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Emissões Operacionais das Atividades de Óleo e Gás

Acompanhamos também as emissões operacionais somente de nossas atividades de óleo e gás, cujo cálculo das emissões operacionais não inclui as emissões oriundas de nossa atuação no mercado de termeletricidade. Dessa maneira, podemos verificar os resultados de nossos esforços em redução de emissões absolutas sem a influência do despacho termelétrico solicitado pelo ONS.

Intensidade de Emissões de GEE no E&P

Monitoramos nosso desempenho em intensidade de emissões de GEE no segmento de produção de óleo e gás, e temos resultado destacado nos campos do pré-sal.

Nosso compromisso é buscar a continuidade na melhoria da eficiência em carbono de nossas atividades de E&P, com a meta de atingir 15 kgCO2e/boe em 2025, mantidos até 2030.

Em projetos de óleo e gás, é natural que os campos amadureçam ao longo tempo, apresentando aumento progressivo da produção de água e da demanda de energia, bem como redução da taxa de produção de petróleo. Como consequência, a fim de ampliar seus níveis de produção, torna-se necessário empregar técnicas intensivas em energia, como a injeção de água e/ou gás, e isso afeta a intensidade de emissões de GEE.

Essa tendência natural de aumento de intensidade do portfólio gera um desafio adicional ao desempenho de carbono do segmento upstream. Quanto maior for a intenção de reduzir a intensidade de emissões em todo o portfólio do E&P, mais desafiador será contrabalançar o IGEE de campos maduros.

Nesse sentido, os 18 novos FPSOs que planejamos implantar neste quinquênio, se tornam um desafio e uma oportunidade para redução da intensidade de emissões.

Nota: Os valores históricos de emissões absolutas atribuídos às atividades de O&G foram revisados para incorporar as emissões de Escopo 2 provenientes da produção do vapor que é exportado por nossas termelétricas para as demais unidades operacionais. Em nosso inventário global de emissões, que inclui todas nossas atividades, as emissões destas termelétricas já estão contabilizadas em nosso Escopo 1 e não são reportadas como Escopo 2, garantindo que não há dupla contagem.

As emissões operacionais totais (Escopos 1 e 2) de nossas atividades de O&G apresentam tendência de queda contínua ao longo dos últimos anos, atingindo uma redução de 23% entre 2015 e 2022.

Principais vetores de redução da intensidade de emissões no E&P:

> Perfil de alta eficiência operacional dos novos ativos;

> Redução de queima em tocha, fugitivas e ventilação;

> Eficiência energética;

> Gestão de portfólio;

> CCUS-EOR (reinjeção de CO2 associado a Enhanced Oil Recovery – EOR – Recuperação Avançada de Petróleo).

Além disso, é importante destacar os resultados ainda mais relevantes nos campos do pré-sal, com representatividade crescente em nossa curva de produção. Somente as correntes de Tupi e Búzios, por exemplo, representaram cerca de 51% de nossa produção total em 2022.

Durante o comissionamento das novas unidades de produção, nos primeiros 3 a 4 meses de operação, os níveis de emissão de GEE são necessariamente mais elevados, já que seus sistemas de aproveitamento de gás natural ainda não estão em operação plena. Essas emissões, portanto, são consideradas emissões temporárias, e não representam o desempenho intrínseco dessas unidades.

A fim de ter maior transparência sobre o desempenho das novas unidades e das unidades implantadas passaremos, a partir de 2023, a acompanhar a performance do segmento E&P por meio de 3 métricas: IGEE E&P Unidades Implantadas (métrica de topo), IGEE E&P Novas Unidades, além do IGEE E&P do portfólio total, relacionado ao nosso histórico e compromisso de sustentabilidade (ponderação dos dois indicadores anteriores).

Para buscar uma redução ainda maior dessa intensidade, podemos atuar em duas frentes:

1) Implementar ações de mitigação nos ativos operacionais para evitar essa tendência natural de aumento; e

2) Buscar que as novas unidades já entrem no portfólio com baixa intensidade de emissões de GEE.

Desenvolvemos uma nova ferramenta para suporte à gestão de emissões de gases de efeito estufa. Um painel em tempo real implantado em mais de 30 plataformas para identificar oportunidades operacionais que venham a reduzir as emissões e aumentar a eficiência energética das unidades. O Painel Energia e Carbono é uma ferramenta de interface útil para diagnósticos e recomendações, que conecta especialistas e operadores. Está em desenvolvimento a utilização de inteligência artificial para construir diagnósticos e prognósticos mais complexos. Essa nova solução nos permite enxergar o presente com maior precisão, apoiar decisões, projetar melhor nossa trajetória futura de emissões, incluindo o impacto das inovações tecnológicas, para cumprir compromissos firmados em nossa agenda de baixo carbono.

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