Fundado em 1º de junho de 1945 70
ANOS
INFORMATIVO Nº 10 DEZEMBRO DE 2015
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“Cuidar das coisas significa ter intimidade, senti-las dentro, acolhê-las, respeitá-las, dar-lhes sossego e repouso. Cuidar é entrar em sintonia com, auscultar-lhes o ritmo e afinar-se com ele. A razão analítico-instrumental abre caminho para a razão cordial, o “esprit de finesse”, o espírito de delicadeza, o sentimento profundo. A centralidade não é mais ocupada pelo “logos” razão, mas pelo “pathos” sentimento.” Leonardo Boff Chegamos ao final de mais um ano. Temos a nossa consciência tranquila, pois desempenhamos com responsabilidade nossa tarefa. Planejamos atividades, dosando-as segundo a capacidade das crianças e adequando-as à realidade de cada classe. Despertamos e estimulamos o interesse e a criatividade da criança, aproveitando ao máximo sua curiosidade natural. Propusemos, discutimos, orientamos e coordenamos as atividades em diferentes situações, visando promover o desenvolvimento físico, intelectual, emocional e social de cada criança. Promovemos ações de “Não ao Desperdício”, de valorização da amizade e de valores como a solidariedade e amor ao próximo, procurando sempre incutir na criança que “Somos todos amigos”; “Cuidamos ” das nossas crianças, das suas famílias, das nossas relações, da nossa Escola. E nos comprometemos a continuar esses projetos no próximo ano, contando com a ajuda das famílias e da equipe da escola. Avaliamos continuamente. Através da atuação do serviço de Orientação Educacional do Jardim de Infância Tia Lucy, esperamos ter alcançado a solução das dificuldades de nossas crianças e suas famílias. Promovemos a formação continuada de nossas educadoras, através de assessorias, congressos, palestras, leituras e grupos de formação. Com amor, compreensão, amizade e respeito mútuo, chegamos ao final de 2015. Deixo aqui um pensamento de carinho e saudades à nossa querida Tia Lucy, com a certeza de que jamais abriremos mão de seus ensinamentos em relação às crianças: amá-las e respeitá-las dentro da sua singularidade.
Feliz Natal
Feliz 2016
Com carinho e cuidado, Regina , Renata e Equipe do Jardim de Infância Tia Lucy
NÃO AO DESPERDÍCIO Não se esqueçam de deixar no nosso varal os uniformes que não forem servir para o próximo ano, pois com certeza serão bem aproveitados.
NATAL DOS AJUDANTES A lista de Natal dos nossos ajudantes está aberta na Secretaria da Escola, para contribuições dos Pais. Para refletir... Adaptação de texto da entrevista da educadora Thereza Soares Pagani (Therezita) a Andréa Bonfim Perdigão (Sobre o tempo – Editora Pulso).
Tempos Roubados
Segundo a visão da educadora há alguns anos estão sendo roubados tempos naturais até mesmo em relação ao nascimento das crianças. O da gestação, por exemplo, mediante obstetras que querem sair no fim de semana, mães que não querem sentir a dor do parto, ou até mesmo fazer com que ele se dê num dia específico. Desde essa hora está faltando o tempo natural, cronológico e harmonioso para o nascimento. Para agravar vemos uma situação de impossibilidade de cuidar dessa criança, colocando-se uma terceirização que elimina o tempo necessário do contato visceral com a atitude materna no amamentar, dar banho, ninar, cantarolar, sentir o cheiro. Ainda mais agravante é a atitude de delegar essa criança a um berçário das 7 da manhã às 7 da noite. Com isso a criança não cria vínculos, não tem tempo de sentir o cheiro da casa, de afinar o seu relógio com o da mãe. Falando sobre a estimulação precoce das crianças, fica posta uma questão: essa estimulação – como por exemplo aprender uma língua estrangeira – está deixando as crianças mais inteligentes e espertas ou há perdas com essa atitude? Concordo com Therezita de que há muitas perdas e sérias, em virtude da criança ser agendada precocemente. O que alguns pais colocam é a questão da competitividade.
Só que essa criança que nasceu inteligente é agredida quando não lhe é dado o tempo para se conhecer de dentro para fora, nem para conhecer a família na qual existe, e tampouco a família ora conhecer esse indivíduo. A criança é tirada de seu tempo cronológico, através de atitudes megalomaníacas dos adultos. Por exemplo, pais que não têm tempo para ficar em casa e agendam toda a vida de seu filho, pondo o taxista, a babá ou a avó para levá-lo de um lado para outro, sem lhe dar o tempo de escolher. Numa realidade me que os pais têm que sair para trabalhar, a alternativa então seria deixar mais espaço livre para a criança poder brincar livre na própria casa. Outro fato que nos chama a atenção. Hoje, quando se observa uma festa infantil, vê-se que, em quase todas, tem alguém programando atividades para as crianças, para que não fiquem um só minuto sem diversão. Isso é uma solicitação da criança ou angústia do adulto? Certamente é angústia de mostrar serviço. Hoje, na maioria dos espaços, ociosidade é sinônimo de não saber lidar com a criança. Pergunte à criança se ela quer esse tipo de atitude persecutória em cima dela para mostrar serviço do adulto, sem o tempo necessário para ela optar, por exemplo, por não fazer nada. A criança pode não fazer nada! Não fazer nada é o ambiente para vir o desejo de fazer alguma coisa, de dentro para fora. Para que a criança viva a plenitude de sua infância ela deve ser respeitada, deve brincar, levar a vida ludicamente e aprender a ganhar e perder. Ela precisa aprender que nem só ganha, nem só perde. O tempo de se trabalhar essa questão de ganhar e perder vai até os 7 anos, pois é nessa época que a criança está ávida, com todas as possibilidades internas de impulso de crescimento, o que lhe é tolhido mediante situações que vimos acima: as agendas, ou porque não pode chorar, gargalhar ou gritar. Como ela vai conhecer o que é se não pode se manifestar? Depois dos 7 anos essa disponibilidade para o aprendizado, a avidez, vai dando uma diminuída, porque se fechou o ciclo da primeira infância. Outra questão importante: a percepção do tempo das crianças é diferente da percepção do adulto. Podemos ver que o começo do aprendizado da fala a criança é impregnada de presente e só depois é que ela vai conseguindo pensar no ontem, no amanhã, em passado e futuro. Pensemos nas etapas de desenvolvimento do ser humano. O que faz uma criança rastejar, engatinhar, sentar, querer andar? O que faz com que ela fique mexendo, pegando, sentindo? Se essa criança
está realmente pronta para fazer todo esse movimento, o mental dela também está mais aguçado. Agora, se esse mental é cortado porque tudo é perigoso, ou se sempre há um adulto fazendo pela criança, ela está começando a ser bloqueada em seu aprendizado. Muitas vezes observamos que as crianças, ao mesmo tempo que têm um hiperestímulo, são entediadas. Esse tédio é o resultado do fato delas não terem tempo. É o oposto do que todos acham que tem de fazer, com o excesso de atividades. Parece que os adultos querem dar às crianças aquilo que não tiveram. Mas se eles não tiveram, esses daqui não são obrigados a ter. Não faz sentido gastar o tempo de uma criança de um ano, dois, três ou sete, indo aprender alemão, francês, inglês, se na casa dela nem mãe nem pai são ingleses, franceses ou alemães. A língua-mãe tem que ter o tempo dela só para ela. A língua-mãe qual é? É a do país em que você nasceu. O bilinguismo está trazendo algo que não faz sentido para a criança. Mais uma questão.... É comum se observar uma enorme dificuldade das crianças esperarem, adiarem o desejo. Grande parte dos adultos que lidam com crianças hoje em dia, não deixam o tempo de frustração existir, antecipando-se e entrando em defesa da criança. Isso tira das crianças a possibilidade de aprenderem a esperar, pois têm tudo na hora. Às vezes, nem é um desejo, ela aponta e já tem o copo d’água. A frustração é a espera do momento do outro junto com o meu. Não é criar uma criança frustrada a toda hora; porém de ela souber aguardar que o outro consiga ajudar, vai ser atendida. Essa questão está muito ligada ao tempo do consumismo. Que não deixa tempo para refletir, justamente para comprarmos tudo. Os pais muitas vezes não conseguem dizer às crianças que não tem dinheiro para comprar tudo, que não dá para ter tudo todos os dias. Falamos muito do tempo que está faltando, mas também há limites em relação ao tempo. A criança às vezes precisa de uma contenção, como precisam do limite e do aconchego. Temos que fazer s distinção do tempo de cada uma, para que ela aprenda a lidar com o tempo do coletivo. Vamos deixar a criança brincar! Se ela brinca, ela aprende, porque cresce com as próprias vivências. Com carinho e cuidado Regina
FORMAÇÃO CONTINUADA DAS PROFESSORAS • Grupos de formação – leitura e discussão de textos; discussão de casos de alunos; orientação de projetos pela Coordenação Pedagógica e Direção. • Semana de Estudos para fechamento do ano letivo.
CONVITE
Formatura da
70a
Turma
Os diplomandos sentir-se-ão honrados com sua presença na Festa de Formatura. Dia: 04 de dezembro Horário: 18h Local: C.C.R. Tema: “Um sonho que se tornou realidade” Paraninfo: Presidente Roberto Capellano, ex aluno do Jardim de Infância.
AGENDA DE dezembro
30/11, 01 e 02/12 – Reuniões de pais* 03 – último dia de aulas 04 – Formatura (não haverá aula)* 05 – Confraternização de final de ano*
ROTEIRO DE AULAS – 2016 28/01 – Apresentação do Projeto Pedagógico do Jardim de Infância para pais de alunos novos. LOCAL: Teatro do CCR HORÁRIO: 18h30 28/01 – Reunião de Pais: Mini, Maternal 1 e Maternal 2 Período da manhã – 9h Período da tarde – 14h
29/01 – Reunião de Pais: Jardim 2 e Jardim 3 Período da manhã – 9h00 Período da tarde – 14h00 01/02 a 05/02 – Adaptação dos maternais e mini Período da manhã: das 8h30 às 10h00 Período da tarde: das 13h30 às 15h00
11/02 – Início geral
ROTEIRO DE AULAS – 2016 – Período Integral REUNIÃO DE PAIS 29/01 – 10h30 e 15h30 (após a reunião da classe regular) Obs: trazer os horários das atividades das crianças (CAD, NATAÇÃO , ETC) DE 11 A 16 DE FEVEREIRO - Das 9h30 às 17h00 (para alunos com aulas regulares à tarde) - Das 8h00 às 15h30 (para alunos com aulas regulares de manhã) A PARTIR DE 17/02 – HORÁRIO NORMAL
REGINA DELDUQUE Diretora- Orientadora RENATA MARTINS COSTA Coordenadora Pedag贸gica
Afonso Ferreira DE Figueiredo Diretor de 谩rea Cultural