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Notável Joacil de Brito Pereira e o centenário do seu nascimento

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e instintivos

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Desde jovem, pelas asas de sua palavra mágica e condoreira e pelo brilho da rara e impoluta atuação pública, a maneira de um José Américo ou de um Epitácio Pessoa, em puro desvelo pelo bem comum, seja na política, no magistério superior, na advocacia, no tribunal do júri, seja na direção de entes públicos, edificou Joacil de Brito Pereira uma história inapagável, escrevendo, definitivamente, seu nome entre os maiores e mais ilustres de nossa terra. Em todas as posições, principalmente como deputado federal. engrandeceu a Paraíba no cenário nacional, honrando sua tradição de saber e de cultura jurídica.

Se não bastasse, também é de ciência comum que se tornara consagrado pelos frutos literários da impressionante capacidade criadora, nos gêneros do memorialismo, da ficção, do ensaio e, mais recentemente, da dramaturgia, com A maldição da Cartola e a premiada Olga Benário Prestes, de cujas páginas exsurgem os lampejos de uma inconcebível genialidade na prata da casa.

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Ninguém desconhece, igualmente, que na última década da vida, perto de lúcidos e exuberantes noventa anos, com a autoridade de uma cultura invulgar e mais de cinquenta livros publicados, estava ele a ocupar o glorioso decanato intelectual que um dia pertencera, sucessiva e reconhecidamente, a Coriolano de Medeiros, Celso Mariz e Osias Gomes, e tal como estes luminares, cada um a seu estilo e ao seu tempo, ostentara o selo de mais completo intelectual da Paraíba.

Admirado, assim, por sua brava história e todos esses títulos, o Joacil que há anos se despediu desta vida, tratava-se, senão do ser humano sensível, generoso, afável, solidário, leal, altivo, indomável como um leão, dócil como um cordeiro, especialmente qualificado por um belo e irrepreensível caráter. Tratava-se do amantíssimo esposo, pai e avô dedicado, amigo infalível, cidadão íntegro, porém, sobretudo, fervoroso crente em Deus. Um benemérito e um grande homem no modelo dos verdadeiramente imortais. Numa madrugada, o seu último voo. Morreu glorioso e invencível, como sempre viveu, com a grandeza própria de um condor, de asas abertas e olhos fitos nas alturas da eternidade.

Tendo nascido em 1923 neste mês a Paraíba lhe deve a homenagem do centenário de seu nascimento.

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