Revista Espaço Ecológico

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REVISTA

UMA AULA DE SUSTENTABILIDADE E MEIO AMBIENTE | ED. 12, Nยบ 12 | DEZ-2018/JAN-2019

Vulcรฃo nas Canรกrias ameaรงa a costa nordestina

Pesquisadora Ilma Barros explica Teoria do U


Na Paraíba, o tempo passa e fica melhor. Estou mais forte, confiante, mais viva. Sabe aquela velha esperança de um futuro melhor? Hoje é uma nova realidade. Descobri novos caminhos, construí novas histórias, cheguei aonde nunca tinha ido. O tempo passou, mas eu não envelheci. Me renovei, me reinventei. Aprendo mais rápido, ultrapassei as fronteiras do conhecimento. A minha mente e o meu corpo estão pulsando novas conquistas. Se a vida é feita de escolhas, eu escolhi ser melhor. Melhor para todos. Eu sou a nova Paraíba.


EDITORIAL

A 12ª edição da Revista Espaço Ecológico traz quipélago das Canárias, na costa ocidental africana, uma análise sobre o futuro do planeta, com uma caso ele entre em erupção, o que pode provocar um previsão de que o caminho da humanidade é fregrande tsunami. Já a professora Adriana de Fátima ar as agressões ao meio ambiente, buscando fontes Meira Vital, da Universidade Federal de Campina limpas e renováveis de energia. Grande, Campus Sumé, escreve sobre as estratégias O instinto de sobrevivência determinará a oppedagógicas para popularização do solo no Cariri ção por tecnologias inovadoras e não poluidoras, da Paraíba. para a abastecer uma população mundial que cresce As páginas amarelas destacam uma entrevista assombrosamente e que pode chegar a 9 bilhões de exclusiva com a pioneira da Investigação Apreciativa pessoas em 2050. A tendência é que a dependência e Teoria U no Brasil, a doutora Ilma Barros. Já numa dos combustíveis fósseis como fonte energética direportagem especial, a Hair stylist Marianne Mota, minua a cada ano, reduzindo o impacto ambiental criadora do primeiro salão de beleza sustentável da de sua utilização. Aos poucos, as fontes renováveis Paraíba, o Hair Studio Green, orienta sobre como de energia como a solar, eólica e biomassa vão gacuidar dos cabelos no verão, com produtos ecologicanhando espaço. mente corretos. Tem ainda uma A revista traz ainda matéria sobre o manejo correto Expediente um artigo escrito por Enildos resíduos sólidos, entre ouos An 15 son Sales intitulado Águas ico lóg tros textos interessantes relacioEco Revista Espaço limpas, turismo garantido. nados às questões ecológicas. Direção Executiva Outro artigo importante é o A Revista Espaço EcolóGualberto Freire da bióloga Rita Mascarenhas gico não se responsabiliza ou sobre as tartarugas marinhas endossa as opiniões emitidas Jornalista Responsável nes Nu e a poluição do microplástidre xan pelos autores dos textos nela Ale 7 co. O jornalista Nonato Nu543 B publicados, salientando que as DRT-P nes escreve sobre a ameaça à o opiniões são de exclusiva resáfic Gr jeto Pro Diagramação e costa nordestina pelo vulcão ponsabilidade do autor. Tenha ESTAMPAPB Cumbre Vieja, que fica no aruma boa leitura. ampapb@gmail.com est Foto capa: Freepik Ilka Cristina, Fotos: arquivo pessoal, internet e assessorias


VULCÃO NAS CANÁRIAS Recentes erupções dos vulcões Etna e Anak-Krakatoa fez subir o alerta

ameaça a costa nordestina

A

Por Nonato Nunes, Jornalista

última erupção do Cumbre Vieja ocorreu em 1949, e de lá para cá estudiosos do mundo todo têm se preocupado com a possibilidade de um gigantesco tsnunami causado pelo deslizamento de um lado da montanha na direção do mar As recentes erupções dos vulcões Etna [Itália] e Anak-Krakatoa [Indonésia] fez subir o alerta da comunidade científica mundial para possíveis desastres naturais capazes de mudar para sempre a própria configuração do planeta Terra. Parte dessa atenção tem se voltado, nos últimos anos, para uma ilha vulcânica localizada no arquipélago das Canárias [costa ocidental africana]. La Palma é uma das sete ilhas que formam aquele conjunto. Mas La Palma não é uma ilha qualquer. É que nela está localizado o vulcão Cumbre Vieja. Do fundo do oceano Atlântico até à superfície são 3.600 metros de altura. Daí para cima são mais 1.800 metros. Sua altura total é de 5.400 metros. Mas o Cumbre Vieja não atrai a atenção dos cientistas do mundo todo pelas suas características, mas sim pelo fato de que toda a sua parte ocidental está deslizando na direção do mar. O perigo está justamente aí.

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Nos últimos quinhentos anos o Cumbre Vieja entrou em erupção seis vezes: 1470, 1585, 1646, 1677, 1712 e 1949. No século 17 o vulcão entrou em erupção duas vezes, num intervalo de três décadas apenas. Mas foi sua última erupção [1949] que passou a ser motivo de preocupação para geólogos e especialistas no tema. É que essa erupção abriu uma perigosa fenda no lado ocidental da ilha, e esta vem se alargando de maneira contínua e sem que os especialistas tenham como barrar o deslizamento do gigantesco bloco de terras na direção do oceano. Os cientistas parecem não discutir “se”, mas “quando” acontecerá. Um dos estudiosos que vêm monitorando o vulcão é o cientista Gary MacMurtry, geoquímico da Universidade do Havaí. Ele disse que o Cumbre Vieja é “Um vulcão jovem na ilha da La Palma que está mais próximo do local de criação das ilhas Canárias”, ele explicou. Outro que também tem se preocupado com o tema é o geólogo Simon Day, da Universidade College London. Um fator que preocupa esses cientistas são as chuvas. Eles explicam que a água penetra no solo e aumenta a pressão. A montanha coleta uma grande quantidade de água de chuva que é armazenada no interior do vulcão. “Vulcões são esponjas gigantes. Eles ficam encharcados e o peso extra cria uma situação instável”, diz o dr. Gary MacMurtry. No seu interior o vulcão é composto de um enorme volume de rochas que fica saturado com a água coletada. Essa água


Cálculos de especialistas conseguiram determinar o tempo de viagem e a altura das ondas

fica presa entre as rochas vulcânicas. Quando a lava começa a subir durante a erupção as rochas são aquecidas, o que faz a água se transformar em vapor e as rochas, sob a pressão da ação do vapor começam a se soltar, desestabilizando toda a estrutura geológica, levando-a a deslizar para baixo.

Os efeitos da erupção no Nordeste brasileiro Cálculos de especialistas conseguiram determinar o tempo de viagem e a altura das ondas que seriam formadas logo após a massa de terras deslizar para o mar, o que seria completado em quatro horas, e começar a formar um arco de ondas gigantescas na direção de quatro continentes: Costa Leste americana [Estados Unidos], norte e o nordeste brasileiros, costa europeia e costa ocidental africana. Em três horas de viagem essas ondas [20 em sequência] chegariam à costa africana [Senegal e Guiné-Bissau.. Mais três horas e as ondas gigantescas atingiriam o Ceará [Brasil] e a costa da Irlanda [Ilhas Britânicas]. Duas horas depois destruiriam toda a Costa Leste dos Estados Unidos fazendo desaparecer cidades como Nova Iorque. Por esse tempo, parte da costa do Nordeste brasileiro já estaria debaixo d’água. Diante dessa possibilidade real, vale a indagação: O Brasil es-

taria preparado para uma evacuação dessa magnitude? As autoridades teriam seis horas para proceder a evacuação, segundo os estudos de impacto realizados por cientistas e estudiosos do tema. Impressiona o tamanho dessa massa de água que viajaria na direção das já referidas regiões. Segundo os especialistas, essas ondas, cuja altura foi calculada entre 40 e 50 metros, se propagarão à espantosa velocidade de 800km/h, arrastando todos os obstáculos que encontrar pela frente. Há mesmo quem aposte que essas ondas teriam “centenas de metros” de altura. Algo descomunal e sem precedentes na história dos desastres naturais já registrados no planeta Terra. Portanto, o que os cientistas estão fazendo é alertar o mundo para um desastre muito maior do que todos os que já foram vistos até hoje. FONTES: Vídeo Megatsunami de Las Palmas – Islas Canarias Vídeo Tsunami no Brasil – Sua origem e consequências [www. farolempaginas.com.br] History.com Holy Deyo 2011 – standeyo.com/DareToPrepare.com REVISTA ESPAÇO ECOLÓGICO |

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ARTIGO

Adriana de Fátima Meira Vital - Universidade Federal de Campina Grande, campus Sumé. vital.adriana@gmail.com

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Estratégias pedagógicas para popularização do solo no Cariri da Paraíba

solo é um recurso natural essencial à existência e sobrevivência de todos os seres, seja pelos inúmeros serviços ecossistêmicos ofertados, cujas funções contribuem para o desenvolvimento econômico, social e cultural das comunidades, seja pela simples e primordial razão de ser o sustentáculo da vida no planeta. Mas em que pese sua importância, o solo ainda é pouco conhecido e muito desvalorizado, fato que agrava e potencializa o avanço das diversas formas de degradação que reduzem sua fertilidade e qualidade, com sérios comprometimentos à produção agropecuária, limitação na disponibilidade de água potável, importantes interferências nos ciclos biogeoquímicos e sérios riscos à segurança alimentar e à saúde da população. Os solos estão na lista de questões ambientais que exigem atendimento global. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e

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Precisamos urgentemente integrar a ciência do solo à educação básica e aos espaços não formais da educação Alimentação declarou o período de 2015 a 2014 como Década Internacional dos Solos, expressando preocupação com este “recurso não renovável finito em escala de tempo humano sob pressão de processos como degradação, má gestão e perda pelo avanço da urbanização” (FAO, 2013). Apesar dos esforços das pesquisas da Ciência do Solo ainda há expressiva lacuna na forma de comunicação com o público em geral, direcionando-se também e mais, àqueles que sujam as mãos com solo em maior frequência, tanto quanto ao público estudantil, sob uma ótica educativa e socializadora. Considerando o acesso a in-

formação como abrangente, significativo e expressivo, é importante refletir sobre a urgência de não popularizar as importantes tecnologias geradas na ciência do solo, utilizando-se de iniciativas educativas que integrem, não apenas a sociedade acadêmica, mas também agricultores, estudantes e professores do ensino básico e a comunidade em geral. A popularização da ciência do solo, desde cedo, em diferentes setores da sociedade, resultaria num crescente da formação da consciência pedológica, aumento da produção agrícola e preservação ambiental. Precisamos urgentemente integrar a ciência do solo à educação básica e aos espaços não formais da educação, usando metodologias dialógicas, participativas, inovadoras para estimular a sensibilização e despertar o interesse de crianças e adolescentes pelo conhecimento do solo e sua importância para a sociedade, além de oferecer oportunidades de carreira na ciência do solo. Na verdade, já faz algum tempo


Figura 1. Atividades organizadas pelo Projeto Solo na Escola/UFCG (Sumé-PB) com estudantes para popularização do solo: visita ao perfil do solo, jogo do solo, geocine, ateliê da geotinta, exposição temática e apresentação do Teatrinho do Solo Fotos: Arquivo pessoal

que os temas relativos à sustentabilidade permeiam os conteúdos curriculares das instituições educacionais e dos espaços não formais da educação. No entanto, em muitos aspectos os temas são trabalhados de maneira fragmentada, descontextualizada e incongruente. Mas a verdade é que a lacuna nas abordagens em sala de aula são muito presentes, mas se houvesse um maior interesse em popularizar conceitos sobre o solo de forma precoce que se desenvolvesse e continuasse ao longo da vida das pessoas, caminharíamos para a formação de uma consciência pedológica, com posturas que apontariam as possibilidades de conhecer o solo, conservá-lo, recuperá-lo e protegê-lo. Felizmente a prática do ensino tem evoluído seguindo desenvolvimentos tecnológicos e insights aprimorados na maneira como aprendemos e educamos (DAUD et al., 2012; KANG, 2008). Graças às rápidas mudanças nos métodos de ensino e aprendizagem, surge a questão de preparar os estudantes com as habilidades e atitudes certas para o enfrentamento dos desafios que se agravam em função da ação antrópica e às práticas inadequadas de uso dos recursos naturais, sobretudo o solo. É nesse contexto que o ensino dialógico aproveita o poder da conversa para estimular e

Uma pequena análise da degradação, poluição e contaminação do solo por todo o mundo revela a necessidade de ação conjunta ampliar o pensamento dos alunos e promover seu aprendizado e compreensão. Para Auler (2007) há muito mérito em se transferir “o mundo da escola” para “o mundo da vida”, enfatizando a importância dos temas de trabalho que estão diretamente relacionados ao cotidiano dos alunos. A proposta encontrou eco nos postulados de Delors (1998 que ponderava que os professores têm que se permitir e se esforçar para estender o processo educacional fora da escola, organizando experiências de aprendizado conduzidas no exterior e em termos de conteúdo, estabelecendo uma conexão entre o que é ensinado no cotidiano dos alunos. Borges e Alencar (2014) discutem a busca por uma melhor atuação prática em sala de aula por meio do uso de metodologias alternativas. A metodologia ativa contri-

buiu para uma formação crítica do aluno, além de prepará-lo para buscar conhecimentos de outras fontes que não o professor (REZENDE Jr. et al., 2016). É nesse cenário que se evidencia a educação em solos como apelo para reformular a educação da ciência do solo, buscando um renascimento desta, considerando que as crianças e os jovens são potenciais agentes multiplicadores de novos conceitos, desde as primeiras séries escolares, estando receptivos para desenvolverem os mais diversos estímulos e práticas cognitivas dentro e fora da escola. Uma pequena análise da degradação, poluição e contaminação do solo por todo o mundo revela a necessidade de ação conjunta, em diversos níveis e esferas para proteger este valioso recurso. Como alguns problemas se estendem além fronteiras, só poderá ser tratado se todo mundo trabalhar junto, mas o certo é que as ações mais simples devem ter início nos primeiros anos escolares, buscando sensibilizar os futuros cidadãos para o cuidado com o chão que pisamos e que nos sustenta e alimenta para que todos tenham direito a vida de forma sustentável e abundante. Considerando a necessidade de aliar a pedologia à pedagogia existem no estado da Paraíba alguREVISTA ESPAÇO ECOLÓGICO |

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Figura 2. Dia de campo, oficina de louça de barro, cavalgada dos agricultores, programa Matutando Agroecoloigia, visitas de campo e valorização do feminino nos saberes com a terra na feira agroecológica. Fotos: Arquivo pessoal

mas estratégias exitosas de popularização do ensino de solo (UFCG Sumé e Pombal e UFPB Areia e Bananeiras). O Projeto Solo na Escola/ UFCG Sumé teve a concessão do nome autorizada pelo idealizador do projeto inicial, Dr Valmiqui

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Costa Lima, professor aposentado da UFPR, tendo sido iniciada em 2011 no Cariri paraibano. A proposta está inserida no construtivismo e nos princípios dialógicos ‘freireanos’, pois, além dos participantes, crianças, adolescentes e jovens reconhecerem a importância

do solo no contexto da agricultura sustentável e como componente fundamental do ambiente, estes são convidados a relatar suas próprias vivências, oportunidade que promove o diálogo reflexivo e a integração sobre as ações desenvolvidas na escola e na comunidade.


O Espaço de Educação em Solos está aberto diariamente, no horário letivo, para acolhida e recepção de escolares e visitantes em geral As ações do Projeto Solo na Escola/UFCG Sumé acontecem em diferentes momentos com estratégias de intervenção e socialização de conhecimentos sobre o solo ao longo do ano letivo, no cotidiano de aulas, nas feiras de ciências escolares e com mais expressividade nos dias alusivos ao solo: 15 de abril (Dia Nacional da Conservação do Solo e 05 de dezembro Dia Mundial do Solo), com exposições pedagógicas, oficinas temáticas, rodas de conversa, palestras, minicursos e apresentações diversas. Guardando a certeza de que é importante trabalhar a partir das perguntas, pois questionamento produz conhecimento, os monitores do Projeto Solo na Escola/ UFCG buscam a troca de experiências com os visitantes do Espaço de Educação em Solos, estimulando, por meio de descobertas coletivas, de novas interpretações do conhecimento, o entendimento sobre o

solo, com metodologias lúdicas e interativas (Figura 1). As atividades desenvolvidas buscam trazer os visitantes para a problemática da degradação e conservação do solo, de modo a favorecer a observação, reflexão e análise das situações apresentadas, para traçar uma comparativa com as realidades vivenciadas nos seus espaços/localidades. As metodologias trabalhadas para a popularização do ensino de solos são também organizadas junto às associações e comunidades rurais, quilombolas e loiceiras do barro e incluem a valorização das tradições do povo camponês, com a inserção de entrevistas no rádio, do resgate da arte com barro e da visibilidade aos saberes locais de cuidado com a terra (Figuras 2). O Espaço de Educação em Solos está aberto diariamente, no horário letivo, para acolhida e recepção de escolares e visitantes em geral. As ações do Projeto Solo na Escola/UFCG também estão nas redes sociais e podem ser acompanhadas pelo site http://projetosolonaescol.wixsite.com/projetosolonaescola; no Instagran (@ solonaescolaufcg) ou pela fan page no Facebook https://www.facebook. com/Projeto-Solo-na-EscolaUFCG-1508032829465862/. Nesses ambientes virtuais são divulgadas atividades, notícias, eventos e disponibilizados materiais paradidáticos que estimulam o interesse pelo conhecimento do solo, servindo de auxiliar para os conteúdos curriculares.

REFERÊNCIAS AULER, D. Enfoque ciência-tecnologia-sociedade: Pressupostos para o contexto brasileiro. Revista Ciência e Ensino, n. especial. 2007. BORGES T. S., & ALENCAR G. et al. Metodologias Ativas na Promoção da Formação Crítica do Estudante: O uso das Metodologias Ativas como recurso didático na Formação Crítica do Estudante do Ensino Superior. Cairu em Revista, v. 3, p. 119-143. 2014. DAUD, A.M., OMAR, J., TURIMAN, P., OSMAN, K.. Creativity in science education. Procedia Soc. Behav. Sci. v. 59, p. 467–474. 2012. FAO. International Years Council Minutes. United Nations: Food and Agricultural Organization of the United Nations. 2013. KANG, N.-H. Learning to teach science: personal epistemologies, teaching goals, and practices of teaching. Teach. Teach. Educ. v. 24, p. 478–498. 2008. REZENDE Jr. R. A. de, DEUS JÚNIOR, G. A. de, CASTRO, M. S., LEMOS, R. P., & ALVES, R. H. F. Aplicabilidade de metodologias ativas em cursos de graduação em engenharia. COBENGE. 2016.

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Mudanças na dieta Conheça os alimentos que mais aumentam a imunidade

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Se a sua imunidade estiver em baixa, você precisa ter o foco em mudanças na dieta. A transformação de hábitos alimentares pode ser a chave para você adoecer menos de resfriados, ter menos infecções e se defender de doenças mais graves. Por que a alimentação contribui com a imunidade? Isso ocorre porque, como sabemos, os alimentos contêm diversos nutrientes que podem auxiliar na manutenção do sistema imunológico, como um conjunto. Assim, a mera combinação entre verduras e frutas, em quantidades adequadas, já auxilia na conquista de uma melhor defesa para o organismo. Para ajudar você a fazer escolhas alimentares melhores, a seguir apresentamos nove alimentos primordiais, para conseguir ter uma saúde de aço!


VEGETAIS VERDES

Brócolis, espinafre, couve e outros vegetais com essa coloração – além de feijões, shimeji – um tipo de cogumelo – e fígado, são alguns entre os alimentos que contêm ácido fólico. Esse nutriente é essencial na busca por uma vida saudável, uma vez que é um importante auxiliar na formação de glóbulos brancos, carros-chefes da imunidade.

GENGIBRE

O gengibre, com muitos nutrientes, como as vitaminas B6 e C, além de uma ótima função bactericida; e, além de ajudar nas famosas inflamações da região da garganta, também garante a vitalidade das defesas do organismo por completo.

FRUTAS CÍTRICAS

Este tipo de fruta – como acerola, laranja, kiwi, brócolis, tomate, pimentão verde e vermelho, e couve são riquíssimos em vitamina C, que combate o envelhecimento do corpo, além de ampliar toda a resistência do organismo.

PIMENTA

Repleta de betacaroteno, que é uma substância que tende a se transformar em vitamina A, é, no fim das contas, um nutriente que é conhecido por proteger o corpo de infecções, por melhorar as defesas orgânicas.

LEGUMINOSAS E PROTEÍNAS

Proteínas da carne – vermelha ou branca – e soja, além de cereais do tipo integral, as sementes e as leguminosas de modo geral – lentilha, feijões, grão de bico, ervilhas, entre outros – são ricos em zinco, que é o nutriente responsável por combater resfriados e gripes, bem como outros tipos de doença que afetam o sistema imunológico.

CASTANHAS-DO-PARÁ E CHAMPIGNON

Os famosos cogumelos e esse tipo de castanha são ricos em selênio, que é um poderoso antioxidante, capaz de combater o envelhecimento cutâneo, ao mesmo tempo em que ajuda a fortalecer a imunidade e tem efeito cicatrizante.

OLEAGINOSAS

Os óleos – gérmen de trigo, canola, milho, girassol – além de amêndoa, noz e castanhas contam com um aporte bem valioso de vitamina E, que tem como benefício, sobretudo para o público idoso, uma melhora na atividade imunológica – que entra em declínio devido aos efeitos da idade.

ÔMEGA – 3

Esse nutriente, que está presente, entre outros, em alimentos como o azeite extra-virgem, ajuda na saúde das artérias, que permanecem a salvo de inflamações e ataques de agentes externos.

TOMATE

Esse fruto é repleto de licopeno, que é um grande auxiliar no combate a doenças do coração e do sistema cardiovascular, propiciando a remoção de radicais livres do organismo. Fonte: Greenme

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ARTIGO

Águas limpas, turismo garantido Enilson Sales, empresário

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asci e fui criado em João Pessoa, cidade litorânea de muitas belezas naturais. Quero compartilhar com vocês que quando menino, me esbaldava no Parahyba. Dei pulos do cais da fábrica de gelo do antigo Jacaré Bar. Naveguei de jangada o Jaguaribe, da ponte da estrada de Cabedelo até a mata do Buraquinho (antiga Granja São Raphael). Desci de enxurrada o Rio Gramame cheio. Mergulhei no Rio do Cabelo na praia da Penha. Tempos que os rios e riachos eram limpos e não ofereciam perigo de contaminação. Também peguei muito “jacaré” (surf de peito) nas praias do Cabo Branco, Manaira, Bessa e Intermares (antigo, Mar dos Macacos). Conheci o Picãozinho, Areia Vermelha, Areia Dourada, Pedras do Seixas e da Penha, quando só poucos pescadores frequentavam. Surfei em Cardosas, Barra de Camaratuba, Baia de Traição e outras praias paraibanas. Todas limpas e saudáveis àquela época (anos 70/80). Ao ser convidado pra falar do Rio Sanhauá, logo me bateu uma saudade danada. Preocupado em

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não fazer feio, e ainda correndo alguns riscos, me debrucei sobre a história da minha querida Paraíba, seus rios e riachos. Naveguei entre a minha memória, textos históricos e com a ilustre ajuda do Google Earth. E aí vai o meu humilde comentário. São conhecidos os afluentes baixos do Rio Parahyba, os rios: Marés, Sanhauá, Una, Jaguaribe e Soé. Portanto, é um erro chamar de Sanhauá, o rio que deságua entre Lucena (mais precisamente Costinha ou Guia e Cabedelo). Este é o Rio Paraíba, ou Parahyba como prefiro chamá-lo. O Rio Sanhauá ganhou importância desde a fundação de Filipeia de N. S. Das Neves até a década de 30, quando o principal porto da cidade e capital do estado, era o Porto do Capim, na antiga cidade baixa, próximo à Praça Antenor Navarro e a Igreja de São Pedro Gonçalves. Este bairro também foi/é chamado de Varadouro (Lugar onde se encalham os navios para desembarque ou limpeza). Assim, resgatemos a herança do velho Parahyba, que nasce na serra Jabitacá, em Monteiro, e percorre 300km do estado da Paraíba até a sua foz em Cabedelo. Descobri narrativas maravilhosas de Engenhos, Capelas e Cidades. Sobretudo muitas histórias ás suas margens. Mas, constatei amargamente que ele vem morrendo dia a dia, ano a ano, fruto da

ocupação de suas margens por canaviais e construções desordenadas e precárias. O pouco que ainda resta do rio, é fruto do fluxo das marés que adentram em seu leito e o oxigenam minimamente. As chuvas também dão a sua contribuição. Por outro lado, o lixo orgânico e principalmente industrial, os sacos plásticos e as garrafas pet, jogadas pelos ribeirinhos sem orientação, sufocam o velho Rio, além do descaso dos órgãos municipais das cidades ribeirinhas que aceitam o derramamento de esgoto no rio e matam lentamente o Parahyba. Muito se fala e pouco se faz pelo Parahyba. O jogo de empurra-empurra entre as prefeituras ribeirinhas, deixam ano após ano o problema maior. É importante entender que, ainda que não fosse uma questão ecológica e de responsabilidade individual de cada ser humano. Para os paraibanos, manter seus rios e praias limpas, é uma questão econômica relevante. Com boa parte de seu território encravado no sertão nordestino e com apenas 146km de litoral, a Paraíba necessita demais do turismo pra rodar a sua economia. Inteligente seria se cuidássemos de nossas águas como “inquilinos do Planeta Terra”, e como cidadãos paraibanos que zelam pela economia e cultura de seu estado. Estamos juntos nesta luta.


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ENERGIAS RENOVÁVEIS:

O FUTURO S

Por Alexandre Nunes

em agredir o meio ambiente e sendo considerada uma solução viável para minimizar os efeitos negativos produzidos pelo uso de fontes fósseis de energia, as fontes renováveis de energia, seja solar, eólica ou biomassa, estão passando por um processo positivo de inserção no mundo e no Brasil. No caso especifico da Paraíba, é possível perceber-se um despertar, por parte dos empreendedores, para as energias renováveis e, com isso, o Estado pode se tornar um polo significativo de geração de energia elétrica, a partir de fontes renováveis. O Estado da Paraíba possui no total 31 empreendimentos em operação e mais quatro empreendimentos em construção e mais 10 com obras ainda não iniciadas. o setor de geração de energia renovável, instalado e funcionando na Paraíba, produz 62,7 megawatts, a partir dos

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parques eólicos existentes no município de Mataraca, no Litoral Norte, que somados aos 3,2 megawatts gerados por uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH) instalada em Coremas, no Sertão paraibano, totalizam 65,9 megawatts de energia elétrica gerada. A Paraíba vai contabilizar, com as usinas eólicas e solares em construção, a geração de mais 234 megawatts, sendo 144 megawatts a serem gerados com a instalação de cinco usinas de energia solar e 90 megawatts por meio de três usinas de energia eólica. Já os empreendimentos voltados para a energia solar estão sendo implantados nos municípios de Coremas e Malta. A usinas são Coremas I, II e III, cada uma com 30 megawatts, e Malta e Angico I, com 27 megawatts cada. Já as usinas de energia eólica, denominadas como Canoas e Lagoa I e II, as três com geração de 30 megawatts, estão sendo construídas nos municípios de São José do Sabugi e Santa Luzia.

Os projetos de energia eólica outorgados, na Paraíba, para as regiões de Santa Luzia e Teixeira e região do Seridó deverão ser responsáveis pela geração de 481 megawatts de potência total. Além disso, existem muitos empreendimentos em medição na Paraíba, em busca dos melhores ventos. A Paraíba está começando a se tornar um polo de energia renovável, com projetos para produção de energia em grande escala, como no caso da eólica.


Foto: Freepik

A composição da matriz de energia elétrica do Brasil, por tipo de fonte de geração, segundo dados da Aneel, é composta por fonte hídrica, responsável por 64,8% da geração de energia, ou seja, 92.150,04 megawatts; térmica, responsável por gerar 39.506,53 megawatts, que corresponde a 27,8%; eólica, que produz 8.430,45 megawatts, um percentual de 5,9%; nuclear, uma fonte que gera 1.990 megawatts, correspondente a 1,4%; e a solar, que aparece com a geração de 22,92

megawatts, ou seja 0,02%, uma participação ainda pequena, mas com potencial para crescer. A Paraíba quer se tornar um polo de destaque no Nordeste na geração de energia eólica e solar e, para isso, o Estado, além de ter um bom potencial eólico e solar, oferece boa infraestrutura de estradas e apoio na agilidade do licenciamento ambiental. Um dos pontos chaves para atração e implantação, com sucesso, de projetos para a geração de ener-

gia, seja solar, eólica, ou de qualquer outra fonte, é a infraestrutura de escoamento de energia, o que é feito por linhas de transmissão do Sistema Interligado Nacional (SIN), a exemplo de Mussuré, Campina Grande e Coremas. Outro ponto importante é a infraestrutura de estradas do Estado para acesso e transporte de equipamentos. Por último, mais agilidade na tramitação do licenciamento ambiental dos projetos, que na Paraíba é feito com menos burocracia, emREVISTA ESPAÇO ECOLÓGICO |

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Foto: Freepik

bora atendendo com rigor a todas as exigências da legislação ambiental, a exemplo das normas e resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e da própria Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), órgão responsável pela liberação. Uma das razões para a consolidação de empreendimentos de fontes renováveis de energia, a exemplo da energia eólica, é porque a mesma é uma alternativa energética inesgotável, que não polui ou produz resíduos. Além disso, os ventos são bons para a produção desse tipo de energia, principalmente no Nordeste, região responsável por 85% da energia gerada por essa fonte. A Paraíba tem um grande potencial para a energia eólica e solar, desta forma, as empresas que se instalam no Estado têm uma possibilidade enorme de conquistarem êxito nos negócios. A Paraíba é muito bem servida de radiação solar e por isso está seguindo na vanguarda da

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atração de investimentos dessa fonte de energia renovável. O futuro - Segundo o relatório New Energy Outlook (NEO), produzido anualmente pela Bloomberg New Energy Finance (BNEF), as fontes eólicas e solares representarão 34% da geração de eletricidade mundial até 2040, em comparação com os 5% atuais. Segundo o relatório, mais US$ 7,4 trilhões deverão ser investidos em novas usinas de energia renovável, o que representa 72% dos US$ 10,2 trilhões em investimentos projetados para geração de energia em todo o mundo. O custo da energia solar de painéis fotovoltaicos, que hoje representa um quarto do que era em 2009, deverá baixar outros 66% até 2040. Até lá, um dólar comprará 2,3 vezes mais energia solar do que hoje, pelos cálculos da BNEF. Isso acontece porque, com a ampliação do interesse de países desenvolvidos, como Alemanha, Japão, China e Estados Unidos, além de países emergentes como o

Brasil, por fontes limpas de matriz energética, a fabricação de equipamentos teve um grande impulso, barateando os custos e estimulando a instalação de sistemas de produção de energia solar e eólica, entre outras fontes renováveis. A previsão é que até 2040, os painéis solares fotovoltaicos residenciais representarão até 24% da eletricidade na Austrália, 20% no Brasil, 15% na Alemanha, 12% no Japão e 5% nos EUA e na Índia. A queda de preços, por sua vez, aumenta a atratividade financeira destes investimentos, ampliando o volume de produção das fábricas. O Brasil e o mundo estão caminhando cada vez mais rumo ao uso das energias renováveis e, segundo projeções da Bloomberg New Energy Finance, a venda de carros elétricos, até 2040, deverá superar as vendas de modelos a gasolina e diesel. A preferência por veículos elétricos aumentará a demanda por novas fontes de energias renová-


A tendência é que a dependência d os combustíveis fósseis como fonte energétic a diminua, a cad a ano, reduzindo o impacto ambiental de s ua utilização veis. A projeção é que haverá 530 milhões de carros elétricos nas ruas em 2040, um terço do total de carros no mundo. A tendência é que a dependência dos combustíveis fósseis como fonte energética diminua, a cada ano, reduzindo o impacto ambiental de sua utilização. Já se vislumbra a ampliação do número de casas alimentadas por eletricidade proveniente de fontes de energias renováveis. A microgeração de energia doméstica já é uma realidade. A Paraíba, por exemplo, foi o primeiro estado brasileiro a implantar sistemas de microgeração coletiva de energia solar fotovoltaica em condomínios populares, construídos pela Companhia Estadual de Habitação Popular (Cehap). A microgeração de energia alternativa, tais como painéis solares ou turbinas eólicas, vai se tornar a fonte de energia da maioria das casas, como a Internet se tornou necessária para a comunicação de

dados. Isto terá efeitos profundos sobre os negócios das empresas de fornecimento de energia existentes. A energia Solar é a mais cotada para abastecer as casas com eletricidade produzida de forma limpa. Apostar em energias que não agridam o meio ambiente é a única saída para a abastecer uma população mundial que cresce assombrosamente e que pode chegar a 9 bilhões de pessoas em 2050. Portanto, é preciso apostar em tecnologias inovadoras e não poluidoras. Com relação à energia eólica, o cientistas ao perceberem que a velocidade dos ventos aumenta com a altitude, projetam desenvolver planadores com rotores, chamados de “geradores de eletricidade voadores” (FEG, na sigla em inglês), para que se possa alcançar uma altitude de pelo menos um quilômetro, região onde os ventos são ainda mais fortes. Antes de aterrissarem, os rotores enviam a energia gerada para baixo por meio de um fio condutor com quilômetros de extensão. O projeto promissor está sendo desenvolvido pelo australiano Bryan Roberts, professor de engenharia da Universidade de Tecnologia, em Sydney (Austrália), e membro da Sky WindPower, companhia com sede em San Diego (EUA). A vantagem desses planadores é que, se os ventos mudarem de direção, eles os acompanharão. Já com relação à energia a solar, os cientistas projetam pôr painéis na órbita terrestre para captar os raios solares no espaço, onde são mais fortes. A constatação é que a luz do sol que atinge os painéis no espaço pode ser dez vezes mais poderosa do que a que chega à superfície terrestre. Para enviar a energia captada à Terra, seria utilizada a tecnologia de transmissão baseada no que é usado hoje pelos satélites de comunicação. Os painéis captariam energia solar, que seria convertida em eletricidade pelos satélites; estes, por sua vez, mandariam a energia às nossas redes de eletri-

cidade por meio de ondas de rádio. Os cientistas não param por aí. Engenheiros pretendem criar um Sol em miniatura num laboratório e, por mais de 50 anos, tentam construir um reator de fusão nuclear. Entretanto, eles esbarram numa dificuldade: a questão tecnológica. Num processo de fusão básica, os átomos de hidrogênio colidem entre si; da reação resultam hélio e liberação de energia. Esse projeto envolve pesquisadores da Europa e de países como Japão, China, Índia, Coreia do Sul e Rússia. O problema é que para realizar tal feito, a colisão deve ocorrer em uma temperatura elevadíssima, de centenas de milhões de graus Celsius. Sem contar que a matéria só existe em forma de plasma – uma sopa de elétrons, com carga negativa, e átomos positivos e neutros. É muito difícil controlar o plasma. No Sol, ele fica unido pela gravidade; já na Terra, o reator precisaria ter um contêiner resistente. Detalhe: nenhum material se mostrou suficientemente forte para suportar o contato com essa matéria quentíssima. A pesquisa e inovação nas áreas de energias renováveis já apresenta protótipos de bicicletas movidas a energia solar, além de lâmpadas que funcionam à base de energia gravitacional. Outra ideia bastante ousada é instalar pequenas turbinas eólicas com painéis solares no topo de carros e caminhões. O movimento dos veículos nas estradas movimentaria as eólicas gerando energia elétrica. Poderia citar aqui inúmeros outros exemplos de projetos criativos, alguns viáveis outros não, que ocupam o foco da mídia voltada para a divulgação das novidades tecnológicas, mas prefiro concluir afirmando que o instinto de sobrevivência do ser humano dará um freio nas agressões ao meio ambiente e fará com que encontre a luz do futuro, acesa por meio de uma fonte limpa e renovável de energia. REVISTA ESPAÇO ECOLÓGICO |

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Foto:Wikipédia

AS TARTARUGAS MARINHAS e a poluição do microplástico

A

Por Rita Mascarenhas*

tribuísse ao meio ambiente e aos recursos naturais uma série de valores, desde locais de contemplação e de ritos religiosos a valores

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ecológicos relacionados à conservação e preservação da biodiversidade. Aos recursos naturais é facilmente atribuído valor econômico, uma vez que, correspondem à matéria prima para o fabrico de incontáveis objetos, equipamentos e bens

destinados às atividades humanas. Entretanto, nesse caminho tecnológico e modificador do ambiente para assegurar a vida moderna de seres humanos no planeta, produz-se resíduos, sejam sobras do processo de fabricação, sejam descartes de materiais obsoletos ou danifica-


dos, assim como as embalagens nas quais são acondicionados. E de uma forma particular dentre os resíduos que a sociedade produz de forma bastante acentuada, temos os descartes de plásticos. Embalagens no geral constituem o maior percentual diário desse lixo. Ainda que em grande parte sejam passíveis de reutilização e reciclagem, somente uma pequena parcela apresenta destinação adequada. Uma vez descartado no meio ambiente, o plástico em suas diversas formas sem a devida precaução, passa a produzir uma série de alterações de impactos negativos, local, regional e globalmente. O primeiro impacto observado é estético, alterando o cenário natural. De forma mais silenciosa o impacto devastador e só percebido quando geralmente é quase impossível sua reversão, é o impacto ambiental, que resulta na contaminação do ambiente pelos componentes químicos desses materiais, que causam perda da biodiversidade, comprometimento da sobrevivência de centenas de espécies e por fim diminuição da qualidade de vida dos seres humanos. Milhões de animais morrem diariamente seja por emalhe nesses resíduos, seja por ingestão ao serem confundidos com seu alimento, seja por absorção indireta ao adquirirem seu alimento ou diretamente como no caso dos organismos filtradores que ingerem o que se denomina microplástico. O microplástico é a denominação dada ao plástico de tamanho muito pequeno seja assim desde sua fabricação ou como resultado da

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o: P Fot

degradação mecânica ou por fotodegradação adquirindo tamanhos não observados a olho nu. Produtos de beleza, normalmente destinados à esfoliação da pele e cremes dentais, geralmente possuem microplásticos, para cumprirem a função abrasiva do produto. O maior dano dos microplásticos está no sistema aquático, mais estudado nos ambientes marinhos. Os organismos filtradores o ingerem e assim bioacumulam e potencializam sua distribuição na cadeia alimentar chegando aos seres humanos onde pode ser cancerígenos, provocar alergias e danos ao sistema imunológico, alterar o sistema endócrino que controla a produção hormonal. A produção de plástico tem aumentando exponencialmente desde a década de 1950 e em 2015 atingiu 322 milhões de toneladas (macro e microplásticos). A previsão é que chegue a mais de 600 milhões

de toneladas no ano de 2025 sobre passando de mais de 1 milhão de toneladas em 2050. Ao se falar em perda da biodiversidade, contaminação de água e solo, refere-se à perda de serviços prestados à natureza por essa teia de vida, a quebra das interrelações ecológicas, a perda de valor ecológico dos ambientes, que resultam em inestimáveis perdas ambientais, econômica e socialmente, o que pode afetar em última instância a continuidade de existência de seres humanos no planeta. *Rita Mascarenhas é Coordenadora do Projeto Tartarugas Urbanas da Associação Guajiru e tem doutorado em Ciências Biológicas (Zoologia) e pós-doutorado em Biologia da Conservação. REVISTA ESPAÇO ECOLÓGICO |

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Governo autoriza o registro de

AGROTÓXICOS Q

uarenta novos produtos comerciais com agrotóxicos receberam permissão para chegar ao mercado. O Ministério da Agricultura publicou no Diário Oficial da União do último dia 10 de janeiro o registro de 28 agrotóxicos e princípios ativos. Entre eles um aditivo inédito, o Sulfoxaflor, que já causa polêmica nos Estados Unidos. Os outros são velhos conhecidos do agricultor brasileiro, mas que agora passam a ser produzidos por mais empresas e até utilizados em novas culturas, entre elas a de alimentos. Na edição do Diário Oficial do último dia 18 de janeiro, a Coordenação-Geral de Agrotóxicos e Afins do Ministério Agricultura publicou lista com mais 131 pedidos de registro de agrotóxicos solicitados nos últimos três meses de 2018. Eles ainda passarão por avaliações técnicas de três órgãos do governo. Dos 28 produtos já publicados, um é considerado extremamente tóxico, o Metomil, ingrediente ativo usado em agrotóxicos indicados para culturas como algodão, batata, soja, couve e milho. Além dele, quatro foram classificados como altamente tóxicos. Quase todos são perigosos para o meio ambiente, segundo a classificação oficial. Quatorze são “muito perigosos” ao

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Foto: Agência Brasil

meio ambiente, e 12, considerados “perigosos”. Os mais tóxicos são o Metomil e o Imazetapir, o qual foi emitido registro para quatro empresas. Eles são princípios ativos, ou seja, ingredientes para a produção de agrotóxicos que serão vendidos aos produtores rurais. Apenas três fazem parte do grupo de baixa toxicidade, o menor nível da classificação toxicológica: o Bio-Imune, Paclobutrazol 250 e o Excellence Mig-66, indicados para

culturas de manga e até mesmo para a agricultura orgânica. Segundo o Ministério da Agricultura, os produtos não trazem riscos se usados corretamente. “Desde que utilizado de acordo com as recomendações da bula, dentro das boas práticas agrícolas e com o equipamento de proteção individual, a utilização é completamente segura”, afirmou a assessoria de imprensa do órgão. Dos 28 produtos com o registro publicado, 18 são princípios ati-


vos e serão usados na produção de outros defensivos agrícolas. Vinte e um deles são fabricados na China, país que vem se consolidando como um dos maiores produtores, exportadores e usuários de agrotóxicos do mundo. No ano passado, 450 agrotóxicos foram registrados no Brasil, um recorde histórico. Destes, apenas 52 são de baixa toxicidade.

Sulfoxaflor ligado ao extermínio de abelhas

Um produto polêmico fora do país é o Sulfoxaflor. Sua ação contra a praga de insetos também teria relação com o extermínio de abelhas, inseto responsável pela polinização de plantações. O responsável pelo registro é a Dow AgroSciences, que faz parte da gigante americana Dow Chemical Company. O produto entrou em circulação nos EUA em 2013. Dois anos depois, organizações defensoras de polinizadores levaram ao Tribunal de Apelações de São Francisco a denúncia de que o uso do pesticida estaria ligado ao extermínio de abelhas. Eles solicitaram revisão da permissão de comercialização. “O tribunal considerou que o registro não era apoiado por evidências que demonstrassem que o produto não era prejudicial às abelhas, e por isso retiraram o registro”, relata a decisão da Agência de Proteção Ambiental Americana (EPA). Em setembro daquele ano, o registro de todos os produtos à base de Sulfoxaflor nos Estados Unidos foram cancelados devido ao potencial extermínio de abelhas. No ano seguinte, a agência americana deferiu uma nova licença para o produto, mas com

Ministério da Agricultura afirmou que as análises técnicas dos agrotóxicos registrados no país são realizadas por servidores altamente capacitados ressalvas. “O Sulfoxaflor terá agora menos usos e requisitos adicionais que protegerão as abelhas. A EPA tomou essa decisão após uma análise cuidadosa dos comentários do público e do apoio científico”, informou a agência. A partir daí, o produto passou a ser proibido para culturas de sementes e só pode ser utilizado em plantações que atraem abelhas após a época do florescimento. Entre elas estão uva, tomate, pimenta, batata, feijão e cranberry. As avaliações da Anvisa e do Ibama classificaram o Sulfoxaflor como medianamente tóxico e perigoso ao Meio Ambiente. É usado como ativo para agrotóxicos eficazes contra pragas de insetos que se alimentam de seiva da planta. Foi indicado para culturas de algodão, soja, citros, nozes, uvas, batatas, legumes e morangos. A Dow AgroSciences abriu a solicitação de registro em 28 de junho de 2013, mas a aprovação do projeto só se apressou no fim de 2018. “A Anvisa convocou consulta pública para o produto no fim de novembro, que durou curtíssimo tempo. Com isso, debateu-se pouco um ativo que nos Estados Unidos chegou a ser proibido por um tempo”, explica Karen Friedrich, membro do grupo temático de saúde e meio ambiente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). A Anvisa abriu a consulta pública durante 30 dias em 23 de novembro de 2018. O deferimento do registro pelos três órgãos ocorreu 35 dias depois. Em nota, o Ministério da Agricultura afirmou que as análises téc-

nicas dos agrotóxicos registrados no país são realizadas por servidores altamente capacitados nas áreas de eficiência agronômica, toxicologia humana e ecotoxicologia, estando as prácas brasileiras alinhadas as legislações internacionais mais modernas e exigentes. “Os agrotóxicos são ferramentas essenciais para o controle efetivo das pragas na agricultura brasileira e garantia da sanidade das plantações brasileiras”, acrescenta a pasta. “Seu uso é fundamental na agricultura, onde as altas médias de umidade e temperatura, aliados aos cultivos extensivos, favorecem a multiplicação e disseminação de pragas.” Para Leonardo Melgarejo, vice-presidente da regional sul da Associação Brasileira de Agroecologia, a aprovação dos registros está em ritmo “desenfreado”. “Temos aprovadas variações sobre o mesmo item. Não precisamos de todos os produtos comerciais para uma mesma finalidade. Estamos chegando perto do lance da ‘automedicação’, com duas farmácias em cada quadra, todas vendendo variantes das mesmas drogas”, afirma. Para o professor Murilo Souza, da Universidade Estadual de Goiás, é surpreendente a rapidez com que as aprovações vêm ocorrendo. Ele critica também o fato de que produtos originalmente aprovados para determinada cultura sejam liberados para outras. “A maioria dos produtos são testados apenas em plantações de grande escala, como soja, algodão e cana de açúcar. Poucas pesquisas são feitas para entender os impactos nas culturas menores”, explica. REVISTA ESPAÇO ECOLÓGICO |

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Pesquisadora Ilma Barros explica Teoria U

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onhecida como a pioneira da Investigação Apreciativa e Teoria U no Brasil, a doutora Ilma Barros fala, em entrevista exclusiva concedida ao Espaço Ecológico, sobre a Teoria U e o que pode ajudar a melhorar a qualidade da inovação nos negócios. A pesquisadora também comenta sobre o que difere a teoria U de outras tecnologias sociais e que perguntas temos que começar a fazer a nós mesmos para ter essa conexão com a fonte de onde operamos. Ela ainda destaca qual reflexão devemos fazer em período de comemorações, a exemplo das festas natalinas, e que conselhos os líderes mundiais dos negócios deveriam ouvir. Ilma Barros é empreendedora, pesquisadora, educadora, palestrante e autora, especializada em mudança organizacional. Como consultora, ela assessora líderes e organizações como Volkswagen Truck and Buses, Johnson & Johnson, Telefônica do Brasil, Natura e muitas outras a realizar mudanças profundas e sustentáveis nos Estados Unidos, Brasil, Alemanha, Suécia, entre outros.

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Ilma Barros

A Teoria U é um movimento onde o ser humano pode passar por um processo de reflexão interior, porque, claro, as mudanças para a Teoria U começam na pessoa

Espaço Ecológico - Seja bem-vinda ao Espaço Ecológico com um assunto tão relevante, a Teoria U. Ilma Barros - Agradeço o espaço para conversar um pouco sobre essa metodologia, essa abordagem. A Teoria U é uma metodologia que foi desenvolvida pelo alemão Otto Scharmer, que é professor do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos. Ele, juntamente com Peter Senge, que é um autor que trabalha com mudanças sistêmicas, construíram essa metodologia, essa teoria que ajuda as organizações a transformarem e fazerem mudanças que não sejam superficiais, mas sim profundas. A Teoria U é um movimento onde o ser humano pode passar por um processo de reflexão interior, porque, claro, as mudanças para a Teoria U começam na pessoa. Se a gente pensar em mudanças, a gente fala que as mudanças acontecem em muitos níveis, e três deles é o indivíduo, a organização e o sistema como um todo. E nessa reflexão sobre o indivíduo, a Teoria U ajuda as pessoas a resgatarem dentro delas aquilo que realmente faz sentido na vida delas, o significado da vida para elas. O que é importante para mim? Qual o trabalho que eu gostaria de fazer da minha vida? Qual o propósito que eu tenho? Por que eu estou aqui? São essas perguntas que a teoria ajuda as pessoas a fazerem a si mesmas, para descobrirem e co-

nectarem com essa energia de vida. Uma energia que verdadeiramente ajuda a fazer o trabalho com T maiúsculo, o trabalho que é aquilo que você ama fazer, não o trabalho que você tem que fazer. Espaço Ecológico - Que reflexão a Teoria U ajuda a fazer em períodos de transição, a exemplo do Natal e passagem de ano, que ocorreram há poucos dias? Ilma Barros - A Teoria U ajuda a cada um de nós a fazer essa reflexão de coisas que, por exemplo, no Natal e Ano Novo, um período de reflexão, nos leva a pensar sobre o ano que passou e pensar sobre quais são os nossos desejos e anseios para o ano que inicia. É um período também de refletir sobre quais são as coisas que não nos ajuda mais nesse momento, porque quando temos a xícara cheia de café, colocar mais café na xícara, vai fazer com que o café derrame. A teoria ajuda que você faça essa reflexão. Existem coisas que a gente está fazendo até hoje, que tenta ter resultados e que não está feliz. Você gostaria de ter resultados de algumas coisas na sua vida e você não consegue alcançar. Será que você não está usando as mesmas habilidades, as mesmas competências que você usava antes e que agora não faz mais sentido? Será que você não precisa deixar aí algumas dessas competências e habilidades? Será que você não

precisa se desprender delas? Muitas vezes a gente tem convicções, mas será que não está na hora de deixar essas convicções e abrir a mente para quem sabe outras possibilidades, outras soluções na sua vida? É esse tipo de reflexão que fazemos. Também fazemos reflexões sobre como você está emocionalmente, nesse momento de transição, em que saímos de um ano para o outro. Uma reflexão relevante é quem são as pessoas importantes da sua vida, e a Teoria U ajuda quando a gente faz uma reflexão sobre nós mesmos. Estou fazendo aquilo que deveria está fazendo? Estou tendo os resultados que gostaria de ter? Estou construindo, nutrindo os relacionamentos da minha vida, de forma que eu tenha mais amor, dê mais amor, receba mais amor? A Teoria U ajuda a fazer esse tipo de reflexão. E uma outra reflexão que é importante também fazer, no momento de transição de um ano para o outro, é sobre o que é que você quer construir na sua vida. Por que a gente está aqui? O que é que queremos construir na nossa vida? O que é que eu tenho feito para conseguir conectar com esse desejo, esse anseio que é muito mais relacionado ao nosso propósito de vida? Por que estamos aqui e qual o trabalho com T maiúsculo que viemos fazer aqui? E é essa reflexão que a Teoria U ajuda você realmente a fazer, observar a si mesmo, observar as coisas que você tem alcançado, deixar aí muitas crenças que não ajudam mais e deixar vir aquilo que você verdadeiramente quer para sua vida. Espaço Ecológico - E em termos de natureza, de que forma o cidadão faz essa conexão? Ilma Barros - A natureza é interessante, porque na Teoria U a gente acredita que existem hoje três REVISTA ESPAÇO ECOLÓGICO |

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divisões que acontecem na sociedade. Uma divisão é que nós nos separamos do outro, uma divisão social. Quer dizer, nos distanciamos. Quando a gente olha para os números, a questão da pobreza, as diferenças sociais que existem no planeta aumentando cada vez mais, isso é uma coisa que deveria nos afetar muito mais do que afeta, mas construímos como uma barreira entre essa realidade que está lá fora e nós. Nos distanciamos do outro. A outra divisão - falei que eram três - é que nos distanciamos do meio ambiente, da natureza. Ou seja, a degradação que está acontecendo no hoje e o que a natureza pode oferecer para nós como soluções, por exemplo, para as doenças. A gente já sabe que poderia realmente solucionar as doenças que existem hoje com as ervas, com as árvores e com a natureza que a gente tem. Então, a gente não faz essa reflexão suficientemente para ter esse resultado. É uma divisão que nós nos distanciamos do meio ambiente. Não somos mais como os índios que têm essa conexão com a natureza e aprendem com a natureza constantemente. E a terceira divisão é que nos separamos de nós mesmos. Essa é uma divisão espiritual, uma divisão cultural. Então, à medida que eu não observo, eu não olho para aquilo que verdadeiramente quero fazer na minha vida, quando me distancio dessa vontade, eu me distancio de mim mesma, eu passo a ser aquilo que os outros esperam que eu seja, e não aquilo que eu gostaria de ser. Quando a gente fala especificamente sobre natureza, de como conectar com a natureza e como posso fazer essa reconexão, a constatação é que é possível fazer essa reconexão. A reconexão pode ser feita simplesmente por contemplar. Por exemplo, saia de casa, vá caminhar na rua e contemple as árvores, contemple

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Caminhe pela terra, com os pés no chão. Faça algo que o ajude a reconectar com a mãe terra. Isso o ajudará também a fazer essa conexão com você mesmo o verde. João Pessoa é uma cidade tão linda, com tanta oferta ecológica, que você pode sair na rua e pode respirar um ar puro que vem do mar; você pode entrar numa mata e respirar a umidade daquela terra. Então, faça isso. Caminhe pela terra, com os pés no chão. Faça algo que o ajude a reconectar com a mãe terra. Isso o ajudará também a fazer essa conexão com você mesmo. Espaço Ecológico - De que forma a Teoria U pode ajudar a melhorar a qualidade da inovação nos negócios? Ilma Barros - Na Teoria U, valorizamos muito as empresas. A forma como se ajuda a questão da inovação nas empresas é que, por exemplo, às vezes a inovação vem como um programa, ou seja, de cima para baixo. Ela vem para que você crie algo que não necessariamente está conectado com o desejo verdadeiro do usuário. Então, a Teoria U ajuda as empresas, as pessoas que trabalham com inovação, a conectarem, de fato, com esse usuário. E esse usuário é que te dirá o que ele precisa. Acontece muitas vezes de empresas não terem mais essa mentalidade de inovação e pensam que o usuário tem que comprar aquilo que elas fabricam e, na verdade, as

empresas têm que fabricar aquilo que o usuário quer, como ele quer, e não ofertar algo que acha que faz sentido, ou seja, você criar um marketing em cima para vender. Em Teoria U, nós fazemos a conexão ao contrário. A gente faz essa conexão com o usuário. A gente conecta com ele a nível de empatia, que a gente chama de coração aberto, e a gente tenta se colocar no lugar dele. A gente fala que vai usar o sapato do usuário, para ver onde ele aperta. Porque, só assim, eu sinto de fato a dor onde o sapato esteja apertando. E aí posso fazer as mudanças no meu produto, para oferecer algo que realmente faça sentido para o usuário. Em relação à inovação, o pulo do gato da Teoria U é exatamente esse. É que, para nós, não faz sentido uma inovação que seja simplesmente no produto. A inovação tem que acontecer na pessoa. A pessoa que faz o produto precisa estar conectada e, no processo de transformação esteja ela mesma, para inovação dela mesma, a fim de que ela consiga fazer essa conexão profunda com o usuário. Aí, sim, ela vai construir algo que realmente faz sentido para o usuário. Espaço Ecológico - Essa é a diferença da Teoria U para as demais? Ilma Barros – Sim, essa é a diferença da Teoria U para as demais metodologias, porque na Teoria U existe uma frase que o próprio Otto Scharmer usa muito que é, na verdade, que qualquer intervenção depende da condição interior do interventor. Então, quer dizer, para que você tenha realmente um produto que seja consistente com a expectativa do cliente, você necessariamente precisa estar também conectado com você mesmo. Então, o seu estado interior vai interferir nas decisões que você toma no seu dia a dia. A diferença é essa, é que não trabalhamos


num sistema, se a gente não trabalhar com o indivíduo. A gente trabalha nos três níveis: o indivíduo, a organização e o sistema. Porque a gente acredita que a mudança só se sustenta se cada pessoa passar a se enxergar como parte do sistema, ou passar a se enxergar como parte do problema. Quer dizer, muitas vezes as empresas transferem a culpa. O culpado é o gerente. Estou aqui trabalhando na fábrica ou sou o gerente, o culpado é meu funcionário. E, no entanto, esquecemos de fazer a reflexão de que, se estou nesse sistema, o culpado é a empresa, são as regras, as normas e etc., mas se estou nesse sistema, eu faço parte do problema, eu também estou criando o problema. E é no momento que eu faço essa reflexão e saio do círculo vicioso de culpar o outro, e eu começo a observar de onde vem realmente a minha decisão, ou de mim perceber como parte do problema, como parte da solução, que eu realmente consigo inovar na minha ação. E, aí, é que para nós é muito diferente. Nós não chegamos numa empresa, por exemplo, com a solução, nós co-construímos a solução com a empresa, porque vai depender da qualidade da atenção de cada pessoa que pertence àquela empresa. E é nesse processo de melhorar a qualidade de atenção que a gente trabalha muito no início. Cada pessoa que é integrante desse sistema precisa passar por um processo de autoconhecimento, de autoconsciência, para que ela possa verdadeiramente atuar como responsável e corresponsável pelos resultados que esse sistema está dando. Espaço Ecológico - Poderia citar algum exemplo da aplicação da Teoria U numa empresa ou num trabalho que a senhora desenvolveu? Ilma Barros - Sim, tivemos vários

João Pessoa é uma cidade tão linda, com tanta oferta ecológica, que você pode sair na rua e pode respirar um ar puro que vem do mar trabalhos, aqui no Brasil inclusive, onde fizemos um trabalho na Natura e em outras empresas que são de outros ramos. Um trabalho que para mim é muito interessante e que está em andamento ainda, é o que eu desenvolvo com um colega na Alemanha, com várias empresas. Uma empresa comprou outras empresas e esse trabalho é para integrar cultura. Como a Teoria U pode ajudar várias empresas a integrarem cultura? Na verdade, o processo da Teoria U ajudou e vai ajudar ainda mais a essas pessoas de cada empresa a identificarem as coisas que para elas são importantes manter para preservar certos aspectos culturais. É necessário se conscientizar disso, ao mesmo tempo que começam a perceber e enxergar aspectos da cultura das demais empresas que são importantes manter, conservar e aprender. Quando as pessoas tomaram consciência de que existiam aspectos da cultura que gostariam de manter e conservar, elas começaram a entender quais os aspectos das demais empresas também iriam conservar. E nesse momento dão um salto de aprendizagem, porque uma empresa começa a perceber que pode aprender muito com a outra. E isso começa um processo de colaboração, de cooperação, e todo mundo sai ganhando.

Espaço Ecológico - Que pergunta, ou perguntas, temos que começar a fazer a nós mesmos para ter essa conexão com a fonte de onde operamos? Ilma Barros - Uma pergunta que gosto muito e que faço constantemente é a seguinte: quem sou eu, quando faço o que eu faço? Porque existe essa coisa de você aprender com o ciclo de aprendizagem que é você faz, você reflete, você conceitua e você experimenta e faz outra vez, e o ciclo continua. Existe também a aprendizagem com o futuro que quer emergir. E é esse futuro que quer emergir que a Teoria U cria consciência para que você conecte com esse futuro que quer emergir. Por isso a importância de você deixar aí algumas coisas de sua vida, para que as coisas novas surjam diante de você. Porque às vezes elas estão lá, mas você não enxerga, porque está tão apegado as coisas antigas que não consegue enxergar as possibilidades diante de você. Uma pergunta muito importante é a seguinte: quem sou eu, quando faço o que eu faço? Uma questão que requer uma reflexão muito maior do que simplesmente você fazer a pergunta. Isso quer dizer que você está em reflexão na ação. Você não está esperando para que a reflexão aconteça amanhã. Mas, à medida que eu estou conversando com você, estou refletindo sobre quem sou eu, quando faço o que eu faço. Isso ajuda na conexão com essa fonte realmente de conhecimento que temos diante de nós e que esquecemos que temos. A outra pergunta é: qual é o meu trabalho com T maiúsculo? Existem pessoas que têm essa conexão muito facilmente, e sabem, e têm uma intuição, pelo menos, e que têm um chamado e o chamado está claro para eles, sobre qual é o seu trabalho, e tem pessoas que precisam de um trabalho maior de refletir sobre isso. REVISTA ESPAÇO ECOLÓGICO |

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Então, o que é que realmente eu tenho prazer fazendo? O que é que eu amo fazer? E uma pergunta que a gente faz muito em Teoria U é: qual é o trabalho que eu pagaria para fazer? E é esse trabalho que você tem que buscar fazer, porque se você ganha fazendo um trabalho que você pagaria para fazer, você ganha muitas vezes. E quem ganha mais ainda é para quem você está trabalhando, porque ele vai ter o melhor de você e o melhor do seu conhecimento.

trabalho na área de sustentabilidade, principalmente tentando entender que tecnologias sociais ajudam a levar consciência para as escolas e universidades

Espaço Ecológico - Essa colocação é muito importante, realmente, e a equipe que participa do projeto Espaço Ecológico se identifica muito com as colocações que a senhora está fazendo, quer dizer, são quase 15 anos que a gente trabalha dentro dessa filosofia e não tinha essa percepção. Ilma Barros - A história do Espaço Ecológico realmente resume tudo o que eu falei aqui, porque identifico essa conexão com a paixão e sem necessariamente flexibilizar. Porque se você deixa que essa paixão o guie, o sucesso é o que eu tenho aqui diante de mim.

não são necessariamente crianças, são adultos, e que vivem um contexto que não necessariamente tenha acesso a essa importância do meio ambiente, mas em trazer essa voz para que essas pessoas façam uma reflexão. O fato da Teoria U ter uma tecnologia de reflexão que vai desde o indivíduo e passa pela reflexão na equipe, na empresa, etc., isso ajuda muito a disseminar a consciência ecológica, porque não estou partindo somente de uma teoria, mas estou partindo também da importância que dá à conexão com quem eu sou como pessoa, conectando essa reflexão com o que é que eu quero deixar de legado na minha vida. E é esse tipo de reflexão, no processo educativo, principalmente na educação sobre o meio ambiente, que precisamos fazer. Porque, sem reconectar o homem à terra, fica muito difícil a gente ter a sensibilidade e saber o que é possível e o que não é possível, quando a gente se refere ao que está fazendo com o planeta.

Espaço Ecológico - Em termos de educação ambiental, de que forma a Teoria U pode ajudar? Ilma Barros - Nesse processo de consciência ambiental, nós fazemos um trabalho na área de sustentabilidade, principalmente tentando entender que tecnologias sociais ajudam a levar consciência para as escolas e universidades. Então, uma das coisas que faço bastante, no meu caso, é quando eu dou aula, quando eu ensino, por exemplo, em cursos de MBA. Um exemplo foi o ano passado na Universidade Case Western, nos Estados Unidos, quando eu dei o curso que chamava-se Empreendedorismo e Inovação Social. E, na verdade, é trazer essa consciência para pessoas que já

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Espaço Ecológico - Neste sentido, observando o seu trabalho, o seu conhecimento e o seu desenvolvimento sobre o tema, a senhora daria algum conselho aos líderes do mundo? Ilma Barros - Tem um trabalho com liderança que a gente acha muito importante, que é ajudar aos líderes a começarem a enxergar

o ponto cego da liderança. É mais um conceito da Teoria U. O ponto cego da liderança é que nós líderes da atualidade, não necessariamente todos, mas muitos líderes, nos preocupamos muito com o que fazer, como fazer e esquecem do quem está fazendo. E essa reflexão sobre o quem está fazendo que eu gostaria de ver acontecer mais. Então é uma sugestão que deixo aqui, que os líderes comecem realmente um processo de autoconhecimento, de autoconsciência, porque com essa reflexão as ações se tornam muito mais conectadas com o bem comum. Se eu desenvolvo a minha autoconsciência como líder, se o líder de uma empresa, de uma grande organização, desenvolve essa capacidade de autoconsciência, as ações dele terão impacto positivo, consequentemente, porque ele vai partir de um ponto conectado com a fonte, que é essa fonte de onde sai o que influencia, o que alimenta e nutre nossas decisões. Então, se ele faz esse tipo de reflexão, desenvolve essa capacidade de conectar com essa fonte, e desenvolve essa capacidade de autoconhecimento e de autoconsciência, e reflete sobre que impacto terá, porque será um impacto positivo. Espaço Ecológico - Muito obrigado pela sua participação no Espaço Ecológico. Fique à vontade para a sua mensagem final. Ilma Barros - Eu quero agradecer também ao Espaço Ecológico pela honra de estar aqui. Me sinto realmente privilegiada, porque como uma paraibana de João Pessoa, conectar com vocês e saber que existe esse movimento aqui na capital da Paraíba, para mim é um orgulho que eu vou levar certamente para todos os lugares onde trabalho, porque são essas iniciativas, como a que vocês começaram há mais de 14 anos, que irão transformar o planeta para algo melhor.


Nova Área de Proteção Ambiental da Paraíba está sob a responsabilidade da Sudema

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última etapa da criação da nova Unidade de Conservação do Estado, denominada Área de Proteção Ambiental Naufrágio Queimado, aconteceu por meio de decreto governamental e está agora, sob responsabilidade da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), que tem a missão de implantar, administrar e fiscalizar da APA, em articulação com os órgãos federais, estaduais e municipais, bem como organizações não governamentais. Os estudos para a criação da APA foram realizados por pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e estão disponibilizados no site da Sudema www. sudema.pb.gov.br, no link Unidades de Conservação. O projeto, idealizado em 2015, teve como principal objetivo ampliar a proteção no território marinho do estado. O professor da UFPB, Bráulio Almeida, destaca a importância de instituições atenderem a sociedade: “O resultado final da criação da APA foi um exemplo claro de como a universidade pode servir à sociedade, captando recurso do setor privado para subsidiar a formulação de políticas públicas responsáveis”, pontuou. A APA Naufrágio Queimado foi criada no último mês de dezembro, por meio do decreto nº 38.931, assinado pelo ex-governador Ricardo Coutinho. Constando uma área com aproximadamente 422,69km², corresponde a 10,2% da plataforma continental da Paraíba, que permite a atividade pesqueira amadora artesanal com algumas restrições, onde serão definidas zonas de exclusão de pesca, exceto no trecho conheci-

Foto: Bráulio Almeida

do por caribessa, o qual se aplica a proteção integral. A criação da APA também coloca a Paraíba em uma posição de destaque na gestão dos ecossistemas marinhos do país, protegendo espécies ameaçadas listadas nas Portarias do Ministério do Meio Ambiente, fomentando o turismo sustentável, contribuindo para o desenvolvimento da pesca artesanal, conservando os recifes naturais e os naufrágios. Além disso, atende a meta de número 11 de Aichi em esfera estadual, estabelecida em 2010 durante a 10ª Conferência das Partes na Convenção da Diversidade Biológica realizada na cidade de Nagoya, Província de Aichi, Japão. A meta prevê que “pelo menos 10% de áreas marinhas e costeiras sejam conservadas por meio de sistemas de áreas protegidas até 2020”. A coordenadora de Estudos Ambientais, Simone Porfírio, aponta os próximos passos para a gestão da área. “A partir de agora, criaremos um conselho gestor para que todas as entidades envolvidas sejam as ligadas ao turismo, ONGs e moradores possam ajudar a gerir a

área, que por ser do tipo Unidade de Uso Sustentável precisa da participação de toda a comunidade” ressaltou.

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A Unidade de Conservação classificada como Área de Proteção Ambiental (APA), tem por objetivo proteger a diversidade biológica marinha, disciplinando o processo de ocupação e contribuindo com a organização das atividades econômicas compatíveis com a conservação ambiental. Além disso, assegura a sustentabilidade do uso dos recursos naturais e protege o patrimônio arqueológico marinho, em especial as embarcações naufragadas conhecidas por Alice, Alvarenga e Queimado.

Queimado

O navio Naufrágio Queimado protegido pela APA, que leva o nome da Unidade de Conservação, foi construído em 1967. Utilizado para serviço postal, entre o Brasil e os Estados Unidos da América, durante sua segunda viagem, ao passar pelo porto de Recife, o navio pegou fogo e afundou na praia de Tambaú. REVISTA ESPAÇO ECOLÓGICO |

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Marianne Mota, criadora do primeiro salão de beleza sustentável da Paraíba

Os tratamentos veganos mais procurados são os multivitamínicos

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Por Anézia Nunes

Hair stylist Marianne Mota, criadora do primeiro salão de beleza sustentável da Paraíba, o Hair Studio Green, orienta sobre como cuidar dos cabelos no verão, com produtos ecologicamente corretos. A criadora de estilo aconselha que um dos cuidados é proteger os fios do sol, do sal e do cloro. “A orientação que eu sempre dou as minhas clientes é que antes de entrar numa aula na piscina, usar um bom reparador de pontas a base de óleo de coco, não o óleo de coco de cozinha, mas um bom óleo de coco

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cosmético, de uma linha vegana”, recomenda. Marianne acrescenta que é preciso aplicar o reparador em todo o cabelo, mais do que você usaria no dia a dia em casa. “Você geralmente usa só nas pontas, misturado ao creme. Mas, para entrar no mar ou na piscina, vocês vão untar bastante o cabelo com esse reparador. Pode colocar, deixe o cabelo bem oleoso, porque quando você entrar no mar ou na piscina, o cabelo não vai absorver o sal, o cloro, enfim, as impurezas do ar e da água”, complementa. Com isso, segundo a especialista, você vai estar com os cabelos bem protegidos. “Saiu do mar, che-

gou em casa, aproveita que as cutículas do cabelo vão estar um pouco abertas e lava com shampoo. Não se engane de lavar com shampoo antirresíduo. Esse é para uso profissional. Não aconselho o cliente ter em casa esse shampoo antirresíduo, porque ele é para se usar uma vez na vida, e nem sempre o cliente sabe usar da maneira correta”, observa. A recomendação é lavar com shampoo normal mesmo, ou No Pool e Low Pool, que é sem sulfato, sem parabeno e sem petrolato, e hidrata o cabelo, que vai absorver bem mais essa hidratação, porque o cabelo vai estar bastante poroso e vai sugar a hidratação. “Deixa de 10 a 15 minutos, enxágua e finaliza


Como cuidar do cabelo no verão de forma ecologicamente correta

com condicionador, depois enxágua novamente, não deixe o condicionador no cabelo não. Terminou, aplica um bom living vegano, com um pouquinho desse óleo que você usou para entrar no mar e na piscina e finaliza o cabelo. O cabelo vai ficar maravilhoso”, garante. E não pense que o verão vai acabar com seus cabelos, porque você vai estar na praia todos os dias e não dá para tratar e proteger os cabelos todos os dias. Isso não é verdade. Não deixe para tratar depois que o verão passar, porque o estrago vai ser muito maior, o seu gasto também vai ser bem maior e vai demorar muito mais tempo para recuperar os fios.

Marianne esclarece que, no Hair Studio Green, os tratamentos veganos mais procurados são os multivitamínicos, que é um protocolo criado por ela própria. A grande maioria das marcas que Marianne trabalha são veganas. Todas são ecologicamente corretas, pois não fazem testes em animais em sua fabricação e não têm produtos químicos. “O multivitamínico é todo vegano. Começamos desintoxicando os cabelos da cliente, o couro cabeludo, com babosa colhida da nossa horta. Essa babosa vai misturada a alguns chás também colhidos na nossa horta, além de alguns óleos essenciais, que misturamos de

acordo com a necessidade do couro cabeludo, que é para tratar a oleosidade, caspa e seborreia. Desintoxicamos esse couro cabeludo, depois levamos para o lavatório e lavamos, e aí passamos para o tratamento, começando pela reconstrução e hidratação para todas as proteínas e aminoácidos que o cabelo perde no dia a dia em contato com o sol, sal, cloro e coloração”, detalha. Ela acrescenta que, com isso, o cabelo vai ter um resultado positivo e ficar bem mais tratado, hidratado e reconstruído desde a última camada dos fios até as pontas. “Então, a gente nutre e fortalece bastante essas fibras. Esse é um dos tratamentos mais procurados aqui no salão,

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Velaterapia: um dos tratamentos realizados no cabelo

ou seja, o multivitamínico. Temos também o blend de olhos, que é ideal para aquelas clientes com excesso de oleosidade ou cacheada ou crespa ou aquele cabelo muito descolorido ou então que está muito danificado quimicamente. Então, a gente recompõe o óleo ao fio, à base de óleos vegetais e óleos essenciais e isso dá um resultado incrível”, assegura. Marianne observa que esse tipo de tratamento não serve para aqueles cabelos muito finos e sem peso, porque ele dá um pouco de peso ao cabelo, mas ele é muito procurado porque o clima atual detona demais com os fios. “Geralmente, temos uma demanda grande de clientes com esse tipo de problema capilar. Temos também a terapia capilar que já é um tratamento mais voltado para a saúde do couro cabeludo e do fio, mas principalmente para as disfunções do couro cabeludo, é um tratamento todo vegano e à base de algas, óleos essenciais, óleos vegetais, pimentas, enfim, cominhos”, completa. Marianne Mota trabalha com vários tratamentos como, por exemplo, todos os tipos de calvície masculina e feminina, todos os tipos de alopecias, todos os tipos de queda de cabelo, seja qual for o motivo, enfraquecimento dos fios, afinamento dos fios, caspas, seborreia, enfim, todas as disfunções do couro cabeludo.

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“Trata-se de um tratamento que não é feito em apenas uma sessão, são várias sessões. Nós fazemos a avaliação do cliente, em cima dessa avaliação nossos terapeutas capilares montam os protocolos. Começamos o tratamento que é todo feito através de massagem e também usamos microagulhamento nos casos de calvícies androgenéticas, ou seja, dependendo das calvícies, também trabalhamos com microagulhamentos. Esse tratamento vem crescendo demais, porque hoje em dia queda de cabelo e calvícies estão muito fortes até em adolescentes”, frisa. A especialista explica que a calvície às vezes deriva de problemas psicossomáticos. “Isso atinge muito a questão de queda, couro cabeludo, enfraquecimento, de caspas. Trabalhamos em parceria com pessoas da área de saúde, como médicos, dermatologistas, nutricionistas, psicólogos, para tratar nossas clientes de dentro para fora. Tratamos os sintomas, enquanto encaminhamos para os médicos tratarem a causa, a fim de que o tratamento tenha um resultado bem maior”, ressalta. Mariane esclarece que o sol queima o cabelo e o couro cabeludo, assim como queima a pele. “Ele queima os fios e resseca bastante, porque um couro cabeludo enfraquecido, vai atuar na fibra também. Quando o sol queima os fios e o couro cabeludo, vai enfraquecendo as fibras”.

Um outro conselho de Marianne Mota é que, agora no verão, as pessoas procurem os profissionais da sua confiança, cabelereiros, e vão ao salão, pelo menos uma vez na semana, tratar dos cabelos. “Cuidem bastante em casa, principalmente quando forem ao mar ou à piscina, protejam bem esses fios para que, após o verão, vocês permaneçam com os cabelos saudáveis e não tenham que tomar medidas mais drásticas para tratar e levar um tempo bem maior para recuperar esses fios”, alerta. Marianne Mota atende no Salão Green, que fica situado na rua Umbuzeiro, 781, Manaíra, em João Pessoa. Ela é visagista, terapeuta capilar e formada em cosmetologia e estética. Marianne já está há 24 anos no mercado. “O nosso salão já está com 17 anos. Sou formada em Boston, nos Estados Unidos, mas também fiz cursos por diversos lugares do mundo, ou seja, nas melhores academias do mundo”, conclui.

ONDE FICA Salão Green Rua Umbuzeiro, 781 Bairro: Manaíra, em João Pessoa/PB


Espaço Animal

LEVAR O PET PARA O TRABALHO

ajuda na produtividade

e no relacionamento entre os funcionários

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niciativas já adotadas por grandes empresas podem servir para o pequeno empresário, como por exemplo, permitir que o funcionário leve o animal de estimação para o trabalho. Uma indústria de ração de Descalvado, interior de São Paulo, criou esse benefício e percebeu que permitir o convívio com os pets poderia ajudar no relacionamento entre os funcionários. “As pessoas trabalhando de uma maneira mais tranquila, a produtividade é maior e também permite a interação entre pessoas que, naturalmente na rotina, não teriam essa interação. Então o pet, o cão, o gato, ele acaba sendo esse facilitador”, diz Stephanie Ghise, coordenadora de relações institucionais da empresa. Para a ideia funcionar, foram estabelecidas algumas regras. É possível levar na empresa um animal de qualquer porte, mas é preciso fazer um agendamento prévio, porque só é permitido a visita de três animais por dia. Cachorros e gatos devem frequentar o escritório em dias diferentes. “A gente tem que lembrar que eles são animais, a gente tem que preservar as características deles. Então tem que se policiar pra levar pra passear, trazer água, comida. É uma rotina que a gente tem que se policiar”, afirma Stephanie. O pet também deve ter mais de seis meses e ter todas as vacinas em dia. O dono precisa conhecer bem seu animal e só levá-lo ao ambiente de trabalho se for sociável. A fábrica também adotou a “peternidade”, que é uma licença de oito horas para quem adota um gato ou um cachorro.

Foto: Freepik

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JOÃO PESSOA Prefeitura promove diversas ações de preservação e recuperação do patrimônio ambiental

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Por Jô Vital

eaproveitamento da água dos aparelhos de ar condicionado, do material orgânico retirado da Poda Programada, substituição dos copos plásticos descartáveis por canecas de uso contínuo e diversas outras ações estão sendo implementadas no Centro Administrativo Municipal (CAM), da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), bem como em todas as áreas públicas da cidade.

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SUSTENTÁVEL As ações tem o objetivo de promover a mudança de mentalidade e comportamento, com atitudes que contribuem para um meio ambiente mais saudável, reaproveitando e economizando recursos naturais. A Secretaria de Meio Ambiente (Semam)deu o primeiro impulso para que essas ações sejam implementadas, instalando em seu prédio o Jardim Sustentável. O sistema de ecodrenagem reutiliza a água de todos os aparelhos de ar condicionado para irrigação do jardim. O mesmo sistema foi instalado no jardim do Gabinete do Prefeito, onde é captada a água expelida pelos drenos de 14 aparelhos, entre 8h e 17h. Em 22 dias de expediente são armazenados, em média, 1.892 litros de água que são reutilizados na irrigação. Os bancos e mesa que estão no jardim da Semam foram feitos aproveitando o resto de madeira da Poda Programada. Os restos de galhos também são triturados e transformados em adubo. Esse adubo orgânico é preparado no Viveiro Municipal de Plantas Nativas e usado nos jardins do CAM, bem como na adubação das áreas públicas, como praças e canteiros de ruas e avenidas. Treze profissionais, entre podadores, motoristas e trituradores realizam a poda, utilizando dois caminhões muck tipo sky, que têm um cesto que eleva o podador até a copa das plantas. Em seguida os galhos são colocados no caminhão caçamba, que faz a trituração do resto da poda. A poda é feita com acompanhamento dos técnicos da Divisão de Arborização da Semam.

Copos de uso contínuo substituem copos descartáveis

Os servidores da Semam não estão mais utilizando copos plásticos descartáveis, que geram resíduos e contribuem para poluir o meio ambiente. Todos os servidores receberam uma caneca confeccionada com madeira de reflorestamento. As canecas estão sendo distribuídas com os demais servidores da PMJP e o objetivo é fazer com que todos os funcionários não utilizem mais copos plásticos descartáveis.

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Manejo correto

dos resíduos sólidos contribui para a saúde da população e vida no planeta

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Por Alexandre Nunes

limpeza urbana e o manejo ecologicamente correto dos resíduos sólidos estão entre as medidas necessárias para que as pessoas possam ter saúde e vida dignas. Dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico (SNIS) mostram que 10,6% dos domicílios do País não são contemplados pelo serviço público de coleta de resíduos sólidos domiciliares. Outro dado preocupante é que 69,4% das moradias rurais não tem coleta de lixo. Se as pessoas continuarem agindo sem nenhum tipo de responsabilidade com o lixo, vão contribuir para destruir a vida no planeta. Não é preciso somente que se tenha a coleta do lixo, mas é necessário saber qual o destino final do mesmo. Não adianta você colocar o lixo na sua porta para que ele seja coletado e jogado, a céu aberto, na beira de uma entrada ou na saída das cidades, pois isso destrói a natureza e só acumula doenças para a população. Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), em 2013, cerca de 60% dos municípios brasileiros destinavam seus resíduos a aterros controlados ou lixões. Atualmente, dos 5.570 municípios do país, 3.344 ainda dispõem seus resíduos de forma inadequada.

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Com a publicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), o fim do prazo para o fechamento dos lixões e a pressão da sociedade, espera-se que, nos próximos anos, a destinação para aterros sanitários aumente. Os lixões a céu aberto representam uma forma de disposição final inadequada em que os resíduos sólidos são depositados indiscriminadamente no solo, sem qualquer tipo de cuidado ou tratamento. Eles apresentam grande potencial contaminante e prejudicial para o ambiente e são nocivos à saúde humana. Ainda segundo estudo da Abrelpe, pode-se observar que aproximadamente 41,7% de todo os resíduos sólidos coletados no Brasil seguem para um destes dois destinos, o aterro controlado e o lixão, ou seja, não têm uma disposição final ambientalmente adequada, conforme determina a Lei Federal n° 12.305/2010. A disposição final em aterros sanitários, considerada ambientalmente adequada, recebe em torno de 58,3% dos resíduos sólidos urbanos (RSU) gerados no país. O Instituto Trata Brasil, com base em dados oficiais do Ministério das Cidades, revela que o Brasil gera cerca de 150 mil toneladas de resíduos sólidos por dia, e que cada brasileiro gera, em média, 1kg de resíduo sólido diariamente. As 13 maiores cidades do País são respon-

sáveis por 31,9% de todo o lixo no ambiente urbano brasileiro. É preciso que todas as pessoas assumam atitudes como, por exemplo, diminuir o volume de lixo, que

Foto: Agência Brasil


deve ser transformado num hábito cada vez mais urgente, e também separar o lixo orgânico e o lixo reciclável, ou esses resíduos vão parar no mesmo destino. A redução da produção de lixo é um dos primeiros objetivos da nossa contribuição ao saneamento básico. Um dos caminhos apontados pelos especialistas é a implantação de programas educacionais, nas escolas públicas e particulares, que busquem formar, informar e conscientizar as crianças e os jovens em relação aos problemas do incorreto descarte do lixo. As pessoas precisam conhecer todo o processo uti-

lizado no manejo dos resíduos sólidos, que inclui coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico, hospitalar, industrial e do lixo originário da varrição e limpeza de ruas. A coleta seletiva do lixo pode ajudar significativamente no tratamento adequado dos resíduos e na reciclagem. Nesse sentido, os catadores organizam um sistema de recuperação dos subprodutos recicláveis presentes no lixo. Os catadores tornam-se anjos do bem que recuperam manualmente o que jogamos no lixo, dando à natureza a possibilidade de respirar melhor.

A Lei n° 12.305/10 que instituiu a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS) propõe, entre os seus objetivos, o desenvolvimento da indústria da reciclagem no país, a proteção da saúde pública e da qualidade ambiental e a promoção da inclusão social, por meio da geração de emprego e renda para catadores de materiais recicláveis. Um dos princípios básicos da Política Nacional de Resíduos Sólidos é a obediência à seguinte ordem de prioridades de ações: não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. A limpeza urbana e o manejo de resíduos sólidos são considerados pela Lei Nacional de Saneamento Básico (11.445/2007), como parte dos serviços de saneamento básico, ao lado do abastecimento de água, esgotamento sanitário e manejo de águas pluviais e drenagem urbana.

Um dos caminhos apontados pelos especialistas é a implantação de programas educacionais, nas escolas públicas e particulares, que busquem formar, informar e conscientizar as crianças e os jovens em relação aos problemas do incorreto descarte do lixo REVISTA ESPAÇO ECOLÓGICO |

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