DATA: 26 E 27 DE FEVEREIRO DE 2010 LOCAL: CONGONHAS - MG
PROGRAMAÇÃO DO SEMINÁRIO
Dia 26 de março – sexta-feira
Preâmbulo sobre conjuntura e crise internacional - Horário: das 9:15 às 9:30 horas
Situação econômica da CSN - Nazareno Godeiro (coordenador do ILAESE) - Entra a expansão da CSN (Gabriel, assessor do Metabase) - Horário: das 9:30 às 11:30 horas
Situação econômica da Vale – Nazareno Godeiro - Horário: das 11:30 às 12:30 horas
Congresso da Conlutas - Horário: das 14 às 16 horas
Eleições sindicais de Mariana, BH, Carajás - Efraim Moura (assessor do Metabase de Itabira) e Duda (responsável pelas oposições sindicais) - Horário: das 16 às 17 horas
Questão ambiental e RJ abril 2010 - Jesu (diretor do Metabase Inconfidentes) - Horário: das 17 às 18 horas
Dia 27 de fevereiro – sábado
Planejamento Estratégico 2010-2012 - Valério Vieira (Presidente do Metabase Inconfidentes). Inclui tempo para que Wilson Fernandes (Tesoureiro), apresente o orçamento anual da entidade - Horário: das 8 às 13 horas.
ANÁLISE DA RECESSÃO MUNDIAL
É a pior recessão desde 1929.
Ouvimos notícias dizendo que a crise acabou. Não é verdade.
Em 2009, a produção mundial vai cair 2,2%, primeira vez que cai desde a segunda guerra mundial. EUA caiu 2,5%, Europa -4%, Japão -5%, Alemanha -5%, América Latina -2,1%, Brasil 0%.
Governos já lançaram mais de US$ 20 trilhões na economia e não resolveu. Só deu um suspiro, uma recuperação anêmica.
Possibilidade grande de uma nova queda recessiva ou uma estagnação por vários anos.
Grandes bancos e vários países do mundo estão quebrados. Exemplo: A Grécia faliu e bancos encobriram as maracutaias.
Para ter recuperação firme, os capitalistas necessitam queimar empregos e firmas, para ter uma desvalorização geral. No exemplo da Grécia, para sair da falência vai congelar salários, aumentar impostos e demitir em massa funcionários públicos.
Somente depois disso, daqui a vários anos, teremos uma recuperação econômica. Mas deverá ter muitas greves gerais e enfrentamentos na luta de classes no mundo como nunca vimos.
Os países “emergentes” não têm força para erguer o mundo. Salários são muito baixos para garantir compra de tanto produto fabricado. Tem um excesso mundial de mercadorias, que não se podem vender.
A luta vai ser dura e está apenas começando!
PLANO DE TRABALHO PARA O METABASE 2010-2012
O resultado das eleições para o sindicato demonstrou que estamos no caminho certo e que a categoria apoiou nossa gestão anterior.
Com a ajuda da Conlutas melhoramos muito o sindicato nestes três anos. Isto permitiu que as eleições para o sindicato servissem para ter uma ampla renovação na própria diretoria do sindicato.
Esta renovação fortaleceu a presença da diretoria no chão da mina e no coração da produção. Este é o grande desafio da próxima gestão, o trabalho de base, a organização do trabalhador por mina.
Todos os 39 diretores podem ter um papel ativo na próxima gestão e isso é o segredo para o sucesso da nova diretoria.
Devemos melhorar muito nossa gestão, atacando os pontos fracos da gestão anterior:
1. Trabalho de base em cada mina;
2. Luta pela saúde/segurança do trabalhador;
3. Formação sindical;
4. Atividade social com trabalhadores da ativa e aposentados.
PRIMEIRO COMPROMISSO:
CONSTRUIR UMA NOVA DIREÇÃO PARA A MINERAÇÃO NO BRASIL Nossa vitória deve ser estendida aos principais sindicatos da mineração em todo o país, já que dos 15 sindicatos majoritários, 13 são pelegos e vendidos para os patrões. Nosso primeiro objetivo estratégico é construir uma nova direção de luta para o movimento nacional da mineração nos próximos três anos. Nossa categoria é nacional, não é possível vencer se não fazemos a luta unificada. No ano de 2010 haverá eleições para os principais sindicatos Metabase. Vamos fortalecer as oposições sindicais para retomar os principais sindicatos da mineração para a luta.
SEGUND O COMP R OM I S S O :
CONSTRUIR UM TRABALHO DE BASE NO CHÃO DA MINA
Nossa vitória convincente deve servir para fortalecer a organização por local de trabalho (mina e usina), o trabalho de base como única forma de conquistar as reivindicações e aumentar a participação do trabalhador no sindicato.
Nossa prioridade na segunda gestão será a Organização por Local de Trabalho (OLT). Queremos listar todos os melhores companheiros(as) no local de trabalho e trazê-los para o sindicato (através das CIPAS ou organizando-o em grupos clandestinos).
Dezenas de ativistas podem ajudar o sindicato sem ser diretor do sindicato.
Com uma forte organização nas minas e usinas, os problemas do dia a dia que atingem os trabalhadores são resolvidos mais facilmente.
Tentaremos criar e legalizar Comissões de Mina e de PLR, com estabilidade no emprego e reconhecidas pela patronal.
Deste ponto de vista, os companheiros que estiverem trabalhando nas minas jogarão um papel determinante nesta próxima gestão.
Cada diretor do sindicato fará um plano de trabalho para a solução dos problemas da sua mina e da sua área, assim como terá uma lista de companheiros em que organiza próximo ao sindicato.
TERCEIRO COMPROMISSO:
CRIAR O DEPARTAMENTO DE SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR(A)
A intensificação do ritmo de produção está aumentando os acidentes (inclusive fatais) e as doenças ocupacionais.
Vamos instalar um Departamento de Saúde e Segurança do Trabalhador(a) que atuará junto com as CIPAS das minas em defesa de normas estritas de segurança e proteção contra doenças ocupacionais.
Promoveremos estudos científicos sobre as doenças ocupacionais das minas, que dêem base legal, para a aposentadoria ou a estabilidade no emprego para o trabalhador lesionado.
Planejaremos um trabalho rigoroso com as CIPAS, não somente para dar estabilidade no emprego aos ativistas, mas transformar estas CIPAS em órgãos de luta, defesa e educação do conjunto da categoria.
Devemos inclusive, ter participação ativa nos projetos de expansão das minas, garantindo que todas as normas de saúde e a segurança do trabalhador estejam asseguradas, assim como a defesa do meio ambiente.
Q U A RTO C O M P R O M I S S O :
ATIVIDADE SOCIAL PARA APROXIMAR A CATEGORIA DO METABASE A parte social foi a mais débil da nossa primeira gestão. Na segunda gestão, devemos ter um trabalho exemplar nesta área. Boa parte dos trabalhadores (os que têm uma consciência mais atrasada) virá para o sindicato através da ação social, como torneios, clubes, áreas de lazer, etc. Vamos recuperar e modernizar o ASTRA, para organizar festas, churrascos, comemorações, torneios de futebol, truco, etc. Modernizar as instalações e oferecer piscinas, saunas e área de lazer para nossos sócios e para a comunidade de Congonhas. Abrir o clube para ser usado pelos sócios. Chamar os aposentados para gerir o clube junto conosco e que paguem uma modesta contribuição para ter acesso a um clube de alto nível. Vamos modernizar o salão do sindicato, para que seja utilizado para atividades sociais dos sócios (como casamentos, batizados, festas de aniversário, etc.). Realizaremos todo mês um “Café da manhã com os aposentados”, no sentido de organizar a luta em defesa dos aposentados e para que eles participem da gestão democrática do sindicato. Retomaremos também, o atendimento odontológico, sem custo para sindicato. Este trabalho social servirá também, para garantir que a maioria dos trabalhadores sejam sócios do sindicato e cada vez mais tenham uma participação efetiva nele.
QUINTO COMP R OMI S S O :
FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO POLÍTICA DA DIRETORIA Realizaremos um plano ousado de formação e capacitação sindical, política e teórica dos trabalhadores da nossa base, começando pela diretoria do Sindicato. Instalaremos o Departamento de Formação Sindical e Política do Metabase. Nossos diretores e cipeiros, assim como os trabalhadores mais conscientes devem ter uma capacitação intensiva, para ter melhores condições de enfrentar a prepotência das empresas. Essa formação deve incorporar todos os aspectos da vida: sindical, política, econômica, histórica, moral, expressão pública, direito trabalhista, etc. Desenvolveremos, junto com o ILAESE, cursos de capacitação que se realizarão uma vez por mês (por dois), com liberação de todos os diretores, onde realizaremos os seguintes cursos: a) “Introdução ao Direito Trabalhista”; b) “Como Falar em Público”; c) “História do Movimento Sindical Brasileiro”; d) “Introdução à Negociação Coletiva”; e) “Revolução e Contra-Revolução no decorrer da História”; f) “Introdução ao Jornalismo Sindical”; g) “Introdução à Saúde e Segurança do Trabalhador”; h) “Introdução à Teoria Econômica Marxista”; i) “Alienação e Socialismo”; j) “História do Movimento Operário Internacional” k) “O papel dos Sindicatos e dos sindicalistas. Curso introdutório para novos dirigentes sindicais”; l) “A opressão e a exploração do negro e da mulher na sociedade capitalista”
S E X TO C O M P R O M I S S O :
DEMOCRATIZAÇÃO DO SINDICATO E A PARTICIPAÇÃO DA BASE O funcionamento da diretoria será colegiada, isto é, trabalharemos como uma equipe onde cada um tem sua função e todos os diretores terão o mesmo peso no comando do sindicato. Rejeitamos o funcionamento do sindicato onde somente o presidente determina tudo no sindicato. Devemos estabelecer um funcionamento no sindicato onde se garanta a reunião semanal da Executiva com os liberados, a reunião regular das secretarias e departamentos e uma reunião mensal da diretoria do Sindicato. Sempre que houver uma decisão importante a ser tomada pelo sindicato, convidar os ativistas para uma assembléia ou reunião preparatória no sindicato, sempre com o objetivo de ir aumentando a participação da categoria nas decisões do sindicato. Para evitar o apego ao poder e aos privilégios que o cargo sindical oferece vamos ter rodízio de dirigentes liberados do trabalho, onde os diretores, inclusive o presidente do sindicato, será rodiziado.
DADOS ESTATÍSTICOS DA VALE E DA MINA DE FÁBRICA
VENDAS E LUCROS DA VALE – 2000/2009
A empresa deu um salto nas suas vendas a partir de 2003. A Vale aproveitou bem o longo período de auge da economia mundial e teve crescimento médio de 48% ao ano, nos últimos 5 anos. A empresa se tornou uma corporação transnacional. O lucro líquido da empresa, desde a privatização em 1997, cresceu a uma média anual de 40%! Os compradores da Vale retiraram todo o lucro líquido, praticamente não investindo na empresa, até 2002. A partir de 2003, o volume dos lucros foi tão alto, que compensou uma diminuição porcentual do lucro entregue como dividendos aos donos da Vale. Agora, com a crise, a Vale voltou a entregar a maior parte do lucro aos donos. Em 2009, frente a 2008, houve queda de 38% nas vendas; queda de 59% do lucro líquido e queda de, apenas, 3% nos dividendos.
SALÁRIOS E FATURAMENTO DA VALE – 1997/2009
Desde a privatização que há uma queda relativa dos salários e o aumento da exploração do trabalhador. Enquanto o crescimento das vendas alcançou uma taxa média de 48% ao ano e os lucros cresceram a uma taxa média de 40% ao ano, contraditoriamente, a folha de pagamento caiu de 10% da receita para apenas 5%, isto é, o valor da mão-de-obra caiu pela metade com a privatização da empresa. Observem que no auge do crescimento, em 2005, as vendas cresceram 58%, os lucros cresceram 53% e os salários caíram, relativamente, de 5,2% das vendas para somente 3,8%!
Com a crise em 2008, ao cair o faturamento e a empresa não poder baixar o salário, a folha de pagamento chegou a 8% do faturamento.
RIQUEZA CRIADA PELOS OPERÁRIOS DA VALE 2000/2009
Este gráfico mostra a riqueza nova criada a cada ano pelos trabalhadores. Veja que a riqueza produzida pelo operário fica na maior parte (cerca de 90%) para os donos da Vale, banqueiros e o governo. No ano de 2009, com a queda da produção e das vendas, assim como do preço do minério de ferro, caiu muito o valor adicionado, portanto aumentou proporcionalmente a parte do trabalhador.
A EXPLORAÇÃO DO OPERÁRIO DA MINA DE FÁBRICA
Segundo Relatório de Produção da Vale em 2008, a Mina de Fábrica produziu 12.100.000 toneladas de minério de ferro, que foram comercializados a U$ 67,32 dólares a toneladas.
A Mina contava com 1.300 trabalhadores diretos no final de 2008. Isto significa que cada funcionário da Vale da Mina de Fábrica produziu, em 2008, 9 mil toneladas de Ferro. Ao preço médio de U$ 67,32 a tonelada, cada trabalhador gerou U$ 626.593,84 dólares em 2008, ou cerca de U$ 325 dólares por hora.
Cada trabalhador de Fábrica gerou mais de meio milhão de dólares a empresa em 2008.
No entanto, o salário de um trabalhador mal chega a R$ 1.500 reais, somando com PLR (quatro salários) mais encargos mensais de R$ 900,00, a Vale gasta com um funcionário cerca de U$ 23 mil dólares por ano.
Isto significa que em 6 horas de trabalho, o funcionário da Vale paga seu salário mensal.
Caso utilizemos os dados inflados da Vale, onde diz que o custo anual de cada trabalhador em 2008 foi de U$ 35 mil dólares, mesmo assim, em cerca de 8 horas de trabalho, o operário de Fábrica paga seu salário mensal.
LUCRO LÍQUIDO DA VALE EM RELAÇÃO À PLR
Enquanto os acionistas abocanham uma média de 40% do lucro líquido desde 1998, os trabalhadores recebem somente 3% do lucro líquido, sendo que os trabalhadores são 83 mil trabalhadores diretos, enquanto os acionistas se resumem a um punhado de banqueiros bilionários. Em 2008, o pagamento de PLR gerou algo em torno de 3,5 salários para cada trabalhador. Caso a Vale aceitasse a proposta modesta do movimento sindical (8% do lucro líquido), a PLR deveria ser de U$ 1 bilhão de dólares, pagando cerca de 12 salários para todos os funcionários no Brasil. Em 2009, como caiu drasticamente o lucro líquido, o pagamento de PLR cresceu muito proporcionalmente, chegando próximo do que reivindica o movimento. Isto reflete uma situação política onde a Vale está muito cuidadosa.
A VALE E OS MUNICÍPIOS MINERADORES O pagamento de royalties da Vale aos municípios mineradores é pequeno em relação aos seus ganhos:
Receitas de minerais e metais vendidos pela Vale 2007 2008
Pagamento de Royalties da Vale
31.244 35.967
% da venda de minerais em royalties
167 208
0,5% 0,6%
Em 2008, as vendas de minerais e metais da Vale alcançaram a soma de U$ 35,9 bilhões de dólares, enquanto se pagou de CFEM somente U$ 208 milhões de dólares, 0,6% das vendas. Essa soma é insuficiente para os municípios mineradores garantirem saúde, educação e a recomposição do meio ambiente, destruído pela ação mineradora. Vendas de minério de ferro da Vale e pagto de royalties (CFEM) 2008 – em milhões de reais - Congonhas/MG
2008
Receitas de minerais da Mina de Fábrica
Pagamento de royalties da Vale a Congonhas
720.000.000,00
8.600.000,00
% da venda de minerais em royalties 1,2%
Assim se observa que em 2008, A Vale em Congonhas, vendeu minérios no valor de R$ 720 milhões de reais e recebeu apenas R$ 8 milhões em troca, isto é, 1,2%. Se a Vale pagasse 10% de royalties, valor que a Petrobrás paga, teria que pagar em 2008, R$ 72 milhões de reais à Prefeitura de Congonhas, salto de metade da receita do município (R$ 155 milhões de reais em 2008).
Mesmo pagando uma mixaria a Vale se recusa a pagar como é devido: o DNPM move processo contra a Vale por não pagar a CFEM devidamente. Este processo alcança a soma de mais de U$ 1 bilhão de dólares.
OS INVESTIMENTOS DA VALE EM 2009 E 2010 Local do investimento
2009
%
2010
%
Brasil
3.209
66%
6.086
59%
Exterior
1.104
34%
2.490
41%
Pará
1.605
76%
2.987
83%
Minas Gerais
9
1%
301
8%
Outros
492
23%
308
9%
Nos investimentos se percebe o direcionamento da Vale, saindo do Brasil indo para o exterior, apostando mais na diversificação, para diminuir a dependência do minério de ferro que é total e abandonando o Estado de Minas Gerais, em direção à Carajás.
INFORMAÇÕES IMPORTANTES DO BALANÇO DA VALE DE 2009
VALE A TODO VAPOR
“Em 2010, a Vale se defronta com mercado apertado, e mesmo operando suas minas de minério de ferro e usinas de pelotização a plena capacidade temos limitações para satisfazer a demanda dos nossos clientes. Nossos maiores projetos entrarão em operação a partir de 2012, não havendo programação para 2011.”
RECONHECIMENTO QUE FOI ERRO EMPRESARIAL FECHAR MINAS E DIMINUIR PRODUÇÃO
“Enquanto nos últimos trimestres experimentamos limitações do lado da demanda para alguns de nossos produtos, especialmente m inério de ferro e pelotas, o 4T09 foi marcado por restrições do lado da oferta que contribuíram para redução das nossas vendas. As compras de minério de ferro e pelotas totalizaram US$ 75 milhões, contra US$ 32 milhões no 3T09. O volume de minério de ferro adquirido de pequenas mineradoras somou 1,2 Mt no 4Q09, a maior quantidade trimestral em 2009. “ O AUMENTO SALARIAL DE 7% ACRESCENTOU SOMENTE U$ 13 MILHÕES DE DÓLARES NOS GASTOS DA EMPRESA
PREJUÍZO COM GREVE NO CANADÁ
US$ 236 milhões das despesas do 4T09 referem-se às operações de níquel no Canadá, versus US$ 209 milhões no 3T09. PERDAS COM GREVE JÁ CHEGA EM U$ 445 MILHÕES DE DÓLARES). SIGNIFICA QUE PERDAS JÁ SÃO SUPERIORES A MANUTENÇÃO DAS CONQUISTAS DOS OPERÁRIOS. A VALE TÁ FAZENDO UMA QUEDA DE BRAÇO, PARA VER QUEM TEM MAIS PODER, MESMO PERDENDO DINHEIRO. SEU OBJETIVO É QUEBRAR A RESISTÊNCIA DA VANGUARDA DOS TRABLHADORES DA VALE HOJE, OS MINEIROS DE SUDBURY.
NA VALE, QUEM PAGOU PELA CRISE ATÉ AGORA FORAM OS TRABALHADORES
Em 2009, a Vale economizou com demissão de trabalhadores diretos o valor de U$ 200 milhões de dólares. Também economizou U$ 166 milhões de dólares com demissão de terceirizados. Total de economia com as demissões: U$ 816 milhões de dólares. CINISMO: “Investimentos de US$ 796 milhões em responsabilidade social corporativa em 2009, dos quais US$ 580 milhões foram gastos em proteção e conservação do meio ambiente e US$ 216 milhões em projetos sociais.”
EXECUTIVOS CONTINUAM GANHANDO UMA MEGA SENA POR ANO
Blanço do 4 trimestre 2009 – ITR BR gaap. Remuneração de pessoal chave da administração 2009 Benefícios de curto prazo a administradores 41 milhões. Mais Outros benefícios de longo prazo a administradores 11 milhões = Total 52 milhões
QUEDA DA PRODUÇÃO E RESERVAS DE MINÉRIO POR BASE SINDICAL Mina/base sindical Metabase Itabira Metabase Mariana Metabase Congonhas Metabase BH Metabase Brumadinho SUBTOTAL MG Metabase Carajás TOTAL VALE % MG como parte do total
produção 31 dez. MTA 2006 2007 2008 2009 46 46,7 41,8 31,1 46,8 65,7 73,6 57,3 14,2 13,1 12,1 9,7 59,8 64,3 55,8 44,1 13 13,2 12,7 7,5 179 ,9 203 196,0 149,7
% produção base sobre % reservas produção 2009 total minério total Vale em relação a 2008 2009 2008 13% 6% -25,6% 24% 19% -22,1% 4% 7% -20,0% 19% 17% -21,0% 3% 1% -41,0% 63% 50% -23,6%
81,8
91,7
96,5
84,6
36%
50%
-12,3%
264,2
295,9
301,6
237,9
100%
100%
-21,1%
68,1
68,6
66,8 63,0%
50%
A queda da produção de minério de ferro da Vale foi de 21% em 2009. A queda dos lucros foi muito superior porque se soma a isto a queda do preço do minério (de U$ 68 a tonelada em 2008 para U$ 55 em 2009. As maiores bases são : Carajás, Mariana e BH, tanto em produção quanto em reservas. Minas Gerais segue produzindo cerca de 2/3 do minério de ferro da Vale enquanto as reservas representam 50% do total.
DADOS ESTATÍSTICOS DA CSN E DA MINA CASA DE PEDRA
VENDAS E LUCROS DA CSN
A CSN teve um crescimento médio nos últimos 8 anos de 47% ao ano. A cada dois anos a empresa dobra de tamanho em vendas. Os compradores da CSN retiraram todo o lucro líquido, não reinvestindo na empresa, muito acima do que é o normal: cerca de 25% do lucro líquido é distribuído aos acionistas. Steinbruch sempre teve esta metodologia, quando estava na Vale, distribuía cerca de 80% do lucro líquido aos acionistas. O crescimento dos dividendo superou os 500% nos últimos 9 anos. O lucro líquido em 2008 deveria ter sido R$ 4 bilhões menos, ao invés de 5,7 bilhões, deveria ser 1,7 bilhão pois estes 4 bi entraram no caixa como parte da venda da Namisa, portanto resultado não “normal”.
COMPARATIVO DOS 9 MESES DE 2008ANTE OS 9 MESES DE 2009
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O faturamento caiu 21% em 2009. O lucro operacional (sem contar impostos e transações financeiras) caiu 45% em 2009. O lucro líquido caiu 55%, porém, 4 bilhões do lucro líquido de 2008 advém da venda de parte da Namisa. Isto quer dizer que se manteve praticamente igual. Significa que a firma teve ganhos financeiros especulativos fortes no ano de 2009, senão teria queda brutal do lucro. Investimentos caíram 24% . Apesar do EBTIDA ser bem maior em 2008 (6.546 bilhões) que em 2009 (3.606 bilhões), o lucro líquido foi praticamente o mesmo. Porque? Porque em 2008 a firma teve uma perda com derivativos muito grande (1,7 bilhão) e agora em 2009 teve ganhos especulativos de 1,1 bilhão. Veja conta “variações monetárias e cambiais líquidas”.
SALÁRIOS X FATURAMENTO NA CSN
A folha de pagamento total da empresa não alcança 5% do faturamento. índice muito baixo, que mostra que a mão de obra especializada da empresa é o que custa menos.
CRIAÇÃO DA RIQUEZA NA CSN E SUA DISTRIBUIÇÃO
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Na distribuição da riqueza total gerada pelos operários (R$ 14.322 bilhões de reais), 95% foi para os empresários e para o governo e ficou somente 5% com operários.
A EXPLORAÇÃO DO OPERÁRIO DA MINA CASA DE PEDRA
Segundo o Balanço Anual da CSN de 2008, os operários da Casa de Pedra produziram e venderam 17 milhões de toneladas de minério de ferro.
A Mina contava com 2.028 trabalhadores diretos no final de 2008.
Isto significa que cada funcionário da Vale da Casa de Pedra produziu, em 2008, 8.382 toneladas de Ferro.
Ao preço médio de R$ 124 reais a tonelada, cada trabalhador gerou em 2008, R$ 1.039.000,00 de reais.
O salário médio de um trabalhador da empresa é de R$ 1.100,00. Se somar os encargos (cerca de 63% do salário) teremos R$ 1.793,00 x 13 salários = R$ 23.309,00 + PLR (4 salários = R$ 4.400,00). Total gasto pela empresa por ano com um trabalhador = R$ 27.790,00. Como o trabalhador rende para a empresa R$ 1.039.000,00, diminuímos 11.891,00 dólares que a empresa gasta com o trabalhador, fica um saldo líquido para a empresa de R$ 1.027.109,00 reais. Isto quer dizer que o trabalhador rende para a empresa, por mês, R$ 85.592,00 reais (sendo R$ 534,95 por hora) enquanto a empresa paga de salário, encargos e tudo mais, apenas R$ 2.137 reais em média. Isto significa que em 4 horas de trabalho, o operário da Casa de Pedra pagou seu salário mensal.
LUCROS X PLR
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O que chama a atenção no balanço da CSN de 2008, é que os dividendos pagos aos donos corresponderam a 40% do lucro líquido, enquanto a PLR de 15 mil trabalhadores, representava apenas 1% do lucro. A PLR é tão baixa (52 milhões de reais) que é igual ao montante que 6 diretores executivos da empresa ganham por ano (50 milhões).
PREVISÃO E PRODUÇÃO DE FERRO NA CSN E NAMISA
CSN aumenta números para valorizar a empresa e a mina. Mania de Steinbruch. INFORMAÇÕES INVERÍDICAS E CONTRASTANTES: “Com reservas de 3,6 bilhões de toneladas e recursos prováveis de 8 bilhões de toneladas de minério de ferro em Casa de Pedra” (BALANÇO 2008 BRASIL) X “Suas reservas, já auditadas pela consultoria Golder Associates, são de 1,6 bilhão de toneladas de minério de ferro de alta qualidade.”(balanço de 2007)
PESO DA PRODUÇÃO DE AÇO DA CSN NO BRASIL
Produção de aço bruto das principais siderúrgicas do Brasil – 2008 em milhões de toneladas
PREVISÃO E PRODUÇÃO DE FERRO NA CSN E NAMISA
Participação da mineração dentro do grupo CSN parte da receita líquida
A CSN E O PAGAMENTO DE ROYALTIES A CONGONHAS
O pagamento de royalties da CSN a Congonhas é pequeno em relação aos seus ganhos:
Vendas de minério de ferro da CSN em relação ao pagamento de royalties (CFEM) 2008 em milhões de reais – Congonhas/MG
Receitas de minerais da Mina Casa de Pedra 2008
2.100.000.000,00
Pagto de Royalties da CSN a Congonhas
% da venda de minerais em royalties
16.194.434,00
0,8%
A CSN E A QUESTテグ AMBIENTAL EM CONGONHAS