EDIÇÃO #018 / Ano 002 ▪ JUNHO DE 2015 / www.estacaonews.blog.br
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Revista Suprema
Premiação das melhores empresas da M.norte, QNL e QNJ Comportamento
Até que o divórcio vos separe Nutrição
Alimentação na Gravidez.
Beleza
Morango estimula a beleza feminina
Pet
Otite, a comum dor de ouvido
O que fazemos dentro dos relacionamentos afetivos?
Editorial
DIRETORA GERAL CLAUDIANE PINHEIRO CLAUDIANE.PINHEIRO@GMAIL.COM DIRETOR DE COMUNICAÇÃO FLÁVIO RABELO CHAVES TRUNKSTAGUA@GMAIL.COM DIRETORA FINANCEIRO. MARIA NAZARÉ DA LUZ NAZARELUZ@GMAIL.COM WEB DESINGNER DIAGRAMAÇÃO : CLAUDIOMAR
Sumário PET MEU PET- Otite, a comum dor de ouvido
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EDUCAÇÃO
CURSOS PROFISSIONALIZANTES- Instituto de Educação Sagres
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PSICOLOGIA Você sofre com seu mau humor ?
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NUTRIÇÃO ALIMENTAÇÃO- Alimentação na Gravidez.
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SUPREMA PRÊMIO EMPRESAS - Melhores Empresas M.Norte, QNL e QNJ.
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REFLEXÃO O que fazemos dentro dos relacionamentos afetivos?
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JORNALISTA PROFISSIONAL CLAUDI LOPES -DRT 1020/PA REPORTER PROFISSIONAL ANDREIA SANTOS BATISTA CONTATO: (61) 4103-4500 C 05 LOTE 09 SALA 205 TAGUATINGA CENTRO CIRCULAÇÃO: BRASÍLIA / ENTORNO
Revista Estação
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COMPORTAMENTO RELACIONAMENTO - Até que o divórcio vos separe.
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PEtS
meU Pet. OTITE, a comum dor de ouvido. se o seu cachorro está com agitação na área da cabeça, coceira, vermelhidão, secreção nos ouvidos e dor ao ser tocado nas orelhas, saiba que ele pode estar com otite – também conhecida como dor de ouvido – uma inflamação do canal auditivo canino. essa doença pode ser provocada por fungos, bactérias, parasitas, corpos estranhos, excesso na produção de cerúmen (secreção de cera), alergias e, até mesmo, doenças autoimunes. além das causas primárias, há alguns fatores que favorecem o aparecimento da otite e que também podem dificultar o tratamento e a cura. entre eles, temos a umidade, o excesso de pelos dentro do conduto auditivo, o formato das orelhas, traumas por cotonetes e produtos que irritam o ouvido do cão. O tratamento, na maioria dos casos, é feito de maneira tópica (com pomada, gel ou loção), porém é de extrema importância que a causa seja identificada com uma consulta feita por um médico veterinário que, se necessário, irá realizar exames complementares, como por exemplo, a citologia ou cultura de micro-organismos. esses exames são fundamentais para que seja indicado um medicamento adequado. em casos graves ou crônicos de otite, o profissional irá receitar medicamentos via oral e procedimentos considerados mais invasivos, como uma limpeza e lavagem dos condutos auditivos. vale ressaltar que se a doença não for tratada corretamente, o quadro pode evoluir e causar alterações severas, entre elas a perfuração do tímpano, perda de audição e até convulsões.
COMO EVITAR UMA OTITE • Cuide da limpeza dos ouvidos do seu cachorro se-
dos ouvidos saudáveis, pois a irritação que
manalmente utilizando sempre produtos adequados
esse procedimento causa pode predispor a insta-
para animais.
lação de uma otite.
• Durante o banho, tenha cuidado, evite a entrada
• Animais que praticam natação devem ter as orel-
de água nos ouvidos (pode ser feito um tampão com
has bem limpas e secas após a prática.
algodões).
• Procure um médico veterinário assim que aparecer
• Não é recomendável arrancar os pelos de dentro
qualquer um dos sintomas descritos acima.
Os sintomas da otite em cães. • Forte coceira na região das orelhas: cão passa a coçar, balançar e esfregar a cabeça onde puder para aliviar o sintoma, incluindo o chão e os móveis da casa. • Secreções: o ouvido do cachorro passa a apresentar secreções de cor amarelada e, em alguns casos, com pus. • Odor diferente e forte ou mau cheiro no ouvido do cachorro
• Vermelhidão, escurecimento ou aparecimento de crostas no ouvido do animal Inchaço na região da orelha • Perda de audição do cão • Forte dor nas orelhas: o cachorro aparenta sentir muita dor nas ocasiões em que a orelha se mexe ou é tocada • Ferimentos Peri-auriculares, que são ferimentos próximos às conchas auditivas, causados pela coceira constante. Revista Estação
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EDuCAçãO
CUrsOs PROFISSIONALIZANTES
MATRICULAS ABERTAS! DESCONTO DE 50% NA INDICAÇÃO DE 1 AMIGO(A) Revista Estação
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PSICOLOGIA
Você sofre com seu mau humor? Você sofre com o seu mau humor? Todos nós temos momentos de mau humor! A oscilação de emoções faz parte do dia a dia: alternamos momentos de alegria com momentos de tristeza, de tédio, irritação, excitação, etc. É normal ficar irritado e de mau humor quando as coisas não caminham da forma como você gostaria, quando algo que você planeja dá errado, quando você cria expectativas e elas não se concretizam ou mesmo quando tudo à sua volta parece conspirar contra você. Mas daí a manter-se de mau humor e, pior ainda, descarregá-lo em alguém que nada tem a ver com a situação, pode se tornar um problema para o malhumorado, gerando conflitos, brigas, discussões e até afastamento das pessoas queridas que se cansam de conviver com o seu mau humor. Pessoas mal humoradas costumam ficar estressadas: o nível de sua ansiedade se eleva, o que pode colaborar para que elas se tornem cada vez mais irritadas, gerando um círculo vicioso onde há cada vez mais irritação, estresse e mau humor. Como consequência e como forma paliativa de “aliviar” seu mau humor, a pessoa pode comer demais ou perder o apetite; envolver-se com álcool ou drogas; apresentar distúrbios do sono (dormir demais ou ter insônia); tornar-se pessimista; sentirfadiga crônica. Além disso, o mal humorado pode buscar o isolamento para evitar de se irritar com as outras pessoas e o estresse constante pode gerar uma série de doenças físicas como gastrite, úlcera, síndrome do intestino irritável, alergias, diminuição do sistema imunológico, hipertensão, alterações metabólicas, etc. O mau humor pode ser aprendido dentro da família: pais mal-humorados, que reclamam de tudo, costumam ter filhos mal humorados. O estado de humor também depende da forma como a pessoa encara os problemas do dia a dia e de que forma ela aprendeu a lidar com eles: se ela está de mau humor, todos os problemas se amplificam, ao contrário da pessoa bem humorada que, com seu bom humor, consegue encará-los de forma mais positiva, buscando mais facilmente a solução: o malhumorado, ao invés de procurara solução do problema, “prefere” se lamentar ad eternumporque tem um problema, o que gera um sofrimento sem fim. É fundamental que a pessoa mal humorada busque a ajuda profissional de um psicólogo quando seu mau humor atrapalha ou interfere na sua vida, quando traz problemas nas diversas esferas do dia a dia e, principalmente, para evitar um mal maior que o mau humor e a tensão elevada podem causar a longo prazo. O tratamento psicológico leva a pessoa a mudar a sua forma de encarar seus problemas, a pensar e agir de forma mais positiva, resgatando o prazer de viver e melhorando a relação com as pessoas a sua volta. Algumas dicas para afastar o mau humor do dia a dia: 1- Divirta-se com seu pet: brincar com seu animal de estimação é um grande remédio para relaxar. Sempre que estiver nervoso ou irritado, tente acariciar o bichinho e verá o resultado! 2- Faça coisas simples e divertidas: cantar no chuveiro logo de manhã, assistir a filmes de comédia, ouvir suas músicas favoritas e dançar ao som delas, etc. 3- Mantenha contato com as pessoas de que mais gosta: bater papo com bons amigos toda a semana e trocar ideias, fará você rir e ver os problemas com outros olhos. 4- Exercite-se: faça uma atividade aeróbica: dançar, jogar bola, pedalar... 5- Olhe para trás: quando estiver mal-humorado, relembre os momentos ruins que já superou. Isso trará sensação de calma e relaxamento. Revista Estação
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nutrição
alimentaçãO na gravidez
Ácido fólico, cálcio e vitaminas A, C e D estão na lista de nutrientes essenciais à saúde da gestante e do bebê A gravidez é um período de grandes transformações para a mulher. Durante a gestação, ela passa por diversas alterações físicas, hormonais e psicológicas, que merecem atenção. Dentre os cuidados que garantem bebê e mamãe saudáveis, a alimentação destaca-se e requer acompanhamento especial. Dieta inadequada e a falta de nutrientes, por exemplo, prejudicam a formação do feto. De acordo com a nutricionista Márcia Loureiro, responsável por uma empresa que produz refeições balanceadas e personalizadas para diferentes tipos de dieta, os nove meses de gestação apresentam fases nutricionais diferentes. “No primeiro trimestre, a mãe não precisa preocupar-se em ingerir calorias a mais, mas, sim, garantir a qualidade da alimentação, ou seja, consumir alimentos que sejam fontes de vitaminas, minerais e fi toquímicos. Nesse momento está ocorrendo a formação de todos os órgãos da criança. Já no segundo e terceiro trimestres, o bebê terminará seu desenvolvimento e ganhará peso. Nessas fases, a mãe precisa aumentar um pouco a ingestão calórica, mas sempre se preocupando com a qualidade dos alimentos”, orienta.
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nutrientes com sinal verde
gestante.
A nutricionista Patrícia Alves Soares,especialista em Nutrição Humana e Saúde, Nutracêuticos e Oxidologia (medicina ortomolecular), conta que a gestante deve aumentar a ingestão de ácido fólico, não só para a formação do tubo neural do bebê, mas porque esta vitamina tem ação antidepressiva e auxilia na dilatação dos vasos sanguíneos, o que previne a hipertensão.
Já a do tipo C atua na formação do colágeno (que compõe pele, ossos, cartilagem e vasos sanguíneos) e ainda auxilia na absorção de ferro e fortalece o sistema imunológico.
O consumo regular de ômega 3 também é indicado, pois esse óleo poli-insaturado tem ação anti-infl amatória, que melhora as dores musculares e auxilia no controle do peso, além de atuar fortalecendo o desenvolvimento da placenta.
Alguns estudos constataram que as primeiras experiências com o sabor são transmitidas pela mãe, por meio do líquido amniótico, antes mesmos do nascimento. Mães que comem melhor desde o inicio da gestação transmitem esse sabor para o fi lho, da mesma maneira que mães que comem muito açúcar, muita gordura e muita comida processada. Logo, na primeira infância, a criança vai ter receptores favoráveis àqueles elementos que foram consumidos pela mãe. Por isso as gestantes devem escolher muito bem os alimentos para garantirem um futuro saudável aos seus fi lhos.
Já o cálcio e a vitamina D são nutrientes com ação fortalecedora dos vasos sanguíneos e das terminações nervosas. Essa dupla previne câimbras por defi ciência circulatória, das quais muitas mães se queixam na gestação. Márcia acrescenta a ingestão de água como sendo essencial para a produção de leite e diversos outros benefícios. “A quantidade ideal de água é o seu peso X 40ml.” A ingestão de vitamina A também é apontada por ela como muito importante, pois é ideal para o crescimento celular, ósseo e formação do broto dentário do bebê, além de ser importante para a saúde dos olhos e para o sistema imunológico da
transmita
bons hÁbitos!
Itens que pedem atenção
Particularidades
Patrícia alerta que o ômega 3 é importante, mas é preciso fi car atento à origem dos peixes, que estão entre as principais fontes desse ácido graxo, para evitar a contaminação por metais pesados.
A enfermeira obstetra Mariana Faria Gonçalves, diz que, na primeira consulta de pré-natal, o médico ou enfermeira obstetra irão calcular o peso que a mulher deve ganhar na gestação.
“Consumir peixes com moderação e investir em sementes como chia e linhaça para obter o ômega 3 pode ser uma alternativa, assim como a suplementação.”
Portadoras de diabetes devem ter um acompanhamento de sua glicemia e algumas, inclusive, necessitam de insulinoterapia.
Outro cuidado é ler os rótulos de alimentos processados e evitar temperos artifi ciais que acrescentem a substância glutamato monossódico, presente em produtos realçadores de sabor, pois seu consumo constante é associado com crises de cefaleia prolongada, confusão e fadiga mental.
Gestantes com depressão também seguem uma dieta diferenciada, assim como as que apresentam obesidade, que redobram os cuidados e precisam de acompanhamento de nutricionistas.
a alimentação requer acompanhamento especial. dieta inadequada e a falta de nutrientes prejudicam a formação do feto.
Adolescentes grávidas também necessitam de dieta criteriosa.
Os refrigerantes também devem ser evitados, uma vez que seus níveis de fosfato, quando consumidos em grande volume em um intervalo curto de tempo, levam à perda de cálcio no sangue. A nutricionista lembra que sódio, sal, açúcar e frituras também devem ser evitados.
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rEFLEXãO
O que fazemos dentro dos relacionamentos afetivos?
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izemos uma coisa, mas fazemos outra. Vivemos com um grande vazio interior, resultado da nossa própria ausência na nossa própria vida. Dizemos que relacionamento afetivo é companheirismo, quando buscamos alguém para tampar este buraco, assim a pessoa entra em nossa vida apenas para companhia e diversão. Dizemos que relacionamento afetivo é compartilhar, mas dentro da relação nos tornarmos em fiscais do comportamento do outro, policiando-lhe constantemente. Falamos de amor, mas expressamos ciúmes e possessividade. Entramos nas relações cheios de idealizações, fantasias, ilusões e projeções, mas ao descobrir que o parceiro não se enquadra dentro delas, percebemos que na verdade estamos manifestando nossas verdadeiras crenças e convicções que geralmente são contrárias ao Amor. Queremos porque queremos um parceiro afetivo, quando este chega é quando vamos descobrir que não estávamos prontos nem para entrar na vida desta pessoa e nem prontos para ela entrar em nossa vida. Iniciamos uma relação sem dizermos a verdade seja para nós ou para o parceiro, e vamos ficando, ficando, ficando e muitas vezes saímos da relação sem que o parceiro saiba, ao menos, o que queríamos realmente. Dizemos que relacionamento afetivo é a experiência do amar e ser amado, porém, entramos nas relações justamente sem experimentarmos a experiência de nos amarmos a nós mesmos. Usamos nas relações afetivas cartilhas com antigas lições, como, encontrar a pessoa certa, ser a pessoa certa, casamento é loteria, que temos de ter algo em comum, mas na prática, mostramos que aprendemos a “sair fora” quando as coisas se complicam ao invés de ficar para resolver, reclamamos que éramos diferentes demais, mas que também não conseguiríamos viver com alguém igual a nós. Buscamos freneticamente um relacionamento, mas quando estamos nele, nos perguntamos o que estamos fazendo dentro dele. Falamos que queremos relacionamento, quando no fundo queremos somente companhia. Talvez tenha chegado a hora de rever nossas convicções e atitudes nas relações afetivas. Tendo em vista que: - as pessoas não são bens disponíveis no Universo porque possuem livre-arbítrio e fazem escolhas; - os relacionamentos são construídos por uma esfera não humana, haja visto que os relacionamentos nos
acontecem, por mais que tentemos promovê-los; - não temos a menor garantia de uma relação, pois cada parceiro tem o poder de sair dela em qualquer estágio do relacionamento; - não podemos controlar indefinidamente o que uma pessoa pensa ou sente; - corremos o risco de não sermos amados como gostaríamos e do jeito que queríamos; - por mais tempo que venhamos a trilhar ao lado de um parceiro, permaneceremos em nossa própria companhia pela eternidade; Apresento, então, algumas lâminas para os nossos momentos de reflexões: Conseguiremos amar alguém fora de nós sem antes aprendermos a nos amar? Conseguiremos amar alguém fora de nós, vindo do mundo que geralmente o consideramos hostil e ameaçador, sem aprendermos a amar de forma incondicional? Conseguiremos amar e sermos amados quando não acreditamos no Amor? Conseguiremos amar e sermos amados nos orientando com cartilhas de psicologia e de espiritualidade? Somos parceiros para amar ou para construir? Podemos construir sem amar? Podemos amar sem construir? É possível estar numa relação afetiva desconectado de quem somos e do que queremos? Confiamos o suficiente em nós para experimentarmos a experiência do Amor, principalmente tendo como referências nossas observações trazidas do nosso lar da infância, ao vermos o Amor entre nossos genitores? Confiamos o suficiente em nossa capacidade de amar a ponto de promovermos a felicidade do outro? Temos a coragem necessária para confessar ao parceiro o que queremos realmente dele? Temos a mesma coragem para conhecer a verdade do outro a nosso respeito? O que queremos realmente: um relacionamento ou um companheiro? Podemos a partir de um companheiro construir um relacionamento afetivo? Podemos ter um relacionamento sem um companheiro afetivo? Penso que o mais importante não é mostrar que fazemos o que dizemos. O fundamental dentro da relação é percebermos justamente nossas incoerências, incompatibilidades, inconsistências e paradoxos, de forma nos auxiliar e auxiliar o parceiro a tornar a relação mais significativa. É nos permitir crescer e permitir o crescimento do outro, dentro da relação, através do aprendizado das lições trazidas pelos conflitos e da indispensável revisão de crenças e convicções. Revista Estação
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COMPORTAMENTO
“ Até que o divórcio vos separe” “O fim da união pôs fim a uma seqüência de brigas e desentendimentos”
O
mundo parecia cair aos pés da professora Alice Vasconcelos quando o seu casamento, de sete anos, chegou ao fim. O término da união começa com uma sequência de brigas e desentendimentos. “O drama maior foi explicar isso aos nossos lhos e fazê-los entender que isto seria melhor para todos”, recorda Alice. Quando o divórcio chega, uma das maiores di culdades é lidar com a pressão da família e com a adaptação a nova realidade. De acordo com o psicólogo José Miranda Filho, especia0lista em terapias de casais, a separação é sempre traumática, mesmo quando se trata de uma decisão consensual tomada pelo casal. “Reconstruir uma vida, depois de um longo convívio, é uma experiência que exige muita maturidade e deixa sequelas afetivas”, explica Filho. Para o psicólogo, o apoio dos amigos e da família é decisivo para dar suporte emocional aos descasados. “A disputa da guarda dos lhos e dos bens materiais é um dos problemas enfrentados durante a separação, o que exige muito bom senso a m de que haja um equilíbrio entre os ônus e os bônus da separação”, adverte Filho. A legalização do divórcio no Brasil e as mudanças na sociedade brasileira zeram aumentar o número de separações. O nosso país segue uma tendência mundial. Em nações europeias, como a França, ao contrário, o divórcio diminuiu, por uma razão irônica: diminuíram os casamentos e, com isso, as
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taxas de natalidade. Por isso, a população da terra da cantora Edith Piaf envelheceu: há muitos adultos e velhos e poucas crianças, o que causou desequilíbrios econômicos. Hoje a França tem muitos idosos e aposentados e poucas crianças. E sua população economicamente ativa diminuiu, com claro impacto negativo sobre o sistema previdenciário. Quando se analisa o divórcio, outro fator a considerar é que o antigo sistema de família patriarcal e unicelular já não existe mais. Hoje muitos lares hoje são mantidos por mães solteiras ou divorciadas. É o caso da secretária administrativa Vanilda Lopes. Separada desde que o seu lho único completou dois anos de idade, ela optou por continuar solteira e tem receio de partir para outra relação conjugal estável. “A decepção que o meu casamento deixou e a revolta do meu lho com a indiferença que o pai dele demonstrou com ele deixaram marcas amargas em mim e não sei se quero repetir esta experiência negativa”, desabafa Vanilda.
O casamento tradicional, de papel passado, parece estar se transformando numa instituição falida. As juras de amor e delidade durante as cerimônias matrimoniais já não convencem ninguém. No lugar delas, crescem as relações abertas e as uniões estáveis. Depois de duas separações e três pensões alimentícias no contracheque, o bancário José Eustáquio Rodrigues, resolveu mudar de estilo. “Eu e minha namorada chegamos à conclusão que o melhor jeito de união é aquele do ‘eu de cá você de lá’, pois isso diminui os con itos”, compara. Rodrigues mora sozinho com um amigo e a sua companheira voltou a morar com os pais depois que o marido a abandonou. “Viver em tetos diferentes pode até aumentar as despesas, mas com certeza reduz a tensão do cotidiano e o desgaste natural das relações”, completa Eustáquio. As transformações no campo so cial também estão forjando uma nova cultura jurídica e acabando com a tradição histórica de fa-
“O fim da união pôs fim a uma seqüência de brigas e desentendimentos” Angústia Genética vorecer as mulheres nos litígios. Segundo o professor de Direito da Família da UniDF, Frederico Nunes Lemos, os magistrados estão se livrando de estigmas e preconceitos na hora de “dar a César o que é de César”. “Os homens estão disputando cada vez mais a guarda dos lhos, que antes era monopólio das mães e hoje já vários casos de mulheres que pagam pensão aos seus ex-maridos”, compara o professor. Diante da fugacidade que tomou conta das relações pessoais e da decadência da família enquanto instituição celular, muitas pessoas têm buscado refúgio nos relacionamentos virtuais. A Internet, assim, está cada vez ais sendo usada para armazenar e transmitir mensagens e aproximar pessoas. A comunicação virtual, porém, deu lugar a uma permissividade e a um voyerismo narcisista que transformou a rede mundial de computadores num espaço de convívio muitas vezes inseguro. No livro “Sexo e afeto na era tecnológica”, pesquisadores da UnB re etem sobre a força destas relações eróticas estabelecidas à istância. “Acobertados por nicknames, sem contatos visuais, os internautas podem entrar e sair das salas a qualquer momento, comunicando-se por meio de linguagem simbólica, e entregam-se a ousadia de criar quantos personagens povoem o seu imaginário”, a rma a publicação.
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oje em dia os casamentos acabam por qualquer motivo: intromissão da sogra, problemas nanceiros, ignorância da sogra, falência afetiva, desaforo da sogra, incompatibilidade sexual, presença da sogra, etc. Com a bancária Ana e o marceneiro Gustavo foi diferente. A união de quatro anos se desfez depois de uma longa crise conjugal. O casal não conseguia procriar e, por isso, as desavenças cresceram e as brigas se multiplicaram. Ana fez de tudo para ter um lho. O tratamento hormonal e a inseminação arti cial não deram resultado. o casal peregrinou durante três anos por ginecologistas, psicólogos e urologistas. Pediram a benção do padre, recorreram ao espiritismo, participaram de uma sessão de descarrego numa igreja pentecostal. Nada. Um alarme falso soou quando o ciclo menstrual de Ana atrasou dois dias. Mas a gravidez não veio. Gustavo, nordestino, não aguentava mais a chacota dos colegas da o cina: “se precisar de uma força, estamos aí”, diziam os debochados amigos. A avó de Ana – com aquela sensibilidade de elefante na aula e balé – dizia que a neta era uma árvore que não dava frutos. E se gabava dos 15 lhos – mataram um e ela adotou outro para não desinteirar. No dia das mães, era aquele sofrimento. O casal não ia aos almoços da família, aos domingos, porque nesta ocasião a tristeza aumentava, ao ver os sobrinhos correndo pela casa. Tomaram a decisão: o divórcio foi selado em 1998, numa quarta-feira chuvosa, no Fórum do Guará. Venderam o apartamento do casal, no Lúcio Costa. Com o dinheiro, Ana comprou um Gol Bola e Gustavo montou uma pamonharia em Goiânia, para onde se mudou. Ana foi morar com uma prima divorciada. Continuaram amigos. No mês passado, enquanto o Jornal Nacional exibia uma reportagem sobre as novas descobertas da Engenharia Genética, Ana abria correspondências diariamente. No meio delas, uma carta do Gustavo convidando para o batizado do Michael, seu primeiro lho, que nasceu robusto – mais de quatro quilos, o danado – e com a cara do pai. A ex-esposa não teve dúvidas: pegou o telefone sem o e ligou para Gustavo, parabenizando-o pelo bebê. Ana agradeceu o convite e lamentou não poder ir à festa, pois no mesmo dia teria que comparecer à 7a. consulta do seu pré-natal. No dia seguinte, despachou por sedex um sapatinho para o pimpolho e o livro “Sem tesão não há solução”, do Roberto Freire, que Gustavo até hoje não terminou de ler, porque de dia o movimento na pamonharia é muito grande e à noite Michael não pára de chorar. (*) O autor é jornalista e autor do livro “Deuses de Acrílico” Revista Estação
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