qualquer pequena cidade do país estou mentindo ainda que lá se possa de manhã lavar o rosto no orvalho e o pão preserve aquele branco sabor de alvorada.

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II. (

)

Ontem fui planta, hoje sou PET.

III. (

)

Batidas na porta da frente, é o tempo Eu bebo um pouquinho pra ter argumento Mas fico sem jeito, calado, ele ri Ele zomba do quanto eu chorei Porque sabe passar e eu não sei [...] E gira em volta de mim sussurra que apaga os caminhos que amores terminam no escuro sozinhos

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IV. (

)

Prédio

TCM

(Tribunal de Contas do Município),

apelidado

de “disco voador”, foi projetado

pelo

arquiteto Gian Carlo Gasperini. V. (

) Estimulando o desenvolvimento da criança com afeto. De

6 a 9 meses. • Converse bastante com a criança, cante, use palavras que ela possa repetir (dadá, papá, etc.). • Coloque a criança no chão (esteira, colchonete) estimulando-a a se sentar, se arrastar e engatinhar. Texto para a questão 3 Uma flor, o Quincas Borba. Nunca em minha infância, nunca em toda a minha vida, achei um menino mais gracioso, inventivo e travesso. Era a flor, e não já da escola, senão de toda a cidade. A mãe, viúva, com alguma cousa de seu, adorava o filho e trazia-o amimado, asseado, enfeitado, com um vistoso pajem atrás, um pajem que nos deixava gazear a escola, ir caçar ninhos de pássaros, ou perseguir lagartixas nos morros do Livramento e da Conceição, ou simplesmente arruar, à toa, como dos peraltas sem emprego. E de imperador! 56

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Era um gosto ver o Quincas Borba fazer de imperador nas festas do Espírito Santo. De resto, nos nossos jogos pueris, ele escolhia sempre um papel de rei, ministro, general, uma supremacia, qualquer que fosse. Tinha garbo o traquinas, e gravidade, certa magnificência nas atitudes, nos meneios. Quem diria que… Suspendamos a pena; não adiantemos os sucessos. Vamos de um salto a 1822, data da nossa independência política, e do meu primeiro cativeiro pessoal. 3. . (Fuvest-SP) Na frase “[...] data da nossa independência política, e do meu primeiro cativeiro pessoal”, ocorre o mesmo recurso expressivo de natureza semântica que em: a) Meu coração/ Não sei por quê/ Bate feliz, quando te vê. b) Há tanta vida lá fora,/ Aqui dentro, sempre,/ Como uma onda no mar. Textos para a questão 4 Texto I Custa-me dizer que eu era dos mais adiantados da escola; mas era. Não digo também que era dos mais inteligentes, por um escrúpulo fácil de entender e de excelente efeito no estilo, mas não tenho outra convicção. ASSIS, Machado de. Conto de escola.

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Texto II Elas não têm gosto ou vontade Nem defeito, nem qualidade Têm medo apenas Não têm sonhos, só têm presságios O seu homem, mares, naufrágios Lindas sirenas, morenas [...] Mirem-se no exemplo Daquelas mulheres de Atenas Secam por seus maridos Orgulho e raça de Atenas. HOLANDA, Chico Buarque de. Texto III

Filho, um dia isso tudo será seu. Responsabilidade social. Sua pessoa física em paz com sua pessoa jurídica. Instituto Ethos – Empresas e Responsabilidade social 58

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4. Considerando os contextos interno e externo de cada um dos

textos,

assinale

alternativa

que

comente

adequadamente o sentido deles: c) O texto III representa a esperança de que os filhos, no futuro, passem de cortadores de cana a proprietários do canavial. d) Os valores culturais da sociedade atual formam o contexto externo que levam os textos II e III a serem lidos como exemplos de ironia. Texto para a questão 5

5. Em cada um dos quadrinhos, o cartunista Adão apresenta uma situação da vida em sociedade na qual características opostas convivem num mesmo ser. Para cada tipo de contradição existencial haveria uma pena, em progressão crescente de gravidade. Sob o ponto de vista das figuras retóricas, as oposições que fundamentam a tirinha recebem o nome de: a) antítese.

b) paradoxo.

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6. (Enem) Oximoro (ou paradoxo) é uma construção textual que agrupa significados que se excluem mutuamente. Para Garfield, a frase de saudação de Jon (tirinha a seguir) expressa o maior de todos os oximoros.

Nas alternativas abaixo, estão transcritos versos do poema “O operário em construção”. Pode-se afirmar que ocorre um oximoro em: b) “… a casa que ele fazia

a) “Era ele que erguia casas

Sendo a sua liberdade

Onde antes só havia chão.”

Era sua escravidão.” Texto para a questão 7 O planeta é dividido entre as pessoas que falam no cinema – e as que não falam. É uma divisão recente.

Por

décadas,

falantes foram minoria. E uma minoria reprimida. Quando alguém abria a boca na sala escura, recebia

logo

shhhhhhhhhhhhh. 60

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E voltava ao estado silencioso de onde nunca deveria ter saído. Todo pai ou mãe que honrava seu lugar de educador ensinava a seus filhos que o cinema era um lugar de reverência. Sentados na poltrona, as luzes se apagavam, uma música solene saía das caixas de som, as cortinas se abriam e um novo mundo começava. Sem sair do lugar, vivíamos outras vidas, viajávamos por lugares desconhecidos, chorávamos, ríamos,

nos

apaixonávamos.

Sentados

lado

desconhecidos, passávamos por todos os estados de alma de uma vida inteira sem trocar uma palavra. Comungávamos em silêncio do mesmo encantamento. Não é uma questão de estilo, de gosto. Pertence ao campo do respeito, da ética. Cinema é a experiência da escuta de uma vida outra, que fala à nossa, mas nós não falamos uns com os outros. No cinema, só quem fala são os atores do filme. Nós calamos para que eles possam falar. Nossa vida cala para que outra fale. Isso era cinema. Agora mudou. É estarrecedor, mas os blablablás venceram. Tomaram conta das salas de cinema. E, sem nenhuma repressão, vão expulsando a todos que entram no cinema para assistir ao filme sem importunar ninguém. 7. (Uerj) "No cinema, só quem fala são os atores do filme. Nós calamos para que eles possam falar. Nossa vida cala para que outra fale." Este trecho usa uma figura de linguagem chamada de: d) metonímia. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br

e) ironia. 61

atividades

1. Relacione corretamente as definições das figuras de linguagem a seguir.

Recurso Prosopopeia

que

diferentes

reúne

sensações

captadas por diferentes órgãos do sentido.

Recurso segundo o qual se emprega uma palavra comparação

no lugar de outra por causa

relação

entre

similaridade significados.

Figura por meio da qual são atribuídas a seres sinestesia

inanimados propriedades de seres animados, como os humanos.

Consiste na explicitação da metáfora

semelhança

entre

dois termos por meio de conectores (como, tal qual, etc.).

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2. _________________: figura segundo a qual um determinante tem sentido contrário ao do termo determinado. (

) ironia.

(

) oximoro.

3. Leia a tirinha a seguir:

Qual figura de linguagem está presente na fala “o amor é como o motor do carro Armando!”? (

) prosopopeia.

(

) comparação.

4. Assinale a alternativa que define o que é a metonímia: (

) Consiste na substituição de uma palavra por outra com

base na relação de interdependência entre elas. (

) Consiste em expor uma ideia para ressaltar outra

contrária e implícita.

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Em uma imagem fractal, o princípio de repetição de partes para a composição do todo é o responsável pela expressividade visual. 1. Figuras baseadas no princípio da repetição Polissíndeto Repetição recorrente de uma mesma conjunção. Exemplo: • E fala, e gesticula, e levanta, e anda em círculos.

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Quiasmo Cruzamento de um par de elementos em que o primeiro passa ao lugar do segundo e vice-versa. Exemplo: • Educação para todos; todos pela educação. Anáfora Repetição

recorrente

palavras ou

expressões.

Exemplo: • O deputado reitera sua posição, reitera seus argumentos, reitera sua oposição. Pleonasmo Repetição de informações já contidas no enunciado. Exemplo: • Viver a vida: essa é a lei maior. 2. Figuras que exploram a sonoridade da língua Aliteração Repetição de fonemas consonantais de mesma natureza ou semelhantes. Exemplo: • “Vida, vento, vela, leva-me daqui” "Mucuripe", Fagner.

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Onomatopeia Reprodução em forma de palavras dos sons da realidade. Exemplo: • Crash, Pow!, Brrr booom Assonância Repetição de fonemas vocálicos de mesma natureza ou semelhantes. Exemplo: • “[Hipopótamos] Batem pausadamente as patas compassadas” Olavo Bilac Paronomásia Semelhança sonora entre palavras que sugere outros significados. Exemplo: • “Pai, afasta de mim este cálice [cale-se]” Chico Buarque 3. Figuras que exploram apagamentos Elipse Apagamento de termos que são reconhecidos pelo contexto. Exemplo: • Muito riso, pouco siso [juízo]. 66

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Assíndeto Omissão de conjunção entre orações. Exemplo: • Manda quem pode, obedece quem tem juízo. Zeugma Apagamento

termo

mencionado

anteriormente.

Exemplo: • Um dia da caça; outro do caçador. Silepse Concordância que se dá não com termos da frase, mas com ideias implícitas. Exemplo: • Os brasileiros temos memória política curta. 4. Figuras construídas com base em descontinuidade Hipérbato Inversão profunda da ordem natural dos termos da frase. Exemplo: • Quem meu filho beija minha boca adoça.

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Anacoluto Organização da frase em que um termo não se encaixa na estrutura sintática padrão. Exemplo: • Quem ama o feio, bonito lhe parece. 5. Figuras baseadas na noção de tensividade Eufemismo Manifestação atenuada de uma ideia considerada muito impactante. Exemplo: • Com os pulmões comprometidos, o avô desapareceu antes de o neto nascer. Hipérbole Expressão exagerada de uma ideia. Exemplo: • Morro de dó desses animais abandonados. Gradação Sequência de palavras dispostas em saltos progressivos de intensidade. Exemplo: • “Tão dura, tão áspera, tão injuriosa palavra é um não” Pe. Antônio Vieira

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Apóstrofe Invocação de alguém ou algo personificado, presente ou ausente. Exemplo: • “Astros! noite! tempestades! / Rolai das imensidades” Castro Alves

1. O reconhecimento das figuras de linguagem em textos é uma estratégia de leitura que permite apreender melhor sentidos e efeitos de sentido projetados pelo enunciador. Dos textos e respectivas figuras identificadas, assinale a alternativa em que a correspondência está correta: c) E senta, e lamenta, e grita, e xinga, e se espanta. É assim o torcedor fanático, seja em casa, seja no estádio, seja com a família, seja com os amigos.

Gradação

d) "Era como se todo o mundo que ele pisara com os pés, que vira com os seus olhos, que pegara com as suas mãos, se perdesse num instante." Guimarães Rosa

Pleonasmo

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2. Em cada um dos textos a seguir, ocorre uma figura de linguagem fundada na noção de apagamento. Classifique-as de acordo com o seguinte código: A. Elipse

C. Assíndeto

B. Zeugma

D. Silepse

I. (

) Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida, mais amores.

II. (

) Fecham-se os Céus, os Anjos ensurdecem, Armam-se as nuvens, sopram-se as fornalhas Dos abismos, e em trêmulas batalhas Gritam esferas, montes estremecem.

III. (

) Casa de ferreiro, espeto de pau.

IV. (

) Por causa da perda do título da Taça Libertadores, a Gaviões da Fiel não poupou agressões aos jogadores.

3. (Fuvest-SP) O anacoluto (quebra da estruturação lógica da frase), presente no provérbio “Quem ama o feio, bonito lhe parece”, também se verifica em: a) Quem o mal deseja ao seu vizinho, vem o seu pelo caminho. b) Quem anda sem dinheiro, não arranja companheiro.

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4. (Fuvest-SP) Uma flor, o Quincas Borba. Nunca em minha infância, nunca em toda a minha vida, achei um menino mais gracioso, inventivo e travesso. Era a flor, e não já da escola, senão de toda a cidade. A mãe, viúva, com alguma cousa de seu, adorava o filho e trazia-o amimado, asseado, enfeitado, com um vistoso pajem atrás, um pajem que nos deixava gazear a escola, ir caçar ninhos de pássaros, ou perseguir lagartixas nos morros do Livramento e da Conceição, ou simplesmente arruar, à toa, como dos peraltas sem emprego. E de imperador! Era um gosto ver o Quincas Borba fazer de imperador nas festas do Espírito Santo. De resto, nos nossos jogos pueris, ele escolhia sempre um papel de rei, ministro, general, uma supremacia, qualquer que fosse. Tinha garbo o traquinas, e gravidade, certa magnificência nas atitudes, nos meneios. Quem diria que... Suspendamos a pena; não adiantemos os sucessos. Vamos de um salto a 1822, data da nossa independência política, e do meu primeiro cativeiro pessoal. ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. A enumeração de substantivos expressa gradação ascendente em: d) “papel de rei, ministro, general”. e) “Tinha garbo [...], e gravidade, certa magnificência”.

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5. (Unifesp)

E disse [Deus]: Certamente tornarei a ti por este tempo da vida; e eis que Sara tua mulher terá um filho. E Sara escutava à porta da tenda, que estava atrás dele.

E eram Abraão e Sara já velhos, e adiantados em idade; já a Sara havia cessado o costume das mulheres.

Assim, pois, riu-se Sara consigo, dizendo: Terei ainda deleite depois de haver envelhecido, sendo também o meu senhor já velho? [...]

E concebeu Sara, e deu a Abraão um filho na sua velhice, ao tempo determinado, que Deus lhe tinha falado.

No trecho, afirma-se que Abraão e Sara já estavam “adiantados em idade” e que a Sara “já havia cessado o costume das mulheres”. Essas expressões são:

a) eufemismos, que remetem, respectivamente, à velhice e ao ciclo menstrual.

b) metáforas, que remetem, respectivamente, à idade adulta e ao vigor sexual.

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6. Textos sincréticos (que misturam palavras e imagens), as charges sintetizam dados da realidade para gerar reflexão e crítica. As figuras de linguagem são recursos frequentes para a exploração do máximo de sentido nesse gênero textual. Com base nisso, escolha a alternativa que apresenta a principal figura na qual se fundamenta a crítica da charge de Angeli:

d) O pleonasmo, haja vista que a charge reitera a costumeira interpretação que se faz de São Paulo: uma cidade poluída. e) A hipérbole, já que, por meio da exagerada concentração de fumaça

negra,

sugere-se

degradação

condição

atmosférica paulistana.

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atividades

1. Relacione corretamente as definições das figuras de linguagem a seguir.

Repetição polissíndeto

informações já contidas no enunciado.

quiasmo

Repetição recorrente de uma mesma conjunção.

Cruzamento de um par de elementos anáfora

que

primeiro passa ao lugar do segundo e vice-versa.

pleonasmo

Repetição recorrente de palavras ou expressões.

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2. A __________________ é a repetição de fonemas consonantais de mesma natureza ou semelhantes. (

) assonância.

(

) aliteração.

3. Observe a tirinha a seguir.

Qual figura de linguagem está presente na tirinha? (

) paronomásia.

(

) onomatopeia.

4. Assinale com verdadeiro (V) ou falso (f) as informações a seguir: (

) eufemismo é a manifestação atenuada de uma ideia

considerada muito impactante. (

) a hipérbole é a inversão profunda da ordem natural dos

termos da frase. (

)

zeugma

apagamento

termo

mencionado

anteriormente. (

) onomatopeia é a omissão de conjunção entre orações. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br

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Pedra de Roseta, encontrada no Egito em 1799. Os hieróglifos cunhados nessa pedra foram decifrados pelo francês Jean-François Champollion (1790-1832), após 23 anos de sua descoberta.

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Mapa do metrô de Londres.

Numa malha ferroviária ampla e interconectada, como a do metrô de Londres, problemas numa linha do sistema afetam, inevitavelmente, outras mais próximas com as quais ela se relaciona: é a noção de rede. Num texto, as partes são solidárias, como na rede de metrô: uma interfere no sentido da outra. A apreensão de sentidos é uma operação de leitura que lida com a decifração do código linguístico. Trata-se de reconhecer o significado das palavras e das relações de sentido entre as diferentes partes do texto.

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Central Park, em Nova York (EUA), em duas vistas diferentes.

O lago Jacqueline Kennedy Onassis, no Central Park, tem dois grandes entornos distintos: um mais próximo, formado pela vegetação do parque; e outro, mais abrangente, formado pelas construções da cidade de Nova York.

Num

texto,

palavras,

expressões

trechos também estão envoltos por dois entornos: • um mais próximo, o contexto interno; • e um mais amplo, o contexto externo.

Para apreender (capturar) o sentido exato de um termo num texto, é preciso confrontar seu sentido com o das partes que lhe são vizinhas (o contexto interno). A noção de texto (tecido) está fundamentada nesse princípio de inter-relação entre suas partes.

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Exemplo:

O ministro da Fazenda Henrique Meirelles, durante evento com empresários em São Paulo, falou sobre seus planos para a economia brasileira: “Vamos liberar os atacantes para que possam cumprir sua função. A crise começou porque todo mundo passou a ficar preocupado com a defesa e houve um recuo. A estratégia é fazer gol, mas, como os bons times mostram, você começa não levando um”. Revista Veja, 8 jun. 2016. p. 48.

O contexto determina que o sentido de termos como atacantes, defesa, recuo, fazer gol, bons times e levando um seja associado à economia, não ao futebol, como é habitual.

Nem

sempre

informações

superfície do texto, do seu contexto interno,

são

suficientes

para

entendimento de seus significados.

Para a sua compreensão, muitas vezes é preciso acionar dados do repertório cultural, ou seja, elementos do contexto externo, como valores sociais, ideologias e outros textos e informações que circulam na sociedade.

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Página de referência: 59

Exemplo:

O sentido pleno da charge depende do conhecimento de que o governo americano (metonimicamente representado pelo então presidente Barack Obama) espionou chefes de estado de diversos países, inclusive do Brasil.

A compreensão de sentidos é uma operação de leitura em que se convocam informações do repertório

cultural

socialmente

difundido,

fundamentais à produção de sentido.

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Página de referência: 59

Considerações sobre os textos simplesmente explicativos Os

gêneros

texto

simplesmente

explicativos

costumam ser chamados de textos utilitários ou veiculares e são expressos em função dominantemente referencial. Sua

finalidade

primeira

servir

veículo

para

transportar comunicados e informações que servem de instruções e normas de conduta que interferem diretamente na vida prática. Exemplos: • relatórios médicos; • manuais de instrução; • bulas de remédio; •

noticiário jornalístico etc. esses textos são escritos para serem entendidos de

maneira

compartilhada

pelas

partes

envolvidas

interpretados sem divergência. Duas exigências para interpretar qualquer tipo de texto Quando se pergunta sobre o que é necessário para ler bem um texto, não há outra resposta: • O conhecimento do código em que foi escrito o texto é condição sem a qual não se realiza a sua intelecção.

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Página de referência: 59

• O conhecimento de repertório é tão necessário quanto o do código. Por repertório deve-se entender a bagagem de conhecimento arquivado na memória discursiva: os dados, os costumes, os valores e as crenças do cenário cultural em que o texto é produzido. Apreensão e compreensão: dois planos de leitura

Apreensão

Compreensão

é é a aptidão de captar os sentidos

efeitos

sentido dos enunciados inscritos no interior do texto e das relações que eles mantêm entre si.

aptidão

para

correlacionar sentidos de um texto particular com

significados

definidos

anteriores enunciador

já

textos que

pressupõe

como conhecidos pelo enunciatário.

A interferência da pragmática na interpretação Interpretação pragmática é aquela que se extrai do conhecimento da situação de comunicação e não da seleção ou combinação das palavras do enunciado.

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Textos para a questão 1

Página de referência: 59

Texto I No meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra. [...] DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos. Texto II As lavadeiras de Mossoró, cada uma tem sua pedra no rio: cada pedra é herança de família, passando de mãe a filha, de filha a neta, como vão passando as águas no tempo [...]. A lavadeira e a pedra formam um ente especial, que se divide e se reúne ao sabor do trabalho. Se a mulher entoa uma canção, percebe-se que a nova pedra a acompanha em surdina... [...] DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos.

Em diversas regiões do país, as roupas são lavadas coletivamente nos rios.

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Página de referência: 60

1. (Enem) Com base na leitura dos textos, é possível estabelecer uma relação entre forma e conteúdo da palavra pedra, por meio da qual se observa: a) o emprego, em ambos os textos, do sentido conotativo da palavra pedra. b) a identidade de significação, já que, nos dois textos, pedra significa empecilho. Texto para a questão 2 Sem flecha, na rima O grupo de rap Brô MCs, criado no final de 2009, é formado pelos pares de irmãos (daí o “bro”, de brother) Bruno/Clemerson e Kelvin/ Charles, jovens que cresceram ouvindo hip hop nas rádios da aldeia Jaguapiru Bororo, em Dourados, Mato Grosso do Sul. Nas apresentações, contam com a voz feminina de Dani Muniz, descendente de indígenas, e do produtor Higor Marcelo, de outro grupo de rap da região, o Fase Terminal. — Desde o começo a gente não queria impor uma cultura estranha que invadisse a cultura indígena – afirma o produtor, chamando a atenção para o grande destaque do Brô MCs: as letras em língua indígena. Expressar-se em língua originária e fazer com que os jovens indígenas percebam a vitalidade do idioma nativo é uma das motivações do grupo, que depois seleciona trechos ou letras que vão receber versão em português. 84

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Página de referência: 60

A dificuldade maior vem dos críticos, que não aceitam o fato de que a cultura indígena é dinâmica e sempre incorpora novidades. “— Mas índio cantando rap?”, tem gente que questiona. O rap é de quem canta, é de quem gosta, não é só dos americanos – avalia Dani.

Brô

MCs:

guarani-kaoiwá

composições (da

família

em tupi-

guarani) e em português. 2. (Enem) Considerando-se as opiniões apresentadas no texto, a indagação “Mas índio cantando rap?” traduz um ponto de vista que evidência: b) desvalorização da cultura rap em contrapartida às tradições musicais indígenas, motivo pelo qual os índios não devem cantar rap. c) preconceito por parte de quem não concebe que os índios possam conhecer o rap e, menos ainda, cantar esse gênero musical. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br

Página de referência: 61

Texto para a questão 3 Saúde Afinal, abrindo um jornal, lendo uma revista ou assistindo à TV, insistentes são os apelos feitos em prol da atividade física. A mídia não descansa; esportivas, academias,

quer

vender

roupas

propagandas tênis,

aparelhos

ginástica e musculação, vitaminas, dietas... uma relação infindável de materiais, equipamentos e produtos

alimentares

que,

por

trás

toda

essa

“parafernália”, impõe um discurso do convencimento e do desejo de um corpo belo, saudável e, em sua grande maioria, de melhor saúde.

3. (Enem) Em razão da influência da mídia no comportamento das pessoas no que diz respeito ao padrão de corpo exigido, podem ocorrer mudanças de hábitos corporais. A esse respeito, infere-se do texto que é necessário: b) valorizar o discurso da mídia, entendendo-o como incentivo à prática da atividade física, para o culto do corpo perfeito. c) diferenciar as práticas corporais veiculadas pela mídia daquelas praticadas no dia a dia, considerando a saúde e a integridade corporal.

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Página de referência: 63

Texto para a questão 5 A poluição e outras ofensas ambientais ainda não tinham esse nome, mas já eram largamente notadas no século XIX, nas grandes cidades inglesas e continentais. E a própria chegada ao campo das estradas de ferro suscitou protestos. A reação antimaquinista, protagonizada pelos diversos luddismos, antecipa a batalha atual dos ambientalistas. Esse era, então, o combate social contra os miasmas urbanos.

O luddismo, na Inglaterra, culpava máquinas

as pelo

desemprego e pela miséria social.

5. (Enem) O crescente desenvolvimento técnico-produtivo impõe modificações na paisagem e nos objetos culturais vivenciados pelas sociedades. De acordo com o texto, pode-se dizer que tais movimentos sociais emergiram e se expressaram por meio: d) dos boicotes aos produtos das empresas exploradoras e poluentes. e) da contestação à degradação do trabalho, das tradições e da natureza.

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Página de referência: 63

Texto para a questão 6 A foto de uma mãe que deixou um bebê no chão de um aeroporto nos EUA revoltou a internet. Publicada por um usuário do Twitter, a foto trazia a seguinte legenda-julgamento: “Quem deixa o bebê no chão desse jeito?”. O que mais irritou os internautas foi o fato de a mãe usar o celular, dando a entender que ela se entretinha com o aparelho em vez de cuidar da criança. Logo, a mãe foi julgada e condenada pelo tribunal da internet: milhares de pessoas, de todas as partes do mundo, se sentiram no direito de considerá-la uma péssima mãe. Em entrevista, Molly Lensing contou que viajava sozinha com a filha de dois meses. Ela voltava para casa, em Atlanta, depois de visitar o irmão no Colorado. Só que o voo de volta deu problema desde o início. Marcado para segunda-feira, o voo foi adiado para terça. No dia seguinte, como o voo havia atrasado mais de seis horas, ela perdeu a conexão para Atlanta. Molly esperou então até a meia-noite por um outro voo, que também foi cancelado. Ela ficou até as 4h30 tentando resolver sua situação com a companhia aérea pelo telefone. Molly foi informada que não havia mais vouchers para passar a noite em um hotel e por isso dormiu no chão do aeroporto com a bebê. O voo foi remarcado para quinta. A foto que viralizou nas redes sociais foi tirada logo após ela acordar, quando trocava mensagens sobre sua situação com os pais. 88

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Página de referência: 64

Molly e sua filha no aeroporto.

6. É bastante comum, no cotidiano, que sejam tiradas conclusões

precipitadas

acerca

fatos,

pessoas,

comportamentos. Julgar um fato da realidade sem considerar seu contexto equivale a interpretar o sentido de um termo sem levar em conta o entorno do texto. Com base nisso, assinale a alternativa que melhor explique por que a mãe foi tão criticada por internautas do mundo todo. c) há um banco vazio ao lado onde o bebê poderia ter ficado mais protegido. d) não saber do contexto completo gerou uma interpretação parcial da cena.

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atividades 1. A apreensão de sentidos é uma operação de leitura que lida com a: (

) codificação das palavras.

(

) decifração do código linguístico.

2. Complete:

apreender – termo – sentido

Para ______________________________________________________________ (capturar)

sentido

exato

__________________________________________________________________ num

texto,

preciso

confrontar

seu

__________________________________________________________________ com o das partes que lhe são vizinhas (o contexto interno).

3. A compreensão de sentidos é uma operação de leitura em que se convocam informações do: (

) repertório cultural.

(

) conhecimento de palavras técnicas.

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4. Marque apenas os exemplos de textos simplesmente explicativos.

relatórios médicos (

poesias

)

(

artigos científicos (

(

bulas de remédio

)

manuais de instrução

)

(

)

Noticiário jornalístico

)

(

)

5. O conhecimento de repertório é tão necessário quanto o do código. Por repertório deve-se entender: (

) a bagagem de conhecimento arquivado na memória

discursiva. (

) a capacidade de compreender novas palavras.

6. A ________________ é a aptidão para correlacionar sentidos de um texto particular com significados já definidos em textos anteriores. (

) apreensão.

(

) compreensão.

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Página de referência: 66

Independência ou morte ou O grito do Ipiranga, 1888, de Pedro Américo (1842-1905). Este conhecido quadro de Pedro Américo pode ser considerado uma obra de arte porque utiliza a linguagem visual como forma de expressão única e repleta de significados. A obra teve importante função social na construção do imaginário político brasileiro pós-Independência.

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Página de referência: 67

• Arte: forma de expressão humana em que a linguagem chama a atenção por si mesma, superando a mera transmissão utilitária de significados.

A arte se vale de diversas

linguagens, renovando-as sempre: palavras, cores, sons,

A arte provoca

Arte como

identidade no

preservação da

seio da cultura

identidade e da

em que está

memória de um

inserida.

povo.

gestos, espaços, formas, etc.

Expressões artísticas de culturas muito diferentes podem causar estranhamento. Importância da valorização da diversidade cultural.

Exemplos de esculturas grecoromana e africana. Cada uma das estátuas

respondia

anseios

próprios de seus meios sociais e culturais.

• Literatura: expressão artística que se vale da linguagem verbal.

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Página de referência: 67

Arte nos diferentes meios culturais No Brasil, com sua grande diversidade cultural, a arte expressa valores e elementos específicos das mais variadas regiões e estratos sociais.

A obra do artista brasileiro Rubem Valentim apresenta elementos relacionados à religiosidade

afro-

brasileira, notadamente a umbanda e o candomblé.

Apesar da homogeneidade cultural imposta pelos meios de comunicação de massa, é possível localizar traços relevantes de identidade e de diálogo com as demandas típicas de cada grupo social. O grafite é uma expressão artística urbanos.

dos Os

muros

meios das

cidades são suporte para as mais

variadas

mensagens.

No exemplo retratado, há uma

fusão

entre

uma

referência clássica (a obra Mona Lisa) com o universo dos bailes funk brasileiros.

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Página de referência: 67

Literatura: palavras em arte A literatura envolve o uso artístico da palavra. Está presente nas sociedades desde seus primórdios, quando ainda não se dominava a escrita, por meio de relatos orais transmitidos de geração em geração.

A função Portanto,

literatura de

identidade

teve

destaque de

diversos

função social desses

povos.

poemas ia bem além

poemas

dos

Odisseia eram, para o povo

sentidos

normalmente

que se

grego,

Por

exemplo,

épicos um

Ilíada

verdadeiro

atribuem à literatura

compêndio

como

morais, religiosos, ideais de

mero

estético.

deleite

justiça

valores

modelos

conduta ética e guerreira.

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Texto para a questão 1

Página de referência: 67

Na busca constante pela sua evolução, o ser humano vem alternando a sua maneira de pensar, de sentir e de criar. Nas últimas décadas do século XVIII e no início do século XIX, os artistas criaram obras em que predominam o equilíbrio e a simetria

formas

cores,

imprimindo

estilo

caracterizado pela imagem da respeitabilidade, da sobriedade, do concreto e do civismo. Esses artistas misturaram o passado ao presente, retratando os personagens da nobreza e da burguesia, além de cenas míticas e histórias cheias de vigor. 1. (Enem) Atualmente, os artistas apropriam-se de desenhos, charges, grafismo e até de ilustrações de livros para compor obras em que se misturam personagens de diferentes épocas, como na seguinte imagem: b)

Michael Jackson, de Andy

Monabean, de Funny

Warhol.

Filez.

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Texto para a questão 2

Página de referência: 68

Os melhores críticos da cultura brasileira trataram-na sempre no plural, isto é, enfatizando a coexistência no Brasil de diversas culturas. Arthur Ramos distingue as culturas não europeias (indígenas, negras) das europeias (portuguesa, italiana, alemã, etc.), e Darcy Ribeiro fala de diversos Brasis: crioulo, caboclo, sertanejo, caipira e de Brasis sulinos, a cada um deles correspondendo uma cultura específica. 2. (Enem) Considerando a hipótese de Darcy Ribeiro de que há vários Brasis, a opção em que a obra mostrada representa a arte brasileira de origem negro-africana é: a)

Ruben Valentim.

Athos Bulcão.

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atividades

1. Assinale com verdadeiro (V) ou falso (F) as afirmações sobre arte: (

) a arte só se expressa através de palavras.

(

) a arte provoca identidade no seio da cultura em que está

inserida. (

) Expressões artísticas de culturas muito diferentes

podem causar estranhamento. 2. O grafite é:

(

)

uma

expressão

artística dos meios urbanos. (

) um tipo de arte que

busca

atender

aos

interesses da elite.

3. A ________________ é uma expressão artística que se vale da linguagem verbal. (

) literatura.

(

) escultura.

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Página de referência: 70

Paúba, 2003, de Caio Reisewitz (1967). A imagem fotográfica apresenta a cena de uma praia vazia em um dia nublado. Poderia ser considerada mero registro documental.

Contudo,

cores

esmaecidas,

semelhança de tons entre água e céu e a simplicidade das linhas e dos volumes carregam uma sugestão artística. Percebe-se que o olhar do fotógrafo não quis apenas fixar a realidade de maneira isenta e fria, mas de forma a ressaltar esteticamente a paisagem retratada. 100

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Página de referência: 71

Texto não literário • Aquele em que predomina a exatidão dos sentidos. • Centra-se

chamada

função

referencial

linguagem, que dá maior relevância ao plano do conteúdo (“o que se diz”). Texto literário • Função poética da linguagem: ampliação dos sentidos (polissemia). • Relevância do plano da expressão (“como se diz”). • Poesia: inovação e agregação de novos significados à linguagem. Pode ocorrer tanto num texto em verso como num texto em prosa. • Denotação: significado básico e objetivo de uma palavra, de um símbolo, etc. • Conotação: significado acrescentado ao sentido básico das palavras ou símbolos. • Metáfora: alteração do sentido baseada em relação de semelhança entre dois termos. “Transporte” de sentidos de um termo para outro.

Exemplo: “Maria é uma rosa”.

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101

Página de referência: 71

Poesia/poema/prosa poética A

poesia

exploração

diversos

recursos

expressivos de modo “a carregar a linguagem de significado”.

A simples afirmação “O dia está nascendo” é metafórica e, portanto, próxima do conceito de poesia.

O poema é o texto escrito em unidades de ritmo chamadas versos. Nesse tipo de texto, a princípio, exploram-se de maneira mais explícita os recursos típicos da poesia. O texto em versos se diferencia do texto em prosa, que é aquele dividido em unidades de pensamento chamadas parágrafos. Plano do conteúdo × plano da expressão Ao considerar que, em um texto literário, todos os elementos estão atrelados numa relação solidária de construção de sentido, podemos diferenciar dois planos de significação: • o plano da expressão – que se relaciona a aspectos sonoros, rítmicos ou ainda da disposição

das

palavras na página; •

e o plano do conteúdo – que envolve os significados que as palavras adquirem a partir da seleção e combinação feita pelos autores.

102

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Texto para a questão 1 Página de referência: 71

A onda a onda anda aonde anda a onda? a onda ainda ainda onda ainda anda aonde? aonde? a onda a onda BANDEIRA, Manuel.

1. Em um texto literário, os recursos poéticos e linguísticos participam da construção do significado, isto é, forma e conteúdo se relacionam significativamente. No poema de Manuel Bandeira, a correlação entre um recurso formal e um aspecto da significação do texto é: a) a ausência de verbos, que sugere a imobilidade da paisagem. b) o plano sonoro das palavras, que sugere a movimentação das ondas.

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103

Página de referência: 71

Texto para a questão 2 Cabeludinho

Quando a Vó me recebeu nas férias, ela me apresentou aos amigos: Este é meu neto. Ele foi estudar no Rio e voltou de ateu. Ela disse que eu voltei de ateu. Aquela preposição deslocada me fantasiava de ateu. Como quem dissesse no Carnaval: aquele menino está fantasiado de palhaço. Minha avó entendia de regências verbais. Ela falava de sério. Mas todo-mundo riu. Porque aquela preposição

deslocada podia fazer de uma

informação um chiste. E fez. E mais: eu acho que buscar a beleza nas palavras é uma solenidade de amor. E pode ser instrumento de rir. De outra feita, no meio da pelada um menino gritou: Disilimina esse, Cabeludinho. Eu não disilimei ninguém. Mas aquele verbo novo trouxe um perfume de poesia a nossa quadra. Aprendi nessas férias a brincar de palavras mais do que trabalhar com elas. Comecei a não gostar de palavra engavetada. Aquela que não pode mudar de lugar. Aprendi a gostar mais das palavras pelo que elas entoam do que pelo que elas informam. Por depois ouvi um vaqueiro a cantar com saudade: Ai morena, não me escreve / que eu não sei a ler. Aquele a preposto ao verbo ler, ao meu ouvir, ampliava a solidão do vaqueiro.

104

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Página de referência: 72

2. (Enem) No texto, o autor desenvolve uma reflexão sobre diferentes possibilidades de uso da língua e sobre os sentidos que esses usos podem produzir, a exemplo das expressões “voltou de ateu”, “desilimina esse” e “eu não sei a ler”. Com essa reflexão, o autor destaca: d) o relato fiel de episódios vividos por Cabeludinho durante as suas férias. e) a valorização da dimensão lúdica e poética presente nos usos coloquiais da linguagem.

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105

atividades

1. O texto não literário centraliza-se na chamada função _________________ da linguagem. (

) poética.

(

) referencial.

2. Relacione corretamente a definição dos termos a seguir:

significado poesia

acrescentado ao sentido básico das palavras ou símbolos.

inovação e agregação de novos denotação

significados

linguagem. Pode ocorrer tanto num texto em verso como

num

texto

prosa.

significado conotação

básico

objetivo de uma palavra, de um símbolo, etc.

106

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3. O poema é o texto escrito em unidades de ritmo chamadas: (

) versos.

(

) parágrafos.

4. Complete: poesia – expressivos – significados

A ________________________________________________________________ é

exploração

diversos

recursos

__________________________________________________________________ de

modo

“a

carregar

linguagem

__________________________________________________________________ ”.

5. Relacione: envolve os significados que as palavras adquirem plano da expressão

a partir da seleção e combinação feita pelos autores.

se relaciona a aspectos sonoros, plano do conteúdo

rítmicos

ainda da disposição das palavras na página;

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107

Página de referência: 73

Os litores trazendo a Brutus os corpos de seus filhos, 1789, de Jacques-Louis David. Óleo sobre tela, 323 cm × 422 cm. A cena retratada nessa obra se passa na Roma antiga. A tela, por si só, já conta uma história: os corpos dos filhos de Brutus, trazidos até sua casa, são recebidos com desespero pelas mulheres da família e com serenidade pelo próprio pai. A carga emocional da cena se amplia quando acrescentamos outros elementos à história: o próprio Brutus assinara a sentença de morte dos filhos, acusados de traição à pátria. O papel que ele tem em suas mãos contém a sentença. A história sintetizada na cena possui alguns elementos interessantes: a rebeldia, as relações familiares e o amor à pátria. 108

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Página de referência: 74

Prosa literária • Narrativas de ficção.

• Romance: narrativa longa, sem limite de páginas, com número considerável de personagens e eventos. • Conto: narrativa curta, mais condensada. Elementos da narrativa • Narrador: é a voz da narrativa, isto é, aquele que conta a história. No geral, pode se apresentar em: 1ª pessoa (narrador é personagem da história) e 3ª pessoa (narrador não é personagem da história). • Enredo: sucessão de episódios que compõem a narrativa. • Personagens: seres que atuam na narrativa. • Tempo: período em que a história ocorre. • Espaço: lugar onde ocorre a ação. Narrador,

enredo,

personagens, tempo e espaço são

elementos

que

compõem uma narrativa. Ao

observar

ilustração,

por

cena

exemplo,

podemos imaginar a história que está sendo narrada: “Ao amanhecer, os dois irmãos chegaram

entrada

misteriosa cidade.” Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br

109

Texto para as questões 1 e 2

Página de referência: 74

O Luís Dutra era um primo de Virgília, que também privava com as musas. Os versos dele agradavam e valiam mais do que os meus; mas ele tinha necessidade da sanção de alguns, que lhe

confirmasse

aplauso

dos outros.

Como

fosse

acanhado, não interrogava a ninguém; mas deleitava-se com ouvir alguma palavra de apreço; então criava novas forças e arremetia juvenilmente ao trabalho. Pobre Luís Dutra! Apenas publicava alguma coisa, corria à minha casa, e entrava a girar em volta de mim, à espreita de um juízo, de uma palavra, de um gesto, que lhe aprovasse a recente produção, e eu falava-lhe de mil coisas diferentes – do último baile do Catete, da discussão das câmaras, de berlindas e cavalos –, de tudo, menos dos seus versos ou prosas. Ele respondia-me, a princípio com animação, depois mais frouxo, torcia a rédea da conversa para o seu assunto dele, abria um livro, perguntava-me se tinha algum trabalho novo, e eu dizia-lhe que sim ou que não, mas torcia a rédea para o outro lado, e lá ia ele atrás de mim, até que empacava de todo e saía triste. Minha intenção era fazê-lo duvidar de si mesmo, desanimá-lo, eliminá-lo... E tudo isto a olhar para a ponta do nariz... Vocabulário sanção: aprovação à espreita: aguardando Catete: bairro do Rio de Janeiro berlinda: tipo de carruagem.

110

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Página de referência: 74

1. Em uma narrativa, as personagens são os seres que atuam na história. Elas apresentam traços característicos, podendo sintetizar valores que o autor deseja expor. Personagens possuem dimensões físicas e psicológicas, apreendidas por meio da descrição. A descrição de uma personagem pode ser feita de maneira sucinta e sugestiva. No trecho, com apenas algumas palavras, o narrador Brás Cubas expõe ao leitor a personalidade de Luís Dutra, que é marcada pela: c) necessidade de reconhecimento público.

d) incapacidade de manter conversação prolongada.

2. Na leitura literária, é imprescindível distinguir narrador e autor. O narrador é aquele que conta a história, e pode estar associado ao autor ou não. Ao contar uma história, o narrador pode, eventualmente, revelar alguns traços de sua

personalidade,

que

não

correspondem,

necessariamente, aos do autor. Em Memórias póstumas de Brás Cubas, o narrador-protagonista se mostra ao leitor, por vezes, de forma irônica. No trecho transcrito, Brás Cubas revela seu: a) prazer em explorar fraquezas alheias.

b) desprezo pela cultura literária.

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111

atividades 1. O _______________ é uma narrativa longa, sem limite de páginas, com número considerável de personagens e eventos. (

) romance.

(

) conto.

2. Relacione corretamente os elementos da narrativa com suas definições.

seres narrador

que

narrativa.

sucessão enredo

atuam

episódios

que compõem a narrativa.

período em que a história personagens

ocorre.

é a voz da narrativa, isto tempo

é, aquele que conta a história.

112

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Página de referência: 76

O sacrifício de Isaac, 1603, de Caravaggio. O artista pintou a tela a partir do trecho bíblico que relata o episódio em que Deus ordenou a Abraão que sacrificasse seu filho como prova de obediência e temor a Ele. O pintor dá especial destaque ao desespero no rosto de Isaac, prestes a ter seu pescoço cortado. A cena revela ainda a convicção com que o anjo ordena que Abraão pare o que está fazendo, percebida pela firmeza com que segura o punho armado do patriarca. O quadro destaca o momento decisivo em que a ação é interrompida

três

personagens

envolvidos

são

surpreendidos pelo que está acontecendo. A ação é o aspecto mais significativo da pintura, o que possibilita sua classificação como “dramática”.

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113

Página de referência: 77

Drama

Palavra de origem grega que significa “ação”.

associada à representação direta da ação das personagens de uma narrativa. Komos

satírico

(festa

dionisíaca)

início

comédia,

desenho

originalmente presente

vaso grego.

O gênero dramático surgiu como desenvolvimento dos ditirambos, cantos apaixonados ou sombrios entoados por um coro durante as festas dionisíacas. Essas celebrações litúrgicas louvavam o deus Dionísio, pedindo, entre outras coisas, favores de fertilidade para a terra. Exemplos de textos do gênero dramático • Peças de teatro. • Roteiros

cinema

teledramaturgia

(novelas

minisséries). Características fundamentais do gênero dramático • Texto escrito para ser representado. • Ausência de narrador. 114

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Página de referência: 77

• Nomes das personagens seguidos de falas. Para que o leitor possa entender o que se passa na cena, uma vez que não está assistindo à representação, o texto dramático costuma começar com uma lista das personagens que participarão

trama,

seguida

uma

breve

caracterização de cada uma delas. Exemplo: A mulher sem pecado

(Drama em três atos) Personagens: Olegário (paralítico e marido de Lídia) Inézia (criada) D. Aninha (doida pacífica, mãe de Olegário) Umberto (chofer) Voz interior (Olegário) Lídia (esposa de Olegário) Joel (empregado de Olegário) Maurício (irmão de criação de Lídia) D. Márcia (ex-lavadeira e mãe de Lídia) Menina (Lídia aos 10 anos) Mulher (a primeira esposa de Olegário, já falecida) • Rubricas: informações complementares aos atores e diretores. Um texto do gênero dramático pode ser escrito em prosa, em verso ou apresentar uma mescla das duas formas. Textos em versos destinados à encenação são chamados de poesia dramática.

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115

Texto para a questão 1

Página de referência: 77

Joaquim: Pegue um pano e limpe isto já. Não quero que a sua mãe veja essa sujeira. Marcelo: Não vamos discutir agora, papai. Joaquim: É agora! Agora! Marcelo: Minha cabeça... Joaquim: (Corta) Está cheia de álcool. Nunca teve dentro outra coisa. Marcelo: Não quero discutir, já disse. Joaquim: (Violento) Sente-se! Estou falando com você. Quero saber por que saiu do frigorífico? Marcelo: Aquilo não é emprego de gente. O senhor sabe disto. Joaquim: Não sei de nada. Marcelo: (Olha o pai durante um instante) Eu tentei ficar lá, papai, eu tentei, mas não consegui. Joaquim: Você não honra o nome que tem. Marcelo: (Pausa) E o que é que vale este nome? Joaquim: Muita coisa. Ainda somos o que fomos. Marcelo: Não somos nada, esta é que é a verdade. Joaquim: Não me confunda com você. Marcelo: Até quando o senhor vai mentir a si mesmo? Não percebe, não vê que não contamos mais para nada? Ninguém mais tem consideração por nós. Joaquim: Por você não podiam ter mesmo. Marcelo: Nem pelo senhor, papai. 1. As rubricas são parte importante do gênero dramático porque fornecem informações significativas para os atores e diretores envolvidos na representação teatral do texto. 116

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Página de referência: 78

A leitura do fragmento de A moratória indica, por meio das rubricas, que o diálogo entre Joaquim e Marcelo: c) é marcado pela sinceridade e espontaneidade na expressão. d) é entrecortado por alguns momentos de impulsividade e outros de silêncio hesitante. Textos para a questão 2 Texto I — O meu nome é Severino, não tenho outro de pia. Como há muitos Severinos, que é santo de romaria, deram então de me chamar Severino de Maria; como há muitos Severinos com mães chamadas Maria, fiquei sendo o da Maria, do finado Zacarias, mas isso ainda diz pouco: há muitos na freguesia, por causa de um coronel que se chamou Zacarias e que foi o mais antigo senhor desta sesmaria. Como então dizer quem fala ora a Vossas Senhorias? MELO NETO, João Cabral de.

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117

Página de referência: 78

Texto II João Cabral, que já emprestara sua voz ao rio, transferea, aqui, ao retirante Severino, que, como o Capibaribe, também segue no caminho do Recife. A auto apresentação do personagem, na fala inicial do texto, nos mostra um Severino que, quanto mais se define, menos se individualiza, pois seus traços biográficos são sempre partilhados por outros homens. 2. (Enem) Com base no trecho de Morte e vida severina (Texto I) e na análise crítica (Texto II), observa-se que a relação entre o texto poético e o contexto social a que ele faz referência aponta para um problema social expresso literariamente pela pergunta “Como então dizer quem fala / ora a Vossas Senhorias?”. A resposta à pergunta expressa no poema é dada por meio da: b) construção da figura do retirante nordestino como um homem resignado com a sua situação. c) representação, na figura do personagem narrador, de outros Severinos que compartilham sua condição.

118

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atividades

1. Drama é uma palavra de origem grega que significa: (

) ação.

(

) alegria.

2. Complete:

dramático – ditirambos – dionisíacas

gênero

_________________________________________________________ como

surgiu

desenvolvimento

dos

__________________________________________________________________, cantos apaixonados ou sombrios entoados por um coro durante

festas

_________________________________________________________________.

3. Assinale com verdadeiro (V) ou falso (F) as características do gênero dramático. (

) o texto é escrito para ser lido.

(

) ausência de narrador.

(

) os nomes das personagens são seguidos de falas.

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119

Página de referência: 79

Composição VII, 1913, de Wassily Kandinsky. Kandinsky pintou dez grandes telas a que chamou “composições”. Kandinsky é considerado um dos precursores da arte abstrata. A pintura como veículo de comunhão entre espíritos é o que fornece a base para o desenvolvimento de seu trabalho.

120

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Página de referência: 80

Pintura • Forma de linguagem.

• Imagens produzidas como elementos de comunicação.

Vênus de Urbino, 1538, de Ticiano.

Mont

Sainte-

Victoire, 1906,

1904de

Paul

Cézanne.

Aspectos importantes a serem observados na leitura de um trabalho de pintura • Modos de representação: – Figurativo: imita formas do mundo real – é possível reconhecer o que está desenhado. – Abstrato: traços não reconhecíveis da realidade observada.

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121

Página de referência: 80

• Título escolhido pelo artista. • Contextualização:

data

produção,

referências

históricas e estilo de época. • Contrastes observados na composição: – Iluminação: forma como a luz e seus reflexos são representados na tela. – Escala: tamanho dado aos diferentes elementos que compõem a obra. –

Posição

dos

elementos

obra:

relações

estabelecidas entre o espaço e as figuras. – Perspectiva: presença ou ausência da noção tradicional de profundidade. – Cor: opções do artista que indicam os sentimentos predominantes no quadro.

122

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Texto para a questão 1

Página de referência: 80

condição

humana, 1933, de

René

Magritte.

1. Essa tela do surrealista René Magritte apresenta alguns contrastes significativos para o espectador, como entre o interior e o exterior. A árvore que figura no meio da obra faz parte da pintura colocada sobre o cavalete e também da paisagem vista através da janela. Observando esses elementos constitutivos do trabalho de Magritte, é possível identificar a discussão a respeito da condição humana, desenvolvida por meio da relação entre: b) o sonho e a realidade. c) a arte e a natureza.

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123

Página de referência: 81

Textos para a questão 2 Texto I

Francis Wyndham, 1993, de Lucian Freud. Óleo sobre tela, 64 cm × 52 cm. Coleção particular.

Texto II Lucian Freud é, como ele próprio gosta de relembrar às pessoas,

biólogo.

Mais

propriamente,

tem

querido

registrar verdades muito específicas sobre como é tomar posse deste determinado corpo nesta situação particular, neste específico espaço de tempo. SMEE, S. Freud. Köln: Taschen, 2010. 2. (Enem)

Considerando

intencionalidade

artista,

mencionada no Texto II, e a ruptura da arte no século XX com o parâmetro acadêmico, a obra apresentada trata do(a): d) representação do padrão do belo contemporâneo. e) fidelidade à forma realista isenta do ideal de perfeição.

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atividades 1. Assinale a obra que possui um estilo realista ao mesmo tempo que causa estranheza e sensação de estar em um sonho.

(

)

(

)

2. O modo de representação ________________________ imita formas do mundo real. É possível reconhecer o que está desenhado. (

) figurativo.

(

) abstrato.

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125

3. Analise a reprodução do quadro Café, pintado por Candido Portinari, em 1935.

Café, 1935, de Candido Portinari. Museu Nacional de Belas Artes, RJ.

Nesse quadro, o artista: (

) apresenta a força do trabalho coletivo para a

produção da riqueza agrícola. (

) evidencia as ótimas qualidades de trabalho no campo.

4. Os traços não reconhecíveis da realidade observada são considerados: (

) abstratos.

(

) realistas.

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Página de referência: 82

1. A primeira missa no Brasil, 1861, de Victor Meirelles. Óleo sobre tela, 268 cm × 356 cm. 2. A primeira missa no Brasil, 1948, de Candido Portinari. Têmpera sobre tela, 1 200 cm × 667 cm. O encontro entre portugueses e índios, quando do descobrimento

Brasil,

já

foi

motivo

muitas

representações artísticas em diferentes épocas e gêneros.

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127

Página de referência: 83

Quinhentismo • Período inicial da produção literária no Brasil, compreendido entre o descobrimento, em 1500, e o início do período Barroco, em 1601. • Inclui textos informativos e obras de formação. O primeiro texto escrito sobre o descobrimento foi A

carta, de Pero Vaz de Caminha, que tinha, principalmente, a intenção de informar ao rei de Portugal – dom Manuel – o “achamento” das terras brasileiras.

Reprodução carta

da Pero

Vaz de Caminha, na qual relata o “descobrimento” do Brasil.

Literatura de informação • Cartas produzidas por navegantes portugueses com a intenção de relatar as primeiras impressões sobre o Brasil recém-descoberto. • Posteriormente, cartas para transmitir informações e notícias sobre o processo de colonização do país. 128

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Página de referência: 83

Literatura de formação

• Autos e poemas produzidos por jesuítas com a intenção de catequizar os indígenas. Representantes da literatura de informação e de formação • Pero Vaz de Caminha • Pero de Magalhães Gândavo • Manuel da Nóbrega • José de Anchieta O jesuíta José de Anchieta José de Anchieta viveu no Brasil por mais de 40 anos e foi o jesuíta que mais se destacou na produção literária do chamado Quinhentismo nacional. Sua

obra

composta

cartas

aos

superiores

eclesiásticos sobre: • os costumes indígenas; • poemas religiosos; •

e textos teatrais que eram encenados para os nativos e utilizados para a catequese. Além de sua atividade literária, escreveu a primeira

gramática da língua tupi, em 1556, obra que se tornou importante instrumento de trabalho para os missionários.

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129

Textos para a questão 1

Página de referência: 83

Texto I Andaram na praia, quando saímos, oito ou dez deles; e daí a pouco começaram a vir mais. E parece-me que viriam, este dia, à praia, quatrocentos ou quatrocentos e cinquenta. Alguns deles traziam arcos e flechas, que todos trocaram por carapuças ou por qualquer coisa que lhes davam. [...] Andavam todos tão bem-dispostos, tão bem-feitos e galantes com suas tinturas que muito agradavam. CASTRO, S. A carta de Pero Vaz de Caminha. Texto II

PORTINARI, C. O descobrimento do Brasil.

1956.

Óleo sobre tela, 199 cm × 169 cm.

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Página de referência: 84

1. (Enem) Pertencentes ao patrimônio cultural brasileiro, a carta de Pero Vaz de Caminha e a obra de Portinari retratam a chegada dos portugueses ao Brasil. Da leitura dos textos, constata-se que: b) a tela de Portinari retrata indígenas nus com corpos pintados, cuja grande significação é a afirmação da arte acadêmica brasileira e a contestação de uma linguagem moderna. c) a carta, como testemunho histórico-político, mostra o olhar do colonizador sobre a gente da terra, e a pintura destaca, em primeiro plano, a inquietação dos nativos. 2. (UFV-MG) Leia a estrofe abaixo e faça o que se pede. Dos vícios já desligados nos pajés não crendo mais, nem suas danças rituais, nem seus mágicos cuidados. ANCHIETA, José de. O auto de São Lourenço.

Assinale a afirmativa verdadeira, considerando a estrofe anterior, pronunciada pelos meninos índios em procissão. a) Os meninos índios representam o processo de aculturação em sua concretude mais visível, como produto final de todo um empreendimento do qual participaram com igual empenho a Coroa Portuguesa e a Companhia de Jesus. b) A presença dos meninos índios representa uma síntese perfeita e acabada daquilo que se convencionou chamar de literatura informativa. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br

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atividades

1. Que

acontecimento

histórico

está

relacionado

Quinhentismo? (

) o “descobrimento” do Brasil pelos portugueses.

(

) o período da Segunda Guerra Mundial.

2. Entende-se por literatura de informação no Brasil: (

) o conjunto de relatos de viajantes e missionários

europeus sobre a natureza e o homem brasileiros. (

) os sonetos de Gregório de Matos.

3. Assinale com verdadeiro (V) ou falso (F) as informações sobre o Padre José de Anchieta. (

) foi o grande orador sacro da

língua portuguesa, com seus sermões barrocos. (

) foi o mais importante jesuíta em

atividade no Brasil do século XVI. (

) além de sua atividade literária,

escreveu a primeira gramática da língua tupi.

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Página de referência: 85

Passo da subida para o calvário ou Cruz-às--costas, 1796-1799,

Aleijadinho.

Escultura

madeira.

Antônio Francisco Lisboa (1738-1814), o Aleijadinho, foi o principal artista plástico do Barroco brasileiro. Suas obras transmitem toda a angústia existencial e a religiosidade que dominavam a estética barroca.

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133

Página de referência: 86

Estética barroca • Contexto histórico: Reforma × Contrarreforma. • Expressão de contradições: antíteses e paradoxos. • Oposição ao espírito clássico: instabilidade. • Tema frequente: efemeridade das coisas. • Religiosidade: pecado × busca do perdão divino. • Cultismo: rebuscamento verbal (ornamentalismo). • Conceptismo: rebuscamento argumentativo. Gregório de Matos e Guerra (1633-1696)

• Apelido: Boca do Inferno. • Poesia satírica: crítica social. • Poesia amorosa: amor carnal × amor espiritual. • Poesia religiosa: salvação × perdição.

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Página de referência: 86

Padre Antônio Vieira (1608-1697)

• Obra principal: Sermões. • Habilidade argumentativa: união entre fé e razão. • Temas sociais: desafios a poderosos. O Barroco mineiro • Mestre Ataíde: pintura de temática sacra, de intenso colorido. • Aleijadinho: – Maior artista plástico do Barroco brasileiro. –

Seguiu

convenções

básicas

escola,

adaptando-as ao ambiente em que vivia. – Utilizava-se de materiais locais, inspirando-se em pessoas da região para compor algumas de suas imagens.

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135

Página de referência: 86

Texto para a questão 1 Nasce o Sol, e não dura mais que um dia, Depois da Luz se segue a noite escura, Em tristes sombras morre a formosura, Em contínuas tristezas, a alegria. Porém se acaba o Sol, por que nascia? Se é tão formosa a Luz, por que não dura? Como a beleza assim se transfigura? Como o gosto da pena assim se fia? Mas, no Sol e na Luz falte a firmeza. Na formosura não se dê constância, E na alegria sinta-se tristeza. Começa o mundo enfim pela ignorância, E tem qualquer dos bens por natureza A firmeza somente na inconstância. MATOS, Gregório de. 1. Nesse soneto, Gregório de Matos: d) demonstra que a efemeridade atinge tanto a vida humana quanto a natureza. e) expressa a falta de fé religiosa que caracterizava o Barroco.

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Página de referência: 87

Texto para a questão 2 Há de tomar o pregador uma só matéria; há de defini-la, para que se conheça; há de dividi-la, para que se distinga; há de prová-la com a Escritura; há de declará-la com a razão; há de confirmá-la com o exemplo; há de amplificá-la com as causas, com os efeitos, com as circunstâncias, com as conveniências que se hão de seguir, com os inconvenientes que se devem evitar; há de responder às dúvidas, há de satisfazer às dificuldades; há de impugnar e refutar com toda a força da eloquência os argumentos contrários; e depois disto há de colher, há de apertar, há de concluir, há de persuadir, há de acabar. Isto é sermão, isto é pregar; e o que não é isto, é falar de mais alto. Não nego nem quero dizer que o sermão não haja de ter variedade de discursos, mas esses hão de nascer todos da mesma matéria e continuar e acabar nela. [...] VIEIRA, Antônio. Sermão da Sexagésima. 2. O “Sermão da Sexagésima”, do padre Antônio Vieira, é considerado

uma

espécie

meta-sermão.

Essa

classificação se justifica, na medida em que, nele, o autor: d) coloca a beleza das palavras acima do sentido que elas possam ter. e) toma como tema a própria arte de pregar.

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137

atividades

1. Assinale as figuras de linguagem presentes na estética barroca.

antíteses (

onomatopeias

)

(

metáforas (

)

paradoxos

)

(

)

2. A poesia satírica de Gregório de Matos tem como tema: (

) critica social.

(

) o amor romântico, idealizado.

3. Qual autor barroco criou a obra Sermões?

( 138

) Padre Antônio Vieira.

(

) Padre José Anchieta.

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Página de referência: 88

Os pastores da Arcádia, 1638-1640, de Nicolas Poussin. A tela de Nicolas Poussin apresenta três pastores e uma dama ao redor de uma tumba, onde se lê a inscrição “Et in Arcadia ego” (“Mesmo na Arcádia, existo”).

Pode-se interpretar a frase como afirmação proferida pela própria morte, o que significa que, mesmo na Arcádia – um espaço marcado pela perfeição e pela idealização – a morte está presente.

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139

Página de referência: 89

Arcadismo ou Neoclassicismo (séc. XVIII) Contexto • Iluminismo: desenvolvimento de ideais de igualdade, participação política, progresso. • Em Portugal: governo do Marquês de Pombal (17501777); expulsão dos jesuítas (1759). • No Brasil: ciclo do ouro (Minas Gerais); Conjuração Mineira. Características Convenções artísticas • Pastoralismo (adoção de codinomes pastoris). • Bucolismo. • Mitologia grega. • Temas árcades: – carpe diem: aproveitar a vida. – aurea mediocritas: equilíbrio de ouro. – inutilia truncat: cortar o inútil. – fugere urbem: fugir da cidade. – locus amoenus: lugar ameno, aprazível. • Ideário do Iluminismo: questionamento da opressão e da intolerância. • Pré-Romantismo: sentimentalismo, subjetividade e

locus horrendus.

140

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Página de referência: 89

Arcadismo brasileiro O

Arcadismo

brasileiro

está

muito

ligado

desenvolvimento econômico de Minas Gerais. Os maiores poetas desse grupo ou nasceram em Minas ou produziram parte importante de sua obra na região, ecoando as ideias iluministas que circulavam na Europa. • Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810). Tomás envolveu-se com Maria Doroteia, cantando seu amor segundo as regras do convencionalismo pastoril. Nasceu assim uma das mais importantes obras da poesia líricoamorosa de nosso país: Marília de Dirceu (1792). • Cláudio Manuel da Costa (1729-1789). • Basílio da Gama (1741-1795). O poeta brasileiro Basílio da Gama exaltou o governo pombalino por meio do poema épico O Uraguai, de 1769, que aborda a chamada “Guerra Guaranítica”, conflito entre os jesuítas e os exércitos ibéricos no sul do Brasil. Basílio da Gama antecipou o indianismo, tema que seria consagrado pela literatura romântica.

Portugal • Bocage (1765-1805).

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141

Texto para a questão 1

Página de referência: 89

Soneto VII Onde estou? Este sítio desconheço: Quem fez tão diferente aquele prado? Tudo outra natureza tem tomado; E em contemplá-lo tímido esmoreço. Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço De estar a ela um dia reclinado: Ali em vale um monte está mudado: Quanto pode dos anos o progresso! Árvores aqui vi tão florescentes, Que faziam perpétua a primavera: Nem troncos vejo agora decadentes. Eu me engano: a região esta não era; Mas que venho a estranhar, se estão presentes Meus males, com que tudo degenera! COSTA, C. M. Poemas. 1. (Enem) No soneto de Cláudio Manuel da Costa, a contemplação da paisagem permite ao eu lírico uma reflexão em que transparece uma: d) intenção de recriar o passado por meio da paisagem. e) empatia entre os sofrimentos do eu e a agonia da terra. 142

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Página de referência: 89

2. (Unifesp) Assinale a alternativa na qual se pode detectar nos versos do poeta português Manuel Maria de Barbosa du Bocage (1765-1805) uma ruptura com a convenção arcádica do locus amoenus (“lugar aprazível”). d) “A loira Fílis na estação das flores, Comigo passeou por este prado Mil vezes; por sinal, trazia ao lado As Graças, os Prazeres e os Amores.” e) “Já sobre o coche de ébano estrelado, Deu meio giro a Noite escura e feia; Que profundo silêncio me rodeia Neste deserto bosque, à luz vedado!”

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143

atividades

1. Relacione corretamente os temas árcades:

lugar ameno,

carpe diem

aprazível

aurea mediocritas

equilíbrio de ouro

inutilia truncat

aproveitar a vida

fugere urbem

cortar o inútil

locus amoenus

fugir da cidade

144

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2. O arcadismo está inserido em qual contexto histórico? (

) no desenvolvimento do iluminismo.

(

) no avanço da Revolução Industrial.

3. Leia o texto a seguir: Soneto Estes os olhos são da minha amada, Que belos, que gentis e que formosos! Não são para os mortais tão preciosos Os doces frutos da estação dourada. Por eles a alegria derramada Tornam-se os campos de prazer gostosos. Em zéfiros suaves e mimosos Toda esta região se vê banhada. Vinde olhos belos, vinde, e enfim trazendo Do rosto do meu bem as prendas belas, Dai alívio ao mal que estou gemendo. Mas ah! delírio meu que me atropelas! Os olhos que eu cuidei que estava vendo, Eram (quem crera tal!) duas estrelas. Na composição poética árcade, a natureza é tratada: (

) como uma fonte para o retrato crítico às desigualdades

sociais. (

) como um local em que se busca a vida simples, pastoril e

bucólica. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br

145

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SUMÁRIO Setor A Técnicas algébricas: fatoração...........................................................3 Técnicas de resolução de equações...................................................8 Desigualdades e inequações................................................................15 Equações do 2º grau..............................................................................21 Introdução às funções: a notação f(x) ............................................26

Setor B Introdução à Geometria plana............................................................32 Ângulos em triângulos..........................................................................49 Ângulos em polígonos convexos.......................................................57 Ângulos e circunferências..................................................................63 Semelhança de triângulos...................................................................79 Triângulo retângulo.............................................................................81 Trigonometria no triângulo retângulo...........................................83

Setor C Razão e proporção...............................................................................91 Porcentagem..........................................................................................98

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Página de referência: 114

1. Fator comum Sejam a, b e c números reais quaisquer, então:

2. Diferença entre dois quadrados Sejam a e b números reais quaisquer, então:

3. Trinômio quadrado perfeito Sejam a e b números reais quaisquer, então:

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✓ Fatorar é o mesmo que decompor o número em fatores primos, isto é, escrever um número através da multiplicação de números primos. ✓ Na

fatoração

utilizamos

números

primos

obedecendo a uma ordem crescente de acordo com as regras de divisibilidade em razão do termo a ser fatorado. ✓ Números primos são aqueles que podem ser divididos somente por um e por ele mesmo. ✓ Observe a decomposição em fatores primos dos números a seguir:

Decomposição do número 24 em fatores primos: 2x2x2x3x1

24 2

24 : 2 = 12

12 2

12 : 2 = 6

6:2=3

3:3=1

1 fatores primos

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Objetivos da fatoração • Um dos principais objetivos da fatoração é ajudar no cálculo da raíz quadrada de um número. • De acordo com a fatoração do número 144 temos:

2x2x2x2x3x3 • No caso da raiz quadrada, podemos representar o número 144 da seguinte forma:

2² x 2² x 3² • Como o índice da raiz quadrada é 2, podemos simplificar os expoentes de valor 2 com o índice 2 da raiz . • As bases dos expoentes simplificados saem da raiz multiplicadas entre si. Veja:

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Atividades 1 - Decomponha os números abaixo em fatores primos usando o método da fatoração:

A) 12

B) 32

2 - Encontre o valor das raízes utilizando o método da fatoração.

a) √ 3 6 = _ _ _ _ _

b) √ 8 1 = _ _ _ _ _

c) 1 6 9 = _ _ _ _ _

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3 - Fatore os números e, em seguida, coloque-os em fatores primos.

24 = 2 x 2 x 2 x 3 x 1

64 = _____________

81= _____________

16 = _____________

42 = _____________

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Página de referência: 117

1. Solução de uma equação • A solução de uma equação é o número que, ao substituir

incógnita,

produz

uma

sentença

verdadeira. 2. Conjunto solução (ou conjunto verdade) de uma equação • O conjunto solução é o conjunto de todas as soluções de uma equação. • Considerando a equação a = x 5 b na incógnita x, com x € R e a e b constantes, tem-se:

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3. Equação do 1o grau • Uma equação do 1o grau é qualquer equação na incógnita x, redutível à forma a • x = b, com a ≠ 0. 4. Resolução de uma equação do 1o grau • A resolução de uma equação do 1o grau consiste em somar, subtrair, multiplicar ou dividir ambos os membros da igualdade por uma mesma expressão (não nula no caso da divisão), até que a incógnita esteja isolada. Atividades 1 – Resolva:

Troca o sinal

a) X + 5 = 8

X =

–

___ Passa o 5 para O 2º membro

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b) x + 7 = 14

X =

___

X =

c) X – 8 = 2

troca o sinal

+ ___

passa o 8 para o 2º membro

d) X – 20 = 60

X =

___

X =

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2 - Resolva a equação 2

+ x = 4.

Temos a incónita x. Vamos isolar a incónita x no primeiro membro trocando o sinal do dois.

X =

Troca o sinal

X =

Vamos substituir o valor 2 na equação: 2+x=4 2+2=4 4=4 Assim verificamos que 2 é raiz da equação 2 + x = 4.

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3 – Calcule a solução ou raiz das equações: a) x + 3 = 11 X =

X =

b) x – 5 = 13 X =

X =

c) 2x = 10

X =

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d) 3x = 36 X =

X =

j) x + 7x = 72 =

X =

k) 3x – 5 = x + 4 =

X =

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4 – marque um ( X ) na alternativa correta

(

) 4x + 5 = 17 + x

(

) 3x + 1 = x + 17

(

) 2x + 5 = 5 + 5 + 5

(

) 4x + 5 = 17 + x

(

) 3x + 1 = x + 17

(

) 2x + 5 = 5 + 5 + 5

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Página de referência: 120

O que é uma inequação? São sentenças matemáticas abertas que apresentam sinal de desigualdade ( <, >, ≤, ≥ ) e uma variável ou incógnita (X, Y ou qualquer outra letra). EXEMPLO:

2x – 7 ≥ 18 Levando em consideração o sinal de desigualdade, podemos

nomear

elementos

envolvidos

inequação.

2x – 7 1º membro

≥

18 2º membro

Desigualdade Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2021 | www.mosaicoespaco.com.br

Atividades

1) Observe a inequação abaixo e marque V para as alternativas verdadeiras e F para as alternativas falsas. 2x – 9 < 2x + 13

(

) “2x – 9” é o primeiro membro da inequação.

(

) ”2x + 13” é o primeiro membro da inequação.

2) O que é uma inequação? ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ _________________________________________________________

3) O que temos que descobrir em uma inequação? (

) O valor da incógnita

(

) A soma de todos os números

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Como resolver uma inequação?

Como encontrar o valor de x?

• Isolar a incógnita x no primeiro membro. • Passar o 4 para o segundo membro trocando o sinal

+ X

Troca o sinal

> 5

X >

– 4

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Na troca de sinais: •

Se for adição, passa a subtração;

•

Se for subtração, passa a adição;

•

E for multiplicação, passa a divisão;

•

Se for divisão, passa a multiplicação. Conjunto Universo e Conjunto Solução Uma inequação pode se transformar em uma

sentença numérica verdadeira ou falsa, dependendo do valor que atribuímos à incógnita.

Lembrete: Incógnita é uma letra que representa um número desconhecido em uma equação.

No exemplo acima, após resolvermos a inequação encontramos x > 1, ou seja, qualquer número maior que 1 torna a sentença 4 + x > 5 verdadeira.

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Sendo assim, o conjunto solução da inequação será: S = {x∈R| x > 1} A solução também pode ser representada na reta real como:

1 Atividades Resolva as inequações. Utiliza a calculadora se necessário: a) X + 1 ≤ 6 X≤6—1 X≤5 S = {x∈R| X ≤ 5}

5 b) X + 5 > 8 X > ______ — _______ X > ______

S = {x∈R| X > ______}

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c) X + 15 ≤ 20 X ≤ ______ — _______ X ≤ ______

S = {x∈R| X ≤ ______}

d) X – 8 > 0 X > ______ + _______ X > ______

S = {x∈R| X > ______}

e) X – 5 ≤ 3 X ≤ ______ — _______ X ≤ ______

S = {x∈R| X ≤ ______}

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Página de referência: 123

É uma equação cujo maior expoente da incógnita é 2, ou seja, elevado ao quadrado. Exemplos: A)

1X2 A

6 =

Incógnita x A=1 A B C são os Coeficientes numéricos

B=5 C=6 B)

-2Y2 + 7Y - 9 = 0 Incógnita y A = -2 B=7 C = -9 Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2021 | www.mosaicoespaco.com.br

Atividades

1) Para cada sentença, determine os coeficientes numéricos e as incógnitas das equações do 2.o grau: A

A) 4X2 − 7x + 13 = 0 Incógnita = ______ A = ______ B = ______ C =______ A

B) 15y + 9y – 2 = 0 Incógnita = ______ A = ______ B = ______ C =______ A

C ) 8x2 + 7x + 16 = 0 Incógnita = ______ A = ______ B = ______ C =______

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D) 1y2 + 9y – 11 = 0 Incógnita = ______ A = ______ B = ______ C =______

E) 20y2 + 3y – 9 = 0 Incógnita = ______ A = ______ B = ______ C =______

F) 35y2 + 23y – 1 = 0 Incógnita = ______ A = ______ B = ______ C =______

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G) 12y2 + 13y – 18 = 0 Incógnita = ______ A = ______ B = ______ C =______

H) 26y2 + 8y – 17 = 0 Incógnita = ______ A = ______ B = ______ C =______

I) 39y2 + 33y – 2 = 0 Incógnita = ______ A = ______ B = ______ C =______

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J) 76y2 + 8y – 23= 0 Incógnita = ______ A = ______ B = ______ C =______

K) 50y2 + 37y – 6 = 0 Incógnita = ______ A = ______ B = ______ C =______

L) 34y2 + 21y – 7 = 0 Incógnita = ______ A = ______ B = ______ C =______

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Página de referência: 130

Chama-se função de um conjunto A em um conjunto B qualquer relação entre esses conjuntos que faça corresponder: A cada elemento de A um único elemento de B. Uma função de A em B pode ser representada por um diagrama de flechas como o seguinte:

Conjunto de chegada

Conjunto de partida

Nesse diagrama, X representa um elemento do conjunto A (conjunto de partida), E Y, um elemento do conjunto B (conjunto de chegada). 26

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Exemplo:

A relação acima é uma função, pois todo elemento do conjunto A está associado a somente um elemento do conjunto B. Quais dos seguintes diagramas representam uma função de A em B? Assinale a alternativa correta:

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O conjunto de partida é chamado de domínio da função e o conjunto de chegada, de contradomínio da função.

O 8 e o 9 não foram usados.

. (1 , 5) (2 , 6)

(3 , 7) (4 , 8)

No exemplo acima cada elemento do conjunto A se relaciona com um único elemento do conjunto B. Observe que nem todos os elementos do conjunto B foram usados. O conjunto A é conhecido como domínio. Domínio = { 1, 2, 3, 4 } O conjunto B é conhecido como contradomínio. Contradomínio = { 5, 6, 7, 8, 9, 10 } Todos elementos que se relacionam a algum elemento do domínio, é denominado de imagem. Imagem = {5, 6, 7, 8 }

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Atividades

1 - Determine os conjuntos que se pede nas funções abaixo: A)

Domínio = { _____, _____, _____ } Contradomínio ={ _____, _____, _____, _____, _____, _____ } Imagem = { _____, _____, _____ } b)

Domínio = { Contradomínio ={ Imagem = { c)

Domínio = { Contradomínio ={ Imagem = {

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Na função ao lado teremos:

f(x) = y y=x+4 Então:

f(x) = x + 4 x+4=y

Para x = 1

Para x = 2

Para x = 3

Para x = 4

x+4=y

1+4=y

2+4=y

3+4=y

4+4=y

5=y

6=y

7=y

8=y

y=5

y=6

y=7

y=8

Indicamos por (x,y) o par ordenado formado pelos elementos x e y, onde: x é o 1º elemento e y é o 2º elemento. No exemplo acima temos:

Pares ordenados

( 1, 5 ) (2,6) (3,7)

(4,8)

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Atividades Encontre os pares ordenados para as funções abaixo: a) Y=x+1

Par ordenado (x , y)

Y=x+3

Par ordenado (x , y)

1 1

c) Y = —2x + 1

Par ordenado (x , y)

Se necessário utilize a calculadora Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2021 | www.mosaicoespaco.com.br

Página de referência: 134

Geometria plana A geometria plana é a área da matemática que estuda as figuras bidimensionais, isto é, com duas dimensões.

Largura

Comprimento A geometria plana também é chamada de euclidiana, uma vez que seu nome representa uma homenagem ao geômetra Euclides de Alexandria, considerado o “pai da geometria”.

Curioso notar que o termo geometria é a união das palavras: “geo” (terra)

“metria” (medida);

Assim, a palavra geometria significa a "medida de terra".

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Atividades 1) Qual é a área de estudo da geometria plana? ____________________________________________________________ __________________________________________________________ 2) O que significa a palavra geometria? ___________________________________________________________ 3) Por que a geometria plana também é chamada de geometria euclidiana? ____________________________________________________________ __________________________________________________________ 4) A geometria plana estuda as figuras com duas dimensões. Quais são as duas dimensões que a geometria plana estuda? Complete: ________________________ e _______________________ 5) Complete as lacunas com as dimensões das figuras abaixo: a)

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ponto, reta e plano

Observe as figuras abaixo:

Plano

Reta

Ponto Ponto

Plano Ponto

Reta

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Ponto

O ponto é

usado

para

marcar localizações

espaço. Ele foi escolhido para isso por apresentar maior precisão nessa marcação, uma vez que não possui formato ou dimensões. Com relação às dimensões do espaço, o ponto é chamado de adimensional, pois não possui dimensão alguma. Sendo assim, é impossível tomar qualquer medida de um ponto.

Os pontos são representados pelas letras maiúsculas do alfabeto.

Agora é sua vez! Complete a frase: O ponto é ___________________________ pois não possui dimensão alguma.

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Reta

As retas são conjuntos de

pontos

alinhados

maneira que não exista curva. Os pontos estão um imediatamente após o outro, preenchendo todos os espaços para que não haja “buracos” na reta. Elas são infinitas para duas direções opostas e sempre podemos notar duas coisas: Existem infinitos pontos em uma reta. É possível medir a distância entre eles. Observe que não é possível medir a largura de uma reta, somente a distância entre dois de seus pontos. Por isso, dizemos que a reta, com relação às dimensões do espaço, é unidimensional. As retas são representadas pelas letras minúsculas do

alfabeto.

Como dois pontos distintos determinam uma reta, pode-se indicar a reta por dois de seus pontos. Reta ab Agora é sua vez! Represente graficamente a reta r determinada por dois pontos, A e B.

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Planos

Os planos são obtidos a partir do enfileiramento de retas de modo que elas não façam curva. Elas devem estar uma imediatamente após a outra, de modo que não haja “buracos” entre elas e esse enfileiramento deve ser infinito para duas direções. Veja um exemplo:

Os planos são representados pelas letras do alfabeto grego α, β, γ, etc. Agora é sua vez! Complete as frases: As retas são representadas pelas _____________________ _________________ do alfabeto.

Os planos são representados pelas letras do _________________________________________________________.

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Semirreta Semirretas – têm princípio e não têm fim.

E A semirreta FE tem origem em F e passa por E. Uma semirreta é representada por duas letras

maiúsculas com um ponto sobre a letra onde se inicia a semirreta.

A semirreta TS tem origem em T e passa por S. Agora é sua vez! 1) Utilizando a régua represente graficamente a semirreta determinada por dois pontos, A e B, que tem origem no ponto A e contém o ponto B.

2) Utilizando a régua represente graficamente a semirreta determinada por dois pontos, F e G, que tem origem no ponto A e contém o ponto B.

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Segmento de reta Um segmento de reta tem princípio e tem fim. Um segmento de reta é representado por duas letras maiúsculas dentro de colchetes ou com um traço em cima de duas letras maiúsculas.

__ [PQ] OU PQ

Os pontos P e Q chamam-se extremidades do segmento de reta. Agora é sua vez! 1) Utilizando a régua represente graficamente o segmento de reta determinado por dois pontos, A e B.

2) Quais são os segmentos de reta indicados na figura abaixo?

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Medidas A medida de um ente geométrico é um número real positivo dependendo da unidade de medida escolhida.

A medida do segmento AB em centímetros é 5 e pode ser representada por:

Agora é sua vez 1) Trace um segmento de reta CD de medida 7 cm.

2) Trace um segmento de reta de medida 5 cm.

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Congruência Dois entes geométricos são congruentes quando suas medidas são as mesmas. Utilizamos o símbolo ≅ para indicar a congruência. Congruência de segmentos de reta Dois segmentos de reta, AB e CD, serão congruentes se, e somente se, tiverem mesma medida.

Agora é sua vez Observando os segmentos de reta abaixo, responda: Quais deles são congruentes? Utilize o símbolo de congruência para indicá-los.

Resposta: ____________________

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Segmentos colineares Os segmentos

colineares são segmentos em

que

todos os pontos pertencem à mesma reta. Exemplo:

Ponto médio de um segmento O ponto médio (M) é o ponto que divide um segmento de reta em duas partes iguais (congruentes).

Agora é sua vez Sabendo que M é ponto médio do segmento AB, calcule o valor de x:

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Região Convexa

A Região é convexa se, e somente se, todo o segmento de reta reside na mesma região.

A região é côncava ou não convexa quando existe pelo

menos

segmento

reta

que

possui

extremidades na região B, mas têm pontos fora da região.

Agora é sua vez Circule as regiões convexas abaixo:

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Ângulos Ângulo é a abertura semirretas que

formada pela união de duas

partem de um mesmo ponto chamado

vértice. Para calcular a medida do ângulo medimos a abertura entre os lados

Medida da abertura

Usamos o transferidor para medir o tamanho do ângulo

50°

Escreve-se: 50° Lê-se: 50 graus

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Região angular Região angular é a região determinada pela união do conjunto dos pontos do ângulo com o conjunto dos pontos “interiores”. Ponto exterior

Ponto do ângulo

Ponto interior

Atividades 1) Responda: O que é a região angular? ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ _________________________________________________________ 2) Observe a figura abaixo e assinale com um x os pontos que pertencem à região angular: ( ) Ponto P ( ) Ponto Y ( ) Ponto A ( ) Ponto Z ( ) Ponto O ( ) Ponto x ( ) Ponto Q

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Ângulos consecutivos Possuem o mesmo vértice e um lado em comum.

Lado comum

Ângulos adjacentes São consecutivos (possuem um lado em comum), mas não possuem outro ponto em comum.

Agora é sua vez Complete as sentenças: Ângulos _____________________________ são aqueles que possuem o mesmo vértice e um lado em comum. Ângulos _____________________________ são aqueles que possuem um lado em comum, mas não possuem outro ponto em comum.

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Congruência de ângulos Dizemos que dois ângulos são congruentes se, superpostos um sobre o outro, todos os seus elementos coincidem. Na figura ao lado temos que ABC

DEF

são

ângulos

congruentes. Agora é sua vez 1) Verifique se os pares de ângulos abaixo são congruentes: b 45°

( ) sim ( 2)

) não

dois

( ) sim ( ângulos

figura

) não abaixo

são

congruentes. Quais são as medidas desses ângulos?

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Ângulo reto Um ângulo é reto quando sua medida for de 90°.

O SÍMBOLO INDICA QUE O ÂNGULO É RETO

O ângulo AÔB é reto. M(AÔB) = 90º

Atividades

1) Circule o ângulo reto na figuras abaixo:

2) Observe a figura abaixo e responda: O ângulo AÔB é uma ângulo reto?

( ) sim ( ) não

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Página de referência: 137

Definição

Dados três pontos não colineares (A, B e C), chama-se triângulo a união dos três segmentos.

Região triangular

Elementos do triângulo

Vértices

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Ângulos

Internamente um triângulo possui três ângulos. Os ângulos são representados pelas letras gregas α, β, γ, etc.

Agora é sua vez! Pinte os ângulos α, β e θ do triângulo abaixo:

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Lados

LADO BC

BC AC

LADO AC

LADO AB Agora é sua vez! Identifique os lados do triângulo abaixo:

C Lado Lado

B Lado

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Propriedades

Teorema angular de Tales Internamente um triângulo possui três ângulos. Em todo triângulo a soma dos seus ângulos internos é 180°. c

α + β + θ = 180°

α β

α = 95°,

Para

β = 60°

e θ = 25° temos:

C 25°

95°

60°

95° + 60° + 25° = 180°

Complete: Em todo triângulo a soma dos seus ângulos internos é __________.

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Atividades 1) Qual é a medida do ângulo α na figura a seguir?

2) Calcule o valor de x no triângulo a seguir.

3) Qual é a medida do ângulo α na figura a seguir?

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Teorema do ângulo externo

Em qualquer triângulo, a soma dos ângulos externos é igual a 360°.

143 °

128°

89°

Exercícios resolvidos 1) Calcule o valor do ângulo externo x: Vamos chamar o ângulo interno do vértice S de y y + 65° + 32° = 180° y

y + 97° = 180° y = 180° ‒ 97° y = 83°

Agora vamos calcular a medida de x: x + 83° = 180° x = 180° - 83 83°

x = 97°

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2) Calcule o valor do ângulo x: x

x + 120° + 140° = 360° x + 260° = 360° x = 360° ‒ 260°

120°

x = 100° 140°

Agora é sua vez 1) Calcule o valor do ângulo externo x:

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2) Calcule o valor do ângulo externo x:

3) Calcule o valor do ângulo externo y:

120°

120° y 4) Calcule o valor do ângulo externo x: 55° 150° 155°

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Página de referência: 140

Polígonos regulares Polígonos

regulares

são

polígonos

convexos

que

possuem todos os lados com medidas iguais e todos os ângulos congruentes.

Triângulo equilátero

Quadrilátero regular

Pentágono regular

Heptágono regular

Octágono regular

Eneágono regular

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Hexágono regular

Decágono regular 57

Atividades

1-Complete o que são polígonos regulares. Convexos

Iguais

Lados

Polígonos

regulares

_____________________que

são

possuem

polígonos todos

___________________ com medidas _____________________ e todos os ângulos congruentes.

2-Associe corretamente. Triângulo equilátero

Quadrilátero regular

Pentágono regular

Hexágono regular

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Veja mais alguns exemplos:

O retângulo tem todos os ângulos internos congruentes.

O losango tem todos os ângulos internos congruentes.

O quadrado tem todos os lados e todos os ângulos internos congruentes.

Assim, temos: Todo polígono equilátero e equiângulo é chamado polígono regular.

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3-Escreva o nome das figuras abaixo.

O __________________________ tem todos os ângulos internos congruentes.

O _________________________ tem todos os ângulos internos congruentes.

O _________________________ tem todos os lados e todos os ângulos internos congruentes.

4-Complete: Assim, temos: Todo polígono equilátero e equiângulo é chamado ________________________________________________________

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Portanto: Um polígono é regular quando todos os seus lados e todos os seus ângulos são congruentes. Se um polígono é regular, consideramos: • Centro do polígono: é o centro da circunferência.

• Raio do polígono: é o raio da circunferência.

• Apótema do polígono: é a distância entre o centro e cada um dos lados do polígono.

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Atividades 1-Quando temos um polígono regular? (

) quando todos os seus lados e todos os seus

ângulos são congruentes. (

) quando todos os seus lados e todos os seus

ângulos não são congruentes.

2-Associe:

Apótema do polígono

Centro do polígono

Raio do polígono

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Página de referência: 143

Elementos da circunferência a) Corda Corda de uma circunferência é um segmento de reta cujas extremidades pertencem à circunferência. b) Diâmetro O diâmetro é a distância entre um lado e o outro da circunferência,

passando

pelo

ponto

central.

Em relação ao raio e ao diâmetro, temos que em qualquer circunferência o diâmetro possui o dobro do valor do raio. Diâmetro = 2 X o valor do raio ou D = 2. r

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A medida do contorno da circunferência corresponde ao seu próprio comprimento. E quanto maior o raio, maior a medida do seu comprimento.

Comprimento

Atividades 1) Com o auxílio de uma régua trace o que se pede nas circunferências abaixo: O Raio

O Diâmetro

Uma corda

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2) Observe a circunferência abaixo e responda:

Quanto mede o seu raio? __________________________ 3) Sabendo que: Diâmetro = 2 X o valor do raio, Calcule o diâmetro da circunferência abaixo:

D = 2.

D = ______ . ______ D = _______ 4) Complete a frase abaixo: A medida do contorno da circunferência corresponde ao seu próprio ______________________________.

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c) Arco Seja uma circunferência, na qual são tomados dois pontos A e B. A circunferência ficará dividida em duas partes chamadas arcos.

O arco de uma volta mede 360° e o arco nulo mede 0°.

360° 0°

Transferidor

Serve para medir ou reproduzir

ângulos.

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Atividades

Quanto mede o arco de uma volta? ________________________________________________________

Quanto mede um arco nulo? ________________________________________________________

Para que serve um transferidor? ________________________________________________________ ________________________________________________________ Complete as lacunas corretamente:

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d) semicircunferência Quando os pontos A e B formarem um arco que tenha como extremidade o diâmetro da circunferência, daremos o nome de semicircunferência.

Posições relativas de reta e circunferência

Tangente Quando a reta e a circunferência possuem apenas um ponto

comum,

dizemos

que

a reta é tangente à

circunferência.

Reta tangentes

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Secante Quando a reta e a circunferência possuem dois pontos em comum, dizemos que a reta é secante à circunferência.

Reta secante

Externa Uma reta r é exterior a uma circunferência quando não há pontos em comum entre uma e outra.

Reta externa

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Atividades

Observe as figuras abaixo e complete as lacunas de acordo com as posições que as retas ocupam em relação à circunferência.

Reta

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Ângulos na circunferência

Ângulo central O

ângulo central é

aquele

que

possui

vértice

no centro da circunferência.

A medida de um arco de circunferência é igual à medida do ângulo central correspondente. Agora é sua vez: a) Quanto mede o arco AB?

b) Quanto mede o ângulo α?

85°

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Ângulo inscrito O ângulo inscrito é aquele cujo vértice se localiza na circunferência e cujos lados são secantes a ela. O ângulo inscrito é a metade do ângulo central correspondente.

Exemplos: 1) Na figura o arco BC mede 120°. Calcule o valor de x

2) Calcule a medida do arco AC na figura abaixo:

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Atividades Determine os ângulos indicados em cada figura abaixo:

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Ângulo de segmento Ângulo de segmento é todo ângulo em que o vértice pertence à circunferência, sendo um dos lados secante e o outro tangente. O ângulo de segmento é a metade do ângulo central.

Ângulo central

Ângulo de segmento

Exemplo: Qual a medida do ângulo α na figura abaixo?

α = 110° 2 α = 55°

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Atividades Qual a medida do ângulo α na figura?

Ângulo excêntrico interior É todo ângulo que tem como vértice um ponto (distinto do centro) da região interior de uma circunferência.

A medida do ângulo α é a metade da soma dos arcos AB e CD

α=

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Exemplo Na figura abaixo, o ângulo α não possui vértice no centro e é interior ao círculo. Qual a medida do ângulo α?

α Sua medida é calculada como:

α α α

Agora é sua vez: 1) Determine o valor do ângulo representado por α, em graus, na figura abaixo. Considere o arco AB medindo 110° e o arco CD medindo 60°

α α α

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2) Na figura, o arco EFA mede 112° e o arco BCD mede 86°. Calcule o calor de x.

EFA

BCD

x x x x

Ângulo excêntrico exterior Um ângulo excêntrico exterior é aquele cujo vértice não coincide com o centro da circunferência e é exterior a ela, como o ângulo apresentado abaixo. O vértice está fora do círculo.

A medida do ângulo α é a metade da diferença entre os arcos AD e CB.

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Atividades

1) Calcule o ângulo α na figura abaixo:

α=

MN ‒ OP 2 ‒

α=

2) Calcule o ângulo α na figura abaixo:

α=

MN ‒ OP 2

‒

α= α=

α=

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Página de referência: 146

Dois triângulos serão semelhantes se seus lados correspondentes possuírem medidas proporcionais e se os

ângulos

correspondentes

forem

iguais

(congruentes). Veja o exemplo:

Somos tão semelhantes!

Os lados correspondentes são proporcionais Os ângulos correspondentes são congruentes.

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Atividades

Observando as figuras acima responda:

a) qual a medida do maior lado do maior triângulo? ________________________________________________________

b) qual a medida do maior lado do menor triângulo? ________________________________________________________

c) qual a razão entre essas medidas? ________________________________________________________

d) calcule o perímetro dos dois triângulos:

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Página de referência: 150

Elementos de um triângulo retângulo C

Medida da altura A

Medida do cateto

b h

C Projeção do cateto AC

D a

Projeção do cateto BA

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Atividades

Complete as lacunas nas figuras abaixo: C

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Página de referência: 153

Cateto adjacente ✓

Como vimos anteriormente, o que caracteriza um

triângulo retângulo é o seu ÂNGULO RETO. ✓

Porém, ainda existem dois outros ângulos no

triângulo retângulo.

Ângulo alfa (α) e ângulo beta (β)

✓

Vamos escolher, então, um desses ângulos como

referência:

Ângulo alfa (α) Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2021 | www.mosaicoespaco.com.br

✓

Quando escolhemos um ângulo de referência no

triângulo retângulo, os catetos passam a ter um segundo nome, como se fosse um “sobrenome”. ✓

O cateto que está do lado oposto ao ângulo de

referência, passa a se chamar cateto oposto. ✓

O cateto que está ao lado (na adjacência) do

ângulo de referência, passa a se chamar cateto adjacente. Cateto oposto

Cateto adjacente Atividades 1---- O que é um cateto oposto? ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________

2---- o que é um cateto adjacente? ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________

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Seno É possível encontrar alguns valores para o ângulo de referência do triângulo retângulo. Vamos tomar como referência o ângulo alfa (α).

Hipotenusa

Cateto oposto

Quando dividimos o cateto oposto pela hipotenusa, nós encontramos um valor chamado de seno do ângulo de referência.

SENO α

Cateto oposto a α

Hipotenusa

Exemplo:

SENO α

SENO 30°

Cateto opostoα Hipotenusa

1 2

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Atividades 1)

O que é o seno de um ângulo?

____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ 2)

Observe o triângulo retângulo abaixo e faça o que

se pede: Circule um ângulo de referência. Identifique o seu cateto oposto. Identifique sua hipotenusa.

Sabendo que sen α=

1 , determine o valor de x no 2

triângulo retângulo abaixo:

sen α

Cateto opostoα Hipotenusa

sen α =

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Cosseno Quando dividimos o cateto adjacente pela hipotenusa, nós encontramos um valor chamado de cosseno do ângulo de referência.

Hipotenusa

Cateto adjacente

Cos α

Cateto adjacente a α Hipotenusa

Exemplo: Em um triângulo retângulo a hipotenusa mede 10 e seus catetos medem 6 e 8. O cosseno de α mede:

Cos α

Cateto adjacente a α Hipotenusa

_8_ cos(α)= 10 cos(α) = 0,8

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Atividades

O que é o cosseno de um ângulo?

____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ 2)

Observe o triângulo retângulo abaixo e faça o que

se pede: Circule um ângulo de referência. Identifique o seu cateto adjacente. Identifique a sua hipotenusa.

Determine o cosseno de α no triângulo retângulo

abaixo:

cos α

Cateto adjacente α Hipotenusa

cos α =

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Tangente Quando

dividimos

o cateto

oposto

pelo

cateto

adjacente, nós encontramos um valor chamado de tangente do ângulo de referência.

Cateto oposto

Cateto adjacente

Tg α

Cateto oposto a α Cateto adjacente a α

Exemplo: Em um triângulo retângulo a hipotenusa mede 10 e seus catetos medem 6 e 8. O cosseno de α mede:

tg α

tg (α)=

Cateto oposto a α Cateto adjacente a α

_6_ 8

tg (α) = 0,75

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Atividades

O que é a tangente de um ângulo?

____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ 2)

Observe o triângulo retângulo abaixo e faça o que

se pede: Circule um ângulo de referência. Identifique o seu cateto oposto. Identifique o seu cateto adjacente.

Determine a tangente de α no triângulo retângulo

abaixo:

Tg α

Cateto oposto Cateto adjacente

Tg α = Tg α = 90

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Página de referência: 158

Razões O que é uma razão? Vamos considerar um carro de corrida com 4m de comprimento e um kart com 2m de comprimento.

Carro de corrida

Kart

Para compararmos as medidas dos carros, basta dividir o comprimento de um deles pelo outro. Assim: Tamanho do carro de corrida

Tamanho do kart

Podemos afirmar que o Carro de corrida é duas vezes o tamanho do Kart. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2021 | www.mosaicoespaco.com.br

Podemos afirmar também que o kart tem a metade do comprimento do carro de corrida. A comparação entre dois números racionais, através de uma divisão, chama-se razão. Atividades

1) Complete: A comparação entre dois números racionais, através de uma divisão, chama-se ____________________. 2) Em uma sala de aula com 30 alunos, 20 são meninos e 10 são meninas. Determine a razão entre o número de meninos e meninas.

20 meninos Meninos Razão = Meninas Razão =

________

Razão =

________

10 meninas

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Proporção Exemplo: Rogerio e Claudinho passeiam com seus cachorros. Rogerio pesa 120kg, e seu cão, 40kg.

Claudinho, por sua vez, pesa 48kg, e seu cão, 16kg.

Observe a razão entre o peso dos dois rapazes:

Observe, agora, a razão entre o peso dos cachorros:

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Verificamos que as duas razões são iguais.

Nesse caso, podemos afirmar que a igualdade é uma proporção. Assim:

Proporção é uma igualdade entre duas razões.

Elementos de uma proporção (lê-se "120 está para 48 assim como 40 está para 16") Os números 120, 48, 40 e 16 são os termos da proporção, sendo: •

48 e 40 são os meios da proporção.

•

120 e 16 são os extremos da proporção.

120 : 48 = 40 : 16

Meios

Meios Extremos

Extremos

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Exemplo:

Dada a proporção

, temos:

Leitura: 3 está para 4 assim como 27 está para 36. meios: 4 e 27

extremos: 3 e 36

Agora é sua vez! Complete: a)Dada a proporção

5 = 20 , temos: 28 7

Leitura: cinco está para sete assim como ____________________________________________________

meios: _________________ b)Dada a proporção

extremos: ______________

4 = 16 , temos: 36 9

Leitura: _____________ está para _____________assim como ____________________ está para ______________ meios: _________________

Extremos: _____________

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Propriedade fundamental das proporções Observe as seguintes proporções:

Produto dos meios

= 4x30 = 120

Produto dos extremos = 3x40 = 120

Produto dos meios

= 9x20 = 180

Produto dos extremos = 4x45 = 180

“Em toda proporção o produto dos meios é igual ao produto dos extremos”.

Dica: Multiplique em cruz

Isso significa que para sabermos se duas razões são PROPORCIONAIS, devemos multiplicar em cruz. Se as duas multiplicações derem o mesmo resultado, elas são proporcionais.

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Atividades Multiplique em cruz e assinale se as razões abaixo são proporcionais ou não. Se preciso use a calculadora.

2 = 5 10 4 2 x 10

= 4x5

20 = 20 (

) São proporcionais

(

) Não são proporcionais

15 = 12 4 5 4 ____x _____= ____ x _____ _____ = _____ (

) São proporcionais

(

) Não são proporcionais

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Página de referência: 164

Porcentagem

representa

uma

razão

cujo

denominador é igual a 100 e indica uma comparação de uma parte com o todo.

O símbolo % é usado para designar a porcentagem. Um valor em porcentagem, pode ainda ser expresso na forma de fração centesimal (denominador igual a 100) ou como um número decimal.

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Veja este mosaico:

Neste mosaico existem 100 quadradinhos 58 deles são verdes Então podemos dizer que 58% deles são verdes Ou seja, 58 de 100 quadradinhos são verdes.

58_ são verdes.

100 Ou então 58 % são verdes.

Leitura:

58% - Lê-se cinquenta e oito por cento

Exemplos: 24_

100 7__

100

24%  vinte e quatro por cento

7%  sete por cento

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Como Calcular a Porcentagem? Podemos utilizar diversas formas para calcular a porcentagem. Uma delas é a regra do número decimal.

Exemplos: 1) Calcule 30% de 90

30%

0,30

90 = 27

30% de 90 0,30 x 90 = 27 Então 30% de 90 é 27. 1)

Calcule 80% de 200

80%

0,80

200

200 = 160

Então 80% de 200 é 160. 100

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Atividades 1) Calcule 30% de 50 __________________________________________ __________________________________________ Então ___________________________________

2) Calcule 30% de 50 ___________________________________________ ___________________________________________ Então ____________________________________

3) Calcule 20% de 60 __________________________________________ __________________________________________ Então ___________________________________

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101

5) Porcentagens e frações estão relacionadas. Por exemplo, se uma figura está dividida em 100 partes iguais e 35 dessas partes estão pintadas de verde, podemos escrever que foram pintadas de verde 35 partes em 100.

35 100

da figura

Ou 35 por cento (35%) da figura.

Como podemos simplificar:

35 100 102

7 20

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a) Marque com o X, a parte da figura que não foi pintada de verde.

• Em porcentagem: (

) 65%

(

) 39%

• Em forma de fração irredutível:

(

65 ) 100

(

99 ) 100

6) Pinte a malha quadriculada conforme o código de cores

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seguir.

103

7) Represente as frações como porcentagens:

104

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Mais cálculos de porcentagem

Você já aprendeu que 40%, equivalentes.

40 100

e 0,40 são

Por isso, para calcular uma porcentagem podemos transformá-la em um de seus equivalentes: fração decimal ou número decimal.

Veja

como

fazer

cálculo

transformando

porcentagem em fração decimal.

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105

Atividades

1-Calcule.

20 100

35 100

106

utilize a calculadora

20% de 500 figurinhas.

500 1

35% de 400 laranjas

400 1

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2-Observe o preço de um mesmo modelo de tênis em duas lojas diferentes.

Desconto de 10% para

Desconto de 20% para

pagamento à vista.

Qual é o valor em reais, do desconto para esse

tênis, em cada loja?

Loja a:(

) 8,00

(

) 10,00

Loja b:(

) 18,00

(

) 30,00

Qual o preço, em reais, do tênis com desconto, em

cada loja?

Loja a:(

) 72,00

Loja b:(

) 38,00

(

) 88,00

) 72,00

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107

Apostilo Anglo 2021 - Português e Matemática - 3º ano EM/Caderno 1 - Material Adaptado

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