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Governança, incentivos e gestão de riscos
Governança em todos os níveis
Nossa governança voltada à gestão dos riscos das mudanças climáticas e transição energética é estruturada de forma que essas questões sejam tratadas em todos os níveis da companhia. Contamos com a ativa supervisão do comitê de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) do Conselho de Administração, com um comitê executivo que assessora a Diretoria Executiva e com comissões no nível tático em todos os segmentos. A integração do tema entre os diversos níveis é realizada pela Gerência Executiva de Mudança Climática dedicada ao tema de emissões, clima e desempenho energético e ligada à Diretoria de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade.
Incentivos robustos
As métricas de topo traduzem nossos principais objetivos de curto prazo. No PE 20232027, três métricas vinculadas a remuneração variável foram mantidas, duas ambientais e uma financeira:
> Índice de atendimento às metas de intensidade de emissões de gases de efeito estufa (IAGEE),
> Volume Vazado de Óleo e Derivados (VAZO) e
> Variação do Valor Agregado (Delta EVA®).
A remuneração variável de cada empregado e executivo é calculada com base em metas individuais e no percentual de atendimento dessas três métricas de topo. Reforçamos os incentivos e o percentual de atendimento da métrica IAGEE afeta, em 2023, entre 7% e 20% do valor da remuneração variável. Executivos relacionados aos segmentos de E&P e Refino tem maior impacto, relativo à emissão em seus respectivos segmentos (valores decrescentes do CEO para o empregado sem função gratificada).
Gestão de riscos integrada e quantificada
A Petrobras tem um histórico de gestão e quantificação de riscos relativos à mudança climática. O nosso processo de gestão de riscos é integrado, o que permite a padronização da análise e efetivo gerenciamento de todos os riscos identificados. O conjunto de riscos relacionados à mudança climática e à transição energética foi avaliado com grau de severidade muito alto, sendo acompanhado pela alta administração. Em relação ao tema, foram mapeados Riscos de Transição e Riscos Físicos das Mudanças Climáticas, que são acompanhados e revisados anualmente: Risco de Mercado, Risco Tecnológico, Risco Regulatório, Risco Legal e Reputacional, e Riscos Físicos, como o de escassez hídrica para ativos onshore e alterações meteoceanográficas para ativos offshore
Destacamos nossa quantificação do risco de precificação de carbono sobre o valor do portfólio, considerando a possibilidade de implantação de um mercado de carbono no Brasil. As simulações consideraram implantação gradual do instrumento e faixas de valores que variam no tempo desde US$ 0/tCO2 até US$ 130/tCO2 dependendo do cenário.
Atualmente, mais de 97% das nossas emissões operacionais ocorrem no Brasil, razão pela qual nossas análises consideram as perspectivas específica no país. Destacamos também os avanços em nossos estudos para melhoria da previsibilidade das alterações climáticas físicas.
Observamos também oportunidades em novos negócios, como o biorrefino, que aproveita nossas competências em tecnologias e operações de refino. Adicionalmente, identificamos o desenvolvimento de oportunidade de colocação das correntes de petróleo do pré-sal, produzidas com menor intensidade de GEE, em mercados que valorizem produtos com esta característica.
Em 2022, contratamos uma nova linha de crédito associada a metas corporativas de sustentabilidade (Sustainability-Linked Loan), no valor de US$ 1,25 bilhão e vencimento em 5 anos. Este financiamento, celebrado com três bancos, amplia nossa estratégia de gestão de passivos, através da diversificação de modelos de financiamento e reforça nosso compromisso com a descarbonização das operações.