Fundado em 1ยบ de junho de 1945 72 ANOS
INFORMATIVO Nยบ 3 ABRIL
PA R A R E F L E T I R ....
CRIANÇAS DE CRISTAL P O R M A R I A I R E N E M A LU F. . . . Antes mesmo de seu nascimento, a criança já pertence a uma família, que será seu primeiro e mais importante grupo de interação e onde fundará os alicerces para, gradativamente, adquirir sua autonomia, sair da casa paterna e criar uma nova família. O que aprender em termos de valores, limites, respeito a si e ao outro, responsabilidade e hábitos, conhecimento de seus direitos e deveres, ela levará consigo aonde quer que vá, independente de sua vontade ou do desejo de seus pais, pois cada pessoa é um ser único, indivisível e não multiplicável, cuja personalidade é cunhada pelos modelos observados e por todas as experiências vivenciadas, principalmente, na infância. É natural que os pais amem seus filhos e desejem ser admirados e amados por eles; que queiram que seus filhos sejam felizes, que trabalhem para lhes dar a melhor educação e vida possível. A questão, entretanto, é: como fazer para educar na atualidade quando a tradição, que assegurava aos pais seu papel de autoridade, já não existe e o desenvolvimento emocional ganhou uma hipervalorização que distorceu a maioria das teorias psicológicas? Hoje, é possível concluir que, ao observarmos pais e filhos em inúmeras situações do dia a dia, dizer “não” às crianças passou a ser uma forma de traumatizá-las, negar bens materiais e adiar a satisfação dos desejos infantis é correr o risco de perder o amor dos filhos e ainda ficar socialmente em posição vulnerável a críticas. Assim, também, dar ordens é inibir a iniciativa e liberdade infantil, como se fosse possível
alguém ser de fato livre sem ser responsável. O tempo passa e o resultado aparece: da permissividade na infância para uma adolescência longa e complicada é só um passo, porém, milhões de quilômetros para o jovem entrar responsavelmente na idade adulta, já que a tendência natural é a repetição do modelo que se aprendeu na infância: quem foi acostumado a fazer sempre o que quis e sempre teve tudo o que desejou, não aprendeu a postergar, esperar e suportar um “não” eventual ou definitivo e, assim, continuará a só conhecer os seus direitos, mas não saberá como fazer para exercer seus deveres. Resumidamente, o adolescente não alcançará como poderia a sua independência pessoal, objetivo maior da educação e nem será capaz de assumir seu papel e suas responsabilidades decorrentes de seus atos como adulto. Proteger os descendentes é usual entre todos os animais e também faz parte dos cuidados que o ser humano precisa durante a infância, principalmente. Mas, à medida que a criança cresce é importante que comece gradativamente a aprender a tomar conta de si própria, executando tarefas que atendam suas necessidades menos complexas, para que ganhe autoconfiança e seja capaz de se desenvolver de modo adequado a vencer as dificuldades naturais da vida pessoal, social, escolar, familiar e, mais tarde, profissional. Entretanto, não é apenas a família que existe na vida da criança e embora a afetividade e o delineamento de limites sejam um fator preponderantemente de responsabilidade paterna e materna, amadurecer é um processo dinâmico, em que a própria criança participa de seu desenvolvimento, já que ao reagir ao meio ambiente influencia as atitudes e o comportamento de seus pais. (Bandura, 1977). Superproteção, como indica o termo, se refere ao hábito de cobrir os filhos de cuidados excessivos, desnecessários, arbitrários, prática essa que se mostra inadequada pelos
problemas comportamentais, de desajuste social e falta de autonomia que gera. É possível observar hoje pais tentando poupar crianças e adolescentes de toda e qualquer frustação, sofrimento, angústia, dificuldade, problema. Isso, juntamente com um estado constante de atenção sobre seus desejos, atendendo a todos eles antes mesmo que sejam pronunciados, acaba por determinar um frágil desenvolvimento de recursos internos para lidar com a realidade, torna muito árdua a tarefa de alcançar a independência pessoal (pois esta depende da conquista da autonomia), da segurança na própria capacidade. Com carinho e cuidado Regina O QUE SEI E POSSO ENSINAR : o espaço está aberto para os vovôs e vovós. É só combinar com a professora. FORMAÇÃO CONTINUADA DAS PROFESSORAS • Grupos de formação – leitura e discussão de textos; discussão de casos de alunos; orientação de projetos pela Coordenação Pedagógica e Direção • XV Seminário do Instituto Esplan , “A era dos transtornos”. Palestrantes: Mario Sergio Cortella e Paulo Afonso Caruso Ronca
AGENDA DE ABRIL 08 - Sábado letivo – aula de inglês – Jardim 2* 14 - Feriado 21 - Feriado 27 - Aniversários do mês
AGENDA DE MAIO (sujeita a alterações) 01 - Feriado 13 - Sábado letivo – Dia das Mães* 25 - Aniversários do mês 27 - Sábado letivo – aula de inglês – Jardim 3* *seguirão circulares informativas
REGINA DELDUQUE Diretora - Orientadora
RENATA MARTINS COSTA Coordenadora Pedagรณgica
MARIA LUIZA PORTO FERREIRA BRAGA Diretora Cultural