EDITORIAL
A política soa como o enunciado de Lavoisier, considerado o pai da química moderna, que um dia teorizou o seguinte: “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. A vitória do socialista Ricardo Coutinho tem muito a ver com este enunciado porque foi justamente a partir da primeira frase do que afirmou o ilustre francês Antoine Lavoisier (1743/1794) justificando com a segunda e terceira frase o sucesso que veio coroar sua reeleição que lhe dá o direito de governar a Paraíba por mais quatro anos. “Nada se cria” porque articulação política e alianças entre adversários sempre foram a tônica que prevaleceu através dos tempos, inclusive sobre o desfecho da II Guerra Mundial, quando americanos e ingleses se aliaram aos russos na tentativa desesperada de conter o avanço nazista sobre o mundo. “Nada se perde” porque o que se almeja não será obstáculo para ninguém, mesmo que isso venha contrariar pontos de vista, ideologia ou pragmatismo, deixando para trás os cacos do estrago que possa vir a provocar em cada signatário daquela aliança. “Tudo se transforma” porque as lições aprendidas com o passado servem de estímulo para se aplicar no presente, visando obter o máximo possível do sucesso que se almeja. Vide 2010. Assim se comportou o estrategista político Ricardo Coutinho, que foi buscar nas experiências passadas o remédio necessário para lograr êxito na sua investida de, pela segunda vez, governar o Estado da Paraíba de maneira inconteste, fazendo prevalecer aquele enunciado. A Matéria de capa da edição especial da revista Tribuna, assinada pelo jornalista Nonato Guedes, analisa a reeleição do governador Ricardo Coutinho que volta a governar a Paraíba por mais quatro anos, coroando assim a sua estratégia de excelente jogador na difícil arte de comandar as peças do xadrez político paraibano, saindo-se assim mais uma vez vencedor.
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08 A vitória da reeleição
16 Dilma é reeleita
No “Front” Político - Nonato Guedes Bastidores - Manoel Raposo Opinião - Desembargador Serpa Soltas.Com - Waldeban Medeiros
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NO “FRONT” POLÍTICO
Expectativa sobre mudanças na Assembleia A vitória do governador Ricardo Coutinho para o novo mandato alimenta especulação de expectativas sobre mudanças que podem ocorrer na legislatura a vigorar a partir do próximo ano. Os rumores mais insistentes falam na troca de guarda da presidência do poder, com a substituição de Ricardo Marcelo, do PEN, por um provável aliado do governador socialista reeleito. Diferentes nomes são cogitados, dentro e fora dos quadros do PSB, agremiação chefiada por Ricardo Coutinho. A condução dos entendimentos é que dará o tom das alterações e sinalizará as opções mais cogitadas pelo staff governista. O atual presidente, que está pela segunda vez no comando da Casa, foi aliado do senador Cássio Cunha Lima no embate do primeiro turno e por várias vezes entrou em choque com atual administração do Executivo. Ricardo Marcelo em nenhuma oportunidade assumiu a perspectiva de confronto institucional entre os dois poderes, justificando que essa atmosfera seria prejudicial à aprovação de projetos e matérias com repercussão no âmbito da sociedade. Assinala que o governo foi quem radicalizou em algumas posturas, tentando jogar os parlamentares contra a opinião pública. Sobre a convocação de secretários para prestar esclarecimentos a respeito de matérias polêmicas, tem acentuado que é uma prerrogativa do legislativo e que contribui para proporcionar maior transparência em relação aos atos governamentais submetidos á apreciação.
Diplomação dos candidatos vitoriosos O desembargador Saulo Benevides, presidente do Tribunal Regional Eleitoral, programou para o dia 17 de dezembro a diplomação de candidatos e candidatas a cargos eletivos que foram vitoriosos em primeiro e segundo turnos este ano. O magistrado agradeceu a todos os que contribuíram para o êxito do pleito, especialmente ao povo paraibano, por mais uma demonstração de civismo. “Igualmente parabenizo os políticos que deram o exemplo inequívoco de democracia, de comportamento cor4 | out 2014 - Edição Especial
Discute-se também a hipótese de indicação do nome para liderar o agrupamento governista que tende a ficar fortalecido como rescaldo das composições celebradas pelo governador na campanha de 2014, envolvendo partidos como o PMDB e o PT. A dúvida é saber se RC manterá o estilo de convidar aliado de outro partido para assumir o posto ou se recorrerá a um nome das hostes socialistas. Nesse caso as opções mais cogitadas são a deputada estadual eleita Estelizabel Bezerra ou o deputado estadual eleito Ricardo Barbosa que possuem identificação com o estilo e a filosofia de ação colocada em prática por Ricardo Coutinho. Estelizabel foi candidata a prefeita de João Pessoa nas eleições de 2012, tendo ficado na terceira colocação do primeiro turno. Chegou a desbancar o então candidato do PMDB, ex-governador José Maranhão.
reto durante as eleições, bem como aos advogados que estiveram o tempo todo na corte trabalhando com ética e profissionalismo”. Para o desembargador, o comportamento registrado enaltece a Ordem dos Advogados da PB. Ele comentou a quebra de urnas eletrônicas no segundo turno, bem como registro de alguns incidentes, avaliando que foram poucas as ocorrências e que elas não prejudicaram em momento algum o andamento da votação no Estado. “Tão logo tomamos conhecimentos de denúncias sobre incidentes, tomamos as providências cabíveis,
inclusive com reforço de policiamento em algumas cidades, mas tudo transcorreu dentro da expectativa e do cronograma estabelecido, sobretudo em localidades como João Pessoa e Campina Grande”, frisou. De acordo com ele, houve a substituição imediata das urnas danificadas durante o segundo turno, ao contrário da demora verificada no primeiro turno. “Felizmente montamos uma logística que garantisse a reposição das urnas e evitasse a interrupção do calendário de votação, dentro de uma estratégia para não prejudicar o resultado final”, disse o desembargador.
Nonato Guedes nonatoguedes@uol.com.br
Paraibanos esperam atenção concreta de Dilma no governo
Os políticos paraibanos que se aliaram à candidatura de Dilma Rousseff à reeleição começam a firmar que com sua reeleição será a vez do Estado ser recompensado pelo Governo federal com uma obra estruturante, seja uma montadora de automóveis, seja outro empreendimento que possa gerar emprego e renda. Argumentam
que esta seria a única maneira de fazer com que a Paraíba fosse encarada com atenção e pudesse competir com Estados vizinhos, a exemplo de Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte. Outras lideranças vão mais além e reivindicam de Dilma a destinação de um Ministério, seja o das Cidades ou da Integração Nacional. No primeiro mandato da gestora petista, a pasta das Cidades foi ocupada pelo deputado federal Aguinaldo Ribeiro, do PP, que se desincompatibilizou para postular a reeleição ao mandato legislativo, conquistada no pleito de 5 de outubro. Os parlamentares reeleitos e recém-eleitos estão se articulando informalmente para pressionar a presidente Dilma a se sensibilizar com a reivindicação sob o pretexto de que a Paraíba perdeu tempo e terreno na luta com vista a obter melhorias essenciais. Isto teria
sido provocado pela desunião de integrantes de bancadas que jamais se esforçaram para assegurar o consenso mínimo em torno das demandas que são exigidas. Cogita-se atrair até mesmo o senador Cássio Cunha Lima, do PSDB, opositor da presidente Dilma, para participar de uma audiência em Brasília e reforçar o rol de bandeiras a serem defendidas. O deputado federal Manoel Júnior, do PMDB, entende que nenhum politico deve ser discriminado no mutirão em favor de benefícios para o Estado. Ele ressalta que deve ser copiado o exemplo de bancadas influentes como as de São Paulo e Rio de Janeiro, que, através de mobilização conjunta, obtiveram investimentos significativos para as unidades que representam. A presidente reeleita, após o resultado, pregou união pelo país e garantiu que se empenhará pela reforma política através da convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte nesse sentido.
Enquanto isso, os senadores José Maranhão e Vital do Rêgo, do PMDB, comemoraram a reeleição de Ricardo Coutinho e destacaram que o partido foi fundamental no segundo turno, revertendo o resultado do primeiro, que havia sido favorável a Cássio Cunha Lima. Maranhão não quis entrar em detalhes sobre articulações de bastidores que produziram o apoio formal do PMDB paraibano a Ricardo Coutinho. Apenas observou
que houve implicações de natureza conjuntural, levando em conta a realidade do Estado, com o mapeamento do confronto entre forças politicas locais. Segundo ele, essas implicações tiveram peso considerável na opção final tomada pela maioria dos peemedebistas. Maranhão declarou confiar que Ricardo Coutinho, agora com o apoio de Dilma, terá condições mais objetivas para desenvolver projetos de caráter abrangente e de alcance social em favor dos carentes.
Ricardo e as lições O governador reeleito Ricardo Coutinho passou a botar quente em cima de jornalistas que, de acordo com ele, subestimaram as suas chances de vitória. No final das contas, a seu ver, esses profissionais de imprensa tentaram desqualificar o direito de manifestação livre dos próprios eleitores. Ricardo, em pronunciamento após o resultado, falou das dificuldades que enfrentou e da arregimentação de força contra ele. “Só que ninguém é imbatível e esta é a lição maior que fica para os que teimam em não entrar em sintonia com a voz rouca das ruas”, expressou o mandatário. Para ele, setores da mídia que não mencionou tentaram influenciar alguns dos eleitores.
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BASTIDORES
Coisas da política O sistema eleitoral brasileiro permite que coisas inimagináveis aconteçam a cada eleição, sem que isto seja caracterizado como uma anomalia. As mais diversas coligações são formalizadas sem que o eleitor, o grande protagonista desse processo, seja consultado. Quem não se lembra das démarches políticas verificadas em 2010 que culminaram com a união do senador Cássio Cunha Lima e o governador Ricardo Coutinho visando derrotar o candidato a governador José Maranhão, cujo resultado foi coroado de êxito? Este ano, o candidato à reeleição a governador Ricardo Coutinho, alia-se a José Maranhão, já eleito senador, para derrotar o senador Cássio Cunha Lima, candidato a governador, fato que também deu certo. Como se pode verificar, em nenhum dos casos o POVO foi chamado ou consultado para dar o seu veredicto. Apenas, nas urnas, ele teve o direito de participar do processo já como fato consumado. As cúpulas políticas costuram os seus acordos e o POVO apenas os coonestam, muitas vezes, inconscientemente.
Trabalho reconhecido
O bom Luiz
O governador Ricardo Coutinho obteve extraordinária vitória na região onde se encontra a “Rodovia da Integração”, construída na sua gestão. São cinco municípios de total domínio político do deputado Antonio Mineral, que passou mais de três anos apoiando o governo na Assembleia Legislativa, tendo anunciado o seu rompimento quase às vésperas da eleição. O povo da região puniu o deputado Mineral duas vezes: com a sua própria derrota e a derrota do seu candidato a governador. O deputado Antonio Mineral é um homem de bem a toda a prova, mas, desta vez, “pisou na bola”, o que é lamentável. A região perdeu um bom representante.
Não se pode obscurecer o extraordinário trabalho realizado pelo jornalista Luiz Tôrres, atual secretário de Comunicação do governo estadual, na campanha eleitoral que se findou. Sempre afável para com os seus companheiros de profissão, Luiz Tôrres atravessou todo o período eleitoral sem se incompatibilizar com nenhum dos seus colegas e muito menos com a classe política. O seu equilíbrio na divulgação das informações foram importantes para o bom desempenho que teve na campanha eleitoral. Que continue assim!
6 | dezmbro de 2013
dezembro de 2013 | 6
Manoel Raposo
mrcomunicacaoltda@yahoo.com.br
Jornalista Manoel Raposo
mrcomunicacaoltda@yahoo.com.br
Vence a “Força do Trabalho”
Coremas ligada
O Senador Cássio Cunha (PSDB) teve um extraordinário desempenho na campanha que passou quando disputou com o atual governador Ricardo Coutinho o mandato de governador. A sua liderança política em todo o Estado foi revelada mais uma vez quando teve de enfrentar, segundo ele, as máquinas do Estado e da Prefeitura de João Pessoa. É bem verdade que o mesmo não se refere sobre a utilização da máquina da Prefeitura Municipal de Campina Grande na sua campanha.
Implantada na época da construção do açude Estevão Marinho, a rodovia que liga a cidade de Coremas à BR-261 acaba de ter o seu asfalto concluído. Agora, quem quiser chegar a Pombal não é mais necessário ir à cidade de Patos para de lá pegar a BR-230; basta pegar a rodovia Piancó/Coremas e de lá atingir São Bentinho na BR-230 e em seguida, Pombal, fazendo uma economia de mais de 60 km. Tudo isto foi uma realização do governador Ricardo Coutinho. É bom lembrar que houve o reconhecimento do povo para com o governador naquela região, por força da grande obra do seu governo em todo o Vale do Piancó e adjacências.
Bela cobertura Acompanhei durante todo o dia da eleição no primeiro e no segundo turnos, a cobertura realizada pelo Sistema Arapuan de Comunicação, sob o comando do endiabrado Nilvan Ferreira. Em minha querida Ibiara, onde votei, e na minha amada Itaporanga, onde curti os efeitos da apuração, fiquei sabendo dos mínimos detalhes que se passavam desde o inicio da votação ao término da apuração, ao longo da noite. Mais uma vez Antônio Malvino, veterano da guerra da informação, acompanhado dos não menos qualificados João Costa, Pepé, Cone Ferreira, todos sob o comando de Nilvan Ferreira, souberam, mais uma vez, revelar ao comandante de todos, o empresário João Gregório, a capacidade de cada um no cumprimento do seu dever de bem informar. Parabéns a todos e especialmente àquele empresário pelo excelente time que conseguiu reunir.
out/nov 2014 | 7
CAPA
A vitória da reeleição e da parceria entre Ricardo e Dilma Por Nonato Guedes
As eleições em segundo turno para governador da Paraíba e presidente da República no ultimo dia 26 de outubro simbolizaram a vitória da reeleição e a consolidação de uma parceria política e administrativa que eclodiu no curso da própria campanha de 2014. No plano nacional, a presidente Dilma Rousseff, candidata pelo PT à reeleição, alcançou 54,5 milhões de votos, o equivalente a 51,63% dos votos válidos, na vantagem mais acirrada da história nos últimos 25 anos no país. Ela derrotou Aécio Neves, o candidato do PSDB, que recebeu 48,37% dos votos válidos, aproximadamente mais de 51 milhões de sufrágios. O senador por Minas Gerais registrou um dos melhores resultados no Estado de São Paulo, com 54,3% dos votos válidos. Na Paraíba o governador Ricardo Coutinho, do PSB, foi reeleito com 1.125,956 votos, o equivalente a 52,61% dos votos válidos, derrotando Cássio Cunha Lima, candidato do PSDB, que obteve 1.014,093 votos- 47,39%. Os números divulgados pelo Tribunal Regional Eleitoral revelam que as eleições tiveram comparecimento de 2.324,672 eleitores, o que corresponde a 82% do eleitorado paraibano. A abstenção foi de 18%, o que significa que deixaram de votar no segundo turno 510.208 eleitores.
8 | out 2014 - Edição Especial
Biografia
No primeiro turno o candidato socialista perdeu a eleição por uma diferença de 28.388 votos e conseguiu virar o jogo no segundo turno graças ao apoio recebido do PMDB, que obteve 106.162 votos na disputa com a candidatura do senador Vital do Rêgo. Um grande impulso igualmente contabilizado por Ricardo foi o seu apoio declarado à presidente Dilma Rousseff no segundo turno. Ele divergiu abertamente da orientação da cúpula nacional do PSB pelo apoio a Aécio Neves, depois que a ex-candidata Marina Silva ficou fora do páreo na finalíssima. Ao votar na Fundação Casa de José Américo no segundo turno, Ricardo criticou a decisão de seu partido de apoia Aécio no segundo round. “Eu acho que foi um equívoco. A história do PSB não é a história de Aécio. PSB tem uma história diferenciada que se aproxima muito da do PT. Já em 2010 eu apoiei a candidatura de Dilma mesmo o PT estando coligado com o PMDB”, acrescentou. - A hora das parcerias – O governador reeleito confirmou que a sua expectativa é a melhor possível no que diz respeito à intensificação de parcerias administrativas com o Planalto visando à execução de obras estruturantes e o encaminhamento de projetos e demandas de interesse da população
Natural de João Pessoa, Ricardo Vieira Coutinho tem 52 anos. Filho do casal Coriolano Coutinho e Natércia Vieira, ele é formado em Farmácia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB. Pai de dois filhos, Ricardo e Henri Lorenzo, Ricardo é atualmente casado com a jornalista Pâmela Bório. Torce para o Botafogo da Paraíba e é voraz consumidor da cultura paraibana. Tão logo terminou os estudos conquistou, via concurso público, uma vaga de farmacêutico no Hospital Universitário Lauro Wanderley, em João Pessoa. O ex-prefeito da Capital paraibana começou na carreira política ainda no movimento estudantil, quando foi presidente do Centro Acadêmico de Farmácia. Foi quando o momento lhe proporcionou a oportunidade de entrar em contato com o movimento sindical. Ricardo Coutinho foi eleito vereador de João Pessoa pelo Partido dos Trabalhadores (PT) por duas vezes, em 1992 e em 1996. Em 1998, candidatou-se a deputado estadual, sendo o mais votado em João Pessoa. Em 2002, ainda pelo PT, foi reeleito com o maior número de votos do pleito: 47.912. No início do ano de 2004, Ricardo deixa a legenda para se candidatar a prefeito da João Pessoa pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), vencendo as eleições com cerca de 65% dos votos da população pessoense. Em 2008, ele se candidata à reeleição e, novamente, é conduzido ao cargo de prefeito da Capital paraibana. Em 2010, foi eleito governador da Paraíba com a maior votação da história, com 1.079.164 votos. Em 2014, foi reeleito governador da Paraíba mais uma vez, com a maior votação da história, com 1.125.956 votos. Edição Especial - out 2014 | 9
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paraibana. Salientou que inúmeras parcerias já vinham sendo feitas, sem, contudo, uma diretriz planificada, o que deve ocorrer a partir de agora. “Eu espero a terceira entrada da transposição do Rio São Francisco acordada com a presidente da República. Igualmente espero um grande sistema adutor para o Cariri Oriental, Ocidental e até o Curimataú”. Numa entrevista coletiva, Ricardo disse que terá bancadas que o apoiarão e garantirão a governabilidade a partir de primeiro de janeiro de 2015. Referiu-se, por exemplo, ao apoio de dois senadores dos três que compõem a representação paraibana- Vital do Rêgo, que foi eleito em 2010 e José Maranhão que foi eleito em 2014. O terceiro integrante da bancada e o senador 10 | out 2014 - Edição Especial
Cássio Cunha Lima, que prometeu fazer uma oposição construtiva sem deixar de lutar pela atração de investimento em beneficio da Paraíba. A maioria pró-Ricardo deverá se estender pela Câmara Federal e Assembleia Legislativa, com o reflexo das composições que o governador produziu entre o primeiro e segundo turnos. Na primeira etapa, ele já havia celebrado um entendimento com o PT, apoiando a candidatura de Lucélio Cartaxo ao Senado. Irmão gêmeo do prefeito da Capital, Luciano Cartaxo, Lucélio conseguiu ficar no segundo lugar na disputa senatorial, abaixo de José Maranhão e em vantagem perante o petebista Wilson Santiago que era da coligação de Cássio Cunha Lima. Nas participações gravadas
para o guia eleitoral de Ricardo no segundo turno, a presidente Dilma Rousseff assumiu compromissos de resgatar dívidas do Governo federal para com a Paraíba, sobretudo em relação a investimentos. As cobranças nessa direção foram formuladas também por adversários do PT e da presidente. O senador Cássio Cunha Lima fez sua campanha casada com a de Aécio Neves, que por sua vez prometia redimir a Paraíba do estado de abandono a que foi relegado pela administração petista, inclusive ao que diz desrespeito ao projeto de transposição das águas do Rio São Francisco. Disputa muito dura – O senador Cássio Cunha Lima avaliou no dia da votação que a disputa estava bastante dura contra o governador
Ricardo Coutinho. Dizia que todas as pesquisas apontavam um empate técnico e pessoalmente considerava-se o único candidato do Brasil que sendo a oposição aos governos federal e estadual conseguiu vencer as eleições no primeiro turno. Na segunda-feira em João Pessoa, avaliando a marcha das apurações já finalizadas, o ex-candidato tucano evitou falar em terceiro turno, parabenizou o governador Ricardo Coutinho pela
reeleição e disse que a Paraíba escolheu o caminho da oposição para ele e seu grupo político. O PSDB e os partidos unidos na coalizão que originou a Coligação “A Vontade do Povo” deram uma grande demonstração de força mesmo, tendo enfrentado as máquinas administrativas do Governo Federal, do Governo do Estado e da Prefeitura da Capital. Mesmo assim, fizemos pouco mais de 47% dos vo-
tos no Estado e isso não é pouco. Vamos agora, como oposição, contribuir com diálogo para o bem da Paraíba, proporcionando gestos de conciliação entre o governo e diversas vertentes da sociedade, além de cobrar do Governo federal o que a Paraíba nunca recebeu – adiantou Cássio. O parlamentar criticou o comportamento do PMDB no Estado durante a campanha. “O PMDB passou todo o período do mandato de Ricardo Coutinho na oposição. Faltando 20 dias para eleição aderiu ao governo e isso contribuiu para a vitória de Ricardo, mesmo que o partido enfrentasse uma divisão, mas temos que ver que um segmento importante da oposição aderindo ao governo reforça qualquer palanque. Não se pode também desprezar o papel importante do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, e do irmão Lucélio Cartaxo. No interior houve o reforço de forças politicas como Efraim Morais, Efraim Filho, Damião e Lígia Feliciano”, enfatizou. Sobre sua votação em Campina Grande, lembrou que não pode se frustrar diante de uma vitória expressiva. “Aliás, apesar de não ter ganho a eleição, tivemos um resultado extremamente significativo. Estou firme e forte com um milhão de amigos”. Enquanto a região metropolitana de João Pessoa deu uma maioria de 139,363 votos a Ricardo Coutinho, a de Campina Grande deu apenas 65.429 a Cássio. Só nessas duas regiões a diferença foi de 73.934 votos pró-Ricardo, que ganhou tão bem no Estado, que sem João Pessoa, ainda venceria com 20.889 votos. Mas os 1.125,956 votos obtidos por Ricardo Coutinho (52,61% dos votos válidos), correspondem apenas a 48,43% do total de votantes e 39,71% do total de eleitorado. Edição Especial - out 2014 | 11
CAPA
Governador diz que foi a campanha mais difícil que enfrentou O governador reeleito Ricardo Coutinho definiu a campanha eleitoral de 2014 como a mais difícil de sua trajetória política, iniciada como vereador em João Pessoa, passando pelos mandatos de deputado estadual e prefeito da Capital por duas vezes. Ele fez tal avaliação ao conceder entrevista a pretexto de comentar resultados das urnas e agradecer os mais de um milhão de votos que recebeu. “Essa caminhada foi difícil, porque simbolizou a disputa entre o fazer e o prometer, entre o conteúdo e a embalagem”, comparou o socialista, numa estocada dirigida ao seu concorrente nas urnas, o tucano Cássio Cunha Lima. Para o seu próximo mandato, segundo adiantou, cogita priorizar ampliação de ensino profissionalizante, a organização da rede de saúde e acelerar o desenvolvimento no Estado. “Pretendo fazer o melhor mandato de toda a minha biografia política”, externou Ricardo. “Quero olhar para a educação como uma politica de médio prazo, que, no entanto, possa ser acelerada no próximo mandato. Vamos ampliar o ensino profissionalizante para que possamos ter no pacto pelo desenvolvimento social a municipalização do ensino fundamental I e que o Estado cada vez se volte para qualificar o ensino médio e o ensino profissionalizante”, resumiu. No tocante à geração de renda para o povo paraibano, Ricardo vai investir em ações que possam alavancar o turismo em todo Estado. 12 | out 2014 - Edição Especial
“Agilizar o turismo, gerar renda, gerar desenvolvimento. Este é o caminho do Estado, que tem capacidade ainda de gerar muita renda por meio do desenvolvimento industrial e do incentivo à micro e pequena empresa”, salientou. O gestor reeleito assim analisou as alianças partidárias com o PMDB, o PT e o DEM: “Foram alianças que contribuíram muito. Nós soubemos somar e o PMDB veio em boa hora, mas todas as participações foram importantes para chegarmos à vitória”. Por sua vez, a vice-governadora eleita Lígia Feliciano, ao discursar em cima de um trio elétrico em Campina Grande, agradeceu a votação atribuída a chapa encabeçada pelo governador naquela cidade. “Estas eleições mostraram que Campina Grande não tem dono,
não é um curral eleitoral. Cada um é dono de sua vontade, do seu voto, independente de pressões de lideranças políticas. Agradeço a Deus e ao povo de Campina e de toda Paraíba pela nossa vitória, que reflete o reconhecimento a força do trabalho do governador, titular de uma administração exemplar que tem acolhida junto a setores carentes da população paraibana. De minha parte quero ajudar a Ricardo a continuar trabalhando pela Paraíba”, manifestou a vice-governadora eleita. Alinhamento com Dilma – O governador Ricardo Coutinho sugeriu que o seu partido colabore com a presidente reeleita Dilma Rousseff e ajude a governar pelos próximos quatro anos. Disse que a manutenção do clima de campanha é o pior que poderia acontecer ao País. “Eu tenho a posição de apoio e
Governo já quer antecipar reforma administrativa
acho que o partido deve avaliar esse posicionamento. O País saiu polarizado dessa eleição e não podemos permitir que o palanque continue armado. Precisamos focar na administração”, exortou. - Eleição muitas vezes machuca, você é atacado, e deturpado e vai acumulando tudo isso. Mas há diversas formas de não somatizar esses problemas – afirmou Ricardo, comentando as dificuldades que se abriram dentro do PSB na definição pela corrida presidencial. Para ele o PSB deveria ter optado pela neutralidade no segundo turno ao invés de apoiar Aécio Neves, do PSDB. “Acho que o partido socialista, antes de qualquer coisa, precisa de um momento de imersão, para que possamos discutir de uma forma mais profunda todos os fatos que ocorreram conosco”, acentuou o chefe do executivo.
A deflagração de uma reforma administrativa no secretariado estadual deverá acontecer antes mesmo antes que chegue ao fim do primeiro mandato do governador Ricardo Coutinho. Fontes políticas ligadas ao chefe do executivo afirmam que a previsão é de que as mudanças ocorram até o mês de dezembro para que haja uma transição tranquila até o mês de janeiro. Nesse sentido deverão ser abertos espaços para o PT e o PMDB que se coligaram com o PSB em torno da reeleição de Ricardo Coutinho. Este anunciou que vai buscar cada vez mais qualificar a sua administração, objetivando a atender demandas populares. De acordo com as especulações, o deputado estadual Adriano Galdino, do PSB, poderá figurar entre os contemplados com cargo no governo, com isto abrindo espaço para ascensão de Hervázio Bezerra à titularidade do mandato. Galdino foi secretário chefe de governo entre 2012 e 2014, quando precisou se desincompatibilizar para disputar a reeleição. “Se o governador achar melhor que eu assuma uma secretaria, atenderei a essa convocação. Se ele preferir que eu permaneça na Assembleia assim o farei”, salientou. O presidente do PT estadual Charliton Machado, anunciou que pretende se reunir com a cúpula do partido na segunda metade de novembro para discutir a questão. - Cumprimos uma tarefa que foi fundamental. Participar do governo é uma conversa posterior
com o próprio partido e com o governador, a quem caberá definir qual será a nossa participação e a dos demais atores do processo de reeleição – disse. Já o secretário de Articulação Política de João Pessoa, Adalberto Fulgêncio, considerou natural a participação do PT na gestão estadual, reiterando, entretanto, que a composição do governo cabe a Ricardo Coutinho e ele é quem deve convocar os partidos aliados e escolher os que porventura possam colaborar com a administração. “O PT está muito tranquilo. A aliança foi programática, em cima de um projeto de desenvolvimento e avanço da Paraíba”, afirmou. A participação do PMDB no governo foi confirmada pelo presidente estadual do PSB, Edvaldo Rosas. O socialista adiantou que o governador vai se reunir com os partidos da base aliada para conhecer o potencial de cada um. “Temos que ouvir os partidos. Há novas forças que vão fazer parte do governo, a exemplo do PMDB que esteve conosco no segundo turno”, destacou. O senador eleito José Maranhão, presidente do diretório regional do PMDB, assegurou que não discutiu o assunto internamente na legenda. “Nós não estamos ainda pensando em nomes e nem nos reunimos para tratar dessa questão. Vamos aguardar uma sinalização do governador. Uma coisa é certa: o PMDB é muito rico em nomes com currículos apropriados para colaborar de forma significativa com o novo governo da Paraíba”.
Edição Especial - out 2014 | 13
RESULTADO DA ELEIÇÃO ESTADUAL – 2014 – PARAÍBA 1. ÁGUA BRANCA - Ricardo (PSB) 2.848 - Cássio (PSDB) 1.537
14. AREIA - Ricardo (PSB) 7.027 - Cássio (PSDB) 5.944
27. BELÉM DO B. DO CRUZ - Ricardo (PSB) 2.479 - Cássio (PSDB) 1.800
2. AGUIAR - Ricardo (PSB) 1.448 - Cássio (PSDB) 1.835
15. AREIA DE BARAÚNAS - Ricardo (PSB) 722 - Cássio (PSDB) 688
28. BERNARDINO BATISTA 41. CACHOEIRA DOS ÍNDIOS - Ricardo (PSB) 1.493 - Ricardo (PSB) 2.558 - Cássio (PSDB) 317 - Cássio (PSDB) 2.506
3. ALAGOA GRANDE - Ricardo (PSB) 7.108 - Cássio (PSDB) 7.667
16. AREIAL - Ricardo (PSB) 1.803 - Cássio (PSDB) 2.285
29. BOA VENTURA - Ricardo (PSB) 1.983 - Cássio (PSDB)1.654
42. CACIMBA DE AREIA - Ricardo (PSB) 1.393 - Cássio (PSDB) 1.073
4. ALAGOA NOVA - Ricardo (PSB) 4.212 - Cássio (PSDB) 6.190
17. AROEIRAS - Ricardo (PSB) 5.667 - Cássio (PSDB) 5.090
30. BOA VISTA - Ricardo (PSB) 2.433 - Cássio (PSDB) 2.163
43. CACIMBA DE DENTRO - Ricardo (PSB) 3.896 - Cássio (PSDB) 5.359
5. ALAGOINHA - Ricardo (PSB) 3.362 - Cássio (PSDB) 4.105
18. ASSUNÇÃO - Ricardo (PSB) 1.769 - Cássio (PSDB) 684
31. BOM JESUS - Ricardo (PSB) 883 - Cássio (PSDB) 1.167
44. CACIMBAS - Ricardo (PSB) 2.179 - Cássio (PSDB) 1.203
6. ALCANTIL - Ricardo (PSB) 1.849 - Cássio (PSDB) 1.668
19. BAÍA DA TRAIÇÃO - Ricardo (PSB) 2.645 - Cássio (PSDB) 1.709
32. BOM SUCESSO - Ricardo (PSB) 1.158 - Cássio (PSDB) 1.976
45. CAIÇARA - Ricardo (PSB) 2.657 - Cássio (PSDB) 2.017
33. BONITO DE SANTA FÉ - Ricardo (PSB) 2.288 - Cássio (PSDB) 3.097
46. CAJAZEIRAS - Ricardo (PSB) 20.266 - Cássio (PSDB) 11.309
34. BOQUEIRÃO - Ricardo (PSB) 5.544 - Cássio (PSDB) 5.002
47. CAJAZEIRINHAS - Ricardo (PSB) 1.137 - Cássio (PSDB) 1.369
7. ALGODÃO DE JANDAÍRA 20. BANANEIRAS - Ricardo (PSB) 6.308 - Ricardo (PSB) 1.370 - Cássio (PSDB) 5.515 - Cássio (PSDB) 704
40. CABEDELO - Ricardo (PSB) 19.228 - Cássio (PSDB) 11.629
8. ALHANDRA - Ricardo (PSB) 6.489 - Cássio (PSDB) 6.109
21. BARAÚNA - Ricardo (PSB) 1.629 - Cássio (PSDB) 1.248
9. AMPARO - Ricardo (PSB) 1.193 - Cássio (PSDB) 525
22. BARRA DE SANTA ROSA 35. BORBOREMA - Ricardo (PSB) 4.341 - Ricardo (PSB) 1.256 - Cássio (PSDB) 3.339 - Cássio (PSDB) 1.678
48. CALDAS BRANDÃO - Ricardo (PSB) 1.793 - Cássio (PSDB) 1.843
10. APARECIDA - Ricardo (PSB) 2.616 - Cássio (PSDB) 2.467
23. BARRA DE SANTANA - Ricardo (PSB) 2.532 - Cássio (PSDB) 2.884
49. CAMALAÚ - Ricardo (PSB) 3.018 - Cássio (PSDB) 851
11. ARAÇAGI - Ricardo (PSB) 3.687 - Cássio (PSDB) 5.440
24. BARRA DE SÃO MIGUEL 37. BREJO DOS SANTOS - Ricardo (PSB) 2.889 - Ricardo (PSB) 2.273 - Cássio (PSDB) 719 - Cássio (PSDB) 1.979
50. CAMPINA GRANDE - Ricardo (PSB) 84.863 - Cássio (PSDB) 141.472
12. ARARA - Ricardo (PSB) 2.795 - Cássio (PSDB) 3.149
25. BAYEUX - Ricardo (PSB) 36.347 - Cássio (PSDB) 17.726
38. CAAPORÃ - Ricardo (PSB) 6.326 - Cássio (PSDB) 5.276
51. CAPIM - Ricardo (PSB) 1.658 - Cássio (PSDB) 1.801
13. ARARUNA - Ricardo (PSB) 1.804 - Cássio (PSDB) 7.027
26. BELÉM - Ricardo (PSB) 4.554 - Cássio (PSDB) 4.870
39. CABACEIRAS - Ricardo (PSB) 1.965 - Cássio (PSDB) 1.518
52. CARAÚBAS - Ricardo (PSB) 2.396 - Cássio (PSDB) 398
36. BREJO DO CRUZ - Ricardo (PSB) 3.662 - Cássio (PSDB) 3.470
53. CARRAPATEIRA - Ricardo (PSB) 1.004 - Cássio (PSDB) 531
67. CUITÉ MAMANGUAPE - Ricardo (PSB) 1.797 - Cássio (PSDB) 2.463
81. GUARABIRA - Ricardo (PSB) 15.317 - Cássio (PSDB) 13.986
95. JOCA CLAUDINO - Ricardo (PSB) 607 - Cássio (PSDB) 1.164
54. CASSERENGUE - Ricardo (PSB) 2.247 - Cássio (PSDB) 1.559
68. CUITEGI - Ricardo (PSB) 1.649 - Cássio (PSDB) 2.207
82. GURINHÉM - Ricardo (PSB) 3.104 - Cássio (PSDB) 5.070
96. JUAREZ TÁVORA - Ricardo (PSB) 1.319 - Cássio (PSDB) 3.277
55. CATINGUEIRA - Ricardo (PSB) 1.309 - Cássio (PSDB) 1.690
69. CURRAL DE CIMA - Ricardo (PSB) 1.425 - Cássio (PSDB) 1.884
83. GURJÃO - Ricardo (PSB) 802 - Cássio (PSDB) 1.496
97. JUAZEIRINHO - Ricardo (PSB) 3.754 - Cássio (PSDB) 5.123
56. CATOLÉ DO ROCHA - Ricardo (PSB) 6.676 - Cássio (PSDB) 9.350
70. CURRAL VELHO - Ricardo (PSB) 518 - Cássio (PSDB) 963
84. IBIARA - Ricardo (PSB) 1.873 - Cássio (PSDB)1.727
98. JUNCO DO SERIDÓ - Ricardo (PSB) 2.398 - Cássio (PSDB) 1.577
57. CATURITÉ - Ricardo (PSB) 1.703 - Cássio (PSDB) 1.841
71. DAMIÃO - Ricardo (PSB) 1.638 - Cássio (PSDB) 1.438
85. IGARACY - Ricardo (PSB) 1.980 - Cássio (PSDB) 1.701
99. JURIPIRANGA - Ricardo (PSB) 4.244 - Cássio (PSDB) 2.528
58. CONCEIÇÃO - Ricardo (PSB) 5.507 - Cássio (PSDB) 4.424
72. DESTERRO - Ricardo (PSB) 2.716 - Cássio (PSDB) 2.080
86. IMACULADA - Ricardo (PSB) 2.853 - Cássio (PSDB) 2.874
100. JURU - Ricardo (PSB) 3.085 - Cássio (PSDB) 2.051
59. CONDADO - Ricardo (PSB) 1.953 - Cássio (PSDB) 2.244
73. DIAMANTE - Ricardo (PSB) 2.048 - Cássio (PSDB) 1.817
87. INGÁ - Ricardo (PSB) 2.998 - Cássio (PSDB) 6.839
101. LAGOA - Ricardo (PSB) 1.235 - Cássio (PSDB) 1.720
60. CONDE - Ricardo (PSB) 7.298 - Cássio (PSDB) 5.780
74. DONA INÊS - Ricardo (PSB) 3.336 - Cássio (PSDB) 2.591
88. ITABAIANA - Ricardo (PSB) 8.046 - Cássio (PSDB) 6.035
102. LAGOA DE DENTRO - Ricardo (PSB) 2.097 - Cássio (PSDB) 2.314
61. CONGO - Ricardo (PSB) 2.392 - Cássio (PSDB) 1.138
75. DUAS ESTRADAS - Ricardo (PSB) 1.325 - Cássio (PSDB) 1.344
89. ITAPORANGA - Ricardo (PSB) 7.427 - Cássio (PSDB) 4.641
103. LAGOA SECA - Ricardo (PSB) 4.511 - Cássio (PSDB) 10.453
62. COREMAS - Ricardo (PSB) 4.193 - Cássio (PSDB) 4.241
76. EMAS - Ricardo (PSB) 645 - Cássio (PSDB) 1.456
90. ITAPOROROCA - Ricardo (PSB) 3.082 - Cássio (PSDB) 5.644
104. LASTRO - Ricardo (PSB) 1.547 - Cássio (PSDB) 1.032
63. COXIXOLA - Ricardo (PSB) 847 - Cássio (PSDB) 480
77. ESPERANÇA - Ricardo (PSB) 7.565 - Cássio (PSDB) 9.934
91. ITATUBA - Ricardo (PSB) 2.967 - Cássio (PSDB) 3.225
105. LIVRAMENTO - Ricardo (PSB) 2.194 - Cássio (PSDB) 1.741
64. CRUZ DO ESP. SANTO - Ricardo (PSB) 5.049 - Cássio (PSDB) 5.508
78. FAGUNDES - Ricardo (PSB) 3.270 - Cássio (PSDB) 3.579
92. JACARAÚ - Ricardo (PSB) 4.564 - Cássio (PSDB) 4.170
106. LOGRADOURO - Ricardo (PSB) 1.763 - Cássio (PSDB) 640
65. CUBATI - Ricardo (PSB) 2.732 - Cássio (PSDB) 1.940
79. FREI MARTINHO - Ricardo (PSB) 1.407 - Cássio (PSDB) 706
93. JERICÓ - Ricardo (PSB) 2.136 - Cássio (PSDB) 2.465
107. LUCENA - Ricardo (PSB) 4.162 - Cássio (PSDB) 2.574
66. CUITÉ - Ricardo (PSB) 5.787 - Cássio (PSDB) 5.813
80. GADO BRAVO - Ricardo (PSB) 2.708 - Cássio (PSDB) 2.304
94. JOÃO PESSOA - Ricardo (PSB) 242.011 - Cássio (PSDB) 151.337
108. MÃE d’ÁGUA - Ricardo (PSB) 1.692 - Cássio (PSDB) 1.162
109. MALTA - Ricardo (PSB) 1.460 - Cássio (PSDB) 1.963
124. MULUNGU - Ricardo (PSB) 2.293 - Cássio (PSDB) 4.229
139. PEDRAS DE FOGO - Ricardo (PSB) 8.558 - Cássio (PSDB) 7.263
154. PUXINANÃ - Ricardo (PSB) 3.993 - Cássio (PSDB) 4.326
110. MAMANGUAPE - Ricardo (PSB) 17.295 - Cássio (PSDB) 6.158
125. NATUBA - Ricardo (PSB) 2.017 - Cássio (PSDB) 2.007
140. PEDRO RÉGIS - Ricardo (PSB) 1.822 - Cássio (PSDB) 1.160
155. QUEIMADAS - Ricardo (PSB) 10.671 - Cássio (PSDB) 13.240
111. MANAÍRA - Ricardo (PSB) 2.492 - Cássio (PSDB) 2.960
126. NAZAREZINHO - Ricardo (PSB) 2.562 - Cássio (PSDB) 2.311
141. PIANCÓ - Ricardo (PSB) 4.682 - Cássio (PSDB) 4.354
156. QUIXABA - Ricardo (PSB) 1.071 - Cássio (PSDB) 358
112. MARCAÇÃO - Ricardo (PSB) 2.583 - Cássio (PSDB) 1.496
127. NOVA FLORESTA - Ricardo (PSB) 2.416 - Cássio (PSDB) 3.160
142. PICUÍ - Ricardo (PSB) 5.186 - Cássio (PSDB) 5.565
157. REMÍGIO - Ricardo (PSB) 5.126 - Cássio (PSDB) 4.372
113. MARI - Ricardo (PSB) 5.260 - Cássio (PSDB) 6.143
128. NOVA OLINDA - Ricardo (PSB) 1.696 - Cássio (PSDB) 1.406
143. PILAR - Ricardo (PSB) 3.444 - Cássio (PSDB) 3.223
158. RIACHÃO - Ricardo (PSB) 948 - Cássio (PSDB) 1.610
114. MARIZÓPOLIS - Ricardo (PSB) 1.892 - Cássio (PSDB) 2.021
129. NOVA PALMEIRA - Ricardo (PSB) 1.015 - Cássio (PSDB) 1.506
144. PILÕES - Ricardo (PSB) 2.378 - Cássio (PSDB) 2.020
159. RIACHÃO DO BACAMARTE - Ricardo (PSB) 1.229 - Cássio (PSDB) 1.645
115. MASSARANDUBA - Ricardo (PSB) 3.225 - Cássio (PSDB) 4.367
130. OLHO d’ÁGUA - Ricardo (PSB) 2.224 - Cássio (PSDB) 2.355
145. PILÕEZINHOS - Ricardo (PSB) 1.555 - Cássio (PSDB) 1.899
160. RIACHÃO DO POÇO - Ricardo (PSB) 1.122 - Cássio (PSDB) 1.810
116. MATARACA - Ricardo (PSB) 3.332 - Cássio (PSDB) 1.552
131. OLIVEDOS - Ricardo (PSB) 1.656 - Cássio (PSDB) 1.097
146. PIRPIRITUBA - Ricardo (PSB) 2.107 - Cássio (PSDB) 3.174
161. RICAHO DE S. ANTÔNIO - Ricardo (PSB) 888 - Cássio (PSDB) 725
117. MATINHAS - Ricardo (PSB) 782 - Cássio (PSDB) 1.983
132. OURO VELHO - Ricardo (PSB) 733 - Cássio (PSDB) 1.382
147. PITIMBU - Ricardo (PSB) 3.798 - Cássio (PSDB) 3.493
162. RIACHO DOS CAVALOS - Ricardo (PSB) 830 - Cássio (PSDB) 4.627
118. MATO GROSSO - Ricardo (PSB) 927 - Cássio (PSDB) 905
133. PARARI - Ricardo (PSB) 1.051 - Cássio (PSDB) 563
148. POCINHOS - Ricardo (PSB) 3.926 - Cássio (PSDB) 5.938
163. RIO TINTO - Ricardo (PSB) 8.451 - Cássio (PSDB) 4.434
119. MATURÉIA - Ricardo (PSB) 1.682 - Cássio (PSDB) 1.985
134. PASSAGEM - Ricardo (PSB) 1.211 - Cássio (PSDB) 495
149. POÇO DANTAS - Ricardo (PSB) 860 - Cássio (PSDB) 1.538
164. SALGADINHO - Ricardo (PSB) 1.411 - Cássio (PSDB) 656
120. MOGEIRO - Ricardo (PSB) 2.179 - Cássio (PSDB) 5.209
135. PATOS - Ricardo (PSB) 30.831 - Cássio (PSDB) 18.773
150. POÇO DE J. MOURA - Ricardo (PSB) 1.771 - Cássio (PSDB) 1.032
165. SALG. DE SÃO FÉLIX - Ricardo (PSB) 3.779 - Cássio (PSDB) 3.088
121. MONTADAS - Ricardo (PSB) 1.439 - Cássio (PSDB) 1.683
136. PAULISTA - Ricardo (PSB) 3.261 - Cássio (PSDB) 3.665
151. POMBAL - Ricardo (PSB) 8.535 - Cássio (PSDB) 10.021
166. SANTA CECÍLIA - Ricardo (PSB) 2.930 - Cássio (PSDB) 1.472
122. MONTE HOREBE - Ricardo (PSB) 1.522 - Cássio (PSDB) 1.274
137. PEDRA BRANCA - Ricardo (PSB) 1.838 - Cássio (PSDB) 878
152. PRATA - Ricardo (PSB) 1.663 - Cássio (PSDB) 1.268
167. SANTA CRUZ - Ricardo (PSB) 3.006 - Cássio (PSDB) 1.159
123. MONTEIRO - Ricardo (PSB) 9.958 - Cássio (PSDB) 7.879
138. PEDRA LAVRADA - Ricardo (PSB) 2.500 - Cássio (PSDB) 2.142
153. PRINCESA ISABEL - Ricardo (PSB) 5.644 - Cássio (PSDB) 5.084
168. SANTA HELENA - Ricardo (PSB) 2.317 - Cássio (PSDB) 1.599
169. SANTA INÊS - Ricardo (PSB) 1.712 - Cássio (PSDB) 828
184. SÃO J. DA L. TAPADA - Ricardo (PSB) 2.366 - Cássio (PSDB) 2.368
199. SAPÉ - Ricardo (PSB) 12.212 - Cássio (PSDB) 12.350
214. TAVARES - Ricardo (PSB) 3.064 - Cássio (PSDB) 4.022
170. SANTA LUZIA - Ricardo (PSB) 4.681 - Cássio (PSDB) 3.851
185. SÃO JOSÉ DE CAIANA - Ricardo (PSB) 1.212 - Cássio (PSDB) 1.946
200. SERRA BRANCA - Ricardo (PSB) 4.639 - Cássio (PSDB) 2.525
215. TEIXEIRA - Ricardo (PSB) 3.608 - Cássio (PSDB) 4.049
171. SANTA RITA - Ricardo (PSB) 40.382 - Cássio (PSDB) 25.607
186. SÃO J.DE ESPINHARAS - Ricardo (PSB)1.917 - Cássio (PSDB) 1.207
201. SERRA DA RAIZ - Ricardo (PSB) 643 - Cássio (PSDB) 1.243
216. TENÓRIO - Ricardo (PSB) 1.296 - Cássio (PSDB) 615
172. SANTA TEREZINHA - Ricardo (PSB) 2.027 - Cássio (PSDB) 1.644
187. SÃO J. DE PIRANHAS - Ricardo (PSB) 4.927 - Cássio (PSDB) 5.353
202. SERRA GRANDE - Ricardo (PSB) 1.021 - Cássio (PSDB) 1.040
217. TRIUNFO - Ricardo (PSB) 2.604 - Cássio (PSDB) 1.911
173. SANT. DE MANGUEIRA 188. SÃO J. DE PRINCESA - Ricardo (PSB) 1.609 - Ricardo (PSB) 1.619 - Cássio (PSDB) 1.589 - Cássio (PSDB) 696
203. SERRA REDONDA - Ricardo (PSB) 1.341 - Cássio (PSDB) 3.006
218. UIRAÚNA - Ricardo (PSB) 3.819 - Cássio (PSDB) 4.472
174. SANT. DOS GARROTES - Ricardo (PSB) 2.026 - Cássio (PSDB) 1.953
189. SÃO J. DO BONFIM - Ricardo (PSB) 899 - Cássio (PSDB) 1.746
204. SERRARIA - Ricardo (PSB) 1.154 - Cássio (PSDB) 1.910
219. UMBUZEIRO - Ricardo (PSB) 2.816 - Cássio (PSDB) 1.821
175. SANTO ANDRÉ - Ricardo (PSB) 975 - Cássio (PSDB) 846
190. SÃO J.DO B.DO CRUZ - Ricardo (PSB) 996 - Cássio (PSDB) 361
205. SERTÃOZINHO - Ricardo (PSB) 1.125 - Cássio (PSDB) 1.798
220. VÁRZEA - Ricardo (PSB) 1.221 - Cássio (PSDB) 622
176. SÃO BENTINHO - Ricardo (PSB) 1.097 - Cássio (PSDB) 1.437
191. SÃO J. DO SABUGI - Ricardo (PSB) 1.440 - Cássio (PSDB) 1.641
206. SOBRADO - Ricardo (PSB) 2.632 - Cássio (PSDB) 2.140
221. VIEIRÓPOLIS - Ricardo (PSB) 1.847 - Cássio (PSDB) 1.863
177. SÃO BENTO - Ricardo (PSB) 9.248 - Cássio (PSDB) 9.043
192. SÃO J.DOS CORDEIROS - Ricardo (PSB) 1.667 - Cássio (PSDB) 703
207. SOLÂNEA - Ricardo (PSB) 7.575 - Cássio (PSDB) 6.350
222. VISTA SERRANA - Ricardo (PSB) 849 - Cássio (PSDB) 1.016
178. SÃO D. DE POMBAL - Ricardo (PSB) 959 - Cássio (PSDB) 1.151
193. SÃO J. DOS RAMOS - Ricardo (PSB) 1.752 - Cássio (PSDB) 1.732
208. SOLEDADE - Ricardo (PSB) 3.874 - Cássio (PSDB) 4.336
223. ZABELÊ - Ricardo (PSB) 758 - Cássio (PSDB) 834
179. SÃO D. DO CARIRI - Ricardo (PSB) 1.015 - Cássio (PSDB) 1.035
194. SÃO MAMEDE - Ricardo (PSB) 2.808 - Cássio (PSDB) 2.128
209. SOSSÊGO - Ricardo (PSB) 1.430 - Cássio (PSDB) 860
180. SÃO FRANCISCO - Ricardo (PSB) 1.304 - Cássio (PSDB) 1.568
195. SÃO M. DE TAIPU - Ricardo (PSB) 1.930 - Cássio (PSDB) 2.173
210. SOUSA - Ricardo (PSB) 21.420 - Cássio (PSDB) 13.765
181. SÃO J. DO CARIRI - Ricardo (PSB) 1.834 - Cássio (PSDB) 1.162
196. SÃO S. de . de ROÇA - Ricardo (PSB) 1.868 - Cássio (PSDB) 4.213
211. SUMÉ - Ricardo (PSB) 5.900 - Cássio (PSDB) 3.140
182. SÃO J. DO R.DO PEIXE - Ricardo (PSB) 3.709 - Cássio (PSDB) 6.548
197. SÃO S. de UMBUZEIRO - Ricardo (PSB) 1.606 - Cássio (PSDB) 597
212. TACIMA - Ricardo (PSB) 1.576 - Cássio (PSDB) 3.295
183. SÃO JOÃO DO TIGRE - Ricardo (PSB) 2.109 - Cássio (PSDB) 619
198. SÃO V. DO SERIDÓ - Ricardo (PSB) 3.140 - Cássio (PSDB) 597
213. TAPEROÁ - Ricardo (PSB) 4.001 - Cássio (PSDB) 1.576
Votação nos 223 municípios paraibanos
DESTAQUE
Após uma campanha de intensa polarização no segundo turno, a presidente Dilma Rousseff (PT) foi reeleita no dia 26 e impediu a virada do senador mineiro Aécio Neves, candidato do PSDB - nunca um candidato que ficou em segundo lugar no primeiro turno foi eleito presidente do Brasil. Com 100% das urnas apuradas, Dilma obteve 51,64% dos votos e Aécio 48,36%. A diferença de votos era de 3,4 milhões. Essa foi a menor diferença de votos em um segundo turno desde a redemocratização. Com a vitória, o Partido dos Trabalhadores vai para o quarto mandato seguido e deverá completar 16 anos à frente do Governo federal.
18 | out 2014 - Edição Especial
POLÍTICA
Dilma precisará demonstrar mais paciência para dialogar com o novo Congresso, dizem cientistas políticos Com a expectativa de um ano de arrocho na economia, na perspectiva de que a crise mundial ainda não estará superada, a presidenta Dilma Rousseff (PT), reeleita com 51,64% dos votos válidos no domingo (26), terá como principal desafio a relação com a nova composição da Câmara dos Deputados. Dois dramas devem pautar a relação com o novo Congresso. O primeiro é conseguir impor a agenda de votações que interessa ao Executivo, com projetos importantes como, por exemplo, a ampliação da faixa de renda a ser beneficiada pelo programa Minha Casa, Minha Vida. O segundo desafio é assegurar a fidelidade da nova base aliada que desembarcará na Câmara. Pesam contra a petista dois fatores. Um deles é a margem apertada pela qual foi reeleita, apenas 3,28% pontos percentuais em relação ao senador tucano Aécio Neves. A outra é o histórico de relação ruidosa com o Congresso Nacional em seu primeiro mandato, pautado pela alegada falta de diálogo – reclamação recorrente de congressistas, inclusive da base.
Diretor da Arko Consultoria e analista político, Lucas de Aragão lembra que a formação do novo Congresso, com 28 partidos, criaria dificuldades para qualquer presidente. “Para Dilma, deve ser um problemão conversar com os líderes partidários. Porque ela não tem paciência para fazer política, ficar recebendo os líderes, diferente do Aécio, que tem uma essência mais política”, analisa. Dilma Rousseff terá uma base aliada de 304 deputados na próxima legislatura. Atualmente, a petista conta com 340 parlamentares da situação, de acordo com o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). Em 2010, quando se elegeu pela primeira vez, Dilma chegou a ter uma base de 420 deputados. No Senado, os nove partidos que integraram a coligação encabeçada pela petista vão ocupar 53 das 81 cadeiras (65%). Além disso, as duas principais bancadas de sustentação – PT e PMDB – terão menos deputados no próximo ano. “Mais do que criar base nu-
mérica, você precisa saber liderar. Por mais que o potencial da aliança de Dilma seja numericamente maior, pode não ser uma base leal, com adesão. Não podemos ficar muito presos aos números, mas 70% de apoio formal de Dilma neste primeiro mandato não se traduziu em lealdade. Foi o pior nível de fidelidade desde a gestão de Fernando Collor”, conta o analista, referindo-se ao período entre 1990 e 1992, quando Collor sofreu impeachment. Aragão destaca que a atuação dos deputados a partir de fevereiro será ainda mais centrada no corporativismo, com o aumento das bancadas evangélica, militar e ruralista. “O que leva a crer que o novo Congresso será muito corporativista é o que pauta a maioria das decisões. Eles atuam em cima de interesses unificados e bem desenhados dentro do que o eleitor dele quer. Essas bancadas vão deixar o Congresso mais lento, o que pode atrasar a pauta do bem comum”, afirma Lucas. Edição Especial - out 2014 | 19
LEGISLATIVO
Eleição da Mesa da AL
Oposição defende permanência de Ricardo
Concluídas as eleições, as atenções já se voltam para outra disputa, desta vez, pelo comando da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), cuja eleição para escolher a nova Mesa Diretora é prevista para ocorrer apenas no mês de fevereiro, conforme regimento interno do Poder Legislativo. Deputados que integram a nova legislatura já defendem que haja renovação no controle do Legislativo, hoje sob presidência do deputado reeleito Ricardo Marcelo (PEN). Um dos nomes mais cotados para disputar a presidência é o peemedebista Nabor Wanderley, que já colocou seu nome à disposição. “Por enquanto não foram discutidos nomes, mas se eu disser que não quero, estarei mentindo. Acredito que todos os 36 parlamentares têm capacidade e anseiam assumir essa função”, disse Nabor Wanderley. Conforme o parlamentar, o PMDB deve se reunir na próxima semana para discutir este e outros as20 | out 2014 - Edição Especial
suntos. A partir do que for decidido na reunião, o partido deve se reunir com o governador Ricardo Coutinho e demais partidos da base política. “A gente tem que sentar, o grupo todo, e definir a posição que será tomada. É importante ter renovação em todo o processo, principalmente no Legislativo. Temos que ouvir o que a maioria pensa e a partir dessa reunião nós teremos uma diretriz que irá nos nortear em relação à eleição da Assembleia”, arrematou. Publicamente, a deputada eleita Estela Bezerra (PSB) defendeu que seja feita uma renovação no comando da Assembleia, opinião que foi reforçada pelo governador Ricardo Coutinho (PSB). Eleito deputado estadual pelo mesmo partido do governador, Ricardo Barbosa descreveu as eleições para a Mesa Diretora da Assembleia como sendo as mais acirradas e de maior complexidade, até mais que a eleição para o governo do Estado. “Não se chega à presidência da Assembleia de forma fácil. Ela (elei-
ção) é permeada por bastidores, então serão 90 dias só de bastidores. Os 36 deputados almejam, alguns têm chance, uns com mais, outros com menos. É um cargo que requer experiência, credibilidade e capacidade de comando”, afirmou Ricardo Barbosa. Os novos deputados que irão integrar a bancada de oposição ao governo acreditam na continuidade da gestão de Ricardo Marcelo à frente da Assembleia. Para Tovar Correia Lima (PSDB), o atual presidente, deputado Ricardo Marcelo, dispõe de maiores condições para conduzir o Legislativo. “Pela experiência no comando, já que ele foi presidente por duas vezes, e por sua gestão ser elogiada pelos demais parlamentares. É natural que os deputados que apoiam o governador queiram assumir o comando da Assembleia”, avaliou Tovar. O deputado Bruno Cunha Lima também ressaltou as qualidades de Ricardo Marcelo enquanto presidente da Assembleia, no entanto acrescentou que nos próximos dias a nova bancada de oposição deve se reunir para discutir as estratégias que serão adotadas no próximo ano. “Nós precisamos nos reunir, e eu vou seguir a linha majoritária que Cássio (Cunha Lima) adotar. Hoje a gente conta com a maioria na Assembleia e vamos iniciar o diálogo. Ricardo Marcelo já provou, em legislaturas passadas, que tem grande capacidade de aglutinação, sobretudo de boa convivência com o Parlamento”, opinou. O deputado Manoel Ludgério disse que o presidente Ricardo Marcelo vem fazendo um extraordinário trabalho à frente da Casa. “É um homem credenciado a um processo de reeleição, não resta dúvida”, disse. A reportagem do Jornal da Paraíba tentou ouvir o deputado Ricardo Marcelo, mas não obteve êxito, pois ele estava em viagem. Fonte: JPB
A vitória do trabalho também em Alhandra
A vitória de Ricardo dignifica a Paraíba, terra de gente forte e trabalhadora, que não se curva diante das adversidades, que mantém a fé num amanhã mais promissor e que olha para frente, de cabeça erguida, na certeza de que o amanhã será ainda melhor. Na campanha, a militância de Alhandra vibrou, foi às ruas e comemorou a vitória. O 40 bateu no coração o tempo todo e continua pulsando na certeza de que mais obras, progresso e desenvolvimento virão do litoral ao sertão! PARABÉNS RICARDO. CONTE COM A GENTE! Marcelo Rodrigues Cal Lucena Militantes e colaboradores de Alhandra
Edição Especial - out 2014 | 21
PONTO DE VISTA Des. José Di Lorenzo Serpa PONTO DE VISTA
Isquemia Há tempos não o via quando, de repente, ao entrar numa casa comercial, vi no meio de outras pessoas uma mão acenando para mim, mas no primeiro tempo não identifiquei a sua fisionomia, pois estava muito magro e o rosto portanto muito afilado. Ao se aproximar, dei-lhe um abraço, aquele abraço amigo de infância que o tempo não destruiu. A voz sumida, quase inaudível, mais parecia que estava soprando. Foi então que percebi a existência de algo errado. Olhando fixo para mim e após me abraçar, eu ficava a me lembrar que amizade é coisa muito rara e amigo é coisa para se guardar no lado esquerdo do peito, como diz a canção. Enquanto ele escrevia algo num pedaço de papel, eu me lembrava do passado, do nosso time, das serenatas daquele tempo que pensávamos nunca terminar. Pensava eu. A infância e juventude passaram e agora, após tanto tempo, se foi o melhor de nossos dias. Mas
22 | ago out 2014 - Edição Especial
continuamos com a vida, alegre e saudável, procurando usufruir, se possível dela o melhor. Muitos amigos daquela época lamentavelmente se foram, deixando atrás seus atos e amizades construídas. Não digo seu nome, pois não é o momento. uma vez que tenho outros amigos e não farei esta injustiça, ainda que de público. Magro e quase sem voz continuava escrevendo numa folha de papel e, de repente, fez um ar de riso que me animou bastante. Percebi tratar-se de uma doença aliás, fato comum aos da minha geração. Vi seu olhar de cansaço, sua voz sumida, gestos com a vida que agora assumia contra sua vontade. Voltando-se para mim e ao mostrar o papel lá estava escrito: Isquemia. Tudo, pois, como leigo e na minha santa ignorância, não sei fazer a diferença entre AVC, derrame e infarto. Assunto para Dr. Demóstenes, reduto dos Cunha Lima, especialista nesta matéria. Na verdade sabia eu diferenciar o amigo do não amigo, estando ele na primeira colocação. Feito isso, me deu um aperto de mão e escreveu noutro pedaço de papel: Gol contra, lembrando um a zero quando perdemos para o time da outra rua, tendo ele feito o referido gol e nunca mais esqueceu, nem voltou a jogar. Continuamos a conversa por simples gestos como amigos de sempre. Ao nos despedirmos saindo da casa comercial, ao olhar para trás, uma furtiva lágrima descia nas suas faces e de minha parte, como Nat King Cole do nosso tempo, cantava eu baixinho: “Quero chorar não tenho lágrimas que me rolem nas faces, para me socorrer...”
Edição Especial set/out - out 2014 | 23
SOCIAL
José Di Lorenzo Serpa
Desembargador | gdl@tjpb.jus.br
Sandro Galvão
sandrogalvaojp@hotmail.com
Amigos jornalistas comemorando os 16 anos do Clube do Feijão Amigo no restaurante Al Primo Canto, na praia do Seixas
Pedro Henrique comemora seu aniversário de 18 anos ao lado do pai Cícero Henrique e da irmã Maria Clara
Roberto Silva, Manoel Raposo e o aniversariante do mês, Alcides Santos, um dos diretores da revista TRIBUNA, comemorando seus 80 anos no Happy Restaurante no Shopping Tambiá
Personalidades são homenageadas com o Troféu ‘Destaques do Ano’
Mais uma vez foi um sucesso o evento ‘Troféu Destaques do Ano’, promovido pelo apresentador Adenilson Maia, mas conhecido como professor União. A noite festiva recebeu personalidades paraibanas que foram homenageadas com um troféu de honra ao mérito. Desportistas, políticos e ex-alunos que se destacaram no ano de 2014 prestigiaram o anfitrião do evento, que também celebrou seu aniversário ao lado de amigos e familiares.
III Encontro Nordestino de Arborização Urbana aconteceu em Campina Grande. Presentes ao evento Anderson Leite Fontes, chefe da Divisão DIVAR/SEMAM/PMJP, Val Rangel, técnica de arborização da DIVAR, Gabriela Costa, aluna de Engenharia Ambiental da UFPB, estagiária da DIVAR 24 | out 2014 - Edição Especial
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MUNICÍPIO
Luciano inaugura CREI no Geisel O bairro do Geisel foi mais um a ser beneficiado com o novo padrão instituído pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) para a Educação Infantil. No dia 29, o prefeito Luciano Cartaxo inaugurou o Centro de Referência em Educação Infantil (Crei) Olga Maria de Figueiredo, localizado na Rua José Inácio da Silva. A unidade, a sexta entregue só este ano, recebeu investimentos de mais de R$ 1 milhão e vai atender 80 crianças. “A abertura de novas vagas em educação infantil é uma política nacional e a cidade de João Pessoa está fazendo a sua parte com muito planejamento e organização”, destacou o prefeito Luciano Cartaxo. “Este é o sexto Crei que entregamos este ano, e com a mesma característica, que é levar um serviço de qualidade para perto de quem mais precisa.
26 | set/out 2014
Temos certeza que nossas crianças serão cuidados com muito zelo e carinho”, complementou. A obra – O Crei Geisel II vai atender 80 crianças, sendo 10 bebês com idade de 6 meses a 1 ano, 20 que estejam na faixa de 1 a 2 anos, 25 com 2 anos de idade e 25 com 3 anos de idade. A unidade de ensino é a única do Brasil tipo C (com área em torno de 1.500 metros quadrados) construída com a metodologia inovadora de PVC concretado. Além de ter um processo mais rápido de construção, o método também evita desperdício de materiais e mantém o canteiro de obras mais limpo. O Crei, que tem área de 1.575 metros quadrados (m²), contará com monitoramento de segurança 24 horas em todas as áreas de circulação. A estrutura ainda conta com um anfiteatro, playground, ad-
ministração, almoxarifado, sala dos professores, repouso, fraldário, pátio coberto, refeitório, copa, lactário, vestiários, lavanderia, despensa, cozinha e caixa d’água. Para garantir o cuidado e o conforto das crianças, vão atuar no local 28 profissionais entre berçaristas, lavadeiras, professores, monitores, cozinheiros, auxiliar de serviços, vigilante, técnico em pedagogia, além dos auxiliares de secretaria. Investimentos – Os recursos para a construção do Crei Geisel II são provenientes do Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância), do Governo Federal. Foram investidos R$ 918 mil na construção do espaço, além de R$ 100 mil na compra de equipamentos e mobília, o que totaliza mais de R$ 1 milhão.
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SOCIAL
Ao meu leitor, todo meu carinho
Pensamento Quem semeia esperança no caminho das pessoas, colhe amor e paz nos caminhos da vida. Atílio Hartmann
Ricardo Vieira Coutinho, governador reeleito
José Targino Maranhão, senador eleito
Destaques Vitórias extraordinárias. Eleitos pela vontade do povo.
Avant - Première Sábado: 22h Domingo: 10h Segunda-feira: 15h Net - Canal 20 www.tvmaster.tv
Programa Thereza Madalena TV Master
Palavra Divina: o Senhor é meu pastor e nada me faltará.
Galérie I - Troféu Maria da Penha
28 | fev out 2014 2014 - Edição Especial
Thereza Madalena
therezamadalena@yahoo.com.br | (83) 3247-3557 / 8845-0365 / 9342-3075
Galérie II - Abrajet
Posse da nova diretoria da Abrajet-PB Rogério Almeida, presidente e Abelardo Jurema, vice-presidente da Abrajet-PB fizeram a entrega do Prêmio Waldemar Duarte aos melhores do turismo paraibano. Presença de Miriam Petrone, presidente da Abrajet nacional. Fotos: Stúdio Rocha
Edição Especial - out 2014 | 29
CAUSOS COM “Z” E COM “S” Waldeban Medeiros medewal@gmail.com
Com a segunda parte da reforma concluída, o Mercado da Torre recebeu uma bateria de novos e modernos equipamentos sanitários, dotado de toda infraestrutura necessária para as necessidades masculinas e femininas. Os equipamentos se destacam tanto pelo material empregado na construção, quanto pelo zelo com o qual os agentes de limpeza dispensam no cuidado diário, mantendo-os sempre limpos. Agradavelmente respirável para os que procuram esses equipamentos para se servirem que, semana passada, um amigo nosso, cujo nome não vou declinar, conhecido pelas suas boas maneiras e educação, entrou num desses equipamentos de cigarro em punho e indagou para zelador: - Eu posso entrar fumando? - Ora, amigo, aqui entra gente se cag**do, quanto mais fumando!!! Essas coisas só acontecem no bairro da Torre, mais precisamente no seu mercado público, um dos mais movimentados da nossa cidade. Lá, os barzinhos e restaurantes são diariamente frequentados por pessoas de todo o quilate social. De vez em quando, baixam também pessoas com a veia de poeta popular, tirando versos entre uma talagada e outra de cachaça, como Zé Carlos, mais conhecido como “Menininho de Pedro Régis”, local do seu nascimento. Certo sábado, no bar e lanchonete da Rosinha, ele nos brindou com duas tiradas que, segundo o mesmo, diz ser da sua autoria. Sendo ou não, vale ser reproduzida aqui, pelo tema que aborda, que é a cachaça. A primeira diz o seguinte: O homem que toma cachaça/ E vive da embriaguez/ Cachorro que mata bode/ Mulher que erra uma vez/ Pode cobrir até com véu/ Porque Jesus, descendo do céu/ Não dá jeito a esses três! O segundo verso tirado por “Menininho”: O mundo anda e desanda/ Vem pra frente ou vai pra trás/ Carro sem roda não anda/ Bêbo deitado não cai/ Ponta de corno não fura/ Cachaça pura não vai! O “causo” a seguir é da lavra do grande Jessiê Quirino, arquiteto, poeta música e escritor, uma das fontes de inspiração que me levou a escrever o livro “Causos com Z e Com S”, que se encontra no prelo, esperando oportunidade de ser publicado. Ele tem como tema a escolha de um matuto para ser candidato a deputado de um rico fazendeiro, o chamado Coroné e dono de um grande “curral” eleitoral lá pras bandas do sertão, situação muito comum das pequenas cidades de interior. Por questão de espaço, tive que reduzir boa parte do seu original, sem, no entanto, tirar o sentido do mesmo. 30 | out 2014 - Edição Especial
Um Matuto na Política
– Nêgo f*da! Este ano você será o meu candidato a deputado estadual! – Eu, coroné? - Pergunta o matuto. – Você mesmo! Irá defender os meus interesses na campanha, pedir votos cruzados, etc. e tal. O matuto retrucou: – Coroné! Eu vou dizer um negoço a vois micê, eu que sou um matuto expromentado, vivido e viajado nas beiras de postulância political, vou lhe dizer um retaio de sabença que é a pronúncia mais apronunciada sobre política que exeste neste mundareu selvagiado pelos animá, vegetariado e barrido pelas paias do coqueiro e aguado pelas aguas do mar, além do sitoma defeituroso,embocadura deputadal, cancha de governador e senador, sustancia de presidente, o caba pra ser político neste brasil precisa, no mínimo, minimório do seguinte adjutório: Começar juntar dinheiro, para depois começar juntar gente; engolir muita rimunhêta de cabra falso, felaputista e pidão; desatar nó cego de convenção; escutar caquiado deficultoso de partidário que só tem um voto e olhe lá! Entrar em imbuança de campanha, prometer como sem falta e faltar como sem dúvida, ficar refém da língua do povo, desmurmurar mulher falsa ao marido e coiseira, acompanhar enrolamento de papel de justiça, levar fama de ter esfraticado moça donzela, levar fama de ser corno, baitola e ladrão, aguentar fazimento de pouco de eleitor desbriado; Botar tamanca para a oposição, bater 500 guibongo para xangozeiro, gritar aleluia em igreja pegue e pague, alegrar sessão esprita, assistir meia missa e sair comungado, batizar menino feio com nome de Desmelielison Jerry; Dá de comer do bom e comer porcaria, almoçar em lata de goiabada, dispronunciar discurso mal feito de candidato tabacudo, aplaudir discurso disvirgulado sem rumo e sem ponto fina, pagar cana pra pingunço desocupado, farejar poeira de bunda em palanque, levar dedada no cu quando tá nos braços do povo, escutar destampatorio de fuguetão no pé do ouvido, magoar o dedo mindim em passeata, durmir chiqueirado da mulher e dos filhos, apertar mão de cotó, ganhar abraço fedorento, receitar caixão de difunto e ambulânça, enfiar a mão em saco de dentadura pra distribuir com a mundiça, comprar voto em dia de eleição, estelionatar voto em boca de urna, entrar em embuânça de apuração, dá cobro em voto roubado, apertar a mão de traidor oportunista, e despois de eleito começar essa camubeba toda de novo! Deus me livre deu sair candidato, chega me faltou suspiração e eu vou parar por aqui, porque conversa de político e igual a coceira só quê um comecinho e pronto.
32 | out 2014 - Edição Especial