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Informativo Nยบ 4 MAIO
Autonomia infantil, possibilidades e dificuldades: uma missão (im)possível? Ao longo dos últimos anos observa-se que os pais começam a se preocupar cada vez mais cedo com o futuro dos filhos. A antiga segurança de que o diploma universitário garante um bom emprego já não existe. Pesquisas mostram que muitos brasileiros trabalham em profissões diferentes daquelas em que se formaram. Sabemos também que “do dia para a noite” surgem novas ocupações, enquanto outras ficam obsoletas. Nesse cenário, vemos que a boa formação acadêmica é um passe de entrada, mas que a conquista de um lugar exige competências que muitas vezes não se aprendem na escola. Assim, apenas uma porcentagem do sucesso profissional se deve a essa formação, e o restante desse percentual está ligado a questões comportamentais, como a habilidade de lidar com o inesperado, a autonomia e a capacidade de agir com culturas e pessoas diferentes. E sabemos que os grandes diferenciais hoje, atitude e caráter, são desenvolvidos desde a primeira infância, quando escola e família podem e devem ajudar, cabendo à família um papel determinante. Para refletirmos neste espaço, selecionamos algumas competências e habilidades, que podem contribuir na formação de indivíduos bem integrados à sociedade e acima de tudo felizes. Respeito ao próximo – conviver, lidar e respeitar pessoas de outras culturas, estilos, valores e crenças é indispensável no mundo atual. Na primeira infância, estabelecer limites claros e fazer com que a criança os cumpra; mostrar a importância de se respeitar regras, como horários e uso do uniforme; perceber os códigos sociais de cada situação, como adotar postura e roupa adequadas a cada momento; desen-
volver empatia pelas necessidades e valores das outras pessoas, são capacidades que podem ser desenvolvidas desde bem cedo na criança. Iniciativa: a criança precisa de oportunidades para aprender a tornar-se independente e buscar soluções para os problemas. Os pais podem, e devem, oferecer apoio, mas resistir à tentação de resolver tudo no lugar dela. Ética: as próximas gerações precisarão adotar posturas íntegras em relação a trabalho, colegas, parceiros. Devemos passar às crianças, que o famoso “jeitinho” pode comprometer a imagem das pessoas. A sustentabilidade, outro tema do mundo atual, implica em ser ambientalmente correto e socialmente justo. Atitudes como não querer tirar vantagens e reciclar materiais, por exemplo, podem ser estimuladas desde cedo. Valores claros dentro de casa contribuem para consolidar atitudes éticas. Pais que não respeitam o semáforo, jogam o lixo pela janela do carro, desperdiçam água e energia, não podem esperar que o filho tenha atitudes corretas. Os exemplos começam em casa e na escola. Autoestima: a convicção de ter um papel ativo no mundo e a confiança na própria capacidade caracterizam a autoestima, que favorece a coragem necessária para levar adiante qualquer projeto. Isso não pode ser confundido com “ego supervalorizado”, de quem se acha capaz de tudo. Atitudes construtivas com o ambiente (na escola e em casa), fazem com que as crianças sintam-se úteis e importantes. Para isso, devemos incentivá-las a participar socialmente e a terem posturas positivas diante dos fatos cotidianos. Na hora de fazer uma crítica, procurar condenar o comportamento e não a pessoa. Maturidade: ajuda a desenvolver responsabilidade, disciplina e integridade. Encarregar as crianças de ajudar nas tarefas domésticas e cobrá-las; diante de pedidos fúteis, deixar clara a diferença entre “querer” e “precisar”; exigir que a criança peça desculpas quando agir de forma inadequada, são algumas das atitudes dos adultos que ajudam a criança a tomar consciência das possíveis consequências de seus atos. Controle: em tempos de competição acirrada, quem respeita os pró-
prios limites e aprende a relaxar na hora certa, tem maior serenidade para fazer boas escolhas, eleger metas e prioridades, lidar com fatos novos. Portanto, não sobrecarregar as crianças com excesso de tarefas. Estabelecer uma rotina que equilibre responsabilidade e descanso, evita desgastes desnecessários. Consumo: ninguém nasce consumista. O consumismo é uma ideologia, um hábito mental forjado que se tornou umas das características culturais mais marcantes da sociedade atual. Não importa o gênero, a faixa etária, a nacionalidade, a crença ou o poder aquisitivo. Hoje, todos que são impactados pelas mídias de massa são estimulados a consumir de modo inconsequente. As crianças, ainda em pleno desenvolvimento e, portanto, mais vulneráveis que os adultos, não ficam fora dessa lógica e infelizmente sofrem cada vez mais cedo com as graves consequências relacionadas aos excessos do consumismo: obesidade infantil, erotização precoce, consumo precoce de tabaco e álcool, estresse familiar, banalização da agressividade e violência, entre outras. Nesse sentido, o consumismo infantil é uma questão urgente, de extrema importância e interesse geral. Acreditamos que as colocações acima são um ótimo pretexto para uma reflexão de pais e professores sobre o que queremos para nossos filhos e alunos. Com carinho e cuidado Regina
FORMAÇÃO CONTINUADA DAS PROFESSORAS • Grupos de formação – leitura e discussão de textos; discussão de casos de alunos; orientação de projetos pela Coordenação Pedagógica e Direção • Workshop de brincadeiras com Diana Tatit • Assessoria – Diálogos e Viagens Pedagógicas – A constituição do grupo: somos todos iguais?
AGENDA DE MAIO
07 – Oficina de artes com a mamãe* 25 – Aniversários do mês 26 – Feriado 27 - Recesso *seguirão circulares informativas
AGENDA DE JUNHO (sujeita a alterações) 01 – Comemoração interna dos 71 anos do Jardim de Infância Tia Lucy * 11 ou 18 – Festa Junina (data a ser definida)* 27,28 e 29 – Reunião de Pais* 23- não haverá aula no período da tarde* 24 – Festa Junina do Clube (não haverá aula ) 30/06- Aniversários do mês e último dia de aulas
*seguirão as circulares informativas
01/08 – Início das aulas do segundo semestre
71 anos
REGINA DELDUQUE Diretora- Orientadora
RENATA MARTINS COSTA Coordenadora Pedag贸gica
AFONSO FERREIRA FIGUEIREDO Diretor Cultural