10 anos Refinaria Abreu e Lima
Energia para transformar
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Produção de conteúdo
Contaccta Comunicação
Coordenação geral do projeto
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Assistência Editorial
Malu Freitas
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Textos
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Anderson Lula
Pesquisa iconográfica
Anderson Lula
Pesquisa Documental
Anderson Lula
Impressão
Lógus Gráfica
Revisão de Conteúdo
Cris Costa
Fábio Lima
Jean C. Silva
Paulo Goethe
Silvio Souza
Wagner Germano
Revisão ortográfica
Binah Propaganda
Carina Paccola
Projeto gráfico
Binah Propaganda
Vinícius Rhein
Gabriel L. Barbosa
Sergio Peixoto
Fotografia
Anderson Lula
Andrea Girão
André Martins
Athila Bertoncini
Dani Pedrosa
Daniela Alvez Souza
Earlyson Gonçalves
Eduarda Azoubel
Eva Pereira
Fábio Lima
Francisco Lima
Gabriela Hanne
Heudes Regis
José Martins
Micaella Pereira
Malu Freitas
Rafa Medeiros
Ricardo Stucketrt
Sérgio Bernardo
Steferson Faria
Vítor Patrício Barbalho
Entrevistas
Alessandra Raquel da Silva Macedo
Daniel Viana Canabrava
Fernando R. Rodrigues dos Santos
Flávio F. Casa Nova da Motta
João Batista de Aquino
Liana Maria Lippi Maciel
Ricardo Greenhaugh Barreto Neto
Rodrigo A. Mesquita dos Santos
Rômulo Cesar Estevam Angelim
Silvio Luis Oliveira de Souza
Tarcilla Raquel Gomes de Oliveira
Valdison Moreira
Wagner Germano da Cunha
Yasmin Mendonça de Farias
Agradecimentos
Alaina Suelen da Silva Dantas
Amanda Melina Gomes de Andrade
Ana C. Gonçalves do Nascimento
Carlos André Peixoto Fortes
Carlos H. Bulle Cavalcanti de Lima
Deyvid das Neves Bento
Earlyson Moreira Gonçalves
Flávio Sabbagh Armony
Grace Souza (Complexo Industrial e Portuário de Suape)
Marcela dos Santos Ferreira
Nelson Neto (Enter Jovem)
Presidente da Petrobras
Magda Chambriad
Diretor de Processos Industriais e Produtos
William França
Gerente Executivo do Refino
Marcos Jeber
Gerente Geral da Refinaria Abreu e Lima
Márcio Maia
A equipe da Refinaria Abreu e Lima agradece o empenho, o compromisso e a dedicação do profissional Anderson Magalhães Lula na produção deste livro, que celebra os 10 anos de história desta refinaria.
Mensagem da Presidente
Uma década de conquistas
Com muita alegria, celebramos uma década da Refinaria Abreu Lima, a RNEST – unidade que já nasceu como uma das mais modernas refinarias do país, localizada na cidade de Ipojuca, em Pernambuco. Construída com tecnologia nacional, seu surgimento foi marcante para todos os brasileiros, avultando a sua importância em um cenário histórico.
No marco de seus 10 anos, em 2024, a RNEST promove novamente esse efeito modernizador, sendo uma das protagonistas para a transição energética brasileira justa e inclusiva, com o incremento da produção do S-10, diesel de baixo teor de enxofre, e com vistas aos combustíveis do futuro.
Além disso, a ampliação da refinaria, que tem início neste ano de celebração, traz fortes ares de empregabilidade, valorização de mão de obra local e parcerias com empresas nacionais. Em outras palavras, endossa o papel da Petrobras no desenvolvimento econômico sustentável do Brasil, motivo de tanto orgulho para todos nós, brasileiros.
Estamos construindo uma Petrobras com foco total nas pessoas, na segurança e no meio ambiente. Ao longo de 71 anos, temos na inovação tecnológica a base para o nosso pioneirismo, o que se reflete no Plano Estratégico 2024-28+, que conta com uma carteira robusta de projetos focados na expansão da capacidade do Gás e Energia, Logística e Refino.
Nesse contexto, a RNEST está totalmente inserida na visão de futuro da Petrobras, no dueto diversificação e sustentabilidade. Isso se traduz no encontro da necessidade de exploração e produção de petróleo e gás com as demandas de negócios de baixo carbono do nosso tempo.
O investimento tempestivo em expansão e a celeridade na complexidade das refinarias são alicerces para a segurança energética. São o caminho para a autossuficiência na produção de derivados, que gera receita e prosperidade para a União, estados e municípios. A RNEST é essencial como modelo e referência para o uso de combustíveis mais eficientes e com menos emissão de gases de efeito estufa.
Uma história como a da RNEST não se constrói da noite para o dia. É fruto do empenho e dedicação de profissionais que, constantemente, dão o melhor de si na refinaria, realizando um trabalho de muita competência e espírito colaborativo. Representando a Petrobras, a RNEST saúda todo o povo do Norte e Nordeste brasileiro e enaltece a riqueza de biodiversidade dessas regiões que são o berço cultural do Brasil.
Parabéns a todos os profissionais que ajudam a construir essa história de sucesso da RNEST e fazem dela uma janela para o futuro!
Presidente da Petrobras
Mensagem do Diretor
Em 2024, celebramos com grande orgulho e emoção os 10 anos de operação da Refinaria Abreu e Lima (RNEST). Este marco não é apenas um tributo à engenharia e à tecnologia de ponta, mas também uma demonstração concreta do compromisso contínuo da Petrobras com o crescimento sustentável e a inovação no setor de refino.
Desde o início de suas operações em 2014, com o primeiro conjunto de unidades (Trem I), a refinaria tem sido essencial para atender à crescente demanda nacional por derivados de petróleo. Ela se destaca por sua avançada tecnologia de refino, automação de última geração e compromisso com o meio ambiente.
A trajetória da RNEST reflete a determinação da Petrobras em modernizar e expandir suas operações, promovendo um impacto positivo na economia e na sociedade brasileira. Com a maior taxa de conversão de petróleo cru em diesel (70%) entre todas as refinarias brasileiras, a RNEST é um pilar na circulação de produtos e riquezas em nosso país. Além disso, sua produção de Diesel S-10, com baixo teor de enxofre, está alinhada com os rigorosos padrões internacionais de qualidade, contribuindo significativamente para a redução das emissões.
Este momento de comemoração é também um reconhecimento da visão estratégica do governo federal, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem impulsionado a retomada dos investimentos no setor de Refino. Este apoio é crucial para continuarmos a fortalecer nossa infraestrutura e capacidade de produção, assegurando o abastecimento energético do Brasil e a competitividade da Petrobras no cenário global.
Minha jornada na Petrobras começou há 36 anos, em 1988, como engenheiro de processamento na Refinaria Duque de Caxias (Reduc). Desde então, tive a honra de contribuir em diversas posições na companhia. Cada etapa dessa caminhada me preparou para o desafio de liderar a área de Processos Industriais e Produtos. Sinto uma enorme alegria de ter participado ativamente da história da RNEST, coordenando a equipe de partida, e hoje, vejo com orgulho o quanto avançamos.
Celebrar os 10 anos da RNEST é celebrar o empenho, a dedicação e a competência de todos os profissionais que fizeram e fazem parte dessa história. É um momento de gratidão e reconhecimento pelo trabalho árduo e pela paixão com que enfrentamos cada desafio. É, acima de tudo, uma reafirmação do nosso compromisso em continuar investindo no futuro, em inovação e na sustentabilidade de nossas operações.
William França
A RNEST não é apenas uma refinaria, é um legado de excelência e um exemplo do que podemos alcançar quando trabalhamos juntos por um objetivo comum. Que os próximos anos sejam de ainda mais conquistas e avanços, solidificando nosso papel como líderes no setor de energia.
Diretor de Processos Industriais e Produtos
Mensagem do Gerente Geral
Mensagem do Gerente Executivo
Há 10 anos, a Refinaria Abreu e Lima (RNEST) deu início a uma importante parte da história da Petrobras e entrou na vida de muitos brasileiros. Desde 2014, temos orgulho de operar uma das mais modernas refinarias do país, localizada em Ipojuca, Pernambuco. Tive, junto com nosso diretor William França, a honra e a oportunidade de ajudar na partida desta importante Refinaria e, para mim, ver a RNEST crescer e contribuir para a segurança energética do Brasil é motivo de grande satisfação.
A RNEST não é apenas uma refinaria; ela simboliza nosso compromisso com o futuro do Brasil. Com capacidade atual para processar 115 mil barris de petróleo por dia e com robustos planos de expansão que vão dobrar esta capacidade, a RNEST tem sido essencial na produção de combustíveis de alta qualidade, como o Diesel S-10, que mantém as nossas estradas e cidades em movimento, enquanto cuida do meio ambiente.
Estes 10 anos são, acima de tudo, um testemunho do trabalho árduo, da dedicação e da superação de desafios por parte de todos que fazem parte dessa jornada. Cada avanço tecnológico, cada melhoria operacional, reflete o espírito de inovação e resiliência que nos define. E não posso deixar de mencionar a contribuição significativa da RNEST para o crescimento econômico do Nordeste, uma região tão rica em cultura e com um enorme potencial de desenvolvimento.
Olhando para o futuro, a Refinaria Abreu e Lima vai desempenhar um papel fundamental para atingirmos a autossuficiência na produção de derivados, uma das nossas ambições previstas no Plano Estratégico 2024-28.
Esta é uma história que construímos juntos e que continua a nos inspirar a cada novo dia. Parabéns a todos que fazem parte desses 10 anos de história da RNEST, do Refino e da Petrobras!
Marcos José Jeber Jardim
Gerente Executivo do Refino
A Refinaria Abreu e Lima (RNEST), desde sua partida em 2014, nasceu como a refinaria mais moderna construída pela Petrobras, com foco principal na produção de diesel, e foi um marco para Pernambuco, para o Nordeste e para o refino no Brasil.
A refinaria é motivo de muito orgulho para nós, pois é responsável por atender a demanda do nosso mercado local, ou seja, a região Nordeste, e por abastecer outras regiões do país. Temos muita satisfação de produzir em solo pernambucano boa parte dos derivados que movem nossa sociedade e que geram riquezas para o nosso país.
Tive o privilégio de compor a equipe RNEST após a partida, e pude acompanhar o início das transformações que a nossa refinaria passou, tanto na implementação dos processos operacionais, como na gestão. Hoje, olhando para trás, percebo que seguimos com garra, empenho e competência e temos cada vez mais alcançado resultados significativos.
Tudo isso só foi possível porque damos atenção às pessoas, decidimos atuar com as melhores práticas de SMS e focar na excelência. Assim, vamos sempre crescer como unidade do Refino, com confiabilidade, e devolver à sociedade produtos com qualidade para atender às demandas do Brasil.
Outro grande valor na nossa empresa é a integração. Por isso, destaco e agradeço a todas as pessoas que com muita dedicação, superação e energia construíram essa história de sucesso, permitindo celebrarmos os 10 anos de operação da RNEST.
Temos um futuro brilhante pela frente para a nossa refinaria. Acredito que as bases foram criadas para atingirmos todo no nosso potencial. Há muitos desafios ainda pela frente e, para cada um deles, conto com a contribuição valorosa de cada integrante da força de trabalho. Tenho certeza de que a nossa energia fará a diferença.
Grande abraço, Márcio Maia
Gerente Geral da Refinaria Abreu e Lima
Uma Nova Refinaria no Nordeste ---
A Petrobras e o Nordeste
A história e o surgimento da Petrobras têm relação direta com o Nordeste. Foi em Lobato, bairro de pescadores e operários de Salvador, que a lama negra usada pelos moradores para acender suas lamparinas jorrou por uma sonda pela primeira vez em 21 de janeiro de 1939, com tal força que quase desmontou a perfuradora, marco do início da exploração de petróleo no Brasil. Mesmo não se mostrando comercialmente viável, o poço de Lobato deu início à descoberta de outros reservatórios
do combustível que o país importava para desenvolver a sua economia.
O primeiro campo comercial de petróleo no Brasil foi identificado em 14 de dezembro de 1941, em Candeias, no Recôncavo baiano. A primeira refinaria do país surgiu já em 1950, em Mataripe, distrito do município de São Francisco do Conde, no terreno da antiga fazenda Porto Barreto, às margens da Baía de Todos os Santos. A Refinaria Nacional do Petróleo foi incor-
porada à Petrobras em 1953, quando a Petróleo Brasileiro S.A. foi criada pela Lei 2004, assinada pelo então presidente Getúlio Vargas, tornando-se a responsável pelo monopólio da exploração de todas as etapas da indústria petrolífera do país, com exceção da distribuição.
Da terra para o mar, a exploração de petróleo em águas territoriais brasileiras também aconteceu primeiro no Nordeste. A Petrobras 1 (P-1) , unidade
móvel de perfuração com capacidade para operar em águas de até 60 metros de profundidade, iniciou a produção no primeiro campo de petróleo na plataforma continental brasileira, no litoral de Sergipe, em 1969, dando origem a o campo de Guaricema.
Com a exploração de novas jazidas no país (principalmente na Bacia de Campos e até na Amazônia), a Petrobras conseguiu fazer o Brasil atingir a autossuficiência susten-
tável em 2005, passando a exportar mais petróleo e derivados do que importar. Em 2007, a descoberta de petróleo e gás no pré-sal abriu uma nova possibilidade em tecnologia e produção.
Mas o Nordeste nunca saiu dos planos da Petrobras. Já na década de 1960, a companhia projetava que a região precisaria de mais uma refinaria. Era apenas uma questão de tempo, de crescimento de consumo e de necessidade de abasteci -
mento de um mercado formado por nove estados com área equivalente a 18% do território nacional.
Segundo estudos da própria Petrobras, com o crescimento da demanda interna por derivados estimado em 2,6% e 2,7% ao ano, a oferta de derivados, determinada pela capacidade do parque de refino do país, esgotaria-se em algum momento entre 2010 e 2011. Em setembro de 2005, surge o anúncio oficial de que o Brasil teria
uma nova refinaria, desta vez no Nordeste. Sendo já exportador de gasolina, o país precisava de uma nova refinaria, a sua 12ª à época, que produzisse principalmente diesel. O diesel seria o principal produto da futura RNEST e representaria cerca de 70% do volume total processado na refinaria pernambucana. O derivado atenderia, predominantemente, o mercado do Norte/Nordeste, substituindo importações e reduzindo os custos na logística do abastecimento.
O primeiro campo comercial de petróleo no Brasil foi identificado em 14 de dezembro de 1941, em Candeias, no Recôncavo baiano.
Primeira
Uma refinaria desejada por Pernambuco
O padre dominicano francês Louis Joseph Lebret (1897-1966) foi um economista que procurava conciliar o desenvolvimento industrial com a melhoria das condições da população mais pobre na Europa e nos países do Terceiro Mundo. Convidado pelo Governo do Estado em 1954, veio a Pernambuco para estudar alternativas estratégicas para o estado e o Nordeste.
Em seu relatório, transformado no livro Estudo sobre Desenvolvimento e Implantação de Indústrias, Interessando a Pernambuco e ao Nordeste, Lebret destacou que o estado era o ponto ideal na região para a implantação de uma refinaria de petróleo bruto. “Além de centro distribuidor atual e natural de todos os produtos petrolíferos no Nordeste, possui o Recife um grande porto e uma rede de
comunicações que permite atingir todos os estados da região. Cremos, por isso, que é um dos pontos absolutamente essenciais conseguir uma refinaria de petróleo nesse imenso espaço a abastecer. E isto é um assunto que consulta rigorosamente o interesse de toda a região”. O estudo repercutiu fortemente e se transformou no marco inicial do desejo pernambucano em possuir uma refinaria de petróleo.
Desde a década de 1960, a Petrobras já considerava a necessidade de instalar uma nova unidade de refino de petróleo no Nordeste. Estudos realizados pela companhia em 1962 apontavam a região como a mais compatível para um empreendimento de grande porte que deveria ser construído no início de 1970,
quando a ampliação da Refinaria Landulpho Alves, na Bahia, não conseguiria suprir a demanda de combustível dos estados mais ao norte do país.
O que tornaria Pernambuco mais competitivo entre os estados que disputavam a indicação técnica foi a construção de um complexo portuário, capaz de receber navios de grande porte e com estrutura para movimentar matérias-primas líquidas e volumosas. Com Suape,
seria possível ter uma refinaria em um ponto logístico estratégico no Nordeste. Em janeiro de 1987, um estudo da Petrobras já apontava Pernambuco como a melhor alternativa para a construção de uma refinaria de 30 mil metros cúbicos diários de processamento. A infraestrutura do complexo de Suape, a disponibilidade de mão de obra especializada e de serviços de apoio foram os diferenciais apresentados por Pernambuco.
Outras vantagens que a Petrobras apontava nesse estudo para uma refinaria em Pernambuco eram a localização geográfica de Suape (57% do mercado nordestino a ser abastecido fica num raio de 400 km), a oferta pelo governo do estado de um píer privativo e de uma área de mais de 600 hectares e, além disso, a garantia de proteção ambiental. Um Comitê Pró-Refinaria de Petróleo chegou a ser criado em 1987 em Pernambuco para convencer o governo federal a implantar o empreendimento no estado. Integrado por líderes empresariais, políticos e entidades civis, como a Associação Comercial de Pernambuco e o Clube de Engenharia, a entidade distribuiu panfletos, bottons e espalhou pelo Recife dezenas de outdoors com o slogan “Refinaria em Pernambuco: Uma Questão de Justiça”. Até concerto com orquestra sinfônica foi realizado no dia 26 de agosto daquele ano para angariar fundos para a campanha. Em 1994, a Petrobras instituiu um
Grupo de Trabalho para estudar a implantação de uma unidade de refino nas regiões Nordeste ou Norte. Além de Pernambuco, os estados do Ceará, Maranhão e Pará surgiam como alternativas levando-se em conta a logística de transporte do petróleo e seus derivados. Duas cidades do interior, Salgueiro (PE) e Juazeiro do Norte (CE) também estavam na disputa. Já em abril de 1995, a Petrobras entregou um relatório à Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados indicando os custos de investimento, suprimento e distribuição de uma futura refinaria no Nordeste. As opções apresentadas foram Suape (PE), Mossoró (RN), Paracatu (CE), Itaqui (MA) e Barcarena (PA).
Enquanto os estados se mobilizavam na elaboração de dossiês e campanhas de marketing, reivindicando a instalação de um empreendimento considerado essencial para a industrialização e o desenvolvimento econômico do Nordeste, Pernambuco investia, com recursos próprios, na ampliação da infraestrutura de Suape. Em 1999, com a conclusão da dragagem de 1,3 milhão de metros cúbicos do seu cais interno, o porto se abria para o tráfego marítimo internacional.
Em 2000, começaram a surgir os primeiros estudos que mostravam que, com as perspectivas de crescimento econômico que se tinham do país a partir daquele ano, seria necessária uma nova unidade de refino. Um
outro grupo de trabalho foi constituído em 2004 dentro da Petrobras para encontrar o lugar ideal no Nordeste, considerando que as unidades existentes já não contavam com áreas para expansão. Equipes da companhia visitaram os locais indicados pelos governos estaduais para o empreendimento no Maranhão, Ceará e Pernambuco. Também compilaram informações técnicas a respeito do impacto econômico e ambiental de uma gigantesca unidade de refino no litoral.
Desde o início, a projeção era de que a refinaria do Nordeste teria uma capacidade de processamento diário de 200 mil barris de um petróleo pesado, que era o extraído no Campo de Marlim, um dos maiores campos da Petrobras antes do pré-sal. Era preciso estar localizada em uma área portuária de águas profundas, ter garantia de abastecimento d’água de forma sustentável e que sua construção gerasse reduzido impacto ambiental. Nas proximidades de Suape quase não existia mangue, mata atlântica ou curso d’água que implicasse restrições ecológicas. A cidade mais próxima, Cabo de Santo Agostinho, estava a 12 km de distância. O local designado oferecia espaço para futuras expansões.
Outdoor da Campanha “Refinaria em Pernambuco:
Uma Questão de Justiça”.
Em 2004, os técnicos da Petrobras apresentaram em relatório que, na instalação da refinaria no Nordeste, dois terços dos custos seriam na parte logística e um
terço, na área de refino.
No dia 29 de setembro de 2005, a diretoria executiva da Petrobras aprovou a proposição para a implantação de uma nova refinaria de petróleo. Embasada em diversos estudos de mercado e localização, com capacidade de refino de 31.800 m³/d (200 mil barris/dia), visando à máxima produção de diesel, a refinaria do Nordeste ficaria situada no estado de Pernambuco.
Elaborado pelo Centro de Pesquisa da Petrobras (Cenpes), áreas on site, e pela Engenharia, áreas off site e extramuros, o projeto conceitual foi iniciado e concluído em 2006. Atendendo a um dos incentivos oferecidos por Pernambuco, o estado aprovou a Lei nº 13.072, de 19 de julho de 2006, que instituía a sistemática de tributação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) relativa à refinaria de petróleo, com benefícios para ajudar na implantação do empreendimento.
Consumo de óleo diesel no Brasil
De acordo com o Plano de Negócios 2006-2010 elaborado pela Petrobras, o mercado de derivados de petróleo no Brasil apresentava um aumento expressivo no consumo de óleo diesel. Enquanto em 2006 a necessidade era de 706 mil barris por dia, o volume cresceria para 779 mil bpd em 2010, 902 mil bpd em 2015 e chegaria a 1.105 bpd em 2020.
O documento apontava as estratégias do segmento de negócios até 2020: aumentar a capacidade de refino no Brasil, processando o máximo de petróleo nacional produzido, adequar o parque existente e as expansões de refino no país para atender aos padrões e tendências de qualidade dos produtos, além de desenvolver parcerias comerciais e logísticas em modais alternativos.
A escolha por Pernambuco
No dia 29 de setembro de 2005, através do comunicado “Diretoria Aprova Refinaria no Nordeste com PDVSA”, a Petrobras anuncia oficialmente a construção de sua nova unidade de refino, a refinaria do século XXI, no local indicado por seus técnicos: o Complexo Industrial e Portuário de Suape, em Pernambuco.
Depois da inauguração da Refinaria
Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos (SP), em 1980, a Petrobras voltaria a construir, em Pernambuco, aquela que passaria a ser a sua mais nova e moderna unidade de refino de petróleo.
O documento afirmava que a refinaria teria capacidade para processar 200 mil barris de petróleo pesado por dia (dividido em dois conjuntos – “trens”). “O esquema de refino será orientado para maximizar a produção de óleo diesel e gás liquefeito de petróleo, para atender o crescimento da demanda de derivados do Nordeste em 2011”, ressaltava o texto.
No dia 16 de dezembro, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez participaram da cerimônia de lançamento da pedra fundamental no local onde seria erguida a refinaria, que já havia sido batizada de “Abreu e Lima”, em homenagem ao pernambucano revolucionário que se tornou um herói venezuelano.
29 de Setembro de 2005. Presidentes Lula e Hugo Chávez (Venezuela) na cerimônia que anunciou a escolha de Pernambuco como localização da futura refinaria Abreu e Lima.
Critérios de avaliação para a instalação uma refinaria da Petrobras
Aspectos Técnico-Econômicos
Disponibilidade de Terrenos;
Instalações Portuárias;
Disponibilidade de Água;
Disposição de Efluentes;
Gás e Energia Elétrica;
Aspectos Socioeconômicos
Dinamização da Economia;
Aumento da arrecadação pública;
Contribuição para o desenvolvimento social;
Pressão sobre a infraestrutura;
Interferência com o atual uso e ocupação do sítio;
Manejo e Recepção de Crus e Produtos;
Vias de Comunicação;
Aspectos Técnico-Econômicos;
Aspectos Qualitativos de Segurança, Meio Ambiente e Saúde.
Comprometimento do patrimônio histórico-cultural;
Interferência na atividade econômica;
Geração de expectativas contrárias ao empreendimento;
Risco de conflito de uso do solo;
Aspectos de SMS (Segurança, Meio Ambiente e Saúde)
Viabilidade Atmosférica;
Disponibilidade Sustentável de Água
Viabilidade de Descarte de Efluentes; Vulnerabilidade do Solo e Águas Subterrâneas;
Áreas Degradadas ou Impactadas e Estruturas;
Aumento do risco de acidentes na operação da refinaria. Resíduos;
Aspectos de Zoneamento, Regularidade da Localização e Uso do Solo;
Segurança;
Biodiversidade e Áreas de Proteção;
Saúde e Capacidade de Atendimento.
Do Campo de Marlim para Ipojuca
Descoberto em janeiro de 1985, o Campo de Marlim, na porção nordeste da Bacia de Campos, no litoral do Rio de Janeiro, incorporou ao portfólio da Petrobras um petróleo definido como “pesado e doce”, pela sua alta densidade e baixo teor de enxofre. Com 20 graus na escala API (American Petroleum Institute), ele apresenta melhor rendimento nas frações consideradas mais pesadas, como óleo diesel, o principal produto da futura Refinaria Abreu e Lima.
Com um volume de petróleo de cerca de 9
bilhões de barris, o desenvolvimento definitivo do Campo de Marlim começou com a instalação da plataforma P-18 em maio de 1994. Em 2007, sua exploração atingia 480 mil barris/dia. Nesta época, era o ainda maior ponto produtor de petróleo do Brasil, posição que perdeu com a descoberta e investimento de outros campos pela Petrobras, inclusive na fase pré-sal.
O Campo de Marlim13 ocupa uma área de 149,4 km² a cerca de 110 km a leste do Cabo de São Tomé. Sua lâmina d’água varia entre 650 e 1.050 metros. O petróleo
extraído, por suas características, despertou o interesse de outros países, inclusive os maiores produtores do mundo, como os Emirados Árabes Unidos, que recebia 10 mil barris/dia para processar na refinaria Fujiarah, na cidade às margens do Golfo de Omã, próxima ao Estreito de Ormuz.
Além dos países árabes, Argentina, Chile, Antilhas Holandesas, Costa do Marfim, Itália, França, Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e China tornaram-se clientes da Petrobras interessados no petróleo do Campo de Marlim. Por suas características próprias, ele
apresentava uma boa gama de rendimentos em produtos destilados como gasolina e óleo diesel menos poluentes.
Para a Petrobras, era mais rentável economicamente vender ao exterior do que refinar no próprio país. Com uma nova refinaria projetada para processar este tipo de petróleo, o que seria extraído em Marlim poderia se tornar um óleo diesel de excelente qualidade produzido no Brasil, reduzindo a dependência da importação deste insumo estratégico para o desenvolvimento nacional.
Tipos de petróleo por grau API
Posição estratégica
Petróleo leve
Possui ºAPI maior que 30, constituído basicamente por alcanos, e uma porcentagem de 15 a 25 de cicloalcanos.
Petróleo médio
°API de 22 a 30. Além de alcanos, contém de 25% a 30% de hidrocarbonetos aromáticos.
Petróleo pesado
Possui °API menor que 22 e é composto só de hidrocarbonetos aromáticos.
Petróleo extrapesado
Possui °API menor que 10 e é constituído de hidrocarbonetos de cadeia longa (superior ao pentano)
Um dos pontos destaques na escolha por Pernambuco foi a sua localização junto ao porto e sua posição estratégica. Situado a cerca de 40 quilômetros do Recife, o Complexo Industrial e Portuário de Suape tem localização privilegiada para realizar negócios com a Europa, a África e os Estados Unidos, além de uma excelente conectividade logística devido à sua infraestrutura e às malhas rodoviária, aeroviária e naval disponíveis.
O terminal portuário, onde se encontra a Refinaria Abreu e Lima, está situado numa área de influência que abrange, num raio de 800 quilômetros, 90% do PIB (Produto Interno Bruto) da região. Neste perímetro se encontram sete capitais nordestinas, seis aeroportos internacionais e mais de 30 cidades de médio porte.
O Complexo de Suape surgiu como instituição pública em 1978. A sua localização foi determinada por possuir águas profundas junto à linha da costa, com cerca de 17 metros a 1,2 quilômetro de um cordão de arrecifes.
A relação de Suape com a Petrobras teve início em 8 de novembro de 1983, com a utilização pela companhia do recém-inaugurado Píer de Granéis Líquidos, o PGL -1. O navio Araxá trouxe álcool que foi armazenado em quatro tanques de 5 mil m³ cada.
A importância da água
A definição por Pernambuco levou em conta a garantia de abastecimento de um grande volume de água, utilizado no processo de refino do petróleo, no resfriamento das torres e na produção de vapor para geração de energia por termelétrica. O consumo total inicial previsto era de 1.420 litros por segundo, fornecidos pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) por três mananciais diferentes: o Rio Ipojuca e as barragens do Utinga e do Bita.
Para garantir a entrega da água bruta para a que seria o seu maior cliente individual, a Compesa precisou construir uma estação elevatória e implantar duas adutoras, cada uma com aproximadamente um quilômetro de extensão. Fazendo-se um comparativo, o volume de água usado pela refinaria é suficiente para abastecer um município como Garanhuns, no Agreste, com cerca de 150 mil habitantes.
O critério aprovado no projeto conceitual da Abreu e Lima foi o de minimização do consumo de água, ampliando gradativamente o reúso do líquido que for utilizado em outros processos.
Parceria com a PDVSA
A construção da Refinaria Abreu e Lima foi planejada em conjunto com a Petróleos de Venezuela S.A. (PDVSA). Essa parceria visava fortalecer as relações comerciais entre os dois países e aproveitar a expertise da companhia venezuelana na produção de petróleo pesado.
A ideia da parceria partiu do presidente Hugo Chávez, que em setembro de 2000 esteve no Recife, onde visitou o túmulo do General Abreu e Lima, um dos heróis do seu país, e participou de reunião com
empresários da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe). No mês seguinte, uma comitiva pernambucana desembarcou em Caracas para discutir negócios conjuntos, inclusive a construção de um gasoduto.
O interesse de Chávez coincidiu com o momento em que a Petrobras avaliava a construção de uma nova refinaria no Brasil. As negociações começaram e, em 2003, os presidentes Lula e Chávez assinaram um protocolo de intenções para tocar o empreendimento. A nova refinaria seria de 60% de propriedade da Petrobras e 40% da PDVSA. Contaria com um contrato de abas-
tecimento pelo qual a estatal venezuelana garantiria o fornecimento de 100 mil barris de petróleo por dia do campo Carabobo 1, na Faixa do Rio Orinoco.
A PDVSA tinha interesse em investir em Pernambuco e participar da construção da Refinaria Abreu e Lima por algumas razões estratégicas:
1. Refinar o seu petróleo pesado;
2. Incrementar o comércio de petróleo e derivados entre Brasil e Venezuela;
3. Diver sificar mercados, reduzindo a dependência dos Estados Unidos;
4. Cumprir acordo de transferência de tecnologia mútua com a Petrobras.
General Abreu e Lima
Nascido no Recife em 6 de abril de 1794, José Ignácio de Abreu e Lima participou ativamente dos movimentos de independência na América Latina, tornando-se parceiro crucial de Simon Bolívar nas batalhas que mudaram o mapa da América do Sul no século XIX, resultando no fim do domínio espanhol sobre a Grã-Colômbia (Panamá, Colômbia, Venezuela e Equador).
Filho de José Ignácio Ribeiro de Abreu e Lima, conhecido pela alcunha de Padre Roma, assentou praça em setembro de 1811 no Regimento de Artilharia da guarnição de Pernambuco. No ano seguinte, ingressou na Academia Militar Real do Rio de Janeiro como soldado de Artilharia.
Depois de concluir seu curso de cinco anos, regressou ao Recife já como capitão do Regimento de Artilharia. Preso em Salvador por participação na Revolução Pernambucana de 1817, testemunhou a morte de seu pai, Padre Roma, fuzilado no Campo de Santana ou da Pólvora, na capital baiana.
Seis meses depois deste episódio, fugiu junto com o seu irmão Luís da Fortaleza São Pedro em fevereiro de 1818, com o apoio da Maçonaria. Os dois seguiram para os Estados Unidos.
Seis meses depois, Abreu e Lima desembarcou em La Guaira, na Colômbia, atraído pelas histórias a respeito de Simon Bolívar. Sob a liderança do general, ingressou como capitão nas forças da Grã-Colômbia.
Atuando como chefe do Estado-Maior, era o único a possuir um curso numa Academia Militar. Sua experiência de armas e habilidades estratégicas foram fundamentais em batalhas decisivas, contribuindo significativamente para o surgimento de vários países do continente sul-americano.
Mesmo sendo alvo de ataques e até ter ficado preso por agressão, a golpes de sabre, a um jornalista desafeto, permaneceu na Colômbia até agosto de 1831, quando terminou expulso, junto com os últimos fiéis à causa de Bolívar, por determinação do governo do país que ajudou a libertar e a defender na guerra civil que se seguiu.
Mudou-se para a Europa, onde em Paris (1831) conheceu D. Pedro I, que abdicara ao trono e a quem prestou solidariedade. De volta ao Recife, teve destacada atuação política e jornalística, mas não conseguiu eleger-se deputado. Apoiador da Monarquia brasileira, teve reconhecidos os seus direitos de cidadão e permissão de usar o título de general e as medalhas recebidas durante a campanha de Independência da Venezuela, Colômbia e Peru. Usou pela última vez seu uniforme de general de Bolívar ao visitar o Imperador D. Pedro II.
Católico, ecumênico e maçom grau 33, faleceu no Recife no dia 8 de março de 1869. O bispo dom Francisco Cardoso Ayres negou-lhe sepultura no cemitério de Santo Amaro. Como defensor da liberdade de culto dos protestantes, seu túmulo acabou sendo no Cemitério Anglicano dos Ingleses.
Desde 1937 é patrono da cadeira 35 do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil, e uma instituição cultural da Venezuela leva o seu nome.
Como tenente-coronel, atuou nas batalhas de Boyacá e Carabobo, que resultaram respectivamente na independência da Colômbia e da Venezuela, e depois na batalha de Ayacucho, conhecida como a Batalha das Nações, que assegurou a libertação do Peru do domínio espanhol e é considerada a última batalha da libertação colonial da América do Sul.
A mais moderna refinaria brasileira
A Refinaria Abreu e Lima foi projetada para ser a mais moderna já construída pela Petrobras, com avançadas tecnologias de refino, baixo custo de manutenção e com o maior nível de automação para atingir alto grau de confiabilidade e desempenho.
Sua concepção teve como objetivo atender a diretrizes ambientais de categoria internacional, com destaque para um baixo consumo energético, uso otimizado de água e a máxima qualidade de seus produtos, principalmente o diesel. O projeto da então Refinaria do Nordeste foi concebido já incorporando unidades com alto índice de eficiência e várias tecnologias de ponta, contribuindo para a redução de impactos ambientais.
Essas tecnologias reduzem as emissões atmosféricas, os níveis de contaminantes de seus efluentes, o consumo de água, além do maior aproveitamento de resíduos sólidos e geração de produtos de melhor qualidade (diesel com teores de enxofre inferiores a 50 ppm).
Dentre todas as refinarias brasileiras, a Abreu e Lima tinha como maior diferencial operar com a maior taxa de conversão de petróleo cru em diesel (70%), combustível essencial para a circulação de produtos e riquezas do país. Com fácil acesso por cabotagem aos mercados consumidores do Norte e do Nordeste, seria de relevância estratégica como principal hub da Petrobras para estas duas regiões.
Maquete da Refinaria do Século XXI.
Cessão do terreno
No dia 16 de agosto de 2006, a Petrobras realizou cerimônia no Recife para celebrar a recepção de uma área de 420 hectares, cedido pelo governo do estado, para a instalação da Refinaria Abreu e Lima no Ipojuca. No local passavam um gasoduto, uma linha de transmissão e uma rodovia que teriam que ser realocados. O duto tinha extensão de 4 quilômetros. O restante do terreno necessário, de 210 hectares, estava sendo negociado entre Suape e a Usina Salgado.
O evento também marcou a assinatura do contrato com a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento (Fade) da Univer-
sidade Federal de Pernambuco (UFPE) para a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental (EIA). O Departamento de Oceanografia seria o principal responsável pelo trabalho, que teria duração prevista de oito meses.
As cidades vizinhas ao Complexo de Suape também começavam a se preparar para a chegada do grande empreendimento. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) destinou uma linha específica de financiamento para ajudar as administrações municipais em obras de infraestrutura, saneamento e melhoria do transporte público.
Licença de Instalação emitida pelo CPRH em 27/08/2007.
Processo de licenciamento
O processo de licenciamento ambiental teve início em agosto de 2006, quando a Petrobras assinou os contratos para a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório sobre o Meio Ambiente (EIA/Rima) com a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Econômico da Universidade Federal de Pernambuco. O documento seria analisado pela Agência Estadual de Meio Ambiente do estado (CPRH), responsável pela emissão da licença de funcionamento do empreendimento.
Com os estudos concluídos, a Petrobras
e a CPRH realizaram Audiência Pública no dia 23 de maio de 2007 a fim de ouvir a sociedade e cumprir mais uma etapa para obter a licença de início da construção da refinaria. Ficou definido, entre outras medidas, que 0,5% do valor da refinaria seria usado como compensação ambiental pela supressão de 1,7 hectare de mangue.
Segundo o EIA, o plano de gerenciamento dos resíduos sólidos da Refinaria Abreu e Lima seria realizado de acordo com as normas e procedimentos já adotados pela Petrobras nas suas demais unidades de refino. A Abreu e Lima receberia um forte
investimento da companhia com o objetivo de aprimorar seus processos e reduzir seus resíduos industriais através de tecnologias consagradas mundialmente.
A primeira licença emitida pela CPRH foi a Prévia (LP), no dia 28 de julho de 2007, que indicava a viabilidade do empreendimento, mas condicionava o início das obras a uma série de informações da Petrobras, como os projetos executivos de ações relacionadas ao EIA.
A Licença de Instalação (LI) foi concedida pela CPRH em 27 de agosto. Menos de um mês após a liberação da LP, a Petrobras estava autorizada a trabalhar no local da refinaria. Ao todo, o processo de obtenção das licenças necessárias para a grande obra durou menos de cem dias depois da realização da Audiência Pública.
O início das obras de terraplenagem foi comunicado no dia 4 de setembro de 2007, em evento no terreno da Refinaria com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Os trabalhos tiveram início imediato e envolveram cerca de 1.200 trabalhadores.
Convite do Evento de Início das Obras da Refinaria Abreu e Lima com a presença do presidente Lula 04/09/2007.
Estudo de Impacto Ambiental - Relatório de Impacto Ambiental - Agosto de 2007.
Audiência inédita no Brasil
A Audiência Pública realizada no dia 23 de maio de 2007 em Suape, no mesmo local onde seria construída a Refinaria Abreu e Lima, foi a primeira em que foi discutido o impacto da construção de uma unidade de refino de petróleo no país. O evento reuniu dois mil participantes, entre autoridades e representantes da sociedade civil, que puderam opinar sobre o EIA/Rima elaborado
por uma equipe de químicos, engenheiros, biólogos, sociólogos e advogados da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Rural (UFRPE) e Fundação de Apoio ao Desenvolvimento.
A Petrobras, que já adotava preceitos de segurança do trabalho em procedimentos normais, foi orientada a seguir
algumas recomendações, como instalar um emissor submarino para que sejam lançados ao mar, numa distância superior a 2 mil metros, todos os efluentes já devidamente tratados, evitando riscos à fauna e flora marinhas. Outra condição estabelecida pela CPRH, por medida de segurança, seria que os dutos deveriam ter paredes duplas para que possíveis
vazamentos de combustíveis pudessem ser detectados com antecedência, antes de contaminar o meio ambiente.
A viabilidade ambiental do empreendimento foi certificada após os estudos de análise de riscos realizados e apresentados no texto final do EIA/Rima.
Audiência Pública realizada em 23/05/2007.
Vista aérea de Porto de Galinhas, Ipojuca-PE.
Ipojuca tem história
Óleo para movimentar o Brasil
O município de Ipojuca, onde está situada a Refinaria Abreu e Lima, consolidou-se como uma das mais importantes regiões do sistema colonial em Pernambuco. Com dois portos - Porto de Galinhas e Suape - além da maior várzea de massapê do Nordeste, a cidade fazia parte do triangular comércio colonial. Galinhas ganhou esse nome porque era assim que se referia aos escravos chegados da África, naquele período.
O distrito de Ipojuca foi criado pela lei municipal de nº 2, de 12 de novembro de 1895. A vila surgiu com sede na povoação de Nossa Senhora do Ó e depois foi transferida para a povoação de São Miguel de Ipojuca. Com o decreto estadual de nº 23, de 4 de outubro de 1890, a sede foi restabelecida em Nossa Senhora do Ó. Há inúmeras controvérsias sobre a data de fundação de Ipojuca, mas, segundo um vigário da freguesia seria no ano de 1596. A origem do seu nome é indígena, do tupi guarani Iapajuque, que significa Água Escura.
Administrativamente, o município é formado pelo distrito sede e pelos povoados de Camela, Nossa Senhora do Ó, Porto de Galinhas, Praia do Toquinho e Suape. Anualmente, no dia 30 de março, Ipojuca comemora a sua emancipação política.
Como dependente do transporte rodoviário, o Brasil precisa de óleo diesel para movimentar a sua frota crescente de caminhões e ônibus. Mais de 60% das cargas
no país circulam atualmente pelas estradas nacionais, enquanto países como Canadá (19%), China (35%) e Estados Unidos (43%) apresentam um menor índice de TKU (tonelada-quilômetro útil).
Reduzir a necessidade de importação deste combustível foi um dos fatores fundamentais para a implantação da Refinaria Abreu e Lima pela Petrobras. Em 2001, a empresa previa crescimento anual médio da demanda doméstica de derivados de 3,5% ao ano até 2010, com pressão evidente na balança comercial. Em 2004, quando os técnicos apresentaram Pernambuco como o local ideal para uma unidade de refino voltado principalmente para o óleo diesel, o consumo no Brasil apresentava uma demanda crescente. A comercialização de óleo diesel pelas companhias distribui-
doras naquele ano havia atingido o patamar de 39,1 milhões de metros cúbicos, com acréscimo de 6,4% nas vendas em relação a 2003.
O óleo diesel representava 46,7% do total do mercado de venda de derivados de petróleo. O resultado positivo de 2004 havia ocorrido, sobretudo, em função do bom desempenho da economia brasileira, que cresceu 4,9% em relação a 2003, afetando o nível de atividade do setor de transportes de carga, o principal consumidor de óleo diesel. Com exceção do Acre e do Rio de Janeiro, todos os estados do país tiveram aumento nas vendas de óleo diesel no período 2003-2004. A região Norte foi a que teve o maior incremento nas vendas de óleo diesel no ano (14,4%), concentrando 8,7% do total vendido no país. A região
Sudeste teve o maior volume de vendas (43,6%), enquanto as regiões Sul, Nordeste e Centro-Oeste responderam, respectivamente, por 20,7%, 14,4% e 12,5%.
A balança comercial de diesel no Brasil apresenta historicamente déficit, quando comparados os volumes de importação e exportação desse derivado. Mesmo com o aumento da mistura de biodiesel ao diesel fóssil, a necessidade de compra deste tipo de combustível prosseguirá no país.
Investir numa maior fabricação própria de diesel é estratégico para a economia nacional e fundamental para manter uma política de preços estável, preservando toda a cadeia deste mercado (Petrobras, refinadores privados, produtores de biocombustíveis e importadores).
Principais aplicações do diesel
• Veículos de transporte de passageiros e de cargas leves, pesados e extrapesados;
• Máquinas e veículos para uso agrícola, uso em mineração e em obras civis;
• Geradores de energia e máquinas em indústrias e em usinas térmicas para o sistema elétrico integrado, além de geradores de energia auxiliar e de emergência para uso local;
• Locomotivas de composições ferroviárias.
Preparando o terreno
Início das obras
O início das obras, em 2007, no terreno onde seria instalada a Refinaria do Nordeste foi um desafio de engenharia para o projeto desenvolvido inteiramente pela Petrobras. Seria em Ipojuca, município da Região Metropolitana de Recife, em Pernambuco, que funcionaria a primeira refinaria de petróleo inteiramente construída com tecnologia nacional e também a mais moderna do país.
Uma refinaria concebida para processar 100% de petróleo pesado com o mínimo de impactos ambientais, produzindo combustíveis com teor de enxofre menor do que o exigido pelos padrões internacionais mais rígidos, de 10 partículas por milhão (ppm). Mas antes era preciso cuidar da sua estrutura básica. O terreno de 633 hectares, o equivalente a 600 campos de futebol, foi doado pelo governo do estado, sendo a parte maior, de 420 hectares, disponibilizada pelo Complexo de Suape através da Lei 12.966/2005. Outros 213 hectares foram incorporados pro meio de um processo de desapropriação da Usina Salgado, fundada em 1890, com a entrada em vigor do decreto estadual 32.982/20.0924.
Na área do empreendimento não existiam registros de ocorrência de espécies vegetais e animais ameaçadas e/ou endêmicas que pudessem vir a ser diretamente afetadas pela sua implantação. A cobertura vegetal desta área achava-se bastante antropizada, com 56% de sua extensão utilizada para o plantio da cana-de-açúcar. O restante da área era coberto com vege-
tação secundária arbórea, arbustiva, sendo a maior parte de espécies pioneiras, além de frutíferas e algumas plantas exóticas.
As áreas com vegetação de mangue correspondiam a 0,0344 km² (cerca de 0,5% da área da refinaria) O projeto inicial da RNEST foi modificado com o objetivo de preservá-lo em quase sua totalidade.
As obras de terraplenagem tiveram contrato assinado em agosto de 2007, com início imediato e envolvendo cerca de 1,2 mil trabalhadores que foram os primeiros a entrar no terreno que antes era uma usina. A maior parte da área destinada à instalação da RNEST era utilizada para o plantio de cana-de-açúcar (54,6% da área). Não haveria, portanto, necessidade de redução efetiva de cobertura vegetal.
Primeiro, houve o serviço de limpeza da área: destocamento, remoção da cobertura vegetal, remoção de entulhos e da camada de solo de baixa resistência. Depois, foram realizados dois tipos de drenagem: a provisória (necessária durante a execução dos serviços) e a definitiva (para escoamento das águas e proteção do corpo dos aterros, platôs, taludes, tubovias e arruamento).
Com o avanço dos serviços, realizados por um consórcio de construtoras, começaram a chegar trabalhadores e máquinas em maior volume. A implantação do canteiro de obras representou a construção de edificações provisórias e a mobilização de pessoal especializado.
O marco de início das obras da Refinaria Abreu e Lima foi o evento realizado no dia 4 de setembro de 2007, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “operou”, às 10h20, a primeira máquina a rasgar o solo em Ipojuca. Também subiram no veículo “inaugural” o governador Eduardo Campos, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrieli, e um colaborador do complexo, que ensinou Lula a executar algumas manobras.
O evento marcou o início dos trabalhos de terraplenagem. A partir dali, seria necessário iniciar a retirada da cobertura vegetal e da área do plantio de cana-de-açúcar para começar a terraplenagem, de fato. Mas uma tenda erguida para abrigar quatro mil pessoas foi palco de discursos que celebraram o início de um empreendimento que iria mudar a economia de Pernambuco e, ao mesmo tempo, seria estratégico para o país.
No seu discurso, Lula explicou como se deu o processo de escolha de Pernambuco para a instalação da refinaria pretendida por muitos estados. “Eu tinha que tratar todos os governadores em igualdade de condições. Eu não poderia privilegiar um governador em detrimento de outro... Eu tenho uma família de 27 filhos, que são os 27 governadores, todos querem comer um pedaço de um bife chamado refinaria, e eu não posso dar para todo mundo”, disse.
Segundo Lula, o interesse de Hugo Chávez por Pernambuco, terra natal de Abreu e Lima, um dos heróis da independência venezuelana, contribuiu no processo de escolha. “O presidente Chávez me disse que aceitaria fazer a parceria. Ele só tinha uma exigência: era colocar o nome na refinaria, numa homenagem a um general brasileiro que teve o pai morto na sua presença, o Padre Roma, que foi aos Estados Unidos e lá se inscreveu no Exército Bolivariano para lutar pela libertação da América Latina.”
Grande obra de terraplanagem
Ao todo, a obra de terraplenagem da Refinaria Abreu e Lima mobilizou cerca de 740 grandes equipamentos, entre retroescavadeiras, motoniveladoras, tratores de esteiras e caminhões rodoviários.
Por conta das características do relevo, para transportar a terra no terreno da antiga usina de açúcar foram selecionados caminhões basculantes do tipo 6x4, todos com caçamba de 12 a 20 metros cúbicos de capacidade.
A terraplenagem foi realizada em duas etapas. A primeira englobou uma área de cerca de 200 hectares, onde foram instaladas as unidades de processamento, que demandam mais tempo para montagem. Depois foi realizado o nivelamento nas áreas onde foram instalados os tanques.
Os modelos de caminhões maiores ou articulados foram descartados porque não poderiam operar nas várias frentes de trabalho. O terreno de 633 hectares possuía grandes variações topográficas, com trechos de 50 metros e outros de 5 metros de elevação em relação ao nível do mar. Não haveria espaço suficiente para manobras de grandes máquinas.
Ao todo, os basculantes transportaram 25 milhões de metros cúbicos de materiais, volume suficiente para cobrir 2,5 mil campos de futebol com uma camada de terra de um metro de espessura.
A maior parte das escavações, 19,5 milhões de m³, foi utilizada na elevação do terreno natural.
Entre os desafios apresentados para as obras de terraplenagem estavam as características da região onde a refinaria seria construída: o solo mole (com baixa capacidade de suporte) e profundidades de até 9 metros. Para nivelar o terreno, os técnicos da Petrobras optaram pelo aterro gradual da área com camadas de aproximadamente dois metros de espessura.
Após a compactação inicial, o trecho era monitorado três vezes por semana. Em 60 dias, a área já deveria estar suficientemente adensada e liberada para receber nova camada de aterro. Esse procedimento se repetia até que o solo alcançasse a cota especificada no projeto da refinaria.
O terreno teria que ficar pronto para suportar o peso de mais de duas centenas de guindastes, a maioria com capacidade acima de 200 toneladas, que seriam utilizados para a montagem das instalações definitivas.
Entre corte e aterro, foram mais de 800 equipamentos rodando diariamente em uma área acidentada. Desafios adicionais foram a remoção e relocação de um gasoduto e de uma rede de transmissão de energia de alta tensão, que estavam no local, e a preservação dos achados arqueológicos, que foram guardados e preservados pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
Presidentes visitam as obras de terraplanagem
No dia 26 de março de 2008, quando a terraplenagem da área da futura refinaria Abreu e Lima havia atingido 30%, os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Venezuela, Hugo Chávez, foram conferir as obras, acompanhados pelos presidentes da Petrobras, José Sérgio Gabrielli de Azevedo, e da PDVSA, Rafael Ramírez.
No mesmo dia, os dois executivos discutiram um possível acordo que estabelecia as bases para a sociedade das duas empresas na nova unidade, com participação de 60% da Petrobras e 40% da estatal venezuelana. No Palácio do Campo das Princesas, a sede do governo pernambucano, Chávez deu uma declaração sinalizando em que grau se encontrava o seu interesse na unidade
conjunta de refino: “Não temos dinheiro, mas temos vontade política”.
As relações comerciais entre os dois países refletiam esta diferença. Em 2007, o Brasil havia exportado à Venezuela US$ 4,7 bilhões e importado apenas US$ 345 milhões. Com superávit, o petróleo da PDVSA poderia equilibrar melhor esta
balança, mesmo sendo pesado, com alto teor de enxofre e instável, em virtude da demanda mundial de petróleo.
Essa foi a última visita de Hugo Chávez antes da conclusão das negociações para uma possível parceria para construir a refinaria, entre a PDVSA e a Petrobras, que não se concretizou.
Visita de Lula e Chávez à refinaria 26 de março de 2008.
Convênio da Petrobras com Suape
No dia 18 de agosto de 2008, foi assinado um Termo de Adiantamento de Tarifas Portuárias e Compensação Futura, iniciativa que dava prosseguimento aos trabalhos de implantação da Refinaria Abreu e Lima, em fase de obras de terraplenagem, transferindo recursos da Petrobras para investimento na infraestrutura de Suape.
O documento: 1) determinava as condições em que seriam operacionalizados os investimentos em Suape, com os recursos do adiantamento de tarifa a ser promovido pela Petrobras em favor da administração portuária; 2) definia a sistemática de compensação desse adiantamento e 3) estabelecia as responsabilidades de cada uma das partes no exercício das obrigações impostas por este termo. Os recursos financeiros seriam utilizados na realização
das seguintes obras, que foram fiscalizadas e gerenciadas por Suape: dragagem da bacia de evolução; construção de píer petroleiro (PGL-03), melhoramento da via de acesso ao Píer Petroleiro, sinalização náutica do canal de acesso e bacia de manobra; realização de serviços preliminares; realização de serviços diversos; variante de acesso a Suape (Express Way) com o prolongamento do píer principal e tubovia; e alargamento da estrutura do pier. Além dessas obras, também seriam executados serviços de aprofundamento do canal de
acesso ao Porto de Suape em seis quilômetros, visando atingir a profundidade de 20 metros para permitir operações com navios petroleiros tipo Suezmax. Ao longo dos anos, o Porto de Suape passou por obras de readequação para atender às demandas operacionais da Refinaria Abreu e Lima. As novas estruturas permitem o recebimento simultâneo de grandes embarcações, com capacidade de transportar até um milhão de barris de petróleo, e contam com um sistema de expedição de derivados, como diesel e coque.
Treinamento dos operadores
Antes mesmo do início da operação da refinaria, os primeiros 236 funcionários concursados da Abreu e Lima começaram a sua capacitação em setembro de 2008.
Os futuros técnicos de operação júnior passaram primeiro por 800 horas de aula em treinamento realizado pelo Senai do Cabo de Santo Agostinho. Depois, foram enviados para aprendizado prático em oito
refinarias operadas pela Petrobras na época: RLAM, Revap, RPBC, Replan, Regap, Reduc, Repar e na Refap S/A. Para o treinamento local pelo Senai, o contrato foi de R$ 1,3 milhão.
Os aprovados no processo seletivo regional lançado pela Petrobras em janeiro daquele ano precisariam ganhar experiência para poderem trabalhar futuramente na refinaria pernambucana. Dos 236 formandos que conseguiram ser
aprovados numa seleção que teve mais de 9 mil inscritos, mais de 70% eram do estado de Pernambuco.
Enquanto os operadores, após concluir a formação, seguiram para outras refinarias, as obras de terraplenagem da Abreu e Lima recebiam trabalhadores de todas as partes do Brasil. A Petrobras buscou, nos seus quadros, os técnicos qualificados para o desenvolvimento do projeto. Antes apenas conceitual, havia chegado a hora do gerenciamento dos trabalhos, realizado nesta fase por 80 profissionais da companhia.
Vestígios arqueológicos
Ao longo da obra da refinaria, foram encontrados mais de 100 mil vestígios dos períodos pré-colonial e colonial, passando pelo período de República e alcançando ainda o início do século XX. No terreno do antigo engenho de açúcar em Ipojuca, 80 pesquisadores da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) trabalharam entre 2006 e 2009 nos 31 sítios arqueológicos descobertos no decorrer da fase de terraplenagem.
No dia 25 de março de 2010, o material passou a integrar oficialmente o projeto
“Expondo Cultura: o patrimônio arqueológico de Pernambuco”, resultado de convênio celebrado entre a Petrobras e a UFRPE.
As peças dos habitantes originais brasileiros foram apresentadas numa mostra itinerante em escolas de Ipojuca, Cabo de Santo Agostinho e outros municípios pernambucanos em uma estrutura diferente: um ônibus adaptado para abrigar um museu.
Nas localidades onde parou, o ônibus-museu ofereceu aos estudantes uma visita guiada, uma peça teatral, um quiz para teste de conhecimentos sobre a história pernambucana, elucidações acerca da vida nos aldeamentos indígenas e nos engenhos de cana-de-açúcar de Pernambuco com o auxílio cênico dos dioramas e visualização de vídeos.
Entre os achados estão uma estrada de pedra do século XIX, uma estrutura de casa e também fragmentos de objetos desde os períodos pré-colonial e colonial, como louça, ferro, cerâmica, vidro, telha e tijolos. Os vestígios encontram-se no Laboratório de Arqueologia do Núcleo de Pesquisas (Nupesq) da UFRPE, onde foram analisados.
Ônibus do projeto Expondo Cultura fevereiro de 2012.
Sítio arqueológico no terreno da nova refinaria, junho de 2008.
Criação da Refinaria Abreu e Lima S.A.
Para permitir a criação da sociedade que previa a participação acionária na empresa de 60% para a Petrobras e 40% para a PDVSA, a Petrobras aprovou, em ata de assembleia geral do dia 7 de março de 2008, a constituição da Refinaria Abreu e Lima S.A. Como primeira ação da nova empresa, foram nomeados Ricardo Greenhalgh Barreto Neto como diretor-presidente, Selma Antônia Alves Perco como diretora financeira-administrativa e João Batista do Carmo Aquino como diretor industrial.
Pelo acordo feito com a PDVSA, a Petrobras indicaria três membros do Conselho de Administração, inclusive o Presidente do Conselho, e, ainda, o Diretor-Presidente da sociedade e mais dois diretores.
A diretoria estabelecida liderou por poucos meses e em agosto de 2008 assumiu a presidência da RNEST S.A. o Marcelino Guedes Ferreira Mosqueira Gomes, que esteve à frente dessa subsidiária até o seu encerramento em 2013.
Marcelino Guedes Ferreira Mosqueira Gomes, 10 de junho de 2009.
Primeiro contrato de unidade de processo
No dia 23 de janeiro de 2009, uma cerimônia no Complexo Industrial e Portuário de Suape, em Ipojuca, marcou a assinatura da Autorização de Início de Serviço (A.S.) para a obra da casa de força da Refinaria Abreu e Lima.
Com produção diária de 150 MW, a unidade vai suprir a necessidade de toda a unidade de refino. Para a construção, foram gerados 1.800 empregos diretos e cinco mil
indiretos, com quase toda a mão de obra contratada localmente. Participaram da assinatura da A.S. a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Com a obra de terraplenagem em pleno andamento, este momento representava o início da segunda fase da construção da Abreu e Lima. A próxima etapa seria a construção civil dos prédios administrativos e de suporte da refinaria.
Laboratório nível internacional em parceria com a UFPE
No dia 6 de agosto de 2008, ocorreu a inauguração do Centro de Estudos e Ensaios em Risco e Modelagem Ambiental (CEERMA). A construção deste centro na UFPE faz parte de uma estratégia da Companhia de investimentos em universidades e institutos de pesquisa brasileiros. O evento teve a presença do gerente executivo do Centro de Pesquisa da Petrobras, Carlos Tadeu Fraga, do governador Eduardo Campos e do reitor da Universidade Federal de Pernambuco, Amaro Lins.
Com infraestrutura de ponta, o CEERMA era um dos mais modernos laboratórios do mundo para ensaios de confiabilidade e análise de risco. O centro permitiu a
realização de testes virtuais de degradação de equipamentos, visualização de poços e de situações de emergência. Além disso, conta com um aparelho especial que realiza testes de vibração e choque para simular as reais condições a que os equipamentos estão submetidos.
No laboratório foram construídos uma sala de trabalho colaborativo, com capacidade de comunicação simultânea com até 10 locais diferentes, e um laboratório de realidade virtual com sistema imersivo 3D com um cluster computacional de alto desempenho para dar suporte às atividades computacionais do CEERMA.
Uma Refinaria Toma Forma
2009
A fase inicial de construção da refinaria envolveu um grande conjunto de obras simultâneas para a montagem das diversas instalações da nova unidade da Petrobras e de muitos equipamentos no interior da refinaria.
Com a terraplenagem em estágio avançado, começaram as demais etapas das obras para a instalação das grandes unidades da futura refinaria. Projetada para processar 200 mil barris/dia, a Abreu e Lima ganhou capacidade adicional de 30 mil barris. A Petrobras constatou, nos testes de projeto, que o empreendimento teria a capacidade de operar com segurança e confiabilidade com 15% a mais do que foi inicialmente projetado.
A capacidade de processamento dos dois trens de refino, segundo o projeto final da Petrobras, passou a ser de 230 mil barris de petróleo por dia. Para a Refinaria Abreu e Lima começar a produzir derivados, principalmente o óleo diesel, o de maior consumo no país, seria preciso a instalação de grandes equipamentos, alguns deles trazidos do outro lado do mundo. Assim, os principais contratos foram gradativamente sendo assinados, permitindo o avanço das obras.
A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) concedeu, conforme publicação no Diário Oficial da União de 9 de janeiro de 2009, autorização para a Petrobras construir a faixa de dutos que ligaria a Refinaria Abreu e Lima ao Porto de Suape, ao Terminal da Transpetro e às companhias distribuidoras localizadas no Complexo Industrial e Portuário do Suape, no município de Ipojuca, Região Metropolitana de Recife. Era o início oficial de uma fase que demandaria o maior volume de mão de obra: a instalação das tubovias.
A licença da ANP abrangeu os dutos que transportariam óleo combustível, nafta, óleo diesel para as companhias distribuidoras, óleo diesel para navios, GLP, diluente e efluentes de navios petroleiros a serem tratados na refinaria. Seriam instalados 12 dutos de diâmetros distintos em uma faixa de, aproximadamente, 11 quilômetros de extensão e 50 metros de largura.
A instalação posterior das tubovias em todo o terreno da refinaria exigiu uma grande obra de engenharia. A preparação do terreno também levou em conta a necessidade de instalação da rede de dutos que distribuiriam os materiais líquidos no interior do parque de refino.
CAFOR - Primeira unidade a iniciar as obras
A Casa de Força (CAFOR) foi a primeira unidade a iniciar as obras, em 2009. Esta unidade corresponde a uma central termoelétrica que seria responsável por gerar toda a energia necessária para a futura refinaria. Embora praticamente
autossuficiente devido à sua capacidade de geração elétrica própria, a refinaria seria interligada à rede básica do Sistema Interligado Nacional (SIN) com o objetivo de aumentar a garantia de suprimento de energia para as operações da refinaria.
Chegada das dessalgadoras e dos permutadores da UDA
No dia 28 de setembro de 2009 chegou a primeira remessa de equipamentos destinados à Refinaria Abreu e Lima. A carga, composta de oito dessalgadoras, foi embarcada no dia 14 do mesmo mês em Houston, nos Estados Unidos, e recebida no Porto de Suape. Cada peça pesava 130 toneladas com dimensões de 4 metros de diâmetro por 32 metros de comprimento e todo o conjunto iria compor uma das partes da Unidade de Destilação Atmosférica (UDA). As dessalgadoras têm como
função “lavar” o petróleo, sob condições controladas, para dissolver sais, diluir a água residual que vem das unidades de produção e remover parte das impurezas insolúveis em água, por arraste (separação de um componente de uma mistura por meio de uma corrente de fluido) na fase aquosa.
A entrega das dessalgadoras marcou o início de uma outra fase para o empreendimento. Com o final da terraplenagem, as obras passaram a ter nova configuração.
Onde havia apenas tratores, retroescavadeiras e um terreno plano, haveria agora movimentação de guinchos, içamentos e a necessidade de operações de logística, transporte e armazenagem específicas.
Ainda em outubro chegaram os primeiros permutadores da UDA. O lote com 24 equipamentos chegou por via rodoviária. Os permutadores são equipamentos onde circulam internamente (sem contato direto)
um fluido mais frio e outro mais quente, com o objetivo de aproveitamento do calor do fluido mais quente pelo mais frio. Assim se consegue o controle das temperaturas do processo e um menor consumo de energia, reduzindo o número de fornos para aquecimento dos mesmos.
Início da construção dos tanques e esferas
A instalação dos tanques começou no segundo semestre de 2009. A construção dos tanques de água, óleo cru, intermediários e finais foi planejadas visando a
entrega conforme a sequência de partida da refinaria. A construção e a montagem das quatro esferas de GLP com 18,25 m de diâmetro e capacidade de armazenamento de 3.180 m³ tiveram início em julho de 2010. Essas unidades foram construídas na área norte da refinaria, na parte mais alta do terreno.
2010
O ano de 2010 trouxe a fase inicial da construção e montagem das principais unidades da Refinaria Abreu e Lima, com a montagem de alguns canteiros de obras. Nesse ano, foram inauguradas as portarias leste e oeste; e o prédio de monitoramento, que foi utilizado para acompanhamento das obras.
Fundação de estacas marca o ínicio das unidades principais
No dia 10 de junho de 2010, foi realizada a estaca teste que marcou o início da construção e montagem dos HDTs de Diesel e de Nafta. Com os resultados dos testes, o estaqueamento das unidades começou no dia 30 de julho de 2010.
A UDA teve a sua primeira estaca aplicada no dia 7 de julho. Os serviços iniciaram-se pela fundação da base da chaminé do forno F-11001A.
Na tarde do dia 5 de agosto, a fundação de duas estacas do tipo hélice e
raiz marcou o início da construção de uma das maiores unidades da Refinaria Abreu e Lima: a de Coqueamento Retardado (U-21).
Em setembro, a torre de resfriamento U-52 encontrava-se com 100% do cravamento de estacas concluído.
No dia 19 de outubro, iniciou-se o estaqueamento da Estação de Tratamento de Despejos Industriais (ETDI), a partir das áreas de Tanques de Água Oleosa (TAO) e Tanques de Água Contaminada (TAC).
Início da montagem de equipamentos
No dia 8 de setembro de 2010, foi iniciada a montagem dos compressores na Unidade U-57. O primeiro compressor, de um total de cinco, a ser colocado na base foi o C-57001A acionado a motor elétrico.
Teve início, no dia 14 de outubro, a montagem mecânica da Estação de Tratamento de Água (ETA). Os serviços se iniciaram pela montagem dos pórticos metálicos do pipe-rack que dariam suporte à estrutura de interligações dos sistemas da ETA. No dia 26 de outubro de 2010, começaram a chegar os vasos de pressão e torres de processo que seriam instalados nas Unidades U-31 e U-32 de hidrotratamento de diesel da refinaria.
O sistema tem o objetivo de estabilizar os derivados de petróleo. Entre os equipamentos, estavam os vasos separadores trifásicos de baixa temperatura e alta pressão e os vasos de alta temperatura e alta pressão que, basicamente, enviam a água ácida para tratamento; e os vasos de hidrogênio, com o objetivo de atender a necessidade de gás de reposição e compensar flutuações de processo.
Em 21 de dezembro, foi realizada a operação de içamento do 1º e do 2º passes da Caldeira a Óleo Combustível GV-50001 A. Trata-se de um conjunto com aproximadamente 20 metros (altura) x 10 metros (largura), pesando 230 toneladas. Na operação foram mobilizados 40 profissionais, 1 guindaste principal com capacidade nominal para 400 toneladas e mais 2 guindastes com capacidade de 275 e 160 toneladas.
Visita presidencial às obras
Os presidentes da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, visitaram, no dia 27 de agosto de 2010, as obras da Refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca. Lula desembarcou no mirante na área de tanques de óleo cru e foi recebido por parte dos 8,2 mil trabalhadores alocados no canteiro para os serviços de terraplenagem, que já estava 99% concluída.
Ao lado do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e da secretária de Gás e Energia da estatal, Maria das Graças Foster, Lula eternizou a sua presença ao deixar a marca das mãos num tanque de cimento.
2011
A fase de construção e de montagem fica mais intensa em 2011. Muitos equipamentos importantes chegaram e montagens foram realizadas. Ainda nesse ano foi assinado o contrato do pátio de coque e chegaram as Membranas Submersas da ETDI.
Chegada de equipamentos
Nos primeiros dias de janeiro de 2011, chegaram os vasos de pré-vaporização V-11001 e V-12001 para as UDAs. Ainda em janeiro chegaram as primeiras tubulações para as tubovias com 1.175 toneladas.
No primeiro dia de fevereiro, chegaram os primeiros tubos em aço carbono fornecidos pela Petrobras para construção das torres de resfriamento da refinaria, com a primeira solda realizada no dia 14. Os tanques de armazenamento de soda cáustica (TQ60001 e TQ-60002) chegaram na primeira semana de março. As torres retificadoras de querosene das Unidades de Destilação Atmosférica chegaram no dia 31 de março.
Com aproximadamente um metro de diâmetro, 14 metros de comprimento e cerca de cinco toneladas, os equipamentos removem os componentes leve do querosene que foi destilado pela torre atmosférica. O primeiro módulo da chaminé dos fornos (F-11001 A e F-11001 B) da UDA -11 da Refinaria Abreu e Lima foi instalado no dia 19 de abril.
Nos dias 9 e 13 de maio, foram desembarcados os primeiros dois reatores dos seis das Unidades de Hidrotratamento de Nafta U-33 e U-34 (HDT-N). São três por unidade, que possuem capacidade para tratamento de 3.000 m³/dia de nafta, também provenientes das UDAs e das UCRs.
Ainda em maio, chegaram os primeiros domos geodésicos para cobertura dos tanques de armazenamento de nafta, óleo combustível e diesel. No final daquele mês, chegaram quatro permutadores de calor das Unidades de Coqueamento Retardado (UCR). Esses foram os primeiros equipamentos estáticos a chegar para essas Unidades. No dia 7 de julho de 2011 vieram ao Porto de Suape os quatro últimos dos seis reatores da Unidade de Hidrotratamento de Nafta (HDT-N) da Abreu e Lima.
Os equipamentos foram transportados em duas balsas e descarregados na área portuária até a liberação do transporte para a refinaria. Outros dois reatores já haviam
chegado em maio. Com peso de 170 toneladas cada reator, o desembarque dos equipamentos das balsas e o transporte para a refinaria duraram uma semana. Em setembro, houve o recebimento de quatro compressores das Unidades de Destilação Atmosférica (UDA e UDA II), fabricados em Mumbai, na Índia, e que seriam utilizados para a retirada dos gases do topo da Torre Fracionadora. A principal função do equipamento é retirar o gás combustível que passa pelo topo da Torre Atmosférica e direcionar para a Unidade de Coqueamento Retardado (UCR).
No dia 1º de outubro, as duas torres da UDA, fabricadas em Ipatinga, chegaram à RNEST. O transporte foi realizado por via terrestre e marítima. Depois de montadas, as torres chegariam a aproximadamente 110 metros de altura, com cerca de 500 toneladas.
Montagem de equipamentos
No dia 23 de maio, foi concluída a montagem estrutural da chaminé da caldeira a óleo combustível GV-50001 A/B.
Duas torres estabilizadoras de nafta foram montadas nas Unidades de Destilação Atmosférica da Abreu e Lima no dia 7 de julho e isso representou a verticalização das primeiras torres de processo montadas na refinaria. Os equipamentos – que pesam 38 toneladas cada - chegaram à Abreu e Lima, em carretas especiais, no dia 1º de julho.
No dia 30 de julho, foi instalada a primeira das quatro dessalgadoras da Unidade de Destilação Atmosférica (U-11) em suas bases. A conclusão da movimentação e instalação
em suas bases das quatro dessalgadoras ocorreu no dia 31 de agosto.
Na primeira semana de setembro foi concluída a instalação dos dois vasos de pré-vaporização das UDAs. No dia 16, foi iniciada a montagem do primeiro módulo de uma das câmaras da radiação do forno F-21001A, o maior forno de Coque do Sistema Petrobras.
No dia 13 de outubro, começou a montagem dos primeiros módulos dos Fornos F-31001 e F-31501 da Unidade de Hidrotratamento de Diesel.
O início da montagem dos fornos reformadores das Unidades de Geração de Hidrogênio foi no dia 12 de novembro. A montagem mecânica começou pelo primeiro módulo de uma das câmaras da radiação do forno reformador tubular R-35004.
Em 18 de novembro, foi concluída a montagem do primeiro reator de nafta da unidade de Hidrotratamento. A verticalização da torre T-11001 da Unidade de Destilação Atmosférica da Abreu e Lima, considerado
o principal equipamento daquela Unidade, ocorreu no dia 17 de dezembro. Em virtude do peso e do tamanho da torre - aproximadamente 290 toneladas (sem os equipamentos internos), 64 metros de altura e 5,8 metros de diâmetro – a verticalização foi considerada a maior movimentação de cargas realizada, até aquele momento, na Refinaria.
Foi instalado o primeiro permutador da Unidade de Tratamento Cáustico Regenerativo no dia 20 de dezembro, o que representou o início da montagem dos equipamentos para a unidade.
Início da montagem dos fornos do HDT de Diesel
2012
Equipamentos críticos chegaram em 2012 e muita montagem importante ocorreu nesse ano.
Chegada de equipamentos
No dia 7 de fevereiro de 2012, chegaram à refinaria duas Torres Fracionadoras pertencentes às Unidades de Coqueamento Retardado - UCR I e II. O objetivo da Torre Fracionadora (T-21001) é receber a corrente de topo dos Tambores de Coque e separá-la em frações menores: gás de topo, nafta leve, nafta pesada, gasóleo leve, gasóleo médio e gasóleo pesado.
Em março de 2012, ocorreu o desembarque dos quatro primeiros dos 12 Tambores de Coque fabricados em Mumbai,
Índia, com peso bruto de 295 toneladas. Partes fundamentais do processo de coqueamento retardado, é nestes tambores onde ocorre a reação térmica que converte os resíduos de petróleo em correntes de maior valor agregado, com destaque para aquelas que irão compor a produção de óleo diesel.
Em junho de 2012 aconteceu o transporte, do Porto de Suape para a refinaria, dos módulos Air Coolers da Unidade de Destilação Atmosférica. As peças foram fabricadas em Changwon City, na Coreia do Sul.
O equipamento, utilizado em unidades industriais para a refrigeração de fluidos de processo, é composto por ventilador, acionador e serpentina. Além disso,
os air coolers fazem parte da seção de pré-tratamento do gás de processo a ser utilizado, que consiste na execução da purificação do hidrogênio a ser utilizado na unidade. Chegaram da Itália, em outubro de 2012, os três conjuntos de condensadores dos turbogeradores da casa de força (CAFOR), primeiro prédio do empreendimento, que seria uma central termoelétrica para atender às necessidades da Refinaria Abreu e Lima.
Esses grandes equipamentos são trocadores de calor refrigerados a água, dispostos na posição horizontal e localizados logo abaixo da saída de vapor de exaustão das turbinas. Têm como objetivo a mudança da fase vapor para líquido, a uma pressão abaixo da atmosférica (formação de vácuo). Cada condensador,
completamente montado, pesa aproximadamente 85 toneladas.
Em novembro de 2012 houve a entrega do último dos seis reatores das Unidades de Hidrotratamento (HDT) do Trem II da Refinaria Abreu e Lima. Os equipamentos, que somam 2.244 toneladas, são os mais pesados do empreendimento e estão sendo preparados para instalação nas bases.
Devido ao porte dos reatores, a sua passagem no trajeto entre o Porto de Suape e a refinaria demandou a preparação dos acessos utilizados. Os reatores são os principais equipamentos das Unidades de HDT da Refinaria Abreu e Lima. Neles ocorrerão as reações químicas para remoção de compostos de enxofre e nitrogênio, que visam à melhoria da qualidade do produto.
Construção e montagem
Foi concluída a montagem dos quatro desaeradores e dos vasos de armazenamento de água de alimentação das caldeiras da Casa de Força (CAFOR) no dia 22 de fevereiro de 2012. Pesando um total de 250 toneladas e tendo as bases localiza-
das no alto do pipe-rack norte e sul da CAFOR, a 30 metros de altura em relação ao solo, os equipamentos demandaram a utilização de um guindaste de esteira com capacidade de suporte de mesmo peso.
Foi concluída, no dia 3 de abril, a montagem dos equipamentos estáticos da Casa de Força da RNEST. O marco foi alcançado com a montagem dos vasos de condensado limpo de baixa pressão (V-5002 A/B).
Na área da Unidade de Coqueamento Retardado (U-21), local onde seria verticalizado o equipamento, foi concluída a concretagem da laje que serviria de base para os quatro primeiros Tambores de Coque da U-21 ainda em abril.
As obras do sistema de Tocha Principal responsável pela eliminação dos resíduos de hidrocarbonetos gerados pelas unidades de processo da refinaria, entre elas UDA, UCR, HDT e TCR, começaram em abril de 2012. O projeto previa a construção de duas unidades estruturadas em perfis metálicos galvanizados, com 120 metros de altura e 324m² de base, divididas em 11 módulos metálicos cada.
Foi concluída, no dia 25 de maio, a montagem do vaso V-27003 na Unidade de Tratamento Cáustico (U-27). A verticalização do equipamento foi realizada com o auxílio de um guindaste com capacidade de 30 toneladas e uma grua. Em seguida, ocorreu o içamento definitivo que fixou o primeiro vaso da Unidade U-27 em sua base.
No dia 29 de junho de 2012, foi montado o equipamento mais pesado da Refinaria Abreu e Lima. O Reator R-31002, com 31,43 metros de altura, diâmetro externo de 5,2 metros e peso na montagem de 560 ton, foi transportado para a base no dia 23 de junho, sendo utilizada uma linha com 24 eixos puxada por dois cavalos
mecânicos. Para a verticalização do reator na base foram utilizados dois guindastes, um de capacidade nominal de 1350ton (principal) e outro de 400 ton (auxiliar). A instalação dos 11 sopradores e três compressores nas bases da Estação de Tratamento de Despejos Industriais (U90) ocorreu também em junho.
Instalações dos tambores de coque
No dia 17 de julho de 2012 foi concluída, com sucesso, a instalação dos seis tambores de coque da Refinaria Abreu e Lima. Os equipamentos, cuja soma dos pesos chega a 1.560 toneladas, compõem uma única Unidade de Coqueamento Retardado, que tem a maior capacidade de processamento de resíduo atmosférico da Petrobras.
O trabalho representou um marco para a obra da refinaria, especialmente pelas dificuldades de içar equipamentos desse porte, que demandaram um planejamento detalhado e criteriosas condições de segurança. Cada tambor tem cerca de 260 toneladas, 9 metros de diâmetro e 26 metros de altura.
Lançamento do emissário submarino
No dia 21 de março, aconteceu a primeira operação para lançamento do emissário submarino (String nº3) da Refinaria Abreu e Lima. A operação envolveu reboque até a área de estocagem no mar e fundeio de uma parte do emissário. O String nº 4 foi lançado no mês seguinte.
O primeiro acoplamento dos strings 3 e 4 do Emissário Submarino foi realizado tam-
bém em abril. O acoplamento consiste na união desses strings por meio de flanges, formando a primeira seção a ser rebocada e instalada na diretriz final do emissário.
A atividade foi realizada com auxílio de equipamentos específicos e executada por mergulhadores especializados.
O lançamento da 2ª seção do emissário submarino ocorreu no dia 12 de dezem-
bro de 2012. A instalação da 2ª seção do emissário submarino, com 1176 metros de comprimento, composta pelos strings 1B e 2, foi realizada no local definitivo no leito marinho.
O emissário submarino conduz os efluentes da refinaria para alto mar, a uma distância de aproximadamente 2.500 metros do continente.
Finalização de tanques do óleo cru
O evento que marcou o encerramento dos serviços de construção e montagem dos tanques de óleo cru e os três tanques de água bruta da Refinaria Abreu e Lima se deu em 26 de outubro de 2012. O encerramento do contrato dos tanques lote contou com o registro
de boas práticas e lições aprendidas e foi conduzido pela engenheira Andrea Carla. O sistema para armazenamento de óleo cru é composto por 8 tanques de óleo cru, com 98,5m de diâmetro e 112 mil metros cúbicos de capacidade de armazenamento.
Uma cidade de trabalhadores
No pico das obras, em agosto de 2012, circularam ao mesmo tempo pela área da futura refinaria mais de 50 mil pessoas, uma população superior à de 4.893 dos atuais 5.570 municípios brasileiros (IBGE, 2020). Com trânsito intenso e horários rígidos, essa multidão trabalhou para deixar o espaço pronto
para os grandes equipamentos necessários para a produção de combustíveis.
Era uma “cidade” povoada por profissionais responsáveis pela preparação de estruturas, construção e acabamento, sempre em atendimento às premissas de segurança, meio ambiente e saúde.
Entrega do prédio administrativo
Foi realizada, em dezembro de 2012, a entrega do primeiro prédio administrativo da Refinaria Abreu e Lima. Cerca de 150 profissionais ocuparam as estações de trabalho e passaram a trabalhar em atividades relacionadas ao recebimento e comissionamento das unidades em construção, visando a partida da RNEST.
2013
Esse ano trouxe a conclusão da montagem de equipamentos importantes para a Refinaria Abreu e Lima.
Montagem de equipamentos
Foi concluída, no dia 1º de março, a montagem dos reatores dos HDTs da Refinaria Abreu e Lima. O reator de 250 toneladas, comprimento de 20 metros, diâmetro de 4,5 metros, foi içado por dois guindastes, um principal com capacidade nominal para 1.200 toneladas e outro auxiliar com
capacidade nominal de 400 ton. A torre retificadora T-31003 da Unidade de Hidrotratamento de Diesel U-31 foi o último equipamento de grande porte a ser montado já em junho de 2013. Ao todo, a U-31 é composta por quatro torres: T-31004 (secadora), T-31003 (retificadora), T-31001 (desaeradora) e T-31002 (torre absorvedora de H2S), todas já montadas.
Também em junho foi concluída e entregue a fase de construção e montagem do certificado de completação mecânica (CCM) da Unidade de Ar Comprimido (U-57) da
Refinaria Abreu e Lima. Composta por 16 subsistemas operacionais (SOP), foi a primeira unidade industrial de processo do empreendimento a receber o Certificado de Completação Mecânica (CCM).
Ainda em setembro, foi instalado o vaso hidropneumático na U-90 da Refinaria Abreu e Lima. O vaso funciona como um amortecedor hidráulico, evitando danos à tubulação em caso de parada brusca do fluxo de fluídos. No dia 21 de novembro, foi concluída a montagem da primeira tocha
TA-96001/02. Para concluir essa etapa, foram içados e montados os queimadores da tocha principal e tocha química, o turco de carga, o selo molecular e o selo fluídico.
No início de dezembro foi iniciada a montagem da Retomadora do Pátio de Manuseio do Coque da RNEST. É neste equipamento que começa o processo de expedição de coque da unidade Unidade de Manuseio e Armazenamento do Coque (U-68).
Conclusão da montagem dos tanques geodésicos
Conclusão da ETA
Em novembro de 2013 ocorreu a conclusão da montagem do último teto em domo geodésico para tanques da Refinaria Abreu e Lima. Ao todo, 17 tanques foram cobertos com essa tecnologia, que garante mais leveza e maior proteção do produto armazenado contra as ações externas de condições climáticas adversas e facilidade de montagem a pouca altura do chão.
Os tetos em domos geodésicos foram projetados e fabricados na Alemanha e têm como principal diferencial a composição por perfis e chapas leves, pré-fabricadas em alumínio, denominada estrutura espacial.
Também foi completada a Estação de Tratamento de Água (ETA). Uma das premissas do projeto foi reusar todo o efluente tratado da Estação de Tratamento de Despejos Industriais (ETDI) para
minimizar a captação de água bruta e reduzir o descarte de efluentes. O Sistema de Produção de Água Filtrada da Estação de Tratamento de Água (ETA) da Refinaria Abreu e Lima entrou em pré-operação em novembro de 2013. Este é o principal sistema da ETA (U-51), que é responsável por produzir água, visando atender às demandas de água industrial para as unidades de processo, “make-up” das torres de resfriamento e complemento das correntes de reúso.
Visita presidencial à refinaria
No dia 17 de dezembro de 2013, a presidenta da República, Dilma Rousseff, e a presidenta da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, visitaram as obras de construção da Refinaria Abreu e Lima.
Ao saudar os trabalhadores na refinaria, Dilma lembrou que a RNEST seria uma das maiores refinarias do país. “Nós, com essa refinaria, estamos dando
mais um passo para que o nosso país seja um grande produtor e um grande transformador de petróleo. Essa refinaria que vocês construíram será a maior refinaria produtora de diesel do Brasil. Hoje é um dia de festa”, celebrou. Em seguida, Graça também parabenizou os trabalhadores: “Isso é um sonho. Tudo foi possível graças ao trabalho de vocês. Parabéns a todos”.
2014
O ano da conclusão das obras do Trem e da realização dos procedimentos operacionais para a partida da Refinaria Abreu e Lima.
Conclusão do primeiro trem de refino
Em janeiro de 2014, a Refinaria Abreu e Lima intensificou as atividades de isolamento térmico de suas tubovias. Ainda nesse mês, foi finalizada a completação mecânica da UDA.
No mês seguinte, fevereiro de 2014, foi realizado o lançamento de 640 quilômetros
de cabos de elétrica e instrumentação na área dos tanques de óleo cru. A montagem mecânica de 12 braços de carregamento no Píer de Granéis Líquidos 2 (PGL2) também foi concluída. Estes braços, que medem até 20 metros de altura e pesam entre 16 e 30 toneladas, permitem o carregamento e descarregamento de petróleo
cru e produtos refinados entre a refinaria e os navios. Em março, foram finalizadas as interligações da torre de resfriamento do Trem 1, com linhas de até 54 polegadas de diâmetro e extensão de 12 km, conectando-a a diversas unidades da refinaria, como a Unidade de Coque e a Central de Ar Comprimido.
Principais quantitativos
da obra
A construção da RNEST incluiu diversos números significativos:
• Terraplenagem: Movimentação de mais de 7 milhões de metros cúbicos de terra;
• Concreto: Utilização de 736 mil metros cúbicos de concreto;
• Estruturas Metálicas: Utilização de 103 mil toneladas de aço utilizadas em estruturas metálicas;
• Tubulações: 2,8 mil quilômetros de tubos (equivalentes a 32 mil toneladas), o que corresponde à distância entre as cidades de Ipojuca (PE) e Santos (SP);
• Força de Trabalho: Mais de 50 mil trabalhadores diretos durante o pico da construção.
Integração com as empresas locais
A Refinaria Abreu e Lima foi um projeto que buscou maximizar o conteúdo local para promover a indústria nacional. Durante a sua construção, uma parte significativa dos bens e serviços foi adquirida de fornecedores brasileiros. Estima-se que foram 63,55% de bens e 99,55% de serviços do conteúdo total da refinaria.
Em maio de 2008, para garantir que o empreendimento fosse executado com qualidade e estimular a indústria metal-mecânica de Pernambuco, a engenharia realizou a apresentação do projeto da Refinaria Abreu e Lima para cerca de 200 representantes e diretores de empresas prestadoras de serviços, fornecedores e parceiros da Petrobras. No evento, foram detalhadas as unidades de processos e de utilidades da nova refinaria, destacando os desafios de logística.
Em agosto de 2009, a Petrobras realizou, em parceria com a Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe) e o Sebrae, o 1º Encontro de Negócios para promover reuniões entre os nove consórcios já contratados para a construção da refinaria e as mais de 130 empresas pernambucanas cadastradas. A primeira etapa aconteceu no dia 5 e a segunda, no dia 28.
O 2º Encontro de Negócios aconteceu no dia 7 de abril de 2010, no Centro de Convenções de Pernambuco, com uma programação de pa-
Foram propostas 720 reuniões, agendadas pela internet, diretamente pelas empresas interessadas, com as empresas contratadas pela Petrobras, com o intuito de apresentar seus serviços. No dia 28 de agosto foi assinado, na sede da Fiepe, o primeiro contrato entre a empresa pernambucana Codistil do Nordeste e o Consórcio TAG para a fabricação de parte dos 61 tanques para a Refinaria Abreu e Lima.
lestras de representantes dos empreiteiros que estavam construindo a refinaria sobre as demandas de bens e serviços.
Cerca de 1,3 mil interessados de mais de 400 empresas se inscreveram para conhecer as demandas dos seis consórcios que venceram as licitações para a construção das unidades de destilação atmosférica, dos dutos de expedição e recebimento, das tubovias de interligações, da infraestrutura civil, das unidades de coqueamento
retardado e das estações de tratamento de despejos industriais da refinaria.
No dia 27 de abril, ocorreu no Paço Alfândega a segunda etapa, com um volume de 608 rodadas de negociação e participação efetiva de 154 micro e pequenos empresários. As companhias apresentaram uma gama de produtos e serviços, desde limpeza, alimentos e material de escritório a serviços especializados nas áreas de petróleo e derivados.
Encerramento das negociações com a PDVSA
No dia 25 de outubro de 2013, o Conselho de Administração da Petrobras decidiu pela incorporação integral da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Por meio de um comunicado de “fato relevante”, a companhia informou ao mercado que o empreendimento passaria a ser um ativo 100% da estatal.
Era o encerramento das negociações de parceria com a petroleira estatal da Venezuela, a PDVSA. “A incorporação da refinaria Abreu e Lima S.A. pela Petrobras tem o objetivo de melhorar a execução das obras de construção em andamento e, também, facilitar a coordenação das atividades de refino e distribuição de derivados produzidos pelo conjunto das refinarias da Petrobras”, informava o fato relevante.
Com 75% das obras concluídas, a Petrobras optou por encerrar a Refinaria Abreu e Lima S.A. e incorporar a nova refinaria aos seus ativos.
A Itália foi o país que mais forneceu equipamentos críticos para a construção da Refinaria Abreu e Lima, com 123, seguido dos EUA (38), Índia (28), Alemanha (26), Coreia do Sul (6) e Eslováquia (2). No exterior foram adquiridas, ao todo, 223 grandes estruturas.
Materiais com alta complexidade técnica, prazos de fornecimento extensos, com condições de aquisição limitada pela quantidade de fabricantes ou com custos estimados elevados são considerados críticos e sua aquisição ficou a cargo da Petrobras.
No Brasil, o fornecimento de equipamentos críticos se concentrou nos estados de São Paulo (122), Minas Gerais (16), Rio de Janeiro (14), Rio Grande do Sul (14) e Pernambuco (8), somando 192 equipamentos, o que mostra que a indústria nacional se torna cada vez mais competitiva. Os 293 mil metros de tubulações foram fornecidos exclusivamente por fabricantes do país.
Paralisação das obras
e foco no Trem 1
O contexto apresentado nos anos de 2014 e 2015 conduziu à necessidade da paralisação das obras de construção do segundo trem da Refinaria Abreu e Lima.
O foco passou a ser na partida do primeiro trem ainda em novembro de 2014. Para isso, empregados com muita experiência, oriundos de todo o Brasil, se juntaram à força de trabalho da RNEST para resolver todas as pendências necessárias para a entrada em operação. Foram meses de trabalho
ininterrupto, com revezamento entre as equipes, para que o prazo fosse mantido e, finalmente, a Refinaria Abreu e Lima pudesse iniciar a sua produção.
A partida da RNEST também se deve a todos esses colaboradores que, com desprendimento, se juntaram às nossa equipes. A Petrobras agradece o empenho e dedicação de cada um daqueles que participaram do processo de partida das unidades.
A Hora da Partida ---
Início da RNEST como unidade operacional
No dia 19 de dezembro de 2013, a Refinaria Abreu e Lima avançou em sua trajetória rumo à produção ao realizar o 1º Encontro com os empregados da UO-RNEST, marcando oficialmente o início de suas atividades como uma unidade operacional da Petrobras.
O evento, liderado pelo gerente geral Valdison Moreira, reuniu os colaboradores da refinaria em um momento significativo, não apenas pela atualização sobre o andamento das obras e a previsão de partida do Trem 1, mas também pela
apresentação da nova estrutura organizacional e dos líderes que passariam a atuar na unidade.
Valdison Moreira, que até então ocupava o cargo de diretor industrial da RNEST S.A., aproveitou a ocasião para se apresentar pela primeira vez aos empregados como gerente geral, reforçando seu compromisso com o sucesso da refinaria. Com a extinção da Refinaria Abreu e Lima S.A., a transição marcou um novo capítulo para a RNEST, consolidando sua posição como nova unidade da Petrobras.
em 26 de
Preparação para a partida
A primeira subestação da Refinaria Abreu e Lima (RNEST) foi energizada no dia 18 de janeiro de 2013, com a sua conexão à rede básica da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf). Ao todo, o complexo de fornecimento de energia da companhia conta com dez subestações, cada uma com capacidade total de 600 MVA.
Distribuídas em pontos estratégicos, essas subestações alimentam sistemas elétricos de menor porte, responsáveis pela distribuição de energia às diversas áreas de processamento da refinaria. Em setembro de 2014, as caldeiras a óleo combustível foram acesas e o vapor gerado passou a ser utilizado para a sopragem (limpeza) das tubovias e linhas de vapor das unidades de processo.
A Companhia Pernambucana de Gás (Copergás) deu início gradual ao fornecimento de gás do projeto. Para a partida, a oferta foi de 300 mil metros cúbicos por dia. Quando o empreendimento estivesse funcionando a todo vapor, o volume subiria para 1,9 milhão de metros cúbicos diários. No dia 25 de fevereiro de 2014 foi realizada a entrega da Casa de Controle Local da UDA.
Foi no dia 26 de março de 2014 que os nossos técnicos ocuparam o prédio do laboratório, passando a acompanhar o cronograma integrado de entrega, comissionamento e testes funcionais dos equipamentos. Já em maio de 2014, iniciou-se a operação das torres de resfriamento, responsáveis, inicialmente, pela
circulação da água resfriada para os compressores de ar comprimido. A primeira torre a entrar em operação foi a TR-53001, crucial para as unidades de processo do Trem 1. Essa fase marcou uma etapa importante na integração das unidades de processo e na estabilização do sistema de resfriamento da refinaria.
Em junho de 2014, foi realizado o teste hidrostático de alta pressão nas tubovias e áreas físicas da refinaria, envolvendo pressões elevadas de até 113 Kgf/cm². A montagem da estrutura metálica de dois tanques de armazenagem de slop também foi concluída, utilizando técnicas de soldagem para garantir a segurança estrutural.
Nos meses seguintes, mais avanços foram feitos. Em julho de 2014, o teste pneumático do coletor principal da tocha 178 e os sistemas operacionais da rede de incêndio e gás natural foram concluídos, garantindo a segurança e a operacionalidade da refinaria.
Em agosto, o carregamento dos catalisadores de reatores do Trem 1 foi finalizado, representando um marco importante com a movimentação de milhares de bags e tambores. O carregamento da U-31, um dos maiores do Sistema Petrobras, foi especialmente desafiador.
Setembro de 2014 marcou a chegada da primeira carga de petróleo e o início do recebimento de gás natural. O gás seria utilizado no comissionamento do ramal interno e para alimentar os sistemas de flare e as unidades de geração de hidrogênio. Este mês também viu a conclusão dos testes hidrostáticos na rede de água de combate a incêndio e o acendimento permanente da tocha principal da refinaria.
A primeira carga de Petróleo —
No dia 5 de setembro de 2014, o navio petroleiro Elka Aristotle atracou em Suape trazendo cerca de 350 mil barris de petróleo destinados à Refinaria Abreu e Lima (RNEST). Vinda do Rio Grande do Norte, foi a primeira carga a chegar à planta para a fase de testes antes da partida do empreendimento. Ao todo, a embarcação transportou 60 mil toneladas de óleo bruto, além de seis mil toneladas de uma mistura (blend) de petróleos.
O petróleo foi descarregado por meio do Píer de Granéis Líquidos (PGL3) de Suape e enviado à refinaria através de um oleoduto de 46 polegada com tubulação de aço de 1,16
metro de diâmetro e 12 quilômetros de comprimento. O tempo de bombeamento do navio até o tanque TQ-61008 da refinaria foi de 20 horas, atendendo à operação com vazão segura para lastreamento e flutuabilidade do tanque.
Na pré-operação da Abreu e Lima, a carga seria utilizada para enchimento dos dutos, tanto o da tubovia que liga o Porto de Suape à RNEST, como os que levam o petróleo até os oito tanques de armazenamento capazes de estocar até 5,6 milhões de barris.
Até a data oficial para início da operação, a refinaria ainda receberia, via Suape, mais cargas de petróleo até atingir um milhão de barris, a quantidade mínima de produto prevista para a partida. Na nova refinaria do Nordeste, o petróleo que seria transformado prioritariamente em
diesel começaria com o produto extraído da região. Além da extração potiguar, outra fonte de petróleo foi o da bacia de Sergipe.
Após a chegada aos tanques, o petróleo foi pela primeira vez analisado pelos técnicos de laboratório.
Em outubro, a pré-operação da Unidade de Coqueamento Retardado U-21 foi iniciada, após a assinatura dos certificados de completação mecânica dos sistemas operacionais. Além disso a chaminé da unidade SNOX U-94 foi concluída, com uma estrutura de 80 metros de altura. Em novembro de 2014, a refinaria recebeu sua licença de operação da Agência Estadual do Meio Ambiente para a primeira linha de produção, conhecida como Trem 1, com autorização de processar 45 mil barris de petróleo por dia. Esse foi um passo decisivo para a entrada em operação completa da refinaria.
Banco de Imagens Petrobras
Licenças e autorizações para a operação
Para a Refinaria Abreu e Lima entrar em operação, uma série de licenças e autorizações teve que ser obtida junto à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), responsável por promover a regulação e a fiscalização das atividades de refinação de petróleo.
Foi a primeira vez que o órgão regulador criado em 1998 conferiu a autorização de operação para uma refinaria greenfield isto é, construída a partir do zero. Por ser uma nova refinaria, o trabalho de obtenção das autorizações foi construído em etapas: comissionamento e pré-operação, seguida de diversas vistorias locais até a publicação da respectiva Autorização de Operação das respectivas Unidades de Processo e Tanques aprovados.
O esforço de todos os envolvidos resultou na concessão da licença no curto prazo de quatro meses, desde quando a ANP solicitou as licenças do órgão ambiental local (CPRH) e do Corpo de Bombeiros. Os técnicos da Agência vistoriaram as Unidades de Processo e Tancagem e os laudos foram elaborados.
No dia 17 de novembro a RNEST recebeu da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) autorização para operação das unidades de destilação atmosférica, de tratamento cáustico e de hidrotratamento de nafta. A autorização foi publicada no Diário Oficial da União. O processo foi finalizado no dia 4 de dezembro de 2014, com a publicação no Diário Oficial da União (DOU) da Autorização de Operação de todo o Trem 1 e a revogação das autorizações anteriores.
Com a capacidade de carga processável de 115 mil bpd, o Trem 1 da RNEST teve autorização ambiental para processar 74 mil bpd, devido à limitação imposta pela licença de operação emitida pelo CPRH (Agência Estadual de Meio Ambiente).
A hora da partida
Desafios de construção vencidos, a Refinaria Abreu e Lima chegou ao final do segundo semestre de 2014 em processo final de partida. Em 4 de setembro foi publicada no Diário Oficial da União a autorização da Agência Nacional de Petróleo (ANP) para recebimento da primeira carga de petróleo pela refinaria.
O produto seria armazenado no tanque TQ-61008, com capacidade nominal de 111.559 m³, para lastreamento do mesmo e preparação do petróleo necessário para partida do Trem 1 de refino da RNEST. No dia seguinte, o navio petroleiro Elka Aristotle atracava em Suape.
O primeiro passo para a tão esperada partida foi a admissão de gás natural na Unidade de Destilação Atmosférica. Desde o dia 22 de setembro, a companhia vinha coordenando a pré-operação da UDA, que receberia o gás natural necessário para acender os fornos que iriam aquecer e fracionar o petróleo para a posterior produção de derivados.
Em outubro, uma “Sala de Guerra” foi montada para acomodar os profissionais de diversas áreas da refinaria e garantir a transferência dos sistemas operacionais (SOPs) nos prazos e qualidade esperados. Equipes de planejamento, projeto, comissionamento, construção e montagem tinham como objetivo checar e validar toda documenta-
ção técnica do processo de transferência, bem como aferir se estão contemplados nos certificados. No dia 3 de dezembro de 2014 a Petrobras acendeu os fornos da Unidade de Destilação Atmosférica (UDA) da refinaria. Esta nova etapa do processo de entrada em operação da RNEST consiste em aquecer e fracionar o petróleo para a posterior produção de derivados. Com o acendimento dos fornos da UDA, o petróleo é levado gradualmente de uma temperatura de 30ºC até 340ºC. Durante este procedimento, todos os equipamentos, linhas e torres da unidade são aquecidos. Assim, pode-se verificar, em escala real, o comportamento mecânico de toda a instalação.
Os queimadores e válvulas de segurança foram testados individualmente, antes do acendimento dos fornos. Também foram verificados os sistemas operacionais da unidade com fluido seguro (água, ar comprimido, nitrogênio, vapor e outros) para garantir a confiabilidade dos sistemas antes da introdução de hidrocarbonetos.
O processo de partida teria sequência com a entrada em operação das demais unidades que constituíam o primeiro trem da RNEST: a Unidade de Geração de Hidrogênio, a Unidade de Hidrotratamento de Nafta, a Unidade de Hidrotratamento de Diesel, a Unidade de Coqueamento Retardado e as duas Unidades de Tratamento.
De forma simultânea, foi iniciada a pré-operação dos sistemas de utilidades, com a partida da Estação de Tratamento de Água, do Sistema de Ar Comprimido e da primeira Torre de Resfriamento. Com tudo checado, chegou a hora de a Refinaria Abreu e Lima finalmente começar a produzir para valer.
Abreu e Lima entra em operação
A entrada do gás natural na UDA (gas in), monitorado a partir do Centro Integrado de Controle, aconteceu no dia 19 de novembro com o objetivo de preparar a unidade para a admissão e circulação de petróleo.
A RNEST teve sua partida iniciada em 24 de novembro de 2014 pela Unidade de Destilação Atmosférica. Neste dia, a primeira batelada de petróleo entrou na UDA da refinaria, 34 anos depois de a Petrobras
construir a última unidade de seu parque de refino, a Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos.
Os fornos da Unidade de Destilação
Atmosférica (UDA) da Refinaria Abreu e Lima foram acesos no dia 3 de dezembro. A partir desse momento foi possível aquecer e fracionar o petróleo para a posterior produção de derivados.
No dia 4 de dezembro, a Petrobras recebeu autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para operação das demais unidades do Trem 1 de refino da Refinaria Abreu e Lima. Com o procedimento, a companhia ficou autorizada a produzir diesel. A primeira carga de petróleo da Refinaria Abreu e Lima, após o processamento na
UDA, gerou, no dia 5 de dezembro, gás liquefeito de petróleo (GLP), nafta, diesel e resíduo atmosférico (RAT), insumo para a unidade de coqueamento retardado. Além dos derivados, foi produzido também gás combustível, utilizado nos processos da própria refinaria.
Primeira amostra de diesel da RNEST foi analisada no laboratório no dia 9 de dezembro. Dentro dos parâmetros, foram analisados: densidade, destilação, quantidade de enxofre, ponto de fulgor e índice de cetano calculado (ICC).
A RNEST iniciou sua produção inaugural de derivados aos poucos. Nos primeiros meses de operação, já em 2015, a capacidade de destilação foi gradativamente aumentada.
Refinarias atuais da Petrobras
Primeiro carregamento de NAFTA
No dia 13 de janeiro de 2015 foi concluído o primeiro carregamento de nafta petroquímica produzido pela Refinaria Abreu e Lima (RNEST) e expedido para venda. Do total de 56.650 metros cúbicos (m³) produzidos, foram expedidos 18.063 m³ do produto. O navio FSL Singapore, atracado no Porto de Suape, em Pernambuco, foi carregado com este volume e seguiu para São Sebastião, em São Paulo, para entrega à Braskem. O carregamento de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) para venda teve início no dia 26 de janeiro de 2015.
Em janeiro de 2015, a Unidade de Geração de Hidrogênio (UGH) começou a operar, fornecendo gás de alta pureza para as unidades de hidrotratamento. A operação da linha de transmissão de 230 kV que liga a refinaria ao Sistema Interligado Nacional também foi estabelecida, garantindo fornecimento contínuo de energia.
O coque foi produzido a partir de 1º de fevereiro. Também naquele mês, o hidrogênio puro, com 99,9% de pureza, começou a ser produzido, sendo essencial para a produção de diesel S-10 com baixo teor de enxofre.
Operação da unidade de HDT de Diesel
No dia 11 de março de 2015, a Refinaria Abreu e Lima iniciou a operação da Unidade de Hidrotratamento (HDT) de Diesel com uma carga inicial de 45.915 barris por dia (cerca de 7,3 milhões de litros) por dia.
A HDT remove enxofre e nitrogênio das
diversas correntes que compõem o óleo diesel, gerando um produto final estável e com ultrabaixo teor de enxofre, especificado como S-10 (concentração de enxofre de, no máximo, 10 partes por milhão.
O início da produção teve taxas de operação reduzidas para testes e ajustes. Na sua primeira fase, a carga processável da refinaria estaria limitada a 7.154 metros cúbicos por dia (39% da capacidade nominal) até que a Unidade de Abatimento de Emissões (SNOX) estivesse em perfeito funcionamento, conforme exigência da Licença de Operação emitida pela Agência Estadual de Meio Ambiente.
O primeiro
coque
Após dois dias de testes de operação da Unidade de Coqueamento Retardado (UCR), a Refinaria Abreu e Lima (RNEST) produziu sua primeira carga de coque no dia 20 de janeiro de 2015. A UCR, que também é responsável pela produção de gás combustível, GLP, diesel, nafta e gasóleo pesado, produziu em torno de 650 toneladas de coque verde de petróleo. Este coque produzido foi armazenado na unidade para ser analisado em laboratório.
Esta primeira produção de coque fez parte da etapa de testes da unidade. A produção contínua começou no dia 13 de março de 2015, data da partida da UCR. Considerando a carga de projeto, a capacidade de processamento de resíduo atmosférico (RAT) da U-21 é de 11.915 m³ /dia, atualmente a maior da Petrobras.
A quantidade de coque produzida foi de 3.072t/ dia. A equipe de fiscalização das obras prestou assistência na partida da bomba e do sistema de
descoqueamento. Esta unidade possui a maior capacidade de processamento de resíduo atmosférico da Petrobras e é a única composta por seis tambores de coque, com 260 toneladas, aproximadamente nove metros de diâmetro e 30 metros de altura cada.
O processo de coqueamento, na fase de teste dos sistemas, começou no dia 17 de janeiro de 2015 com a carga de resíduo atmosférico nos reatores A e C. Às 17h do dia 20 de janeiro foi iniciado o descoqueamento no reator A, onde a ferramenta hidráulica removeu o coque com água a uma pressão de 350 kgf/cm². Às 21h45, pelo mesmo procedimento, foi retirado coque do reator C.
Após a entrada em operação da unidade de Hidrotratamento (HDT), onde o diesel e a nafta produzidos pela UCR foram tratados, o ciclo dos reatores (em pares) passaram a ser de 18 horas. Ou seja, nesse período, enquanto um reator estivesse recebendo a carga, seu par foi resfriado, descoqueado e aquecido. Ao final das 18 horas, a situação se inverteu: o reator aquecido passou a receber carga e o reator que estava cheio foi resfriado e descoqueado.
A primeira venda
Em 17 de dezembro de 2014, a Petrobras realizou a primeira venda de diesel da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), tendo como cliente a Petrobras Distribuidora. Na primeira nota fiscal constava o fornecimento de 1,6 mil metros cúbicos do volume que já estava disponibilizado para o mercado local, que era de 13 mil metros cúbicos. O diesel comercializado foi o S-500, com teor de enxofre de 500 partes por milhão (ppm). “É uma grande satisfação”, destacou
a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, ao anunciar, neste mesmo dia, a primeira venda de Diesel da RNEST em reunião com jornalistas, no Rio de Janeiro. Com a operação da refinaria, a importação de derivados, principalmente de diesel, foi reduzida no país.
A Petrobras Distribuidora também foi a primeira compradora do primeiro carregamento de coque de petróleo da RNEST. A venda ocorrida em 11 de fevereiro de 2015 representava a entrega de 47,3 toneladas do produto. Este carregamento serviu como teste para o funcionamento do esquema logístico de expedição de coque na RNEST.
Primeira venda de Diesel S-10
tecimento de 100% desse mercado, a RNEST também irá transferir, por meio de cabotagem, o Diesel S-10 para outros estados.
A primeira venda de Diesel S-10, combustível com baixo teor de enxofre (até 10ppm – partes por milhão) da Refinaria Abreu e Lima, aconteceu no dia 10 de junho de 2015. O volume de aproximadamente 3.550m³ (ou 22.328 barris do produto) foi escoado para a Petrobras Distribuidora, localizada em Suape, para atender ao mercado local (Pernambuco, Alagoas e Paraíba). Além de garantir o abas-
Com essa entrega, a refinaria pernambucana passou a produzir e escoar três tipos de diesel: S-500, OCTE (Óleo Combustível para Turbina Elétrica) e Marítimo, desde o dia 17 de dezembro de 2014. Dentre as principais vantagens ambientais do Diesel S-10 está a redução das emissões de material particulado, de óxidos de enxofre e nitrogênio. O S-10 é o principal produto da RNEST e representa cerca de 70 % de todo o volume processado pela Unidade.
na sede da Petrobras.
Técnicas de operação coletam
Diesel S-10 no período da primeira venda.
Crescimento gradual da produção
Após a sua partida, a RNEST foi aumentando gradualmente a sua produção até atingir a estabilização das unidades de processo. Seguindo todos os rigorosos padrões indicados em sua licença de operação e mediante os resultados apresentados, foi solicitado aumento de carga processada à ANP.
Pela autorização nº 144 da ANP, de 16 de março de 2016, foi estabelecido que a carga processável passaria a ser de 15.900 m³/dia (100.000 bpd), mesmo volume mantido pela autorização nº 575, de 12 de setembro de 2017, e nº 858, de 25 de novembro de 2022, conforme exigência da Renovação da Licença de Operação emitida pela CPRH.
Nossos recordes
Ao longo dos seus primeiros 10 anos em atividade, a Refinaria Abreu e Lima tem se destacado no mercado brasileiro de combustíveis, especialmente na produção de Diesel S-10.
Menos de um ano depois de ter entrado em operação, a Refinaria Abreu e Lima passou a ser a maior fabricante de Diesel S-10 do Brasil, alcançando a marca de 290.757 m³ produzidos desse derivado em outubro de 2015. Esse número significa que 26,7% da produção de diesel S-10 no Brasil nesse período saiu da RNEST.
O diesel S-10 produzido pela unidade passou a atender a todo o mercado de Pernambuco de parte dos estados do Norte e Nordeste do Brasil, contribuindo diretamente na redução da importação deste derivado. A Refinaria Abreu e Lima também foi fundamental para
tornar o Porto de Suape o maior em movimentação de cargas líquidas do Norte e Nordeste. Resultado alcançado em virtude da entrada de petróleo e saída de derivados.
Em março de 2016, a RNEST atingiu um marco significativo ao produzir 367.387 m³ de Diesel S-10 em um único mês, um aumento de 26% em relação ao recorde anterior, estabelecido em outubro de 2015. Essa produção representou 32% do total de Diesel S-10 produzido pela Petrobras naquele período.
Os avanços continuaram nos anos seguintes. Em julho de 2016, a RNEST bateu novo recorde com 373.566 m³ de Diesel S-10 produzidos, 1,7% acima do
recorde anterior. Os avanços continuaram nos anos seguintes. Em julho de 2016, a RNEST bateu novo recorde com 373.566 m³ de Diesel S-10 produzidos, 1,7% acima do recorde anterior. O recorde de produção de nafta petroquímica ocorreu em janeiro de 2017, com o total de 83.457 m³, superando em 1,47% o recorde anterior, obtido em setembro de 2016.
Em agosto de 2016, a refinaria registrou o processamento de 3,09 milhões de barris de petróleo, com uma média de 99,77 mil barris por dia, correspondente a cerca de 30% da produção nacional do Diesel S-10.
Em abril de 2021, a refinaria alcançou 211.139 m³ de produção de óleo combustível, superando a marca de 168.365 m³ estabelecida em maio de 2020. O óleo combustível produzido na unidade de refino pernambucana é utilizado em grandes motores por setores da indústria, termelétricas e navios. Além disso, o produto serve como matéria-prima na formulação do Bunker - combustível marítimo com baixo teor de enxofre.
O produto é exportado principalmente para Singapura. Em 2020, a produção de óleo combustível correspondeu a aproximadamente 27% da produção total da RNEST, sendo superada apenas pela produção do óleo Diesel S-10.
Obtenção da certificação
SPIE: segurança total dos processos ---
O Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos (SPIE) é essencial para garantir a integridade e a confiabilidade dos equipamentos industriais. Ele envolve a inspeção regular e sistemática de equipamentos, como caldeiras, vasos de pressão e tubulações, para assegurar que estejam em conformidade com as normas de segurança e operacionais.
Além de cumprir com os requisitos legais e normativos, o SPIE ajuda a prevenir acidentes, aumentar a vida útil dos equipamentos e otimizar a eficiência das operações. Isso é crucial para a segurança dos colaboradores e para a continuidade das operações industriais. O SPIE é um produto, certificado pelo Inmetro.
Um ano após a sua entrada efetiva em operação, a Refinaria Abreu e Lima iniciou o processo de obtenção da Certificação de Serviços Próprios de Inspeção de Equipamentos (SPIE). O primeiro passo foi a realização de uma reunião em 26 de novembro de 2015, onde foram discutidos o planejamento e os pontos críticos relacionados ao processo. O certificado, que até então já era implementado em todas as Refinarias foi solicitado de forma voluntária pela RNEST.
Entre os dias 14 e 18 de dezembro de 2015, foi realizada a primeira auditoria
interna (preparatória com auditores da Petrobras). Foram, então, indicados os pontos mais importantes que deveriam ser tratados por todas as equipes para que toda documentação necessária e as respectivas áreas estivessem preparadas para receber os auditores externos. Como se tratava da primeira certificação, entre os dias 25 e 29 de abril de 2016, foi realizada uma segunda auditoria interna para acompanhamento das ações e novas recomendações foram emitidas.
Entre 19 e 22 de julho de 2016, a refinaria recebeu a visita dos avaliadores do IBP. A certificação SPIE é aplicável a indústrias que operam com caldeiras, vasos de pressão, tanques metálicos de armazenamento e tubulações, abrangendo os setores de óleo e gás, petroquímica, química e fertilizantes.
Desde então, as auditorias de manutenção e de renovação do certificado são realizadas pelo Organismo de Certificação de Produto do IBP (OCP/IBP) com objetivo de verificar nossos processos e se os requisitos da referida portaria se mantêm atendidos de forma contínua.
Para a obtenção da certificação, a refinaria teve que atender a 62 requisitos da portaria 582/2015 do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).
Ao final do processo, os avaliadores do IBP emitiram um parecer favorável à certificação do SPIE da Refinaria Abreu e Lima, reconhecendo os esforços da em atender aos requisitos estabelecidos.
Importante destacar que o certificado SPIE é de toda a refinaria e contribui para uma maior segurança e eficiência operacional, reduzindo o número de exposições a riscos decorrentes de intervenções, entradas em espaços confinados para inspeção. Por entender que existe equipe dedicada a cuidar da integridade dos equipamentos, os prazos entre inspeções podem ser ampliados, sem reduzir a segurança das pessoas e das instalações.
Equipe e avaliadores após aprovação do SPIE
Exportações da RNEST
Os produtos da Refinaria Abreu e Lima possuem excelente qualidade e atendem aos padrões internacionais. Com isso, oportunidades de exportações ocorreram ao longo dos anos, trazendo ganhos para a Petrobras.
A primeira exportação de derivados ocorreu ainda em março de 2015, ano em que a RNEST partiu alguma das suas unidades. O navio Amazon Guardian atracou no Porto de Suape e carregou cerca de 15 mil m³ de óleo combustível produzidos na Refinaria Abreu e Lima.
Com pequenos ajustes na especificação, a RNEST atingiu a exigência internacional e fez sua primeira exportação de diesel em novembro de 2016, no navio Challenge Passage, com carga superior a 46,5 mil m³.
No mesmo ano, em dezembro, a refinaria realizou a primeira exportação de nafta petroquímica. O navio Rosa Tomasos carregou 5,9 mil m³ do produto que foi enviado ao exterior.
O coque verde de petróleo da RNEST teve a sua primeira exportação realizada para a China em agosto de 2019, transportado pelo navio Hong Kong Spirit. O produto passou a ser bastante valorizado pelo mercado externo pelo seu baixo teor de enxofre.
Diversas outras remessas de exportação ocorreram ao longo dessa década de operação, contribuindo com a estratégia comercial da Petrobras.
Parceria com Suape impulsiona recordes
no porto
A partir da entrada em operação da Refinaria Abreu e Lima, o Porto de Suape passou a liderar a movimentação de derivados de petróleo no Nordeste, alcançando sucessivos recordes ao longo dos anos. Com o expressivo crescimento, em 2021, alcançou a primeira posição nacional entre os terminais públicos na movimentação de granéis líquidos, superando até mesmo o Porto de Santos.
O volume computado incluiu a importação
Relevância da RNEST para Pernambuco
e exportação de derivados. Somente a Refinaria Abreu e Lima respondeu por quase metade desta quantidade, recebendo petróleo bruto e distribuindo, através de navios, diesel, nafta e coque para todos os continentes.
Especificamente por conta da Abreu e Lima, Pernambuco passou a figurar entre os seis estados do Brasil que têm como principal commodity os derivados de petróleo.
TRIBUTOS ESTADUAISTRIBUTOS MUNICIPAIS
Recolhimento de ICMS da Petrobras para PE totalizou R$ 1,3 bilhão (2023)
2ª maior arrecadação no Nordeste
Petrobras ...............................................6,1%
Demais empresas 93,9%
Fonte: https://www.sefaz.pe.gov.br/
Recolhimento de ISS da Petrobras totalizou R$ 50 milhões (2023), acumulando R$ 102,5 milhões nos últimos 3 anos
6ª maior arrecadação entre os municípios do Brasil
2021 R$ 22 milhões
2022 ................................... R$ 30,5 milhões
2023 ................................... R$ 50,2 milhões
Fonte: Petrobras e-transparência (asp.srv.br)
MOVIMENTAÇÃO PORTUÁRIA
Movimentação de derivados, via Porto de Suape, totalizou 12,8 milhões de toneladas em 2023, representando 78% dos granéis líquidos movimentados
Demais empresas .................................22%
Petrobras ................................................78%
Fonte: https://www.gov.br/antaq
Características técnicas
da Refinaria Abreu e Lima da Refinaria Abreu e Lima
A RNEST foi projetada com dois conjuntos de unidades de refino independentes para a flexibilidade na utilização de vários tipos de petróleo.
Capacidade de processamento: 230 mil barris de petróleo por dia, conforme projeto original.
Produção: focada em diesel (70%). A refinaria foi projetada para produzir diesel com baixo teor de enxofre de acordo com os rígidos padrões internacionais, o Diesel S-10 (concentração de 10 partes por milhão de enxofre). Dentre as principais vantagens ambientais do Diesel S-10 está a redução em até 80% das emissões de material particulado e em até 98% das emissões de óxidos de nitrogênio.
Produtos: Diesel S-10, nafta, óleo combustível, coque verde de petróleo, GLP (Gás Liquefeito de Petróleo).
Processo de produção
1. O petróleo é processado na Unidade de Destilação Atmosférica (UDA), que separa os componentes do petróleo em Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) – ou gás de cozinha -, nafta e diesel, gerando também o resíduo atmosférico (RAT), parte mais pesada do petróleo, matéria-prima para a produção do coque.
2. O resíduo atmosférico (RAT) segue para a Unidade de Coqueamento Retardado (UCR), onde é submetido a um processamento mais severo, capaz de produzir mais diesel, GLP, óleo combustível e coque (utilizado na indústria cimenteira e metalúrgica).
3. O gás natural é processado na Unidade de Geração de Hidrogênio (UGH), onde é transformado em hidrogênio que servirá de insumo para as unidades de Hidrotratamento de Nafta (HDT Nafta) e de Hidrotratamento de Diesel (HDT Diesel).
4. A Unidade de Hidrotratamento de Diesel recebe o diesel produzido na UCR
e na UDA e, utilizando-se do hidrogênio, realiza um tratamento no combustível para a retirada de contaminantes, principalmente enxofre e nitrogênio. A Unidade de Hidrotratamento de Nafta realiza um processo similar com a nafta produzida pela UDA e pela UCR. Como resultado, são produzidos combustíveis com baixo teor de enxofre: diesel e nafta petroquímica.
5. Depois de todo esse processo, os produtos são armazenados em tanques e esferas da refinaria e, posteriormente, fornecidos às companhias distribuidoras, que disponibilizam para o mercado, ou cabotados (transportados por navios), para outras regiões do país ou exterior.
UNIDADE DE DESTILAÇÃO ATMOSFÉRICA (UDA) – U-11
A Unidade de Destilação Atmosférica (UDA) realiza processo de separação dos derivados. O petróleo é aquecido em altas temperaturas até evaporar. Esse vapor volta ao estado líquido a partir do resfriamento em diferentes níveis dentro da torre de destilação. Em cada nível, há um recipiente que coleta um determinado subproduto do petróleo. As partes mais leves são separadas sob forma de gases (gás combustível e GLP), enquanto as frações mais pesadas continuam líquidas (óleo diesel, nafta e resíduo atmosférico).
UNIDADE DE COQUEAMENTO RETARDADO (UCR) – U-21
A Unidade de Coqueamento Retardado realiza o processo de craqueamento térmico não catalítico, no qual acontece uma reação de quebra (cracking) de moléculas de alto peso molecular e de baixo valor comercial, em moléculas de menor peso molecular e com alto valor comercial. O processo pode ser puramente térmico, ou pode ser realizado na presença de catalisador. Em razão do processo exigir altas temperaturas, utiliza-se o processo não catalítico com temperaturas entre 500ºC e 550ºC.
Esse processo origina o coque de petróleo e uma significativa quantidade de hidrocarbonetos gasosos que, ao se condensarem, geram produtos de maior valor comercial como gás combustível, gás liquefeito de petróleo, nafta leve, nafta pesada, gasóleo leve, gasóleo médio e gasóleo pesado. A unidade possui capacidade de processamento de 10.500 m³ por dia.
UNIDADE DE GERAÇÃO DE HIDROGÊNIO (UGH) - U-35
Produz e fornece hidrogênio, com 99,9% de pureza, para as Unidades de Hidrotratamento. A UGH tem capacidade de produção de 3 milhões de Nm³/d de hidrogênio e é responsável por alimentar, com hidrogênio puro, as unidades de hidrotratamento de diesel e de nafta.
A UGH pode ser considerada como uma unidade autossuficiente, pois, além de gerar o vapor para funcionar, também produz e fornece vapor de alta pressão para abastecer outras unidades de processo da refinaria.
UNIDADE DE HIDROTRATAMENTO (HDT) DE DIESEL – U-31
A Unidade de Hidrotratamento de Diesel trata a corrente proveniente da Unidade de Destilação Atmosférica e Unidade de Coqueamento Retardado com o objetivo de remover compostos de enxofre e nitrogênio, através da hidrogenação catalítica seletiva, além de hidrogenar os compostos insaturados (olefinas e aromáticos), proporcionando qualidade e estabilidade ao diesel. A unidade de Hidrotratamento de Diesel I (U-31) tem capacidade de processar 13.000 m³/d de derivados de petróleo na faixa de destilação do óleo diesel.
Todas as reações envolvidas no processo de hidrotratamento consomem hidrogênio e são exotérmicas. As principais reações são: Reações de Saturação de Olefinas (HO); Reações de Hidrodenitrogenação (HDN); Reações de Saturação de Aromáticos (HDA); e Reações de Hidrodessulfurização (HDS).
UNIDADE DE HIDROTRATAMENTO (HDT) DE NAFTA - U-33
A Unidade de Hidrotratamento de Nafta tem como objetivo principal a remoção de enxofre e nitrogênio presentes na carga. Além disso, o processo realiza um excelente trabalho de saturação de compostos olefínicos e aromáticos enquanto remove outros contaminantes tais como compostos oxigenados e
organometálicos. O processo utiliza um método de hidrogenação catalítica para aprimorar a qualidade das frações de nafta do petróleo, decompondo os contaminantes, sem comprometer a faixa de ebulição da carga. O grau desejado de hidrotratamento é obtido processando a carga de alimentação em um leito fixo de catalisador na presença de hidrogênio, em temperaturas e pressões que dependem da natureza da carga de alimentação e da quantidade de remoção de contaminantes requerida.
CASA DE FORÇA (CAFOR)U-50
A Casa de Força (CAFOR) corresponde a uma central termoelétrica com capacidade de geração de 100 megawatts (MW), produzidos a partir do vapor de duas caldeiras, que consomem gás natural como fonte de energia.
A refinaria tem capacidade de gerar toda energia que consome. Mesmo assim está conectada à rede básica do Sistema Interligado Nacional (SIN). Essa interligação garante o suprimento de energia para as operações da refinaria em caso de intervenção ou indisponibilidade dos geradores , além da capacidade de exportar energia para o sistema, contribuindo para o fornecimento de energia para a região.
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA (ETA) – U-51
A Estação de Tratamento de Água (ETA) compreende os sistemas necessários para tratamento de aproximadamente 2.000 m³ de água, água bruta, de reúso e de condensado, além da produção de água filtrada (serviço e industrial) e desmineralizada.
A ETA produz água tratada para atender ao consumo de água filtrada para make-up ou reposição nas torres de resfriamento e às redes de água industrial, de água de serviço, de água industrial para descoqueamento e de água desmineralizada (polida) para geração de vapor (make-up dos desaeradores).
A água tratada produzida é obtida a partir de água bruta, do uso de água pluvial, do reúso do efluente final da ETDI, do reúso das purgas das torres de resfriamento e do reúso dos efluentes internos da ETA.
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE DESPEJOS INDUSTRIAIS (ETDI) - U-90
O efluente industrial precisa de um tratamento preliminar para a separação de produtos químicos e/ou metais pesados. A ETDI tem a responsabilidade de tratar os despejos industriais das demais unidades da Refinaria Abreu e Lima.
O volume de efluentes tratado é de até 600 m³/h. O sistema contempla dois tipos de tratamento: o primário, cuja finalidade principal é a remoção de óleo, e o secundário, com finalidade de remover o material orgânico remanescente do tratamento primário e a amônia por meio do processo de lodo ativado em reator biológico de membranas.
A água utilizada nesse tratamento pode ser reusada no processo e o óleo recuperado também retorna para as Unidades de Destilação Atmosférica e de Coqueamento Retardado. Os resíduos (lodo oleoso e biológico) serão centrifugados, retornando à fase aquosa para o Separador de Água e Óleo (SAO). O efluente final da ETDI será transportado por um emissário submarino de 10 km de comprimento.
Parque de tancagem da RNEST
A Refinaria Abreu e Lima possui um parque de tancagem composto por tanques de água, de óleo cru e de produtos intermediários, finais e químicos. O parque de tancagem é composto por 62 tanques
Características dos Tanques
Novo marco no processamento de pré-sal
Em outubro de 2023, a Refinaria Abreu e Lima alcançou um recorde histórico ao processar 72,5% de petróleo proveniente do pré-sal em sua unidade de destilação (UDA). Este número supera o anterior, registrado em setembro de 2023, consolidando a importância do pré-sal na matriz de processamento da refinaria.
No segundo semestre de 2023, a RNEST já havia estabelecido um novo marco ao processar, em média, 61,2% de petróleo do pré-sal, caracterizando o melhor desempenho semestral da sua história.
Essa tendência de crescimento demonstra a flexibilidade da refinaria que permite usar essa fonte de petróleo, que se destaca por seu elevado rendimento de derivados de alto valor agregado e baixo teor de enxofre.
A utilização do petróleo do pré-sal aumenta a competitividade da Petrobras na redução de emissões, alinhando-se com práticas sustentáveis e promovendo o aproveitamento do petróleo nacional.
Segurança, meio ambiente e saúde na RNEST
Na Petrobras, somos orientados por nossa Política de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS), que define os princípios e diretrizes que sustentam nossos processos decisórios e atuação.
Para reduzir riscos à saúde humana e ao meio ambiente, nossas operações contam com planos de ação e simulados de emergência, e nossa força de trabalho passa por frequentes cursos de capacitação.
As nossas ambições de zero fatalidade e de zero vazamento, nossas metas e compromissos de sustentabilidade, incluindo requisitos de mudança do clima, estão integrados à estratégia e aos processos decisórios da nossa empresa.
Na RNEST, trabalhamos a cultura justa de SMS baseada na confiança mútua, transparência e aprendizado com a experiência.
Também incentivamos o protagonismo das pessoas na melhoria contínua da segurança, saúde e do bem-estar.
1a Parada geral de manutenção
No dia 15 de julho de 2021, a Refinaria Abreu e Lima iniciou sua primeira parada programada para manutenção dos cerca de 3 mil equipamentos que integram a estrutura do Trem 1 em operação desde o final de 2014. Com duração prevista de cerca de 45 dias e planejamento iniciado dois anos antes, a medida cumpriu a NR13, Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego que estabelece um tempo máximo de seis anos para que as unidades operem de forma ininterrupta.
Em plena pandemia de Covid-19, mais de 3 mil trabalhadores atuaram nos serviços da parada, divididos em turnos, cumprindo todos os protocolos de segurança e de prevenção à doença. As equipes tinham a missão de fazer a manutenção preventiva em todas as unidades e áreas da refinaria.
Além de manter a segurança e confiabilidade operacional da refinaria, reestabelecendo as suas capacidades operacionais, a parada programada ajudou a promove.
Foram reavaliados equipamentos como compressores, motores, vasos, permutadores de calor, válvulas, reatores e outros essenciais para a segurança operacional da refinaria.
As unidades de Destilação, Coqueamento Retardado, Hidrotratamento de Diesel e Nafta, Geração de Hidrogênio e de Tratamentos passaram por inspeções segundo o estabelecido pela regulação, de acordo com
a complexidade e quantidade de serviços.
Houve também parada parcial nos equipamentos das áreas de Utilidades e de Transferência e Estocagem.
todos
Para o evento foi realizada análise de produção e logística do refino, garantindo o cumprimento dos compromissos comerciais de todos os derivados.
A próxima Parada Geral da Refinaria Abreu e Lima está programada para 2027, mas o planejamento começa
30 meses antes. A operação tem
30 meses antes. A operação tem foco na segurança e segue os indicadores de desempenho de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) estabelecidos pela Petrobras.
Produção de gasolina A: nova oportunidade de negócios
Partida da Unidade de Abatimento de Emissões
- SNOX
No dia 20 de junho de 2024, a Refinaria Abreu e Lima deu um passo significativo ao realizar sua primeira expedição de Gasolina A diretamente para o terminal BEAPE, em Suape, que atende a diversas distribuidoras.
Equipes das áreas de Programação de Produção, Transferência e Estocagem, e Manutenção trabalharam na preparação de uma “operação teste” utilizando dutos existentes. O objetivo era realizar manobras com a Transpetro, utilizando os dutos do porto de Suape e da refinaria para expedir gasolina para os terminais de granéis líquidos, evitando a necessidade de navios. Após negociações, a primeira expedição de Gasolina A foi realizada com sucesso. O bombeio, iniciado às 16h30 e concluído às 19h10, totalizou 2.000 m³ (dois milhões de litros) de gasolina, seguindo todas as etapas planejadas.
A produção de gasolina visa atender a demanda local, que antes era suprida por navios, e também aumentar a gama de produtos da refinaria, proporcionando uma margem de lucro superior à da nafta petroquímica, normalmente destinada às naftas produzidas na RNEST.
Com essa primeira operação concluída, a RNEST agora se concentra na estruturação da expedição regular de Gasolina
A, o que permitirá a redução de custos logísticos da Petrobras e uma nova fonte de suprimento para o polo em Suape.
Embora o projeto conceitual da refinaria não incluísse a produção de gasolina, desde dezembro de 2020, a RNEST desenvolveu um processo de formulação de gasolina utilizando nafta hidrotratada e nafta craqueada, que funciona como um booster de octanagem, seguindo as exigências legais de qualidade.
A Refinaria Abreu e Lima teve certificado o seu primeiro tanque de gasolina no dia 29 de dezembro de 2020. O combustível foi formulado com nafta craqueada proveniente da Reduc e nafta leve da HDT-NK e atende a todas as especificações da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Essa formulação somente foi possível após a conclusão do projeto de reversão do duto de Nafta Petroquímica que interliga a RNEST ao Porto de Suape. Com ele, tornou-se viável o recebimento de booster de octanagem para que todas as especificações da gasolina fossem atendidas.
A Refinaria Abreu e Lima se tornou a primeira refinaria da Petrobras a contar com uma Unidade de Abatimento de Emissões SNOX, equipamento responsável por transformar óxido de enxofre (SOx) e óxido de nitrogênio (NOx) em um novo produto para comercialização, o ácido sulfúrico, que é aplicado em indústrias de fertilizantes, mineração e explosivos.
O ácido sulfúrico é uma matéria-prima essencial na fabricação de coagulantes para o tratamento de água e efluentes. Esses coagulantes são utilizados pelas principais empresas brasileiras de saneamento e pro-
cessos industriais, tanto no setor público quanto no privado.
As obras foram concluídas e a unidade iniciou o processo de partida no último trimestre de 2024. A unidade faz o tratamento dos gases de combustão das
caldeiras, além de gases ácidos (sulfeto de hidrogênio e amônia) e correntes residuais da refinaria (dissulfeto líquido e gasoso).
A SNOX serve para diminuir a emissão de poluentes na atmosfera, reduzindo o nível de enxofre do diesel processado a zero. A unidade tem capacidade de processar 15.264.00 Nm³/dia (Normais de metros cúbicos), permitindo que a unidade de refino suba a carga autorizada de
100 mil para a máxima de 115 mil barris de petróleo por dia.
A unidade SNOX do primeiro trem de refino da Abreu e Lima tem 1,9 mil equipamentos, 298 toneladas de tubulações e 289 toneladas de estrutura metálica. Além da missão de controle ambiental, a SNOX é superavitária em energia, gerando vapor de média pressão superaquecido, que é exportado para o “header” da Refinaria.
Petrobras e responsabilidade social
A Petrobras desenvolve seus negócios de forma íntegra e sustentável, com segurança, atuando como catalisadora do desenvolvimento econômico dos locais onde atua, gerando emprego e renda, promovendo ainda qualificação profissional nas comunidades do entorno.
Em 2023, a partir de um processo de ampla escuta com participação da força de trabalho e de convidados externos (instituições de ensino, pesquisa e qualificação profissional), a companhia atualizou a sua Política de Responsabilidade Social. Foram estabelecidas novas diretrizes para a atuação em ASG (Ambiental, Social e Governança) com ênfase em justiça social, direitos humanos, transparência, responsabilidade ambiental e transição energética justa.
Seguindo o princípio de atenção total às pessoas, a Política de Responsabilidade Social estabelece diretrizes para o diálogo contínuo e inclusivo, buscando se relacionar de forma responsável com as comunidades do entorno das unidades operacionais, respeitando suas necessidades, promovendo o desenvolvimento local de forma integrada com os negócios e preparando para situações de emergência.
O engajamento envolve ações de desenvolvimento sustentável, com projetos voltados ao bem-estar das populações no entorno das operações. O relacionamento com as comunidades locais e tradicionais (indígenas e quilombos) tem a preo-
cupação de orientar sobre o combate a violações de direitos humanos e atuar na mitigação de impactos diretos e indiretos, como produção de ruído, odor, fuligem, aumento demográfico, aumento do afluxo de trabalhadores e do tráfego de veículos e aumento do custo de vida.
A Petrobras firmou o compromisso de promover iniciativas estruturantes e perenes, que proporcionem retorno à sociedade de, no mínimo, 150% do valor investido nos projetos socioambientais voluntários até 2030. Para cada R$ 1 investido no Programa Petrobras Socioambiental, R$ 5,30 são gerados em benefícios sociais e ambientais.
Na justiça social, a empresa incentiva a participação ativa de seu quadro de colaboradores e investe em ações que buscam a promoção de diversidade e inclusão, com destaque para a política de DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão), aprovada também em 2023.
Há o compromisso de combater a discriminação e o assédio, além de promover ações afirmativas para garantir que grupos historicamente sub-representados tenham acesso igualitário a oportunidades. A meta é ampliar para 25% a participação de mulheres e pessoas negras em posições de liderança até 2030, promovendo uma força de trabalho mais representativa.
A Política de Responsabilidade Social da Petrobras também valoriza o estímulo à capacitação profissional e aproveitamento de mão de obra local e o desenvolvimento de iniciativas socioambientais em parceria com poder público, empresas e organizações da sociedade civil para promover o desenvolvimento sustentável.
A Petrobras tem ainda como meta neutralizar as emissões de carbono e liderar a transição energética justa. A companhia pretende implementar planos de ação em biodiversidade em 100% de suas instalações até 2025, reduzindo a pegada de carbono e outros impactos ambientais de suas operações.
Direcionadores estratégicos de responsabilidade social da Petrobras
Transparência quanto à atuação responsável
Ampliar a transparência das atividades da Petrobras no processo de identificação, prevenção, mitigação e remediação de impactos negativos para intensificar a conexão com as pessoas e a confiança na empresa
Integração da justiça social na transição energética
Integrar os critérios de justiça social na estratégia de transição energética da Petrobras para um futuro com mais equidade e sustentável
Comprometimento da força de trabalho
Comprometer a força de trabalho com a cultura de RS e DH adotando seus princípios e diretrizes componentes da tomada de decisão de todos os processos da cia
Engajamento com as comunidades
Promover o diálogo e considerar as manifestações das comunidades na implantação de iniciativas, de modo a impulsionar o desenvolvimento local e melhorar o relacionamento
Relacionamento com as comunidades
Potencialização do Investimento Socioambiental
Ampliar a carteira de projetos e diversificar o porte e natureza das iniciativas, a fim aumentar o alcance do impacto positivo na sociedade e no meio ambiente
Intensificação da conservação da natureza
Ampliar os esforços em conservação da natureza, gerando ganhos em biodiversidade e contribuindo para as questões do clima e para o bem-viver das comunidades
Diligenciamento em riscos sociais e DH
Garantir o diligenciamento dos riscos sociais e direitos humanos em todo o ciclo de vida dos negócios e cadeia de valor para prevenir impactos negativos aos detentores de direitos
A Petrobras trabalha suas ações de relacionamento com as comunidades buscando garantir o diálogo contínuo e transparente com as áreas de abrangências de nossas atividades. O foco é na melhoria da qualidade de vida dos moradores, no atendimento a crianças e adolescentes, na geração de renda, na promoção da sociobiodiversidade e na conservação/ recuperação do meio ambiente.
Nas duas cidades mais próximas da RNEST, Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, são promovidas ações de responsabilidade social, valorizando a diversidade e a inclusão em 18 comunidades, entre elas quilombolas e rurais. Ao estabelecer um relacionamento próximo com moradores, a RNEST contribui para melhorias sociais e educacionais com impacto imediato nesta e nas próximas gerações.
Ao longo do seu processo de construção e nos seus 10 anos de funcionamento, a Refinaria Abreu e Lima construiu uma relação de parceria com a população do seu entorno. O relacionamento com a população que acompanhou de perto o surgimento do empreendimento é uma das ações de responsabilidade social desenvolvidas pela companhia, seguindo a política estabelecida pela Petrobras de promover a diversidade, equidade e inclusão.
Essas comunidades passaram por um mapeamento que permitiu um diagnóstico social para a realização de ações socioambientais, de educação e de qualificação profissional, com foco na geração de renda.
Como forma de estabelecer um diálogo permanente com a região, a RNEST trabalha os interesses coletivos num comitê comunitário, que reúne periodicamente, desde 2017, lideranças, gestores de escolas, associações, ccooperativas e entidades de segurança das comunidades atendidas pela área de Responsabilidade Social da Petrobras. Até 2024 foram realizadas 35 edições da reunião do comitê comunitário.
Além desta estrutura formal, os profissionais da Petrobras também recebem demandas de outros grupos importantes na estrutura social local, como redes de mulheres e associações de catadores de resíduos reciclados.
As escolas públicas estaduais são o terreno neutro para realizar as escutas periódicas e também promover atividades. Os estudantes são considerados importantes neste relacionamento da Petrobras com as comunidades porque conseguem transmitir para os familiares as demandas, benefícios e oportunidades do relacionamento com a refinaria.
Boletim
Lado a Lado
Manter relacionamento e diálogo permanente com as comunidades é fundamental. Dentro dessa premissa, a Petrobras desenvolveu o Boletim Lado a Lado, periódico da área de Responsabilidade Social da Petrobras, que tem o objetivo de estreitar nosso relacionamento com as comunidades do entorno da unidade e informar sobre nossas atividades e projetos apoiados na região.
Os principais temas de interesse da Petrobras e levantados pela comunidade são comunicados nesse canal que busca, além de informar, dar protagonismo às pessoas das comunidades do entorno da Refinaria Abreu e Lima.
Feirinha na RNEST
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Como forma de incentivar o empreendedorismo local e a geração de renda, a Petrobras promove ações que, dentro do seu programa de diversidade, equidade e inclusão, podem gerar valor para a companhia e a comunidade, com visão de longo prazo e compromisso com o meio ambiente e a sociedade. Em Pernambuco, um exemplo de sucesso nesta parceria é a feirinha realizada mensalmente dentro do setor administrativo da RNEST.
Desde dezembro de 2022, os moradores das comunidades do entorno da Abreu e Lima podem oferecer seus produtos diretamente aos funcionários da refinaria em uma feirinha agroecológica que aproxima os produtores locais da força de trabalho da RNEST. São oferecidos alimentos cultivados ou fabricados por eles, além de artesanatos. As 30 barracas são montadas em parceria com o projeto “Tô na Feira”, do Complexo Industrial Portuário de Suape.
Comunidades treinadas em segurança
A Refinaria Abreu e Lima realiza treinamentos de segurança junto às comunidades por meio dos simulados gerais de emergência, para que os moradores saibam o que fazer em caso de qualquer eventualidade.
O primeiro simulado geral T a comunidade ocorreu no dia 14 de dezembro de 2022, com a participação de alunos da Escola Municipal Joaquim Nabuco, do Engenho Massangana (Cabo de Santo Agostinho). O treinamento envolveu a evacuação dos 240 alunos juntamente com a força de trabalho dos prédios administrativos da refinaria e atividades nas esferas de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo). A ação contou com o apoio do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Defesa Civil do Cabo e de Ipojuca, Suape, Transpetro e Associação de Moradores do Engenho Massangana.
No ano seguinte, o cenário escolhido para o simulado geral envolveu a participação dos alunos e professores da escola Nossa Senhora das Mercês, na comunidade quilombola Ilha de Mercês, em Ipojuca.
Voluntariado
--Seguindo os princípios de conciliar as necessidades das comunidades onde a companhia está inserida, o interesse e a participação dos empregados e os objetivos estratégicos da Petrobras, o Programa Petrobras de Voluntariado permite a realização de ações cuja participação direta de seus colaboradores é valorizada. Aberta também para aposentados, a plataforma virtual lançada em 2021 aponta oportunidades de trabalho voluntário oferecidas por projetos apoiados pela Petrobras. É uma oportunidade de desenvolver competências, trabalhar proativamente e em equipe, conhecer e refletir sobre diferentes contextos sociais e consolidar valores éticos e de cidadania.
Os profissionais da Refinaria Abreu e Lima também dedicam parte de seu tempo e trabalho à causa social. Exemplos são as ações que incentivam a leitura. Desde 2019 foram doados mais de 1.500 livros para escolas municipais e foi reformada e montada uma sala de leitura na creche da
comunidade da Vila Dois Irmãos, no Cabo de Santo Agostinho.
Muitas ações de distribuição de brinquedos, kits de higiene e de cestas básicas ocorreram ao longo dos anos, com doações feitas pela força de trabalho da Refinaria Abreu e Lima e pela Petrobras durante a pandemia do Covid-19. São beneficiados os alunos das escolas e famílias das comunidades da região.
Em setembro de 2024 a ação de voluntariado foi na praia de Gaibu, com os trabalhadores da RNEST ajudando a fazer a limpeza e conservação do meio ambiente. Essa ação ocorreu em parceria com o projeto ambiental patrocinado Budiões e foram coletados 42,8 kg de resíduos.
Inclusão digital
A necessidade de investimento em inclusão digital nas escolas foi identificada nos diagnósticos feitos pela Petrobras nas comunidades próximas às suas unidades operacionais. Diante desse cenário, a Petrobras fez uma chamada pública para beneficiar estudantes de diversas regiões do país com a doação de notebooks.
Em cerimônia realizada na RNEST, a Petrobras realizou a entrega de 349 notebooks a 10 escolas estaduais e dois Institutos Federais do Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca para atividades pedagógicas e de educação no ensino médio, ensino de jovens e adultos e curso técnico. O evento aconteceu no dia
30 de abril de em 2024 e representou o compromisso da companhia em promover a inclusão digital.
Os equipamentos foram repassados à Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco dentro da chamada pública que a empresa fez para beneficiar estudantes em comunidades próximas às unidades da companhia em todo país.
Em Cabo de Santo Agostinho as instituições selecionadas foram: o Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) - Campi Cabo de Santo Agostinho, Escola Estadual Madre Iva Bezerra de Araújo, Escola de Referência de Ensino Médio Luísa Guerra, Escola Técnica Estadual Epitácio Pessoa, Escola de Referência em Sen. Francisco P. de Queiroz, EREM José Rodrigues de Carvalho e Escola Estadual Fernando Soares Lyra.
Já em Ipojuca, recebem os computadores o IFPE - Campi Ipojuca, além da Escola Estadual Domingos Albuquerque, Escola Estadual Anibal Cardoso, EREM Frei Otto e a Escola de Referência em Ensino Médio de Ipojuca.
Laboratório nas escolas
Com o propósito de promover o interesse de estudantes em atuar na cadeia de óleo e gás, a Petrobras realiza iniciativas de estímulo voltadas ao público jovem. Dentro desse contexto, surge o projeto “Laboratório nas Escolas” que visa apresentar experimentos químicos realizados por profissionais do Laboratório da Refinaria Abreu e Lima junto aos estudantes.
A primeira edição ocorreu no dia 18 de abril de 2024 na unidade de ensino Joaquim Nabuco, no Engenho Massangana, no Cabo de Santo Agostinho. Os 240 alunos interagiram com os técnicos da RNEST e conheceram profissões que podem seguir na indústria de petróleo e gás.
Uma segunda edição ocorreu no dia 29 de agosto de 2024, com estudantes do 9º ano da Escola Professora Maria Thamar Leite da Fonseca, em Gaibu, Cabo de Santo Agostinho. Ao todo, seis turmas com média de 45 alunos cada acompanharam experimentos físico-químicos relacionados aos processos de obtenção de derivados de petróleo.
Projetos sociais no entorno da RNEST
Ao longo dos anos, a Petrobras desenvolveu diversos projetos sociais em Pernambuco para pessoas em situação de vulnerabilidade social. Foram projetos de empreendedorismo, formação socioprofissional, inserção produtiva, engajamento das juventudes, valorização da cultura local, educação entre outros.
Em 2024, dois novos projetos sociais tiveram início, com investimento em torno de R$ 20 milhões e prazo de duração de três anos, atendendo crianças e jovens dos municípios de Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, cidades do entorno da Refinaria Abreu e Lima.
O projeto Instituto Enter Jovem, na linha de desenvolvimento econômico e sustentável, desenvolve o projeto “Qualificação
Socioprofissional, Inserção Produtiva e Desenvolvimento Comunitário” para atendimento de 2.400 jovens de 15 a 29 anos. São 96 turmas com 256 horas cada, e realiza atividades para todas as 18 comunidades priorizadas pela RNEST. Deste grupo, 32 são treinados para se tornar instrutores e continuarem a transmitir este legado no lugar onde moram.
O Instituto Educacional Menino Jesus (IEMJE) é responsável pelo “O Futuro Está em Nossas Mãos” que atende 1.500 crianças e adolescentes. O projeto atua de forma complementar à educação escolar reforçando seu desenvolvimento em linguagens, educação financeira, tecnologia, etc. O atendimento às famílias dos participantes é feito com visitas domiciliares e apoio de assistente social.
As meninas têm vez
Alunas de escolas municipais do 7º ao 9º ano do Ensino Fundamental do entorno da refinaria podem conhecer in loco como são produzidos os derivados de petróleo e conversar com profissionais sobre o trabalho na Petrobras. O objetivo do programa “Meninas Pró-Futuro” é estimular as estudantes sobre possibilidades de carreira profissional na área industrial.
Em todas as visitas, as estudantes têm a oportunidade de ver uma apresentação institucional sobre a RNEST, onde podem conversar com mulheres profissionais da refinaria sobre temas como empoderamento, escolha profissional e mercado de trabalho na área de petróleo e gás. Depois, conhecem a sala de memória e alguns setores da área operacional.
EnterJovem/Micaella Pereira
De outubro de 2021 a agosto de 2023, outro projeto com conteúdo voltado exclusivamente para o público jovem feminino integrou o Programa Petrobras
Socioambiental: “Meninas em Movimento”. Ao todo, participaram 830 jovens assistidas diretamente em comunidades como Vila Califórnia, Nova Vila Claudete, Serraria, Massangana, Gaibu e Vila Suape.
O “Meninas em Movimento” foi realizado em parceria com a organização Action Aid e tinha como objetivo fortalecer meninas e adolescentes no enfrentamento à violência sexual.
As participantes tiveram acesso a oficinas sobre direitos humanos, cursos de digital influencer e reuniões temáticas com especialistas. No dia 18 de março de 2023, elas compareceram a uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Pernambuco e fizeram uma passeata, no Centro do Recife, contra a violência sexual.
Em nome da diversidade
Em linha com as ações propostas pela Comissão ASG do Refino, a RNEST incentivou e estruturou um Comitê de Diversidade com o objetivo de recepcionar e promover um ambiente de equidade de gênero, inclusão para PCD e diversidade de sexo e raça, com ações que visam, entre outros objetivos, maior segurança e bem-estar no trabalho para todos os funcionários e colaboradores.
O Comitê de Diversidade é um herdeiro direto da luta das mulheres trabalhadoras da refinaria. No dia 8 de março de 2023, Dia Internacional da Mulher, um comitê feminino foi criado oficialmente na RNEST, com o objetivo de propor ações para ampliar a equidade de gênero em um ambiente predominantemente masculino.
No início, este grupo trabalhou muito em questões relacionadas à equidade de gênero, liderança feminina, ao combate ao assédio e a outras problemáticas trazidas pelo público feminino como adequação de instalações. Aos poucos, o foco foi mudando, abrangendo outros públicos que não se sentiam contemplados dentro do ambiente de trabalho.
No processo de inscrição do comitê de diversidade, foram constituídos cinco grupos: mulheres, identidade de gênero e
LGBTQIA+, pessoas com deficiência, pessoas que se identificaram com a questão do preconceito racial e etarismo. São estes cinco grupos que estão representados hoje dentro do Comitê de Diversidade da refinaria.
A posse dos seus integrantes aconteceu no dia 25 de junho de 2024. A nova entidade simboliza o novo momento em que a refinaria passará por um novo momento de chegada de novos profissionais, que precisarão de uma acolhida como os que da primeira etapa, nas obras iniciadas em 2007, não conseguiram ter.
Serão cerca de 10 mil pessoas que estarão dentro da refinaria trabalhando na conclusão do Trem 2. Um desafio que também terá o olhar para a diversidade.
Preocupação com o meio ambiente
A responsabilidade ambiental está presente nos empreendimentos industriais da Petrobras. Com isso, buscamos melhorar nossos produtos, modernizar as instalações e conservar os ecossistemas. Em nossas atividades, procuramos atuar com princípios norteadores de um comportamento ético e transparente, visando conservar as florestas, os ecossistemas e as comunidades do Brasil.
Programa de educação ambiental
Mapeamento do litoral pernambucano
A Refinaria Abreu e Lima lançou, em 1º de outubro de 2024, o seu Programa de Educação Ambiental. Organizado pela equipe de Meio Ambiente da RNEST, a iniciativa tem como objetivo fortalecer a relação da Petrobras com as comunidades locais por meio de atividades educativas.
A primeira ação ocorreu na Escola Dr. Rui Barbosa, na comunidade Praia de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, com cerca de 200 alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental II. O tema central foi “Eventos de Chuva e Erosão do Solo”.
Inicialmente, os estudantes foram orientados sobre a preservação ambiental e os
impactos do uso inadequado do solo, com destaque para os efeitos do desmatamento em casos de chuvas intensas.
Na sequência, foi realizado um workshop de hidrologia. Durante a atividade, os alunos simularam eventos de chuva em três diferentes cenários: superfície impermeável, solo exposto e área com vegetação.
A dinâmica permitiu a observação prática do escoamento superficial e subterrâneo nesses contextos.
Os resultados da simulação demonstraram baixa infiltração de água na superfície impermeável e grande deslocamento de sedimentos no solo exposto. O cenário com vegetação destacou-se pela eficácia na retenção das águas da chuva, ressaltando a importância das áreas verdes.
A Petrobras procura reafirmar o seu compromisso com a responsabilidade social e ambiental alinhando suas atividades produtivas às melhores práticas de preservação. Um exemplo dessa atuação foi o patrocínio da elaboração do Atlas de Sensibilidade Ambiental ao Óleo do Litoral de Pernambuco, publicado em 2011.
Este documento de 212 páginas, resultado de uma parceria entre a Petrobras e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), oferece uma visão detalhada dos impactos que o litoral pode sofrer em casos de vazamento de óleo. Apesar das inúmeras aplicações e do contexto ambiental de Pernambuco, cartas em escala operacional sobre seu litoral só existiam para as áreas dos portos de Recife e Suape.
O atlas apresenta as Cartas de Sensibilidade Ambiental ao Derramamento de Óleo (Cartas SAO), que são ferramentas essenciais para o planejamento de ações preventivas e de resposta a incidentes de poluição por óleo. Com base em uma escala operacional de 1:10.000, essas cartas cobrem todo o litoral de Pernam-
buco e fornecem informações ambientais e socioeconômicas de fácil assimilação, permitindo identificar áreas que pre cisam de proteção prioritária.
A relevância do atlas é destacada pelo contexto específico de Pernambuco, onde 42% da população reside em áreas costeiras, o que torna a preservação ambiental crucial.
As cartas auxiliam na contenção e mitigação de danos, orientando a tomada de decisões rápidas e eficazes em casos de acidentes, além de oferecer subsídios para estratégias de longo prazo.
O patrocínio ao atlas integra as ações de responsabilidade ambiental da Refinaria Abreu e Lima e da Petrobras, contribuindo para a proteção dos ecossistemas e da biodiversidade do litoral pernambucano. para ambiental
Projetos Ambientais em Pernambuco
Nossa empresa tem orgulho de apoiar iniciativas que contribuem para o bem-estar social e ambiental, que contribuem para a preservação da biodiversidade, dos recursos hídricos e das florestas. Assim, patrocinamos projetos socioambientais por todo Brasil. Há 5 projetos em atuação em Pernambuco no ano de 2024, são eles: Projeto Meros do Brasil; Budiões; Coral Vivo; Viva o Peixe-Boi Marinho; e Golfinho Rotador.
Projeto Meros do Brasil
Realizado pelo Instituto Meros do Brasil em parceria com instituições de ensino e pesquisa que compõem a Rede Meros do Brasil, o projeto visa a conhecer, preservar e recuperar as populações de meros, para os quais os manguezais funcionam como berçários e as baías onde são encontrados, como ambiente para crescerem e habitarem. Além disso, o projeto atua na sensibilização ambiental junto a crianças, adultos e comunidades tradicionais.
Em Pernambuco, o projeto ocorre em Tamandaré; Rio Formoso; São José da Coroa Grande; Sirinhaém; Ipojuca; Recife; e Fernando de Noronha.
Os meros têm grande importância ecológica, pois são predadores de topo de cadeia que se alimentam de outros peixes e invertebrados, servem de alimento para peixes limpadores e são moradia para parasitas. Ameaçados de extinção, são protegidos por lei, sendo proibida a sua captura.
Budiões
Realizado pelo Instituto Nautilus de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade desde 2020, o Projeto Budiões promove a conservação dos ambientes recifais da costa brasileira a partir de medidas de proteção das populações de budiões, que são espécies-chave no mecanismo de funcionamento ecológico dos recifes.
A maioria das espécies de budiões se encontra ameaçada. O budião-azul (Scarus trispinosus), por exemplo, está em perigo de extinção. As principais ameaças são a pesca predatória e a poluição dos ambientes marinhos.
Para mudar esse cenário, o projeto tem realizado ações de educação ambiental, capacitação de comunidades tradicionais, suporte a políticas públicas e pesquisa e divulgação científica, em conjunto com cerca de 20 parceiros (universidades, outros projetos patrocinados pela Petrobras e órgãos públicos).
São promovidas ainda a capacitação de agentes de turismo náutico e a formação de censeadores de budiões que, exercendo a Ciência Cidadã, auxiliam na elaboração do censo de budiões no Brasil.
O projeto abrange quase a totalidade da costa brasileira, estendendo-se desde o Maranhão até Santa Catarina. Em Pernambuco, são desenvolvidas ações nos municípios de Ipojuca, São José da Coroa Grande, Sirinhaém, Tamandaré e Fernando de Noronha.
Coral Vivo ---
Executado pelo Instituto Coral Vivo, atua divulgando a importância da conservação da biodiversidade dos ambientes coralíneos encontrados nos costões rochosos das ilhas do entorno da baía, focos do Plano de Ação Nacional para Conservação dos Ambientes Coralíneos (PAN Corais), e dialogando com diferentes grupos sociais sobre o tema e assuntos correlatos.
Em Pernambuco, o projeto está presente nas praias de Ipojuca.
Viva o Peixe-Boi-Marinho
Realizado pela Fundação Mamíferos
Aquáticos e apoiado pela Petrobras desde 2013, o projeto Viva o Peixe-Boi-Marinho promove a conservação da espécie que dá nome ao projeto e de seus habitats, que são ecossistemas costeiros e estuarinos brasileiros, promovendo a participação social nas ações desenvolvidas.
O peixe-boi-marinho (Trichechus manatus), afinal, é espécie classificada como “em perigo” de extinção. Enfrenta ameaças como perda de habitat, poluição, pesca acidental e colisão com embarcações. O projeto conta com 25 parcerias, firmadas com universidades, institutos, associações, colônias de pesca e secretarias municipais.
Os esforços do projeto estão direcionados para a implementação de ações nas seguintes frentes: pesquisa sobre a espécie (ampliação do conhecimento), manejo, identificação de ameaças, fortalecimento de Áreas Marinhas Protegidas, desenvolvimento tecnológico (ampliação da diversidade de transmissores satelitais para o monitoramento de peixes-boi e tartarugas-marinhas), sensibilização ambiental, desenvolvimento comunitário sustentável, participação em fóruns de políticas públicas e atendimento imediato a animais encalhados (vivos ou mortos).
A área de abrangência do projeto compreende a região Nordeste do Brasil, ampliando-se para a região Norte do país, em áreas como a costa do estado do Amapá. Em Pernambuco, o projeto ocorre na cidade de Goiana, litoral norte do estado.
O projeto mobiliza pescadores, moradores das áreas que abrange e estudantes nas atividades realizadas, criando e ampliando uma rede de colaboradores, resgatando tradições, cultura e valores e promovendo a continuidade e a valorização desses elementos. Além disso, promove o desenvolvimento econômico local, apoiando o turismo de observação dos peixes-boi-marinhos e a arranjos
produtivos locais, como capacitações em meliponicultora e a confecção de artesanato na Eco-Oficina Peixe-Boi & CIA, onde são criados produtos para a venda representando a fauna aquática brasileira.
Golfinho rotador ---
Executado pelo Centro Golfinho Rotador em Fernando de Noronha, atua desenvolvendo pesquisas de longa duração e sensibilizando ilhéus, turistas e internautas para promover a conservação da biodiversidade oceânica, com ênfase no golfinho-rotador.
Utiliza como ferramenta o conhecimento científico, o carisma dos golfinhos e a facilidade em conhecer a vida oceânica na ilha. Registrou, até hoje, cerca de dois milhões de golfinhos rotadores na área de abrangência do projeto, na Baía dos Golfinhos, todos monitorados, pesquisados e protegidos sistematicamente. Atua, também, na conservação de 12 outras espécies marinhas de Fernando de Noronha.
Autonomia e renda
O Programa Autonomia e Renda da Petrobras vai ampliar oportunidades de trabalho e renda a pessoas em situação de vulnerabilidade social ou sem vínculo formal de emprego moradoras dos municípios vizinhos da Refinaria Abreu e Lima, com o oferecimento de cursos nas modalidades de formação inicial continuada e cursos técnicos. A primeira fase do Programa conta com a parceria do Sesi-Senai e Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Serão priorizados grupos de mulheres; pessoas transgênero, transexuais ou travestis; pessoas com deficiência; indígenas e quilombolas; pessoas pretas e pardas e refugiadas.
As vagas abertas estão em sintonia com as demandas da cadeia de fornecedores do setor de Óleo e Gás. Há déficit de mão de obra qualificada na cadeia de fornecedores para atuação em paradas de manutenção e projetos de investimento previstos no Plano
Estratégico da Petrobras e a oferta desses cursos pode impulsionar as oportunidades para as comunidades próximas das nossas instalações.
A área de abrangência da Refinaria Abreu e Lima (RNEST) receberá o maior quantitativo de vagas do Programa, quase 38% das vagas nacionais ao longo de quatro anos. Para Pernambuco estão previstos 23 cursos e cerca de 7.382 pessoas que poderão se qualificar em profissões como caldeireiro, eletricista, inspetor, instrumentista, isolador, montador de andaime e soldador, entre outras opções, além de alguns cursos técnicos.
Os participantes contemplados nos processos seletivos vão receber bolsa-auxílio no valor de R$ 660 mensais durante o período em que estiverem realizando os cursos. Para as mulheres com filho até 11 anos, a bolsa auxílio será no valor de R$ 858
mensais. Além da bolsa-auxílio, a iniciativa ainda apresenta como diferenciais: reforço de português e matemática para correção de eventuais lacunas de escolaridade; conteúdo obrigatório de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) para fortalecer a segurança nas obras e operações, acompanhamento psicossocial e conteúdo voltados ao desenvolvimento de competências socioemocionais e pessoais.
Centro de treinamento se torna 1º Cequal Abraman Petrobras ---
A Refinaria Abreu e Lima criou um centro de treinamento e qualificação profissional dentro da área operacional, em setembro de 2023, em parceria com empresa prestadora de serviço de rotina. No espaço, trabalhadores terceirizados exercitam suas habilidades e reforçam os conceitos técnicos e de segurança no trabalho para estarem cada vez mais capacitados na execução de suas atividades.
fosse transformado no Centro de Exame
Após a criação do centro de treinamento, a RNEST estabeleceu a primeira parceria da Petrobras com a Associação Brasileira de Manutenção e Gestão de Ativo – Abraman para que o Centro de Treinamento fosse transformado no Centro de Exame de Qualificação de Pessoas (CEQUAL).
Por meio desse Centro, trabalhadores podem prestar exames e receber a certificação Abraman nas categorias em nível 1: Instrumentista de Manutenção, Caldeireiro de Manutenção, Eletricista de Manutenção, Mecânico de Manutenção e Montador de Andaimes.
A inauguração do CEQUAL na RNEST ocorreu no dia 11 de outubro de 2024, com a participação da Diretora Presidente Marcela Scalco Freitas, junto ao Gerente Geral, Márcio Maia e os trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima. Durante o evento, o primeiros certificados Abraman foram entregues aos aprovados nos exames.
Retomada das obras
No dia 18 de janeiro de 2024, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Ipojuca, o Governo Federal anunciou a retomada das obras da Refinaria Abreu e Lima. Com a ampliação da unidade pernambucana, a Petrobras e o Governo Federal projetam uma geração de cerca de 30 mil empregos diretos e indiretos e um acréscimo de cerca de 13 milhões de litros de Diesel S-10 (de baixo teor de enxofre) por dia à capacidade de produção nacional.
Com a ampliação do projeto, a RNEST tem potencial para ser a segunda maior refinaria brasileira, com o parque de refino mais moderno de todo o continente americano, incluindo Estados Unidos e Canadá.
O investimento na unidade está previsto no Plano Estratégico 2024-28+ da Petrobras e faz parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
O presidente Lula, que acompanhou a construção da refinaria pernambucana desde o seu início, destacou que no seu terceiro mandato o país voltou a investir.
“O primeiro ano (2023) foi um ano de limpar o terreno e de plantar coisas novas, este ano (2024) é o ano da colheita e a primeira árvore frondosa que nós esta-
mos colhendo é recuperação da RNEST”, ressaltou.
A companhia lançou, no evento de retomada da Abreu e Lima, o Programa Autonomia e Renda, que oferecerá cursos de formação inicial continuada (FIC) e cursos técnicos a pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Das 20 mil vagas nacionais, Pernambuco terá direito a 7.205, com oferecimento de bolsa-auxílio no valor de R$ 660 mensais (R$ 858 mensais para mulheres com filho até 11 anos).
A retomada das obras do Trem 2 da refinaria aumentará a capacidade de processamento de petróleo da Abreu e Lima dos atuais 115 mil barris por dia (bpd) para 260 mil bpd, atingindo a sua capacidade máxima.
Considerando os investimentos na Abreu e Lima e todos os projetos previstos de adequação e o aprimoramento do parque industrial e da cadeia de abastecimento e logística, a Petrobras estima um aumento de produção de diesel da ordem de 40% nos próximos anos.
Aumento da capacidade de processamento
A Petrobras anunciou, no dia 20 de abril de 2023, a assinatura de contrato para ampliação e modernização da Refinaria Abreu e Lima. As obras serão feitas nas unidades já em operação, no Trem 1, e permitirão aumentar em 15 mil barris/dia a capacidade
total de processamento da refinaria, dos atuais 115 mil para 130 mil barris/dia. A conclusão da expansão é esperada para o primeiro trimestre de 2025 e possibilitará o aumento da oferta de diesel para o mercado brasileiro.
As obras para a ampliação da produção do Trem 1 (Revamp) proporcionarão aumento de carga, melhor escoamento de produtos leves e maior capacidade de processamento de petróleo do pré-sal. O projeto foi aprovado pelo Conselho de Administração
da companhia, após passar por um processo de avaliação da viabilidade técnica e econômica, seguindo rígidos padrões de governança, associados às melhores práticas internacionais.
Transição energética justa
A Petrobras se propõe a liderar a transição energética justa no Brasil, ou seja, realizar a troca de energias derivadas do petróleo, no carvão e no gás natural por alternativas mais sustentáveis. Para que essa transição seja justa, ela precisa garantir que todas as pessoas tenham acesso a essas energias.
Entre os seus principais benefícios da transição energética justa estão a garantia de que a energia oferecida tenha preços razoáveis, oferta suficiente para não faltar e gere empregos de qualidade para o país. Por isso, se difere do conceito de transição energética tradicional, que aborda apenas a migração para energias renováveis e mais limpas, sem pensar nos benefícios sociais e econômicos.
A energia de mais baixo carbono também é um caminho para garantir a segurança energética mundial. Isso porque a diversificação de fontes de energia, muitas vezes produtivas localmente, também pode fazer com que países não dependam exclusivamente da oferta de uma única energia, como o petróleo e seus derivados. E isso também afeta diretamente os consumidores.
Há mais de uma década, trabalhamos em ações de descarbonização e temos uma trajetória de redução gradual e consistente das emissões de gases de efeito estufa. Somado a isso, para impulsionar a transição energética no Brasil, estamos unindo forças com grandes empresas de diferentes setores para diversificar nosso portfólio energético.
Também queremos ampliar a oferta de combustíveis renováveis para atender à crescente demanda da sociedade por produtos de baixo carbono, com potencial de aumentar em até quatro vezes a nossa capacidade de produção de biocombustíveis até 2030.
Produção de Diesel R
A Refinaria Abreu e Lima se prepara para integrar o Programa BioRefino da Petrobras, um passo importante no desenvolvimento de combustíveis mais sustentáveis.
Um dos focos desse programa é a produção de Diesel R, um combustível resultante do coprocessamento de diesel mineral com óleo vegetal, que incorpora uma parcela de diesel verde (HVO). A produção pode variar entre 5% (Diesel R5) e 10% (Diesel R10) de diesel renovável. O projeto de expansão do Diesel R na refinaria envolve adequações para viabilizar o coprocessamento desse
combustível, reforçando o compromisso da Petrobras com a transição energética e a redução de emissões. Além disso, estão sendo avaliadas novas plantas para a produção de Diesel R100, feito inteiramente a partir de matérias-primas sustentáveis, tanto na Refinaria Abreu e Lima quanto em outras unidades da companhia. A iniciativa faz parte do Plano Estratégico 2024-2028
da Petrobras, que prevê investimentos significativos para promover a transição energética, destinando US$ 600 milhões especificamente ao Programa BioRefino. Este movimento reflete o compromisso da Petrobras em desenvolver processos industriais mais eficientes, combinando matérias-primas renováveis para atender às demandas de uma economia de baixo carbono.
Instalação de usina fotovoltaica
A Refinaria Abreu e Lima fará parte da iniciativa da Petrobras de instalação de usinas fotovoltaicas nos seus parques de refino, financiada por um Fundo de Descarbonização. Criado para apoiar ações que reduzam as emissões operacio-
nais, estes fundo destinará recursos para a implementação de plantas solares na RNEST, bem como nas refinarias Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais, e Paulínia (Replan), em São Paulo.
A capacidade total das usinas fotovoltaicas planejadas para essas refinarias será de 48 MW. A energia gerada por essas usinas será integrada ao sistema das refinarias, contribuindo para a redução do consumo de gás e, consequentemente, para a diminuição das emissões de gases de efeito estufa (GEE). Este movimento está em sintonia
com o compromisso da Petrobras de reduzir suas emissões operacionais e avançar em projetos de geração de energia renovável.
A criação do Fundo de Descarbonização faz parte dos esforços da Petrobras para alcançar a neutralidade de suas emissões operacionais até 2050. A integração de fontes de energia renovável, como a solar, nas operações de refino é uma das formas pelas quais a companhia busca atingir essa meta, contribuindo para a transição energética global e para a descarbonização de suas atividades.
Projeto de captura, uso e armazenamento de carbono
A Petrobras é a empresa que mais captura dióxido de carbono do mundo, sendo responsável por 25% de todo o CO₂ reinjetado no planeta em 2022. Foram 10,6 milhões de toneladas, o equivalente a 5,8 bilhões de m³ de gás carbônico. Desde 2015, a companhia reduziu em 41% suas emissões de CO₂ e é referência mundial no uso de tecnologias em direção a um futuro de baixo carbono.
A companhia descobriu que, ao longo da costa brasileira, existem reservatórios salinos que podem armazenar quantidades gigantescas de CO₂. A reinjeção foi uma solução encontrada pela Petrobras para atender ao compromisso de não dispersar na atmosfera o CO₂ que está presente no gás natural.
Trata-se de uma das iniciativas que permitem à empresa produzir petróleo com baixa emissão de carbono nos campos do pré-sal. Atualmente, todas as 21 plataformas que produzem no pré-sal da Bacia de Santos incorporam a tecnologia de CCUS associada à recuperação avançada de petróleo. CCUS é uma sigla para Carbon Capture, Utilization and Storage Ou seja: captura, uso e armazenamento de carbono.
O programa de CCUS desenvolvido pela Petrobras nos campos do pré-sal é o maior do mundo em operação, em volume reinjetado anualmente, e também é o pioneiro em águas ultraprofundas. A companhia pretende ampliar a iniciativa envolvendo as suas refinarias. A Abreu e Lima, em Pernambuco, é uma delas. Na RNEST foi iniciado um estudo em parceria
com o Centro de Pesquisas Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), a unidade da Petrobras responsável pelas atividades de pesquisa e desenvolvimento e da empresa, e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) para viabilizar projetos futuros de CCUS na refinaria. Esse projeto de pesquisa tem o objetivo de estudar a capacidade armazenamento de CO₂ em rochas na bacia do Pernambuco.
Nesse futuro modelo de negócio, o CO₂ seria capturado na Refinaria Abreu e Lima e transportado por meio de uma malha conectada, podendo ser compartilhada, otimizando o transporte, para posterior armazenamento em reservatórios geológicos na região.
A Petrobras pretende reinjetar os reservatórios salinos próximos à costa, o que vai permitir capturar o CO₂ das refinarias, acelerando o seu processo de descarbonização. A companhia pode ainda vender serviços para outras empresas, capturando o CO₂ delas.
O Plano Estratégico da Petrobras para o quinquênio 2024-2028 (PE 2024-28+) prevê a destinação de US$ 11,5 bilhões para projetos de baixo carbono nos próximos cinco anos, mais que o dobro do plano anterior. São contempladas iniciativas e projetos de descarbonização das operações assim como o desenvolvimento e amadurecimento de negócios no segmento de energias de baixo carbono, com destaque para biorrefino; eólicas; solar; captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS) e hidrogênio. IStock/Ungrim
Suape amplia calado e se prepara para navios maiores
Alinhado com as obras de ampliação da Refinaria Abreu e Lima, o Porto de Suape deu início, em dezembro de 2023, à última etapa de dragagem do seu canal externo para alcançar a profundidade de até 20 metros. Graças à utilização da maior draga do mundo, a Willem Von Rubroeck, operada pela primeira vez em um terminal portuário brasileiro pela empresa holandesa Van Oord, foram retirados 1,7 milhão de metros cúbicos de sedimento.
Com a obra concluída em maio de 2024, o Porto de Suape pode receber a atracação de navios de grande porte, como petroleiros classe Suezmax em sua capacidade máxima, de até 120 mil toneladas de porte bruto (TPB), incrementando a movimentação de granéis líquidos (petróleo cru e derivados), principalmente os combustíveis da RNEST.
A dragagem foi fundamental para garantir a navegabilidade, segurança e operações do porto, A intervenção, autorizada pelo órgão ambiental estadual, adotou medidas para mitigar impactos ambientais. Em julho de 2024, Suape deu início às obras de dragagem do canal interno para atingir a profundidade de 16,2 metros e a última etapa de restauração do molhe, que permitirá a atracação segura de porta-contêineres de 366 metros de comprimento
e outras embarcações de grande porte, com capacidade máxima de carga. Serão removidos 3,8 milhões de metros cúbicos de sedimentos.
O contrato inclui também a dragagem e a manutenção da bacia de evolução e dos Píeres de Granéis Líquidos (PGLs) 3A e 3B, para aprofundamento até 18,5 metros. Após a conclusão, prevista para o primeiro semestre de 2025, Suape terá o maior calado operacional para navios de contêineres entre os portos públicos brasileiros e o segundo maior calado para granéis líquidos.
Com isso, Suape adapta a sua infraestrutura portuária para o incremento das operações de granéis líquidos e no suporte à expansão da Refinaria Abreu e Lima. Com a ampliação anunciada da RNEST, que praticamente dobrará sua capacidade de refino, o terminal portuário pernambucano se consolida como um elemento vital para a distribuição de combustíveis para todo o país.
Cuidar das Pessoas
Cuidado com as pessoas: um valor da Petrobras
A Política de Recursos Humanos da Petrobras orienta as práticas trabalhistas e é implementada em toda a companhia, com diretrizes claras para promover um ambiente de trabalho ético e transparente.
A gestão de pessoas na Petrobras foca no desenvolvimento e no bem-estar dos colaboradores, respeitando suas necessidades e valorizando suas contribuições.
O Plano Estratégico 2024-2028+ reflete a intenção de fortalecer a companhia com atenção às pessoas, segurança e respeito ao meio ambiente. Um dos valores centrais é o cuidado com as pessoas, que enfatiza a promoção da diversidade, equidade, inclusão e saúde no ambiente de trabalho.
Em 2023, a Petrobras lançou o Posicionamento de Diversidade e Combate ao Assédio, afirmando o compromisso com um ambiente seguro e inclusivo. A Política de Diversidade, Equidade e Inclusão, aprovada pelo Conselho de Administração, estabelece metas para a inclusão de grupos sub-representados e ações afirmativas, garantindo que todos os colaboradores sejam respeitados e valorizados, independentemente de suas diferenças.
A Petrobras adota práticas trabalhistas que priorizam as boas relações entre empregador e empregado, respeitando a legislação brasileira e convenções internacionais do trabalho. A empresa repudia o trabalho infantil, o trabalho escravo e degradante
em toda a sua cadeia produtiva, conforme a Política de Responsabilidade Social.
O Código de Conduta Ética estabelece princípios que norteiam as relações de trabalho, incluindo os mecanismos de governança. Isso visa aumentar a confiança de todos os públicos de interesse, abordando a importância da transparência e a integridade nas ações da Petrobras. Essa abordagem garante que todos os funcionários estejam cientes de seus direitos e deveres, promovendo um ambiente onde a ética e a responsabilidade são fundamentais.
Reconhecer as pessoas
A Petrobras trabalha o reconhecimento das pessoas por meio de diferentes iniciativas e programas que visam valorizar e recompensar o desempenho, a contribuição e as conquistas dos colaboradores.
A promoção de uma cultura organizacional que visa o reconhecimento e a valorização dos colaboradores é parte das práticas de gestão de pessoas adotadas pela Petrobras. Isso inclui a disseminação de práticas de
reconhecimento no ambiente de trabalho, incentivo ao reconhecimento entre colegas e a promoção de um ambiente de trabalho colaborativo e positivo.
Na RNEST, as práticas de reconhecimento costumam ocorrer durante o evento Conexão RNEST, onde as equipes recebem atualizações sobre o andamento da refinaria e também são valorizadas por trabalhos que foram considerados de destaque.
Serviço
A Homenagem por Tempo de Serviço da Petrobras é uma cerimônia que reconhece e valoriza os colaboradores que completam marcos significativos de tempo de serviço na companhia. Realizado em todas as unidades, o evento destaca a dedicação dos profissionais que, ao longo dos anos, contribuíram para o crescimento o desenvolvimento da Petrobras, proporcionando um momento de confraternização entre colegas de trabalho, gestores e familiares.
Reconhecer os brigadistas
Os colaboradores homenageados recebem certificados, pins e outros símbolos que representam a gratidão da empresa pelo seu tempo dedicado. Um reconhecimento que não apenas valoriza a experiência e o conhecimento adquiridos pelos profissionais, mas também serve como um momento de celebração das conquistas coletivas.
A Petrobras valoriza a atuação dos seus brigadistas, colaboradores da Petrobras que são treinados e designados para atuarem como membros de brigadas de incêndio e emergência. Eles desempenham um papel fundamental na prevenção e combate a incêndios, primeiros socorros e outras situações de emergência que possam ocorrer nas instalações da empresa.
Os brigadistas são selecionados e capacitados para agir de forma rápida e eficiente em caso de emergências, garantindo a segurança dos colaboradores, das instalações e do meio ambiente.
nos dias 25 e 29 de abril e 17 de
Na Refinaria Abreu e Lima, os empregados que completaram décadas de Petrobras em 2022 e 2023 foram homenageados em eventos realizados nos dias 25 e 29 de abril e 17 de junho de 2024 em jantares especiais em restaurantes com a presença dos gestores e de familiares. Foram momentos de celebração e emoção, marcados pelos discursos emocionados de representantes dos que alcançaram esta etapa na carreira profissional.
Os brigadistas desempenham um papel crucial na garantia da segurança nas instalações da Petrobras, atuando como uma primeira linha de resposta em situações de emergência. Eles são fundamentais para a proteção das pessoas, do patrimônio e do meio ambiente.
A cada 2 de julho é celebrado o Dia do Brigadista, reforçando o compromisso da companhia com a segurança e o bem-estar de seus colaboradores. Para celebrar e reconhecer os participantes da brigada, a RNEST realiza jantares com presença de familiares.
Desenvolver as lideranças
Formar líderes
A Petrobras valoriza e reconhece a importância do desenvolvimento das lideranças como um elemento fundamental para o sucesso organizacional. A empresa entende que líderes capacitados e preparados são essenciais para promover a excelência, impulsionar a inovação, garantir a eficiência operacional e fortalecer a cultura organizacional.
A Petrobras vê o desenvolvimento das lideranças como investimento estratégico, pois entende que líderes bem preparados são capazes de orientar suas equipes, tomar decisões assertivas, inspirar colaboradores e criar um ambiente de trabalho saudável e produtivo.
Além disso, a empresa acredita que o desenvolvimento de lideranças contribui para a continuidade do negócio, preparando sucessores e garantindo a sustentabilidade a longo prazo. A Petrobras busca desenvolver líderes que estejam alinhados com os valores e a cultura da empresa, capazes de enfrentar desafios e promover a transformação necessária em um ambiente em constante evolução.
Dentre as diversas iniciativas está o Workshop Líder Comunicador, que busca exercitar as práticas de comunicação permitindo que os líderes estejam preparados para trabalhar as mensagens chave e comunicar temas difíceis.
A Refinaria Abreu e Lima (RNEST) investe no desenvolvimento de lideranças para enfrentar os desafios de uma unidade da Petrobras em expansão. A partir de agosto de 2023, a companhia iniciou a Jornada da Liderança RNEST, um programa estruturado em duas dimensões: a Trilha da Liderança, voltada para gestores, e o Escalada RNEST, disponível a todos os colaboradores.
A Trilha de Liderança, iniciada na RNEST no dia 8 de fevereiro de 2024, se caracteriza por uma jornada de treinamento estruturada para aprimorar o desempenho dos gestores com os conceitos mais modernos de liderança, melhoria de performance e alinhamento com a estratégia da Petrobras.
O Escalada RNEST possui o objetivo de desenvolver competências e preparar interessados no ingresso em carreiras gerenciais.
Desenvolver lideranças femininas
Reforçando a importância da equidade de gênero na cultura organizacional da Petrobras, o Programa de Mentoria Feminina na Refinaria Abreu e Lima, iniciado em dezembro de 2023, teve como objetivo promover a igualdade de oportunidades e fortalecer a liderança feminina dentro da unidade. Com a participação de 51
mentoradas que atuam na diretoria, sendo 25 mulheres em turnos e 26 em regime administrativo, a ação destacou-se pela inclusão de 41% de mulheres negras.
Durante a sua execução, o programa da Diretoria de Processos Industriais contou com a colaboração de 36 mentoras e 15 mentores, que atuaram como guias e apoiadores no desenvolvimento das participantes. Além da mentoria, o programa fez a integração com as diversas iniciativas de programas de mentoria feminina que estão em andamento por toda a Petrobras.
Os benefícios da Mentoria Feminina incluíram mentorias individuais personalizadas
com profissionais renomadas, que ofereceram orientações práticas e insights; palestras com especialistas abordando temas relevantes para o crescimento profissional e pessoal; oportunidades de networking e suporte contínuo.
Essa iniciativa não apenas incentivou o crescimento profissional das mentoradas na RNEST, mas também contribuiu para o aumento da representatividade das mulheres em posições de liderança na Petrobras. O encerramento do primeiro grupo do programa foi realizado em 19 de setembro de 2024.
Cuidar dos novos empregados ---
Em constante processo de ampliação e com a previsão de incorporação de novos colaboradores, a Refinaria Abreu e Lima criou um programa para receber adequadamente seus novos empregados aprovados em processos seletivos ou transferidos de outras unidades da Petrobras. Desde janeiro de 2023 está em atividade o Programa de Ambientação de Empregados(as) da RNEST - Se Achegue!, que visa facilitar a adaptação dos recém-chegados ao ambiente de trabalho. Esse programa inclui uma cartilha informativa sobre o processo
de transferência, orientações para gerências e tutores, e uma semana de integração.
O acolhimento é cuidadosamente planejado para garantir que os novos colaboradores se sintam bem-vindos e confortáveis em suas novas funções. Desde a primeira turma, em janeiro de 2023, até a terceira turma, em agosto, a RNEST tem promovido um ambiente caloroso e respeitoso, oferecendo uma recepção que inclui elementos da cultura local, como bolo de rolo e o uso do dialeto pernambucano.
Durante o programa, os novos empregados vindos de estados como Rio Grande do Norte, Sergipe, Alagoas e Bahia, têm a oportunidade de conhecer mais sobre o Recife, as áreas da RNEST, a estrutura organizacional, as ações de responsabilidade social, equidade e diversidade, além de participar de uma visita à área industrial da refinaria.
Cuidar na maternidade - Sala de Apoio à Amamentação
A Sala de Apoio à Amamentação da RNEST foi inaugurada em 23 de abril de 2015, com a finalidade de ajudar as trabalhadoras na ordenha e armazenamento correto do leite materno para posterior oferta a seus filhos. O espaço serve como um ponto de apoio e incentivo para que as mães que trabalham na refinaria continuem amamentando seus filhos com mais tranquilidade, segurança e conforto no período de fim da licença maternidade ou retorno ao trabalho.
Desde a sua abertura, o espaço foi utilizado mais de 1.500 vezes para a coleta de
leite durante o horário de trabalho. No dia 25 de maio de 2015, Giane Xavier dos Santos se tornou a primeira usuária da sala. Ela compartilhou um vídeo relatando sua experiência e período de adaptação.
Em 13 de agosto de 2024, a sala passou por uma reinauguração em celebração aos 10 anos da RNEST. Atualmente, o espaço está disponível 24 horas por dia para todas as mães lactantes, próprias e contratadas, com o suporte contínuo da equipe técnica.
Cuidar da saúde
A Petrobras estimula o cuidado com a saúde por meio de uma série de iniciativas e programas que visam promover o bem-estar e a qualidade de vida dos colaboradores.
Promoção da atividade física
A Petrobras promove a atividade física por meio de diversas iniciativas que visam incentivar os colaboradores a adotarem um estilo de vida ativo e saudável.
A empresa oferece programas de ginástica laboral, que consistem em pausas ativas durante o expediente de trabalho. Essas pausas incluem exercícios de alongamento, fortalecimento muscular e relaxamento, realizados no próprio local de trabalho. A ginástica laboral ajuda a prevenir lesões, reduzir o estresse e promover a saúde física e mental dos colaboradores.
A Petrobras promove eventos esportivos e competições internas, como corridas e
caminhadas. Esses eventos incentivam a prática esportiva, promovem o espírito de equipe e proporcionam momentos de integração entre os colaboradores.
A empresa realiza campanhas de conscientização sobre a importância da atividade física para a saúde, promovendo informações e dicas sobre como incorporar a prática esportiva na rotina diária. Essas campanhas visam sensibilizar os colaboradores sobre os benefícios da atividade física e encorajá-los a adotar um estilo de vida mais ativo.
Alimentação Saudável
A Petrobras busca promover a alimentação saudável entre seus colaboradores por meio de diversas iniciativas e programas.
A empresa oferece refeitórios e restaurantes em suas unidades, onde são disponibilizadas opções de alimentos saudáveis e equilibrados. Os cardápios são elaborados levando em consideração os princípios de uma alimentação saudável, com variedade de alimentos, inclusão de frutas, legumes, verduras, proteínas magras e opções de baixo teor de gordura.
A Petrobras promove programas de educação alimentar, que visam conscientizar e educar os colaboradores sobre a importância de uma alimentação saudável. Esses programas incluem palestras, workshops, materiais informativos e campanhas de conscientização sobre hábitos alimentares saudáveis, escolhas equilibradas e nutrição adequada.
A empresa oferece atendimento nutricional periódico para adoção de um comportamento alimentar e estilo de vida mais saudável.
Fortalecer os vínculos com a Petrobras
A Petrobras busca fortalecer seus vínculos com os empregados por meio de diversas iniciativas e práticas que visam promover um ambiente de trabalho saudável, colaborativo e engajador.
Uma das iniciativas que busca conectar colaboradores e seus familiares ao ambiente de trabalho é o Energia em Família. Esse evento busca promover um dia especial para familiares que tem a oportunidade de conhecer o local de trabalho do colaborador, num dia repleto de aprendizado e com atividades inesquecíveis. Na Refinaria Abreu e Lima, os colaboradores sorteados trazem seus familiares para participar de uma apresentação
no auditório central, seguido de um um tour de ônibus sem escalas pela refinaria atividades recreativas na área externa do prédio de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS).
O programa, que é realizado em várias datas ao longo do ano, inclui palestras sobre a unidade, vídeos informativos e visitas à área industrial, além de momentos de descontração com lanches e diversas atividades para adultos e crianças. As edições do programa recebem retornos positivos, com colaboradores expressando satisfação pela oportunidade de compartilhar experiências e criar memórias significativas com suas famílias.
RNEST/SMS/POMA,
RNEST/SMS/SO e RNEST/SMS/SSO
—
Adevaldo Morais
Alexander Marcio
Auzelio Alves
Bruno Fhranklin
Bruno Rafael (REPLAN)
Daniel Almeida
Edneide Santos
Elizete Dantas
Fábio Paiva
Francisco Vila Nova
Ítalo Cardoso
Jamile Alencar
Jean Carlo
Jorge Francisco
José Mauro
Laedja Lopes
Marcelo Luiz
Marcelo Macedo
Mauro Santos
Monica Helena
Paulo Renato
Rafael Moura
Rodolfo Rodrigues
Tamar Tavares
Tarcilla Raquel
Thiago Moreira
Vinícius Queiroz
RNEST/OP/DC, RNEST/OP/HDT, RNEST/TEU/TE, RNEST/TEU/UT, RNEST/OT/LB, COTUR E ISC —
Aldo Vitorino
Amanda Menna
Ana Manuela Silva
Anderson D Jesus
Carlos Alberto
Demetrios Gomes Litsas
Djalma Souza
Edson Luis Rodrigues
Edvaldo Wagner
Elifabio Neves
Eudes Carvalho
Gildo Amancio
Gustavo Lira
Iderjane Cavalcante
Isaias Moura de Moraes
Italo Ricardo da Silva
Jairo Boucas
Jeanderson Goncalves
Joao Carlos
Jose Cavalcanti
Jose Cicero Soares
Jose Vanderson
Kassio Marques e Silva
Laurindo Sena
Ligia Pastichi
Luis Fabricio
Marcus Freitas
Marcus Vinicius
Nathalia Pereira Leite
Ormano Jaques
Paulo Roberto Sales
Ranielly Monteiro
Cunha Falcao Lins
Ronie Ramalho
Ronival Leite
Tiago da Costa e Silva
Wagner Luz Vidal
Andre
Antônio Sérgio
Beilton
Bruno
Henrique
Heverton
Jairo
Jander
Alex Santos
Ary Jones
Cesar Alvaia,
Claudivan dos Santos
Ivaldo Rufino
José Jucélio
Marcos Alberto
Rosemberg Lins
RNEST/PC, RNEST/ES/C&M e RNEST/EM/PROJ 1
Adriano Mucarbel
Bruno Rendeiro
Daniela Alves
Earlysson Moreira
Edmilson de Almeira
Francisco Miguel
Jean Carlo Ferreira
Jose Haroldo
Josiane Muniz
Katia Chivers
Nicolo Bonando
Regiel Rodrigues
Gilnei
IMÓVEL RNEST
Ebson
RNEST/TEU
Bruno
Carlos
Douglas
Leonardo
Myria
RNEST/OP
—
Ana Manuela
Bruno Beckman
Cristiano Agostinho
Eduardo kerber
George Nascimento
Jorge Antônio
Jose Alex Márcio Victor
Shirley Nascimento
Williams Omena
RNEST/OP/DC, RNEST/OP/HDT, RNEST/TEU/TE, RNEST/TEU/UT, RNEST/OT/LB, COTUR E ISC
—
Adailton Oliveira
Anderson Ferreira
André Camelo
Cícero Aristóteles
Cláudio Monteiro
Davi Vieira
Diogo Marinho
Diogo Menezes
Edivan Máximo
Emanoel Messias
Everson Barbosa
Isabel Galdino
Israel Neto Meninão
Jeferson Simplício
José Braga
José Daniel
Jurandir Soares
Leonardo Buarque
Marcelo Basílio
Marcelo Matos
Rafael Moura
Hiroshi
Rodrigo Max
Thebio Sampaio
Tibério Rebouças
Tulio Ribeiro
Wagner Simões
RNEST/ES/CFSP E RNEST/ES/INF
Calíope Pedrosa
Eronildes dos Santos
Gabriela Clemente
Hesyquio Araújo
João Lobão
Nathalia Guimarães
Saulo Neves
Walquíria França
Valter Ramos Wendel Brito
RNEST/OP/DC, RNEST/OP/HDT, RNEST/TEU/TE, RNEST/TEU/UT, RNEST/OT/LB, COTUR
Adamack Wendel
Aline Serafim
Antônio Guedes
Cesar Madeira
Cristovão Oliveira
Franklin de Oliveira
Israel Lima
Jandir Barbosa
Jean Marcelo Jonathas Cruz
José André
Leandro Gaspar
Luis Carlos
Marcio Belarmino
Mateus Braga
Reginaldo Feitosa
Sheila Ferraz
Silney Melo
Wilson de Matos
RNEST/OP/DC, RNEST/OP/HDT, RNEST/TEU/TE, RNEST/TEU/UT, RNEST/OT/LB, COTUR E ISC
—
Mensagem do Sindicato
Para o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria do Petróleo e Gás Natural de Pernambuco e Paraíba - SINDIPETRO-PE/PB, é uma honra compor um capítulo do Livro dos 10 anos da Refinaria Abreu e Lima. Tenho a sorte de, nesse momento histórico, estar como Coordenador dessa entidade e poder contar minha visão dessa história, que não é somente flores, mas repleta de dificuldades, resiliência e vitórias.
Construir uma refinaria no Estado de Pernambuco é um plano que surgiu ainda nos anos 1970, durante o regime militar, mas que só se concretizou no primeiro Governo do Presidente Lula (2003-2006). Esse projeto se prova muito importante para a economia do Estado e da Região Nordeste, pois após 30 anos da construção da última refinaria pela Petrobrás, a Abreu e Lima materializa o sonho de desenvolvimento desse povo. As diferenças regionais, marcas brutais da desigualdade desse país, impuseram ao nordeste brasileiro um hiato no desenvolvimento industrial. Por isso, essa refinaria simboliza também a redenção desse povo que literalmente deixa o cultivo da cana-de-açúcar para refinar petróleo.
O homenageado General pernambucano José Inácio de Abreu e Lima, é lembrado por seu papel importante nas lutas de independência da América Latina ao lado de Simón Bolívar, participando de várias campanhas militares na Venezuela, Colômbia, Equador e Peru no século XIX. Exemplo de brasileiro, de relevante trajetória internacional, manteve um forte vínculo com os ideais de justiça, liberdade e soberania para o Brasil e para toda a América Latina.
Ingressando em 2008, mais de duzentas trabalhadoras e trabalhadores recém admitidos na Petrobrás se encontram no Curso de Formação de Operadores que teve sede no SENAI do Cabo de Santo Agostinho, e assumem o compromisso de, com seu trabalho, sua disposição e seu conhecimento, construir a história dessa grande refinaria. Afinal, seriam aqueles, operadores e operadoras, que executariam em 2014, a missão de colocar em funcionamento a refinaria mais nova do Sistema Petrobrás. Não dá pra esquecer, nem omitir os difíceis momentos vividos naquele curso de formação. Infelizes e incontáveis foram os momentos de opressão, perseguição e assédio que obrigaram, à época, o sindicato a se posicionar firmemente. A todos os que têm em sua história esta triste memória, nossa solidariedade. Concluído o curso, nosso grupo se espalhou Brasil afora, passando a compor postos de trabalho em outras refinarias.
Realidade não muito diferente dos que foram admitidos pela Engenharia nesse período, e que contam uma história feita de trabalho, suor e muita poeira. O andamento das obras de construção da refinaria impôs uma dificuldade extrema aos que aqui estiveram, fruto das incertezas sobre a finalização dessa gigante obra.
O marco da partida da refinaria em 2014 se deu num contexto político muito difícil, e nós não podemos omitir isso. A operação Lava Jato impactou frontalmente o andamento das obras e o desafio de manter o cronograma contrastava com a desconfiança nacional e o enfraquecimento daqueles que impulsionavam o projeto. Os que aqui estavam, carregaram o peso de tentar reelaborar a imagem da nossa unidade e da nossa empresa, defender a refinaria e a dignidade dos nossos empregos era um desafio diário, muitas vezes até no próprio ambiente familiar.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e todos os sindicatos filiados, sempre se colocaram à favor da refinaria Abreu e Lima. Nunca vacilamos em nos posicionar contra todos os movimentos internos ou externos à companhia no sentido de diminuir a importância da mesma e até mesmo de privatizá-la.
Por isso, a história contada pelo sindicato nesses últimos 10 anos de operação da Refinaria Abreu e Lima, é de muitas lutas e resiliência. Passamos bons e maus momentos. Construímos uma tenda ao lado da portaria principal, antes mesmo da instalação da logomarca da empresa, mais que isso, construímos um espaço de convívio e honestidade, que estreita nossa relação para além do profissional e fortalece nosso compromisso com a defesa da refinaria. Recebemos visita e apoio de grandes atores da política estadual e nacional, centrais sindicais, movimentos sociais, universidade e sindicatos parceiros. A todos os que estiveram juntos naquele importante espaço de luta reafirmamos o laço que nos une e oferecemos nosso fraterno agradecimento. Nossa firmeza nos engrandece.
Entre 2015 e 2022 o tema foi incerteza sobre o futuro, assistimos muitos de nossos colegas procurarem outras unidades, outros caminhos, até mesmo outra profissões. Resistimos!. No fim, as dificuldades que nos foram impostas alimentaram ainda mais a luta pela preservação desse patrimônio. Para o sindicato, a refinaria é o símbolo de um projeto nacional de desenvolvimento que se reinventa economicamente em sinergia com a resistência e a competência de seu povo, um símbolo de um Brasil que dá certo!
Atualmente vivemos um bom momento, o fato de comemorarmos 10 anos de operação, é fruto da mudança dos ares dessa companhia. A Refinaria Abreu e Lima felizmente está incluída no cenário de acolhida de vários trabalhadores e trabalhadoras oriundos de novos concursos ou mesmo de movimentações internas. Em 2024, saímos da condição de desinvestimento para encabeçarmos a lista dos maiores investimento da companhia, ao longo desse ano, tivemos a oportunidade de receber do Presidente Lula o anúncio da retomada das obras do TREM II, verdadeira coroação da Refinaria Abreu e Lima como vetor de desenvolvimento e emancipação para nossa região nordeste, para nosso estado, Pernambuco, para milhares de trabalhadores e trabalhadoras que contribuem com sua força de trabalho, para nossos estudantes que vislumbram melhores oportunidades de futuro, em homenagem à confiança mais uma vez depositada em nós pelo nosso Presidente Luís Inácio LULA da Silva, repetimos: Obrigado, Presidente Lula! Os sonhos não envelhecem.
Felizes pelo momento de bons anúncios, nós do SINDIPETRO PE/PB fraternalmente comemora junto com toda a comunidade que faz a Refinaria Abreu e Lima e reafirma que
não nos esquecemos do que nos trouxe até aqui e garante estar trabalhando em busca de construir a força necessária para garantir nossa Petrobrás como uma empresa 100% pública, que respeita a soberania do nosso povo e trabalha para seu desenvolvimento e bem-estar, conectada ao esforço de superação dos desafios econômicos e ambientais que se impõem aos do nosso tempo. Com a clareza de nosso papel e nossos objetivos, estaremos prontos para fazer. Seja na tenda, nas ruas ou nas redes. Debaixo de sol ou chuva, sempre acompanhado dos trabalhadores e de todos os que sempre cerraram fileiras conosco em toda nossa história.
Essa é nossa missão.
José Sinésio Pontes Junior
Coordenador Geral do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Petróleo de Pernambuco e Paraíba (SINDIPETRO PE/PB) Sindicato
Leonan Franklin
Leonardo Buarque
Rogério Almeida
Sinésio Pontes
Yasmin Farias
Ex-Gerentes Gerais
Referências bibliográficas
LIVROS E PUBLICAÇÕES CORPORATIVAS
CUNHA, Paulo Gustavo de Araújo; LUCENA, Vinicius Guerreiro de. Do sonho à realidade. Edição dos Autores, 2006. 120 p.
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PETROBRAS. Refinaria do Nordeste –Estudo de Impacto Ambiental – Volumes a V. Recife: Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade Federal de Pernambuco (FADE-UFPE), 2006.
PETROBRAS. Refinaria Henrique Lage – 30 anos de travessia. Petrobras, 2010. 296 p.
VARIOS AUTORES. Reduc 50 anos: entre o passado e o futuro. Petrobras, 2011.
PETROBRAS. Atlas de Sensibilidade Ambiental ao Óleo do Litoral de Pernambuco: Bacia Pernambuco-Paraíba. Recife: Gráfica e Editora Liceu, 2011. 208 p. Coordenação: Daniele Laura Bridi Mallmann, Tereza Cristina Medeiros de Araújo.
PETROBRAS. Engenharia da Petrobras: 2006-2011 – Transformando projetos em realidade. Petrobras, 2014. 400 p.
PETROBRAS. Caderno de Direitos Humanos e Cidadania Corporativa – 2023. Fundação Petrobras, 2023. Disponível em: https://www.petrobras.com.br/sustentabilidade/responsabilidade-social. Acesso em: 28 out. 2024.
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CRESCIMENTO E A FORMAÇÃO DO PETRÓLEO NO BRASIL. Petrobras: novos investimentos em refino no Brasil. 30 abr. 2023. Disponível em: https://crescimento.com.br/petrobras-novos-investimentos-em-refino-no-brasil. Acesso em: 31 out. 2024.
CONSÓRCIO IPOJUCA INTERLIGAÇÕES. Jornal do Ipojuca. Publicação interna, set. 2010 – mar. 2015. PETROBRAS. Lado a Lado: boletim informativo da área de Responsabilidade Social da Petrobras. Refinaria Abreu e Lima. Publicação interna, 2023-2024.
AVISOS À IMPRENSA E COMUNICADOS DA PETROBRAS
PETROBRAS. Autorização para a Petrobras construir a faixa de dutos que ligará a Refinaria Abreu e Lima ao Porto de Suape. 13 jan. 2009.
PETROBRAS. Assinatura da Autorização de Início de Serviço (A.S.) para a construção da casa de força da Refinaria Abreu e Lima. 23 jan. 2009.
PETROBRAS. Chegada das dessalgadoras à Refinaria Abreu e Lima para desidratação e dessalinização de petróleo pesado. 28 set. 2009.
PETROBRAS. Inauguração do Centro de Estudos e Ensaios em Risco e Modelagem Ambiental (CEERMA) em parceria com a UFPE. 7 ago. 2009.
PETROBRAS. Anúncio de inscrições para o 2º Encontro de Negócios da Petrobras para fornecedores. 19 mar. 2010.
PETROBRAS. Evento para apresentar oportunidades de fornecimento para empresas locais relacionadas à Refinaria Abreu e Lima. 6 abr. 2010.
PETROBRAS. Contrato assinado para obras de engenharia e construção da Unidade de Coque da Refinaria Abreu e Lima. 11 fev. 2011.
PETROBRAS. Unidade de Coqueamento Retardado para processamento de petróleo na Refinaria Abreu e Lima. 12 ago. 2014.
PETROBRAS. Refinaria Abreu e Lima bate novo recorde mensal de processamento de petróleo. 16 set. 2016.
PETROBRAS. RNEST exporta 31,5 mil toneladas de coque verde de petróleo em setembro. 09 out. 2020.
PETROBRAS. RNEST produz primeiro tanque de gasolina. 30 dez. 2020.
PETROBRAS. RNEST bate novo recorde de produção de óleo combustível. 21 maio 2021.
PETROBRAS. RNEST inicia parada programada para manutenção de equipamentos. 15 jul. 2021.
ARTIGOS DE PERIÓDICOS E REVISTAS
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QUÍMICA E DERIVADOS. Petrobrás:
Investimentos ajustam refino para usar mais óleo nacional. Química e Derivados, 14 ago. 2002. Disponível em: https://www.quimica.com.br/petrobras-investimentos-ajustam-refino-para-usar-mais-oleo-nacional/. Acesso em: 31 out. 2024.
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CLEMENTE, ANDRÉ. Benefício dado, mas sem garantia de contrapartida. Diario de Pernambuco, 19 mai. 2018. Disponível em: https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/economia/2018/05/beneficio-dado-mas-sem-garantia-de-contrapartida.html. Acesso em: 31 out. 2024.
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ANP. Anuário Estatístico 2006. Brasília, 2006. Disponível em: https://www.gov. br/anp/pt-br/centrais-de-conteudo/ publicacoes/anuario-estatistico/anuario-estatistico-2006#secao3. Acesso em: 31 out. 2024.
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NUNES, Ana. O petróleo e a petroquímica em Pernambuco: o caso da Refinaria Abreu e Lima. Tese de Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente. Recife: Universidade Federal de Pernambuco, 2018.
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