Livro de poesia 2011

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Segunda edição, Fevereiro de 2011

Biblioteca da Escola Secundária de S. Pedro do Sul


Concurso Faça lá um poema

Concurso Faça lá um poema

A segunda edição do Concurso Faça lá um poema, organizada pela Biblioteca da Escola Secundária de S. Pedro do Sul, em colaboração com o Grupo de Português, mostrou mais uma vez a qualidade estética e literária da escrita dos nossos alunos.

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Concurso Faça lá um poema

Segunda edição, Fevereiro de 2011

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Concurso Faça lá um poema

Todas as coisas têm o seu mistério, e a poesia é o mistério de todas as coisas. Federico García Lorca

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Concurso Faรงa lรก um poema

A todos os que ousam escrever poesia

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Concurso Faça lá um poema

Escrever poesia é um excelente meio de desenvolver competências a vários níveis intelectuais, além de ser também um modo de olhar a vida de frente e de expressar sentimentos, sem ter de os revelar e pode ser «ao mesmo tempo um esconderijo e um altifalante» (Nadine Gordimer). A poesia tem contradições, metáforas e paradoxos... Tem vida, movimento e cor. Tem alma, dá alento e alimenta o espírito. A vida com poesia tem mais brilho.

LM

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Concurso Faça lá um poema

Índice de autores Índice HINO À VIDA .......................................................................................................................................... 8 Matilde Bandeira, 12º B SENTIMENTOS ..................................................................................................................................... 10 Anita Rodrigues, 7º B NÃO ME CUBRAM AS PALAVRAS ......................................................................................................... 13 Mariana Madanelo, 12º A MEMÓRIAS QUE NUNCA SE ESQUECEM ............................................................................................... 13 Inês Martins, 8ºA HOJE….................................................................................................................................................. 16 Patrick, 12 º C ALMAS DE PALAVRAS .......................................................................................................................... 18 Marina Gomes, 12º C SE UM DIA OUSASSE MOSTRAR-TE ...................................................................................................... 20 Alexandra Pereira, 11ºE ELOQUENTEMENTE NADA ................................................................................................................... 21 Ana Luísa Santos, 12º D TU ÉS… ................................................................................................................................................. 22 Abel, 10º F SECRETAMENTE ................................................................................................................................... 24 Andrea, 11º E SONHO ................................................................................................................................................ 23 Cílis Soares, 12º D PROFESSORA DE PORTUGUÊS .............................................................................................................. 26 Daniel Almeida SER POETA É… ...................................................................................................................................... 28 José Adegas, 10º F NOTA MARCADA ................................................................................................................................. 29 Júlia Oliveira, 12º D SER POETA É… ...................................................................................................................................... 30 Marta Cardoso, 10º F SER POETA É… ...................................................................................................................................... 31 Pedro Figueiredo, 10 º F FALE COM ELE! ..................................................................................................................................... 32 Pedro Figueiredo, 12º D IMAGINAÇÃO ....................................................................................................................................... 33 Rodrigo Rocha, 7º B SONHAR PARA VIVER ........................................................................................................................... 34 Tânia Vilar, 12º D A VIDA ................................................................................................................................................. 35 Joana Esteves, 9º A SABEREI EU MAIS DO QUE ME COMPETE? ........................................................................................... 36 Ana Patrícia Ribeiro, 12º A

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Concurso Faça lá um poema

HINO À VIDA

Sombra e sol, Iracema Ruffolo Arditi

Foge da sombra que te leva a sombra que já não é tua. Foge do depois fugidio da água que não agarras. Foge do passado encantado passagem que já te agarrou. O futuro ainda é segredo, o antes de ti cessou de existir. Vive o agora. É este o segundo ao Sol. Não gastes as horas preocupado com o tempo. O sonho, não o esgotes porque te faz viver.

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Concurso Faça lá um poema

Faz do sonho ilimitado ainda que o sonhes apenas. Renega no luar da aurora das nuvens a sombra brusca. Vive o agora. É este o segundo ao Sol. Na água mansa do ribeiro lava da alma as vãs glórias; do corpo, as fraquezas e fracassos. O coração é o músculo vencido pelo vento do silêncio adormecido. Ama das praias a simples razão De viver cada onda a tempo inteiro. Pensa em não fingir que se vive. Vive o agora. É este o segundo ao Sol. Eleva-te temerário, jovem inocente. Encontra a luminosa metade de Jano, a que vale o esforço da voz do mar. Acredita, essa parte encontrarás, porque te ergues como uma chama de afirmação de que existes tu e tu não existes só. Matilde Bandeira, 12º B (25/01/11)

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Concurso Faรงa lรก um poema

SENTIMENTOS

Sentimentos, Dad

Tristeza, Deixa-me, larga-me! Corta essas correntes, Que me prendem, que me agarram E que nรฃo me deixam ser feliz!

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Concurso Faça lá um poema

Felicidade, Procura-me, encontra-me! Vem fazer da minha vida, Um oceano, torna-a Mais feliz, mais divertida!

Paixão, Explica-me, ensina-me! Diz-me o que é amar de verdade, Diz-me se é bom, se é mau, Explica-me o que se sente!

Saudade, Ajuda-me, socorre-me! Cuida de toda a gente que me é querida, Olha por eles e diz-lhes o que sinto!

Esperança, Agarra-me, prende-me! Diz-me como posso voltar a vê-los, Diz-me como posso voltar a senti-los!

Solidão, Desaparece, evapora-te! Odeio-te pelo mal que fazes, Odeio-te pela infelicidade que trazes!

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Concurso Faça lá um poema

Paz, Adoro-te, venero-te! Envolve o mundo, Traz alegria, Traz harmonia, Traz um arco-íris que dure todo o dia!

Dor, Perde-te, trata-te! Deixa as pessoas em paz!

Coração, Ensina-me, ensina-lhes! Explica-me, explica-lhes! Diz-nos como lidar contigo, Diz-nos como tudo pode correr bem!

Sentimento, Deixa a tristeza, vive a felicidade! Deixa a guerra, vive a paz! Deixa a dor, vive a alegria! Deixa a solidão, vive a paixão! Deixa a saudade, vive a esperança! VIVAM A VIDA! Anita Rodrigues, 7º B (Janeiro 2011) 12 Biblioteca da Escola Secundária de S. Pedro do Sul


Concurso Faça lá um poema

MEMÓRIAS QUE NUNCA SE ESQUECEM Lembro-me como se fosse hoje… todas as brincadeiras, todos os sorrisos e todas as alegrias que a minha infância me proporcionou! Lembro-me de tudo como se fosse hoje e amava voltar atrás, ao tempo em que sorrir era fácil. Era tão fácil como brincar às casinhas. Disso tenho a plena certeza! Infância que jamais será esquecida. Agora cresci e olho para mim, para a pessoa em que me tornei e é tão diferente da miúda inocente que corria de braços abertos e gritava: Sou liiivre! Sou livre de amar, sofrer, sorrir, expressar-me… enfim viver. Lembro-me tão bem! Quero voltar! Inês Martins, 8ºA

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Concurso Faça lá um poema

NÃO ME CUBRAM AS PALAVRAS

Palavras em transe

Sempre me cobri de ponta a ponta. Nunca deixei que me descobrissem não fosse alguém ler meus olhos e até meus olhos encobri. Sempre voltei para casa escondida do luar dos astros no silêncio das palavras. No tamanho dos meus passos de suaves pezinhos de lã encobri insondáveis segredos só p’ra não acordar meus pais. Agora num devaneio que não sei controlar 14 Biblioteca da Escola Secundária de S. Pedro do Sul


Concurso Faça lá um poema

agora por razões que eu própria desconheço deixo que as palavras me dispam deixo descobrir-me autenticamente despida. Soltam-se as palavras interditas da minha habitação palavras cobertas de véus, de ilhas veladas por espumas sobre ondas verdes caladas por gritos sufocantes de um silêncio humilhante. Agora na minha quinta é primavera, sementeira de chuva de palavras voragem que emerge inteira e rubra das nuvens iluminadas do meu rosto destapado. Pertenço onde estou e estou bem aqui. Já não me apetece cobrir-me.

Mariana Madanelo, 12º A

(26 /01/11)

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Concurso Faça lá um poema

HOJE…

Hoje os meus olhos não se importarão Com as desgraças dos jornais. Intempéries derrocadas misérias E desgraças nos abismos globais. Meu coração nega-se a sofrer Perante injustiças perante ironias. E a razão, cansada de mim, Abandonou-me sem despedida. Nada. Nada importa mais. As palavras morrerão aqui (Palavras, pretextos de falsidade). A vaidade orgânica está em todos. A própria rima é vaidade em si. 16 Biblioteca da Escola Secundária de S. Pedro do Sul


Concurso Faça lá um poema

Vai vazia a voz que nada diz Nas aliterações combinadas Nulidades propositadas Só para agradar. Pragas. Nada. Tudo em vão. Enlouqueci. Se não gostas, não leias nada digas Porque nada digo. Nem estou aqui. Hoje os meus olhos não se importarão. Querem só valer a pena neste cliché Mas num certo quê que nem eu sei E por isso mesmo quero o que não sei. Hoje não me importarei Em saber demais ao ler os jornais. Hoje não quero mais nada Além de entender a minha própria vida. Tudo é simétrico onde me encontro As caras as pessoas as ideias e o sonho. Deixem-me ser eu. Não quero ser lógico E preciso como uma equação matemática. Eu quero errar, quero perder, quero lutar, Quero saber o que é desejar, ver, querer e não ter… Hoje não me importarei Em saber demais ao ler os jornais. Hoje… Quero ser eu! Patrick, 12 º C

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Concurso Faça lá um poema

ALMAS DE PALAVRAS

Dali 1

Vendo almas. Palavras de mágoa e de sonho saem à flor das águas mostrando o que têm… Poupam explicações, incrédulas, capazes de penetrar mas impossíveis de mudar… Criam factos, subjectivamente fúteis. Apenas largadas, são constelações inquietas puxando e levando fragmentos de neurónios esquecidos… Certo, certo é pensar sem pensar.

Vendo palavras com alma feitas. 18 Biblioteca da Escola Secundária de S. Pedro do Sul


Concurso Faça lá um poema

Tudo é a razão do ruído Que esquecido cria a alma.

Mutilado, o silêncio cobre-se de palavras… Sentidas, em aflição permanente, como gravatas asfixiantes, ferem e matam a própria alma!

Neurónios feridos, de silêncio aquecidos, fecundo e sempre alterado…

Vendo almas de palavras feitas.

Marina Gomes, 12º C

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Concurso Faça lá um poema

SE UM DIA OUSASSE MOSTRAR-TE

Da Silva The Corridor

Se um dia ousasse mostrar-te, Que a minha essência suspira o Teu nome, E que apenas respiro por aguardar o Teu amor... Ah! Amada, Cegas-me, Prendes-me, libertas-me! E eu só queria proteger-Te, Tirar-Te deste mundo feio E desfeito por todos! Vem comigo, segue-me... Levar-Te-ei ao Paraíso, se assim desejares! (Se ao menos me acreditasses...) Hei-de abrir-Te o meu peito, Revelar-te o coração e Abrir-te caminho até à alma, para que Saibas que, se a vida deixar de existir em mim, Por Ti valeu a pena. Alexandra Pereira, 11ºE

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Concurso Faça lá um poema

ELOQUENTEMENTE NADA

Desinteressa-me que me ouçam, Não quero ser ouvida Nem pouco me importa se vislumbram talvez Pequeníssima quota-parte deste grão de arroz que tento ser, Só quero ter rumo e ir embora.

Apesar de ser aconchegante a ínfima ideia de chegar Nem quero pensar no facto. Quero que me aconteça tudo mil vezes em modo repetido À velocidade lesmática do Tejo em dia de verão.

Não sei o que procuro, procuro somente. Se ficar quita é deixar acontecer, Se mover é deixar ser, Sejamos algo, já que tão pouco pensamos que somos E pensar é apenas o esboço de quem quer ser.

Eu quero ir, ser algo, ser talvez, se possível, Sem escolher destino, direcção, jornada ou paragem, Apenas ir e nunca mais voltar. Ana Luísa Santos, 12º D

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Concurso Faça lá um poema

TU ÉS…

O calor, que dum fogo sem se ver Arde queimando pela paixão, Alegrando o pequeno coração Que assim se deixa enternecer.

O amor arde, denso e complexo, Simples, delicado e eterno, Que nem o mais rigoroso inverno Lhe tira o ardoroso reflexo. Abel, 10º F

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Concurso Faça lá um poema

SONHO

Estive aqui à espera do sol, À espera que aparecesse, Por tanto tempo esperei E agora ele brilha como um louco Quando eu já me cansei E me sentei à janela A ver a chuva cair.

Não há resposta fácil, Ninguém para culpar ou perdoar, Quando caíste do abismo Dei-te um braço para te segurar Embora fosse eu Quem precisava de uma corda Para me puxar. Encontramo-nos à sombra. Cílis Soares, 12º D

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Concurso Faça lá um poema

SECRETAMENTE

Adorava a forma ténue como davas aqueles passinhos lentos, Sempre tão flutuantes, tão cheios de encanto, Mesmo atrás de mim.

Adorava como me provocavas ânsia apenas pelos teus intentos, Quando me olhavas entre gestos de espanto, Tão adorável assim.

Adorava quando levantavas o teu lábio pálido, Pensando que sorrir seria inútil, vão, E eu ansiava por mais.

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Concurso Faça lá um poema

Adorava ver-te sôfrego por algo meu, cálido, Uma palavra, um simples toque na mão, E eu escondia-te os tais. Só para te ver desesperar por mim, pensar em mim, falar de mim Só para fechar os olhos e sentir a tua presença constante.

Seguias-me pela noite, hipnotizado, enfim, E nem sabias que quem te seguia era eu, delirante.

Andrea, 11º E

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Concurso Faça lá um poema

PROFESSORA DE PORTUGUÊS

Renoir

Às segundas de manhãzinha Tenho aula de Português, Mas a minha professorazinha Parece que só fala chinês.

Às quintas-feiras de manhã Pr’à aula de Português tenho de ir Mas com a matéria que a professora diz Só me dá vontade de dormir.

Mais uma semana que passa, Mais uma matéria dada, Mas eu continuo na mesma Sem perceber nada! 26 Biblioteca da Escola Secundária de S. Pedro do Sul


Concurso Faça lá um poema

A professora tem cabelos brancos, Será de nos aturar? Por isso quando toca Põe-nos logo a andar.

Esta disciplina de Português É muito trabalhosa, Mas para compensar A professora é muito carinhosa.

Para terminar o poema Vou parar de pensar, Porque estou a ficar baralhado E sem palavras para rimar.

Daniel Almeida

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Concurso Faça lá um poema

SER POETA É…

Ser poeta é pensar com a imaginação, É ter palavras de cristal no coração E saber partilhar o que temos, o que não temos E às vezes até o que esquecemos que somos. Ser poeta é ser mais do que um homem, Mais do que uma mulher, Mais que o caminho de quem trouxer Muito mais que os limites da razão. José Adegas, 10º F

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Concurso Faça lá um poema

NOTA MARCADA Não sinto vontade nem desejo. Não sinto a vontade nem o desejo Porque não os quero!

Não sinto nada E todo esse nada O sinto como se fosse meu!

Não quero desejar o desejo, Triste impulso do corpo. Não o quero, porque se o quisesse Em mim cresceria o desejo de posse!

Não desejo, não quero o futuro! Não, não o quero para mim, Porque se o desejasse não existiria Em mim qualquer sentido de existência.

Júlia Oliveira, 12º D

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Concurso Faça lá um poema

SER POETA É…

Ser poeta é sentir o sabor das palavras, E ter asas na imaginação, Escrever o que vem do coração, É sentir a fantasia dentro da realidade. É ter sede de escrever, Alimentar a imaginação, É tirar o vazio que nos enche E aquecer o coração. É mergulhar num sono profundo, De sonhador desperto Que transgride a norma. E é fazer um novo mundo, Dando corpo a outros sonhos Sem lhes conhecer a forma. Marta Cardoso, 10º F

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Concurso Faça lá um poema

SER POETA É…

Ser poeta é ser maior! É ser fonte do infinito, Nos pensamento de um mito, Ou seja lá o que for.

É mergulhar na fonte da fantasia, Escolher com quem se quer fantasiar E boa tinta na pena Sobre um papel caído do ar.

Num papiro, numa sebenta ou selecta, Ou na terra que o vento apaga, O dom de escrever é música Que o poema inventa no sentir do poeta. Pedro Figueiredo, 10 º F

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Concurso Faça lá um poema

FALE COM ELE!

A instabilidade não inconstante Que intimamente se instalou em mim É infindavelmente Irresoluta, incapaz, insatisfatória, Incentivando-me numa campanha Pelo incerto e o incolor Insuportável para os indivíduos Que me cercam. Pedro Figueiredo, 12º D

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Concurso Faça lá um poema

IMAGINAÇÃO

O que é a imaginação? A imaginação é a imensa claridade, É uma porta para o futuro, Que transpõe a realidade.

A claridade é a luz, Guia-nos pela imaginação, Faz-nos arquitectar Os caminhos da conclusão.

É uma porta para o futuro, Cheia de sensações e ousadias. Faz-nos tentar, Para talvez alcançar O nosso sonho que é voar. Rodrigo Rocha, 7º B

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Concurso Faça lá um poema

SONHAR PARA VIVER O vento sopra lá fora Nesta noite fria de Inverno Mãe, já está na hora De me vires dar esse beijo terno.

Amanhã será outro dia E o beijo que hoje me dás Amanha já não me acaricia Nem me transmite tanta paz.

Parece-me este sonho tão real E ao mesmo tempo tão triste, Sinto saudade da pessoa leal Que tu própria nunca viste. Tânia Vilar, 12º D

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Concurso Faça lá um poema

A VIDA

A vida é dura Foge de repente Quem vai não volta A saudade perdura Mas o tempo esquece

Se houvesse cura Para tal dor Que sufoca o coração Que o despedaça sem pudor Eu a diria ao mundo, Para que outros como eu Seguissem em frente Com doces memórias, puras De quem deixou a saudade E partiu inocente Joana Esteves, 9ºA

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Concurso Faça lá um poema

SABEREI EU MAIS DO QUE ME COMPETE?

Saberei eu mais do que me compete? Ou nem o que me compete saberei? Sei do que a vida me promete, Pois sempre breve a achei. Não a desejo curta ou eterna, Apenas a quero em breve metade. Sei que o tempo trai a vida Portanto recuso-me à longevidade. Não! Não manifestarei sorrisos todas as manhãs. Quanto muito, à tarde, contemplarei com ar cansado, De quem adormece todas as noites Tentando esquecer o que foi passado. Felicidade! Sei que não a terei continuamente Pois quem a procura, adormece arduamente.

Ana Patrícia Ribeiro, 12ºA

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Concurso Faรงa lรก um poema

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Concurso Faรงa lรก um poema

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