Revista Netuno - 2016 - 2ª Edição

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NETUNO O GUARDIÃO DA AMAZÔNIA AZUL

ANO XXVI

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Onde quer que seja, nós fazemos a diferença DEFESA Apoiar as Forças Armadas na obtenção, manutenção, tomada de decisões e superioridade operacional

SEGURANÇA Proteger os cidadãos, os dados sensíveis e a infraestrutura com soluções integradas e flexíveis

thalesgroup.com 2

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ESPAÇO Otimizar soluções de espaço para telecomunicações, observação da terra, navegação e ciência

AEROESPACIAL Ajudar a tornar a viagem aérea mais fácil, limpa e agradável

TRANSPORTES Permitir que os operadores de transportes tenham redes mais rápidas e eficientes

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ÍNDICE 12

Uso de Eletro-óptico no P-95M 1º Ten Av Vinícius

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O Norte

Ten Brig Ar Machado

“O preço da liberdade é a eterna vigilância!” Brig Ar Pitrez

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Comando e Controle nas Missões de Patrulha e SAR Maj Brig Ar Jordão

11 Ações coordenadas no Norte do Brasil

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Amazônia Azul

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Aviação de Patrulha no Mundo

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Uso de HF em Missões de Patrulha

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Operações Continuadas Internacionais

2º Ten Av Caroline

1º Ten Ferri

2º Ten Moreira e 1S Arraes

Cap Passos

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Missão de Busca e Salvamento

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Patrulha em Operações interagências

1º Ten Mendes

Maj Trope

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Prêmio Brigadeiro Magalhães Motta ABRAPAT

4º Distrito Naval

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EDITORIAL Coordenação Editor Chefe Diretor de Design Editor Produção Gráfica e Artes

1º Ten Stolze 2º Ten Moreira 1º Ten Stolze 2º Sgt Mendonça 2º Sgt Valdez 2º Sgt Mendonça

Revista Netuno Revista Netuno tem por objetivo ser um fórum de discussão sobre Aviação Militar, em especial sobre a Aviação de Patrulha, mostrando ao leitor o cenário atual e as perspectivas para o futuro. Os assuntos abordados na edição deste ano visam explorar o cenário Operacional da Aviação de Patrulha no Brasil e no mundo, focando na diversificação de missões, aeronaves utilizadas e novas tecnologias que influenciam no êxito da missão no Teatro de Operação. Caro leitor, desfrute deste árduo trabalho desenvolvido a fim de proporcionar uma agradável e fácil leitura, sem contudo desprezar a importância de todos os assuntos.

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O NORTE

O NORTE

Ten Brig Ar Gerson Nogueira Machado De Oliveira

Atualmente a Força Aérea Brasileira passa por um processo de transformação, no qual diversas mudanças serão implementadas visando ao desenvolvimento do Poder Aéreo e Aeroespacial Brasileiro, de forma a adequar a estrutura e os processos da FAB às necessidades do futuro, na busca contínua de uma Força Aérea mais eficaz, enxuta e operacional. Neste contexto, a Aviação de Patrulha tem papel fundamental, levando em conta a enorme área marítima sob responsabilidade do Brasil, tanto no enfoque de defesa, com mais de sete mil quilômetros de costa, quanto em acordos internacionais, cobrindo grande parte do Atlântico Sul. Diante de tamanha responsabilidade, é vital que as Unidades Aéreas de Patrulha, sob o comando da Segunda Força Aérea, mantenham suas aeronaves prontas, e suas equipagens adestradas para que, sempre que for necessário, possam cumprir, com profissionalismo e eficiência, as missões que lhe forem atribuídas. Para o cumprimento dessas importantes missões, o reaparelhamento da FAB trouxe um grande incremento nas capacidades das aeronaves de Patrulha, como a aquisição das aeronaves P-3AM, aptas ao emprego de

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torpedos, bombas e mísseis, e a modernização das aeronaves P-95B que incorporaram o radar SEASPRAY, trazendo novas possibilidades à nossa Força. Tripulantes da patrulha, mantenham-se motivados e preparados para se adaptarem aos constantes avanços tecnológicos e doutrinários da Força Aérea, sempre focados no cumprimento da missão de patrulhar as águas brasileiras, mantendo a soberania do nosso povo. Salve a Patrulha!


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“O preço da liberdade é a eterna vigilância!”

Brig Ar Roberto Ferreira Pitrez

patrulhamento ostensivo da costa brasileira fica a cargo das aeronaves P-95 Bandeirulha, dotadas de equipamentos de detecção ativa e passiva, como também, de foguetes SBATO interessante é que esta divisa populariza- 70, eficazes somente contra alvos providos de -se no Brasil, por volta de 1945, quando o Bri- armamento de cano não acoplado a radares gadeiro Eduardo Gomes candidata-se às elei- diretores de tiro. ções presidenciais, no final do Estado Novo. A Convém ressaltar que num passado não despeito dos vieses políticos à época, o âmamuito distante, os recursos de Guerra Elego desta célebre frase remonta aos gloriosos trônica existentes na Força Aérea Brasileira feitos da Aviação de Patrulha, como o lendálimitavam-se preeminentemente ao MAGE do rio afundamento do submarino Barbarigo por P-95, ao sistema de autoproteção do A-1, aos uma de suas tripulações, a bordo de um B-25 interferidores do tipo Cayman e ao radar TRSMitchell, nos idos sombrios da Segunda Guer2230. Neste ínterim, surge o auspicioso Projeto ra Mundial. P-3BR com a aquisição das aeronaves P-3AM e seus diversos sensores, que outorgam à FAB Essas famigeradas conquistas contrastamo conceito “multimissão”, colocando-se a For-se com o ostracismo técnico-operacional do ça Aérea Brasileira à vanguarda não somente final do século passado, em que há a extincom relação à capacidade em ações de Antisção do 1º Grupo de Aviação Embarcada e a submarino, mas também em outras ações de desativação das aeronaves P-16 Tracker. O Força Aérea, haja vista a enorme gama de sen-

Esta proposição reveste-se de insigne caráter emblemático que até hoje há controvérsias quanto à sua autoria.

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sores modernos embarcados e o extremo conhecimento profissional de seus operadores. Dentro desse prisma, a Aviação de Patrulha desde a sua criação teve sua correlação com o conceito “multimissão”, seja pela necessidade da guerra, quando a aeronave de ataque A-28 Hudson, pilotada pelo saudoso e ícone da Aviação de Patrulha, Brigadeiro Ivo Gastaldoni; seja em período de paz, pelo emprego dos P-15 e P-95, em missões de Patrulha Marítima, Busca e Salvamento, Reconhecimento Aéreo e Controle Aéreo Avançado. O mundo contemporâneo depende cada vez mais de mares e oceanos abertos para o comércio livre e o desenvolvimento econômico. A ausência de proteção e vigilância contra riscos marítimos iminentes pode levar a que os mares e os oceanos tornem-se arenas para os potenciais conflitos internacionais, o terrorismo e a criminalidade organizada. Em face deste conjunto de ameaças, faz-se necessária a vigilância, a fiscalização e o policiamento das porções marítimas, através da adoção de acordos de cooperação internacional, aliados às linhas de ação unilaterais ou isolacionistas já existentes. Evidencia-se a conveniência de mudar o paradigma até agora prevalecente, da “necessidade de conhecer”, evoluindo para a “necessidade de compartilhar”, num ambiente de partilha da informação, a incluir sistemas civis e militares. A importância desta informação, no sentido conceitual e doutrinário da Capacidade de Superioridade de Informações, é na prática reconhecido por muitos intervenientes como a melhor solução para abordar as ameaças e os riscos no mar ao menor custo. Destarte, o futuro da Aviação de Patrulha projeta-se no emprego de veículos aéreos não tripulados, caracterizados pela larga autonomia e pela diminuição do risco da utilização operacional de tripulações. A utilização de veículos mais leves que o ar (LTA – lighter-than-air vehicles), bem como, de satélites de vigilância são soluções a longo prazo, que realçam o horizonte da vigilância marítima. Entretanto, as plataformas convencionais de patrulha, como o P-95M e o P-3AM, ainda são os meios aéreos de excelência para a vigilância e o patrulhamento marítimo médio e longo alcance, respectivamente, de modo a mitigar a característica da impermanência ou ubiquidade do 8

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poder aéreo, e causar assimetria no moderno ambiente ISTAR (intelligence, surveillance, target acquisition, and reconnaissance). Faz-se mister, relevar que não há sensores ótimos a serem empregados isoladamente, sem outros padrões de detecção e de localização, pois nenhum sistema é autossuficiente quando se trata do sensoriamento, busca e interação com objetos não cooperativos. Ambientes dos mais diversos possíveis poder-se-ão encontrar nos anos porvir, mas somente a capacitação técnico-operacional e a experiência levarão ao adestramento das equipagens de Patrulha, a fim de alcançar o cumprimento de sua missão. Ao parafrasear o Patrono da Força Aérea Brasileira, os valorosos patrulheiros somos compelidos a lograr a “eterna vigilância” para usufruirmos da liberdade. Por conseguinte, precisamos nos voltar para nós mesmos, sempre vigiando os nossos pensamentos e a nossa proficiência. Sim, esse é o preço para se gozar da liberdade em nosso próprio País! “JAJUKÁ PIRÁ WAÍ! PATRULHA!”


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Comando e Controle nas Missões de Patrulha e SAR

Maj Brig Ar Mário Luís da Silva Jordão

No livro Understanding Command and Control, David S. Alberts ensina que o conceito “Comando e Controle” é considerado, mesmo entre indivíduos que exercem ou exerceram atividades nessa área, enigmático e até mesmo inexplicável. Ainda nessa obra, o autor esclarece que os termos Comando e Controle, individual e coletivamente, têm significados distintos para diferentes comunidades. Na Força Aérea Brasileira (FAB), Comando e Controle (C2) é conjunto de atividades que permite o exercício da autoridade e da direção que um comandante tem sobre as forças a seu comando, para o cumprimento da missão designada. Viabiliza a coordenação entre a emissão de ordens e diretrizes e a obtenção de informações sobre a evolução da situação e das ações desencadeadas. Também pode ser entendido como a ciência e a arte que trata do funcionamento de uma cadeia de comando e, nessa concepção, envolve, basicamente, três componentes: a) a autoridade legitimamente investida, apoiada por uma organização, da qual emanam as decisões que materializam o exercício do comando e para onde fluem as informações necessárias ao exercício do controle; b) a sistemática de um processo decisório que permite a formulação de ordens, estabelece o fluxo de informações e assegura mecanismos destinados à garantia do cumprimento pleno das ordens; e

mente investida, essa competência é de responsabilidade de um Comando de Emprego de Comando Singular, como Forças Aéreas Numeradas (FAe Num) e Forças Aéreas Componentes (FAC) ou Conjunto como o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), organizado para empregar os meios alocados a toda gama de missões que lhe forem atribuídas.

Com relação a sistemática de um processo decisório, compete ao COMDABRA contribuir c) a estrutura, incluindo pessoal, equipa- com o Sistema de Busca e Salvamento Aeromento, doutrina e tecnologia necessários para náutico (SISSAR), através da Ação de Busca e a autoridade acompanhar o desenvolvimento Salvamento, que consiste em empregar meios das operações. (DCA 600-1 Política de Coman- de Força Aérea para localizar e salvar pessoas do e Controle da Aeronáutica) em perigo na terra ou no mar. Com base nos conceitos citados, é imporCompete também ao COMDABRA, coordetante saber quem são esses três componen- nar e controlar o planejamento e a execução tes na estrutura de C2 da FAB. das missões de esclarecimento aéreos nas Quando falamos da autoridade legitima- Águas Jurisdicionais Brasileira (AJB), visando assegurar a soberania brasileira nessas águas, 3º/7º GRUPO DE AVIAÇÃO

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bem como auxiliar a Marinha do Brasil (MB) brasileiro que compõem a Amazônia Azul. O exercer o controle sobre o tráfego Marítimo SisGAAz funcionará integrado a outros sisteno Atlântico Sul. (Carta de Instrução PATNAV – mas dentro e fora da MB. ComOpNav Nº 003/14) A FAB, quando emprega o conjunto dos senTodo processo dessa atribuição está pauta- sores das aeronaves em missões de PATNAV e/ do em publicações como a ICA 55-87, Progra- ou SAR (normalmente, do tipo P-95 ou P-3AM), ma de Atividades Operacionais, e, também, contribui com a compilação do quadro tático, em publicações mais específicas, como a Di- elevando a CSM, e, também, contribui com o retriz de Planejamento Militar (DPM) e DIROP SISSAR, contribuição essa que proporciona à PRO 19 A (Ações SAR), bem como a DIROP 20 autoridade um acompanhamento mais preciA (Procedimento das unidades de Patrulha na so do desenvolvimento das operações. operação PATNAV Atlântico), publicações baO Emprego da Força Aérea diz respeito ao silares para o entendimento e funcionamento Comando e Controle das Ações de Força Aédo ciclo de C2 que orienta o processo decisório do Manual de Planejamento e Condução rea a ser empreendidas em uma campanha ou operação militar, em que os meios de Forde Operações Aéreas (MPCOA). ça Aérea e, quando aplicável, os meios de ouEm tempo, e não menos importante, é ne- tros elementos do Poder Aeroespacial adjudicados à FAB são usados para cumprir uma cessário explanar sobre a estrutura. missão específica, atribuída por autoridade Todo esse esforço empreendido pelo COM- competente, com objetivos próprios e duraDABRA é uma parcela da missão da FAB com o ção limitada. (DCA 1-1 Doutrina Básica da ForSistema de Controle do Espaço Aéreo Brasilei- ça Aérea Brasileira) ro (SISCEAB) e com a Consciência Situacional Marítima (CSM) da MB. Com base nesses conceitos e legislações é O SISCEAB atua numa área de 22 milhões de km2, grande parte sobre o Oceano Atlântico e a Amazônia. Está organizado e estruturado para desenvolver operações de Busca e Salvamento em consonância com os compromissos e as normas internacionais e nacionais. (http://www.decea.gov.br)

que o COMDABRA exerce o C2 em Operações com envolvimento da Aviação de Patrulha e o acompanhamento de missões SAR, com objetivo atingir a integração e a interoperabilidade entre sistemas de Comando e Controle das Forças Armadas irmãs e dentro da própria FAB, conforme as orientações explicitadas nas legislações em vigor.

A CSM está estruturada com base no SisteEsse artigo não visa esgotar o assunto C2, ma de Gerenciamento da Amazônia da Azul nem mesmo falar tudo sobre Patrulha e SAR. (SisGAAz). A intenção é de trazer ao debate os temas em O SisGAAz está sendo concebido para ser tela e fomentar nos leitores e entusiastas desum sistema de C2 para monitoração, contro- sa nobre aviação o interesse pelos temas. le e proteção das águas adjacentes ao litoral

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Ações coordenadas no Norte do 4º Distrito Naval Brasil

O Comando do 4º Distrito Naval sente-se honrado em poder comemorar o 26º aniversário da ativação do 3°/7º GAV, participando da edição desta revista, tendo a oportunidade de externar com um registro histórico para a posteridade, o reconhecimento e agradecimento pelo apoio prestado por esse Esquadrão à Marinha do Brasil. Esquadrão que ostenta o nome do Deus do mar que é soberano de todos os mares e protetor dos navegantes, vem cumprindo sua missão de forma efetiva como guardião dos mares no litoral Norte e proporcionando proteção aos navegantes da região, realizando o patrulhamento do litoral, foz do rio Amazonas, com suas dezenas de ilhas e extensas regiões alagadas. A coordenação por ocasião das operações realizadas em conjunto ocorre de maneira fácil e expedita, demonstrando assim a sinergia que existe entre o Esquadrão Netuno e a Seção de Operações do Com4ºDN, permitindo o cumprimento das nossas tarefas de maneira profissional e o mais abrangente possível. Neste ano, além do excelente apoio que sempre recebemos na compilação dos contatos nas Patrulhas e cobertura de grandes áreas nas buscas nas missões SAR, cabe destacar a realização pela primeira vez de um exercício mais complexo de busca e resgate, com a duração de 3 dias na região da faixa de fronteira do Oiapoque, sendo acionado sinalizadores Personal Locator Beacon (PLB) dentro da área de responsabilidade do SALVAMAR NORTE,

quando foi possível avaliar o tempo de resposta e verificar a prontidão do pessoal de serviço. A atividade teve como objetivos adaptar a tripulação do P-95 na execução de missões de busca, utilização dos localizadores de rádio-balizas PLB, proporcionar aos pilotos o uso da ferramenta Direction finder (DF) na orientação da aeronave para interceptação de sinais oriundos de balizas do tipo PLB, treinar os observadores na visualização de alvos, iluminativos e sinais visuais e difundir o uso do SAR MASTER no planejamento das missões, contribuindo para uma evolução na qualificação e consequente redução do tempo de permanência do náufrago no mar, aumentando as chances de sucesso numa missão SAR. Não podemos esquecer que esta operação, bem como todas as realizadas contribuiram para o aumento da integração entre o Esquadrão Netuno e os meios navais subordinados ao Com4ºDN, aumentando cada vez mais a interoperabilidade entre as forças. Ao 3°/7º GAV por ocasião do transcursso do seu aniversário, agradecemos pelos apoios prestados e pabenizamos pela excelência no serviço, fazendo os votos de que esta parceria entre a Marinha do Brasil e a Força Aérea Brasileira continuem frutificando na Amazônia e que possamos contar com a grande capacidade de atuação desse Esquadrão, cujas características estão bem representadas em sua heráldica, evidenciando o poder aéreo na patrulha da costa brasileira, o sistema de detecção das aeronaves, a localização, identificação e neutralização de objetivos navais inimigos, missão precípua da unidade. Parabéns! Bravo Zulu! A puxada é Netuno! Ao mar, nos ares o Rei!

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POSSÍVEL USO DE PODS ELETRO-ÓP INFRAVERMELHO NA AERONAVE 1° Ten Av Vinicius André Lima Neri P-95M

Contextualização

A atual posição do Brasil no contexto econômico mundial, despontando como um representante das economias emergentes na América do Sul traz à vista as potencialidades das riquezas desenvolvidas e exploradas no país. A descoberta do pré-sal como uma das maiores reservas petrolíferas do mundo volta a atenção internacional para a região do Atlântico Sul, principalmente por países os quais apresentam o petróleo como principal pilar de sustentação de sua economia. Nesta conjuntura surge a necessidade da vigilância da região marítima, cuja fronteira se estende por aproximadamente 8000 12

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km do litoral brasileiro. Tal vigilância tem como fundamento tanto a preservação do ambiente marinho quanto à proteção dos recursos naturais extraídos do mar tais como petróleo, gás e pesca, além de verificar o correto cumprimento das leis e tratados marítimos em vigor [1] [2]. As vias marítimas desempenham fundamental papel no que tange às importações e exportações realizadas no Brasil. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), no ano de 2012 a tonelagem exportada por esta via representou 96% do total, enquanto que a im-

portada alcançou 89%. Observando dados de anos anteriores é possível notar certa estabilidade nestes parâmetros. Atualmente existem 13 acordos bilaterais de cooperação baseados nos princípios de reciprocidade de interesses e na liberdade do comércio exterior. Compõem os citados acordos os seguintes países: Alemanha, Argélia, Argentina, Bulgária, Chile, China, Estados Unidos, França, Polônia, Portugal, Romênia, Rússia e Uruguai. Segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários apesar do aumento da participação na tonelagem transportada das embarcações nacionais do ano de 2011 para 2012 (de 4%


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PTICOS para 7%), a maioria esmagadora neste tipo de transporte permanece nas bandeiras dos países signatários dos acordos [3], podendo-se mensurar a quantidade de navios estrangeiros que anualmente trafegam por águas brasileiras.

Histórico

de ponta de asa, radar de busca de superfície, pontos duros para instalação de cabides sob as asas e equipamento MAGE, dentre outras inovações, o novo Bandeirante voou pela primeira vez em 1977. A substituição do P-15 pelo P-95 foi considerada um retrocesso para a Aviação de patrulha devido à perda da capacidade ASW, porém, graças aos patrulheiros da época, a Força Aérea passou a desenvolver-se no estudo de uma das vertentes mais decisivas no combate moderno: a Guerra Eletrônica. A presença de um potente radar THORN EMI Super Searcher e, posteriormente integrado à aeronave, de um sistema ESW Thomson-CSF DR 2000 Mk II/Dalia 1000A Mk trouxeram à tona a necessidade de capacitação dos tripulantes acerca dos conceitos que permeiam a utilização dessa então nova tecnologia. O DR 2000/Dalia permitiu a realização de missões, até então pouco desenvolvidas, na área de Inteligência Eletrônica e de Sinais (ELINT/ SIGINT). A Aviação de Patrulha passou a ser a guardiã da Guerra Eletrônica na FAB graças a esse sistema. A percepção da importância desse momento verifica-se nos dias de hoje em que a cada modernização ou compra de aeronave observa-se a inclusão de Medidas de Ataque, Proteção ou Apoio Eletrônico em oposição às ameaças oriundas do ambiente eletromagnético, uma preocupação entendida e valorizada por todas as aviações da FAB. O processo de modernização dos cargueiros C-95, os quais começaram a ser entregues à FAB em 2012, abarcou também as aeronaves de patrulha marítima P-95 Bandeirulha, a qual adotou a designação de P-95M e estenderá sua atividade até meados da década de 2020, sendo que além da modernização dos sistemas aviônicos, esta última aeronave foi contemplada com um moderno equipamento radar, o SEASPRAY 5000E. Tal equipamento, visando contribuir para a eficácia e eficiência das ações desenvolvidas no Teatro de Operações marítimo, é dotado de um sistema de abertura sintética (SAR) e de abertura sintética inversa (ISAR), sendo este de fundamental importância na identificação e classificação de alvos de superfície. Neste contexto, a Aviação de Patrulha passa a ser pioneira no reconhecimento de alvos dessa natureza, tendo em vista equipamento similar encontrar-se embarcado na aeronave P-3 Órion, operada pelo 1°7° G Av. O modo ISAR, apesar de garantir identificação positiva do alvo além do alcance visual, de acordo com os padrões da OTAN, fornece uma imagem bidimensional em um formato bastante bruto, necessitando de uma elevada habilidade de seu operador para uma correta classificação de um alvo em movimento na superfície do mar.

A aeronave P-95A Bandeirulha foi incorporada à FAB no final da década de 70 com o objetivo de substituir o P-15 Netuno. Com motores radiais obsoletos e defasada capacidade antissubmarino (ASW), o P-15 voou desde 1945 e permaneceu como aeronave de patrulha marítima baseada em terra até sua desativação em 1976. O substituto natural seria o recém-lançado P-3 Orion, em sua primeira versão, porém, devido à conjuntura nacional RESPONSABILIDADES e ao interesse por apoiar o crescimento da EMBRAER, o projeto de A Marinha do Brasil tem por competência a vigilância adaptação do cargueiro leve C-95 submarina e de superfície da área correspondente a 4,5 em avião de patrulha marítima gamilhões de km2, do litoral até 200 NM dentro do oceano. nhou força. Acrescido de tanques Contudo, a salvaguarda de um país com um litoral tão ex3º/7º GRUPO DE AVIAÇÃO

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tenso e com seu parque industrial e concentração populacional litorâneos é uma tarefa de todas as FFAA. Assim, para um eficaz cumprimento de suas diligências a Marinha conta com o apoio da Aviação de Patrulha da Força Aérea Brasileira, a qual apresenta como principais atribuições dentro do cenário exposto, detectar, acompanhar, classificar (definir se o alvo é hostil, amigo ou neutro), identificar (definir o modelo da embarcação) e neutralizar ou destruir contatos de superfície e submarinos [4]. As atividades que envolvem todo o processo, da detecção até a neutralização de alvos marítimos, revestem-se de fundamental importância para a segurança nacional visto a imensa quantidade de embarcações estrangeiras que anualmente atravessam as águas jurisdicionais brasileiras. Tanto o Rec onhecimento Aéreo quanto a Patrulha Marítima realizados pela Aviação de Patrulha atualmente são baseados no uso de equipamentos emissores de energia eletromagnética, além do reconhecimento visual. No que tange ao Reconhecimento Aéreo, as técnicas empregadas atualmente vêm sendo desenvolvidas a partir da utilização dos modos de imageamento de abertura sintética dos quais é dotado o Radar SEASPRAY 5000E. Mais especificamente, os Wmodos Strip SAR e Spot SAR do citado equipamento são utilizados com o objetivo de se levantar dados a respeito de alvos estáticos localizados na superfície da terra ou até mesmo do mar. Nestes modos, uma antena radar de grandes dimensões é sintetizada a partir de uma pequena antena aeroembarcada, tornando possível a discretização de objetos de diferentes dimensões, bem como de diferentes refletividades eletromagnéticas devido aos diferentes retornos do sinal radar para a plataforma emissora. Esta última pode ser utilizada com o objetivo de monitorar a superfície oceânica, visando identificar possíveis focos de poluição neste ambiente. No que cerne à Patrulha Marítima, os métodos de identificação e classificação empregados têm como princípios a utilização dos modos de abertura sintética inversa (ISAR) e o Sistema de Identificação Automática (AIS). O modo ISAR possui características de operação similares ao modo SAR, com a ressalva de que o alvo imageado deve estar em movimento, de maneira a se aproveitar as consequências do efeito Doppler gerado pelo movimento da plataforma imageada. Este efeito pode ser ob-

servado tanto para alvos terrestres quanto de superfície marítima. Já o modo AIS, é empregado com o intuito de se receber informações a respeito da embarcação presente no cenário da Patrulha. Dados como nome, número IMO, porto de origem e destino e estimada são continuamente apresentados no display do radar, fornecendo um acompanhamento contínuo do vetor naval, sem a necessidade de contato visual aproximado.

APLICAÇÃO DE UM SISTEMA INFRAVERMELHO Os citados métodos e modos de imageamento e acompanhamento, os quais compõe a doutrina na realização de missões da aeronave P-95M são relativamente consistentes e provedores de resultados satisfatórios. Sua utilização é consagrada em diferentes Forças Aéreas ao redor do mundo. Contudo, estes mesmos métodos podem apresentar discrepâncias devido à necessidade de certos requisitos serem cumpridos para sua eficácia ser atingida. Os modos de imageamento de abertura sintética Strip SAR e Spot SAR quando utilizados para a detecção de elementos químicos na superfície oceânica como óleo, podem induzir interpretações equivocadas devido à presença de feições com resposta semelhante ao óleo nas imagens radar. Com o objetivo de reduzir a subjetividade e a notificação de falsos alarmes são utilizados, de maneira integrada com as imagens de radar, dados meteo-oceanográficos como a temperatura na superfície do mar, obtida através da utilização de um equipamento eletro-óptico sensível à faixa do infravermelho. Estes dados fornecem informações auxiliares para elucidar a provável natureza das feições identificadas (5). O modo de imageamento para alvos em movimento, ISAR, apresenta uma razoável definição de embarcações sujeitas às ondas de superfície no teatro de operações marítimo. Todavia, tal modo depende de uma análise do sinal retroespalhado, tendo esse tipo de espalhamento, a premissa do retorno da onda eletromagnética emitida ao ponto de origem. Embarcações dotadas de capacidades stealth não irão contribuir para uma adequada análise do sinal, visto que pouca, ou até mesmo nenhuma energia eletromagnética será recebida pelo radar 3º/7º GRUPO DE AVIAÇÃO

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imageador. Além disso, tendo em vista a contínua emissão de pulsos na direção do alvo, a plataforma imageada tem a possibilidade de identificar a iluminação radar, através de um sistema passivo de detecção e análise de sinais e interferir no sinal retroespalhado, causando assim, discrepâncias na imagem bidimensional final apresentada ao operador radar, contribuindo para o surgimento de falsos alvos (6). Em relação ao modo de acompanhamento baseado no AIS, é conveniente destacar que este acompanhamento só pode ser realizado de maneira plena, caso haja cooperação por parte da plataforma naval em fornecer tais dados. Tendo em vista a possibilidade do P-95 operar em um Teatro de Operações hostil e não favorável à cooperação, é fundamental dispor de um sistema independente capaz de prover aos operadores a capacidade de identificação e classificação do vetor marítimo fora do alcance do armamento inimigo. Faz-se necessário também ressaltar a importância que um Sistema da natureza de um sensor Infravermelho possui dentro de um Teatro Operacional. Suas capacidades são elencadas como componentes do Sensoriamento Remoto, divisão da Guerra Eletrônica baseada na obtenção de informações sobre objetos através de dados coletados por instrumentos que não estejam em contato físico com os objetos investigados. A vantagem tática obtida por meio de sua detecção passiva pode ser aplicada não somente em missões de Reconhecimento e de Patrulha Marítima, mas em qualquer necessidade operacional de levantamento de dados acerca da assinatura infravermelha de

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embarcações e áreas de interesse sobre o mar e a terra, podendo até mesmo reverter-se em uma vantagem estratégica, dependendo do caso, tendo em vista as aeronaves P-95 serem sistematicamente engajadas em missões operacionais. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A radiação térmica é gerada pelo movimento de partículas carregadas na matéria. Toda substância com temperatura maior do que 0 K (zero Kelvin; Zero absoluto) emite radiação térmica (7). Átomos e moléculas que compõem a matéria possuem energia cinética que varia, e essas mudanças de energia acabam resultando em aceleração das partículas e oscilações das cargas que compõem os átomos. Essa movimentação das cargas na matéria gera a radiação eletromagnética, ou seja, a energia cinética de átomos e moléculas converte-se em energia térmica e resulta na radiação eletromagnética térmica. As características da radiação térmica dependem de várias propriedades da superfície irradiante, incluindo temperatura, capacidade de absorção espectral e poder de emissividade espectral, como concluiu Kirchhoff em seus estudos (7). A radiação não é monocromática, ou seja, não consiste em uma única frequência de comprimento de onda, mas sim na dispersão contínua de energia das partículas. Absorção, refletividade e emissividade dependem do comprimento de onda da radiação, e a temperatura determina a distribuição dos comprimentos de onda emitidos. Corpo negro é aquele que absorve toda a


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radiação eletromagnética que nele incide, ou seja, nenhuma onda o atravessa (somente em casos específicos) nem é refletida. Tal corpo, a princípio, não pode ser visto, advindo desse o nome corpo negro. Apesar disso, corpos negros emitem radiação, o que permite determinar sua temperatura. Em equilíbrio termodinâmico (em temperatura constante), um corpo negro ideal radia energia na mesma taxa que a absorve, sendo essa uma das propriedades que o tornam uma fonte ideal de radiação térmica (chamada de radiação de corpo negro). Corpos negros não existem na natureza, visto que nenhum objeto tem absorção e emissão perfeitas. A emissividade de um corpo é definida pela relação entre sua radiância e a do corpo negro.

Max Planck estabeleceu o marco inicial da teoria quântica ao utilizar conceitos de unidade quântica para descrever as propriedades das partículas subatômicas e as interações entre a matéria e a radiação. Em 1900 Planck postulou que a matéria só poderia emitir ou absorver energia em pequenas quantidades, chamadas “Quanta”. Nesta, as partículas só podem emitir a radiação por pacotes, pois a energia não é contínua. Atualmente, o quanta é chamado de Fóton. De sua teoria, veio a constante h, sendo conhecida como a Constante de Planck.

Figura 3 – Embarcação mercante de carga geral vista por um sistema eletro-óptico sensível ao infravermelho. Fonte: 1°/7° G Av.

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se faz uso de sistemas emissores e receptores de energia eletromagnética com o intuito de salvaguardar as riquezas existentes e a serem exploradas na Zona Econômica Exclusiva do mar brasileiro por meio do uso da aeronave P-95. A identificação de uma necessidade, neste caso, visa a obtenção de um novo sistema dotado de um POD multifuncional, compatível com os equipamentos aeroembarcados no Bandeirulha e com a capacidade de adaptação para outras aeronaves operadas pela Força Aérea Brasileira, objetivando uma interoperabilidade entre os equipamentos e uma melhor padronização em itens desta Figura 2 – A Lei de Planck para radiação de corpo negro exprime natureza. O intuito é incutir a doutrina de a radiância espectral em função do comprimento de onda e da Sensoriamento Remoto, assim como expandir temperatura do corpo negro. Da mesma forma que um corpo negro, um a operacionalidade MAGE do Bandeirulha, corpo real encontrado na natureza também tendo em vista os dados coletados terem o demonstra a temperatura diretamente propósito de reconhecimento imediato de relacionada à radiância encontrada em uma ameaça, ou a posterior utilização para determinados comprimentos de onda. atividades de inteligência, não por meio de Sabendo que qualquer corpo acima de 0 K é uma medida efêmera, mas por uma medida capaz de emitir energia eletromagnética na que permaneça com seu efeito pelo tempo faixa do infravermelho termal, o simples uso que a aeronave permanecer em atividade na de um equipamento sensível a esta faixa do FAB. Estabelecer uma correlação entre todos espectro seria capaz de revelar a existência de determinado tipo de matéria em um local os meios disponíveis na aeronave se reveste específico. Conhecendo o comprimento de de fundamental importância quando da onda que determinada partícula emite em identificação e classificação de um alvo na dada temperatura, é possível saber o tipo de superfície do mar. Da mesma forma, a utilização material presente no ambiente de interesse. de um sensor eletro-óptico para análise da Desta forma atuam os esquadrões de superfície da terra se traduz numa importante reconhecimento cujo foco é a observação e inclusão de uma aeronave de Patrulha como análise de pontos sobre a superfície da Terra. um braço da Aviação de Reconhecimento, levando a uma maior interoperabilidade entre as aviações da Força Aérea Brasileira.

USO NO P-95M

A utilização de um sistema eletro-óptico Por não se tratar de um sistema emissor, nas aeronaves P-95BM Bandeirulha teria como um equipamento passivo sensível à faixa do objetivo a manutenção dos padrões de eficácia IR não costuma ser alvo de interferências e eficiência empregados nas missões em que eletrônicas. A contramedida mais comum

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é a maior redução possível na assinatura Infravermelha, tornando o emissor “invisível” em determinada faixa do espectro. Tal tática é utilizada pelas plataformas que usufruam de qualquer emissão eletromagnética e que não queriam ser interceptadas por outras plataformas equipadas com sensores desta classe. Contudo, a aquisição de um sistema eletro-óptico capaz de atuar no Ambiente marítimo traz consigo o benefício de ser um equipamento imune à interferências na faixa de RF, normalmente existentes em embarcações militares de grande porte.

REFERÊNCIAS

Remoto) - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, São José dos Campos, São Paulo. [3] BRASIL. Agência Nacional de Transportes Aquaviários. Superintendência da Navegação Marítima e de Apoio. Panorama da Navegação Marítima e de Apoio. Brasília, DF, 2012. Disponível em:<http://www. antaq.gov.br/Portal/pdf/BoletimPortuario/ PanoramaNavegacaoMaritimaApoio2012.pdf >. Acesso em: 15 out. 2015. [4] BRASIL. Comando da Aeronáutica. DCA 1-1: Doutrina Básica da FAB, 2012. [5] GENOVEZ, P.; PALMEIRA F. L. B.; BENTZ C.M. Detecção e Monitoramento de Óleo através da Utilização Integrada de Imagens de Satélite, Verificações de Campo e Modelagem de Deriva de Óleo: Uma Abordagem Operacional. 2009. 8p. Natal, Rio Grande do Norte.

[1] FERNANDES, Fabrício Nery. Análise do Processo de Formação de Imagens para Radares de Abertura Sintética Inversa [6] ADAMS IV C. N. Three Dimensional Image (ISAR). 2010. 73f. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso de Especialização em Análise Synthesis: Theory and Application. 2003. do Ambiente Eletromagnético), Instituto 150p. Naval Postgraduate School. Monterey, Tecnológico de Aeronáutica, São José dos California. Campos, São Paulo. [7] S. Blundell, K. Blundell (2006). Concepts in Modern Physics [S.l.: s.n.] [2] PAES, R. L. Detecção de alvos na superfície do mar utilizando imagens SAR orbitais. 2009. 146 p. Dissertação (Mestre em Sensoriamento 3º/7º GRUPO DE AVIAÇÃO

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Amazônia Azul

A última fronteira e expressão da Soberania do Brasil

2° Ten Av Caroline Camilo da Silva

Muito se tem discutido a respeito da floresta Amazônica. Esta é a maior floresta tropical do mundo, concentra sua maior parte no território brasileiro, apelidada durante muito tempo de pulmão do mundo e, em 2000, foi considerada patrimônio da humanidade. Devido a sua rica biodiversidade tornou-se foco de pesquisas nacionais e também alvo de biopirataria e desmatamentos. Por outro lado, pouco ainda é discutido a respeito da Amazônia Azul. A Amazônia azul é a área que corresponde à zona econômica exclusiva (ZEE), somada a extensão da plataforma continental do Brasil, conforme figura ao lado. Tal limite de 200 milhas foi definido através da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do mar, realizada em Motego Bay, Jamaica, em 10 de dezembro de 1982. Como o próprio texto da convenção relata, sua finalidade é: “uma ordem jurídica para os mares e oceanos que facilite as comunicações internacionais e promova os usos pacíficos dos mares e oceanos, a utilização equitativa e eficiente dos seus recursos, a conservação dos recursos vivos e o 20

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estudo, a proteção e a preservação do meio marinho”¹. A convenção entrou em vigor em 16 de novembro de 1994, tanto para o Brasil, quanto para os países que a ratificaram. Foi aceita por 164 países, entretanto países de elevada expressão político internacional ainda não a aderiram como, por exemplo, EUA, China, Israel, Venezuela, Colômbia, Equador e Peru². Para se adequar a tal convenção, o Brasil criou a lei n° 8.617, de 4 de janeiro de 1993. Segundo essa lei, na ZEE, é assegurado o direto exclusivo ao Brasil de explorar e conservar recursos vivos e não vivos, regulamentar a investigação cientifica, construção e operação de todos os tipos de ilhas artificiais, instalações e estruturas, ou seja, trata portanto do último local onde é assegurada a soberania do Brasil, configurando então a última fronteira. A analogia entre Amazônia Azul e Amazônia Verde se deve à rica biodiversidade, importância econômica e à extensa área territorial de ambos os ecossistemas. A Amazônia brasileira verde tem uma área maior que quatro mi-


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lhões de quilômetros quadrados, considerável reserva de água doce do planeta, e a Amazônia Azul tem área de quase 4,5 milhões de quilômetros quadrados. O Brasil tem área de 8,5 milhões de quilômetros quadrados, assim sendo, a Amazônia Azul aumenta em 50% o território brasileiro. Tal aumento no território é benéfico, pois garante o direito exclusivo da nação explorar econômica e cientificamente uma área tão promissora como os mares. Um dos produtos de maior expressão na economia brasileira é o petróleo, e o meio de transporte mais utilizado no Brasil para exportar é o naval. Pesca, turismo, esporte navais são outras formas de utilização do meio marítimo. Além disso, existe o desenvolvimento cientifico como a navegação astronômica, construção naval e cartografia. Além disso, é possível gerar energia através do mar, processo já utilizado em alguns países da Europa, Japão e Austrália. Entretanto, os gastos com a exploração do mar são muito maiores quando comparado ao investimento para realizar pesquisas. Diante de tamanhas riquezas, é natural que o interesse de outras nações seja instigado. Sendo assim, temos a obrigação de vigiar e defender a soberania de nosso país até a última fronteira da Amazônia Azul. Nesse cenário, é fundamental a presença da Força Aérea Brasileira (FAB) sobre o mar. As aeronaves alcançam em velocidades muito superiores a dos navios, o que di-

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ficulta a fuga destes, caso estejam agindo em desacordo com as leis. Além disso, a grande capacidade de detecção radar dos vetores utilizados pela FAB torna possível notar o inimigo sem necessariamente precisar impor combate. As Missões de Busca e Salvamento têm probabilidade muito maior de êxito devido a rapidez que as aeronaves chegam à cena do desastre. A perspectiva dos observadores SAR é muito mais favorável do céu, e os radares são equipados inclusive para encontrar pequenas embarcações. As aeronaves P3-AM colocam a aviação de patrulha brasileira entre as mais modernas do mundo. Por fim, é necessário que seja dada importância tanto à Amazônia Azul, quanto à Amazônia verde, pois ambos os ecossistemas têm grande importância na economia do país, e carecem de pesquisas, a fim de que não desperdiçarmos seus potencias recursos. Além disso, devemos proteger todas as fronteiras do país, pois em tempos de guerra, tanto a selva quanto o mar tornam-se palco de grandes batalhas.

Referências Bibliográficas

[1] https://www.egn.mar.mil.br/ arquivos/cursos/csup/CNUDM. pdf , acesso em 24/08/16 [2] A relação dos países que aderiram pode ser encontrada em: http://www.un.org/Depts/los/reference_files/chronological_lists_of_ratifications.htm# , acesso em 24/08/16


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A AVIAÇÃO DE PATRULHA NO MUNDO 1° Ten Av Matheus Bernardi Ferri As aviações de Patrulha são responsáveis por vigiar o litoral de seus países, proteger suas riquezas marítimas e salvar vidas. No Brasil, nossa aviação é responsável por monitorar uma área equivalente a aproximadamente 4,5 milhões de quilômetros quadrados sobre o mar territorial do País. Dotada com as aeronaves P-95 e P-3AM, com modernos sensores e radares dentre eles o novo radar Seaspray com capacidade de imageamento SAR/ISAR, a patrulha atua 24 horas por dia em prol da população brasileira. Do outro lado do Atlântico, defendendo a extremidade oeste da União Europeia e responsável por uma enorme extensão de mar, destacamos os patrulheiros portugueses com seus C-295, os quais substituíram os antigos C-212, que proporcionaram a Força Aérea Portuguesa uma melhor capacitação para o cumprimento de missões SAR, vigilância, re24

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conhecimento, além de outras de caráter não militar como monitoramento e controle de poluição marítima. Os C-295 caracteriza-se por algumas particularidades, entre as quais podemos destacar a existência de bolhas de observação, pontos duros e uma rampa, que possibilita a paletização do sistema FITS, aumentando assim o leque de emprego nos diversos segmentos operacionais e atraindo a atenção de todos os especialistas da aviação de patrulha mundial. Ainda na Europa, podemos citar a importância da aviação de patrulha do Ejército del Aire espanhol que desde 2008 com seus P-3M Orion está envolvida em ações para deter, prevenir e reprimir atos de pirataria ou de roubo armado numa área de 1.600.000 milhas náuticas quadradas na costa da Somália, Operação Atalanta, que conta com o apoio da Marinha alemã, com seus P-3C, e com as aeronaves Falcon 50M da armada francesa.


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Defendendo também sua extensa costa no Oceano Pacífico, nossos vizinhos chilenos, possuem uma aviação naval muito forte a qual é encarregada de garantir a segurança e o apoio à frota em missões de ataque antissubmarino, antisuperfície e de esclarecimento marítimo, equipada com as aeronaves P-3C, P-295MPA e P-95 que chama atenção não só por ser a nossa mesma plataforma mas também por ter passado recentemente por um processo de modernização que contemplou novos sistemas e equipamentos embarcadas. Recentemente, com o aumento das tensões na região do mar do sul da China, vemos surgir uma nova geração de aeronaves multimissão como o moderno P-8, equipado com Radar Raytheon AN/APY-10 e mísseis AGM-84H/K SLAM-ER e AGM-84 Harpoon, destinado a realizar guerra antissubmarina (ASW), interdição marítima, e engajar missões de inteligência eletrônica (ELINT), o novo Kawasaki P-1 do Japão que possui uma grande capacidade bélica e substituem os antigos P-3C da Força Naval de Defesa Japonesa e os Shaanxi Y-8X chinês, derivado do russo Antonov An-12, responsável pelas missões de patrulha marítima, vigilância, guerra antissubmarino e missões de busca e salvamento da marinha chinesa, que estão em constante alerta e podem entrar em ação a qualquer momento na região. Nos primórdios vimos que o domínio do mar era essencial para as nações e com o passar do tempo, com novos recursos e novas tecnologias, o domínio do espaço aéreo se tornou vital, surgindo assim nesses teatros a Aviação de Patrulha que está em constante evolução, exemplo disso - além do que já foi exposto - é a Real Força Aérea Canadense a qual está substituindo seus P-3 por P-8 e VANTs/ARPs. Por essas razões que Independente de pertencer as Forças Aéreas ou as Armadas, a Aviação de Patrulha foi e sempre será de extrema importância para a soberania das grandes Nações ao redor do Mundo.

Salve a Patrulha!

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MISSÃO DO ESQUADRÃO NETUNO E A NECESSIDADE DO USO DO HF 2º Ten ESP COM André Ricardo Moreira 1º Sgt BET Pablo Pontes Arraes

A comunicação em HF possui características relevantes que despertam grande interesse na sua utilização nos âmbitos civil e militar nas mais diversificadas aplicações operacionais. O alcance em longas distâncias e a independência de qualquer outro meio intermediário para estabelecer o link entre as estações envolvidas, creditam à faixa de HF a meritória importância no emprego tático e estratégico no cenário mundial, quer sejam nas operações terrestres em áreas longínquas, quer sejam nas operações aéreas e navais de patrulha marítima, bem como, no controle de tráfego aéreo, na comunicação entre plataforma de extração de petróleo em alto-mar e, em especial, nas missões de busca e salvamento, quando há incerteza do local a ser atingido.

marítima- detecção, localização, identificação e neutralização de objetivos navais inimigos em conjunto com a Marinha do Brasil, fiscalizando o tráfego de embarcações mercantis e pesqueiras, sobrevoando o oceano, chegando a adentrar cerca de 200 NM sobre as águas do Atlântico, o que neste momento faz com que o HF, que na maioria das vezes é usado como meio contingencial, passe a ser o meio primário de comunicação.

Apesar de parecer obsoleto, não é difícil destacarmos a importância do sistema HF em missões de Busca e Patrulha Marítima, por ser um meio de comunicação de serviço móvel aeronáutico totalmente independente e utilizado em operações militares, em que os vetores se encontram fora da cobertura VHF (alcance em linha de visada) e com capacidade de percorrer distâncias continentais, além O Esquadrão Netuno, sediado na Base de permitir a utilização de estações táticas Aérea de Belém, realiza missões de patrulha transportáveis facilitando assim as comunicações no teatro de operações. 26

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EMISSÕES IONOSFÉRICAS DO HF Operando em uma faixa de frequência que vai de 3 a 30 MHz e com um comprimento de onda que varia de 100 a 10 metros, a transmissão do sinal ocorre por meio da propagação ionosférica onde é possível encontrar gases ionizados, principalmente pela radiação solar. Quando a radiação chega a essa camada atmosférica, ela colide com as partículas neutras ionizando-as gerando elétrons livres. Através do fenômeno físico da refração entre as fronteiras dessa região onde existem vários níveis de ionização, é possível que o sinal emitido seja “curvado”. A ionosfera se subdivide em quatro camadas D (50 a 90 km), E (90 a 140 km), F1 (140 a 210 km) e F2 (acima de 210 km). Essas camadas são definidas pelas características de propagação sendo a camada D a camada inferior com alta densidade de gases o que torna a recombinação de íons e elétrons livres muito mais rápidas fazendo com que essa camada esteja presente durante o dia e se dissipe com rapidez ao anoitecer, já a camada F subdivide-se durante o dia em duas regiões F1 e F2, sendo a camada mais alta e também a menos densa de gases fazendo com que a recombinação de íons e elétrons sejam mais lentas tornando a camada de elétrons livres com mais tempo de vida. A F2 por ter características de estar

presente durante todo dia, sua altura permitir longos trajetos de comunicação e refratar frequências mais altas em HF torna-a a camada mais importante em rádio propagação. Contudo, há um grande congestionamento na banda de HF pela sua restrição de banda associada a sua grande utilização, o que dificulta bastante o uso dessa faixa do espectro eletromagnético. Durante o percurso do sinal até a ionosfera, as ondas sofrem modificações durante o trajeto devido as constantes modificações que ocorrem nessa região, e seus efeitos são: Atenuação, retardo, desvanecimento, espalhamento, deslocamento de frequência entre outros. Por esse motivo houve a necessidade de desenvolvimento de alguns sistemas que gerenciam frequências e tenham capacidade de escolher os melhores canais de forma automática.

REDES HF AERONÁUTICA

NO

COMANDO

A

O DECEA, visando melhorar a confiabilidade das comunicações em todas as situações, ativou novas redes em HF no Serviço Fixo Aeronáutico – SFA, esta rede equipa a maioria dos aeródromos da região amazônica para ampliar e suprir problemas eventuais de comunicação em VHF. Já no Serviço Móvel Aeronáutico composto pelos ACC Manaus, Curitiba, Brasília, Recife e Atlântico utilizam o sistema HF para controle 3º/7º GRUPO DE AVIAÇÃO

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de tráfego aéreo em sua área de responsabilidade. Estas estações utilizam ainda o equipamento SELCAL que se destina a chamadas seletivas TERRA-AVIÃO. Isso é possível porque cada aeronave possui um prefixo de 4 letras que a identifica. O referido prefixo é codificado em tons de áudio e transmitido através do HF, acionando somente a aeronave chamada. Rede HF das Estações Táticas: Esta rede tem como objetivo dotar as estações táticas, com equipamentos de última geração, sintetizados, com varredura cíclica, “phone-patch” e antenas omnidirecionais com ganho. Estes equipamentos permitem comunicações em HF-SSB, com qualidade, entre as estações táticas e as aeronaves. As comunicações HF-SSB nas Bases Aéreas deverão ser atendidas através da SCOAM que concentrará o atendimento para todos os Grupos de Aviação existentes na localidade, é o que ocorre na Base

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Aérea de Belém que sedia o 3º/7º GAV, 1ºETA e 1º/8º GAV que são atendidos pela Tática Tritão (SCOAM BABE). A rede SAR tem como objetivo dotar as estações fixas e transportáveis de comunicações em HF dos SALVAERO e PARASAR de equipamentos de última geração, sintetizados, com busca automática da melhor frequência, “phone-patch”, transmissão de dados, transmissão de imagens estáticas e sistema ALE. Já foram instaladas antenas omnidirecionais, com alto ganho (antenas do tipo Espiral Cônica), nos SALVAERO de Recife, Curitiba, Brasília, Manaus e Rio de Janeiro (D-SAR) esta, gerencia toda a atividade de busca e salvamento aeronáutico. Dessa forma, pretende-se que nos deslocamentos do SAR e PARASAR, seja possível manter, em todo o território Nacional, as co-


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municações através de voz e dados com uma rendimento, sendo duas log periódicas e duas das estações Centrais. espirais cônicas, oito receptores ligados a uma antena espiral cônica e uma central de áudio Foram fornecidos para as es tações com 7 postos de operação. Os equipamentos transportáveis equipamentos especialmente estão conectados através da rede INTRAER, preparados para operação em ambientes hos- permitindo cinco pontos de acesso remoto ao tis e com a mesma capacidade de transmissão sistema. O HF Militar, além da comunicação de voz e dados. Serão fornecidas antenas táti- de voz, permite efetuar o enlace via SELCAL cas, antenas transportáveis e demais acessó- com as aeronaves em voo, o que traz garantia rios para operação em campanha. Atualmen- e fidelidade na comunicação, principalmente, te as estações fixas do SALVAERO operam no em missões de patrulha marítima e busca e sistema ALE e realizam transmissão de dados salvamento, onde o nível de voo é muito baixo pelo ALE de forma manual, utilizando o painel e o alcance do VHF não é viável. frontal do transceptor TW-7000. Para aumentar a eficiência da comu Além dos serviços supracitados o siste- nicação em HF, o operador de comunicações ma HF ainda é empregado na rede COMARA dispõe de uma ferramenta por softwares chacom sedes dotadas de equipamentos HF-SSB mada ASAPS, que calcula a melhor frequência e estações especiais, a qual podemos destacar para estabelecer a comunicação em uma área a estação HF do 1º/1º GCC que opera como de interesse. uma tática de alta capacidade. Esse sistema está instalado no 1º Esqua HF Militar – É uma estação rádio de alta drão do 1º Grupo de Comunicações e Contropotência, composta por quatro transmissores le – Esquadrão Profeta, sediado na Base Aérea de 10.000 W de potência, 4 antenas de alto de Santa Cruz - RJ.

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Rede Profeta – Esta rede é formada por estações transportáveis que são utilizadas em operações militares, missões de ajuda humanitária e/ou desastre natural. Esta rede tem capacidade de transmitir voz e dados criptografados, além de possuir enlace automático (ALE) entre os participantes da rede, bem como, tramitar mensagens de e-mail pela rede INTRAER, através do gateway instalado no Centro de Comunicações do Esquadrão Profeta – 1º/1º GCC. Como podemos perceber, as redes HF fornecidas pelo DECEA são bem estruturadas e dispõem de inúmeros recursos para fazer uso na faixa de frequência HF. Contudo, nossas aeronaves ainda carecem de equipamentos que tenham todos esses recursos disponíveis e operacionais ao serem feitas as aquisições, seja de uma nova aeronave, seja de uma modernização. É importante que estejam alinhados os projetos de comunicação do DECEA com as necessidades operacionais do COMGAR, de forma que haja um aproveitamento dos recursos das estações de solo em sua totalidade. Como exemplo, a função SELCAL, que permite ao piloto não ficar com a fonia de HF “aberta” durante todo o voo, ouvindo todo tipo de ruído, mas sim, através de tons de áudio codificados em quatro letras, permite que sua aeronave seja chamada por meio de sinais de áudio e luminosos na cabine, alertando que alguém quer modular na sua frequência. Nas táticas, o código SELCAL dos equipamentos TW-700 são de três dígitos, não permitindo esse tipo de chamada com as aeronaves, pois elas possuem um código de quatro dígito.

REDE HF PROPOSTA PELO MD O Ministério da Defesa está em processo de desenvolvimento e implantação do Sistema Estratégico de Comunicações em Alta Frequência (SECAF). Trata-se de um sistema de comunicação que será empregado como redundância (ou como ampliação) de uma rede principal do SISMC2 (Sistema Militar de Comando e Controle) e vai interligar todos os escalões das Forças Armadas, desde o nível estratégico até o nível tático. A Rede Operacional de Defesa (ROD) disponibiliza a infraestrutura pela qual o Ministério da Defesa, provê a capacidade para o Comandante Supremo exercer o Comando e Controle dos meios a serem empregados. A ROD é 30

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a fornecedora de enlaces de comunicações de dados militares operacionais. Está estruturada como uma “Wide Area Network” (WAN), com conectividade segregada (restrita, segura e controlada) e diversificada, por meio do Sistema de Comunicações Militares por Satélite (SISCOMIS), das redes de dados das FA (RECIM, EBNET e INTRAER) e da Internet. Emprega o protocolo de endereçamento IP (“Internet Protocol”). Os sistemas de comunicações não digitais das Forças também compõem os recursos da ROD, a saber: as redes telefônicas privativas e a Rede de Telefonia Pública Comutada (RTPC). Nesse contexto, encontra-se o Sistema Estratégico de Comunicações em Alta Frequência (SECAF), que empregará, solidariamente, as redes de comunicações em alta frequência (HF, do inglês High Frequency) das Forças e a rede do Ministério da Defesa. O SECAF é um sistema integrante do SISMC² e permeia todos os níveis decisórios, do estratégico ao tático. A rede conjunta em alta frequência, a ser estabelecida, será denominada de Rede Estratégica de Comunicações em Alta Frequência (RECAF) e será composta pelas redes das FA e do MD. Assim, a RECAF é parte constituinte do SECAF, que abrange, também, doutrina, política de emprego, recursos orçamentários, equipamentos e recursos humanos. A RECAF empregará os enlaces de alta capacidade da ROD e dos enlaces em HF para conectar estações e promover o fluxo dos dados entre usuários do sistema, o que se adequaria muito ao projeto Força Aérea 100 onde teremos ALAs, nas quais não falaremos mais em um tipo específico de aviação, e sim em uma região onde exista Aviação de Caça, Patrulha, Transporte, além da Marinha do Brasil e o Exército Brasileiro, todos operando em um mesmo cenário.

SISTEMAS HF DA AERONAVE P95M Com a modernização das aeronaves do Esquadrão Netuno, os novos rádios HF instalados propiciam a possibilidade de comunicação utilizando a função Automatic Link Estabilishment (ALE), ou seja, estabelecimento de link automático. O sistema ALE permite programar o equipamento de forma que as estações emitam sounds e de forma transparente ao operador, escolham e memorizem


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a melhor frequência de operação para cada horário. Dessa forma, quando se efetuar uma chamada, o equipamento escolherá a melhor frequência da sua família e a utilizará para realizar o enlace. Os sounds são emissões de sinal teste em broadcasting que identificam as estações transmissoras e permitem as estações que recebem o sinal avaliá-lo e formar uma lista com ordem de qualidade por estação, dentro de horários estabelecidos.

tantes para integração não só do P3-AM, mas de toda aviação de patrulha que poderiam estar interligadas através do COpM, alimentando o COMDABRA com informações das operações realizadas pelos Esquadrões de Patrulha.

Referências Bibliográficas: [1] BRASIL, Comando da Aeronáutica. Curso TEL002 PAME-RJ TW-7000. 2013.

[2] Araújo, Freire Valdileide. MESTRADO EM O estabelecimento de comunicações ALE é ENGENHARIA EM TELECOMUNICAÇÕES. 2008. similar a chamadas usadas em um telefone Universidade Federal Fluninense. convencional O sistema ALE estabelece auto[3] Manual Rockwell Collins HF-9087D. maticamente uma ligação de comunicações de 2 vias. [4] CANAVITSAS, Ângelo Antônio Caldeiras. Otimização de Redes de Radiocomunicações Dispondo de inúmeros recursos que pode- em HF. Dissertação de mestrado apresentado mos explorar dos novos rádios HF de nossas ao Curso de Mestrado em Engenharia Elétrica aeronaves, a exemplo da possibilidade de do Instituto Militar de Engenharia.2000. p28. emissões de informação em dados e estabe- IME. lecimento de links ponto a ponto, certamente aumentaremos a capacidade de transferência [5] AMENDOLA, Giuseppe Vitorino. Análise de informação e estaremos aptos a integrar a do Comportamento da Ionosfera A Partir de rede já mencionada, proposta pelo Ministério Medidas em HF - Giuseppe Vitorio Amendola. da Defesa, o que se faz primordial em nossas 2003. 25p. – IME. atividades. [6] BRASIL. Ministério da Defesa. Sistema Estratégico de Comunicação em Alta Frequência (SECAF). 2016. p12. Conceito de Operações.

INTEGRAÇÃO DAS COMUNICAÇÕES [7] DANTAS, Márcio Barroso Toscano. MeENTRE OS GRUPAMENTOS ESTRATÉGIlhoria de Desempenho do Protocolo TCP em CO, TÁTICO E OPERACIONAL.

Canais de HF Via Escolha de Parâmetros e Emprego de Técnicas de Controle de Erros – IME.

Nas missões realizadas pela aviação de patrulha faz-se necessário o constante tráfego de informações de forma que as unidades de Comando e Controle possam monitorar o andamento das missões, praticamente em tempo real. Atualmente os resultados das missões só são apresentados após o seu término, dificultando o gerenciamento da missão por parte do Comando e Controle. Nesse contexto é mister um sistema robusto que garantam uma comunicação contínua, segura, e com enlaces redundantes através de uma rede que dê uma cobertura de longa distância como o sistema HF. No COMDABRA já existem estudos de instalação de um Sistema HF para troca de dados com o P3-AM e em paralelo a criação do HF Militar é uma das opções para uso do COMDABRA através da entrada na nuvem mpls do CINDACTA I, todos esses estudos são impor3º/7º GRUPO DE AVIAÇÃO

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OPERAÇÕES CONTINUADAS INTERNA

Cap Av Le

COMO TUDO COMEÇOU Em 23 de outubro deste ano comemoramos 110 anos do voo do mais pesado que o ar, e o que vimos nesse pouco mais de um século foi a maior transformação tecnológica que a humanidade presenciou. Esta, sem dúvida, foi a invenção que definiu a nossa civilização moderna, conectada, rápida, e que trouxe o conceito de globalização como nenhuma outra. A aviação transformou o modo como fazemos a guerra, e a guerra, por sua vez, mudou a aviação. Aviões mais rápidos, maiores e mais potentes combatem em guerras por todo o globo. Mas as aplicações positivas da aviação, certamente, são maiores que as negativas, de modo que, além da aviação civil, a aviação militar também auxilia a promover, manter e consolidar a paz em todo o mundo.

OPERAÇÕES DE PAZ Em um mundo marcado por conflitos em diferentes regiões, as operações de manutenção da paz das Nações Unidas são a expressão mais visível do compromisso solidário da comunidade internacional, com a promoção da paz e da segurança. Em diferentes regiões do globo, uma força militar de aproximadamente 100 mil homens atua para resolver conflitos. Deste quantitativo, cerca de 1.200 brasileiros, contribuem para promover ou manter a paz em regiões de conflito, estes são os militares da ONU cumprindo operações de paz. Estas operações são definidas pelos seguintes conceitos básicos e essenciais ao gerenciamento da paz e da segurança internacionais:

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Diplomacia preventiva;

Promoção da paz;

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Manutenção da paz;

Imposição da paz; e

Consolidação da paz.

Dentre estes, o que o Brasil utiliza, na maioria das vezes, é o conceito de manutenção da paz, que trata das atividades executadas no terreno, com o consentimento das partes, para implementar ou monitorar cessar-fogo, a separação de forças, etc., bem como acordos de paz, em complemento aos esforços políticos realizados. São empregadas, também, para garantir a segurança da assistência humanitária. Os principais exemplos são as operações realizadas pelo Brasil no Líbano (UNIFIL) e no Haiti (MINUSTAH). A natureza dessas operações evoluiu significativamente após os anos 1990, passando de


ACIONAIS

eandro Pazini Passos

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forças de interposição e observação para operações mais complexas. A importância adquirida pelas operações de paz pode ser demonstrada por números: em 1988, o orçamento da ONU era de US$ 230 milhões e, no orçamento de 2013-2014, atingiu US$ 7,8 bilhões.

O BRASIL NAS OPERAÇÕES DE PAZ Para um país historicamente comprometido com a solução pacífica de controvérsias, participar de operações de manutenção de paz é um desdobramento natural de suas responsabilidades internacionais. O Brasil já participou de mais de 50 operações de paz e missões similares, como os de Angola, Timor Leste, Líbano e Haiti, tendo contribuído com mais de 33.000 homens. Atualmente, participa com mais de 1700 pessoas em nove operações de paz, listadas abaixo e apresentadas conforme a figura ao lado: •

MINURSO (Saara Ocidental)

MINUSTAH (Haiti)

UNFICYP (Chipre)

UNIFIL (Líbano)

• MONUSCO (República Democrática do Congo) •

UNISFA (Sudão)

UNMIL (Libéria)

UNMISS (Sudão do Sul)

UNOCI (Costa do Marfim)

CENÁRIO PROVÁVEL PARA A PATRULHA Um dos prováveis cenários de emprego da viação de patrulha em Operações de Paz Internacionais é na United Nations Interim Force in Lebanon (UNIFIL) Criada pelo Conselho de Segurança (CS) em 1978, originalmente se propôs a restaurar a segurança e a paz internacional, assegurar a retirada de tropas israelenses da região meridional libanesa, e a assistir o governo do Líbano na restauração de sua autoridade. 3º/7º GRUPO DE AVIAÇÃO

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Após a crise de 2006 entre as Forças de Israel e o Hezbollah, além de reforçar a capacidade da missão, o CS adicionou ao mandato original as tarefas de monitorar a cessação das hostilidades, de apoiar o desdobramento das forças armadas libanesas em todo o Sul do país e de estender sua assistência, de modo a garantir acesso humanitário à população civil, e permitir o retorno seguro e voluntário dos deslocados.

orgânica na costa libanesa com o objetivo de impedir a entrada de armas ilegais, e contrabandos naquele país.

MTF, sendo acompanhada na sua missão por uma fragata turca, um navio patrulha grego, dois varredores e um navio de apoio logístico alemães, uma fragata indonésia, uma fragata e um navio patrulha de Bangladesh.

de ações e de Operações de Paz, a Marinha e a aviação de Patrulha estão de tal modo interligados que diversas missões cumpridas são comuns às duas, porém, são executadas distintamente, complementando-se. As mais relevantes missões são:

O diferencial desta operação de paz, e o motivo pelo qual pode ser considerada a mais propícia a engajar missões de aviação de patrulha, é que em todo o mundo, a UNIFIL é a única das Operações de Paz a contar com sua própria Força Tarefa Naval, tendo assim uma estrutura robusta, com muitos navios capazes de operar em “águas azuis”. Na MINUSTAH, As Forças Armadas brasileiras estão, desde por exemplo, existem algumas lanchas em 2011, no comando da missão de paz da Força- uso pela ONU, mas nada que, sequer, se apro-Tarefa Marítima (FTM), e da Força Interina das xime da escala e da realidade operacional da Nações Unidas no Líbano(UNIFIL). A Marinha UNIFIL. Desde o dia 7 de agosto deste ano, a do Brasil mantém um navio e uma aeronave Fragata Liberal é a Capitânia da “flotilha” da

Num cenário em que temos um brasileiro no Patrulhamento ou monitoramento de comando da MTF, a qual é capitaneada por • linha de cessar fogo ou zona desmilitarizada; uma fragata também brasileira, e que leva consigo uma aeronave orgânica, invariavel• Busca a refugiados por via marítima; mente levanta uma questão: Por que não há a participação da aviação de Patrulha da FAB, • Exercer a vigilância e o controle de dehistoricamente parceira da Marinha do Brasil, terminado espaço marítimo; nesta operação? • Atuar no espectro eletromagnético, Dentro do aspecto amplo de todos os tipos seguindo conceitos e técnicas de guerra ele34

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trônica; e • Prover apoio de fogo aéreo contra alvos navais, caso sejam imprescindíveis para o exercício do direito de autodefesa.

mesmo operar normalmente sem emprego armado. Lockheed P-3 AM “Orion”:

Mas, para cumprir estas missões, há que se ter treinamentos regulares internacionais com a OTAN, como por exemplo, o exercício UNITAS, além de equipamentos adequados, alinhados com as exigências das operações desse vulto.

E AVIAÇÃO DE PATRULHA DA FAB Atualmente, a aviação de patrulha da FAB dispõe de dois projetos, os P-95 BM, derivados dos bandeirantes da década de 60, e os P-3AM, derivados dos Electra da década de 50. Embraer P-95BM “Bandeirulha”:

Desde 1976, quando voou pela última vez o P-2 Neptune (designado P-16 no Brasil), a Força Aérea Brasileira não possuía um avião, com base em terra, capaz de cumprir as missõesASW, e, desde 1996, com a desativação dos P-16, que a FAB não cumpria missões deste tipo. Resultado de um projeto bem planejado, os P-3 Orion são o sucesso da plataforma de patrulha em todo o mundo por mais de 50 anos, e os P-3AM da FAB são os mais modernos em atuação hoje no mundo.

Em processo de modernização na FAB, receberam novos radares SEASPRAY 5000E, substituindo os antigos Super Search, aumentando sensivelmente sua capacidade de localizar, acompanhar, analisar e reconhecer alvos de superfície. Conta com a adição de novos recursos, como os imageamentos radar dos tipos I-SAR, SPOT-SAR e STRIP-SAR, funções indisponíveis nos antigos P-95A e P-95B. Porém, como não só de radar é composta uma aeronave de patrulha marítima, os P-95BM contam também com um sensor passivo, o DR 3000. Esse equipamento é capaz de detectar emissões eletromagnéticas em uma ampla faixa do espectro de frequências, permitindo a identificação dos emissores a longas distâncias.

Seu porte, permitindo o grande número de sensores embarcados, além de invejável capacidade bélica, aliado à sua enorme autonomia, permitem ao P-3AM cumprir tarefas de interdição e apoio ao combate em qualquer parte do mundo, tornando-se a opção da FAB para ser aplicado em Operações de Paz da ONU. Exemplos de envolvimento dos P-3 Orion em Operações de Paz O sucesso no uso dos P-3AM em Operações de Paz no mundo já foi comprovado por diversas nações, dentre elas Portugal.

Sempre que foi julgado necessário, os Orion Portugueses foram chamados para executar missões no âmbito da OTAN. A mais imporAs missões de paz da ONU que ocorrem em tante delas foi a Operação Sharp Guard, ensua maior parte fora do terreno americano tre julho de 1992 efevereiro de 1996, que aufazem com que a utilização da plataforma xiliou no controle marítimo do mar Adriático, P-95BM se torne mais dificultosa, em virtu- a fim de fazer cumprir o embargo de armas, de do seu raio de ação ser mais limitado e do decretado à Servia e Montenegro pela resolução das Nações Unidas. Os P-3P envolvidos 3º/7º GRUPO DE AVIAÇÃO

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efetuaram 576 missões com um total de 3712 horas de voo, quando foram investigadas mais de 12.000 embarcações, 30% das quais no período noturno, constituindo, este esforço operacional, o segundo mais elevado, logo a seguir, os EUA que também fizeram uso dos seus P-3C Orion. O envolvimento dos P-3P portugueses prossegue, desde 2003, em coordenação com meios navais na Operação Active Endeavour. A OTAN lançou esta operação como parte da guerra global contra o terrorismo. A operação começou em outubro de 2001, e ainda está em curso. A Operação Active Endeavour é baseada no direito internacional, e apoia diretamente as resoluções das Nações Unidas contra as ameaças à paz e à segurança internacionais causadas por atos terroristas. Qualquer comportamento suspeito no mar pode ser considerado como uma indicação potencial de atividades ilegais ou terroristas. Mais de 1200 militares bem treinados a bordo de navios de guerra, submarinos e aviões de patrulhamento marítimo estão inteiramente dedicados a garantir o sucesso da Operação AE, com a finalidade de participar no combate ao terrorismo internacional, a atividades ilícitas e ao controle das principais rotas marítimas comerciais, principalmente no estreito de Gibraltar e no Mediterrâneo ocidental. Esta operação é uma importante contribuição para a paz, estabilidade e segurança de todas as nações e povos da região do Mediterrâneo, sendo executada com o auxílio eficaz do poderoso P-3 Orion, comprovando que, se não com os P-95 a bordo dos P-3AM, podemos cumprir missões em Operações de Paz Internacionais.

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Referências Bibliográficas 1. • http://www.emgfa.pt 2. • http://www.abrapat.org.br 3. • http://www.defesa.gov.br 4. • http://www.itamaraty.gov.br 5. • Revista Nação e Defesa nº123, Verão de 2009, Portugal 6. • Revista Dossiê Super Interessante, edição 363A, julho 2016, Brasil


MISSÃO DE BUSCA E SALVAMENTO NO 3º/7º GAV

Esquadrão Netuno

COMO NOVAS TECNOLOGIAS PODEM AJUDAR NAS MISSÕES DE BUSCA E SALVAMENTO. Tudo pode acontecer. Tudo e em qualquer parte do mundo, a qualquer hora, com qualquer pessoa, em qualquer ocasião. De ótimos acontecimentos à outros potencialmente indesejáveis. E mesmo nas piores situações, NUNCA devemos ficar de braços cruzados, pois sempre existirá uma ação corretiva ou atenuadora a ser tomada. É por isso que, em todo nosso mecanismo social, existem profissionais, de diversas áreas, PRONTOS, em sua maioria 24 horas diárias e que nunca

1º Ten Av Bruno Mendes

sabem o momento exato no qual deverão empregar todo o conhecimento aprendido em anos de estudo, em prol de um objetivo extremamente desejado, que os motiva a nunca desistir de alcança-lo.

sua maioria para todos estes e outros aqui não citados, trata de salvar o bem mais precioso do mundo: a própria vida. É por este motivo que, localizado nesta imensa hiléia amazônica, encontra-se de Médicos, enfermeiros, prontidão, em regime de 24 bombeiros, motoristas de horas diárias, o 3º/7º GAV que, ambulância, resgateiros, poentre outras ações, é capaciliciais, militares e pilotos mitado para realizar uma das litares entre tantos outros, mais nobres Ações de Força são alguns desses abnegados Aérea: Busca e Salvamento. profissionais cuja motivação Missões de Busca são lonrelaciona-se com um objetivo gas, cansativas e exigem mor de sua profissão, que em

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grande adestramento e preparo da tripulação. E como atingir o nível adequado para a execução de tamanha tarefa? Com muito TREINAMENTO Anualmente horas e horas em treinamento aéreo e instruções em sala de aula são dedicadas para a sedimentação da doutrina SAR e de todos os procedimentos a serem adotados por cada tripulante em caso de acionamento real. Cada função tripulada trata de conhecimentos distintos tanto no plano teórico quanto prático. Em um único vôo de treinamento, por exemplo, é possível ocorrer até quatro instruções simultâneas, cada uma em seu posto nas funções de piloto, mecânico, operador radar e observador SAR. Pratica-se, por exemplo, a manutenção do voo nivelado a 500 pés acima do nível do mar (pilotagem), o cálculo das velocidades de estol para diversas inclinações de asa (mecânica de voo), a operação do Small Target Mode do SeaSpray 5000E(operação do radar) e a aferição da distância lateral da aeronave a partir das janelas laterais (ob-

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servação SAR). Cada função tripulada no P-95BM é essencial para a viabilidade da missão, trazendo, deste modo, a nítida realidade sobre como trabalhamos: em equipe! A tarefa é árdua, porém muito envolvente. A ideia de poder localizar um náufrago ou uma embarcação a deriva torna-se fascinante à todos aqueles engajados na missão. Por uma única e preciosíssima vida, a missão deixa de ser um simples dever tornando-se uma necessidade ideológica de todos os envolvidos. É uma verdadeira corrida contra o tempo, a qual exige decolagem em até 50 minutos após o acionamento. A maioria de nós não possui a menor ideia do que é estar aguardando um resgate. Se acontecesse, com certeza não gostariamos que demorasse, pois sobreviver em condições adversas torna-se uma tarefa cada vez mais complicada. Por isso na missão de busca, cada minuto de atraso pode fazer toda a diferença, visto que fatores naturais como cor-

renteza de águas marítimas e meteorologia bem como a própria capacidade de sobrevivência humana pós-sinistro, acabam por tornar-se determinantes para o sucesso da missão. Ser encontrado e resgatado é como nascer novamente. É, literalmente, ganhar uma segunda chance. São poucos aqueles que sabem da sensação de ser encontrado após horas ou até dias perdidos em um ambiente potencialmente hostil. É, sem dúvidas, uma das maiores felicidades que um ser humano possa ser capaz de sentir, sabendo que poderá rever todos aqueles que ama e dará continuidade a todos os sonhos que idealizou não imaginando que poderia passar por tal situação. Não existe gratificação maior do que poder dar esta segunda chance, poder dar tamanho presente a alguém. Nós, da aviação de patrulha, temos somente um pedido a fazer para qualquer um que passe por uma sobrevivência: JAMAIS PERCA A ESPERANÇA! O socorro sempre estará a ca-


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minho. Será uma satisfação imensurável ouvir de quem tanto esperou: “EU SABIA QUE VOCÊS VIRIAM!”

COMO NOVAS TECNOLOGIAS PODEM AJUDAR NA MISSÃO DE BUSCA

O Novo Seaspray 5000E E A Missão De Busca No primeiro semestre deste ano, o 3º/7º GAV teve o grande prazer de receber a sua primeira aeronave modernizada, o FAB 7100, trazendo para todos os que tripulam este vetor, maior operacionalidade e tecnologia. Entrando em detalhes, os ganhos foram diversos, incluindo modernos sistemas de monitoramento dos parâmetros de motor assim como instrumentos de voo, novo sistema de navegação, novo piloto automático, todos estes assim “linkados” com os visualmente elegantes, CMFD’s, que são os displays em telas de LCD no total de 04, agora alocados no painel do P-95 BM, deixando no passado os tão voados “relojinhos”, estes que cumpriram muito bem a missão que um dia lhes pertenceu. Tratando-se de novos equipamentos, nós, pilotos deste esquadrão, concordamos unissonamente quanto ao maior ganho tecnológico obtido na nova aeronave, o RADAR SEASPRAY 5000E, sendo o principal equipamento a bordo necessário para o cumprimento de nossas missões operacionais e o grande divisor de águas na modernização. O Radar Seaspray 5000E utiliza uma antena com tecnologia AESA (Active Electronically Scanned Array – Matriz de Varredura Eletrônica Ativa), que fornece um sistema de baixo custo e com uma vasta gama de detecção de

alvos, incluindo os de menor porte. Trata-se de um conjunto leve e altamente confiável, cujo sistema, distinguindo-se de seu antecessor, não requer conexões de guia de onda, o que traz maiores facilidades para a sua manutenção. Possui vários modos de operação, sendo alguns destes, novidade para o esquadrão e para a gama de missões operacionais executadas até o presente tempo de vida do projeto P-95. Além de modos de detecção precisos, capazes de encontrar alvos de diversos vultos e tipos (marítimos de pequeno e grande porte, terrestres e até aéreos), traz em suas capacidades, como maior implemento da modernização, os modos de imagem SPOT SAR, STRIP SAR e ISAR. Estes modos estendem a operacionalidade da aviação de patrulha em áreas dantes não exploradas, pois antes todo o conjunto de capacidades baseava-se somente na detecção, sendo agora plenamente possível obter imagens do terreno e de embarcações bem como outras informações de importância relevante. Quanto à evolução de funções dantes executadas pelo antigo radar, a nova precisão de detecção mostra-se muito além do esperado quando selecionado o modo STM(Small Target Mode), este que explora a capacidade da antena em diversos ângulos e variações de sinais de modo automático com o objetivo de buscar qualquer vulto, por menor que seja, na superfície do mar ora iluminada. Neste momento, o operador visualiza de tudo, desde bóias de balizamento a até pequenos barrancos de areia. Além das novas Capacidades de “Imageamento” e de busca de alvos de menor porte, o Seaspray 5000E incorpora modos de detecção de emissões SART-Search and Rescue Transponder (Transponder de Busca e Resgate). Muitos equipamentos de sobrevivência tanto de embarcações como de aeronaves (botes de sobrevivência ou coletes) possuem um transmissor de sinal de emergência sendo, agora, possível saber precisamente a localização deste sinal mesmo em condições meteorológicas adversas ou em período noturno. Mais uma vez, localizar e resgatar mostra-se cada vez mais viável com o novo equipamento. 3º/7º GRUPO DE AVIAÇÃO

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Além disso, a capacidade de detecção do radar relaciona-se o sistema AIS (Automatic Identification System), este que funciona embarcado aos navios mercantes com função semelhante a dos transponders em aeronaves, porém com vulto maior de informações, transmitindo, além da posição e do deslocamento, dados de identificação das embarcações (Número IMO, Código Internacional, Porto de registro). Tantas informações contam com uma interface de excelente acessibilidade, levando o operador a obter uma capacidade de vigilância que simplifica drasticamente o processo de tomada e decisão. Para facilitar as buscas, nossa aeronave conta com marcadores de mar pirotécnicos, lançado pelos observadores quando visualizado o objetivo da missão bem como, com o para-quedas iluminativos, cuja função possibilita a observação de alvos na superfície do mar em período noturno tanto a partir da aeronave quanto de alguma embarcação que possa estar apoiando a operação. Outro detalhe é a nova janela de observação, tipo bolha, cuja circunferência maior traz um incremento na capacidade de varredura dos observadores. Ainda há muito a ser feito diante de todas as mudanças agregadas à aviação de Patrulha. Novas capacidades nos revelam novos horizontes de estudo e aperfeiçoamento para emprego operacional. A renovação tecnológica faz parte do processo evolutivo que esta Força vive. E nós, tripulantes da Aviação de Patrulha também nos renovamos e evoluímos juntos

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PATRULHA EM OPERAÇÕES INTERAGÊNCIAS Maj Av MARCELO DE CARVALHO TROPE Grande autonomia, diversidade de sensores e uma equipe multidisciplinar à bordo da aeronave. Somente estes argumentos seriam capazes de justificar os motivos que fazem com que as aeronaves de patrulha sejam empregadas em um número cada vez maior de missões em Operações Interagências, sejam elas em ambiente marítimo ou não. Em tempos de paz, o apoio das Forças Armadas às agências governamentais se torna cada vez mais comum, e como poderemos ver nesse artigo, os ganhos são importantíssimos para ambas as partes.

O Ministério da Defesa, define na publicação MD33-M-12 que:

“...o termo interagências surge, então, da parceria e união de esforços de órgãos governamentais e não governamentais estruturados para alcançar objetivos políticos e estratégicos de interesse nacional, harmonizando culturas e esforços diversos, em resposta a problemas complexos, adotando ações coerentes e consistentes.”(MD 33-M12, 2012) 3º/7º GRUPO DE AVIAÇÃO

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realizada por nossa aviação por várias décadas, quando da realização das “Operações Atlântico”, conhecida na Marinha do Brasil por PAT NAV – Patrulha Naval. Nestas operações, as aeronaves de patrulha atuam em conjunto com embarcações da Marinha no acompanhamento do tráfego marítimo nas águas jurisdicionais brasileiras e também em apoio de agências As agências são fortalecidas com o apoio governamentais, na fiscalização de diversos militar, com pessoal motivado, bem treina- ilícitos tais como, poluição do mar, pesca iledo e com equipamentos, na maior parte das gal e outros crimes passíveis de serem realivezes, superior ao encontrado no meio civil, zados na extensa “Amazônia azul”. tanto em quantidade como em qualidade. Já Outro exemplo clássico do uso das Forças para as Forças militares, este tipo de ação re- Militares em apoio às agências governamenpresenta treinamento real para o tipo de con- tais são as Operações Ágata, nas quais as flito mais encontrado na atualidade, a guerra Forças Armadas se unem às Forças de seirregular. gurança do Governo no combate aos crimes Neste contexto temos a inserção da aviação de patrulha neste tipo de operação. Aliando as características de Força Aérea de mobilidade e velocidade à grande autonomia inerente aos vetores dessa aviação. Desta forma, é possível efetuar as decolagens e pousos em localidades distantes da cena de ação, restando ainda uma permanência operacional que permita a execução de uma vigilância efetiva, em uma altitude fora do raio de detecção visual e/ou auditiva por parte dos agentes adversos. Além disso, com as novas tecnologias advindas da implantação da aeronave P-3AM e da modernização dos Bandeirulhas, foram expandidos os horizontes de emprego das aeronaves de patrulha, gerando um número cada vez maior de possibilidades de uso operacional em missões realizadas sobre a terra. 42

Este tipo de ação já vem sendo

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transfronteiriços. Neste contexto, temos o emprego das aeronaves P-3AM desde 2012, operando na fronteira seca, utilizando seu RADAR de abertura sintética e equipamento OIS na obtenção de imagens para posterior análise, ou até mesmo em tempo real, aproveitando sua ampla autonomia para reforçar a vigilância de nossas fronteiras.

Com a função MTI – Move Target Indication, presente nos Radares SAR do P-95 e P-3, é possível identificar alvos em movimento, mesmo em locais cobertos por vegetação. Além disso os sistemas aeroembarcados permitem a visualização de diversas cartas de navegação, inclusive mapas rodoviários, aumentando em muito a consciência situacional das tripulações e das agências envolvidas. O incremento do OIS nas aeronaves P-3AM e a melhoria da capacidade das câmeras foto-


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gráfica digitais nas aeronaves P-95 proporcionaram vários ganhos operacionais aos vetores de patrulha, ampliando a capacidade destas aeronaves em missões de reconhecimento e vigilância, perfis de missão tipicamente utilizada em ações realizadas em conjunto com as forças de segurança. Com as novas máquinas fotográficas digitais, e principalmente com as câmeras de TV e Infra-vermelho contidas no equipamento OIS do P-3, é possível identificar o objetivo da missão à grandes distâncias, permitindo que a aeronave de patrulha se mantenha furtiva, ou que pelo menos seja bastante difícil associar a rota da aeronave com a investigação do ilícito, fatores primordiais para a manutenção do “efeito surpresa”, essencial para o sucesso da missão. A inserção de um equipamento OIS nas aeronaves P-95, em estudo pelo COMGAR, também propiciaria o aproveitamento dos “Bandeirulhas” neste tipo de missão, aumentando consideravelmente o “leque” de emprego operacional dessa aeronave. Com as câmeras TV do OIS é possível fazer o acompanhamento de viaturas isoladas ou em comboio, direcionando as forças policiais em solo para a abordagem. Além disso, os avançados sistemas de missão encontrados nesses aviões, permite o carregamento de diferentes tipos de cartas digitais nas aeronaves, como

por exemplo, mapas rodoviários, que possibilitam um considerável aumento da consciência situacional dos tripulantes. No Manual de Fundamentos do Exército Brasileiro – Operações, vemos a necessidade da adequação dos nossos equipamentos para prover o apoio às operações interagências:

“No ambiente operacional contemporâneo, as operações militares conduzidas no ambiente Interagências surgem como a pedra angular desse novo cenário, passando a exigir dos vetores militares novas arquiteturas, linguagem e mentalidade para lidar com as agências civis, no compartilhamento de metas e na busca de unidade de esforços, de forma sinérgica, em ações que abrangem impositivamente todas as expressões 3º/7º GRUPO DE AVIAÇÃO

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do Poder Nacional.”(EB-20 -MF, 2014). Assim, podemos concluir a perfeita adaptabilidade das aeronaves de patrulha e suas tripulações neste contexto. Aeronaves versáteis, que propiciam aos seus tripulantes grande consciência situacional no Teatro de Operações, em missões onde o “inimigo” não está perfeitamente identificado, fazendo com que a velocidade de obtenção de informações , e o efeito “surpresa” sejam essenciais para o sucesso da missão.

REFERÊNCIAS [1] Manual MD33 - Garantia da lei e da Ordem [2] Manual de Fundamentos EB20-MF

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Prêmio Brigadeiro Magalhães Motta

Elaborado pela ABRA-PAT, o prêmio Brigadeiro Magalhães Motta, de caráter voluntário, visa estimuar os jovens integtrantes da Aviação de Patrulha, a colocar no papel suas idéias com vistas ao engrandecimento e autoconhecimento da gloriosa aviação.

ções sobre como participar e enviar o seu texto, a Seção de Comunicação Social do 3º/7º GAV está disponível através dos seguintes contatos: (91)3182-9568 e scmd37gav@babe.aer.mil.br

Foram estabelecidos critérios, orientações e adequações a serem compartilhadas com as Unidades Aéreas de Aviação de Patrulha. O ganhador do Prêmio Brigadeiro Magalhães Motta de 2017 receberá R$3.500,00 (três mil e quinhentos reais), e para isto deverá concorrer com um texto de tema livre, desde que relacionado com a Aviação de Patrulha e observados os critérios de avaliação previstos. Poderão concorrer às premiações todos os Associados adimplentes, bem como militares do efetivo do das Unidades Aéreas da Aviação de Patrulha ou de seu Quadro de Tripulantes (QT). Os trabalhos devem estar na ABRA-PAT até a 14 de março de 2017 e para mais informa-

Brigadeiro Magalhães Motta

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