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capa
Paul Richard Ugo e sua estréia literária que merece a saudação: “Incrível! Fantástico! Extraordinário!” Pág. 06
Entrevistas
BRASIL
Alda Inácio......................................................................................................17 Antônio Guedes Alcoforado ........................................................................22 Carol Bonacim..............................................................................................27 Claúdia Isadora F. de Oliveira.........................................................................33 Giovane Santos................................................................................................38 Jack Michel......................................................................................................43 José Carlos Sibila............................................................................................48 Luiz Amato.....................................................................................................51 Mary Angela...................................................................................................54 Paulo Marsal...................................................................................................58 Pedroom Lanne..............................................................................................61 Rijarda Giandini.............................................................................................65 Silvia Ligabue..................................................................................................70 T. S. Duque......................................................................................................73 Uiara Melo.......................................................................................................77 Valéria Guerra.................................................................................................81 Vanessa Arruda...............................................................................................85 PORTUGAL Manuel Amaro................................................................................................89
Participação Especial
Colunas
Amilton Costa..................................................................21
Fabiana Juvêncio....................................................................31 Ramalho Leite.........................................................................36 Noka......................................................................................41 Dilercy Adler......................................................................47 Margarida Lorena Zago....................................................53 Nell Morato..........................................................................57 Onã Silva..............................................................................60 Marta Maria Niemeyer.....................................................76 Anchieta Antunes..............................................................84 Helena Santos.......................................................................88
Livros em Foco
A Vida em Partes – Francisco Mellão Laraya.............15 Mercado Literário – Léo Vieira..............................26 Solar de Poetas – José Sepúlveda..................69 Poetas Povoeiros – Amy Dine..................................93
Resenha Profissional
Alameda – autora Astrid Cabral..............94
Francisco Evandro....97 Lola Prata...................99 Lúcia Gonçalves......100 Neyd Montingelli....101 Valéria Guerra.........102
Revista Divulga Escritor Revista Literária da Lusofonia
Shirley M. Cavalcante (SMC) Editora e Coordenadora do projeto Divulga Escritor www.divulgaescritor.com
Com enorme orgulho e satisfação, apresentamos a segunda edição Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia, 2016. Nesta edição encontraremos alguns textos em homenagem ao dia das Mães. Tantos sonhos juntos, repletos de esperanças, pequenas conquistas, VIDA. Vamos juntos ler, divulgar, a Revista Literária da Lusofonia, a Revista esta composta com entrevistas e matérias exclusivas de escritores e escritoras contemporâneas. Muito obrigada equipe Divulga Escritor, administradores dos grupos: Obrigada, Jose Sepulveda, apoio em Portugal. Obrigada Amy Dine, apoio em Portugal. Obrigada, Helena Santos, apoio em Portugal. Obrigada, Francisco Mellão Laraya, apoio Brasil. Obrigada, Mirian Menezes de Oliveira, apoio Brasil. Obrigada, José Lopes da Nave, apoio Portugal. Obrigada, Mário de Méroe, apoio Brasil. Obrigada, Giuliano de Méroe, apoio Brasil. Obrigada, Ilka Cristina, apoio Brasil Obrigada, a cada um dos escritores que participam contribuindo com suas maravilhosas trajetórias literárias, apresentadas em entrevistas. Obrigada, colunistas, que mantém o projeto vivo! MUITO OBRIGADA, por juntos estarmos Divulgando LITERATURA. por juntos estarmos dizendo ao mundo, EU SOU ESCRITOR, EU ESTOU AQUI. Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia, uma Revista elaborada por escritores, com distribuição gratuita para leitores de todo o mundo. Boa Leitura!
Ano IV Nº 19 abr/mai 2016 Publicação: Bimestral Editora Responsável: Shirley M. Cavalcante DRT: 2664 Projeto gráfico e Diagramação EstampaPB Para Anunciar smccomunicacao@hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para ler edições anteriores acesse www.divulgaescritor.com Os artigos de opinião são de inteira responsabilidade dos colunistas que os assinam, não expressando necessariamente o pensamento da Divulga Escritor. ISSN 2358-0119
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Paul Richard Ugo
e sua estreia literária que merece a saudação: “Incrível! Fantástico! Extraordinário!” Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Publicitário, redator e professor, desde criança criando roteiros de filmes imaginários, e depois roteiros de filmes de treinamento, publicidades em TV, textos para anúncios impressos e, em casa, criando histórias e colecionando ideias. Amante dos livros e filmes de mistério e de autores como Edgard Alan Poe, H.P. Lovecraft, Stephen King e Humberto de Campos, teve influência da série americana de Rod Serling Twilight Zone, e das produções da inglesa Hammer Films além
dos incríveis filmes de Hitchcock. Este é Paul Richard Ugo, contista de mistério que descreve, além da história, o ambiente onde as tramas acontecem fazendo com que cada lugar se transforme também em um personagem. “A leitura pode ser feita com dois pontos de vista. O do simples entretenimento para quem gosta do estilo, e o da crítica ao comportamento humano.” Boa Leitura!
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Escritor Paul Richard Ugo é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos o que mais o atrai nos contos? Paul Richard Ugo - Contos são histórias curtas, de leitura rápida e que trazem para dentro de um mesmo livro, diversas histórias dentro de um mesmo estilo. É como se lêssemos um seriado como Tales From The Crypt ou Além da Imaginação (Twiligth Zone). Gosto do estilo pois não cansa o leitor. E isso não invalida que alguns contos de um mesmo livro possam ter conexões e ainda serem histórias independentes. E isso acontece em meu livro. Acho que escrevo contos por influência de excelentes professores que tive na escola e no curso superior pois sempre me estimularam a escrever redações. E isso acabou me dando um sentido de síntese para expor uma história complexa e atraente em poucas páginas. Para mim, é uma sensação de prazer imenso quando termino um conto. É como terminar de escrever um livro. Então, imagine um livro com mais de vinte e dois contos: é este prazer multiplicado por 20! Costumas escrever em outros estilos literários? Paul Richard Ugo - Na verdade, gostaria de escrever mais. Gosto do estilo novela (no sentido literário, e não do folhetim). Tenho algumas sinopses de romances que ainda não foram desenvolvidas. Gosto de escrever crônicas sobre assuntos variados. Mas elas devem ser lidas e consumidas de imediato para não perderem o sabor da contemporaneidade. E para isso, devem ser publicadas de imediato para manterem seu frescor. E isso está cada vez mais difícil e se limitando a pequenas análises e comentários nos posts de redes sociais. Conte-nos um pouco sobre o seu livro Contos de Alguns Lugares. Paul Richard Ugo - Comecei a escrever os Contos de Alguns Lu8
gares como conteúdo de um blog de textos que tenho. Neste estilo, somei 13 contos que me pareceram interessantes para formarem um livro. Mas, acabei me entusiasmando pela opinião de algumas pessoas ligadas ao meio literário para as quais eu enviava pedindo opinião, e ao chegar ao vigésimo segundo conto, que me foi ditado pela intuição, dei por concluída a obra. Hoje o livro está seguindo um caminho muito bom, com críticas positivas por parte de leitores especializados no tema apesar de toda a dificuldade que tenho como escritor desconhecido e estreante. Em dezembro de 2015, três meses depois do lançamento, o livro entrou para a lista dos mewww.divulgaescritor.com | fev/mar | 2016
lhores livros de terror do ano de 2015, segundo o blog Biblioteca do Terror. O livro rendeu um convite para ser um dos roteiristas do Canal Medologia do Youtube, que produz vídeos de terror de curta duração. Esta experiência tem sido muito boa. Em que momento pensou em escrever o seu livro “Contos de Alguns Lugares”? Paul Richard Ugo - Sempre senti necessidade de escrever. Desde pequeno escrevia roteiros de filmes que nunca foram produzidos, de histórias que nunca viraram livros, até que profissionalmente esta bagagem acabou por me ajudar quando escrevi colunas para
brenaturais reais que uso em meus contos. Todos eles contêm elementos de experiências vivenciadas por mim sejam pelos lugares por onde passei ou por coisas que realmente aconteceram.
jornais, roteiros para filmes publicitários e textos para anúncios em mídia impressa. Mas o sobrenatural sempre me fascinou. Desde meus primeiros filmes em super-8 até as gravações de novelas de comédias de terror com amigos em fitas K-7 gravadas em toscos gravadores portáteis, que o tema terror me acompanha. Foi como um pote que foi enchendo até que decidi dividir minhas histórias com o público. Gosto de pesquisas e o livro me permitiu isso. E já estou a caminho da continuação do livro, desenvolvendo alguns textos. Mas, como sou detalhista e tento conciliar os problemas do cotidiano com a arte de escrever, este projeto deverá tomar um bom tempo.
Como foi a construção dos contos que compõe o livro? Paul Richard Ugo - Não posso negar que tenho forte influência daquilo que vi e ouvi quando criança. Havia um programa de rádio no Rio de Janeiro chamado “Eu Acredito no Incrível” que eu ouvia com a empregada doméstica que trabalhava em minha casa. Eram assustadores. Depois, não perdia nenhum filme da Hammer Films com Peter Cushing, Vincent Price, Bela Lugosi, Christopher Lee, dentre outros ícones da produtora. Depois disso, a série americana Twilight Zone, ainda na TV em preto e branco (depois houve um remake produzido por Steven Spielberg), me deixava sem dormir. Tive várias experiências sowww.divulgaescritor.com | fev/mar | 2016
O livro tem seu diferencial, por ter em seu contexto acontecimentos bizarros e inexplicáveis em forma de contos, pode nos dar um breve exemplo de temas abordados na obra? Paul Richard Ugo - A leitura pode ser feita com dois pontos de vista. O do simples entretenimento para quem gosta do estilo, e o da crítica ao comportamento humano. Nos contos, pessoas normais relatam seus sofrimentos, suas fraquezas, suas taras, suas perversões, suas maldades, bondades. Sofrem discriminações, bulling, inveja, ganância, poder e vários contos se basearam em fatos acontecidos nos lugares apresentados. Passeio por várias cidades do Estado de Maryland, pelo Maine, por Nova York dos anos 80, pelos bairros de Lisboa de 1959, pela região do Azeitão, por Londres e pela Escócia. Sempre detalhando diversos fatos e curiosidades históricas e geográficas sobre cada lugar. O bizarro descrito em minhas histórias não é mais forte do que vemos todos os dias. Só intrigam o leitor pois as motivações são sobrenaturais. Que tipo de textos gostas de ler? Paul Richard Ugo - Gosto de curiosidades sobrenaturais, estudos dos mistérios da alma, do espírito, da relação entre o bem e o mal, dos monstros que habitam nossa fantasia e como eles acabam por se tornarem reais. Gosto de estudos místicos e religiosos, ufológicos, pesquisar sobre tudo à minha volta (o que já fez com que os mais próximos me chamem de Mister Google). Não me considero um intelectual pois estes formam conceitos. Me considero um estudioso com boa informação enciclopédica. Fui 9
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Em que local gostas de escrever? Paul Richard Ugo - Gosto de escrever em minha casa, sempre depois que todos vão dormir. Sou notívago. Muitas vezes, no trabalho, durante o dia, tenho “insights” e os anoto. Depois desenvolvo a ideia e vou lapidando até dar por completo e acabado o texto. Onde podemos comprar o seu livro? Paul Richard Ugo - Meu livro está disponível na rede da Livraria da Travessa, onde foi o lançamento em outubro de 2015, para o livro físico. No site da editora Autografia, o leitor pode encontrar o livro físico e o formato e-book. Na Amazon, a versão e-book já está disponível. É só acessar os links a seguir:http:// www.travessa.com.br/contos-de-alguns-lugares/artigo/94a3da3712c2-4c00-b0c6-a629d08748c3 http://www.amazon.com.br/Contos-alguns-lugares-Paul-Richard-ebook/dp/B019NMRFV2/ref=sr_ 1_1?ie=UTF8&qid=1451083046& sr=8-1&keywords=contos+de+alg uns+lugares http://www.autografia. com.br/loja/contos-de-alguns-lugares/detalhes Quais os seus principais objetivos como escritor? Paul Richard Ugo - Fantasio muitas coisas e dentre elas, a possibilidade de ver meus contos serem transformados em roteiros de cinema. Já estou feliz de ser roteirista colaborador do Canal Medologia do Youtube, que produz vídeos de terror de curta duração. Estou adaptando algumas ideias para este formato com sucesso.
criado numa família de educadores, cercado de livros científicos, artísticos e de ciências naturais. Sou um curioso e me aprofundo nos temas que me agucem a curiosidade. Pas10
sei por algumas experiências místicas na infância que me levaram a estudar seus motivos e consequências. Em síntese, sou um ser em busca de explicações. www.divulgaescritor.com | fev/mar abr/mai | 2016
Quais os principais hobbies do escritor Paul Richard Ugo? Paul Richard Ugo - Ler, pesquisar, pescar. Recentemente, encontrei um hobbie que tem me encantado e me levado aos tempos em que estudei teatro, que vivi em estúdios, e criei personagens. O meu canal no Youtube. É muito divertido fazer os
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Ugo. Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Paul Richard Ugo - Não se limitem a ler os best sellers ou os escritores da moda. Busquem novos textos, novos caminhos literários. Não caiam nas armadilhas das editoras e de escritores que caminham nas sombras de sucessos muitas vezes de qualidade duvidosa, mas que acabam sendo consumidos com a sofreguidão da rápida obsolescência. Busquem textos que fiquem gravados em suas almas, que sejam mais profundos e que possam construir com seus pedacinhos de papel recheados de palavras, seres humanos mais ricos de informações, mais cheios de cultura, mais cheios de arte. Mesmo aqueles que falam sobre as mais mórbidas sombras que habitam nossas almas!
Vamos as rapidinhas
vídeos que tenho postado e feito sozinho, sem ajuda de ninguém. Preparo meu cenário em casa mesmo, meu figurino, faço meu pequeno roteiro para não fugir do tema, edito, coloco trilhas, efeitos sonoros, visuais, etc. É muito divertido e me tira da realidade por uns instantes. Volto ao meu tempo de adolescente. E, sem dúvida nenhuma, o melhor hobbie é escrever. Às vezes os textos saem “a prima pena” tão prontos que até desconfio se não foram intuídos por algum escritor morto. Quem sabe? Quem quiser visitar o canal, é só acessar o link https://www.youtube.com/channel/ UCLYgRcOjRrgvDYC7m2zvGog Como você vê a literatura no mercado publicitário? Paul Richard Ugo - Não tenho acompanhado muito o mercado literário mas percebo que apesar da
crise que vivemos, os novos meios permitiram um crescimento no número de escritores que encontram cada vez mais facilidades em editar suas obras. Vejo o fenômeno dos Vlogs e Blogs como um manancial usado por editoras para encontrar valores que sejam comercialmente interessantes. Já o mercado publicitário vive olhando para seu próprio umbigo como produtor de entretenimento literário, mas se alimenta cada vez mais destes expoentes escritores pois eles são a renovação das tendências, as vozes das tribos com hábitos muito próprios que acabam formando segmentos mercadológicos bem definidos e interessantes. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor, publicitário e professor Paul Richard www.divulgaescritor.com | fev/mar abr/mai | 2016
Nome: Paul. Apelido: Não tenho. Autor: Gabriel Garcia Marques. Autora: Maria Clara Machado. Livro: Minha Vida – de Charles Chaplin. Ator: Vincent Price. Atriz: Beth Davis. Filme: Dracula de Bram Stockler. Música: Clássica – todas. Ídolo: Deus. Prato preferido: Cheio. Signo: Leão. Cidade: Barcelona. Curiosidade: Meus personagens é que dizem o que eu devo escrever sobre eles. Parece loucura, mas quem é são? Frase: A palavra escrita o vento não leva. A palavra dita se esgota no fim do sopro que a provoca. A palavra escrita é firme. A palavra dita é som. (Paul Richard Ugo) _________________ Participe do projeto Divulga Escritor www.divulgaescritor.com 11
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Inesquecível Visita Paul Richard Ugo
Sentado na sala, na mesma poltrona onde durantes vários anos contemplei livros, bebi destilados, vinhos e licores e aspirei as mais doces fumaças de meus cachimbos, ouvi baterem em minha porta: toc, toc, toc. A madrugada alta não me fez pensar em nada além de quem poderia ser. Pensei ser o som do vento, talvez um galho seco batendo na porta, ou algum delírio ou ilusão provocados pelo álcool. Toc, toc, toc. A batida não parecia coisa do acaso. Era racional, cadenciada, humana. Toc, toc, toc. Quem ousaria interromper a paz de quem vive tão distante da vila e não possui amigos nem parentes? Toc, toc, toc. A insistência das batidas não aumentou seu volume nem demonstrou pressa ou desespero. Pensei em deixar bater até desistir. Não me interessava naquele momento, ver, ouvir ou falar com quem quer que fosse. Toc, toc, toc. Enchi meu copo com um pouco mais do caro Bordeaux e tentei voltar a minha leitura sob a fraca luz do candelabro. As páginas naquele momento me pareciam confusas, sem sentido, me fazendo reler várias vezes o mesmo parágrafo em vão. Toc, toc, toc. A insistência começou a me incomodar. _ Quem bate à minha porta a esta hora? – gritei irritado. Toc, toc, toc. Porque não responde? Porque não bate mais forte, com raiva de não ser atendido? Porque não grita para se fazer presente? Resolvi levantar de meu torpor e iniciar minha caminhada até a porta que parecia distante. Toc, toc, toc. _O que quer de mim, seja lá quem for? Porque raios não se irrita e bate mais forte? Porque tamanha e assustadora constância? – gritei mais uma vez, enquanto caminha-
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va claudicante por conta das dores que o reumatismo me provocava. Toc, toc, toc. Minha mão fria alcançou a pesada maçaneta e antes de abrir a porta, hesitei por alguns instantes esperando em vão ouvir meu martírio sonoro. Nada aconteceu. Desisti da vontade de abrir a porta e voltei a passos lentos para a minha poltrona de onde não deveria sair. Ao sentar, acomodando meu corpo às mossas anatômicas criadas ao longo de décadas, peguei meu livro e reiniciei minha leitura. Toc, toc, toc. _ Ah, o diabo resolveu rir de mim esta noite! – pensei alto. Levantei decidido desta vez em abrir a porta e colocar-me frente a frente com esta irritante presença. Cheguei mais uma vez à porta e a abri rapidamente, fazendo com que o vento gelado apagar todas as velas que se esforçavam em iluminar a sala com suas tristes e trêmulas chamas. A escuridão não me permitiu ver nada. Apenas senti algo passando por mim, como um véu de fina seda atravessando meu rosto na direção da sala. _Quem é você? – perguntei em voz alta. Não obtive resposta mas tive a clara impressão que era alguém e que talvez estivesse buscando abrigo. As chamas da lareira já haviam sido extintas pelas brancas cinzas que abafavam as brasas vermelhas. Mas podia-se sentir ainda, o terno calor das incineradas lenhas. Talvez o estranho estivesse neste momento ali, procurando aquecer-se, seguindo por seus sentidos, o calor da lareira. Tateei até alcançar um candelabro, antes aceso, que ficava em um aparador próximo à porta. Com meus trêmulos dedos, procurei no bolso de meu robe de chambre, fósforos que pudessem aliviar minha curiosidade e meu medo. Acendi a primeira vela, já olhando em seguida, na direção de onde deveria estar o misterioso e calado intruso. Nada vi. Acendi a segunda, a terceira, a quarta e antes de completar as sete velas do candelabro, já caminhei pela sala na direção do vulto que agora ia sendo descortinado pela fraca luz. O terror tomou conta de mim ao deparar-me com ninguém menos do que ela, a morte, em sua negra e etérea túnica preta, com seu cajado encimado por uma foice e seu capuz, ocultando sua cadavérica face. Tomei coragem e perguntei se minha hora havia chegado, mas ela, imóvel, nada respondeu. Insisti na pergunta sem conseguir qualquer reação. Com uma até então desconhecida coragem, me aproximei de sua face até quase encostar meu rosto no dela, sentindo a aura gelada que a circundava. Tentei toca-la com minhas mãos, porém estas atravessavam seu corpo
me fazendo sentir apenas um frio indescritível onde deveria ser seu corpo físico. Ela continuou ali, imóvel. Sem uma solução para tamanho impasse, voltei para o sofá não sem antes acender mais algumas velas. Queria certificar-me de que aquilo era real, mas aquela imagem não saia dali, pairando a poucos centímetros do chão. Pensei que talvez fosse melhor esperar o dia raiar, ou o efeito do álcool terminar. Toc, toc, toc. Seria ela novamente? Não. Ela permanecia impávida no mesmo lugar com sua funesta e etérea imagem. Toc, toc, toc. Quem poderia ser? Teria a morte algum ajudante? Seria matar-me uma tarefa para a qual necessitasse de ajuda? Havendo somente uma maneira de saber e acabar de uma vez com esta angústia, voltei até a porta e abri. Era um pobre homem, faminto e trêmulo de frio. Em seu rosto haviam marcas da lepra que já havia tomado alguns dedos de ambas as mãos, enfaixadas por trapos pútridos. O vento gelado que passava por seu corpo trazia consigo um forte mau cheiro de quem não fazia a higiene havia muito tempo. Num impulso, mesmo antes que eu perguntasse a que viera, o maltrapilho lançou-se sobre mim, empurrando meu corpo contra a parede, abrindo caminho como um bárbaro invasor. Alcançou minha garrafa e grunhindo como um selvagem sorveu meu caro vinho em um só gole. Voltou-se para mim, puxando uma faca da cintura gritando que queria roupas, dinheiro, joias, ouro e comida. Tentei acalma-lo, porém quase me entregando na certeza de que a morte estava ali somente esperando o meu fim. Pedi calma ao larápio e ofereci mais uma garrafa de vinho, dizendo que ficaria tudo bem pois eu tinha joias, ouro e dinheiro. O que ele desconhecia era que a garrafa que lhe ofereci era uma mistura fatal de venenos usados para o controle da praga de ratos que assolava a pequena vila e seus silos de cereais. Sofregamente e sem se dar conta, o infeliz bebeu vários goles antes de perceber o engodo. Num grito de dor seguido de um farto vômito de sangue, ainda tentou alcançar-me com sua faca, caindo aos meus pés se contorcendo aos gritos, vertendo sangue pela boca e por suas narinas. Neste momento vi a figura da morte fazer um sobrevoo pela sala, pousando sobre o corpo moribundo, levantando sua foice e ceifando de uma vez sua vida. Como quem arranca uma fronha de um travesseiro, com suas garras arrancou a alma do desgraçado, levando-a consigo pela porta, ainda entreaberta. Antes de sair, a morte virou-se para mim e acenou com sua cabeça.
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Por Francisco Mellão Laraya, advogado, músico e escritor, larayaescritor@hotmail.com
A VIDA EM PARTES
A VIDA EM ARTES Em nome do pai eu escrevo estas linhas, minha intenção ao começar escrevê-las era traçar mais uma forma plena de amor. Fiquei em dúvida e resolvi contar uma estória! Um dia sonhei que meus textos haviam se transformado em filme. E antes que isto acontecesse houve uma extensa discussão sobre a forma que haveriam de tomar. Primeiro, o cinema pretendido era de baixo orçamento, que ao invés de longa metragem fez-se um de curta duração.
Os atores não eram profissionais, pois a importância eram as idéias, e não quem as representasse, logo não haveria estrelas, apenas uma: a ilusão das pessoas se encontrarem com as palavras. Como não eram profissionais, não haveria diálogos, apenas um monólogo ao fundo, onde se expusesse o que estava escrito. E ao invés de praias e paisagens idílicas, seria em aldeias, onde a beleza está na humanidade de quem lá vive.
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Pensei um pouco e conclui, mas isto sou eu! Um homem comum, que fala do quotidiano com pessoas simples, sem grandes paisagens, falando de sua vida nas ruas em que vive. E, por ser tão simples, e ser comum, todos tem um universo igual, e as idéias brotam da imaginação de uma pessoa qualquer, em qualquer lugar, em qualquer idioma, de qualquer raça desde que habite no mesmo planeta, como eu! E meu pai queria que eu fosse real...
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ENTREVISTA
Escritora Alda Inácio Alda Inácio é uma vovó de 63 anos apaixonada pela escrita; nasceu no rio Grande do sul, morou 12 anos na Bélgica. Publicou o livro A vida na Bélgica, relatando o que é viver ilegal fora do Brasil. Foi professora, diretora de escola, e hoje vive e trabalha em Goiânia, Goiás. Tem vários trabalhos publicados em antologias. Seu último livro acaba de ser lançado e tem um nome intrigante: Poema Tríptico Equacional.
Como dica eu diria: pensem numa forma dialética da poesia. Juntem assuntos diferentes no mesmo tema. Misturem tudo isto e joguem com o resultado.”
Boa leitura!
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritora Alda Inácio é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor. Você vem inovando os textos poéticos através da Poesia Triptica Equa-
cional, conte-nos como surgiu o conceito deste estilo poético? Alda Inácio - O prazer é todo meu em participar e sou grata pela oportunidade de divulgar meu trabalho que é o livro recém lançado Poema Tríptico Equacional. O trabalho nasceu de uma insatisfação com o www.divulgaescritor.com | fev/mar | 2016
rumo que a poesia tradicional tomou, passando a ser apenas um desabafo do poeta. Ela, como obra literária perdeu a força e o interesse das pessoas. Caiu na mesmice eterna, sem renovação consistente e com isto abriu a porta para a entrada do concretismo. Este não deixa 17
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de ser uma arte bem válida e admirável, no entanto chamar uma gravura de poesia é algo inquietante e partindo disto eu comecei a cogitar novas formas de escrita que pudessem valorizar o texto. Assim surgiu esta forma estranha de poetizar chamada Equacional. Qual o diferencial deste estilo de poesia literária? Alda Inácio - O diferencial é astronômico. Chega a despertar em alguns leitores o espanto, em outros o desprezo total e ainda em outros, admiração. Eu sinto que estes sentimentos são típicos de tudo que é novo, principalmente novo em poesia e a princípio causou um choque nos poetas, porque ninguém mais esperava nada de novo na área. O diferencial na verdade é a construção do poema que junta três blocos de poemas distintos, unidos pelo título, e os três juntos formam um poema. A construção de um poema equacional é feita em três modelos diferentes, que dão ideia de uma equação. Fórmula número um: (a+b+c). Fórmula número dois: a sobre b+c. Fórmula número três: a+b sobre c. Acrescenta-se a isto o aspecto lúdico que é a brincadeira
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Podes nos apresentar um exemplo desta inovadora escrita literária?
possível com o texto. Você pode trocar de lugar os blocos de poemas sem abandonar o tema. Tudo se encaixa e o resultado é divertido. Que dicas você dá a quem esta querendo escrever poemas Tripticos Equacionais? Alda Inácio - É um prazer muito grande pensar que novos poetas escreverão poemas equacionais. Isto me emociona e o que tenho a dizer a eles é que primam pela erudição máxima, melhorem o conteúdo, porque eu dei apenas algumas pinceladas iniciais. Como dica eu diria: pensem numa forma dialética da poesia. Juntem assuntos diferentes no mesmo tema. Misturem tudo isto e joguem com o resultado. É delicioso.
anos e 5 meses. Deixei um cargo de diretora de escola no Brasil e fui me aventurar em busca de uma nova cultura, nova língua, no caso a língua francesa e fui ganhar dinheiro. Só que eu não contava com as mil e uma dificuldade que iria passar naquele país. O resultado está no livro autobiográfico que fala de tudo que se passa na Bélgica com os ilegais que moram no país. Falo de deportação, minha filha foi deportada, falo de casamento de brasileiros com belgas. Outra filha minha casou com belga. O livro traz um texto light, engraçado; eu optei por deixar as dores nas entrelinhas, só para leitores sensíveis compreenderem. Não deixou de ser um desafio que eu superei, fui, vi, lutei, venci e quero morrer no Brasil, onde moro hoje.
Além de “Poema Tríptico Equacional” você tem publicado o livro “A Vida na Bélgica” este livro é uma autobiografia? Conte-nos um pouco sobre esta obra literária? Alda Inácio - A vida na Bélgica foi publicação única. Inicialmente eu criei o site com o mesmo nome, que é referência na Internet para quem pretende viver na Europa, principalmente na Bélgica. Ali eu vivi 12
Onde podemos comprar os seus livros? Alda Inácio - Para comprar meus livros e ler alguns capítulos visite o site da Perse Editora, os links mostro: Link do livro A vida na Bélgica: http://www.perse.com.br/novoprojetoperse/WF2_BookDetails. aspx?filesFolder=N1358540379046 Link do livro Poema Tríptico Equacional: http://www.perse.com.br/no-
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voprojetoperse/WF2_BookDetails. aspx?filesFolder=N1453092203917 Meu e-mail: alda_inacio@hotmail. com Quais os seus principais objetivos como escritora? Alda Inácio - Como objetivo, eu pretendo fazer palestras nas universidades, a começar pela minha cidade, logo após o carnaval/2016, mostrando o que é Poema Equacional. Estarei também onde me chamarem. Coloco-me à disposição. Outros objetivos é continuar criando, talvez nesta área equacional. Quem sabe um livro infantil, mas ainda está no esboço inicial. Minha dedicação a 4 sites ocupa um tempo enorme. Divido os interesse criativos no site da Bélgica, onde publico notícias daquele país, é meu site de maior número de visitantes. Outro de grande movimento, criei e escrevo quase diariamente nele é o Futuro do livro, onde publico concursos de literatura e agora o site novo Poesia Equacional que é num portal de literatura. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor “Poema Tríptico Equacional” da autora Alda Inácio. Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Alda Inácio - Tudo vale a pena se alma não é pequena, já dizia Pessoa. Aos leitores, obrigada pela paciência de ler estas linhas, aos escritores: venham participar deste site Divulga Escritor que traz uma proposta muito boa, unindo Brasil e Portugal. Contatos da autora: Página do livro – www.poesia-equacional.com Blog – http://o-futuro-do-livro.blogspot.com.br log – http://a-vida-na-belgica.blogspot.com.br _________________ Participe do projeto Divulga Escritor www.divulgaescritor.com www.divulgaescritor.com | fev/mar | 2016
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Escritor Amilton Costa
Participação especial Tenho vergonha do meu rosto Muitas pessoas vivem cercadas por muros, sejam eles imaginários ou não, trancafiadas em conceitos e preconceitos. Criam, dessa forma, um mundo restrito, e as mudanças sempre ficam de lado, esbarram no muro da incompatibilidade. Estacionam, não aceitam o novo, não questionam, não trabalham para que o muro imaginário caia. Uma família procurou-me para que visitasse seu filho de 22 anos que há dois anos vivia trancado, isolado num quarto. O motivo? Ele sente vergonha de mostrar a boca, vergonha de sorrir, alega ter uma grande cicatriz no rosto. A mãe acredita que ele esteja com câncer, mas nunca se dispôs a examinar a boca do filho, acomodou-se diante de tais circunstâncias, após algum tempo, resolveu procurar ajuda. Numa tarde, fui visitar a família, confesso que já esperava pelo pior, pois o relato da mãe do jovem não era nada animador. Chegando lá, encontrei a humilde família à minha espera na sala; fui conduzido até o final de um corredor onde encontrei um quarto no qual descansava um jovem enfermo. Fui apresentado pela mãe, que nos deixou a sós a conversarmos informalmente, tentei levar uma conversa amigável, lutei para conquistar a sua confiança em tão pouco tempo.
Ele não me encarava. De lado, com a mão no rosto, como se algo pavoroso estivesse na sua boca. Conversando, explicou-me que não gostava do rosto, se achava magro, feio, que o rosto crescera muito. -”Tenho vergonha do meu rosto”, disse ele repetidas vezes. Ouvi tudo em silêncio. Expliquei-lhe que estava ali como amigo, para ajudá-lo, mas só conseguiria ajudá-lo se ele me mostrasse o rosto, e a boca. Perguntei se poderia ir ao consultório, a resposta veio rápido, um “não” enfático e explicado pela vergonha de se expor. Contou-me que só saía de casa à noite, depois que todos estivessem dormindo, e as ruas vazias. Simplesmente um solitário trancafiado num mundo cheio de bloqueios, que precisa de apoio, de amigos, de ajuda. Depois de muito conversar, concordou em mostrar-me a boca. Eu já ansioso, procurava mostrar calma, já esperava realmente encontrar um rosto deformado. Ele levantou, acendeu a luz do quarto, virou-se, retirou a mão da boca e ficou na minha frente. Absolutamente normal, nenhuma lesão, nada fisicamente. Psicologicamente ele precisa de ajuda, precisa de tratamento. Como na equipe da qual trabawww.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
lho não dispõe de psicólogo, o rapaz foi referenciado para atendimento com psicólogo noutra equipe. A família também precisa de orientação, daí a importância de um trabalho interdisciplinar onde entram Assistente Social, Psicólogo etc. Os pacientes devem ser tratados como pessoas, seres humanos, que têm sonhos, medos, tristezas, alegrias, e não por números, senhas ou tipo de doença.
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ENTREVISTA
Escritor Antônio Guedes Alcoforado Antônio Guedes Alcoforado nasceu em Oeiras, Piauí, Brasil, em 1968. Bacharel em Direito, atua como bancário. Em 2015 iniciou escrita em contos literários. É vencedor do Primeiro Concurso Machado de Assis da Academia Bauruense de Letras em 2015, com o conto Natal com a Escrava Esperança Garcia. O conto A Casa da Mãe Joana é destaque no Panorama Literário Brasileiro com uma das melhores obras do ano editorial 2014/2015 registrado pelo 1º Colegiado de Escritores Brasileiros, órgão executivo da Litteraria Academiae Lima Barreto, no Rio de Janeiro. Participa emantologias de contos no Chile, Uruguai, Argentina, Portugal e Brasil.
Boa leitura!
Fonte: Assessoria do autor Antônio Guedes Alcoforado
Autor Antônio Guedes Alcoforado é um prazer contarmos com sua participação em nossas páginas conte-nos o que levou a ter gosto pela escrita literária? AGA - Desde jovem tenha o lado 22
leitor aflorado, eclético na leitura. Revistas, biografias, romances, enfim um leque variado. Os livros marcantes: Meu Destino é Pecar de Nelson Rodrigues e 1968 - O ano que não terminou de Zuenir Ventura. Biografias que agradaram: Quase Tudo de Danusa Leão e Garrincha, A Estrela Solitária de Ruy Castro. www.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
Cada palavra que saia vinha pranto. Na realidade todo o livro é uma homenagem ao meu filho Marco Antônio.”
Em que momento pensou em escrever “Um Marco em Minha Vida”? AGA - A minha escrita sempre foi intimista. Sou Bacharel em Direito e desde os dezoito anos de idade trabalho como bancário. Adoeci em 2013. Ninguém adoece por que quer. É devastador o desânimo e a
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Província do Piauí (provavelmente único documento escrito e registrado por uma escrava). É Ganhador do Primeiro Prêmio Machado de Assis da Academia de Letras Bauruense de Letras. O conto A Casa da Mãe Joana é destaque no Panorama Literário Brasileiro com uma das melhores obras do ano editorial 2014/2015 pelo 1º Colegiado de Escritores Brasileiros, órgão executivo da Litteraria Academiae Lima Barreto, no Rio de Janeiro. Obra fictícia escrita com expressões populares. Quais os desafios para escrever “Um Marco em Minha Vida”? AGA - O principal desafio foi reler as histórias. O conto Dezessete por exemplo. Não consigo reler. Emociona muito. O choro vem compulsivamente. E assim também foi a escrita. Cada palavra que saia vinha pranto. Na realidade todo o livro é uma homenagem ao meu filho Marco Antônio.
desesperança. Ainda presentes pela Síndrome de Burnout, algo como estresse crônico. Em 2014 meu filho faleceu trágica e precocemente aos dezessete anos. (pausa) Toda minha história literária se iniciou em 2015, final do ano. Por sugestão de duas sobrinhas, no segundo semestre de 2015, comecei a escrever e a participar de antologias no Brasil. Não parei mais. Escrevo para amenizar os efeitos da Síndrome e do luto que sei ser eterno. Hoje são 21 participações em antologias no Uruguai,
Chile, Argentina, Portugal e Brasil. Reuni os contos de várias participações e lancei o livro Um Marco em Minha Vida onde acrescentei os contos premiados. Quais prêmios? AGA - O conto Natal com a Escrava Esperança Garcia, que abre o livro Um Marco em Minha Vida é baseado livremente na história real de uma petição encontrada em Lisboa onde uma escrava do século XVIII escreve ao Presidente da www.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
Você é idealizador da antologia Deitado em Berço Esplêndido. Conte-nos um pouco sobre objetivos e temas abordados nos textos que a compõem? AGA - Deitado eternamente em berço esplêndido é o trecho do Hino Nacional do Brasil e expressão popular para designar os corruptos que, de geração em geração (eternamente) dispõe do seu país (berço) para enriquecer-se desavergonhadamente. O objetivo foi reunir talentos da Literatura Lusófona, sobre o tema corrupção. Somos o povo da revolta pacífica e silenciosa. Nessa obra temos o encontro das cidades homônimas, Oeiras, separadas pelo Oceano Atlântico e unidas pela lusofonia. Textos escritos com qualidade, integridade, transparência e respeito que o tema requer. Também escreveu o livro Morcego em Exibição. De que se trata? AGA - Também de contos. É um livro de bolso. Histórias com mesmo 23
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personagem, o serial killer que mata suas vítimas em veículos sobre rodas. Cada história com um veículo diferente: moto, quadriciclo, carros, etc. E como um psicopata, ao final, ele se exibe. É morcego porque ele mata/atua na noite. Quem desejar adquirir seus livros como deve proceder? AGA - Todos os meus livros são escritos de forma independente. Assim como os artistas da música que hoje gravam e lançam na internet de forma independente. Eu sou o autor e também editor, diagramador, etc. Depois publico no site www.clubedeautores.com.br, que os imprime por encomenda. Tem também o canal alternativo que é fazer a encomenda direto a mim por e-mail agalivros@yahoo.com.br 24
Quais seus principais objetivos como autor? AGA - É continuar a me expressar através da escrita. É escrever. Também unir-nos, autores brasileiros e os demais lusófonos. O que mais lhe encanta na área literária? AGA - É o processo de criação. Criar a situação e surpreender o leitor com um final único. Quais as melhorias que você citaria no mercado literário no Brasil? AGA - Apesar de tudo que dizem contra, eu acredito nesse mercado. Há poucos concursos literários. Há poucas editoras fazendo antologias. Nichos a serem explorados. Há oportunidade de crescimento. Apesar de poucas, as livrarias vivem www.divulgaescritor.com | fev/mar | 2016
cheias de gente. Então há mercado. Chegamos ao final da entrevista. Foi bom conhecer melhor o autor Antônio Guedes Alcoforado. Deixe uma mensagem aos autores e aos seus leitores. AGA - Aos autores e leitores, leiam muito. Se interessem. Busquem e enfrentem os desafios da escrita. Há mercado para todos os gostos. Criem. Mais informações no site: http://antoniogalcoforado.wix. com/aga-autor
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Leo Vieira é escritor acadêmico em várias Academias e Associações Literárias; ator; professor; Comendador; Capelão e Doutor em Teologia e Literatura. leovieirasilva@gmail.com
MERCADO LITERÁRIO
O Escritor no Marketing
Promoções, ofertas, sorteios, contatos, pesquisa de mercado, negociação com livrarias, negociação com gráficas, tramitações a fim de evitar terceirização (onde se acaba gastando mais), tudo isso é essencial para que as despesas sejam reduzidas, além de desenvolver mais o rumo da
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carreira do escritor e blogueiro. Inclusive, muitas propostas de trabalho surgem aos profissionais que “saem da toca”. Nunca em uma época de inclusão digital se pudesse aprender tanto através da praticidade de um smartfone ou do conforto a casa, em frente a um computador. www.divulgaescritor.com | fev/mar abr/mai | 2016
Entendemos que pode aparecer alguma indisposição em ter que aprender mais e fazer coisas que não nos competiria, mas devemos sempre pensar que “quem quer dá um jeito e quem não quer, dá uma desculpa”. O conselho desta vez é: use o que tem e faça a diferença.
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ENTREVISTA
Escritora Carol Bonacim Carol Bonacim é formada em Direito pela Universidade de Ribeirão Preto, e há dois anos, iniciou sua carreira como escritora, ao redigir a primeira obra “Operação Arcádia”, um romancepolicial narrado em quatro etapas, e que promete surpreender o leitor com a similitude da atual realidade política, social e econômica brasileira, sem, contudo, perder o encanto e o charme de um lindo conto de amor vivenciado pelos protagonistas. Casada e amante da prática de esportes, ela divide o tempo entre se dedicar à escrita e à leitura de obras literárias, assim como à corrida de rua e ao boxe. Redigida de forma ímpar, “Operação Arcádia” promete arrancar o fôlego de quem aprecia uma eletrizante trama de ação, uma hilariante comédia, e uma inesquecível história de amor.
É costume no Brasil que toda operação das policias judiciárias seja agraciada com um nome específico, algo que se amolde aos fatos e aos personagens investigados.”
Boa leitura!
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritora Carol Bonacim, é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos em que momento pensou em escrever o seu livro “Operação Arcádia”? Carol Bonacim - A priori gostaria de salientar que sempre fui apaixonada pela sexta arte; ler e escrever faz
parte da minha rotina desde a adolescência, contudo, a falta de oportunidade (leia-se dinheiro e tempo) me impediu, por alguns anos, de seguir adiante e concretizar um sonho de menina: publicar um livro. Operação Arcádia surgiu numa época bastante conturbada para mim, pois passava por uma profunda crise profissional e pessoal. Naquele tempo também, (2013), fiquei bastante indignada www.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
com a situação social do Brasil (e ainda continuo), devido à atitude desonesta e corrupta de uma parcela dos governantes, pelo descaso com a lei, e pela presença maciça do fantasma da impunidade. Diante deste quadro, encontrei na escrita um jeito de extravasar todos os meus sentimentos, sensações e impressões sobre o atual drama nacional vivido e presenciado por todos nós, brasileiros. 27
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Quais os fatores determinantes para construção do enredo que compõe a obra? Carol Bonacim - Os fatores são muitos, incluindo experiências pessoais, vivências profissionais, o olhar crítico sobre a sociedade a qual pertenço, os costumes e valores adotados por uma nação. Quando comecei a redigir o livro 1 (o publicado), presenciei o Brasil acordar de um sono profundo; a população despertou para questionar os mandos e desmandos da atual política de governo. Alguns integrantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário foram tomados pelo senso de imoralidade e ilegalidade (não estou generalizando!), o que culminou numa nação decadente, corrupta e leviana. Assim, os cidadãos começaram a ir para as ruas protestar, reivindicar seus direitos e exigir melhorias sociais das nossas autoridades; foi neste contexto que meu ego guerreiro aflorou, e resolvi “botar a boca no trombone”, e o fiz escrevendo: montei uma história fictícia, porém, bastante coerente com a nossa realidade, e imbuí nela uma roupagem romântica, bem como aproveitei para desbravar, por meio de palavras, a ira de toda nação brasileira. Por que estes fatores foram determinantes? Carol Bonacim - Porque senti necessidade de agir; vi que precisava fazer algo de aproveitável para ajudar a alertar o que acontece no nosso país, mesmo que tal alarde se manifestasse por meio de um romance-policial. Infelizmente, no Brasil, são poucos os cidadãos que têm acesso a um ensino de qualidade, e que chegam a cursar uma universidade. Dá para contar nos dedos, (sentido figurado) as pessoas que possuem opinião própria, que são críticas quanto aos seus direitos e deveres, que possuem visão de mundo, e busquem soluções para dirimir os problemas que afligem o país. A intenção desta autora é cha28
mar os leitores para um debate, um dedo de prosa, e compartilhar com eles uma área do saber que é pouco divulgada e difundida em nosso território: a noção de política, economia, legislação, política social, instituições democráticas e governabilidade, tudo isso de uma forma bem simplista, sendo, contudo, o suficiente para ensejar questionamentos tais como: Será que meu voto valeu a pena? Onde estão usando o dinheiro dos impostos que eu pago? A lei está sendo aplicada para todos? O livro esta dividido em quatro etapas, podes nos contar um pouco sobre esta divisão? Carol Bonacim - A narrativa é bastante extensa; relato a saga da delegada federal Diana Toledo na condução de um inquérito que apura o envolvimento de pessoas muito influentes, endinheiradas e detentoras de poder, numa organização internacional de tráfico de drogas e armas. No decorrer da ação, a delegada faz descobertas reveladoras do maior esquema criminoso e corrupto conhecido no Brasil; ela toma ciência de como é feito o transporte dos ilícitos, rastreia o caminho do dinheiro, identifica os envolvidos, ou seja, toda a estrutura desta mega quadrilha de criminosos é desarticulada ao longo dos quatro volumes, e durante esta eletrizante trama policial, Diana acaba se envolvendo com um rico empresário espanhol que, indiretamente, acaba mudando o curso da maior operação policial já deflagrada no Brasil. Como foi a escolha do Título? Carol Bonacim - É costume no Brasil que toda operação das policias judiciárias seja agraciada com um nome específico, algo que se amolde aos fatos e aos personagens investigados. Como o desenrolar da narrativa acontece em virtude de uma investigação, pensei ser genuíno www.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
intitular a obra com um nome que remetesse à articulação investigativa em comento. Daí surgiu a ideia de acrescentar à grafia “Operação” a palavra “Arcádia”, vocábulo este que nos remete a uma região situada na península do Peloponeso, ao sul da Grécia. O nome dado a esta cidade-antiga se refere ao semideus Arcas, filho de Zeus e da ninfa Calisto. Na mitologia grega, Arcádia era a morada do deus Pã, deus da natureza e padroeiro dos pastores. O mito desta lendária pólis está impresso na literatura, como uma área de paisagem idílica e fértil, povoada de pastores, donzelas ingênuas, de poesia e de música, onde a forma simples de viver a vida é praticada
pelos habitantes. No livro de minha autoria há a descrição de uma vila de pescadores situada ao sul do Estado do Rio de Janeiro, onde se pratica essa mesma forma singela de existência. Além disso, é nesta paradisíaca ilha que os protagonistas descobrem o verdadeiro sentimento que os unem, em meio a fortes emoções e revelações que serão colocadas à prova. O que mais a encanta em “Operação Arcádia”? Carol Bonacim - Modéstia à parte, penso que toda a trama se mostra envolvente; prende a atenção dos leitores e os leva para uma viagem única e inesquecível. O texto foi elaborado com uma linguagem de fácil compreensão, carregado de expressões idiomáticas e trejeitos criados no dia a dia. Abuso de anedotas regionais e até uso sentenças com palavras de baixo calão, tudo com o fim de aproximar o contexto vivido pelos personagens ao nosso cotidiano. A leitura cativa as pessoas, as fazem correlacionar a obra de ficção com a realidade mostrada na TV, nos jornais e rádios; todos se surpreendem com a similitude de acontecimentos, e acabam compreendendo, com bastante facilidade, um tema complexo que inclui procedimento de investigação policial, o universo do crime e a legislação vigente, e ainda perdem o fôlego com um romance incandescente e apaixonante vivenciado pelos protagonistas da série.
Onde podemos comprar o seu livro? Carol Bonacim - Os exemplares poderão ser adquiridos através do site da Editora Chiado Internacional (www.chiadoeditora.com), da Livraria Cultura (www.livrariacultura.com.br), através do meu e-mail (karollak2@yahoo.com.br), pelo meu perfil no Facebook (www.facebook.com/caroline.oliveirasouza) e por intermédio do Blog (carolbonacim.blogpost.com.br ). O valor de venda é de R$ 44,00, e a comercialização dos livros dá-se no Brasil, Portugal, Cabo Verde e Angola. Gostaria de informar aos leitores e amigos que os livros adquiridos através do e-mail, da página no Facebook e pelo Blog sairão com autógrafos exclusivos. Quais os principais objetivos da autora Carol Bonacim? Carol Bonacim - Digo que sou fissurada em ler e escrever; meu cotidiano é pautado em meio às letras e frases. Sou viciada em livros, dos mais diversos tipos e gêneros, porque levo comigo uma máxima: “Conhecimento nunca é demais.”. Pretendo expandir minha singela e humilde área do saber, e continuar divulgando minhas ideias e ideais; compartilhar uma circunstância vivida, trocar receitas de como aproveitar a vida, praticar a ideologia “fazer o bem sem olhar a quem”, pesquisar muito, estudar bastante, enfim, meu sonho é continuar escrevendo, e escrevendo com veemência, se Deus me permitir. Acredito que tenho um dom, o dom da escrita, e tal privilégio não pode ficar restrito tão somente à minha persona, mas sim deve ser difundido e compartilhado com todos os leitores e amigos que possuo, como também àqueles, que um dia, terei o prazer e a honra de conquistar. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Carol Bonacim. Agradecemos sua par-
ticipação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Carol Bonacim - Gostaria de fazer minha parte no tocante ao incentivo à leitura, fomentar a educação, a diversificação cultural e a busca pelo saber. A ideia é fazer com que meus textos cheguem a todas as pessoas, de todos os graus e níveis de instrução. A obra Operação Arcádia, assim como todas as outras de minha autoria são construídas com uma linguagem simples, rotineira e de alta percepção, justamente porque, o intuito desta autora é levar a prática da leitura e a busca pela cultura ao maior número possível de pessoas, e dizer que a leitura pode mudar uma vida, uma forma de pensar, de compreender os fatos, e pode transformar a visão sobre o mundo. Aproveito o momento para agradecer pela oportunidade de participar desta renomada revista literária, bem como gostaria de parabenizar a equipe SMC pelo fomento à leitura e à educação. Aos amigos que quiserem bater um papo, trocar uma ideia ou experiências, deixo aqui meus contatos: e-mail: karollak2@ yahoo.com.br, Facebook: www.facebook.com/caroline.oliveirasouza, e o endereço do meu Blog: carolbonacim.blogpost.com.br. Muito obrigada a todos e tenham um ano eivado de boas leituras e ideias!!
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Escritora Fabiana Juvêncio
Participação especial A violência feminina: ação ou omissão discriminatória
A
mulher contemporânea apesar da evolução feminina e de várias conquistas alcançadas, mesmo assim, ainda, na atualidade continua sendo considerada um objeto por alguns segmentos da sociedade que, em algumas das vezes, passível de várias formas de violência e, condicionada ao silêncio extremado para não se expor ou excluir-se de um determinado grupo social. A violência contra a mulher é qualquer ação ou omissão de modo discriminatório, agressivo e coercitivo pela vítima ser mulher, causando-lhe dano, morte, constrangimento, limitação, sofrimento físico, sexual, moral, psicológico, social, político ou econômico, bem como perda patrimonial. Essa violência pode acontecer tanto em espaços públicos ou privados (AURÉLIO, 2005). No ano de 1916, o Código Civil Brasileiro considerou a mulher casada como, um ser, relativamente incapaz, determinando à esposa a obrigação de solicitar do marido autorização à prática dos atos na vida civil, como trabalhar, gerir e dispor dos seus bens. Apenas em 1961 foi modificada a legislação que igualava as mulheres aos ín-
dios, crianças e doentes mentais. Em 1962, com a edição do Estatuto da Mulher Casada, ela deixou de ser considerada incapaz e dependente do marido. Apesar da nova legislação permitir às mulheres dispor livremente de seus bens, na prática o homem ainda mantinha um rígido poder sobre as propriedades em comum (Oliveira, 2015). Ademais no início do século XXI que pode ser observado um tímido avanço na legislação brasileira com a promulgação das primeiras leis que coíbem a violência doméstica contra a mulher, diante de uma discreta manifestação da sociedade pelo descontentamento com o atual quadro de violência conforme o mesmo autor. Já Morgado que descreve o comportamento e o sofrimento da mulher: “A mulher é sucessivamente violentada desde cedo pela imposição dos papéis sociais; desde a mais tenra idade é treinada para submeter-se a padrões impostos no decorrer dos séculos por uma autoridade machista; violenta a si mesma assumindo estes padrões sem exercer o direito de criticar e sem se conceder o direito de ser pessoa, com igualdade www.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
de direitos e oportunidades concedidas ao macho da espécie” (MORGADO, Op. cit. p.13). Há uma inquietação mensurável quanto ao índice de violência na mulher praticada pelo homem, dos seus agentes causadores e contra quem ele comete, contra o homem, o meio ambiente. No entanto, não há uma preocupação pela violência contra a mulher: a violência dos usos e costumes, da imposição dos papéis sociais rígidos, a violência da mulher contra a mulher mais frágil, a violência da mulher contra si, fazendo com que ela aceite sem criticar o que lhe é imposto, relegando seus direitos e deveres de pessoa ainda conforme Morgado. Instituída a Lei 11.340/2006, Lei Maria da Penha surgiu no anseio de revelar este problema, tirou dos moldes da violência comum, a praticada contra a mulher no seu ambiente doméstico, familiar ou de intimidade, um estatuto para socorrer essas vítimas, não somente de caráter repressivo, sobretudo, preventivo e assistencial, na pro31
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moção de mecanismos para coibir esta agressão (CUNHA, p.20). A Lei Maria da Penha veio para coibir e prevenir essa violência. Protege mulher, independe da orientação sexual dos envolvidos, tanto numa relação heterossexual, contra o homem agressor, o filho, o irmão, podendo a mulher na qualidade de companheira de outra figurar também como sujeito ativo. Surge uma nova concepção de família que se define pelo vínculo de afetividade, como manifesta Eliana J. M. Ferreira: “a família modernamente concebida tem origem plural e se revela como núcleo de afeto no qual o cidadão se realiza e vive em busca da própria felicidade” (SOUZA, p.13). Concomitantemente, com o surgimento de novos direitos, novas relações e novas realidades reportam a interpretação sociológica da norma “com esse espírito, desarmado, despido de preconceitos, livre de fetichismos e atento à realidade que o cerca, que deve o intérprete, em nosso entendimento, enfrentar os desafios propostos pela lei” (http://www.saraivajur.com.br). Com o mesmo propósito Cunha e Pinto argumentam o conhecimento do Ministro Silvio de Figueiredo do Superior Tribunal de Justiça expresso na jurisprudência RSTJ, 129/364, que a vida é mais rica que nossas teorias. Destacou-se as palavras do De Page, que o juiz não pode quedar-se surdo às exigências do real e da vida. Sendo o direito uma norma essencialmente viva, destinado a reger homens e termina firmando que a interpretação das leis não deve ser formal, mas sim, real, humana, socialmente útil (Idem, ibidem, p.27). Vários doutrinadores como Rogério Sanches Cunha, Ronaldo Batista Pinto, Sérgio Ricardo de
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Souza, Alexandre de Matos Guedes, Vitor Frederico Kümpel, norteiam-se nessa corrente e Maria Berenice Dias conclui com: “Justificativas não faltam para que as mulheres recebam atenção diferenciada. O modelo conservador da sociedade coloca a mulher em situação de inferioridade e submissão tornando-a vítima de violência masculina. Ainda que os homens também possam ser vítimas de violência doméstica, tais fatos não decorrem de razões de ordem social e cultural. Por isso se fazem necessárias equalizações para meio de discriminações positivas, medidas compensatórias que visam remediar as desvantagens históricas, consequências de um passado discriminatório. ” (DIAS, p.56). Vislumbramos que, a Lei Maria da Penha foi instituída como um fundamento protetivo para todas as mulheres brasileiras, independente de fatores socioeconômico, atendendo aos princípios da igualdade, da dignidade da pessoa humana, da proteção e da proporcionalidade. Sabemos que, para sua eficácia se faz essencial a participação total da sociedade. Quanto Poder judiciário, entendemos a necessidade de investimento na fundação efetiva em redes de atendimento as mulheres vítimas de violência, quanto ao atendimento proporcionado acreditamos que o mesmo deverá ser ofertado de uma maneira eficaz e; por profissionais capacitados, sapientes do ordenamento jurídico, ou na mais das vezes por operadores do Direito ou futuro bacharéis, desta feita, por entendedores do âmbito jurídico para proporcionar um acolhimento favorável a mulher vitimada e um amparo legal a dor em questão.
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REFERÊNCIAS CUNHA, Rogério Sanches, PINTO, Ronaldo Batista. Violência Doméstica, p.20. DIAS, Maria Berenice. A Lei Maria da Penha na justiça, p.56 DIAS, Maria Berenice. Violência Doméstica e União Homossexual. Disponível em: <http://www.saraivajur. com.br>. Idem, ibidem, p.27. MORGADO, Belkis. Op. cit. p.13. OLIVEIRA, M.B. Especialista em Direito e Processo do Trabalho. Graduado em Direito pela UFMS. SOUZA, Sérgio Ricardo de. Comentários à Lei de Combate a Violência Contra a Mulher, p.13.
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ENTREVISTA
Escritora Claúdia Isadora F. de Oliveira Sou gaúcha, nascida em Dom Pedrito, Rio Grande do Sul. Aos 23 anos vim para Guarulhos, pois tomei posse num cargo público em um órgão aqui da cidade. Me formei em Letras Português/Inglês. Fiz pós graduação em Língua Portuguesa. Frequentei diversos cursos na área das artes: escrita criativa, roteiro audiovisual, curso de formação cinematográfica, desenho de moda básico e atualmente sou aluna do curso de teatro. Além de escritora, sou cineasta e roteirista, trabalhei como diretora e roteirista, em parceira com outros colegas, no curta-metragem Necessidade Básica? (que fala sobre a saúde pública no Brasil). Atualmente ele está percorrendo os circuitos de Festivais e Mostras de Curta-Metragens nacionais. Recentemente, publiquei o livro A Verdade em Marcha pelo site PerSe. Mais duas obras literárias serão divulgadas em breve: Eu Fui um Soldado Nazista na Reencarnação Passada e Alatina, a genia moderna.
Me sensibilizou o fato e aguçou em mim a vontade de escrevêlo romanceado, de acordo com o que eu acredito que deveria ter acontecido com ela.”
Boa leitura!
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritora Claudia Isadora Fernandes de Oliveira é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor. Você atua na área literária e teatral, conte-nos de que forma estas duas artes se apresentam em sua vida? Claúdia Oliveira - Elas se apresen-
tam de forma harmônica e complementar. Para um ator, escrever ajuda a alimentar a sua criatividade, que poderá ser usada em cena para criar personagens e aprofundá-los. Para um escritor, o teatro propicia uma libertação de suas amarras, pois é uma arte livre, sem preconceitos nem regras absolutas. Para www.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
mim, essas duas artes são vitais. Em que momento pensou em escrever o seu livro “A Verdade em Marcha”? Claúdia Oliveira - Em 2013, ao saber da notícia de uma juíza que havia sido assassinada por uma quadrilha de policiais militares
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corruptos. Me sensibilizou o fato e aguçou em mim a vontade de escrevê-lo romanceado, de acordo com o que eu acredito que deveria ter acontecido com ela. Foi de uma certa forma uma catarse, o grito de uma catarse por uma sociedade justa e evoluída. Que temas você aborda nesta obra? Claúdia Oliveira - Corrupção, Julgamento, Questão social, violência, revolta, injustiça, esperança, fé e amor. Como foi a escolha do Título? Claúdia Oliveira - Foi baseado no livro de Emile Zola: J’Accuse...! – A Verdade em Marcha. Devido os fatos no meu livro se desenrolarem de forma cadenciada, achei apropriado por esse titulo. O que mais a encanta nesta obra? Claúdia Oliveira - A luta de uma mulher forte num ambiente inóspito. Onde podemos comprar o seu livro? Claúdia Oliveira - Por enquanto, poderá ser encontrado nos sites: www.perse.com.br e www.clubedosautores.com.br Soube que já temos novos livros a serem lançados, conte-nos um pouco sobre os seus novos projetos literários. Claúdia Oliveira - São dois títulos: 1- Eu fui um Soldado Nazista Na Reencarnação Passada, que trata de um grupo de amigos que marcam um encontro por meio de um evento no Facebook para falar de suas lembranças de outra vida como soldado nazista. Num galpão abandonado, vão se conhecendo e contando os insights que tiveram. Há um barulho de helicóptero se aproximando do local. Um integrante se desespera e acha que é a policia federal atrás dele, porque ele continua nazista... 2- Alatina, a genia 34
moderna. Trata-se de um conto de uma família que sente a necessidade de chamar o gênio da lâmpada para responder a suas indagações. O genio que sai do bule é, na verdade, uma genia, Alatina, e com ela vem junto seu criado Sheraspin. Surpresos, uma reviravolta acontece no lar com a chegada da esperta genia. Com relação a peça de teatro da Escola Viva de Artes Cênicas de Guarulhos, conte-nos um pouco sobre a peça, já tens os dias de apresentação? Quem desejar como deve fazer para assistir? Claúdia Oliveira - Trata-se de uma peça criada pelo diretor Cleiton Pereira em colaboração com os alunos da V turma de teatro da Escola. Numa pós guerra, a questão feminina é abordada: o corpo da mulher como campo de batalha, a mulher que não consegue enterrar seu filho, a mulher oráculo, a mulher considerada puta pela sociedade, a mulher supostamente santa, entre tantos outros tópicos serão encenados nessa peça que terá sua estreia no dia 25 de março de 2016 no teatro Padre Bento. A peça será apresentada no sábado às 20 h e domingo às 19h. Para saber mais informações, só acessar o link: https://www.facebook.com/ groups/300352190011739/?fref=ts
Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Claúdia Oliveira - Eu gostaria que cada vez mais crescesse este desejo em seus corações: o de prestigiar a rica literatura nacional. Contatos da autora: https://www.facebook. com/claudinhaisadora/?fref=ts email: claudinhaisadora@gmail. com
Como você vê o mercado literário Nacional? Claúdia Oliveira - Acredito que ele esteja passando por uma fase de crise, assim como os demais setores, devido a economia brasileira no momento atual estar cambaleante. Porém, é um mercado perene: a necessidade de ler, do saber, de adquirir conhecimento, o prazer que isso acarreta é algo que suplanta qualquer contratempo econômico. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Claudia Isadora Fernandes de Oliveira. www.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
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Escritor Ramalho Leite
Participação especial
UMA “VELHA SENHORA” JO E
ra uma quinta-feira, 2 de fevereiro do ano de 1893, quando o Partido Republicano do Estado da Parahyba fez circular a primeira edição de A União. Na capa, os editores pediam aos seus leitores, “o obsequio de devolvel-o á respectiva typographia” no prazo de três dias. Não explicaram o motivo para essa restituição, mas o Walter Galvão, hoje diretor desta folha, acredita que se tratava de uma pesquisa para avaliar o alcance do periódico. Na edição inaugural, o novo órgão de imprensa traçava o seu perfil, e se identificava como veículo político-partidário, disposto a defender a agremiação e seus integrantes. O jornal e o partido eram um só corpo e um só espírito. Por isso, se dirigiu ao publico leitor “não para anunciar qualquer nova transformação mas para configurar os motivos de sua origem, as formulas que condensaram os seus primeiros 36
pensamentos,suas aspirações, no começo vagas,depois francamente definidas e encorpadas aos caracteres que dirigiam o movimento.A única modificação que lhe anunciamos, é a creação d´esta folha, poderoso meio externo da cohesão e disciplina partidária.Iremos á luz da imprensa, visitar os arrayaes de nossos amigos, e crear-lhes um centro de intelligencia, e de conselho. Iremos a mesma luz prestar nossa decidida cooperação ao illustre administrador do estado, o exm.sr.dr. Alvaro Lopes Machado. O nosso apoio igualmente ilimitado, e sem nenhuma reserva extenderemos ao benemérito governo da União, e ao glorioso chefe da Republica, Sr. marechal Floriano Peixoto”. Da pia batismal aos dias de hoje, a linha editorial deste jornal permanece a mesma. Mudam os governos, mas sua fidelidade, jamais. A única mudança foi a oficialização dessa lealdade. Em determinado momenwww.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
to, o jornal do Partido tornou-se o jornal do Governo. A União publicaria além do noticiário palaciano, os atos emanados da administração pública. O Diário Oficial, em separado, é obra mais recente. O modelo serviu até para enriquecer nosso folclore político. Zé Américo, no Piancó, definiu o político Antonio Montenegro: “é mais fiel ao Governo que o chumbo do diário oficial”. Na minha irreverência já conhecida, prefiro dizer que A União “é o órgão mais independente que conheço: é do governo e não nega”. No primeiro número do periódico, temos conhecimento de que, naquele ano de 1893 era Chefe de Polícia da Paraíba o dr. Antonio Ferreira Baltar; seu irmão, de nome Abílio Ferreira Baltar, nomeado Fiscal, realiza a primeira extração da Loteria, à época, uma concessão particular entregue a um felizardo chamado Bernardino Lopes Alheiros. O primeiro delegado da Capital
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OVIAL era Francisco Chateaubriand Bandeira de Mello. O Assis, do mesmo sobrenome e criador dos Diários Associados, tinha, então, um ano de idade. Naqueles dias, por emissão de notas falsas, foram presos dois diretores de bancos nacionais; “as notas falsas do Banco Emissor de Pernambuco se distinguem pela imperfeição do mau papel”; o ministro da Fazenda manda que se recebam as notas do Banco Emissor, tidas como verdadeiras, até que sejam substituídas pelo Banco da República; é nomeado um novo diretor para o Banco da República, o Sr. Tomaz Coelho; o governador do Rio de Janeiro sanciona lei que transfere a sua Capital para a cidade de Theresópolis; morre a esposa do ministro da Guerra. A denominação do jornal deve-se à união dos próceres dos velhos partidos, ao novo Partido Republicano comandado por Álvaro Machado. “No intuito de justificar o
nome desta folha” foi relatada com detalhes a reunião de criação do novo partido realizada no Palácio do Governo, quando “duas ordens de cadeiras foram insuficientes para acomodar os convidados”. Foi designada uma comissão provisória para comandá-lo, eleita, democraticamente, entre os presentes ao evento. O governador Álvaro Machado asseverou “que não tinha vindo a Paraíba se não para reconstruir o que fora demolido e por em ordem o que fora desorganizado”. No campo partidário desejava juntar os bons elementos de outros partidos e “fundi-los em um só, compacto e disciplinado”. A votação, apurada entre outros por Artur Aquiles e Tomaz Mindelo, proclamou como escolhidos para a primeira diretoria do Partido Republicano os srs Diogo Sobrinho,Eugenio Toscano,Gama e Melo,Moreira Lima e José Evaristo, os mais votados.Os srs Targino Neves e Cunha Lima, de Bananeiras e www.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
Areia, respectivamente, ficaram na suplência juntamente com outros nomes de rua menos votados. E encerra sua narrativa o jornal A União: “Servido em seguida um agradável copo de cerveja, retiraram-se os convidados plenamente satisfeitos, não só quanto ao cavalheirismo de trato do honrado governador, como em relação à phase de verdadeira actividade política, iniciada por tão solene reunião”. Estava fundado o Partido Republicano do Estado da Parahyba e o seu porta-voz, A União. Esta semana A União entrou na era de informática, inaugurou sítio e um sistema on-line de envio de matéria para a publicação no Diário Oficial. A Velha Senhora de 123 anos está cada dia mais jovem e dinâmica, sob o comando de uma equipe que se desdobra para oferecer seus melhores serviços à Parahyba do Norte. Parabéns !( Nas transcrições mantive a grafia da época) 37
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ENTREVISTA
Escritor Giovane Santos Giovane da Silva Santos é mestre em Ciências da Literatura pela UFRJ. Romancista, roteirista e contista, leciona Literatura há 18 anos na rede estadual do Rio de Janeiro. Tem artigos na revista on-line Garrafas e cursou a Oficina de Roteiro para TV do roteirista Luiz Carlos Maciel nos anos 90. Escreveu matérias jornalísticas sobre comportamento e cultura na Folha Universitária da Universidade Castelo Branco. Possui cinco romances, ainda não publicados: Papo de Amigo, No rastro das estrelas, Os cinco sentidos do amor, Labo B, Clarear e duas obras publicadas: o romance “Sua vida pode ser um musical”, lançado na XVII Bienal Internacional do Livro no Rio e o livro de contos “Em que esquina se esconde essa tal felicidade?” pela editora Multifoco. Administra o blog Oceano de Histórias.
Boa leitura!
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritor Giovane Santos é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos em que momento pensou em escrever “Sua vida pode ser um Musical”? 38
Temas como regressão de memória, sensitividade e as novas chances que nos damos, a partir da auto superação que a dança proporciona, se entrelaçam numa narrativa veloz como a coreografia de uma peça musical.”
Giovane Santos - Cada um de nós tem uma trilha sonora, um ritmo próprio de caminhar no mundo. Alguns se reduzem a uma existência puramente orgânica, onde nada mais resta que satisfazer necessidades instintivas. Outros almejam fazer a diferença para diminuir o cinza acentuado com que pintamos www.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
a história humana. “Sua vida pode ser um Musical” desenhou-se a partir do desejo de contar como as pessoas mais díspares, loucas e opostas possíveis podem revitalizar suas existências e daqueles a sua volta com a magia de seus pés alados. Daí surgiu a história de Caíque Monteiro, a celebridade dos musicais, que
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ciona, se entrelaçam numa narrativa veloz como a coreografia de uma peça musical. O que mais o encanta no livro “Sua vida pode ser um musical”? Giovane Santos - A leveza no tratamento de temas que facilmente poderiam descambar para um drama meloso. Todas as personagens apresentam uma complexidade de dramas que poderiam apontar como solução a tragédia piegas. Porém construí-los com uma dose extra de humor torna suas trajetórias e desafios mais encantadores. Um bombeiro prestes a ser abandonado pela esposa, um ogro ambulante carente de cavalheirismo, uma faxineira que sonha brilhar nas danceterias, uma maratonista judeu embromador, quatro jovens professores idealistas engajados em um projeto social e um aposentado ator de musicais cutucado em seus brios. Essa mistura explosiva é palco de conflitos e soluções inusitadas.
se escondeu no anonimato do funcionalismo público e num golpe do destino se vê intimado a transformar a vida de desconhecidos num musical. Quais os principais temas abordados nesta obra? Giovane Santos - “Sua vida pode ser um musical” é uma comédia romântica. Com uma abordagem bem-humorada, trata do questionamento de qual é nosso papel num mundo veloz e fragmentado,
onde podemos sempre nos doar mais do que pensamos. Uma aposta entre uma sexagenária bailarina cadeirante e Caíque, seu sobrinho desistente da ribalta, detona todas as loucuras possíveis para nosso protagonista provar que ainda tem ‘pés frenéticos’. Só que para isto ele precisa descobrir a origem de seu trauma com os palcos em vidas passadas. Temas como regressão de memória, sensitividade e as novas chances que nos damos, a partir da auto superação que a dança proporwww.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
Quais os principais desafios para escrita desta obra literária? De que forma estes desafios foram superados? Giovane Santos - Conhecer mais sobre o universo dos musicais nacionais e hollywoodianos do qual só sabia superficialmente. Pesquisar os temas que fogem de nossa zona de conforto é imprescindível para dar veracidade a escrita. A terminologia dos passos da dança, por exemplo, era fundamental para pensar com a cabeça de um dançarino. Assistir aos filmes musicais mais populares para citar com precisão o delírio que o protagonista vivencia em determinado momento do enredo. Compreender o desenho de uma família judaica ortodoxa mesmo que esse tema não seja aprofundado. Mergulhar na história dos movimentos culturais que perpassam um século de existência do clã do protagonista da narrativa, assim como os principais fatos históricos para sua viagem no tempo para as 39
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décadas de 20 e 60 do século XX. Somente esmiuçando esses tópicos, podemos dar o colorido necessário ao esqueleto de uma trama. Escritor Giovane Santos, nos conte, como sua vida pode ser um musical? Giovane Santos - Fazer da vida um musical é optar por não se acomodar aquele sofázinho ensebado em que nosso corpo se amolda te tanto frequentar. É sair da zona de conforto e entre o derrotismo fácil e o mergulho em nosso lado solar, escolher a segunda opção. Na atual crise de valores em que vivemos, cercado pela lama de desastres políticos e sociais, muitos dirão que isto é uma quimera. Lógico que não sairemos sapateando pelas ruas alagadas pelo descaso governamental durante as chuvas de verão, muito menos dançaremos sobre os táxis e carros de passeio como os hippies de Miloš Forman em Hair. Poderíamos ser confundidos com black blocs nos dias atuais. Mas acreditar que podemos ser o diferencial em nossas áreas de atuação é uma forma de bailar com a vida também. Onde podemos comprar o seu livro? Giovane Santos - http://www.perse.com.br/novoprojetoperse/ Livraria Maju no Parque Shopping Sulacap, zona oeste do Rio de Janeiro - Blog http://oceanodehistorias. com/ Quais os seus principais objetivos como escritor? Giovane Santos - Falar do lado solar da existência humana, das novas chances que nos damos mesmo imersos num mundo às vezes cinzento e dromológico. Tratar das nossas pequenas e grandes neuras modernas e também dos mistérios milenares que nos movem em nossas caminhadas: vida/morte, dimensões paralelas, vidas passadas, poderes mediúnicos. Filosofar e 40
prosear sobre nosso estar no mundo. Tudo, porém, com o abordagem do humor que retira nossas máscaras e nos desnuda diante do mundo como um espelho, que assusta, mas nos permite o passo adiante. Como vê o mercado literário Nacional? Giovane Santos - O mercado literário, ao mesmo tempo que aposta em novos talentos, tateia com prudência para abarcar os diversos nichos de públicos-leitores da atualidade, acostumados a uma perspectiva de vida veloz, dromológica, onde as temáticas ventiladas pela estética do cinema e da tevê norteiam o interesse de leitura. Muitas editoras só apostam em autores indicados por agentes literários, com algum nome de peso relativo. Outras abrem propostas alternativas de divulgação de jovens autores. Contudo como o próprio nome diz é um mercado e o lucro fácil pesa, muitas vezes, mais do que a qualidade de uma obra. Um exemplo são as Bienais do Livro. Um equilíbrio entre a demanda financeira e a qualidade literária seria o ideal. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor “Sua vida pode ser um musical” do autor Giovane Santos. Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Giovane Santos - As pessoas são como frascos musicais de estilos variados. Dependendo da frequência podem vibrar em harmonia conosco ou provocar um ruído ensurdecedor. É como se cada indivíduo tivesse uma trilha sonora interna, que regesse seu comportamento, seu jeito de ser e estar no mundo. Suingada como um reggae nos mais descolados, tempestivas nos de compasso heavy metal, delicadas naqueles de natureza clássica, quase valsas personificadas. O importanwww.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
te é que nossos ruídos internos não desafinem o grande concerto do mundo. Contatos com o autor Email: giovanessantos@ig.com.br Blog http://oceanodehistorias.com/ https://www.facebook.com/giovane.santos.16718
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Escritora Noka
Participação especial QUEM SOU EU?
Sou…Eu sei quem sou!... Mulher de afectos, a bem amada, uma faceta de mim, versátil, persuasiva e optimista, coração de criança, sim! Feição dinâmica e empreendedora, não só pela recompensa do trabalho, que é arte, mas por aquilo em que ela me transforma. Na esperança que penhorei à felicidade, abraço os sonhos que figuram realidade. Quem sou eu? Sou…Eu sei quem sou!... No erro e na adversidade, granjeio as soluções, partilho as alegrias e vivo as emoções. Na defesa dos valores, encontro todo o meu ser, são os anos que me ensinam tantas coisas a vencer!...
SIM, ÉS TU ZINHA!
Trouxeste-me a ti, com todo o amor que tinhas Ensinaste-me e ensinas-me a engrandecer o meu eu E a estender a bondade e o carinho aos demais, com quem me cruzo Afinal, dizes que tudo deve ser feito com amor E por isso acredito ser a representação viva do melhor que há em ti Sei que sou o teu sol, porque assim me fazes sentir…e tu… Zinha, és o meu universo… onde vivo e sou feliz…porque tu me fazes ser! Poema e arte por Zinha Oliveira e Sousa, Dezembro 2007
Quem sou eu? Sou…Eu sei quem sou!... É na senda dos sentimentos vivos E no mar da tranquilidade, Que retenho o mais distintos dos saberes, Cada lágrima me ensina uma verdade! O mais sublime dos feitos, eu sei, eu sei, eu sei bem! o presente inteligente, que a Inês me confere…sou mãe!
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Revista Divulgar Escritor | www.divulgaescritor.com | out/nov | 2015
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ENTREVISTA
Escritora JackMichel JackMichel é o nome artístico de duas escritoras: Jaqueline e Micheline Ramos. São irmãs e nasceram respectivamente em 20 de fevereiro e em 30 de novembro, na cidade de Belém, Estado do Pará (Brasil). Sua obra é ampla e pode ser descrita entre romances, contos e poesias. O estilo de escrita de JackMichel foi influenciado por autores mundiais clássicos de diversos gêneros literários como Oscar Wilde, Hans Christian Andersen, Lewis Carrol, Edgar Allan Poe, Eça de Queirós, Machado de Assis, dentre outros. JackMichel professa o lema “ESCREVER É VIVER”.
...quem deu o xeque-mate foi mesmo a inspiração que nos surgiu no cérebro, como uma centelha brilhante que risca o céu dos pensamentos.”
Boa leitura!
Irmãs se unem, inovam e oferecem uma escrita harmoniosa e criativa, em livro produzido em parceria.
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritora JackMichel é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos em que momento pensou em escrever o livro “Arco-Jesus-Íris”? www.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
JackMichel - No mesmo instante em que tive o título nas mãos. Assim que vi o título, apaixonei-me por ele. Mas somente depois de pilheriar um tanto com o trocadilho original da palavra arco-íris com o nome de Jesus, foi que pude analisar a profundidade da junção de ambos 43
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e perceber que dali realmente se podia tirar algo mágico como um coelho de uma cartola. Como foi a escrita desta obra escrita em parceria entre duas irmãs? JackMichel - Foi uma escrita que fluiu fácil no sentido da concepção geral da narrativa, porém, foi mais demorada no que concerne às fontes de pesquisa; pois, mesclar ficção com dados históricos, dando coerência à estrutura formal do texto, é um paradoxo descomunal: algo como se colocar um velho e um moço frente a frente. Mais ou menos isso. Quais os principais desafios para escrita desta obra? JackMichel - Creio que tenham sido os medos de correr riscos, visto que o livro traz à tona casos arquivados que causaram polêmicas, reações apaixonadas e controvérsias em muitas partes do mundo e nas mais diversas épocas. A obra aborda temas eternos como o Assassinato de Sharon Tate, a Revolução Cultural chinesa, o extermínio nos campos de concentração nazistas, a catástrofe da Talidomida, a morte prematura de Jim Morrison, a tragédia particular de Oscar Wilde, o atentado à bomba numa Igreja Batista da Rua 16 e enfoca personagens notórios como Charles Manson, Mao Tsé-Tung, Heinrich Himmler e Ku Klux Klan. De que forma estes desafios foram superados? JackMichel - À medida que o livro foi sendo escrito e eu e Jack fomos dando forma a uma escultura não modelada; quero dizer que, qualquer receio de exumar antigos fatos públicos tão controversos, foi superado com o surgimento de um texto tão maravilhoso e emocionante. Fomos escrevendo de maneira muito coesa cada parte do todo e, no final das contas, quem deu o xeque-mate 44
foi mesmo a inspiração que nos surgiu no cérebro, como uma centelha brilhante que risca o céu dos pensamentos. O que mais a encanta em “Arco-Jesus-Íris”? JackMichel - Sem dúvida alguma é a aura benfazeja de perdão, misericórdia, paz e amor que envolve as vítimas e os seus algozes, como um véu diáfano de proporções subliwww.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
mes. Nos sete círculos coloridos do arco-íris psicodélico de Jesus Cristo, todos os ofendidos concedem a remissão aqueles que os ofenderam, aqueles que ceifaram suas vidas, aqueles que obstaram suas liberdades, aqueles que traficaram seus sentimentos, aqueles que destruíram seus sonhos, etc. De qualquer forma... eu acho que não é fácil tentar dar bons exemplos para as pessoas, principalmente neste mundo
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atual, onde a violência grassa e todo escândalo sorri um riso de escárnio no canto da boca. Como foi a escolha do Título? JackMichel - Não foi uma escolha, quero dizer, não foi uma ideia trabalhada, foi simplesmente o estro de Jack que aflorou num momento muito especial. Onde podemos comprar o seu livro? JackMichel - Em Portugal, além do site da Chiado Editora, o livro também pode adquirido em papel (sob encomenda) nos seguintes locais: Fnac, Sonae, ECI, Bertrand, Almedina, Auchan, Bulhosa, entre outros. Em e-book ele está disponível na Apple iBookstore, Barnes & Noble, Sony, Kobo, Diesel ebook Store e Baker & Taylor. No Brasil ele está à venda na Livraria Cultura (http:// www.livrariacultura.com.br/p/arco-jesus-iris-46098023). O book trailer de “Arco-Jesus-Íris” estará brevemente no Youtube, na página da Chiado Editora e em minha fanpage, no facebook., para todos conferirem. Soube que já temos novo livro a ser publicado, conte-nos sobre este novo projeto literário ele esta sendo escrito em parceria com a sua irmã? JackMichel - Sim, é verdade. JackMichel já fechou contrato com a Drago Editorial e em breve estará lançando “LSD Lua”. Sem nenhuma falsa modéstia, arrisco dizer que é uma história fascinante, por trazer à tona a figura polêmica do LSD e também por homenagear um grande feito histórico para toda a humanidade: a chegada do homem a lua. Este livro também foi escrito junto com Jack, minha parceira literária; e foi aliando o senso crítico-analítico de uma e a inventividade de outra que conseguimos chegar ao produto final de um texto nostalgicamente romântico que apaixona o leitor a primeira vista.
Quais os seus principais objetivos como escritora? JackMichel - Bem... eu pretendo assumir estágios de popularidade cada vez maiores (no bom sentido!). Pretendo que a obra de JackMichel seja, num breve tempo, reconhecida em todo mundo; visto que tenho espalhado meus originais por editoras de inúmeros países e já tenho vários acenos positivos. Hoje em dia, a globalização é uma realidade que já está incorporada ao sonho. Sonhar não é mais impossível numa época em que até os controles remotos são inteligentes. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o livro “Arco-Jesus-Íris das autoras JackMichel. Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem vocês deixam para nossos leitores? JackMichel - Tenho a ousadia de pedir a todos aqueles que leem este editorial fantástico, que é o Divulga Escritor, que valorizem cada vez mais os escritores contemporâneos que criam suas obras com tanto amor e carinho para oferecê-las ao público em geral; pois o escritor é um instrumento delicado que só toca com harmonia quando ganha o aplauso dos ouvintes. O link da fanpage de JackMichel no facebook: https://www.facebook.com/EscritorasJackMichel/
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Escritora Dilercy Adler
Participação especial LIBERTAÇÃO
Aprisiono o verbo devoro a “carne” –pecado humanocerne do desejo tresloucado do fruto proibido insaciavelmente insano!...
aprisiono a dor em amargas palavras algemadas –cárcere privadoesvaziada da linguagem erótica ... recrio liturgias procissões santos e rezas que se pretendem assépticos e no entanto mostram-se contagiam com os seus próprios venenos exoticamente tóxicos! aprisiono o amor no papel A4
que jaz na impressora do meu computador e digito tácita e indolentemente cada letra cada sílaba cada sentença cada cicatriz intensa da vida que se expõe e ao se mostrar completamente nua sem qualquer reserva se ergue se levanta alça vôo ...se liberta... e me liberta também!!!
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ENTREVISTA
Escritor José Carlos Sibila José Carlos Sibila é mestre em Ciências da comunicação pela universidade de São Paulo; Dramaturgo, com dez pecas escritas e três encenadas nos teatros brasileiro. As peças já montadas são “Teto de Lona”; “A eleição da mãe de Jesus/doida”. Roteirista de diretor de vários filmes, entre eles os curtas “O grito da terra e Apesar de você”.
Boa leitura!
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Escritor José Carlos Sibila, é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos o que o encanta no estilo de escrita do “Realismo Má48
É a estória de um jovem com dupla personalidade que se vê aprisionado em um lugar que não consegue identificar. Sua única possibilidade de descoberta e liberdade é viajar para o passado.”
gico”, também conhecido como “Realismo Fantástico”? J. C. Sibila - O que me atrai no realismo mágico é a viabilidade de interferência de acontecimentos fantásticos em uma narrativa realista. Quando não encontro possibilidades narrativas no realismo, procuro www.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
me auxiliar da magia para estabelecer a minha estrutura narrativa. É um gênero associado em geral à ficção latino-americana, mas que ocorre também em romances de outras procedências. Na América-Latina encontram-se exemplos na obra de Gabriel Garcia Márquez. Na
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O que é referência no romance “O Homem sem passado”? J. C. Sibila - O fantástico e a hipótese provável de que cada um precisa do passado para seguir a vida no presente.
Europa autores como Milan Kundera, Fay Weldon, Angela Carter, Jeanette Wisterson introduziram o fantástico na literatura com grande entusiasmo. Particularmente, acho fundamental que o fantástico não perca o vínculo com a realidade. Em que momento pensou em escrever “Criaturas”? J. C. Sibila - No início de 2001 editei o meu primeiro livro de contos pela editora Nativa, com uma série de dez contos que inseriam numa narrativa ficcional os elementos do realismo mágico que me permitiam fazer uma leitura fantástica da realidade. Em todos os contos as descrições e diálogos fixam-se de forma obsessiva a superfície do universo narrado, mas sempre há elementos que fogem à realidade, como se fosse um olhar além dela. Após a publicação desta obra, dando sequência ao acervo literário do autor José Carlos Sibila foi publicado “Uma alma a procura de um corpo” conte-nos o que o inspirou a escrever o enredo que compõe o livro. J. C. Sibila - A situação fantástica do personagem levou-me a desenvolver este romance. É a estória de um jovem com dupla personalidade que se vê aprisionado em um lugar
que não consegue identificar. Sua única possibilidade de descoberta e liberdade é viajar para o passado. Qual a mensagem que você quer levar ao leitor através da leitura desta obra literária? J. C. Sibila - Quero apenas lembrar que existem atitudes que permanecem eternamente conosco e não basta escondê-las. Às vezes precisamos viajar para outros tempos e espaços para revisitar os acontecimentos. Magicamente vamos ao encontro de alguma realidade escondida. Mas é sempre bom lembrar que essa viagem não precisa rigorosamente de um tom dramático. Muitos dos meus textos caminham pela comédia. Soube que temos livro novo no prelo, pode nos contar um pouco sobre o que vamos ter em breve para leitura? J. C. Sibila - Trata-se de um romance, também na linha do realismo mágico e o título é “O homem sem passado”. o personagem, após viver muitos anos em um manicômio, é solto e não consegue se lembrar de nada além do presente. um grupo de pessoas procura então lhe dar outro passado que lhes convém, para que ele assuma algumas dívidas sociais cometidas pelo grupo. www.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
Além de escritor você trabalha com direção de peças teatrais e Cinema, qual a principal diferença de um texto adaptado para o cinema de um texto adaptado para o teatro? J. C. Sibila - Penso que a pureza de gêneros, estilos e suportes está um tanto superada. Nas especificidades das estruturas narrativas tenho a impressão que o texto teatral é para estórias a serem vividas e só ganham corpo quando a vida lhes é dada pelos atores. Já o cinema e o romance têm características predominantemente narrativas. Mas há que se ter cautela quanto a estas afirmações para que não se tornem regras duras e imutáveis. Com tantas atividades artísticas, conte-nos o que mais chama a sua atenção em um texto? J. C. Sibila - A verossimilhança é o elemento fundamental no texto ficcional. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor José Carlos Sibila. Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? J. C. Sibila - Procurem ler, assistir, presenciar e ouvir obras que levem o receptor à seguinte reflexão; “em que isso me modificou”? Serviços: Email do autor: jcsibila@yahoo. com.br - Link para compra do livro UMA ALMA A PROCURA DE UM CORPO - https://lp-books. com/loja/literatura/uma-alma-a-procura-de-um-corpo/ _________________ Participe do projeto Divulga Escritor www.divulgaescritor.com 49
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ENTREVISTA
Escritor Luiz Amato Luiz Amato, nascido em abril de 1956, paulista, casado, tem formação na área de exatas. Seu interesse por literatura vem desde muito jovem. É atuante no comércio filatélico. Gosta de destacar sua paixão por rock pesado, heavy metal e blues. Guitarrista nas horas vagas. No universo literário, destaca-se como autor da Série A Grande Aventura, S.A.G.A. É também autor de vários contos: Psicos - Fronteira Final - Deus é mesmo Brasileiro - Louco? Quem? Eu? - Herói Urbano - Felicidade, um conto de Amor O Plantonista – Amor, somente Amor e outros mais, publicados no livro Lua Cheia, pela plataforma Create Space da Amazon.com (USA).
Boa leitura!
Fonte: Blog Gettub.com.br Por Carlos Barros
O que é o FLAL? Luiz Amato - Festival de Literatura e Artes Literárias. É um evento 100% online, gratuito, que tem como metas principais, divulgar a literatura e aproximar o público leitor, do escritor.
Como surgiu o festival? Luiz Amato - Eu participei de um outro evento, o qual eu considero muito bom, de nome; projeto um dia a R$ 0,00 da Ge Benjamim, onde os autores disponibilizam seus escritos a custo zero para os participantes. A partir dele, desenvolvi o FLAL. www.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
Qual a maior dificuldade em criar um evento desse nível? Luiz Amato - Para a criação, praticamente nenhuma. Agora para gerir, muitas. Um exemplo: A comunicação com os participantes. Foi criado, em janeiro de 2016, um grupo exclusivo para isso, onde são postadas todas as informações 51
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para o desenvolvimento das ações necessárias. Estamos a duas semanas do início do Festival, mas ainda recebo perguntas do tipo: Para que serve a entrevista? O que o público poderá encontrar no festival? Luiz Amato - Nesta edição, somos 161 escritores (as) dos mais variados estilos, onde 72 deles, participarão de bate-papos, sextas e sábados, em tempo real. O público poderá perguntar o que quiser. Temos também as entrevistas publicadas durante os dias da semana, no período do evento, onde os autores respondem às perguntas enviadas pelo público. Adicionamos nesta 2ª edição, entrevistas com profissionais da área literária, e um evento que chamamos de pré FLAL, onde os participantes inscritos enviam textos, que são publicados anonimamente. O público pode comentar e avaliar. Como é a interação entre o público e os autores? Luiz Amato - Ela ocorre, principalmente, durante os bate-papos, onde o público, em um sistema de perguntas e respostas em tempo real, obtém informações sobre os mais variados quesitos, do autor participante. Qualquer um pode participar? Luiz Amato - Sim, tanto como au-
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tor, como público ou como membro da coordenação do evento (trabalho voluntário). Quem fornece os prêmios dos sorteios? Luiz Amato - Os autores. Nós pedimos aos mesmos, dentro da medida do possível (não existe obrigatoriedade), que doem brindes (livros, marcadores, botons, etc), para sortearmos ao público participante. Em escala bem menor, também direcionado ao público, recebemos doações de terceiros. Como enxerga a literatura nacional atual? Luiz Amato - Eu sempre gosto de usar esse termo: Somos um vulcão prestes a entrar em erupção. A quantidade de obras, com qualidade excelente, é muito grande. Temos escritores (as) com nível para sucesso mundial. O que pensa do trabalho das editoras quanto a obras nacionais? Luiz Amato - Sem generalizar, resumo em duas palavras: Faturamento e Rotina: A editora é uma empresa, e como todo negócio visa faturamento. O mesmo tem à plena garantia ao se editar uma obra estrangeira, já consagrada, de venda fácil. Acontece que esse procedimento, acaba se tornando uma rotina. Para que perdermos tempo e arriscarmos inveswww.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
timentos com textos (mesmo com qualidade excepcional) de ilustres desconhecidos, se podemos faturar com títulos e autores (as) conhecidos do púbico. De onde pensa que vem a resistência de alguns leitores quanto a obras nacionais? Luiz Amato - Com certeza do total desconhecimento do que é, e, da qualidade da literatura nacional. Já li um comentário que dizia “Nossa, que ruim este livro, tinha que ser um autor nacional”. Quem teceu esse comentário, esquece que generalizar é errado. Se um não presta, não significa que todos não prestam. Um outro detalhe. Os estrangeiros que aqui chegam, já foram insistentemente preparados, para ter excelência em sua qualidade. Haverá o FLAL 3? Luiz Amato - Eu penso que sim, pois, mesmo o festival sendo recente, está na 2ª edição, já atingiu patamares para figurar no calendário nacional de eventos culturais. Pode ser que eu não faça mais parte da organização coordenação, mas continuará divulgando e mostrando que a cultura é o maior tesouro de um ser humano. _________________ Participe do projeto Divulga Escritor www.divulgaescritor.com
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Escritora Margarida Lorena Zago
Participação especial
A Sublimidade do Amor Onde há ternura se manifestando, Um ato de coragem em meio às trevas, Um gesto de amor lhe abençoando, Um sorriso em meio às lágrimas, Uma mão estendendo carinho, Um colo, um seio, acolhendo, Onde a sublimidade se faz mister, E a alegria expande-se em Luz, Na escuridão ou no esplendor de um dia, Onde o impossível se torna possível, Haverá sempre uma grande mulher, Acalentando em seu coração, A mais brilhante dádiva do Amor, Que se desvela em nobreza e carinho Faça sol, chuva, frio ou calor, Nada impedirá esta guerreira do amor, Abdicar de sua doação, À criatura que ela gerou, Dando sentido à vida, E completude ao Amor, Então preste Atenção: É com certeza a sua Mãe!
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ENTREVISTA
Entrevista sobre Direitos Autorais com Doutora Mary Angela MARY ÂNGELA MARQUES BRUNO, nascida aos 04 de junho, na cidade de São Paulo- Capital – SP, mais precisamente no Bairro de Santo Amaro, onde vive até os dias atuais. Graduou-se em Biomedicina e pós Graduou-se em Patologia Clínica, pela OSEC – Organização Santamarense de Educação e Cultura. Atualmente é ADVOGADA e Sócia do Escritório Marques Bruno Advogados Associados. É Membro Efetiva da Comissão da Mulher Advogada e da Comissão de Direito Eletrônico e Crimes de Alta Tecnologia da OAB/SP. Coordenadora Adjunta da Comissão da Mulher Advogada da OAB Santo Amaro. Membro da Comissão de Direitos e Defesa dos Animais da OAB Santo Amaro. Membro do Conselho Diretor da ACSP Distrital Sul, Integrante do Conselho Diretor IASA (Instituto Advogados Santo Amaro) e da AASP (Associação dos Advogados de São Paulo). Boa leitura!
Fonte: Revista Acadêmica Online Por Giuliano de Méroe
Qual a definição de direitos autorais? E o que todo autor deveria saber ou nunca esquecer em relação à proteção de sua Obra? Dra. Mary Bruno: Direito autoral é um conjunto de prerrogativas conferidas por lei à pessoa física ou jurídica criadora da obra intelectual, para que ela possa gozar dos benefícios morais 54
e patrimoniais resultantes da exploração de suas criações. O direito autoral está regulamentado pela Lei de Direitos Autorais (Lei 9.610/98) e protege as relações entre o criador e quem utiliza suas criações artísticas, literárias ou científicas, tais como textos, livros, pinturas, esculturas, músicas, fotografias etc. Os direitos autorais são divididos, para efeitos legais, em direitos morais e patrimoniais. www.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
Embora a lei não determine obrigatoriamente o registro, todo autor não deveria esquecer nunca de registrar a sua obra, pois adotando essa postura ficará muito mais fácil a defesa dos direitos do autor. O autor deve ter muito cuidado ao apresentar essa obra, até para possíveis patrocinadores. Antes, ele deve registrar na Biblioteca Nacional. Porque o que acontece, às vezes, é de
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uma pessoa ficar interessada pelo projeto, ter uma ideia do que aquele autor escreveu e depois montar com outra equipe. O registro de uma obra na Biblioteca Nacional não é obrigatório para seu uso ou publicação. Sendo facultativo, quais as vantagens desse registro? Dra. Mary Bruno: A vantagem é que no caso da existência de um conflito ou dúvida sobre autoria da obra , o registro facilita muito a defesa. Quando determinada obra não for registrada, o que seria necessário para comprovação de sua autoria? Dra. Mary Bruno: Em princípio seria necessário um termo de responsabilidade, aonde todos os que vierem a ter acesso àquela obra, deverão assiná-lo. Em casos onde determinadas pessoas tiverem acesso à uma obra sem autorização e está não estiver registrada, como poderíamos provar a autoria? Dra. Mary Bruno: Em uma situação dessa a autoria será provada através de uma medida judicial, com apresentação de testemunhas e outros manuscritos anteriores ou até mesmo os próprios arquivos de computadores. E se eventualmente não houver o registro serão admitidos qualquer meio de prova permitido em direito, tais como: emails, documentos entre outros.
sível realizar a transferência dos direitos de um autor para outro? Dra. Mary Bruno: Os direitos morais não são negociáveis, autor é o senhor possuidor e detentor desses direitos que impedem essa transferência. Mas em contrapartida, é possível a cessão de direitos patrimoniais que vão lhe garantir o recebimento de uma remuneração. É possível que uma obra de autor vivo, seja administrada por terceiros, sem prévia consulta ao autor? Dra. Mary Bruno: Como disse anteriormente o autor é sempre o senhor possuidor da obra, logo sem a prévia autorização do autor não é possível que haja a administração. Porém, ocorrendo a morte do autor, caberia aos herdeiros autorizar o não esse posicionamento. Se porventura uma obra for revendida, objetivando a obtenção de lucro, o autor deverá ser remunerado? Dra. Mary Bruno: Logicamente que sim, pois essa situação podemos definir como sendo o chamado direito de sequencia. Exemplificando: Se uma novela for vendida para outro país , o autor tem o direito legal de remuneração.
Até que ponto podemos classificar uma obra como similar a outra? E o que caracteriza o plágio? Dra. Mary Bruno: Nesses casos adota-se o critério da subjetividade, pois se apresenta fora de um contexto, sendo impossível sabermos se houve ou não o plágio. E, para dirimir esta questão necessária se faz a figura de um perito para fazer tal aferição.
Sabemos que uma mesma obra pode ser utilizada em diferentes mídias, dessa forma como conciliar a utilização dela? Dra. Mary Bruno: Sabemos que um contrato firmado para uma mídia específica pode restringir novos contratos para suportes diferentes. Por esse motivo, tais contratos deverão ser interpretados de forma restritiva. Por exemplo, se estiver estipulado que determinada obra só é liberada para ser prensada em forma de livro, para que eventualmente se torne um e-book, será necessária a elaboração de um novo contrato com clausulas específicas.
Revista Academica On Line: É pos-
Quando um contrato previr a utiwww.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
lização específica numa mídia e for utilizado em outra, como o autor deverá agir? Dra. Mary Bruno: Comprovada essa situação o autor terá o direito de fazer cessar esse uso indevido e consequentemente será indenizado por perdas e danos. Qual seria o foro competente para dirimir questões que envolvam direitos autorais? Dra. Mary Bruno: Depende da situação, mas em regra geral o Código de Processo Civil dita às regras de competência, que é a Justiça Estadual. Porém se estivermos discutindo o título da obra, se eventualmente alguém registrou como marca no INPI, aí a competência será na esfera Federal. Com o surgimento da rede mundial de computadores (internet), qual seria o impacto, sofrido nas questões que envolvam direitos autorais? Dra. Mary Bruno: Pois bem, ouso dizer que o impacto foi avassalador, pois as pessoas passaram a ter acesso a todo e qualquer conteúdo que antes não tinham. Porém ainda não existe a consciência plena de que o autor, deva ser retribuído. Como se regulamenta o direito autoral na internet hoje no Brasil? Dra. Mary Bruno: Essa é uma questão de grande relevância ! Com advento do Marco Civil da Internet, que nada mais é do que a lei que regulamenta o uso da Internet no Brasil, deliberadamente excluiu de seu âmbito de aplicação às questões relativas ao direito autoral e acabou limitando-se a dispor que, até a entrada em vigor de lei específica, ficaria valendo as regras de direito autoral vigente de 1998. Portanto, não há ainda, regulamentação especifica para o direito autoral na internet. É importante dizer que na ocasião da elaboração do Marco Civil da Internet houve certa polêmica 55
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sobre o tema, entretanto acabou-se deixando passar uma oportunidade ímpar de esclarecer está questão. A aplicação por analogia, das normas de 1998 ao âmbito da internet pode resultar em enrijecimento injustificado da proteção autoral. Dessa forma, atos aparentemente ingênuos e, em tese, inofensivos do nosso cotidiano podem acabar configurando ato ilícito. Como podemos falar sobre direito autoral na internet , se nesse ambiente virtual, o conhecimento, informação, conteúdo são compartilhados, reaproveitados e utilizados sem precedentes e em uma velocidade assustadora? Dra Mary Bruno: Como podemos perceber estamos diante de uma situação delicada, e por esse motivo é que as leis sobre direitos autorais devem buscar um equilíbrio. Sem sombras de dúvida que a proteção dos direitos autorais é de suma importância, mesmo no âmbito da internet. Tanto é fato que a Constituição Federal garante expressamente tais direitos. Mas em contrapartida, importante se faz elucidar , que tais direitos não são absolutos, tanto que a própria Lei de Direitos Autorais traz algumas hipóteses (restritas) de uso de obras intelectuais independente de autorização prévia. Além disso, a Constituição também protege (no mesmo artigo, inclusive), o direito à liberdade de expressão e de informação. Logo, há que se balancear a tutela do direito autoral na internet com as liberdades conferidas ao usuário. 56
Poderíamos dizer que existem países com legislação mais avançada e menos avançada sobre o tema? Dra Mary Bruno: Primeiramente precisamos definir o que se entende por legislação avançada! Vários países possuem legislações específicas, e que regulamentam de forma ampla os direitos autorais na internet, mas nem sempre as leis representam um avanço. Nos Estados Unidos, por exemplo, vigora um rígido sistema de notificação e retirada do conteúdo, pelo qual um determinado provedor de acesso é incentivado a remover o conteúdo de terceiros, a partir de uma comunicação extrajudicial de um suposto ilícito. Em compensação na França, existe uma lei específica para tentar bloquear a livre disseminação de conteúdo via sistema de compartilhamento peer to peer. No Canadá, a regra diz, em um primeiro momento, ser necessária a ocorrência de uma notificação ao suposto infrator, e não a imediata remoção extrajudicial do conteúdo supostamente ilícito. Enfim, podemos perceber que o rigor das leis de direitos autorais varia de acordo com o país, sendo que em muitos já há regulamentação - ainda que seja controversa - sobre o assunto. Poderíamos dizer que existe uma tendência no enrijecimento das leis que regulamentam o direito autoral na internet ou um afrouxamento delas? Dra. Mary Bruno: No âmbito acadêmico, inúmeras são as criticas no tocante ao enrijecimento das leis de direitos autorais, até mesmo em virtude do atual contexto sócio cultural do avanço tecnológico na sociedade da informação. Em que pesem essas pertinentes críticas, as leis reguladoras dos direitos autorais na internet, caminham claramente para o enrijecimento, principalmente no Brasil. Por esse motivo necessário se faz, um rigoroso acompanhamento do contexto legislativo do país, pois www.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
existe um polemico esboço de proposta de atualização da lei autoral, engavetado há muito tempo. E sendo assim, acredito que seria necessário um adequado balanceamento entre a proteção autoral e as liberdades do usuário de internet. No universo cibernético se eventualmente uma pessoa pegar uma foto de um desconhecido do Facebook, imprimir e vender, estaria ela violando um direito autoral? Dra. Mary Bruno: Sim. Pois quando uma pessoa cria um trabalho, por exemplo, ao tirar uma fotografia, tem o direito de autor automático. Quando faz upload para uma plataforma como Facebook ou Instagram, muitas vezes aceita sem ler ou sem entender completamente termos de uso escrito em uma linguagem rebuscada que querem dizer: que você cede o uso, embora a propriedade continue sendo sua. Desta forma, se terceiros não autorizados comercializarem essa foto, caracteriza-se a violação do direito autoral. Sobre os portais de internet , poderíamos dizer que na prática são “depósitos” de links de outros meios ou publicações? Dra. Mary Bruno: Eu diria que sim, porque geram tráfego de visitas com conteúdos que não foram criados por eles, mas fazer o link de outros conteúdos com um vínculo é completamente legal. Assim concluo que inevitavelmente a lei sempre correrá atrás da realidade da internet e os usuários devem aprender a se proteger e a proteger suas obras, porque é impossível que a legislação avance na mesma velocidade que a tecnologia.
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Escritora Nell Morato
Participação especial Amor sem limite Amor. Pode-se mensurar o amor? Quantificar o sentimento? E quando que você percebe que é verdadeiramente amado? Ou que retribui o amor que recebe? Acredito não ser na mesma proporção que o amor da maternidade. Os laços que unem uma mãe a seu filho são imensuráveis. Naturalmente que existem exceções na natureza humana. Vou falar do amor verdadeiro. Eu aprontei muito na infância. Cresci livre envolvida pela natureza rústica e os animais da fazenda. E assim, eu passava os dias sem temer absolutamente nada. Existiam regras, muitas regras, não pode isso por causa daquilo, e assim por diante. Meus pais diziam o que não se podia fazer e o motivo... a escolha, quase sempre era nossa, minha e de minhas irmãs. Minha não, eu era uma guria de três anos e não podia fazer nada. Para quase tudo eu era muito pequena e poderia me machucar. Todos os dias pela manhã eu saia de casa com meu pai para o “galpão”, tipo um escritório com depósito anexo. Eu tinha uma ligação de extrema adoração pelo meu pai. Tão forte, que desde “bebê” eu vivia atrás dele pela casa e por determinação da minha mãe eu ia, com cercadinho e fraldas, para o tal galpão
com o meu pai. Eu ia trabalhar... Um dia pela manhã, meu pai foi chamado pelo “seu” Onofre para ir à plantação, que precisavam dele por lá. “Seu” Onofre era um empregado da fazenda e me chamava de guriazinha. Eu não tinha autorização para ir à plantação, nem acompanhada de meu pai. Ele dizia que era perigoso para uma guria tão pequena. Saímos os três do galpão e meu pai disse que eu deveria ir para casa. Reclamei que queria ir junto com ele, mas não adiantou. Fiquei ali parada olhando meu pai e o seu Onofre. Que droga! Não podia ir à plantação... Estava zangada, sentei no chão, bati os pés na grama e minhas pequeninas mãos arrancavam tufos do gramado... Olhei na direção que eles seguiram e não os avistei. Então eu decidi desobedecer ao meu pai e segui rumo a tal plantação... E acabei internada no hospital da cidade... Quando meu pai entrou em casa comigo em seus braços, minha mãe ficou muito assustada. Decidiram que eu precisava de um banho e depois seguiríamos, de charrete até a casa do meu tio, que morava à beira da estrada e tinha uma camionete, para que nos levasse até o hospital. Eu estava intoxicada com o vewww.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
neno das plantas. Pareciam margaridas e na verdade era piretro. A flor era usada para a fabricação de inseticidas e medicamentos veterinários. Fiquei internada dois dias. Meu pai voltou para a fazenda e a minha mãe ficou ali comigo. Era uma situação nova para mim. Minha cabeça doía muito e a pele delicada que esteve em contato com as flores, estava vermelha e ardia muito. Minha mão estava ligada num soro, que descia lentamente. Eu dormia, acordava e via o rosto da minha mãe sorrindo para mim. Estava sempre ali, bastava eu abrir os olhos e lá estava ela, velando por mim. O semblante sereno e afetuoso, as mãos carinhosas afagando meus cabelos ou acarinhando meu rosto. Eu sentia o amor dela por mim. Como se estivesse ainda dentro dela, de tão protegida eu me sentia. E pela primeira vez eu percebia que era parte dela. Que eu a amava e precisava dela. Ao final dos dois dias, meu pai retornou para nos levar para casa. Fez menção de me tomar em seus braços e eu apenas o beijei no rosto e o abracei com meus pequeninos braços. Disse-lhe que iria no “colinho” da minha mãe. Eles me amavam e não existia disputa pelo meu carinho. Sequer passava pela cabeça deles tamanha desfaçatez. E eu sempre preteri a minha querida mãe, pela forte ligação que tinha com meu pai. E não se pode mensurar o amor de uma mãe pelo seu filho. É um amor que ultrapassa todas as barreiras e supera todas as dificuldades. Mãe é um amor sem limite. 57
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ENTREVISTA
Escritor Paulo Marsal Paulo Marsal, 32, é casado com a Assistente Social Viviane Marsal, viveu em Winnipeg, Canadá, onde frequentou a Universidade de Manitoba, possui os títulos de MBA Internacional em Gestão Estratégica de Negócios e de Bacharel em Administração de Empresas. Não obstante, apesar da sólida formação na área de negócios, o escritor sempre demonstrou afeição por história e filosofia. Hoje é Diretor de Operações (COO), docente para o nível superior, além de ser estudioso da área de negócios. Participou de diversos livros como consultor técnico e produtor intelectual de prefácios e posfácios. Desde jovem é aficionado por Mitológica Nórdica, quadrinhos, animações e filmes, principalmente os de ação, artes marciais e épicos. Certamente, tal fascínio atrelado à leitura e muitas pesquisas, o gabaritaram para dar vida ao livro Oluap: O Guerreiro, leitura obrigatória aos que esperam uma literatura leve, de qualidade e ação.
Outra coisa que valoriza a obra são as ilustrações, as quais foram muito bem concebidas pelo meu amigo Emílio Yamazaki do Estúdio Escola Modelo Design.”
Boa leitura!
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritor Paulo Marsal, é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos o que o motivou a ter gosto pela Literatura Épica? Paulo Marsal - Desde pequenino sou fanático por mitológica nórdi58
ca e contos que versam sobre a idade média, principalmente a respeito dos vikings, por outro lado, além dos textos, sou fascinado pelos filmes, séries e animes do gênero. Portanto, não havia outro caminho que não o de escrever um épico, no caso sobre os escandinavos do Século IX (risos). www.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
Em que momento pensou em escrever “Oluap: O Guerreiro”? Paulo Marsal - Sempre quis escrever um livro, principalmente depois que ingressei no meio acadêmico como docente, todavia, apesar de ser Mestre em Administração de Negócios (MBA), não me via escrevendo sobre o assunto. A
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ideia do Oluap surgiu após um convite de um amigo Professor Dr. em Filosofia, quem também é diretor na Dialógica Editora e escreveu meu Prefácio, Wagner Guedes. Após algumas negociações, dei vida à obra, que foi aceita em primeira instância pelo Conselho Editorial e precisou de poucos ajustes para ser publicada. Quais os principais desafios para escrita da obra? Paulo Marsal - Por se tratar de um épico, os maiores desafios foram as pesquisas de ambientação e vocabulário, pois há bastantes palavras oriundas dos vikings ou de português arcaico que foram inseridas, além de cidades e costumes, tudo isso mesclado com a maneira contemporânea de escrever. De que forma estes desafios foram superados? Paulo Marsal - Com muito foco, determinação, estudo e carinho, não há outra forma de fazê-lo. O que mais o encanta em “Oluap: O Guerreiro”? Paulo Marsal - A forma cativante e direta da narrativa, sem muito preciosismo ou escassez de detalhes relevantes ao enredo. Rápido e direto! (risos) São 232 páginas que podem ser lidas em poucas horas. Outra coisa que valoriza a obra são as ilustrações, as quais foram muito bem concebidas pelo meu amigo Emílio Yamazaki do Estúdio Escola Modelo Design. Como foi a escolha do título, quem é o Guerreiro Oluap? Paulo Marsal - É uma história engraçada, pois todos os nomes “vikings” que passavam pela minha cabeça já haviam sido usados por outros autores ou historiadores, a exemplo Ragnar e Erik, que no final entraram no livro, porém como personagens coadjuvantes. Eu precisava de um nome inédito, que senão “viking”, que ao menos soasse
vros sejam uma boa fonte de entretenimento aos leitores, pois se trata de um texto leve e de qualidade, modéstia à parte (risos).
como um, então depois de tanto pesquisar e “matutar”, resolvi inverter o meu nome, daí Oluap. Oluap de Nordvestland é um jovem de família humilde, que caiu nas graças do Rei Ragnar (olha o Ragnar aqui! [risos]) e por conta disso, passou por treinamentos não só militares, como também intelectuais e filosóficos, neste contexto, a personagem se tornou um feroz batalhador que busca seus ideais com astúcia e coragem. Onde podemos comprar o seu livro? Paulo Marsal - No momento Oluap: O Guerreiro está disponível para encomendas nas Livrarias Nobel e Cultura, pronta entrega na Dialógica Editora e na unidade do Shopping Santana da Livraria Nobel, seguem os links para compra on-line: http://www.livrariacultura.com. br/p/oluap-o-guerreiro-46124756 http://www.dialogicaeditora.com. br/#!product/prd1/4314622645/ oluap%3A-o-guerreiro Em breve estará nas Livrarias Cia. dos Livros, Martins Fontes Paulista, Leitura e Curitiba, todas para compra a pronta entrega ou on-line. Quais os seus principais objetivos como autor? Paulo Marsal - Quero que meus liwww.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
Você que já morou no Canadá, como você vê o mercado literário brasileiro? Paulo Marsal - Na minha singela opinião, há preconceito contra os autores brasileiros da nova geração, valorizamos apenas aqueles “monstros sagrados”, como Machado de Assis, um dos meus preferidos, inclusive, e esquecemos de nossos contemporâneos, contudo, super valorizamos os escritores estrangeiros, alguns com toda a razão, mas em via de regra, nem todos são melhores que os brasileiros, assim como acontece no cinema ou nos quadrinhos. Como agravante, o brasileiro não é muito acostumado a ler, acredito que 2 a cada 10 fazem da leitura um hábito, tanto que nossas principais livrarias têm deixado de lado os livros e optado por outras formas de entretenimento como música, games e filmes, ainda há aquelas que em suas lojas físicas nem mais livros têm. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor “Oluap: O Guerreiro” do autor Paulo Marsal. Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Paulo Marsal - Que continuem lendo, divulgando e participando do Projeto Divulga Escritor, que é uma fantástica iniciativa, e que se divirtam lendo o meu livro (risos). Serviços: paulohmmarsal@gmail. com - www.facebook.com/paulomarsalautor - www.oluapolivro. com.br _________________ Participe do projeto Divulga Escritor www.divulgaescritor.com
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Escritora Onã Silva
Participação especial
Onã Silva, a Poetisa do Cuidar, Colunista do site DIVULGA ESCRITOR, tem um currículo de atuação na área de enfermagem,
educação, cultura, saúde; sendo autora de vários livros e ganhadora de premiações. Mas, é o seu currículo de mãe que a renova, diariamente, com poesias e poeticamente ao lado do seu lindo nino cachos de ouro. Anjinho Minho... Mãezinha Minha... é um livro mas também uma expressão de amor mútua demostrada por ambos: a mamãe escritora e o nino (o anjinho) como ilustrador.
Capa do livro Anjinho Minho... Mãezinha Minha...
A poesia “Anjinho, anjinho meu... Anjinho Minho” publicada no livro Anjinho Minho... Mãezinha Minha...
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ENTREVISTA
Escritor Pedroom Lanne Pedroom Lanne é webwriter, mestre em Comunicação Social e especialista em novas mídias, mas, sobretudo, Doom player, dinossauro da era dos BBS e amante fervoroso de ficção-científica de um modo geral, fã e apaixonado pela literatura do fantástico. É esta justa paixão que guia Pedroom em sua obra de estreia como escritor romancista através da ficção-científica – o título “Adução” –, uma narrativa que ultrapassa as fronteiras de seu entusiasmo pelo conhecimento e aflora em palavras sua linha de pensamento que converge na busca de um mundo onde sabedoria, fé e utopia convivem harmonicamente. Como inspiração, Pedroom é leitor e aficcionado por autores póstumos como Poe, Wells, Verne e Monteiro Lobato, e contemporâneos como S. King, J. Anson e Érico Veríssimo. Diz que seus livros prediletos são “Histórias Extraordinárias”, “Christiane F.”, “1984” e “Laranja Mecânica”, e o melhor filme que já viu, pois, além de leitor e escritor é também cinéfilo, foi “Rapa Nui”.
Que o leitor atual consiga tirar vantagem de algo que há pouco tempo era impossível: manter contato com o escritor via Internet, sobretudo os novos escritores.”
Boa leitura!
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritor Pedroom Lanne é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos em que momento pensou em escrever o seu livro “Adução, o Dossiê Alienígena”?
Pedroom Lanne - A trama desse livro me veio à cabeça no dia 22 de Dezembro de 2012 quando estive visitando a cidade São Thomé das Letras em Minas Gerais (Brasil), por ocasião daquela que deveria ser a data do “fim do mundo” previsto no calendário maia. Em outras pawww.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
lavras, a inspiração para escrever “Adução” veio no primeiro dia do reinício da conta longa do calendário maia. Costumo dizer que essa história foi plantada na minha mente por algum alienígena, não só pela ocasião em que a imaginei, também pelo fato da cidade de São Thomé 61
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ser um ponto turístico conhecido por supostas visitações e contatos de seres extraterrestres. Verdade é que estive lá de férias com minha esposa, ela que não conhecia o local, pois, se o mundo fosse mesmo acabar, talvez lá fosse um bom lugar para se estar caso algum alienígena se dispusesse a nos salvar. É claro que digo isso de brincadeira, verdade é que o mundo não acabou e eu tive essa súbita inspiração quando lá estive, se isso teve alguma influência do além, não existe nenhuma prova material ou consciente do fato, eu prefiro acreditar que o lugar me inspirou, apenas isso. Quais os principais desafios para escrita do enredo que compõe a obra? Pedroom Lanne - O grande desafio foi abordar temas que estão completamente fora da minha área de conhecimento, especialmente para desenvolver o universo imaginário no qual vivem os alienígenas da história que desenvolvi, o mundo quântico, habitado pela espécie que denominei Quanticus-sapiens, pois tive que me basear nas mais recentes teorias da física quântica para desenvolvê-lo. Um desafio para um mero comunicólogo cuja afinidade com a matemática é praticamente nula. De que forma estes desafios foram superados? Pedroom Lanne - Imaginação e intuição são as palavras-chave para a superação desse desafio, mas não só. Tive que pesquisar muitos sítios e buscar várias referências sobre física quântica, matemática e astronomia para compor uma história que fosse coerente com as teorias atuais. Hoje, a Internet facilita bastante esse trabalho, de forma que consegui superar essas dúvidas sem precisar recorrer a entrevistas com professores e pesquisadores do assunto. Consegui reunir as informações que precisava sozinho,
somente consultei um especialista, um professor de física, que me ajudou a confirmar a coerência dos assuntos da forma como os abordei. O mesmo vale para os campos das biomédicas e da psicologia, outras duas áreas de grande apelo dentro da história que escrevi, das quais obtive muitas informações junto a especialistas de ambas. O que mais o encanta em “Adução, o Dossiê Alienígena”? Pedroom Lanne - É difícil, como autor, dizer o que mais encanta em minha obra. Talvez o forte da obra seja o que mais “desencanta”, pois, em grande parte, a história se trata de uma crítica ou sátira dos nossos conceitos de vida e sociedade. A partir de uma perspectiva consciente mais evoluída que a nossa, tento expor o que os alienígenas pensariam de nossa existência atual aqui na Terra. Da mesma forma, eu questiono nossas utopias de um mundo mais desenvolvido, de modo que o universo alienígena que imaginei também tem suas falhas e os seus limites, difere-se do nosso apenas por praticar uma ética diferenciada e mais refinada que a nossa, e, claro, pela tecnologia, que é super, hiper, ultra-avançada. Que temas são abordados nesta obra? Pedroom Lanne - Embora pareça que não, o tema mais forte da obra é a evolução das espécies, pois a aventura não se resume ao drama dos personagens humanos (terráqueos) que utilizei para compor o enredo da história, se trata de como e o quanto uma espécie precisa evoluir em termos tecnológicos e genéticos para conseguir habitar o espaço. Nesse sentido, os protagonistas humanos formam um elo de nossa civilização atual com a civilização alienígena futurista (tendo como pano de fundo uma história sobre viagem no tempo), enquanto a história que narro, aquela que me
veio a mente quando estava em São Thomé das Letras, é a história dos alienígenas, de como eles evoluíram como espécie até um dia conquistarem e habitarem o espaço. Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através do enredo que compõe a obra, nos apresente os principais personagens e sua missão? Pedroom Lanne - Não posso dar detalhes sobre os protagonistas humanos da história, pois tiraria a graça da leitura já no princípio do livro. Posso apenas dizer que eles foram escolhidos e modelados conforme o tema que queria abordar que é, como enfatizei anteriormente, a história dos alienígenas, inclusive a data de partida da história e as características dos mesmos foram delineadas com esse objetivo, por isso, posso dizer, eles são norte-americanos que vivem no ano de 1978 – não porque quis escrever uma história “americanófila” ou criar algo que tivesse apelo para o mercado dos EUA, o próprio desenvolvimento da história vai desmentir essa aparência inicial, poderia dizer, até, que a história não tem nada de norte-americana, se trata de uma “armadilha” para os norte-americanos. Quanto a mensagem que quero transmitir, muito simples, mostrar que muitos de nossos valores, que as dores de nossa sociedade atual são mesquinhas e ultrapassadas, que uma existência em nível cósmico implica em deixarmos tudo isso para trás. Como você vê o mercado literário Nacional? Pedroom Lanne - No Brasil, péssimo. Embora exista um boom de novas publicações e autores, muito em função das facilidades que se tem para publicar um livro hoje em dia, ou mesmo se publicar na Internet, em termos de mercado, a coisa continua ruim por aqui. Digo que continua em função do que ouço de
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outros escritores que já estão nessa estrada há décadas sem conseguir um mínimo espaço de destaque. Aqui no Brasil, e temo que em Portugal o cenário não seja muito diferente segundo alguns relatos que testemunhei em blogs lusos, só há espaço para os best-sellers, sobretudo os livros estrangeiros. Aposto que nas livrarias de Portugal o estande de maior destaque no momento seja dos livros de Star Wars e da Marvel, ou seja, exatamente como acontece por aqui. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Pedroom Lanne. Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Pedroom Lanne - Que prestigiem os novos autores, tem muita coisa boa e substancial surgindo mas ainda carente de pessoas que se interessem. Que o leitor atual consiga tirar vantagem de algo que há pouco tempo era impossível: manter contato com o escritor via Internet, sobretudo os novos escritores. Pensem que, como o amor, um bom livro pode surgir onde menos se espera. Quanto ao meu livro, peço ao leitor que venha se aventurar por minhas palavras, que tenha perseverança na leitura, pois retratar a inteligência alienígena não é simples, e qualquer dificuldade que criei foi proposital para ilustrar exatamente isso, ainda assim, passível de ser compreendida ao longo do texto. Somente no final o entendimento será completo, pois é justamente o que quero expressar com a palavra que denomina a obra: adução. Faço um apelo ao publico feminino, pois essa obra é uma obra universal que perpassa por temas que, creio, a sensibilidade da mulher irá saber apreciar melhor que os homens. Vou deixar o link de meu site pessoal, a raiz de tudo, de onde qualquer surfista virtual poderá conhecer melhor o meu perfil
como escritor, navegar por todas minhas páginas na web e nas mídias sociais que participo: http://www.pedroom.com.br Site da Amazon, sítio de melhor oferta para compra do livro ou do ebook “Adução, o Dossiê Alienígena”: E a fanpage do livro no Facebook: - http://www.facebook.com/ aducao.livro _________________ Participe do projeto Divulga Escritor www.divulgaescritor.com www.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
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ENTREVISTA
Escritora Rijarda Giandini Rijarda Giandini, brasileira de Fortaleza, casada com Giovanni e mãe de Artur. Historiadora e Internacionalista, mora no Restelo, em Lisboa, desde 2014, para um doutorado em História Contemporânea. É diretora do Instituto da Cidade, em Fortaleza e membro do Conselho da Camera di Commércio Italo-Brasiliana do Nordest. Traduziu adaptou o conto infantil “Il Principe Felice”, de Oscar Wilde, para o português e realidade brasileira. Escreveu o livro de Poesia “Inquietude”, ambos inéditos. Possui capítulos de livros e artigos em revistas sobre Cidades Sustentáveis.
Boa leitura!
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritora Rijarda Giandini, é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos o que a motivou a se encantar por Lisboa? Rijarda Giandini - O prazer é meu
em fazer parte, agora como escritora, de um projeto que acompanho já algum tempo. Parabéns à equipe pelo “Divulga Escritor”. O meu encantamento pela cidade é algo sempre em estado latente, às vezes “descoberto” nas entrelinhas de alguns escritores que muito prezo como www.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
As impressões que relato são reais. Direitos e deveres, em todos os momentos, observados com o espírito desarmado. Viver Lisboa não é nenhum sacrifício. Ao contrário. Amar é uma consequência.”
Camões, Eça, Pessoa, Saramago, Sophia, Cecília, dentre alguns. Confesso que sou uma amante do Rio Tejo. O Tejo me é fascinante pelo que tem de história, de conquistas, de rebuliços e por sua calma cortando uma cidade que existe indissociável do seu rio. Para mim Lisboa é 65
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a moldura do Tejo. As cores refletidas em suas águas acompanham as idiossincrasias do tempo. Talvez seja o meu primeiro encantamento. Depois tem a própria cidade. E por ela tornei-me uma flaneur diurna. Lisboa é solar, com cores espetaculares; a conformação urbana é instigante. As ruelas, becos e escadarias, geralmente nos surpreendem. Por outro lado, tivemos uma boa recepção dos lisboetas. Especialmente da Universidade por onde faço um doutorado em História Contemporânea. Acredito que foram as junções ou confluências de uma cidade que por não ser perfeita, limpa, é real e preserva ainda alguns modus vivendi muito fascinantes. Em que momento pensou em escrever “Viver e Amar Lisboa”? Rijarda Giandini - Acredito que foi na primeira vez que vi o Rio Tejo da minha janela. Senti uma emoção forte e indescritível, como se houvesse ancestralidade. Apropriei-me deste canto do Tejo. Contudo, demorei a encontra-lo fisicamente. Mantive com ele uma relação cerimoniosa. “Um resguardo de menina faceira”. O mais forte, porém, foi o desejo em compartilhar este meu momento com outras pessoas. Pensei em contar, em primeira pessoa, a minha experiência de brasileira, classe média, com filho pequeno, marido músico. Talvez muitas pessoas pudessem inspirar-se ou beneficiar-se com algumas situações que vivenciamos. Outro sentimento que machuca é a questão da saudade que bate forte, principalmente, dos amigos mais próximos e da família. Daí o processo de escrita servir como uma espécie de catarse. Comecei a passear com os amigos como se aqui estivessem. Levei-os comigo em várias locais. Por exemplo: se víamos uma corrida, em que Lisboa é pródiga, pensávamos no Marcos, nosso amigo brasileiro, morador de Florença, na Itália. Era como se ali 66
ele estivesse em competição. Fomos ver uma apresentação de fado e uma amiga, professora de Direito Internacional, a Renata em dueto de fado...digo que este livro é uma grande celebração à amizade. Como é viver e amar Lisboa? Rijarda Giandini - Viver e Amar Lisboa não é difícil por nenhuma situação. Ressalto sempre que a cidade, seja ela qual for, é acolhedora na proporção da nossa relação respeitosa com ela. Neste livro eu apresento um jeito de chegar e permanecer como parte do todo. Fiz valer meus direitos, inclusive para a bolsa de estudos, reclamei quando necessário, sugeri quando assim foi possível. Participei como voluntária de ações da minha Junta de Freguesia. O livro foi escrito sem que ninguém soubesse de sua existência. As impressões que relato são reais. Direitos e deveres, em todos os momentos, observados com o espírito desarmado. Viver Lisboa não é nenhum sacrifício. Ao contrário. Amar é uma consequência. Rijarda, que temas são abordados em nesta obra literária? Rijarda Giandini - Dividi o livro em dois grandes capítulos. O primeiro é o “Viver Lisboa” no qual eu relato as principais situações prováveis, como as questões de Educação, Saúde, moradia, supermercados, transportes, diversão e entretenimento sem custos, etc. Este é um livro para quem tem um orçamento controlável. Procurei apresentar alternativas de viver bem sem gastar além. As palavras diferentes, as imprescindíveis, a gentiliza e a rudeza dos portugueses, dentre outros temas. O outro Capítulo é o “Amar Lisboa”. Nele apresento uma Lisboa margeada pelo Tejo. Adentrei os bairros, as freguesias, buscando os espaços ainda pouco explorados pelo turismo tradicional. Visitei capelas, monumentos, parques, jardins. Descobri preciosidades. Vi www.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
também muitos descuidos urbanos, lixo nas ruas, um quê de desconforto, que foram fascinantes porque são reais. Perdi-me nesta cidade, como nos perdemos nas grandes paixões. Fiz um sem número de fotografias que ajudaram a captar algumas emoções, deslumbramentos, encantamento e algumas tristezas geradas por maus tratos urbanos. E com elas fiz a escrita interpretando este meu olhar. Resultou em uma obra agradável que se lê rápido e que faz sonhar. As fotografias assim como fragmentos e noticias do livro estão no blog www.rijardagiandini. wordpress.com Quais os principais desafios para escrita do livro? Rijarda Giandini - O desafio maior é sempre começar. Não só a escrita. Dar o primeiro passo. Concretizar as ideias, as intenções. Não há receita porque é um processo individual e absolutamente pessoal, único. Escrevi o livro entre os meses de Agosto de 2014 e Setembro de 2015. Propositadamente, optei por fazer com as primeiras impressões, os primeiros olhares, virgens olhares, sem conceitos preestabelecidos. Andei durante 9 meses a pé ou em meios públicos, que são bons. Tive a companhia quase sempre do Giovanni e do Artur, o que tornou o processo mais real, lúdico e compartilhado. Porém, o maior desafio foi conciliar o primeiro ano do doutorado com o processo literário. Não por este último, mas porque foi um ano em que mudei o foco da minha investigação duas vezes. E cada vez pressupõe novas pesquisas, encontrar orientadores, além das aulas curriculares. Tive, também, uma boa dose de sorte. Todos os orientadores tanto do Brasil quanto de Portugal apoiaram-me nas decisões. E a Universidade sempre esteve presente quando assim necessitei. Enfim, depois de um ano, havia já a definição da Tese, todas as cadeiras cumpridas com boas
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notas e o livro na editora. As noites insones, o desleixo emocional com os amigos, o cansaço e uma tendinite forte, tornaram-se troféu de um ano rico em desafios. De que forma estes desafios foram superados? Rijarda Giandini - Não havia pensado nesta pergunta. Muito interessante. Foram muitos papeis desempenhados simultaneamente. Penso que somente o ser Mulher tem esta capacidade intrínseca de fazer muitas coisas ao mesmo tempo. Sou uma fã incondicional do Feminino. E não tenho nenhum discurso sexista. Acho que temos nossos papeis sociais e temporais, que vão exercidos. Eu sou muito determinada e rápida. Fui e sou produto da minha história. Além das questões propriamente da produção científica e literária, há a lida doméstica. Há o filho de 8 anos, suas necessidades e expectativas. Todos os percursos estão relatados no livro. Talvez o meu melhor recurso humano seja o meu marido por sua generosidade conjugal importante neste meu tempo. E a nossa fé na Providência que nos acalma e nos faz crer no melhor caminho. Onde podemos comprar o seu livro? Rijarda Giandini - O livro encontra-se disponível em livrarias e para todos em língua portuguesa através dos sites Chiado Editora; Wook; Bertrand. Quais os seus principais objetivos como escritora? Rijarda Giandini - Conversar com mais gente. Acho que é quase uma necessidade atávica de falar, de trocar, compartilhar. Gosto de gente. Continuo acreditando que é a maior invenção da Natureza. E se possível falar coisas interessantes, leves, gentis. Exercitar um lado de literatura aprazível que faça viagens de olhos abertos. Lembro-me que na minha
infância, quando privada dos bens essenciais, eu lia. Eram tempos de quase absoluta escassez no Nordeste do Brasil. E estas viagens através da leitura, foram fundamentais para sedimentar ou pavimentar o meu caminho. Sem as leituras, provavelmente, meu destino construído seria outro. Gostaria de ser uma viagem prazerosa para as pessoas. O livro Viver e Amar Lisboa, é leve, é gentil. Não há teses ou discussões aprofundadas. Claro que sou histowww.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
riadora e vou costurando a narrativa com as informações abalizadas e dentro do contexto. Em seu perfil vimos que é apaixonada por Itália e Lisboa, em sua visão, conte-nos quais os encantos que os diferenciam? Rijarda Giandini - A Itália é minha primeira paixão fora do Brasil. Sou encantada com suas cidades pequenas, iguais, de gente que carrega o seu peso. Gosto do sul da Itália, do 67
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mar, das pedras... foi para o sul que fui para um sabático que se prolongou por quatro anos! Ali aprendi a colher uvas e fazer a sagrada transformação em vinho; azeitonas, em pés seculares, colheras para o azeite de oliva. Fazer a salsa de pomodoro (molho de tomate) plantados por mim. É um amor maduro este pelas pequenas cidades italianas. Faço meu percurso ao menos uma vez por ano. Giovanni é italiano, do Norte, e é a síntese da minha relação calma, arrebatadora e perene com o País. Com Lisboa, foi algo mais contemporâneo, acho, por conta do meu olhar de hoje. Ela, a cidade, de repente apresentou-se como uma conformação dos meus anseios. Um amor à primeira vista, talvez. Lembro-me que quando chegamos para o primeiro encontro com a direção da minha Universidade, o aeroporto surpreendeu-nos pela beleza, grandiosidade do shopping internacional e pelo metrô dentro do aeroporto. Ali fomos recebidos, em pintura em azulejos, por grandes personagens portugueses, nos dando às boas vindas. O primeiro encantamento. Em nosso segundo dia de morada, fomos a um supermercado e um senhor com não menos de 80 anos, nos deu uma “boleia”(carona) sem que eu pedisse...vejo a cidade gentil. Como demonstro no livro Lisboa é uma alternativa muito interessante para quem quer ter uma experiência de moradia. Em termos de custo da vida é relativamente menor do que a Itália e do que o Brasil. Como qualidade de vida é superior nos dois casos. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a autora Rijarda Giandini. Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Rijarda Giandini - Fico sempre contente quando entre no site do 68
Projeto e vejo mais e mais livros e autores em nossa língua. Tenho muito orgulho de pertencer a esta grande Pátria chamada Língua Portuguesa. Somos um. Divulguem a boa literatura, este é o critério. Ler, escrever, ler. Incentivar o nosso cérebro à leitura. Quanto ao meu livro “Viver e Amar Lisboa” gostaria que fosse útil para provocar um belo sorriso, para sonhar, para planejar seu estudo nas terras de Camões, e para viajar de olhos bem abertos ou fechados em noites de sonhos. Contatos da autora - Rijarda@icloud.com Facebook: Rijarda Giandini / Viver e Amar Lisboa - www.rijardagiandini.wordpress.com
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Fragmentos do Livro Rio Tejo: “De frente para a Torre de Belém, sem aproximar-me, deixo voar as gaivotas. Vejo as naus saindo em busca do ouro, das terras, das gentes, das especiarias. Sempre a eterna busca que nos faz levantar dia a dia. Os homens portugueses, deixam suas mulheres, seus meninos, suas fomes para saciar em outras paragens. “ “Andando! Assim começo a conhecer a cidade. Sem pressa ou pré-conceitos concebidos e cheios de pecados. Como o corpo da pessoa amada, percorro sem juízos. Simplesmente, admirando as curvas, as dobras, os montes. Não há o certo ou o menos.” “Adentrei nos meandros da vida em Lisboa, suas dificuldades, instituições, supermercados, lojas e mercados. Como estudante de doutorado, esposa e mãe vivenciei e fiz valer meus direitos de bolsa de estudo, de subsídios, de cidadã e, os correspondentes, deveres. Viver Lisboa é uma face da moeda. A outra, Amar Lisboa, é quase uma consequência.”
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Por José Sepúlveda
SOLAR DE POETAS
A Gaveta
E
ra frequente reunirmo-nos naquela salinha, primariamente concebida para escritório do ministro do Evangelho que deveria servir na nossa pequenina Igreja da Rua do Pinhal. Mas o espaço só raramente foi utilizado para esse fim, sendo frequentemente usado como arquivo ou sala de apoio e fortuitamente para usar o sanitário ali existente. Havia ali dois sofás individuais, uma cadeira de apoio e a cadeira que servia à robusta secretaria de madeira ali existente. Uma estante era usada para alojar alguns livros e pastas de arquivo da secretaria da Igreja. Num canto, uma porta de acesso ao tal lavabo de apoio à sala. E era ali que por norma nos reuníamos para cavaquear um pouco antes de cada reunião. Entre os frequentadores do espaço estava o Né Pinto, um invisual, membro assíduo e dedicado da Igreja e que duas vezes por semana - fora os dias em que andava a calcorrear por todos os recantos da cidade - se deslocava a pé de sua casa situada a uns dois bons quilómetros, fizesse chuva ou fizesse sol. Percorria as ruas com uma ligeireza tal que surpreendia qualquer passante que quase sempre o saudava com carinho: - Bom dia, Né… - Bom dia - respondia, chamando sempre pelo nome os seus interlocutores. - Vais até a Igreja? - Vou por aí. É preciso alimentar a alma… O Né era operário numa fiação onde exercia com grande profissionalismo a função de revisor de tecidos. Deliciávamo-nos a ouvir as suas histórias às vezes rocambolescas e experiências de vida interessantíssimas. Quando abríamos a gaveta, saltava-nos à vista uma
perfuração no fundo da mesma. Nos convívios que naquela salinha iam acontecendo quase sempre a história da gaveta da secretaria vinha a tema de conversa e amiúde gracejávamos com o “descuido “ de certo operário que de forma pouco profissional tinha deixado a gaveta com esse buraco inusitado no interior e que a atravessava em toda a sua largura. Como foi possível ter passado despercebido? Ó Joaquim, tira lá una minutos para - arranjar isso, pá! – gracejavam os presentes para o homem tapa-furos lá do sítio. Durante muito tempo, negligentemente, a gaveta permaneceu assim, sem que vivalma tivesse o descorrimento de a mandar consertar. E os comentários iam-se sucedendo sem que ninguém tomasse qualquer iniciativa para colmatar o problema. Um dia calhou ao Né Pinto sentar-se na cadeira da secretária. Chegou um pouco mais atrasado e o seu lugar habitual estava ocupado. Alguém, gentilmente, lhe ofereceu a cadeira da secretária. No meio daquela cavaqueira reparamos a dado momento que a mão do Né , sorrateiramente, se infiltrava na gaveta até que atingiu o famigerado buraco. Um pesado silêncio se fez sentir na sala e todos os olhares se dirigiram espantados para ele. Abriu-a, tateou o forro e detetou o orifício. Silente, estendeu a mão direita por debaixo da gaveta até chegar mesmo lá ao fundo. Tateou de novo, agarrou na ponta do forro e com um brilho nos olhos, empurrou-o em direção a si, recolocando-o no seu devido lugar: - Já está. - desabafou. Abriu-a com um sorriso nos lábios e, perante a estupefação dos presentes, desabafou: Temos gaveta!
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ENTREVISTA
Escritora Silvia Ligabue Formada em Psicologia desde 1989, possui Certificação Internacional Wellness Coaching pelo National Wellness Institute. Especializada em Promoção da Saúde pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e Pós-graduada em Terapia Cognitiva com base construtivista pela Universidade Paulista com curso de extensão na Universidade do Minho-Braga-Portugal (1996) e Co-fundadora da Sociedade Brasileira de Terapia Cognitiva. Além de autora do livro “Faça Escolhas, não terceirize sua vida”, lançado pela editora Autografia em 2015. Colaboradora do capítulo 10, Depressão, do livro, “A poderosa, a vida da mulher pode ser melhor a cada dia” Paulo Cezar Fernandes David, editora Olivier – 2003 colaboradora do artigo, Pressão para ser bem-sucedido pode destruir seus planos de felicidade, e textos mensais em qualidade de vida, autoconhecimento entre outros temas na UOL.
Que as escolhas nos concedem uma sensação de liberdade e de resgatar nosso próprio poder.”
Boa leitura!
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritora Silvia Ligabue, é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos o que a motivou a escrever o seu livro “Faça escolhas, não terceirize sua vida”? 70
Silvia Ligabue - Gostaria desde já agradecer minha participação neste projeto que venho acompanhando a algum tempo e que tenho muito respeito. Sou psicóloga clinica a mais de 25 anos , tenho uma consultoria em Qualidade de vida no trabalho e sou Coaching em bem estar. www.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
Acredito muito na prevenção e tratamento, em viver uma vida com qualidade, com mais leveza e então resolvi falar de tudo isso, de plantar uma semente em cada leitor com esta leitura e é claro que as escolhas cabem a cada um sobre o carinho que querem seguir.
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Amo escrever desde sempre e além de textos que escrevo para sites estou com dois trabalhos em andamento, onde um é um e-book de frases e pensamentos para reflexões que deve ficar pronto neste primeiro semestre e outro ainda uma surpresa para os meus leitores. Quais os principais desafios para escrita do livro? Silvia Ligabue - O que foi mais complicado foi decidir sobre que editora trabalhar, se ficaria tentando muito tempo uma maior editora ou se começaria por algo menor e após o termino do meu contrato buscaria outra possibilidade. E tudo fluiu muito bem, pois sabia que era um sonho que realizaria. De que forma estes desafios foram superados? Silvia Ligabue - Analisei varias
propostas e busquei a seriedade e indicação da melhor editora até que escolhi a minha. Conversei com algumas pessoas do meio até que decidi.
construiu sua realidade e com isto analisar padrões de pensamentos geradores de crenças que, se disfuncionais ou inadequadas, causam conflitos para a pessoa gerando sofrimento.
Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através de “Faça escolhas, não terceirize sua vida”? Silvia Ligabue - Que as escolhas nos concedem uma sensação de liberdade e de resgatar nosso próprio poder. Nos dá a opção de qual a direção que queremos seguir, por nossa própria vontade e por isso nos responsabilizamos por elas. Deixamos assim de sermos meras vitimas da vida para sermos autores.
Você realiza palestras sobre quais temas? Silvia Ligabue - Minhas palestras são comportamentais e motivacionais. Alguns temas: - Qualidade de Vida e Bem estar “um dos maiores anseios do ser humano na atualidade” - Faça escolhas, não terceirize sua vida.( baseada no meu livro) Como tornar os filhos vencedores? - Estamos sempre ganhando tempo. O que isso influencia na vida de nossos filhos?
Onde podemos comprar o seu livro? Silvia Ligabue - Editora Autografia http://www.autografia.com.br/loja/ faca-escolhas,-nao-tercerize-sua-vida/detalhes E-book Amazon h t t p : / / w w w. a m a z o n . c o m . br/Fa%C3%A7a-escolhas-n%C3%A3o-terceir ize-v id a-ebook/dp/B011SD3NKQ/ Livraria cultura - http://www.amazon.com.br/Fa%C3%A7a-escolhas-n%C3%A3o-terceirize-vida-ebook/dp/B011SD3NKQ/ Como psicoterapeuta, conte-nos quais os principais objetivos da Terapia Cognitiva? Silvia Ligabue - A terapia cognitiva é baseada no modelo cognitivo o qual acredita que o que determina as emoções e o comportamento de uma pessoa é o modo como ela interpreta as situações vividas, ou melhor, como ela estrutura o mundo. Tem como objetivo levantar hipóteses de como cada indivíduo www.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
Quem desejar como deve fazer para contratar a palestrante Silvia Ligabue? Silvia Ligabue - Enviar um email para contato@psicorposp.com. br ou pelos tels. 11 2865-4845 ou 99129-6351. Ou ainda acessar www. psicorposp.com.br, que terão mais informações. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora e palestrante Silvia Ligabue. Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Silvia Ligabue - Que é um grande prazer fazer parte deste trabalho e poder mostrar um pouco do meu , que é sem duvida uma grande paixão e um grande presente da vida. E ainda que acredito que os problemas sempre existirão, o ideal é não darmos o alimento para que ele cresça, afinal, nossa única obrigação nesta vida é ser feliz.
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ENTREVISTA
Escritor T. S. Duque T.S.Duque nasceu em São Paulo, onde mora atualmente com a esposa e os dois filhos. É formado em Engenharia Logística e trabalha como tal na maior parte do tempo. Começou a escrever aos 22 anos de idade com o primeiro volume da série Tânton e as fortalezas de Asmodeus em 2012, título que o lançou no universo literário fantástico brasileiro. Sempre foi apaixonado pelo mundo das letras e a entrada na literatura ocorreu de forma natural, através do gosto pela leitura e as ideias que sempre borbulhavam em sua cabeça. Dessa paixão literária e dessas ideias nasceu Tânton, seu principal personagem e mestre, que vem ensinando grandes lições a este autor que está apenas começando e evoluindo.
É muito difícil lutar contra isso, contra um inimigo que se parece tanto com você. Esse é um desafio histórico.”
Boa leitura!
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritor T. S. Duque é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos o que o motivou a ter gosto pela escrita literária?
T. S. Duque - Olá, o prazer é todo meu. Quero deixar primeiramente um enorme abraço a todos do Projeto Divulga Escritor e também a você que está lendo essa entrevista. Creio que o gosto por escrever nasce depois do gosto por leitura e é por isso que estou aqui. Sempre gostei www.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
muito de ler, desde muito pequeno, e meu sonho sempre foi fazer parte desse universo literário, sobretudo, em um gênero que é pouco difundido por aqui: a ficção fantástica. Sempre li muito autores de livros infanto-juvenil e ficção e via, com pesar, que todos eram estrangeiros, 73
então pensei: por que não? Depois disso comecei a pesquisar e descobri que existem outros autores brasileiros nesse gênero e são fantásticos. Meu sonho é fazer parte disso a cada dia mais. Em que momento pensou em escrever “Tânton”? T. S. Duque - Foi quando estava dormindo (risos). Tive um sonho espetacular de uma cena que está no livro e dali comecei a imaginar todo o universo, a trama, os personagens, foi um processo de pelo menos três anos até ter a base para o primeiro livro concretizada. Quando iniciou a escrita do livro, já sabia que iria ser uma série? T. S. Duque - Sim, por um motivo simples: sou fã de séries, tanto de livros quanto cinematográficas. Gosto de histórias longas, que terminam parcialmente em um livro
ou temporada e se inicia em outra da mesma maneira que terminou a anterior, sempre achei isso fantástico. É como se a história fosse tão boa ao ponto de você não querer que acabe, pois você acaba criando um mundo todo seu, parece que você faz parte dele e, o fim disso, em nossa cabeça, parece ser o fim de muitas outras coisas. É como na vida, gosto de imaginar, um desafio sempre vem seguido de outro e a batalha nunca termina até que chegue ao real fim. O segredo é não deixar acabar de qualquer jeito ou até que esteja realmente pronto para partir. Tenho certeza que muitos passam por isso. Conte-nos um pouco sobre o primeiro volume “Tânton e as fortalezas de Asmodeus”? T. S. Duque - O livro narra a trajetória de Tânton, um jovem que carrega uma arma poderosa, no
reino das trevas, que vai em busca dos príncipes do inferno para subjuga-los e prendê-los no tempo, afim de livrar a humanidade de suas influencias demoníacas, além de libertar seus irmãos das garras desses poderosos habitantes do reino das trevas. O primeiro livro fala sobre Asmodeus que representa, na história, o demônio responsável pela lu-
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xuria e prostituição. Tânton precisa ir até seus domínios e resgatar sua irmã que está presa com ele, mas durante a história ele descobre que a luta é muito maior do que essa. De que forma o enredo continua em “Tânton nas forjas da ira”? T. S. Duque - Nas forjas da ira a história continua exatamente onde
parou e Tânton, agora mais maduro e entendendo melhor o que está acontecendo no mundo, vai em busca de Azazel, demônio responsável pela ira na história. O objetivo é prendê-lo no tempo e destruir seus domínios no reino das trevas, fazendo com que seus objetivos no mundo real também desapareçam. A maior diferença entre os dois livros é que, diferentemente do primeiro volume que trata bastante de explicar a história, a origem de Tânton e sua família além de criar o pano de fundo principal, sem deixar faltar muita aventura, é claro, o segundo volume é mais eletrizante no que diz respeito aos desafios enfrentados por ele e também ao psicológico envolvido, sobretudo pelo encontro com um velho conhecido.
Onde podemos comprar o seu livro? T. S. Duque - O livro pode ser adquirido no meu site www.tsduqueoficial.com, ou no site da editora www.editoraapmc.com.br ou através do e-mail t.s.duque@outlook. com. O envio é feito para todo o Brasil.
Com relação ao enredo, qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor? T. S. Duque - A mensagem mais poderosa desta série é o poder que temos de fazer todas as coisas acontecerem e, acima de tudo, o papel importantíssimo que o amor tem nisso tudo. É um sentimento que não pode nos faltar, jamais. A história foca principalmente nisso, no amor, na esperança e na fé e o que pode estar em jogo se isso tudo vier a acabar no mundo. Além disso, por ser uma história de ficção, muitos podem identificar mensagens muito diretas a si mesmos, fato que faz parte de qualquer leitura e aí é que está o prazer da literatura.
Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a série “Tânton” do autor T. S. Duque. Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? T. S. Duque - Quero agradecer imensamente esta oportunidade e quero convidar você, leitor (a) a visitar meu site e/ou minhas redes sociais para bater um papo, saber mais sobre mim e sobre as histórias e também ficar por dentro do meu próximo lançamento que está em fase de edição chamado: Senhor dos Ossos. Um grande abraço! Serviços: h t t p s : / / w w w. f a c e b o o k . c o m / T.S.Duque/ Twitter - @tsduks t.s.duque@outlook.com tsduqueoficial.com
O que mais o encanta em “Tânton”? T. S. Duque - O que me encanta muito é a dinâmica entre nosso mundo e o reino das trevas que, no livro, são os dois cenários principais. É incrível como se parecem e também a influência, boa e ruim, que um exerce sobre o outro e vice-e-versa. É muito difícil lutar contra isso, contra um inimigo que se parece tanto com você. Esse é um desafio histórico. www.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
Quais os seus principais objetivos como escritor? T. S. Duque - Meu principal objetivo é ser lido, realmente não há maior prazer. É um hobby que quero levar para a vida toda. Além de contribuir para um cenário nacional que tem pouca visibilidade, infelizmente, mas que possui seus diferenciais históricos para uma sociedade se desenvolver.
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Escritora Marta Maria Niemeyer
Participação especial Calendário Janeiro: Tempo de férias, viajar de Leste a Oeste, Norte Sul. Banho de mar e céu azul. Fevereiro: Cair na folia com alegria samba, frevo e marchinha na festa da carochinha. Março: Estudar e trabalhar com foco e emoção para garantir o futuro da nação. Abril: Uma pausa para oração e garantir o predão. Maio: Mês das noivas animadas preparando o casório, o vestido majestoso provando na confecção. Junho: Muitos festejos encantados celebram Santo Antônio e S. João. O forró no arrasta pé ponto alto na comemoração. Julho: O pescador com dois peixes e três pães cinco mil pessoas alimentou. Ele é pescador de homens, tem a chave do segredo. Agosto: Metade do mundo fazendo aniversário, balas, bolas e bolos, alegrando da criançada. Assoprar a velinha já está no imaginário. Setembro: A primavera chegando um bailar de revoada, a alegria de pássaros e borboletas enfeitando a natureza. Flores, cores e perfumes com brilhos de vaga -lumes. Outubro: O camponês fervoroso e esperançoso iniciando sua plantação, arroz, milho e feijão... Novembro: O décimo terceiro sai ou não sai? O ano já acabou, vou planejar minhas férias. Ufa! Cansado de trabalhar nem consigo imaginar... Dezembro: O foco é Natal, comida, bebida, luz, brilho e presente... Alguém lembrando do aniversariante ? 76
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Infância Na infância brinca-se de faz de conta, o imaginário ultrapassa o limite do cenário... Criança brinca com bola, água e lama. Faz cabana embaixo do lençol da cama. O guri sobe em árvore, pedala na bicicleta, mergulha na piscina ou na praia. Faz castelo na areia e constrói delícias com barro e anda descalço. Criança gosta de ler e escrever histórias. Desenha e pinta com pincel e tinta. Pinta um, dois, três e também pinta o sete... Na descoberta do mundo ao seu redor vai de Sul ao Norte, sobe nos montes e viaja na linha do horizonte. Criança constrói seu brinquedo sem fazer segredo... Criança feliz corre, pula cai e rala o nariz. Sacode a poeira e dá volta por cima, sai sorrindo bailando e sambando sem cicatriz. Criança contente sorri sem dente, o dente está mole não se enrole, chama o irmão doutor pra tirar sem dor. A infância é inocente diz o que sente, gosta de chocolate e presente. Pipoca e paçoca. Seu melhor amigo é uma foca. Criança com tempo e espaço livre cria, inventa, raciocina, age e interage. Comunica e não se trumbica. Cresce aprende e escina, ao tornar adulta é tranquila e serena, confiante e produtiva.
Mulher Mulher foi escolhida por DEUS para ser a mãe de seu filho. Mulher recebeu o dom de gerar e amar, a delicadeza de criar ternura para educar. Mulher tem capacidade de concluir várias coisas ao mesmo tempo. Mulher pode ser mãe, cozinheira, lavadeira, arrumadeira, passadeira. MULHER pode ser professora, médica, cantora e escritora. Mulher pode ser arquiteta, motorista ou maquinista. MULHER pode ser o que quiser. A mulher é sempre bela não depende de que a vela. MULHER deve sentir-se sempre bela. Seu olhar que fascina o sorriso que ilumina, sua palavra que ensina. Majestosa e poderosa o mundo para ti inclina.
Revista Divulgar Escritor | www.divulgaescritor.com | out/nov | 2015 www.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
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ENTREVISTA
Escritora Uiara Melo Aos 33 anos Uiara Melo é uma escritora que gosta de desafios! Residente em Macaé – RJ, publicou a obra “As várias fases de um amor” (Livro de poesias), participou de vários concursos literários, tendo em seu currículo alguns textos publicados nas seguintes obras: Antologias de Poetas Brasileiros Contemporâneos (CBJE), volumes 39 com a poesia “Você”, 40 “Falta”, 41 “Má Companhia” e Eldorado Coletânea de Poemas, Crônicas e Contos 2008(SP), com a poesia “Paixão Avassaladora”. Seu mais recente trabalho é o romance-drama “Zafhira – Quando o amor acontece”, publicado e distribuído de forma independente.
Boa leitura!
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Divulga Escritor - Escritora Uiara Melo é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos o que a motivou a participar do Festival de Literatura organizado pelo escritor Luiz Amato?
Uiara Melo - Foi o Luiz quem me convidou e na hora aceitei. Gosto de contribuir para coisas boas. Divulga Escritor - O que mais a encanta no evento? Uiara Melo - A oportunidade de visibilidade, e também por estar conhecendo outros escritores. www.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
Não tenho objetivos fixos, eu só quero tocar no íntimo do leitor, escrevo o que gosto, então espero que as pessoas gostem do que eu escrevo”
Divulga Escritor - Em que momento se sentiu preparada para publicar o seu primeiro livro de poesia “As várias fases de um amor”? Uiara Melo - Quando eu percebi que havia produzido textos em quantidade suficiente para publicação, então resolvi fazê-lo. 77
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para dividir com os leitores a minha história.
Divulga Escritor - Que temas você aborda nesta obra? Uiara Melo - O amor em vários aspectos. Divulga Escritor - Escritora Uiara, o que a inspirou a escrever o seu romance “Zafhira”? Uiara Melo - Tudo começou com um diálogo e depois foi tomando forma e eis que já tinham 10 páginas, então respirei fundo e dei vida a imaginação. As pessoas me inspi78
ram, o cotidiano a rotina também. Divulga Escritor - Como foi a construção dos personagens que compõe a obra? Uiara Melo - Foi tranquilo, comecei com duas e depois durante o desenvolver da história foram entrando os outros, no último ano de escrita (três anos depois), eu fui realmente estruturar a história e fazer a linha do tempo. Foi nesse momento que parei de brincar e tomei coragem www.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
Divulga Escritor - Conte-nos sobre o seu mais recente lançamento “Sem Sombra”? Uiara Melo - Escrevi Sem Sombra Será tudo verdade? no ano passado 2014 na plataforma do Wattpad, como teve muitos acessos e likes, tirei-o de lá e fui estruturá-lo melhor. Antes de me focar em algum gênero eu quero passear por outros, então estou me possibilitando a escrever outras coisas e ainda vem novidades por aí. Voltando a falar do Sem Sombra, eu o escrevi diante de esse furacão literário de lobos e vampiros, que acredito que em 2016 serão anjos e demônios não vou escrever sobre anoje e demônios porque tenho outros textos para finalizar rsrsrs. Sem Sombra conta a história de Fernanda Navarro nascida em Crostford uma cidade fictícia na Europa. Ela é uma adolescente em transição para a fase adulta, passa por incertezas como qualquer outra adolescente. Depois de um acontecimento ela se vê entre o céu e o inferno ao lado do Rafael um estranho que será a sua única opção. Nenhum dos dois escolheram estar juntos, mas o destino escolheu por eles, nada como as coincidências. Eu como sempre quero trazer os meus personagens para mais próximo a nossa realidade, então eu tento de alguma forma humanizá-los, dá-los sentimentos reais, não são super-heróis. E nessa história de vampiros, lobisomem, mestiços e humanos, eu abordo a essência de cada personagem, a luta deles para serem normais em plena década de 80. É um romance-fantasia diferente, que traz drama, incertezas, decisões, paixões e amor. Não é porque eu escrevi este livro não, mas ele está lindo. Uma leitura gostosa, fácil e rápida. Divulga Escritor - Por que adquirir o “Sem Sombra”?
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al/zafhira.html / Ebook na Amazon / PDF na Saraiva Ebook. Divulga Escritor - Quais os seus principais objetivos como escritora? Uiara Melo - Não tenho objetivos fixos, eu só quero tocar no íntimo do leitor, escrevo o que gosto, então espero que as pessoas gostem do que eu escrevo (rsrsrs). Divulga Escritor - Como você vê o mercado literário brasileiro? Uiara Melo - Muito injusto, e com custo muito fora do normal. Não concordo na questão de o escritor ter pouca remuneração já que ele foi a peça principal do produto final. Divulga Escritor - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Uiara Melo. Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Uiara Melo - Tenho, agradeço desde já a oportunidade de me deixarem fazer parte da sua biblioteca pessoal. Espero que goste da leitura, e vem comigo! Ainda iremos dar muitas gargalhadas e dividir muitas lágrimas. Beijos.
Uiara Melo - Por que adquirir o Sem Sombra? Oras, porque sim. Posso escrever páginas e mais página em defesa dele para vender o meu peixe. Mas a única coisa que digo é que a leitura nos faz viajar, e nessa viagem onde conduzirei o leitor, ele poderá conhecer um pouco da cidade de Marvão em Portugal junto com a Fernanda, e ainda ser cúmplice de suas decisões e ações. Tenho certeza que o leitor não irá se arrepender, o livro foi produzin-
do com muito amor, carinho e suor dessa escritora independente que vos escreve. Divulga Escritor - Onde podemos comprar os seus livros? Uiara Melo - A várias fases de um amor – Esgotado, pretendo lançar novamente em 2016 ZafhiraQuando o amor acontece – Comigo uiarameloautora@gmail.com site da Letra e Versos http://www. letraseversos.com.br/livraria-virtuwww.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
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ENTREVISTA
Escritora Valéria Guerra Valéria Guerra Reiter : atriz, escritora, cantora, historiadora, autora dos livros: Eu preciso de um Hulk, Expectativas e contos, Lágrimas e trópicos sonetos e confetti, todos lançados em bienais do livro de São Paulo, de 2010 a 2014. Ganhou o prêmio Clarice Lispector, por sua arte literária (em 2015 – pela editora comunicação) e o prêmio de melhor contista em 2014, reconhecida pela editora Mágico de OZ. Artilheira da cultura do Forte de Copacabana... atualmente ministra aulas de teatro na Agência BR Sete em Petrópolis, dirige a GGG Empreendimentos Artísticos. Boa leitura!
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritora Valéria Guerra Reiter, é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos o que a motivou a ter gosto por contos? Valéria Reiter - O gosto por contos
advém da fé no cotidiano, no sobrenatural, na ficção, e na vida. Contar uma história é algo maravilhoso, seja ela baseada em fatos, ou não; a tradição oral que reunia os povos antigos em torno de uma fogueira para ouvir as trajetórias aventureiras de antepassados legou ao Howww.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
E realmente se refletirmos um pouquinho veremos que o mistério expectante de uma narrativa que conta algo nos oferta um golpe a cada parágrafo, o que nos desperta para a vida.”
mem moderno este gosto. Acho que criar é algo excepcional, e criar contos é divino. O que mais a encanta neste estilo de escrita literária? Valéria Reiter - Compútus (latim) que significa conta, gênero literá81
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rio que pode ser breve e fictício, e que pode trazer à tona personagens que se entrelaçam, e quase se transformar em uma novela. Como diz um ator amigo meu: A poesia é um abraço, e o conto é um soco. E realmente se refletirmos um pouquinho veremos que o mistério expectante de uma narrativa que conta algo nos oferta um golpe a cada parágrafo, o que nos desperta para a vida. Em que momento se sentiu preparada para publicar o seu livro “Expectativas e Contos”? Valéria Reiter - Depois que lancei “Eu preciso de um Hulk” na Bienal do Livro de 2010, em São Paulo, livro que se constitui de uma miscelânea de contos, poesias, sonetos, e outros gêneros, eu pensei que o próximo seria constituído por contos, e contos que expressassem o inquietante mundo das expectativas – Aí nasceu “Expectativas e Contos” livro que narra as mudanças, as surpresas e as angústias de pessoas e rotinas alteradas ou não... Que temas são abordados nos textos que compõem a obra? Valéria Reiter - Por exemplo, Charles é um fisiculturista natural, não usa sintéticos para ficar forte, pelo contrário ele é alguém que não tem vícios, e tem um objetivo : Criar músculos à la Atlas; fã do ator Lou Ferrigno (Incrível Hulk dos anos 1980) este herói brasileiro não gosta nem um pouco de ser interrompido quando está na Academia...Já a pintora e educadora física Ângela desiste de casar com Ricardo – um bom vivant e burguês às portas do matrimônio, e troca uma vida de carioca da Barra da Tijuca por um confim nordestino, onde poderá através de um projeto social fazer o bem; E Carlos Sá que expecta seus 82
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cem anos que estão chegando, ama seus filhos, netos e bisnetos, porém diz que ser velho ou ser novo, é só uma questão de alma...
cia de viver me ofereceu através da jornada da existência; ah já ia me esquecendo de mais um hobbies: Cantar.
A quem você indica a leitura de “Expectativas e Contos”? Valéria Reiter - Indicar uma leitura como o livro de contos “Expectativas e Contos” é viajar no tempo, pois os vinte e um contos delineados neste compêndio merecem ser lidos por um público variado: Desde pré-adolescentes até seres humanos com mais de cem anos.
Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o livro “Expectativas e Contos” da autora Valéria Guerra Reiter. Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Valéria Reiter - Deixo três pensamentos meus que estão no site: www.pensador.uol.com.br “A vida é um desenho, não morra como um rascunho” “A fé é a razão de quem espera mais da vida...” “...Tempo é documento...” Contatos com a autora: Escritordeluz@hotmail.com Valeriaguerra.357@facebook.com Actresspoetry@instagram.com https://www.facebook.com/ ExpectativasEContos/?fref=ts
Como foi a escolha do Titulo? Valéria Reiter - Foi sob forte expectativa de sucesso. Onde podemos comprar o seu livro? Valéria Reiter - O livro foi lançado na Bienal de São Paulo, em 2012, e foi para os sites: www.lpbooks.com e www.livrariacultura.com , assim como existem exemplares com o autor, basta entrar em contato com escritordeluz@hotmail.com, valeriaguerra.357@facebook.com ou pelo blog www.guerrahulk.blogspot.com.br Quais os seus principais objetivos como escritora? Valéria Reiter - Revolucionar o Brasil, trazer novos horizontes para uma geração que está à deriva no barco embriagado da mesmice cultural, ou seja, tornar o hábito milenar da leitura um direito sagrado, uma norma, e não uma exceção no underground da Cultura. Quais os principais hobbies da autora Valéria Guerra Reiter? Valéria Reiter - Escrever, atuar, viajar, e sobretudo socializar com o próximo aquilo que a experiên-
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Escritor Anchieta Antunes
Participação especial ...queria só mais uma semana ...para amar minha mãe um pouquinho mais... para fazerlhe carinhos, passar a mão em seus cabelos brancos, beijar suas bochechas. Queria um pouco mais de tempo em sua companhia para aprender a ser um homem de bem, com atitudes retas, com o caráter formado. Queria me embevecer com seu sorriso santo, beijar suas mãos gordinhas e sentir o carinho de seus cuidados; beber na sua fonte de tolerância, sentir o cheiro do círio de sua esperança, que nunca se apagou. Queria só mais uma semana para dedicar todo o meu amor à minha santa mãezinha, minha mãe que tanto me amou, me cuidou, pensou minhas feridas de corpo e alma, velou meu sono agitado por pesadelos de estripulias juvenis. Queria poder dizer que nunca lhe esqueci, que rezo por ela todas as noites, que peço a Deus que a tenha sob seus cuidados, que não a deixe sofrer, que seja sempre amada por todos os anjos. Queria pedir a Deus o perdão de minha saudade, contra a qual não tenho forças para lutar. Queria só mais um segundo para presentear-lhe um grande beijo
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na fronte coroada de atenções, de sensibilidade, cuidados, de zelo pela família; queria dar-lhe um grande abraço filial e receber o troco em abraço maternal. Queria acariciar seus braços gordinhos e dar um carinhoso beliscão nas suas papadas. Queria vê-la sorrir novamente, a gargalhada do prazer da vida na companhia dos filhos criados e educados, prontos para encarar a selva de pedras. Queria vê-la sorrir a certeza do dever cumprido, da tarefa realizada com louvor. Queria ir com ela fazer a feira do sábado, provendo o lar de suas necessidades praticas. Ela que “arengava” com todos os fregueses por um preço melhor, presa aos cuidados de um orçamento domestico compatível com os ganhos dos filhos que trabalhavam de sol a sol. Queria sair com ela, de mãos dadas, para passear na praça e escutar a “retreta” da Banda de Musica da Policia Militar, quando se apresentava no coreto aos domingos. Momentos em que ela cobria sua fisionomia de candura e deleite com o ritmo dos acordes marciais. Não saía daquela posição até que o ultimo som invadisse seu momento de puro prazer, e já começava a beber na taça da www.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
expectativa do próximo domingo. Queria com ela desfrutar da alegria de comer algodão doce e brindar nossos olfatos com a fragrância dos canteiros de rosas daquela praça encantada. Aquelas tardes tinham o néctar do enlevo da cumplicidade de mãe e filho glabro. Para mim, aqueles momentos, eram sempre melhores que uma tarde no circo. A saudade é opaca porque não tem textura. Queria só mais uma semana para amar, “desesperadamente” a minha mãe que está, desde os meus 17 anos, na companhia de Deus.
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ENTREVISTA
Escritora Vanessa Arruda Vanessa Arruda é compositora e escritora, escreve artigos. Estudou em Itupeva e na faculdade de pedagogia em Indaiatuba.
Boa leitura!
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritora Vanessa Arruda é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos em que momento pensou em escrever o seu livro
“Eu x Eu O Pensamento Inimigo”? Vanessa Arruda - Olá, igualmente, eu nunca pensei em escrever um livro, mas um dia me veio um email marketing de uma famosa livraria dizendo se eu já havia pensado em fazer um ebook a partir daí eu pensei e comecei o livro. www.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
Que temas são abordados nesta obra? Vanessa Arruda - Os temas abordados são os pensamentos e as emoções das pessoas em forma de poesia. Qual a mensagem que você quer 85
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transmitir ao leitor através dos textos poéticos apresentados em “Eu x Eu O Pensamento Inimigo”? Vanessa Arruda - O que eu mais quero mostrar é que em tudo há solução e pode ser resolvido, os nossos problemas, os nossos medos, as nossas incertezas. Como foi a escolha do Título? Vanessa Arruda - Escolhi este titulo por que sei que deixamos de fazer muitas coisas por causa dos nossos pensamentos negativos, ele bloqueia nossas ações e tudo começa a partir dos pensamento e se eles forem ruins eles se tornam nosso inimigo. O que mais a encanta nesta obra literária? Vanessa Arruda - O encantar deste livro é que ele diz sobre o que todos sentem e que ele possa ajudar as pessoas de alguma forma e que eles possam gostar das poesias tirar algum proveito delas. Onde podemos comprar o seu livro? Vanessa Arruda - Ele está disponível em várias livrarias, Cultura, Perse, Travessa ,Saraiva, Folha e outras. http://www.livrariacultura. com.br/p/eu-x-eu-o-pensamento-inimigo-42962608 Quais seus objetivos como escritora? Vanessa Arruda - Eu quero escrever outro livros e quero que ele seja vendido mundialmente. Quais os principais hobbies a autora Vanessa Arruda? Vanessa Arruda - Adoro estar com minha família, gosto muito de ouvir música e claro ler livros. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Vanessa Arruda. Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. 86
Que mensagem você deixa para nossos leitores? Vanessa Arruda - Muito obrigada e felicidades, que leiam o livro e que ele ajude vocês em algum momento de turbulência. Site do livro: http://jogolegal22.wix.com/euxeu http://www.livrariacultura.com. br/p/eu-x-eu-o-pensamento-inimigo-42962608
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Escritora Helena Santos
Participação especial
MÃE Mãe… Sou eu És tu Somos nós Não é quem pariu e sentiu dor… É quem aconchega e dá calor É quem acolhe o que não gerou e por ele morre, por amor É quem por mais que se sinta perdida, do filho não abre mão É sentimento, emoção não é sangue, direito, nem posse É quem tem coração pronto para qualquer situação mesmo que doa, mesmo que perca o chão Mas o amor, esse, não perde, não! Mãe… Sou eu És tu Somos nós Que amamos os filhos de prontidão sem precisar razão É quem para além de dar vida dá a vida pelo filho, sem se questionar Ser Mãe, é simplesmente Amar!
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SURPRESA Uma lua de algodão Num sonho de magia Veio cair na minha mão E engravidou-me de alegria Tal era a boa energia Perdida em tamanha euforia Nem me lembrei que ela Era mensageira da paixão Enviada pelo meu amor E foi por pouco que não perdi O beijo louco que para mim trazia Presente do dono do meu coração!
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ENTREVISTA
Escritor Manuel Amaro Manuel Amaro Mendonça é licenciado em Engenharia de Sistemas Multimédia pelo Instituto Superior de Línguas e Administração de Gaia e trabalha como técnico especialista numa empresa de serviços informáticos com cobertura mundial. Nasceu em Portugal, na cidade de São Mamede de Infesta em Janeiro de 1965, é casado e reside no concelho de Matosinhos. É o autor do livro “Terras de Xisto e Outras Histórias” publicado pela CreateSpace e distribuído pela Amazon. Tem participações com contos de sua autoria em várias coletâneas: “Luís e Isabel” selecionado para “Quando o Amor é Cego” da Papel D’Arroz Editora “Tudo por Amor” selecionado para a coletânea “A Bíblia dos Pecadores”, da Editora Suigeneris “Prioridades” selecionado para a coletânea “Obsessões” da Editora Lua de Marfim Foi agraciado com o terceiro prémio no 6º Concurso Literário Papel D’Arroz Editora com o conto “Tudo em Jogo” que será também incluído na coletânea “O Poder do Vicio”
Os eventos que esperam o leitor, naquela aldeia nas margens do rio Douro, sem dúvida que farão verter muitas “Lágrimas no Rio.”
Boa leitura!
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Escritor Manuel Amaro Mendonça, é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos o que o motivou a ter gosto por contos? Manuel Amaro - É um prazer e
uma honra fazer parte deste projeto que traz visibilidade aos autores e escritores menos conhecidos e faz a homenagem aos livros e à palavra escrita, tantas vezes desprezados. Os contos são histórias curtas mas cheias de intensidade. Muitas vezes não é mais do que uma cena intensa www.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
de um romance; caímos diretamente sobre a ação sem ter que estar a contar todos os meandros que levaram o protagonista àquele ponto. Tudo se passa muito depressa e, a maior parte das vezes, num curto espaço de tempo. São essas duas coisas que me dão muito prazer na 89
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sua escrita, a velocidade e a intensidade. Desde o inicio de 2015 já participei em diversas coletâneas onde os meus contos têm sido sempre selecionados. Em que momento pensou em publicar o seu livro “Terras de Xistos e Outras Histórias”? Manuel Amaro - Já escrevo há alguns anos, embora de forma desorganizada, ou seja, não guardava os escritos, eram basicamente poemas dispersos e uma ou outra história escrita a pensar em situações reais. Andavam espalhados por todos os lados, até que acabava por os deitar fora. Um disparate. Foi nos últimos meses de 2014 que me decidi a dedicar uma atenção mais séria à escrita e comecei a ler o que diziam os escritores, autores e entusiastas sobre a matéria. Em janeiro decidi-me; vou publicar um livro! Comecei a reunir alguns dos trabalhos antigos (o conto mais antigo de “Terras de Xisto e Outras Histórias” intitula-se “Ciúme” e é de 2005) fiz-lhes umas revisões e comecei a produzir novos trabalhos. No dia 31 de julho de 2015, premi a tecla “publique-se” e três semanas mais tarde tinha os primeiros exemplares nas mãos. Como foi a escolha do Título? Manuel Amaro - O título vem do primeiro conto; “Terras de Xisto”. É o meu preferido, gosto de todos os outros, como é óbvio, de outra forma não os escreveria, mas aquela história foi a “menina dos meus olhos”. Durante semanas os meus olhos e os meus sonhos estiveram inundados das paisagens transmontanas, das aldeias e das gentes, que eu tanto aprecio. E aquela história 90
desenrolou-se na minha cabeça como se de um filme se tratasse e eu apreciei-o como tal. Não havia portanto muito que escolher, o livro tinha que ter o nome do conto que eu mais gostava, o problema é que os outros não tinham nada a ver com o tema nem com o ambiente e tive que lhe acrescentar “Outras Histórias” e, modéstia à parte, acho que ficou bem. Qual a mensagem que o autor quer transmitir ao leitor através dos textos que compõe a obra? Manuel Amaro - Não há apenas uma mensagem neste livro. Ele é composto por várias histórias que cada uma delas é uma narrativa de eventos traumáticos onde os personagens tiveram que “dobrar para não quebrar” e servir-se de todas as www.divulgaescritor.com | fev/mar | 2016
suas armas, psicológicas ou não, para ultrapassar as situações. Se em “Terras de Xisto”, uma submissa mulher criada e educada para servir, vê-se vítima das arbitrariedades de um fidalgo e tem as rédeas dos acontecimentos que a sufocam. Em “Traição I” um homem que ama “demais” uma mulher (se é que isso é possível) sabe que ela o trai mas finge não ver, porque ela era feliz. Digamos que cada uma das treze histórias que compõem este livro são uma lição, ou um espelho, onde os leitores poderão reconhecer algumas das suas próprias histórias. Não posso deixar de parafrasear parcialmente o comentário de um leitor, que muito prezo e que me emocionou bastante; “Sente-se uma ideia transversal a todos os contos, que se traduz no facto de não existirem verdades absolutas mas muitas verdades: uma (ou mais) para cada individuo. Faz-nos recordar que entre o preto e branco há uma variedade infinita de cinzentos. E tu descreves muito bem esses cinzentos a que normalmente não se dá tanta atenção. “ O que mais o encanta em “Terras de Xistos e Outras Histórias”? Manuel Amaro - Este livro vai ser sempre “o meu livro”, não há amor como o primeiro, não é o que dizem? Foi um projeto totalmente “amador”, da escrita, à revisão passando pela capa e a distribuição. Não quer dizer que o próximo também não o seja, mas será um amador com novos “truques” e sempre com os olhos cheios do brilho de novas histórias. Rever os contos antigos que incluí neste livro e reviver os sentimentos que estavam asso-
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ciados a algumas dessas histórias foi uma experiência poderosa. Assim como foi poderoso o apoio dos meus amigos e familiares que leram muitos destes contos e da minha inestimável amiga Alcídia Amorim que fez o trabalho de revisão de escrita e me ajudou a corrigir tantos dos meus erros. Onde podemos comprar o seu livro? Manuel Amaro - A distribuição do livro está a ser feita pela Amazon através dos seus sites no mundo inteiro http://www.amazon.com ou http://www.amazon.eu ou eu mesmo posso entregar por correio com portes gratuitos para todo o território português através de encomendas em http://manuelamaro.wix. com/terrasdexisto#!encomenda/ j4ko6 ou diretamente para o mail mailto:amaro.autor@gmail.com Não deixem de vistar o site do livro em http://manuelamaro.wix.com/ terrasdexisto e ver o vídeo promocional em https://www.youtube. com/watch?v=2PobBq2HNRw Soube que temos livro no prelo, conte-nos um pouco sobre seu novo livro. Manuel Amaro - O título será “Lágrimas no Rio”. Uma vez mais, vou levar o leitor a ver pelos meus olhos as terras transmontanas e a sofrer com os seus protagonistas. Avelino Montenegro é o personagem principal desta história e é um rico proprietário mas, ao contrário do André Samões de “Terras de Xisto”, não é um déspota. Os eventos que esperam o leitor, naquela aldeia nas margens do rio Douro, sem dúvida que farão verter muitas “Lágrimas no Rio”. Terão que ter paciência e esperar mais um pouco… talvez no final de março já esteja à venda. Entretanto, como “aperitivo” podem ir seguindo a sequência de slides que está a ser publicada semanalmente no Facebook em https://www.facebook.com/LagrimasNoRio/ façam
“Gosto” ou “Curtir” na página para serem notificados das novidades que entretanto irão aparecer. Quais os principais hobbies do autor Manuel Amaro Mendonça? Manuel Amaro - Para além de escrever? A escrita e todo o trabalho associado de consulta e planeamento já me tomam muito tempo, mas gosto também de fotografia, de forma completamente livre, claro, sem essas coisas de máquinas “xpto” e regulações de luz e isso. Gosto também de caminhar na natureza e infelizmente não o faço com a frequencia que gostaria. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Manuel Amaro Mendonça. Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores? Manuel Amaro - Desejo que não deixem de ler, nunca! Que continuem a maravilhar-se com as histórias que eu e todos os autores lusófonos escrevemos. Comprem livros! Ler na internet é bom para uma ou outra pequena história, para imagens e revistas, mas ter um livro nas mãos é uma experiência única que nos permite mergulhar em mundos criados propositadamente para nós. Comprem livros escritos em português, leiam muito e não deixem de criticar e dar a vossa opinião, boa ou má, é ela que nos faz crescer. Contatos do autor: http://manuelamaro.wix.com/autor (Inclui blog com contos) mailto:amaro.autor@ gmail.com
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Por Amy Dine
POETAS POVEIROS
...e chegou enfim o tão ansiado dia 19 de Março! A casa estava cheia e o programa do Mar à Tona decorreu lindamente. Uma vez mais foi um verdadeiro exito. Deixo-vos um artigo e algumas fotos de um Jornal da Póvoa que em algumas linhas descreve o evento.
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Resenha Divulga Escritor Por Alexandra Vieira de Almeida Doutora em Literatura Comparada
Livro: Alameda Autor: Astrid Cabral
A morte e seus mistér com a autora Astrid C Tenho um livro de contos à mão ou seria melhor uma obra de cantos? Os textos de Alameda constroem o rico jogo textual com a morte. A face do ser percorrendo os labirintos da vegetação, suas emoções, medos, receios, frente aos limites do mundo à sua volta ou às próprias desditas do homem, que corta como lâmina o brilho da natureza. Cultura e natureza, ser e vegetação, os mundos que se intercalam, sem se saber quem ou o quê fala, a humanidade ou a natura. A simbiose homem/natureza nos serve para adentrar o universo dos limites. Emily Dickinson era mestra na arte de discursar sobre a mor94
te, que como deusa destruía tudo o que nos era amado e conhecido. Aqui, em Astrid a memória vegetal da morte, suas reminiscências vislumbram o que era pleno e habitado pelos cantos líricos das plantas, de seu mundo belo e poetizado, um Paraíso longínquo a servir de morada para este reino vegetal: “Mudaria em definitivo para o jardim do VERDE ETERNO, onde encontraria, na alameda condigna à sua espécie, um canteiro perpétuo”. O canto dos vegetais é um percurso, um diário de suas lamentações, que mescla a voz do narrador ao da natureza, é uma tentativa de www.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
ultrapassar a morte, seu limite orgânico e necessário. O objetivo aqui é essencializar a vida, já que esta é obscurecida pela morte. Os cantos ou contos deste livro espetacular são forças vegetais que buscam o consolo da perenidade que a literatura pode proporcionar. Nos versos de Dickinson, temos: “Não nos atraem os Enigmas/Que pouco nos escondem - /Nenhuma coisa está mais morta/Que a surpresa de Ontem –“ As plantas querem sobrepujar o inelutável destino que lhes compete através desta memória de outras eras, que está inscrita nas suas formas. É triste o canto destas espécies
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rios Cabrals como é triste a dor do ser em despir-se da vida para conquistar a morte – seu medo mais apavorante. Um vaso que cai com a planta ou a enxurrada das águas ou o vento, a pisada dos homens levam os vegetais para este limite que é uma agressividade à sua memória do futuro, um devir para a perenidade, que por estar além, apresenta-se aqui como uma utopia vegetal como são todas as utopias do homem, fadadas ao fracasso. Esta palavra, fracasso é o que define este universo frondoso das flores, árvores, plantas e todas as espécies do mundo vegetal. O título “Alameda” se oferece
como caminho para a eternidade, um percurso para a imagem salvífica de algo que enfraquece as bordas e círculos do vazio, a morte. A literatura serve como desafio a esta vida eterna. É pela linguagem, por seu canto lírico que o universo dos vegetais aqui em Astrid percebe que esta perenidade não é necessária e é só uma utopia desmentida pelos lindos cantos em prosa desta monumental obra de louvor à natureza, Alameda. No magnífico livro “De Orfeu e de Perséfone – Morte e Literatura”, organizado por Lélia Parreira Duarte, temos no texto de apresentação da organizadora uma reflexão sobre a morte e a literatura, como se aquela fosse necessária para a construção do imaginário poético: “Sendo realização do que é impossível experienciar, ela se localiza num espaço que é como o do rumor que precede as palavras e que se encontra em seus interstícios: é deserto e exílio fora da terra prometida, errância, algo sempre por vir.” Percorrer os labirintos do universo vegetal parece-nos a sabedoria de uma voz que não se quer calar. Apesar da imobilidade e inércia deste mundo, como a escritora várias vezes salienta, é a mobilidade do mundo que o cerca que lhe dá o dinamismo necessário para suas revoluções, transformações e alterações, conduzindo a todos aos ciclos da vida e da morte. O homem altera o fluxo da natureza a partir de sua cultura, mas a natura responde com sua beleza e cânticos não transcendentais, mas mais do que imanentes. Aqui, neste livro de contos excepcional, temos o universo da vegetação como resposta à agressividade do homem, a delicadeza do vegetal se mostra como chuva, lágrima que percorre os olhos dos seres, a compreensão, dor e sofrimento de seu limite e da morte, que certeira transmuta tudo em vida artística, o belo no homem e na natureza, que aqui é transcrito a partir de belíssimos contos de Astrid Cabral, cantos www.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
à vegetação sempre presente na escrita, os papéis acorrentados de luto e introspecção. A malha fina e sensorial deste livro fenomenal percorre as veias líricas das plantas e seu universo particular, criando a unidade e semelhança entre ser e natureza, os mesmos ciclos de vida, morte e renovação: “No prato, as sementes velam pela laranja desaparecida e se prometem em vão repeti-la dentro em breve”. Resta aos homens e aos vegetais se aqueceram neste fogo do renascimento, que retarda a morte e a memória, o limite que a própria vida em sua multiplicidade impõe. A escrita é uma forma de salvação, de renovação que a excelente Astrid Cabral nos ensina, nós leitores e apreciadores de uma das obras de contos mais belas que este Brasil já viu. Um livro que pertence ao canto órfico da superação da morte a partir da linguagem e da necessidade daquela ao seu esvaziamento e sentido. Nesta terceira edição de 2014 pela Ibis Libris, o livro Alameda, que foi lançado originalmente em 1963, ganha novo corpo com uma capa belíssima, orelha de Fausto Cunha, apresentação da prima da autora, Leyla Leong, que é tocante e bela, e análise crítica do saudoso Antônio Paulo Graça. Este corpo teórico maravilhoso percorre os fios das palavras de Astrid e instigam à leitura desta obra fascinante pelo corpo dilacerado dos vegetais. Link para compra do livro: http://ibislibris.loja2.com. br/4757639-ALAMEDA Mais informações sobre a autora: http://malabarismospoeticos.blogspot.com.br/2016/03/a-brilhante-escritora-do-brasil-astrid.html
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LIVROS EM FOCO |
AUTOR FRANCISCO EVANDRO |
O Autor
Francisco Evandro é Oficial da reserva do Exército, professor de Matemática e Física com Pós - graduação em Instrumentação para o ensino da matemática, Pós-Graduação em Psicopedagogia, Especializado em Planejamento Educacional e especializado em Medidas de Aceleração de Aprendizado. Autor dos livros: Momentos Poéticos / Reflexões do Amanhã /A Voz do Coração / Costumeira Caminhada – Contos e Poesias /Mãe Ana, a filha de Xangô / Convivências / O galo de Bombaim / Conversas de Botequim/ Pérolas Nascentes / Destinos que se Tocam / O Canto da Mãe da Lua / A Valsa dos Versos / Folhas ao Vento/ L’amores Dècalé. Recebeu várias premiações e condecorações, das quais podemos citar: Medalha e diploma Luiz Vaz de Camões, autor destaque da Literarte, membro da Associação Internacional de Escritores e Artis-
tas, da Academia de Letras e artes de Fortaleza-CE ( ALAF ), Prêmio Daimants Arts And Education–Viêna Áustria. Recebeu medalha D’argeant ofertada pela Academie Du Mérite et Dévolumente de Paris – França.2, Diploma e medalha ofertada pela Divine Academie Française des Arts Lettres et Culture sendo elevado a membro D’Honneur, recebeu também, medalha do Mérito Cultural “Austragésimo de Athaíde”, a qual lhe foi ofertada pela Academia de Letras e Artes de Paranapuan-RJ, por sua contribuição a cultura nacional. Recebeu em Itabira-MG, em 4 de Agosto de 2012, o Troféu Carlos Drumond de Andrade, por ter sido destaque literário nacional. O autor esta desenvolvendo novos trabalhos literários, que serão apresentados ao público leitor de acordo com as publicações realizadas. Site do autor http://www.franciscofarick.com/
O Galo de Bombaim surpreende leitor com questionários sobre os contos ao término do livro O Galo de Bombaim um belíssimo livro, uma das pérolas escrita, é um livro infanto-juvenil embasado em parábolas de linguagem lúdica e inventiva, apresentando contos imaginativos destinados ao público interessado em histórias de paladar atraente. O livro através de suas páginas nos leva a caminho do devaneio com extraordinária propriedade e adequação. Um livro agradável à todos os gostos e idades e quem o ler mergulhará em um mar de quimeras e ilusões e principalmente ficará maravilhada com as gravuras não longo de suas páginas. O diferencial deste livro são as gravuras e os ensinamentos através de suas belíssimas histórias e ao final de cada conto, o leitor terá um glossário sobre as principais palavras e ao término do livro uma questionário sobre todos os contos. www.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
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Do autor Francisco Evandro, “Destinos que se tocam”, é premiado, e se torna referência Internacional Livro premiado pela Accademia Interzionali II Convivio Sicilia-Itália, como melhor livro de romance estrangeiro de 2009 em concurso realizado por aquela academia. O livro é um divisor de água, por que o leitor mergulhará em inúmeras histórias de personagens que cruzam a vida dos protagonistas. A construção de cada um deles e suas experiências vivenciadas demandam sua atenção ao não-linear e sensibilidade para a percepção das metáforas (a linguagem figurada utilizada para narrar o ato sexual). A mensagem é transmitida através do relato de cada história como uma obra ficcional ou realista e cabe o leitor descobrir.
“A escolhida” do autor Francisco Evandro Lisa Mara Desiré acorda no dia de sua 16ª primavera e seguidamente fatos irão acontecendo desde um simples copo de suco de uva cair em sua calça jeans, nova, a chegada de seus dias de verão, e sua primeira viagem à Capella contra sua vontade e os fatos vão se sucedendo continuadamente sem que ela possa intervir a seu favor. Torna-se uma pessoa especial em Capella, porque o líder máximo a deseja como consorte, enquanto na Terra ela se torna obrigada a depor na Polícia Federal, por conta do desaparecimento de jovens escolhidas para renovar a povoação
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de Capella e por causa disso, a Polícia Federal entra em ação e tem também seu delegado abduzido, porque ele zombou das ordens dadas pelo dirigente máximo de Capella, e em sua volta à Terra é dado como louco. Em Capella Lisa Mara vem a conhecer uma Matemática brilhante de nome Nadjane, a qual também fora forçada a ir para Capella por outros motivos, ela estava em fase de término de projeto sobre supercondutores e tal fato veio a despertar a cobiça dos poderosos da máfia japonesa e eles desejavam roubar esse projeto e matá-la e a segue o drama...
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LIVROS EM FOCO |
AUTORA LOLA PRATA |
Em livro, Curso de Técnicas Poéticas com a autora Lóla Prata Sobre a autora
E EU SEI FAZER VERSOS? Curso de esquemas poéticos, apresentando pouco mais de 70 técnicas clássicas, medievais, modernas e pós-modernas, brasileiras e estrangeiras, de elaboração de poemas. Na 2ª parte, vocabulário relativo às peculiaridades gramaticais que orientam a perfeita contagem métrica dos versos, assim como definem estruturas (Acróstico, Diacróstico, Teléstico, Breve, Limerique, Leonino, Parlenda, Nênia, Soneto, Ex-Libris, Trevo, Triversos, Xácara, etc.) para confecção de trabalhos literários tanto em verso como em prosa. Tem por objetivo o aprimoramento dos poetas na nobre arte de versejar. www.divulgaescritor.com | abr/mai | 2016
Lóla Prata, nome literário de MARIA DE LOURDES PRATA GARCIA, santista, mora em Bragança Paulista SP desde 1974 e, na Cidade Poesia, dedica-se à literatura. Fundadora da ASES –Associação de Escritores- Presidenta da seção da União Brasileira de Trovadores -UBT-, correspondente da Academia Feminina de Letras de Jundiaí SP, da Academia Feminina de Ciências, Letras e Artes de Santos SP, Academia Pontagrossense de Letras de Ponta Grossa PR, Academia de Letras e Artes de Caldas Novas GO, entre outras agremiações literárias. Dezoito livros publicados em papel, sendo 1 Dicionário de Rimas ARRIMO (cadeira 35 da Academia Internacional de Lexicografia) e E EU SEI FAZER VERSOS?, ensino de estruturas poéticas. Comendadora Municipal por serviços prestados à Cultura. Homenagem da Câmara Municipal em 2008. Consulesa Honorífica pela Real Academia de Letras de Porto Alegre RS. Três livros impressos e comercializados com a LiteraCidade, editora de Belém PA. Quinze dos livros, são e-books no formato Kindle, autopublicados na loja da Amazon para serem lidos em qualquer suporte eletrônico. Site da autora: http://www.lolaprata.com.br/novo/E-EU-SEI-FAZER-VERSOS-.php Email contato: lola@pratagarcia.com 99
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LIVROS EM FOCO |
AUTORA LÚCIA GONÇALVES |
Livro “O Monte das Tílias” “O Monte das Tílias” é a verdadeira história de amor, com os enleios e encruzilhadas que marcam a vida quotidiana. Onde a esperança de que a felicidade pode ser alcançada se torna o objetivo basilar do enredo. Ao leitor é exigido ler com os cinco sentidos, “arquitetando” os aromas, as cores, os cheiros, o paladar, os cenários de um Alentejo verdadeiramente sedutor, devido à forma emotiva como cada detalhe é descrito. Os momentos íntimos, não chocando, são ousados e arrebatadores. A descoberta da intimidade é romântica, detalhada e muito, muito feminina. A narrativa surge como uma ousada combinação entre a veracidade do contexto e a ficção do enredo, enriquecida pelo suspense dos mistérios que rodeiam a vida das personagens de Amélia e João Morgado e a luta para punir os vilões. Uma história de amor, uma viagem no tempo, um policial, um roteiro pelas tradições alentejanas.
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Sobre a autora
Lúcia Mª Lopes Gonçalves, nascida em Luanda, vem viver com a família para Portalegre (Portugal) em 1981. Formou-se como Professora do 1º Ciclo do Ensino Básico em 1994 na Escola Superior de Educação de Portalegre. Completou a formação académica ao frequentar o Complemento de Formação com especialização em Língua Portuguesa em 2006 na Universidade Aberta. Em 2010 especializa-se com o grau de Mestre na Universidade de Évora no Curso de Administração e Gestão Escolar. Antes de iniciar os seus estudos superiores trabalhou como jornalista do Jornal / Rádio Fonte Nova e na Rádio Portalegre. Atualmente concilia a profissão docente com a de Presidente da Direção da Associação Juvenil para o Desenvolvimento Comunitário da Ribeira de Nisa, secretária da Assembleia de Freguesia de Carreiras e Ribeira de Nisa, membro do Conselho Municipal da Juventude e do Conselho Municipal da Educação da Câmara Municipal de Portalegre, colaboradora do Jornal Alto Alentejo e de Juíza Social. Na área da escrita o que mais ambiciona é deleitar os leitores com a sua escrita. Que ela proporcione momentos aprazíveis nos quatro cantos do mundo. Página da colunista no Facebook https://www.facebook.com/lucia.papafina Blog - http://prazeres-do-livro.blogspot.pt/
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LIVROS EM FOCO |
AUTORA NEYD MONTINGELLI |
Livro: “A culpa da paixão” Em Barretos/SP, uma jovem apaixona-se por um bandido procurado. A família tradicional da cidade e seu pai policial fazem de tudo para separá-los, mas não conseguem. A paixão da moça e a obsessão do meliante, fazem com que todo o esforço da família seja em vão. Pensando em proteger sua família, Anely some e resolve tratar dos seus problemas amorosos em Curitiba/Pr, longe de todos, inclusive do namorado. Quase um ano depois, o seu retorno culmina em um confronto com bandidos e policiais dentro da sala de parto onde a sua irmã está dando à luz. Muitas mortes e feridos e a jovem acaba presa. A vida de um dos bebês que nasceram naquela sala será marcada por surpresas impressionantes. Depois de 30 anos será que os erros serão reparados? Quem pode matar o passado?
A autora
Neyd Montingelli, nasceu em Curitiba é casada e tem 4 filhas. Tem Formação em Psicologia, Nutrição, Processamento de alimentos e Laticínios. É aposentada pela Caixa Econômica Federal. Tem 12 livros publicados e participa em 62 antologias. Foi premiada em concursos literários de contos, crônicas e poesias. Membro da ALUBRA e ALB/Araraquara, do Núcleo de Letras e Artes de Buenos Aires e de Lisboa, da Academia ALMAS de Salvador/Ba, do Centro de Letras do Paraná e da Embaixada da Poesia. Recebeu troféu Cecília Meireles e Federico Garcia Lorca; Medalha Monteiro Lobato; Medalha Melhores Poetas da Magico de Oz, Troféu Melhores Cronistas, Certificado de Responsabilidade Cultural Semeador de Livros e Amigos da Juruá Editora e o Certificado de Responsabilidade Cultural do Instituto Memória Piá Bom de História. O livro Cavalos e contos recebeu o prêmio de melhor livro de contos pela Literarte. Escreve todos os dias e em seus textos e poesias, gosta de inserir episódios divertidos, dramáticos, reais ou não, e principalmente inusitados. A família é o seu tema preferido e mesmo nos contos fictícios, coloca acontecimentos que lembram os episódios vividos pelos familiares.
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LIVROS EM FOCO |
AUTORAVALÉRIA GUERRA |
Sinopse Os vinte e um contos aqui desenvolvidos trazem a tona um insigth sobre a vida, numa releitura romanceada em sentimentos e palavras. Há vivências e energias bem soltas neste compêndio que se baseia também em fatos reais desenrolados em contos – este gênero literário tão necessário ao leitor desde sempre. A autora conta histórias com expectativas e remete o leitor no tempo, sem cronologia.
Sobre a autora
Valéria Guerra Reiter : atriz, escritora, cantora, historiadora, autora dos livros: Eu preciso de um Hulk, Expectativas e contos, Lágrimas e trópicos sonetos e confetti, todos lançados em bienais do livro de São Paulo, de 2010 a 2014. Ganhou o prêmio Clarice Lispector, por sua arte literária (em 2015 – pela editora comunicação) e o prêmio de melhor contista em 2014, reconhecida pela editora Mágico de OZ. Artilheira da cultura do Forte de Copacabana... atualmente ministra aulas de teatro na Agência BR Sete em Petrópolis, dirige a GGG Empreendimentos Artísticos. Contato para compra do livro: escritordeluz@hotmail.com Contatos da autora: Valeriaguerra.357@facebook.com Actresspoetry@instagram.com https://www.facebook.com/ ExpectativasEContos/?fref=ts
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