1 minute read
CONTEXTO BRASILEIRO E CONTRIBUIÇÕES VOLUNTÁRIAS PARA TRAJETÓRIA DE DESCARBONIZAÇÃO DO BRASIL
pela Petrobras R$ 50 milhões entre 2022 e 2026 e a iniciativa contará com o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO) como parceiro gestor, com o papel de realizar seleções, contratar e monitorar os projetos executores.
Em parceria com o BNDES e com a execução do FUNBIO, lançamos, em novembro de 2022, no âmbito do Floresta Viva, o edital Manguezais do Brasil, o primeiro da iniciativa. Serão disponibilizados R$ 44,4 milhões, com recursos da Petrobras e do BNDES, para até nove projetos de restauração ecológica de manguezais, salgados/apicuns, restingas e suas bacias drenantes. Apostamos na importância deste edital como um avanço nesta fronteira do conhecimento, em especial no Brasil, que possui uma das maiores extensões de manguezais do mundo. Esta iniciativa irá reforçar a atuação de nossos investimentos socioambientais em carbono azul. Na carteira de projetos do Programa Petrobras
Socioambiental vigente em 2022, contamos com seis projetos apoiados com atuação em manguezais.
Um exemplo é o Projeto Mangues da Amazônia, apoiado por nós desde 2021, que tem como objetivo recuperar áreas degradadas de manguezal na maior área contínua de manguezal do planeta, localizada na costa amazônica. O projeto já reflorestou 14 hectares com 204 mil sementes e mudas, ao mesmo tempo em que desenvolveu atividades socioeducacionais com 514 crianças e jovens e capacitou 178 pessoas. Além disso, elaborou, de forma participativa, os planos de manejo para o uso sustentável do caranguejo-uçá (Ucides cordatus) e do mangue-branco (Laguncularia racemosa), auxiliando na garantia de renda e participação comunitária, na conservação da biodiversidade e na gestão de três Reservas Extrativistas Marinhas atendidas.
Nossa atuação em carbono azul
Os manguezais são ecossistemas costeiros de grande importância ecológica, social e econômica, relevantes para a biodiversidade marinha e terrestre, que servem como proteção para as áreas litorâneas e dos quais dependem muitas comunidades tradicionais. São ecossistemas sensíveis que possuem grande potencial de armazenamento de carbono e estão sujeitos à alta pressão antrópica devido à expansão urbana e a atividades relacionadas.
As lacunas de conhecimento sobre esses ecossistemas e fatores como complexidade e altos custos de transação fazem com que representem um desafio global. Este ecossistema foi o foco escolhido para uma das primeiras iniciativas voluntárias em desenvolvimento pelo World Economic Forum, no fórum “Ocean 100 Dialogues”, onde nos juntamos às maiores empresas com atuação nos oceanos para discutir sobre iniciativas corporativas transformadoras para um uso mais equitativo e sustentável dos oceanos.