Literacia da informação

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE S. PEDRO DO SUL ESCOLA SECUNDÁRIA AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE S. PEDRO DO SUL

2014/2015

ESCOLA SECUNDÁRIA DE S. PEDRO DO SUL

LITERACIA DA INFORMAÇÃO Um desafio da Biblioteca Escolar

Biblioteca da Escola Secundária


Literacia da Informação: Um Desafio da Biblioteca Escolar ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Índice 0. NOTA PRÉVIA ................................................................................................... 3 I – PESQUISAR ..................................................................................................... 3 1. COMO PESQUISAR NA BIBLIOTECA ? ........................................................................ 3 1.ª Etapa: catálogo........................................................................................................ 3 2.ª Etapa: sala ............................................................................................................... 4 3.ª Etapa: estantes........................................................................................................ 4 4.ª Etapa: encontrar o documento ............................................................................... 5 5.ª Etapa: em contacto com o livro .............................................................................. 6 2. COMO PESQUISAR NA INTERNET? .......................................................................... 6 3. OS MELHORES MOTORES DE BUSCA (SUGESTÕES) ........................................................ 8 4. AS REDES SOCIAIS ........................................................................................... 10 4.1. Conceito e caraterísticas ..................................................................................... 10 4.2. Impacto na educação .......................................................................................... 11 4.3. Como utilizar? ...................................................................................................... 12 4.4. Redes sociais mais utilizadas ............................................................................... 13 5. ASPETOS A TER EM CONTA NA PESQUISA PELA INTERNET ............................................. 14 5.1. Questões prévias ................................................................................................. 14 5.2. Hiperligações e hipertextos ................................................................................. 15 5.3. Tratamento da informação.................................................................................. 16 II – ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ......................................................................................... 17 6. BIBLIOGRAFIA E CITAÇÕES .................................................................................. 17 6.2. Organização da lista de referências bibliográficas .............................................. 18 7. ORIENTAÇÕES IMPORTANTES .............................................................................. 25 CONCLUINDO .................................................................................................... 28 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 29

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0. NOTA PRÉVIA Na pesquisa e na organização do trabalho escolar devem ser tidos em conta os aspetos apontados pelo professor (ou pela entidade que o solicitou), tais como: tema, limites temporais ou espaciais condicionantes do tema, número de páginas, tipo de fontes de informação a privilegiar, prazos a cumprir, modo de apresentação (formato de folha, tipo e tamanho de letra, espaçamento entre linhas, margens – superior, inferior, esquerda, direita – modo de paginação, estrutura, …) e as partes do trabalho (folha de rosto, sumário/resumo, índices, introdução, desenvolvimento, conclusão – ou similares – e anexos, se for o caso). É, ainda, de ter em conta a fiabilidade dos documentos a consultar e as condições de elaboração (Ex: quando remetem para fim de século ou usam a expressão “no século passado”, temos que saber a que século se referem!).

I – PESQUISAR

1. Como pesquisar na biblioteca?

1.ª Etapa: catálogo

Um livro catalogado recebeu a etiqueta que o identifica. Tal identificação é constituída por números / letras, que estão anotados na lombada do livro, e de acordo com o catálogo informatizado. Há três maneiras possíveis de procurar o mesmo livro: apelido/nome do autor; título do livro; e assunto. O ficheiro existe em suporte digital. Na biblioteca, a consulta e requisição de livros é feita em presença, in loco, nas estantes ou catálogo informatizado, num computador disponibilizado para o efeito. Também é possível a consulta online, através do Blog da Biblioteca (http://biblioteca-essps.blogspot.pt/) ou diretamente a partir

da

consulta

do

catálogo 3

das

escolas

na

RBE


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(http://catalogos.rbe.mec.pt/bibliopac/bin/wxis.exe/bibliopac/?IsisScript=bibliopac/bi n/bibliopac.xic&db=DB1816369&lang=P&start=cfg2-drec1). Existem pelo menos três vias diferentes para consultar ao mesmo livro. Podemos, por exemplo, procurar livros de Aquilino Ribeiro, indo ao catálogo informatizado e online e procurando por RIBEIRO, no campo Autor. Podemos encontrá-lo pelo título O MALHADINHAS, no campo Título. E ainda como LITERATURA PORTUGUESA, de entre outros, no campo Assunto. Em todas essas pesquisas, encontrarás a Localização do livro, um código com números e letras – na parte inferior da lombada.

2.ª Etapa: sala

A biblioteca tem duas salas com vinte e cinco estantes – ou secções, – destinadas aos vários assuntos, como “História”, Geografia e Ciências Sociais” ou “Filosofia e Literatura” ou “Literatura Juvenil”. Cada classe da CDU está identificada com uma cor. Basta ir à estante que corresponde à cor/assunto do livro. Caso não saiba como foi classificado (alguns livros podem ser classificados de mais de uma maneira), descobriremos isso através da cor/ número/letras que o identificam.

3.ª Etapa: estantes

As estantes têm etiquetas identificativas com uma cor e um número que indicam a classe a que pertencem os livros. Utiliza-se habitualmente a CDU (Classificação Decimal Universal) – um esquema internacional de classificação de documentos. Baseia-se no conceito de que todo o conhecimento pode ser dividido em 10 grandes classes, e estas podem ser infinitamente divididas numa hierarquia decimal. Assim, e tendo em conta a CDU na Biblioteca a ordem de distribuição é a seguinte:

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0. (cor-de-rosa) Generalidades. Informação. Dicionários. 1. Filosofia. Psicologia (amarelo). 2. Religião. (branco) Teologia. 3. (cor de laranja) Ciências Sociais. Sociologia. Economia. Direito. Política. Assistência Social. Educação. 4. Classe vaga. 5. (castanho) Ciências Naturais e Exatas. Matemática. Física. Biologia. Geologia. 6. (vermelho) Ciências Aplicadas. Medicina. Tecnologia. 7. (cinzento) Arte. Fotografia. Escultura. Pintura. Filmes. Documentários. Desportos. 8. (verde) Literatura. Linguística. 9. (azul) História. Geografia. Biografia. Regionalismos.

4.ª Etapa: encontrar o documento

Se tiver dificuldade em encontrar o que procura, não hesite em pedir ajuda à equipa da Biblioteca Escolar. Depois, perante o livro, na parte inferior da lombada, a uma distância uniforme, encontramos a cota (termo vulgarmente usado para designar a coleção de uma obra; é constituída por símbolos – letras, números ou ambos – e permite encontrá-la na estante; faz a conexão entre o catálogo e a estante). Por exemplo, a etiqueta 821.134.3 RIB, com três elementos cada um em sua linha, indica-nos a área de conhecimento (8 é linguagem, linguística e literatura), com a especificação em que se integra o livro, o nome do autor (RIB, de Ribeiro) e a referência ao título do livro com as três primeiras letras em maiúscula, neste caso MAL, de “O Malhadinhas”. Se o livro procurado não estiver na estante, pode ser que tenha sido requisitado/emprestado ou ainda não ter sido recolocado. Como utilizador, para fazer o empréstimo de um livro, é preciso fazer a requisição no balcão de atendimento. É possível efetuar duas renovações. O empréstimo só pode ser renovado quando a devolução é feita dentro do prazo. Há que ter em conta o Regulamento próprio da Biblioteca Escolar e o Manual de Procedimentos. Para informações mais precisas, é preciso deslocar-se à biblioteca e fazer a consulta.

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5.ª Etapa: em contacto com o livro

Consultar o índice;

Ler a introdução e paratextos que possam ajudar à contextualização;

Ler o(s) capítulo(s) que seja(m) de interesse para a pesquisa;

Fazer apontamentos, vulgo tirar apontamentos (transcrevendo entre aspas segundo as palavras textuais, referenciando a(s) página(s) e outros elementos das referências bibliográficas, como se verá algures);

Em alternativa, fazer resumos dos textos lidos, inserindo uma ou outra citação conforme o referido atrás. O mesmo percurso de leitura deve fazer-se com revistas, boletins e jornais e

com os apontamentos como se acabou de referir.

2. Como pesquisar na Internet?

Alguns conceitos básicos: O lugar de armazenamento da informação na Internet chama-se URL (Uniform Resource Locator). Normalmente chama-se-lhe endereço, site ou sitio e é o conjunto de carateres, sem espaços entre si, que aparece na barra de endereço do navegador, por exemplo: http://www.aesps.pt/. As letras http:// significam tratar-se de um documento hipertexto – são assim designados os documentos da Internet. WWW significa World Wide Web ou “ rede de alcance mundial”. Nos navegadores atuais, não é necessário digitar http://, se o endereço começar por “www”. O nome que se segue a www. é chamado de domínio e costuma ser o nome da página ou da instituição a que pertence. A extensão do domínio (as duas ou três letras finais) significa, em geral, o tipo ou o fim da organização, empresa ou indivíduo que o utiliza. Assim: org – organização não-governamental; gov – governamental; mil – militar; com – comercial; edu – educação; tur – turismo. A 6


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extensão pode também indicar a localização geográfica (país) da organização, ex: “pt” (Portugal) “co.br” (Brasil), “es” (Espanha) “org.ar” Argentina, “uk” (United Kigdom) “de” (Deutschland/Alemanha), … . Para evitar que o motor de busca encontre páginas onde aparecem palavras “sistema”, “nacional”, saúde”, independentemente da relação entre elas, deve-se especificar a busca como frase, colocando-a entre aspas (“ ”). Assim, o motor só devolverá páginas onde as três palavras aparecem juntas. Deve-se evitar a utilização das palavras de ligação de, com, a, o, …, embora a maior parte dos motores de busca as ignore. Pode-se também incluir um sinal de mais (+) sem parêntesis ou menos (-) para adicionar ou excluir palavras. Por exemplo, para pesquisar “sistema nacional de saúde” e não querer páginas referentes ao Brasil, deve-se adicionar “- Brasil” juntamente com o termo pesquisado. O sinal (+) condiciona as respostas ao aparecimento do termo no corpo do texto. Por exemplo, se à expressão “sistema nacional de saúde” se acrescentar “+ portugal”, só aparecem páginas que, além de “sistema nacional de saúde”, têm também no seu texto a palavra Portugal. A inclusão e a exclusão de termos podem ser usadas na mesma busca. Por exemplo: +Portugal” sistema nacional de saúde”- brasil-angola. Os motores de busca, na sua grande maioria, ignoram letras maiúsculas e minúsculas, as acentuações de língua portuguesa (´), (`), (“), (^), (~) e interpretam “ ç” como c. Existem também alguns motores de busca que procuram palavras que começam pelo termo especificado, usando o sinal (*) no meio de palavras. Exemplo: para procurarmos trabalho, trabalhadores, trabalhadora, trabalhismo, …, poderemos escrever “trabalh*” Pode ainda usar-se a lógica boleana (AND, OR, NOT, NEAR). Vários motores de busca usam operações boleanas ou de proximidades ao mesmo tempo que os sinais “+” e “-“. O emprego da lógica boleana pode dar mais especificidade à busca. Exemplos de operações boleanas básicas: •

Se escrevermos “AND sistema AND saúde”, serão mostradas todas as páginas que contenham ambos os termos “sistema” e “saúde”.

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Se escrevermos “OR sistema OR saúde”, serão mostradas todas as páginas que contêm apenas uma das palavras.

Se escrevermos “AND sistema AND NOT saúde”, serão mostradas as páginas que contêm “sistema” e excluem “saúde”.

Se escrevermos “NEAR sistema NEAR saúde”, serão mostradas as páginas que contêm essas palavras próximas uma da outra - dez carateres de distância. Alguns motores usam parêntesis para buscas mais complexas: (sistema OR

saúde AND nacional) encontrará páginas que contém “sistema” ou “saúde” em combinação com a palavra “nacional”. Caso ainda não tenha uma ideia clara sobre o tema que pretende investigar, pode iniciar uma pesquisa através dos diretórios dos motores de busca. Nos diretórios, as páginas estão agrupadas por assuntos. Em geral, na primeira página do motor de busca há uma ligação para o seu diretório – caso o possua. Vejam-se, mais adiante, quais os principais diretórios. Depois de se pesquisar o termo, certamente irão aparecer dezenas, centenas ou até milhares de páginas que incluem esse tema no seu texto. Como rapidamente se descobrirá, muita da informação apresentada não se relaciona com o assunto pesquisado e existe também o problema de saber se se pode confiar nas informações que a página apresenta: podem não ser de autores idóneos ou estar desatualizadas.

Assegurar a informação e a sua fiabilidade

3. Os melhores motores de busca (sugestões)

Portugueses •

aeiou (www.aeiou.pt)

netindex (www.netindex.pt) 8


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sapo (www.sapo.pt)

tumba (www.tumba.pt) Brasileiros

Aonde (www.aonde.com.br)

Guiaweb (www.guiaweb.com) Estrangeiros (outros) com versão em língua portuguesa

Altavista (http://pt.altavista.com)

Google (http://www.google.pt) – o mais utilizado entre nós

Google Académico (http://scholar.google.pt/)

Yahoo (http://br.yahoo.com) Estrangeiros e em língua estrangeira

All the web (http://www.alltheweb.com)

Teoma (http://www.teoma.com) Diretórios portugueses

Aeiou (www.aeiou.pt)

Netindex (www.netindex.pt)

Sapo (www.sapo.pt) Diretórios mantidos por profissionais

Librarians’index to the Internet (http://lii.org)

VirtualLRC (http:// virtuallrc.com)

ALL Learn (http://www.alllearn.org/er/directories.cgi)

About (http://home.about.com/index.htm) (cf Macedo, s/d; Pinto, 2008)

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4. As Redes Sociais

4.1. Conceito e caraterísticas Rede social é uma estrutura composta por pessoas ou organizações, ligadas por um ou vários tipos de relações, que partilham valores e objetivos comuns. Uma das suas caraterísticas fundamentais é a sua marca de abertura e porosidade, possibilitando relacionamentos horizontais e não hierárquicos entre os participantes. Apesar da importância da abertura e porosidade da rede, a conexão fundamental entre as pessoas dá-se através da identidade. "Os limites das redes não são limites de separação, mas limites de identidade. (...) Não é um limite físico, mas um limite de expectativas, de confiança e lealdade, o qual é permanentemente mantido e renegociado pela rede de comunicações." (vd Wikipédia, a enciclopédia livre, 2010) As redes sociais online podem operar em diferentes níveis, como, por exemplo, redes de relacionamentos (Facebook, Instagram, Orkut, MySpace, Twitter, Badoo, Meetic), redes profissionais (LinkedIn), redes comunitárias (redes sociais em bairros ou cidades), redes políticas, entre outras, e permitem analisar a forma como as organizações desenvolvem a sua atividade, como os indivíduos alcançam os seus objetivos ou medir o capital social – o valor que os indivíduos obtêm da rede social. As redes sociais têm adquirido importância crescente na sociedade contemporânea. São caraterizadas em primeiro lugar pela autogeração do seu desenho, pela sua horizontalidade e descentralização. Um ponto em comum entre os diversos tipos de rede social é o da partilha de informações, conhecimentos, interesses e esforços em busca de objetivos comuns. A intensificação da formação das redes sociais, nesse sentido, reflete um complexo processo de fortalecimento da sociedade civil, num contexto de maior participação democrática e mobilização social.

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4.2. Impacto na educação 4.2.1. Vantagens das redes sociais aplicadas no ensino Estas são algumas das vantagens obtidas na utilização das redes sociais quando aplicadas no ensino: 

O aluno passa a ter um papel mais ativo na etapa de aprendizagem;

É maior a colaboração e a partilha de ideias entre colegas e entre alunos e docentes;

Qualquer cidadão pode criar e enviar textos, áudio e vídeo para a Internet;

Torna-se fácil a ligação entre pessoas com perfis idênticos, visto que estas redes têm uma descrição dos interesses dos criadores, dos seus gostos e preferências;

Permite-se que duas ou mais pessoas editem um documento em tempo real na Internet, que poderá ser integrado em trabalhos a desenvolver (projetos colaborativos);

A motivação do aluno aumenta quando a sua escrita passa a ser lida por milhares de pessoas em vez de apenas por algumas.

4.2.2. Desvantagens das redes sociais aplicadas no ensino Apesar de existirem algumas desvantagens na utilização destas redes no processo de ensino/aprendizagem, nomeadamente o facto de este sistema poder causar um certo “afastamento físico” entre o professor e o aluno, sendo a sua relação e cooperação feita somente numa vertente virtual. Outro aspeto é o isolamento do utilizador do mundo e das pessoas que o rodeiam, inclusive a família, os amigos e até as pessoas do seu local de trabalho ou de ensino. (vd Yahoo, 2013). É conveniente ter em conta que as redes são um meio facilitador. Nunca podem substituir o elemento humano nem devem ser utilizadas de forma acrítica. Por outro lado, há que acautelar a tendência para a criação de dependências. O utilizador não pode deixar de ser “senhor de si”.

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4.3. Como utilizar? a) Habitualmente começa-se pela abertura de conta de utilizador ou registo, na página visualizada, carregando os dados solicitados e criando “login” e palavra-passe (ou password). b) No entanto, a maior parte das vezes somos solicitados através de convite/pedido de amizade (a confirmar ou a rejeitar) ou por indicação profissional (recomendação) ou notificação social, após o que passamos ao procedimento da alínea a). c) Consequentemente, compete-nos explorar as possibilidades oferecidas pelo site, como: visualização de perfil, cronologia e fotos de utilizador; leitura de suas mensagens; inserção de mensagens nossas nas respetivas caixas de texto; inserção de fotos, gravuras, esquemas, PowerPoint, áudio, vídeo; estabelecimento de trocas de mensagens; conversas bilaterais e multilaterais (videoconferência). d) É, entretanto, conveniente ter os seguintes cuidados: 

Não fornecer inadvertidamente dados pessoais (A não ser que seja claramente necessário, evitar disponibilizar informações que possam levar desconhecidos a encontrar o utilizador, como por exemplo dados sobre o local onde reside ou trabalha, números de telefone, …);

Não aceitar pedidos de amizade se o conteúdo da página deixar o utilizador desconfortável (Se o utilizador receber um pedido de amizade na sua página pessoal, deverá ver sempre a página da pessoa que o enviou, ler o que ela escreve, ver as suas fotografias e ler os comentários deixados por outros utilizadores);

Não responder a comentários ou conteúdos ofensivos (Se alguém colocar um comentário ofensivo no seu perfil, deve apagá-lo e eliminar o autor da sua lista de amigos);

Ter em conta que os dados não são privados (A regra de ouro é: tudo o que for colocado na Internet deixa de ser privado, mesmo que o perfil do utilizador esteja definido como privado, dado que nada impede que quem tenha acesso autorizado ao mesmo possa copiar os seus conteúdos e enviá-los a terceiros).

Colocar os perfis como privados (Alguns sítios Web optam por considerar privados os perfis dos utilizadores de uma determinada faixa etária, bloqueando-os do acesso 12


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geral, pelo que os dados das páginas privadas apenas são visíveis pelas pessoas na lista de amigos desse utilizador, o que lhe proporciona uma segurança adicional). 

Aceitar apenas utilizadores que conhece pessoalmente (Se o utilizador apenas aceitar ter na sua rede de amigos aqueles que já conhece pessoalmente, fica muito diminuída a probabilidade de ser abordado por um predador online), ou até de ser vítima de cyberbullying.

Não aceitar conhecer os amigos virtuais pessoalmente (Nem toda a gente é na realidade o que diz ser na Internet).

Cuidado com as fotografias (Fotografias reveladoras do local onde foram tiradas podem tornar um utilizador jovem vulnerável a encontros pessoais por parte de predadores online. Outra forma de vulnerabilidade prende-se com a colocação de fotografias de natureza provocante, com o objetivo da procura de afirmação/aceitação social através da exposição do corpo, o que pode transformar o utilizador em alvo do desejo de indivíduos ou grupos mal-intencionados – redes de trafico de seres humanos).

Não colocar informações sobre terceiros, que os possam prejudicar (O utilizador deve estar atento para não colocar na sua página pessoal dados que revelem informações sobre os amigos, pois se elas puderem levar à sua identificação, podem colocá-los em perigo desnecessário). (cf Internet, segura, 2007) 4.4. Redes sociais mais utilizadas O Facebook lidera as redes sociais mais usadas no Brasil e Portugal. A língua portuguesa é atualmente o terceiro idioma mais usado nesta rede social. Com base em dados de fevereiro de 2013, o posicionamento das redes sociais no Brasil é o seguinte: 1.º Facebook, com a esmagadora maioria de 65% de cota de mercado; 2.º YouTube, com 18% de cota de mercado ; 3.º Orkut, com 3% de participação (É de notar que esta rede social, que liderou durante vários anos no Brasil, apenas foi ultrapassada em janeiro de 2012. Verifica-se assim uma queda vertiginosa desta rede social do Google. Um dos fatores que está a 13


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contribuir para esta grande queda é a tentativa que o Google está a fazer para que os utilizadores passem a sua conta da rede social do Orkut para o Google+ ); 4.º Ask.fm, com 2,52% de cota de mercado ; 5.º Twitter, com 1,91% de cota de mercado

.

No que respeita a Portugal, há uma alteração na 3.ª e 4.ª posição, dando assim o Orkut e o Ask entrada ao Google+ e ao LinkedIn. As redes sociais mais usadas em Portugal são, por ordem decrescente: Facebook; YouTube; Google+; LinkedIn; e Twitter. (Amplitude net, 2013)

5. Aspetos a ter em conta na pesquisa pela Internet

5.1. Questões prévias

Dado que se trata da autoestrada da informação, há riscos que não se devem correr. Para tanto a pesquisa deve acautelar os seguintes aspetos: Qual o autor do documento? Está identificado? Podemos contactá-lo? Trata-se de especialista na matéria? Exprime-se em nome de uma instituição ou a título individual? Qual a natureza do sítio? Trata-se de sítio institucional? De sítio associativo? De sítio comercial? A competência e a fiabilidade do sítio ou dos seus autores relativamente ao assunto são reconhecidas? Redireciona para sítios fiáveis? Os sítios fiáveis têm ligações para esse sítio? Qual a pertinência das informações? São estas as informações que se procuram? O seu nível responde à nossa exigência? O sítio trata o assunto pesquisado de modo suficientemente simples ou suficientemente elaborado? Qual o interesse do documento? É ele verdadeiramente interessante? O que traz de novo? (cf Pinto, 2008)

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5.2. Hiperligações e hipertextos

Muitas vezes na informação textual surge um ícone ou palavra a cor diferente do texto e/ou com um sublinhado. Trata-se de hiperligação ou atalho que nos remete para um hipertexto ou um texto onde podemos verificar o paralelismo, semelhança, esclarecimento ou desenvolvimento das ideias ou factos que presentemente estamos a abordar. A esse respeito, faz-se a seguinte transcrição da Wikipédia, a enciclopédia livre (2013): Uma hiperligação, um liame, ou simplesmente uma ligação (também conhecida em português pelos correspondentes termos ingleses, hyperlink e link), é uma referência dentro de um documento em hipertexto a outras partes desse documento ou a outro documento. Um programa informático utilizado para visualizar e criar esse documento chama-se um sistema de hipertexto, normalmente um utilizador pode criar uma hiperligação ou simplesmente uma ligação. Um utilizador que siga as ligações está a navegar no hipertexto ou a navegar na web. Hiperligações são partes dos fundamentos das linguagens usadas para construção de páginas na World Wide Web e outros meios digitais e são designadas elementos clicáveis, em forma de texto ou imagem, que levam a outras partes de um sítio ou para recursos variados. A palavra inglesa link entrou na língua portuguesa por via de redes de computadores (em especial a Internet), servindo de forma curta para designar as hiperligações do hipertexto. O seu significado é "atalho", "caminho" ou "ligação". Através dos links é possível produzir documentos não lineares interconectados com outros documentos ou arquivos a partir de palavras, imagens ou outros objetos. Navegar ou "surfar" na Internet é seguir uma sequência de links. Os links agregam interatividade no documento. Ao leitor torna-se possível localizar rapidamente conteúdo sobre assuntos específicos.

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5.3. Tratamento da informação

a) A informação recolhida na internet – como aliás, em livro, revista, boletim ou jornal – não deve ser aceite de modo acrítico. Pelo contrário, devemos:  Verificar a origem da informação e, por consequência, a sua credibilidade. Não é indiferente tratar-se de um trabalho de autor versado na matéria pelo conhecimento académico e/ou pela experiência profissional e social ou um trabalho de aluno ou grupo de alunos.  Avaliar da sua sustentabilidade científica e/ou técnica. Alguns trabalhos estão mal organizados: não citam as fontes, não contêm as referências bibliográficas; fazem mal as citações; não organizam logicamente a frase; apresentam incorreções linguísticas; não estão vertidos na língua-padrão…  Ter em conta se o texto está redigido na língua de contexto. Por exemplo, muitos materiais apresentam textos redigidos em português do Brasil.  Aferir do ajustamento entre texto e imagem. Nem sempre um condiz com a outra, por troca, inadequação desproporcionalidade… b) Pelo que, ao utilizar informação da internet, nunca se deve copiar em definitivo ou imprimir o texto como o encontramos, mas  Copiá-lo sem cabeçalhos e rodapés de ocasião;  Reescrevê-lo na língua padrão e, no nosso caso, em português europeu ou, se solicitado, em inglês da Grã-Bretanha;  Corrigir a organização da frase de modo a torná-la lógica e ritmada e depurar o texto das incorreções linguísticas;  Fazer a justificação informática. c) Ao inserir a informação obtida pela internet,  Fazer corretamente as citações;  Reescrever o texto de modo que não se exiba uma extensão desproporcionada de texto diretamente citado, mas aludir à autoria do texto-fonte; 16


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 Fazer, no lugar próprio, a referência bibliográfica. d) Quanto à utilização de imagem, há que ter em conta que  Tratando-se de página a modos de cartaz ou poster ou de livro de cariz artístico (álbum), a imagem ocupa um lugar de relevo, devendo o texto ser usado de forma muito parcimoniosa.  Porém, tratando-se de ilustração de texto com imagem, esta . Nunca deve ser mais extensa que o texto, mas servir-lhe de complemento, suporte ou explicitação, segundo critérios de clareza, proporcionalidade e discrição. E deve ser legendada de modo a guiar ou enriquecer a leitura. Deve ser numerada e legendada: Exemplo: Fig. 1- Cena do Quotidiano e colocar a fonte ou seja sítio onde foi retirada a imagem caso não seja da sua autoria. Na eventualidade da imagem ser da sua autoria, deverá colocar imediatamente a seguir à numeração e título da figura com a letra tamanho 10 que a imagem é de elaboração própria.

II – ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO 6. Bibliografia e citações

6.1. Recolha de dados de cada fonte consultada: livro, artigo de revista ou de jornal e site (sítio) da Internet

Livro. Devem ser recolhidos os seguintes dados: autor (e tradutor, se for o caso), ano da edição, título, número de edição (se for o caso), local da edição e editora.

Artigo de revista ou de jornal. Devem ser recolhidos os seguintes dados: autor, título do artigo, título e número da revista ou jornal, data da edição (local, ano, mês e dia – se possível), páginas abrangidas pelo artigo.

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Site (sítio) da Internet. Devem ser recolhidos os mesmos dados que acima conforme se trate de livro ou artigo e, ainda, o site exato da Internet e o ano, mês e dia da consulta.

Tratamento da informação (Releia-se o explanado em 5.3.).

6.2. Organização da lista de referências bibliográficas

Por oferecer uma arrumação mais simples e também por ser prevista a mesma metodologia na norma portuguesa e mais assumida pela maior parte das instituições, seguimos a norma da APA (American Psychological Association1). Nesse sentido, fornecemos as seguintes indicações:

6.2.1. Indicações a) Utiliza-se a lista por ordem alfabética de apelido de autor ou entidade. A entidade institucional ou corporativa, por exemplo, Ministério da Educação e Ciência, funciona como autor. No primeiro caso, coloca-se o apelido por extenso (com a letra inicial em maiúsculas – ou todas em maiúsculas, mas o critério deve ser o mesmo para todos em toda a listagem) e o primeiro nome (por extenso ou em abreviatura, mas o critério deve ser o mesmo para todos em toda a listagem), separado por vírgula. Ex: Herculano, Alexandre ou Herculano, A., em que o tipo de letra é branco e redondo ou normal. A entidade é indicada conforme a designação corrente e pode ser indicada por extenso ou por SIGLA ou pelas duas modalidades, conforme a fonte. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA ou Ministério da Educação e Ciência (MEC) ou, ainda MEC – MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA. E pode, se a fonte assim o indicar, referir o departamento respetivo. Ex: IGEC – MEC ou IGEC – MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA ou INSPEÇÃO GERAL DA EDUCAÇÃO e CIÊNCIA.

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Vid. Folheto: Guia de Referencias Bibliográficas Citações da Biblioteca Escolar

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b) Se o autor não é propriamente o “autor” é mais organizador, coordenador ou diretor de textos de vários autores, Menciona-se tal facto entre parêntesis. Ex: Saraiva, j. (coord.). c) Tratando-se de dois autores, mencionam-se os dois do seguinte modo: apelido e nome do primeiro (com a respetiva vírgula), ponto e vírgula e apelido e nome do segundo. Ex: Saraiva, A.; Lopes, Óscar. d) Tratando-se de três autores procede-se como em c), em que a seguir ao último ponto e vírgula se acrescenta & ou como em e). Como em c) – Ex: Alaiz, V.; Góis, E; & Gonçalves, C. ou Como em e) – Ex: Alaiz, V. et al. (Cuidado, que o computador pode desfigurar, pelo que é preciso voltar atrás e não clicar nem depois de et nem depois de al!) e) Tratando-se de mais de três autores, refere-se o apelido e o nome de um deles, como foi indicado, seguido da expressão et al, que significa e outros. Ex: Mateus, M. et al. f) Seguidamente, colocamos entre parêntesis o ano da publicação, seguido de ponto final, título (em itálico), ponto final, n.º de edição (com o numeral cardinal, ex: 2ª ed.), se for o caso, ponto final, local de publicação, dois pontos e designação da editora ou equivalente. No caso de a fonte não ser datada escreve-se “s/d”. Se a edição não tiver sido assumida por editora ou similar, escreve-se “edição do autor”. g) Tratando-se artigos de revista, jornal, boletim ou obra ou capítulo de livro sujeito a outro tema, vai tudo como acima (respeitando as diversas situações), porém, o título do artigo é grafado em tipo de letra branco e redondo ou normal. Depois, a indicação In título de revista, boletim, jornal ou livro (no caso de livro, deve mencionarse, antes do título do mesmo, o apelido e nome de coordenador, nos termos já indicados), em itálico, data da edição (local, ano, mês e dia – se possível e se for diferente), páginas abrangidas pelo artigo.

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h) Tratando-se site da Internet, o registo faz-se como indicado acima para cada caso análogo aos indicados, mas com as seguintes indicações: [Em linha] com a indicação do site, dia, mês, ano e hora de acesso ou consulta. i) Se referenciamos um autor com várias obras, esse autor entra só uma vez, mas antes de cada título, em parágrafo diferente, apomos um travessão e ordenamos as obras por ordem decrescente dos anos; e se, no mesmo ano o autor tem mais que uma obra, apõe-se letra a seguir ao ano por ordem alfabética. j) Se a obra consultada tem mais que um volume escreveremos, por exemplo: 3 vol. Porém, se tivermos consultado somente um deles, indicaremos o volume consultado, por exemplo, vol.3 ou vol. III.

6.2.2. Exemplos - Para a): Afonso, N. (2005). Investigação naturalista em educação – um guia prático e crítico. Porto: Edições ASA. Azevedo, J. (2002). Avaliação das escolas: Consensos e divergências. Porto: Edições ASA. Baptista, I. (2005). Dar rosto ao futuro: a educação como compromisso ético. Porto: Profedições. Tuckman, B. (2005). Manual de Investigação em Educação. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. Note-se a ordem alfabética de autor. - Para b): Lust, Bárbara (org.) 1996. Studies in the Acquisition of Anaphora. Vol. I. Dordrecht: Reidel. - Para c):

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Almeida, L.; Freire, T. (2007). Metodologia da investigação em Psicologia e Educação. (4 ed.) Braga: Psiquilíbrios Edições. Carneiro, R.; e Azevedo, J. (2004). A educação primeiro: Roberto Carneiro entrevistado por Joaquim de Azevedo. Vila Nova de Gaia: Fundação Manuel Leão. Note-se a ordem alfabética do primeiro dos autores. - Para d): Alaiz, V.; Góis, E.; & Gonçalves, C. (2003). Auto-avaliação de escolas. Pensar e praticar. Porto: Edições ASA, Coleção Guias Práticos. Ou Alaiz, V. et al. (2003). Autoavaliação de escolas. Pensar e praticar. Porto: Edições ASA, Coleção Guias Práticos. - Para e): Mateus, M. et al. (2003). Gramática da Língua Portuguesa. 5ª ed. revista e aumentada. Lisboa: Editorial Caminho, SA. - Para f): Rodrigues, M. (2006). Nossa Senhora das Necessidades – Nas Margens de uma Fé. Vila da Ponte: edição do autor. - Para g): Ancona, C. et al. (1985). Homem. In “Romano, Ruggiero” (Dir.). Enciclopédia Einaudi. Vol. 5 (ou Vol. V). Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda. Cabral, R. (1984). Ética. In “Magalhães, A.”. (Sec. Ger.). Verbo Enciclopédia LusoBrasileira de Cultura. Vol. 7, pg. 1686. Lisboa: Editorial Verbo. Cunha, L.; Matos, S. (2000). Alguns Operadores Aspetuais em Português Europeu e Português Brasileiro. In Atas do XVI Encontro da Associação Portuguesa de Linguística, 737-750. Lisboa: APL e Colibri.

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Ogien, Ruwen (2003). Normas e valores. IN «Canto-Sperber, Monique (org.). Dicionário de Ética e Filosofia Moral, Vol. 2, pgs. 255-267. Brasil, Vale do Rio dos Sinos: Editora UNISINOS. Perrenoud, Philippe (2003). Dez Princípios para tornar o sistema educativo mais eficaz. In “Ramalho, Glória”; Perrenoud, Philippe; & Ferrer, Alejandro”. Avaliação dos Resultados Escolares – Medidas para Tornar o Sistema mais Eficaz (pp.103-126). Porto: ASA - Para h): Murillo, F. (2003). Una panorámica de la investigación iberoamericana sobre eficacia escolar. In Revista Electrónica Iberoamericana sobre Calidad, Eficacia y Cambio en

Educación,

1(1):

pgs.1-14.

[Em

linha].

http://www.ice.deusto.es/RINACE/reice/vol1n1/Murillo.pdf. [Consultado em 2007/ 12/ 01]. Murillo, F., Hernández, R., & Pérez-Albo, M. (1999). La dirección escolar: análisis e investigación. Ministerio de Educación y Cultura. Madrid: CIDE. [Em linha]. http://www.mec.es/cide/espanol/publicaciones/colecciones/investigacion/col136/col 136pc.pdf. [Consultado em 2007/ 12/ 01]. PCM – Presidência do conselho de Ministros (2009). Programa do XVIII Governo Constitucional. [Em linha]. Disponível em: http://www.portugal.gov.pt/pt/GC18/Documentos/Programa_GC18.pdf. Acedido em 2010.01.17. PCM – Presidência do conselho de Ministros (2005). Programa do XVII Governo Constitucional.

[Em

linha].

Dispon.

em:

http://www.portugal.gov.pt/NR/rdonlyres/631A5M3F-5470-4AD7-AE0FD8324A3AF401/0/ProgramaGovernoXVII.pdf. Acedido em 2008.06.18. - Para i): Guerra, M. (2006). Arqueologia dos sentimentos – estratégias para uma educação de afectos. Porto: Edições ASA.

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─ (2003a). Uma seta no alvo: a avaliação como aprendizagem. Porto: Edições ASA. ─ (2003b). Tornar visível o quotidiano: teoria e prática de avaliação qualitativa das escolas. Porto: Edições ASA. ─ (2003c). No Coração da Escola – estórias sobre a educação. Porto: Edições ASA.

6.2.3. Citações Sugerimos o sistema autor/data, pela sua simplicidade. O apelido e o ano são o da obra listada na ordenação de referências no fim do trabalho. Ficará a obra imediatamente identificada. Havendo mais que uma no mesmo ano, a letra apensa ao ano permitirá referenciar a obra com exatidão. O apelido vai todo em maiúsculas ou só a 1.ª letra, conforme a opção da listagem (vd 6.2.1). a) Se o apelido/nome do autor fica integrado no nosso texto, colocamos entre parêntesis o ano de publicação da obra: Seguindo o pensamento de Rodrigues (2006) todos os peregrinos se dirigem a um santuário movidos pela fé curiosidade ou turismo. A mera indicação do ano e a não utilização de aspas para isolar alguma expressão significam que se assume o conteúdo da obra na globalidade, sem a ligação a qualquer página. Mas – Como bem entende Rodrigues (2006: 171-172), “o santuário é frequentado por quem tem uma fé viva”. O escrito entre aspas corresponde efetivamente ao afirmado pelo citado e nas exatas páginas. b) Se a citação vem integrada em texto nosso e queremos invocar a autoridade de um autor cujo pensamento seguimos sem integrar no texto o autor nem referenciar com precisão o local da obra, inserimos entre parêntesis o apelido do autor citado e o ano separados por vírgula: Todo o homem reage da mesma maneira em circunstâncias semelhantes, por mais que se queira provar o contrário (Carvalho, 2002). Se efetivamente, podemos circunscrever o teor do texto que estamos a escrever a uma página ou mais da obra citada, mas não pelas textuais palavras do citado entre parêntesis, escreveremos: (cf Carvalho, 2002: 123-124) ou (cf Carvalho, 2002: 123s). Se 23


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se trata de páginas descontínuas, separam-se por ponto, como (cf Carvalho, 2002: 123.135.144). Se se tratar de várias páginas consecutivas, escreve-se: (cf Carvalho, 2002: 123ss). Se queremos abonar o nosso texto com o pensamento de vários autores, fazemos a mesma coisa para cada um separando com ponto e vírgula: (cf Carvalho, 2002: 123.135.144; Rodrigues, 2006: 171ss). b) Para citarmos com palavras textuais um autor, usaremos os mesmos procedimentos de a), mas sem a abreviatura cf. Assim: - A autoavaliação de escolas é fator crucial de melhoria, já que “pela autoavaliação, a escola faz o diagnóstico que lhe permite delinear uma estratégia organizacional” (Santos, 2011: 46). - A educação do homem é um processo longo, uma vez que a mesma “começa com o seu nascimento e termina na sua morte (…), mas produz um efeito determinante na vida do indivíduo, pois, por sua via “estamos a ser socializados e a socializar” (Santos, 2011: 64-65; Pinto, 2005) ou (Santos, 2011: 64s; Pinto, 2005). - Se a citação abranger mais que duas linhas, deve ser iniciada noutra linha, a transcrição deve ser em tamanho de letra menor que o texto e a margem esquerda deve ser mais larga. E, se for mais extensa que as quatro linhas, não se encaixa entre aspas. Veja-se o exemplo da n/ segunda página. E também o seguinte: É no quadro desta necessária procura de melhoria que o normativo legal formula os princípios gerais de ética. Assim, o DL n.º 75/2008, de 22 de abril, com a redação que lhe foi dada pelo DL n.º 137/2012, de 2 de julho, determina: No exercício das suas funções, os titulares dos cargos previstos no presente decreto-lei estão exclusivamente ao serviço do interesse público, devendo observar, no exercício das suas funções, os valores fundamentais e princípios da atividade administrativa consagrados na Constituição e na Lei, designadamente os da legalidade, justiça e imparcialidade, competência, responsabilidade, proporcionalidade, transparência e boa fé (art. 5.º).

(apud Pereira, 2010: 15)

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- Como se vê, a legislação cita-se pela designação do diploma (Lei, decreto-lei ou DL, portaria, com o número e a data, separada por vírgula. No texto citado, indicase o artigo e, se for o caso, número e alínea. - Ao citarmos autor ou entidade já citada por outrem, procederemos como acima antecedendo o apelido da fonte onde colhemos a citação pela palavra latina “apud”. - Ao fazermos citações sucessivas da mesma obra, colocaremos entre parêntesis (id) e (id et ib), se for na mesma página ou conjunto de páginas. Id, abreviatura de “idem”, quer dizer “o mesmo”; ib, abreviatura de “ibidem”, quer dizer “no mesmo sítio”. - Informações adicionais ou indicação do texto em língua estrangeira, se for o caso, remetem-se para notas de rodapé, coincidindo os números das notas no texto e no rodapé, seguindo-se a ordem numérica normal. Também podem ser remetidas para o fim de capítulo, seguindo-se a ordem numérica dentro de cada capítulo.

7. Orientações importantes

Deve fazer-se pesquisa em fontes (livros, artigos, enciclopédias e sites) fiáveis ou com indicação do professor ou de outro orientador. É de notar que, principalmente na Internet, existem informações corretas e incorretas. É, pois, necessário, fazer a destrinça. Não se pode transformar um trabalho numa simples cópia de livros ou sites. Usando deste artifício, além de não se aprender nada, ainda infringe se gravemente a lei, podendo incorrer-se no crime de plagiato. (Reler 5.3.). Deve ler-se o material pesquisado, fazer resumo destacando as principais informações levantadas e escrever um texto com suas próprias palavras, fazendo, com precisão e rigor, as citações convenientes.

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Um bom trabalho começa por uma boa capa. Coloquem nela todas as informações necessárias, tais como: 1) Designação da escola ou da instituição que solicita o trabalho; 2) Nome de autor do trabalho; 3) Nome do professor (ou orientador); 4) Designação da disciplina (ou área de pesquisa); 5) Título do trabalho (ou da matéria); 6) Data (local, mês e ano) e outras informações solicitadas pelo professor (ou orientador). A estética ajuda muito e causa uma boa impressão, portanto, deve pôr-se o devido cuidado na organização da capa, pois, esta será o cartaz da obra. Cuidado com a redação do texto. Faça-se sempre uma cuidada revisão com o propósito de corrigir erros ortográficos e gramaticais e conseguir uma boa organização frásica e a boa articulação entre frases. Evite-se a utilização de frases demasiado complexas. Mude-se de parágrafo quando se muda de assunto, mas relacione-se, através de marcadores discursivos, cada parágrafo com o anterior. Cada novo parágrafo deve acrescentar uma informação nova, articulada com a anterior. Deve solicitar-se a algum amigo ou parente que leia o trabalho. Para quem escreve o trabalho pode estar muito bom e claro, mas uma segunda opinião é sempre útil, já que pode revelar algum erro de que não nos tenhamos apercebido. Quando se utilizarem imagens, deve sempre colocar-se legenda. As fotos e figuras não servem somente para ilustrar o trabalho, mas também são ótimas referências, fontes de informação, motivos de expressividade e instrumentos de crítica. Na elaboração do trabalho deve utilizar-se o tipo de letra arial, times new roman ou calibri (tamanho 11, para o primeiro caso, e 12, para o segundo). Os títulos e subtítulos podem ser em tamanho 14 e negrito. O parágrafo com espaçamento 1,5 entre linhas e o texto justificado. O número de páginas recomendado não deve ser 26


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ultrapassado, sob pena de o trabalho desinteressar por obrigar a uma leitura fastidiosa. Nunca um artigo ou trabalho escolar / académico dever ocupar mais de 25 páginas A4. A boa apresentação impõe que se deixem margens no topo e à esquerda (mais largas – 3 cm pelo menos) e margens à direita e ao fundo um pouco menos largas (2 cm, pelo menos). Se a impressão for autorizada em frente/verso, as margens de esquerda e de direita invertem-se nas páginas pares ou, então, a margem direita deverá ter a mesma medida que a da esquerda. O trabalho deve ser dividido em partes: 0. Resumo/sumário: Síntese inicial das grandes linhas temáticas do trabalho. É importante para garantir uma primeira apreciação e motivar para a leitura e referenciação do trabalho. Deve conter, num último parágrafo, um conjunto de palavras-chave e deve ser redigido em português e em línguas estrangeiras, pelo menos, em inglês. 1.ª - Índice: relação dos assuntos abordados no trabalho e distribuição temática, com a indicação de página. Devem, se for o caso, organizar-se índices e indicações numéricas de gravuras, de quadros, gráficos, anexos e, se conveniente, no fim, índice alfabético remissivo de vocábulos (com a indicação das páginas em que eles vêm referidos) e respetivas aceções. Os índices podem opcionalmente vir no fim. 2.ª - Introdução: neste item, deve explicar-se sucintamente do que se trata no trabalho, o tema ou problema de que se partiu, a questão que originou a pesquisa, a hipótese de solução e o objetivo que se pretende. 3.ª - Desenvolvimento (palavra que não deve servir de título, mas que deve ser constituída por tantos capítulos quantos os subtemas que o tema geral exigir). É o miolo e a parte mais importante do trabalho. Desenvolva-se um texto claro e objetivo, explicando o assunto abordado, dando exemplos, citando trechos de livros (sempre entre aspas, se forem textuais, e com citação bibliográfica), levantando hipóteses, argumentando, sintetizando, ... .

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- Se a citação contiver mais de seis palavras, deve se feita em tamanho de letra menor e vir destacada do parágrafo, ocupando um lugar mais avançado na página (vd 6.2.3). 4.ª - Conclusão: Deve incluir a síntese de tudo quanto foi exposto ao longo do trabalho, o ponto de vista pessoal, um juízo de valor sobre o mesmo e uma(s) frase(s) de conclusão com alguma incidência prática com vista a futuras reflexões sobre esta ou sobre matérias afins. 5.ª - Bibliografia ou Referências: Devem ser referenciados todos os livros, artigos, sites e outros materiais utilizados ao longo do trabalho. 6.ª - Anexo(s): Se oportuno, devem ser organizados anexos devidamente numerados e referenciados no corpo do trabalho. Antes, deve vir a lista dos mesmos segundo a ordem numérica. E, junto ao índice geral, deve constar o índice de anexos. Havendo várias formas de citar e de fazer referências bibliográficas, deve utilizar-se, ao longo do trabalho, uma só, para que o leitor ou o avaliador do trabalho não tenha de andar a fazer desnecessária ginástica mental.

Concluindo Não é só o conteúdo que deve ser tido em conta. Sendo certo que é este que induz mais conhecimento e o revela, também, como sói dizer-se, os olhos também comem. É justo dar-se a devida importância à forma, já que ela se constitui veículo da mensagem a transmitir. Por outro, lado, a forma organizacional é também uma importante modalidade de conhecimento.

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Referências

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Universidade de Évora (s/d). Classificação Decimal Universal – CDU. [Em linha]: http://www.bib.uevora.pt/cdu/, acedido em 2012.05.31 Yahoo (2013). Redes sociais na educação vantagens e desvantagens? [Em linha]: http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20130513093625AASIihv, acedido em 2013.09.18 Wikipédia, a enciclopédia livre (2013). Hiperligação. [Em linha]: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hiperliga%C3%A7%C3%A3o, acedido em 2013.09.18

Nota: Este documento tem por base um trabalho elaborado pelo docente Abílio Louro de Carvalho para a Biblioteca da Escola Secundária de Santa Maria da Feira, que gentilmente o cedeu à Professora Bibliotecária da Escola Secundária de S. Pedro do Sul.

Janeiro de 2015 A Professora Bibliotecária, Maria de Lurdes dos Santos Rodrigues Meneses

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