Livro de poesia 2013

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III LIVRO DE POESIA

Poemas de alunos participantes no Concurso Faรงa lรก um poema

Biblioteca da Escola Secundรกria de S. Pedro do Sul

2012/2013


Concurso Faça lá um poema

Redação: Alunos identificados Coordenação: Lurdes Meneses, Professora Bibliotecária Imagem de capa: Lurdes Meneses Edição online: julho de 2013

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Concurso Faça lá um poema

III LIVRO DE POESIA

Poemas de alunos participantes no Concurso Faça lá um poema

Biblioteca da Escola Secundária de S. Pedro do Sul

3ª edição, fevereiro de 2013 3 Biblioteca da Escola Secundária de S. Pedro do Sul


Concurso Faça lá um poema

Faça lá um poema

A terceira edição do Concurso Faça lá um poema, organizada pela Biblioteca da Escola Secundária de S. Pedro do Sul, em colaboração com o Grupo de Português, mostrou mais uma vez a qualidade estética e literária e da escrita dos nossos alunos, bem como a sua capacidade crítica.

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Concurso Faça lá um poema

Um poema tem sabor a verão, tem cheiro a novo, tem voz de liberdade e põe o mundo na tua mão. LM

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Concurso Faça lá um poema

Este livro digital é dedicado a todos os alunos da Escola Secundária de S. Pedro do Sul

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Concurso Faça lá um poema

Índice

ÍNDICE.................................................................................................................................................... 7 PORTUGAL ............................................................................................................................................. 9 Catarina Salgueiro, 11ºD .......................................................................................................................... 9 AMOR E PERDA .................................................................................................................................... 10 Mariana Costa, 7ºA .............................................................................................................................. 10 SILÊNCIO .............................................................................................................................................. 11 Sara Costa, 11º D ................................................................................................................................... 11 RUMO .................................................................................................................................................. 12 Rafaela Cardão, 8ºB ............................................................................................................................... 12 NOSTALGIA .......................................................................................................................................... 13 Patrick Santos, 12º E .............................................................................................................................. 13 DESESPERO .......................................................................................................................................... 14 Rafaela Cardão, 8ºB ............................................................................................................................... 14 NA SIMPLICIDADE DO TEU OLHAR ....................................................................................................... 15 Rafael Ferreira, 12º B ............................................................................................................................. 15 RENASCEU UM SENTIMENTO ............................................................................................................... 16 Cláudio Almeida, 8ºano ......................................................................................................................... 18 ABRIL ARREFECIDO .............................................................................................................................. 19 Ana Martins, 12º C ................................................................................................................................. 20 FOI UM PASSARINHO QUE ME CONTOU .............................................................................................. 21 Mariana Costa, 8º A ............................................................................................................................... 21 O QUE FOI FEITO? ................................................................................................................................ 22 Marta Cardoso, 12ºF .............................................................................................................................. 23 FLOR .................................................................................................................................................... 24 João Carlos Casais, 8º C ......................................................................................................................... 24 ILUMINA-ME ........................................................................................................................................ 25 Carlos Rocha, 10º D ............................................................................................................................... 25 O MAR ................................................................................................................................................. 26 Ana Maria Regalo Coelho, 8º C .............................................................................................................. 27 6º RASCUNHO ...................................................................................................................................... 28 Inês Jesus, 10º C .................................................................................................................................... 29 SOL ...................................................................................................................................................... 30 Catarina Valadares, 8º C ........................................................................................................................ 31 PORQUÊ? ............................................................................................................................................. 32 Joana Pereira, 10º A .............................................................................................................................. 33 RA GRANDES MALES, GRANDES REMÉDIOS ......................................................................................... 34 Zita, 7º A ................................................................................................................................................ 37 O ORVALHO DA NOITE ......................................................................................................................... 38 Ana Maria Regalo Coelho, 8º C .............................................................................................................. 39

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LÁPIS e PAPEL ...................................................................................................................................... 40 João Carlos C. F. Pereira, 8.º C ............................................................................................................... 40 FLOR .................................................................................................................................................... 41 Samuel Silva Almeida, 7ºA ..................................................................................................................... 41 DINHEIRO ............................................................................................................................................ 42 João Carlos C. F. Pereira, 8.º C ............................................................................................................... 42

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PORTUGAL

Portugal… País choroso, ferido, derrotado. País de lamentos, de crise, Do fado e da saudade! País pobre, mas tão rico… Ergue-te! Força! Onde estão “As armas e os barões assinalados”? Onde está a coragem dos descobridores? Onde foste buscar alento nessa altura? Ergue-te! Força! Segue, não te martirizes. Inspira-te, renova-te, não te deixes ficar. Procura! Ergue-te! Força! Portugal… País de quem arrisca! Força! Força, Portugal! Catarina Salgueiro, 11ºD (fevereiro, 2012)

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AMOR E PERDA Ontem perdi alguém, Alguém que não gostava. Só hoje dou conta, Que talvez o amava. Hoje sinto algo, Não sei o que é. Será que é paixão Ou uma mera atração? Há dois anos atrás Já o amei Mas ele não sabia, Não lhe contei. Tudo irá condensar: As lágrimas, o coração. Não vou parar de me lembrar Desta mera paixão. É melhor ter amado e perdido Do que nem ter chegado a amar. Mariana Costa, 7ºA (fevereiro, 2012)

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SILÊNCIO

Silêncio, estado de alma, Vida cega, surda e calma. Projeção de sentimentos calados, Vozes certas em mundos trocados.

Silêncio, cúmplice do meu Amor, Protagonista mudo da minha dor. Filho da noite e do luar, Fiel cofre do meu chorar.

Silêncio que calado fala e vendado vê. Silêncio que nada diz mas tudo sabe. Silêncio que (sem vergonha) a minha vida lê.

Silêncio, único leitor dos meus poemas. É em ti que vivo, morro e amo. Não é justo que toda a minha história a ti se dê. Sara Costa, 11º D (fevereiro, 2012) 11 Biblioteca da Escola Secundária de S. Pedro do Sul


Concurso Faça lá um poema

RUMO Num rasgo de Sol crepuscular Vejo, ao longo da praia As ondulações do oceano. Formas de vida irracionais Pairam à minha volta. Sento-me na areia, a observar, a sentir O cheiro a maresia, a liberdade. O tempo não para, nunca para. Cada gota de água daquele mar tem uma história, Assim como cada pessoa, mas, Não se pode comparar, Dois seres tão simples e complexos ao mesmo tempo, Sem rumo, sem sentido de vida. Será que sabem amar? Talvez, mas quem ama perdoa Tal como as crianças perdoam o mar Por cada vez que ele destrói Enormes castelos de areia, Cheios de emoções, sonhos e ambições. Não é para todos este tipo de pensamento, Mas, para mim todas estas frases Sem aparente significado ou ligação, Fazem todo o sentido. Rafaela Cardão, 8ºB (fevereiro, 2012) 12 Biblioteca da Escola Secundária de S. Pedro do Sul


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NOSTALGIA

O Amor é escuro como a noite sem estrelas, é uma batalha entre pessoas perdidas, é uma viagem infinita à procura da pessoa certa, é uma arma que muda a vida. é um sentimento que deixa as pessoas sem palavras. São lembranças de perdas, é uma perda de amigos, é um cemitério de amores perdidos. O Amor é restos de cinza que vão ser levados pela vida.

Patrick Santos, 12º E (fevereiro, 2012)

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DESESPERO No meio de uma escuridão imensa, Tenho pensamentos frios e sombrios. Fazem com que lágrimas Desçam dolorosamente pela minha cara. A tristeza apodera-se de mim, Já não consigo viver nem sentir, Como se o meu coração congelasse, Como se eu já não estivesse aqui. Ao olhar-me ao espelho, Tento ver um sorriso, Sorriso esse que não consigo expressar, Está completamente apagado. Os ponteiros do relógio estão parados, Até a Terra parou de rodar Em torno do Sol. Estou presa neste momento de solidão. O mundo parou, Deu-me uma oportunidade, Está na hora de me libertar, De abandonar todo este desespero. Rafaela Cardão, 8ºB (fevereiro, 2012) 14 Biblioteca da Escola Secundária de S. Pedro do Sul


Concurso Faça lá um poema

NA SIMPLICIDADE DO TEU OLHAR

É na simplicidade do teu olhar, Na suavidade das tuas mãos, Nos gráceis traços do teu corpo, Na intemporalidade do teu sorriso, Que o ser pensante da minha pessoa Se sente capaz e seguro de ir além E enfrentar o mundo inteiro, Como cavaleiros no tempo da Monarquia. O teu andar fatalmente deslumbrante, Faz lembrar passos altivos e conquistadores De uma bela e poderosa rainha! E fico incrédulo à passagem Desta parada real, onde tu és simplesmente Quem mais me ressalta à vista! Rafael Ferreira, 12º B (fevereiro, 2012)

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Concurso Faça lá um poema

RENASCEU UM SENTIMENTO Renasceu um sentimento Que cresce dentro de mim Passo horas, dias e noites Sempre a pensar em ti.

Quando dividiram a beleza E criaram obras de arte, Tu devias andar por perto, Pois ficaste com a maior parte.

Nunca te disse O que realmente sentia, Quando te tentava dizer O meu coração perdia energia.

Com tanta euforia Nunca te consegui dizer Que te adoro e és a razão do meu viver.

Se estás perto Fujo de ti… Se eu estou por perto, Foges tu de mim, 16 Biblioteca da Escola Secundária de S. Pedro do Sul


Concurso Faça lá um poema

Amamo-nos mutuamente, Este amor viverá eternamente. Se o arrependimento matasse Eu já não existiria Não te afastes de mim, Tenho medo de acordar E nunca mais te encontrar, És tudo o que eu sempre quis, Mas se não estás comigo como posso ser feliz?

Se cada vez que penso em ti, Uma estrela se apagasse, Não haveria no céu Nenhuma estrela que brilhasse…

É triste olhar para o mar Numa noite sem lua Mas mais triste é amar Sem esperança nenhuma.

Por ti eu estou obcecado Desde o dia em que te vi Eu amo-te mas não sou amado É só contigo que eu sou assim.

Em toda a minha vida 17 Biblioteca da Escola Secundária de S. Pedro do Sul


Concurso Faça lá um poema

Nunca te quero perder Apenas preciso de um tempo Para perceber que estou a morrer.

Todas essas palavras, Mas nunca entenderás, Que eu, dos teus beijos, Abraços e carinhos, andei sempre atrás.

Cláudio Almeida, 8ºano (fevereiro, 2012)

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ABRIL ARREFECIDO Uma brisa fria vergastava-me o corpo, ateava-me a dor, Inflamava-me a alma e abrasava-me o coração, Só, na luta frágil pela memória débil do teu amor, Que só isso me restava: durar dorida na efémera ilusão. Qual mar para a terra a crescer e nas rochas duras a sulcar, À sombra do teu rosto como um abrigo me escondia. Mas o tempo correndo tenaz o consumiu e desgastou E só o mar azul do teu olhar celeste se revestia de magia. Cercada pelo manto da noite e entontecida pelo agreste frio, Procurei a firmeza do teu corpo por deuses benditos esculpido. Mas da tua ausência meu ser instável se alagava de vazio E de um sonho impossível a angústia de um passado perdido. Envolta em mantas de delírio cortante que me trespassa, Inundo-me de um frio que me assalta e atormenta. Porque é um frio que perdura, me vence e me amassa O corpo marmóreo de luz que em comoção me desalenta. A noite arrepiada, soturna, escurece de pesadelos que torturam. O peso do vulto do teu corpo arrasta-se fúnebre e amortalhado. Da tua face avolumam-se as sombras que me condenam Ao vácuo da descarga elétrica de um beijo súbito fulminado.

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Concurso Faça lá um poema

Flutuando na névoa e na indefinição do devaneio me elevas Em trágica matéria de dor e de miséria, e desvaneces Em perfeita imperfeição e numa ilusão brumosa erras Na imensidão de desencontros e do desejo que esmoreces. Lá, o mar revolto erguia-se duma amplitude que desconhecia. Na húmida areia que calcava feixes de luz no teu nome desenhado. Mas um rumor de uma paixão perdida em lágrimas me consumia E em labaredas consumia a sonhada ventura um vento obstinado. O que a boca silenciava de ardor nos meus olhos, o orvalho transbordava. Na penumbra dormente do crepúsculo, afundo-me no doce mar ali [pousado… Vagueia uma brisa límpida de cristal que um vento de névoa esmoreceu. Sombrio mar do meu abril arrefecido, desenha-me o claro dia em viva cor [florescido.

Ana Martins, 12º C (fevereiro 2013) 20 Biblioteca da Escola Secundária de S. Pedro do Sul


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FOI UM PASSARINHO QUE ME CONTOU

Foi um passarinho que me contou, Que não devemos mentir. Devemos sempre dizer a verdade, Mesmo que essa possa ferir. Foi um passarinho que me contou, Que devemos perdoar. Mesmo que isso nos custe, Mesmo que isso nos possa magoar. Foi um passarinho que me contou, Que errar é humano. Erra o português, o britânico, E até mesmo o italiano. Foi um passarinho que me contou, Que amar é muito bom. Devemos amar a família e os amigos, Porque isso é um dom. Foi um passarinho que me contou, Que viver é uma sorte. Todos nascem e vivem, E todos finalizam com a morte.

Mariana Costa, 8º A (fevereiro 2013) 21 Biblioteca da Escola Secundária de S. Pedro do Sul


Concurso Faça lá um poema

O QUE FOI FEITO? Sinto a minha cabeça a girar, Porque não para de pensar: Em desejos proibidos, Que me fazem suspirar. Em sonhos destruídos Que me fazem chorar. Tanto o passado, como o futuro Na minha memória Continuam a coabitar. Penso nas guerras antigas e nos tempos de glória Que ainda darão que falar. No meu rosto encontram-se traços De todos os momentos que já vivi. Transformei-os em pedaços, Agora, alguns já os perdi. Sinto um aperto, Algo cá dentro a magoar. Mas que o meu peito Não quer largar. Não é dor, é apenas sentimento Que me faz gritar. Que vem cá bem de dentro E me faz questionar: O que de mim foi feito? 22 Biblioteca da Escola Secundária de S. Pedro do Sul


Concurso Faça lá um poema

O que foi feito daquilo que eu era? O que foi feito da minha alegria, Ao sabor do dia-a-dia? E das minhas fascinantes cores Que preenchiam a minha primavera? Onde está a minha sabedoria? O que foi feito de tudo isto? Será que tudo em mim desapareceu? Fiquei presa nos pesadelos, E nos desejos errados! Presa a uma forte corrente; Perdida nos perdidos e achados! Absorta na minha mente. Não me consigo libertar. Num profundo olhar permaneço ausente, Mas nem todos me podem ajudar. Só quem conhecer o meu misterioso olhar, Me consegue arrancar Do peito o que me está a sufocar. As saudades… Todos acabam por elas passar. Afinal; em mim nada desapareceu Porque no meu coração Sempre permaneceu! Marta Cardoso, 12ºF (fevereiro 2013) 23 Biblioteca da Escola Secundária de S. Pedro do Sul


Concurso Faça lá um poema

FLOR

Flor é vida Rosa-paixão Cravo-revolução…

Flor tem aroma Flor tem cheiro Flor tem cor Flor tem paradeiro!

A claridade de uma manhã! A vida bela e breve ! De um amor a nascer…

João Carlos Casais, 8º C (fevereiro 2013)

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ILUMINA-ME

Ilumina-me… Com essa tua luz brilhante Faz a minha missão triunfante Dá-me forças para querer, Transforma-me, faz-me renascer És a luz que dá cor ao meu dia, Que transforma a mágoa em alegria. A luz que me faz acreditar Que o mal é uma fase, que vai passar, Que o muno não é só dor É mais. É um mundo de amor, Um mundo onde reina a esperança, Pois quem sonha, sempre alcança Sei que contigo poderei sempre contar. Ilumina-me. Continua a iluminar-me. Carlos Rocha, 10º D (fevereiro 2013) 25 Biblioteca da Escola Secundária de S. Pedro do Sul


Concurso Faça lá um poema

O MAR

O mar é fonte de vida, é algo misterioso, por vezes, até mesmo piedoso. Todos o tentam compreender, ninguém o consegue dominar, a sua força é tal, ao ponto de vidas em tragédias transformar. Cada onda conta uma história, uma história de revolta, uma história de vitória, uma história de perdição. Todas estas histórias escondidas no grande cântico marítimo. 26 Biblioteca da Escola Secundária de S. Pedro do Sul


Concurso Faça lá um poema

Quando um pescador lança a rede ao mar, sente-se confiança, segurança, que o mar não pode derrotar. Que venha a rede coberta de peixes miúdos ou graúdos, que venha a riqueza dos pescadores, que nasça um sorriso nas suas caras, a vontade de, novamente, ver a Lua, no seu esplendor, a brilhar.

Não nos esqueceremos, também dos naufrágios, das amarguras, das braçadas em vão, das vidas que se perderam. Oh mar, tu tão belo e radiante, com tesouros escondidos, cheio de vida, de ciclos, porque trazes à proa esse teu lado tão cruel? Ana Maria Regalo Coelho, 8º C (fevereiro 2013)

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Concurso Faça lá um poema

6º RASCUNHO

Ele está lá…ele sempre esteve lá, Tu não o vês mas ele ainda lá está à tua espera desde sempre. Se é que te interessa… Ele vive apaixonadamente cada dia como se fosse o último, Viaja dentro das quatro paredes que os dois construíram, Tira proveito da vida luxuosa que tu lhe ofereceste, Mas… são meras recordações e porquê? Porque ele continua do teu lado e tu não…simples! Ele é fogo, é poder, Para mim é a melhor personificação da força humana, Ele corre mundo à procura da única razão que te fez ir embora A única razão porque partiste sem te despedires Sim…ele também se vai abaixo, ele também chora Quando chega a noite ele sai de casa, Olha para as estrelas com um sorriso melancólico 28 Biblioteca da Escola Secundária de S. Pedro do Sul


Concurso Faça lá um poema

E sem conseguir evitar dá por si a enxugar uma lágrima Lágrima de dor, sofrimento, perda, saudade… Tu não entendes que tudo o que ele faz é por ti, Ele adormece e a figura forte que aparenta de dia Dá lugar a um corpo sereno e pacífico, O seu positivismo dá lugar a uma culpa omnipresente Mas afinal, culpa de quê? Pois a única que errou foste tu!

Ele sofreu, ainda sofre…e tu? Estás feliz? Podes falar comigo, sou boa ouvinte, não te vou julgar. Eu sei que és forte, mas isso não implica que te sobreponhas aos outros [para te afirmares, Pensa nele, pensa nos dois e no que viveram, mas quando pensares nisso… Pensa duas vezes! Inês Jesus, 10º C (fevereiro 2013)

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SOL

Os teus primeiros reflexos, no mar são lançados. Teus raios fulgurantes, no grande espelho refletidos, dançando a valsa da brisa. Sol que me iluminas a face, e me silencias a dor. Sol que me encantas a vista, e dás vida à flor. Sim, eu sei que o tempo pode mudar de repente, e que nos escondemos, mas estarei sempre ansiosa que tu voltes, pois nenhum céu escuro resiste a um raio de sol. 30 Biblioteca da Escola Secundária de S. Pedro do Sul


Concurso Faça lá um poema

Quando tu despertas, com os teus raios dourados, os seres vivos dão conta, que existe vida ao seu lado. A tua existência nos influencia, mostra que a vida tem calor. A tua missão é espalhar a energia, a tua presença exprime ardor. Sol que me trazes a calma, abraça-me com a tua luz, e dá-me paz à alma. Catarina Valadares, 8º C (fevereiro 2013)

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PORQUÊ? Por que é que quando perdemos É quando mais queremos? Que quando lembramos Mais desejamos? Afinal, o que é a saudade? É um sentimento - dizem. Será que não passa com a idade? Não. Provavelmente piora. Porque as recordações afligem, Interrompem-nos a felicidade, Esquecer demora, Ou nunca acontece, O tempo passa, Mas a memória não esmorece E aquele momento não se esquece, O melhor é não lembrar, Ou superar? É só seguir em frente – aconselham. Só? Como se fosse fácil. Como se tudo fosse programado Como se tudo fosse controlado. No entanto, aquele pensamento persiste, Aquela dor volta, Aquela memória insiste. 32 Biblioteca da Escola Secundária de S. Pedro do Sul


Concurso Faça lá um poema

O tempo pode passar Mas a saudade continua à solta, A dor continua a sufocar, O sofrimento continua a existir. Era só voltar a viver aquele momento, Era só voltar atrás no tempo, Sentir tudo de novo, Possuir tudo novamente, Ter aquela felicidade boa de mais para ser verdade. Pois, Era bom de mais para ser verdade, Porque não podemos voltar atrás, Não podemos reviver algo, O que passou, passou, E cada um de nós tem de ser capaz, De conviver com tal imposição, É a lei da razão, E é por isso, Que temos de aproveitar, Enquanto podemos, Porque o amanhã é incerto, Porque o Futuro não se deixa controlar, E o passado torna-se um deserto, Impossível de reaproveitar. Joana Pereira, 10º A (fevereiro 2013) 33 Biblioteca da Escola Secundária de S. Pedro do Sul


Concurso Faça lá um poema

PARA GRANDES MALES, GRANDES REMÉDIOS

Anda o mundo em reboliço Agitado em confusão, Em cada país há encontros, Que levam à discussão! Por todo o lado se fala, Se discute a maneira, De resolver o problema, Tanta “acha” na fogueira. 34 Biblioteca da Escola Secundária de S. Pedro do Sul


Concurso Faça lá um poema

Do mais pobre ao mais rico, O assunto é transversal, Nunca tanto se nomeou, O assunto principal.

-É a crise!...diz a TV, -É a crise!... diz o governo; - É a crise, dizemos nós, Que à crise, não se vê termo! Não há jornal que não gaste, Sobre crise, resmas de papel, No facebook, nas redes sociais, Na rádio, no café, é a granel.

Mas afinal, reflitamos. P’ra tão grande e grave doença, Tamanha será a cura, Ou temos fraca sentença?! Agora que o progresso, Nos facilita a comunicação, Não será a falta de diálogo, Que aumenta a preocupação! 35 Biblioteca da Escola Secundária de S. Pedro do Sul


Concurso Faça lá um poema

Analfabetismo, não será! Pois a escolaridade é obrigatória, Ou será que os manuais Nos ensinam uma falsa história?

Não creio que o mal esteja fora, Nem mesmo no FMI. A doença vem cá de dentro, O problema começa aqui.

A nossa postura firme, A palavra, a justiça, a verdade, Que nós dedicamos às coisas Que preenchem a realidade.

Está em nós a mudança interior, Apostar em progressos p’ro futuro, Empenhar esforços contínuos Criar pontes, derrubar muros.

Promover o entendimento, A esperança tantas vezes anulada, Simplificar problemas e lutas, De vidas vazias, de gente cansada.

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Concurso Faça lá um poema

É de nós que parte a vontade, De sonhar, de querer, de fazer, Preservar a liberdade de sonhar, Sem se deixar esmagar p’lo excesso do ter.

O essencial basta, e só isso, Cria em nós sorrisos, felicidade, Temos de escolher sempre viver Multiplicar atitudes de bondade.

O desânimo mata a juventude, A tristeza esmaga o pensamento, Basta de crise e de corrupção, Tenhamos energia para o desenvolvimento.

Cada um de nós é uma força Positiva, se agir em cooperação, Saibamos trabalhar sem desdém, Para que cada um tenha paz e pão. Zita, 7º A (fevereiro, 2013)

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O ORVALHO DA NOITE

O orvalho da noite cai no silêncio, cai com uma leveza infinita, cai nas brumas da escuridão.

O orvalho da noite lembra-me o sentimento de angústia, lembra-me as saudades, o sofrimento daquelas pessoas que choram, por aqueles que, inexplicavelmente, já partiram. 38 Biblioteca da Escola Secundária de S. Pedro do Sul


Concurso Faça lá um poema

O orvalho da noite cai gota a gota cada gota despedaça-se nas folhas, nos ramos… cada gota expressa tristeza, num coração em total sofrimento.

Lembra-te, o orvalho da noite pode também dar frescura, ânimo. Arranja forças, enfrenta a vida, esquece o que ficou para trás.

Ana Maria Regalo Coelho, 8º C (fevereiro, 2013)

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LÁPIS e PAPEL

Lápis de escrever Escrever para escritores Papel para ler Ler para leitores. O escritor pensa Lápis escreve O leitor lê Porque o papel mostra. Lápis e papel Escritor e leitor. João Carlos C. F. Pereira, 8.º C (fevereiro, 2013)

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Concurso Faça lá um poema

FLOR Da janela do meu quarto Uma bela flor eu vi Era tão bela e fresca E eu nunca a vira ali … Tinha pétalas vermelhas Um caule muito fino E o seu dono, quem era? - O menino Adelino! O menino Adelino Que era muito traquina Em vez de deitar água à flor Deitava-lhe terra em cima … Certo dia eu lhe pedi Para ficar com a flor … Não é que ele me diz -Vai-te, embora meu estupor!? Muito a custo lhe fiz ver Que às flores como às meninas É preciso tratar bem Pois são o melhor que a vida tem! Samuel Silva Almeida, 7ºA (fevereiro, 2013) 41 Biblioteca da Escola Secundária de S. Pedro do Sul


Concurso Faça lá um poema

DINHEIRO

Dinheiro, dinheiro!... Não é felicidade. Dinheiro, dinheiro, Não compra o tempo.

Dinheiro, dinheiro … Tem cor e não tem cheiro De cor roxo, azul ou verde São notas que não passam de papel.

Por coloridas que sejam, Menos valor têm! Pois a amizade, felicidade, os sentimentos… Não têm preço! João Carlos C. F. Pereira, 8.º C (fevereiro, 2013)

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Concurso Faรงa lรก um poema

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Concurso Faรงa lรก um poema

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