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Jornal do Vestibulando
ENSINO, INFORMAÇÃO E CULTURA
JORNAL ETAPA – 2014 • DE 07/08 A 20/08
ENTREVISTA
“Depois do cursinho quase dobrou a nota de Redação.” Rodolfo Mario Martins fez o Extensivo à tarde, junto com o colégio, e entrou na Poli, onde pretende se formar em Engenharia Civil. Ele conta que tinha deficiências em muitas matérias e no cursinho melhorou em todas: “Foi um ano de muita dedicação, muito esforço, muito trabalho, mas a recompensa superou todo o esforço”.
Rodolfo Mario Martins Em 2013: Etapa Em 2014: Engenharia Civil – Poli
JV – Quando você escolheu Engenharia como carreira, especialmente a Civil?
para vestibular, mas já tinha uma base. Em Física eu tinha deficiências em partes.
Nos fins de semana, como era seu ritmo de estudo?
Rodolfo – Antes do Ensino Médio eu já preferia a área de Exatas, Matemática, Física, e pensava em seguir alguma Engenharia. Mas só no 1o ano fui querer Civil. Teve um projeto lá na escola de construir uma casa sustentável de garrafa PET. Eu gostei do método de construção e comecei a me interessar mais pela Civil.
Você estudava a matéria do dia?
Sábado e domingo eu acordava cedo para tentar colocar tudo em dia. De manhã era só estudo. Sábado à tarde eu fazia simulado. Domingo eu saía com minha namorada, com os amigos, mas nada que prejudicasse os estudos.
Além da Fuvest, você prestou quais vestibulares? Prestei a Unicamp, também para Engenharia Civil, e o Enem, pelo qual manifestei interesse na UFRJ. Fui aprovado em todos.
Quais eram suas expectativas quando você começou o cursinho? Eu queria entrar na Poli e tinha esperança de que daria. Se não conseguisse passar, faria mais um ano de cursinho.
Você fazia o colégio de manhã e o cursinho à tarde, sobrando pouco tempo para estudar. Como era seu método de estudo? Eu procurava focar nas minhas maiores deficiências.
E quais eram essas deficiências? Em Química, principalmente, eu tinha uma base muito fraca. Também em Geografia que no colégio não tive muito bem. De um modo geral eu tinha deficiências nas matérias de Exatas porque minha escola não se voltava para o vestibular. Não tinha aquele jeito de resolver o exercício, um pensamento mais profundo que você tem de ter na hora em que vai estudar para o vestibular.
Geralmente não. Estudava as matérias de dias anteriores para ficar na memória, para não ter aquele problema de ter aula, estudar, não ver mais e esquecer. Mas não consegui manter o ritmo de resolver na semana as matérias da semana anterior. Foi virando uma bola de neve.
E como você fazia? Eu tentava resolver, se não conseguisse deixava para trás. Procurei pegar na Revisão as matérias que deixei.
Normalmente você estudava no Etapa ou em sua casa? Se surgia uma dúvida, o que você fazia? Se tivesse uma dúvida dava uma olhada na Internet, pesquisava nas resoluções do Etapa no site.
Que matérias você consultava mais no Plantão Virtual?
Você chegou a consultar o Plantão de Dúvidas?
Sim, para a 2a fase. Eu estava lá toda hora pedindo para o plantonista corrigir, ver onde eu estava errando. O Plantão de Redação foi muito importante. Ajudou muito.
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Eu usei o Plantão de Dúvidas mais para a 2 fase, no fim do ano, quando passei a estudar mais aqui.
Sim. Eu vinha de manhã para o Etapa, podia tirar as dúvidas.
A causa secreta – Machado de Assis
Casais
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Portinari – O pintor lírico do Brasil
Você assistiu às palestras sobre os livros? Como não tinha muito tempo, assisti a todas pelo EAD, nos fins de semana.
Música brasileira Olimpíadas do conhecimento
ARTIGO
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Você usou o Plantão de Redação?
ESPECIAL
ENTRE PARÊNTESIS
CONTO
Como os simulados ajudavam você? Os simulados servem para você praticar como vai fazer na hora, pegar o jeito de resolver rápido a questão. É uma forma de estudar também, você vê onde está com a maior deficiência. Eles ajudam bastante nisso.
Tinha uma base em História e Literatura. Em Matemática eu não tinha o jeito de resolver exercício
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Desde o começo do ano era C mais, os da Fuvest na faixa de 70. Mais para o fim do ano comecei a cair nos simulados. Cheguei a 64, acho, foi um dos piores. Mas sempre acima da nota de corte de 2013.
As de Exatas, para ver a resolução. As dúvidas que eu tinha em Geografia e História eu olhava nas apostilas. Quando estava em dúvida na resolução de um exercício de Matemática, acessava o Plantão Virtual para ver como tinha sido resolvido. Dava para me virar bem, porque é bem explicado.
Quando já tinham terminado as aulas do Ensino Médio?
Rodolfo Mario Martins
Em todas as matérias eu tive uma grande melhora. Eu fiz Fuvest como treineiro no 2o ano. Se você pegar o resultado, a diferença é um absurdo. Em Redação eu tirei 35. E depois eu tirei 69. Depois do cursinho quase dobrou a nota de Redação.
Nos simulados, qual era o seu desempenho?
Preferia estudar em casa.
Em quais matérias você tinha uma base melhor?
ENTREVISTA
Você sentiu que avançou mais em quais matérias?
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Como as palestras ajudaram? Sem as palestras eu não conseguiria imaginar o que o autor estava pensando. É na palestra e no livro de resumos que você vai ver. E é o que o vestibular vai cobrar.
O que você fez durante as duas semanas de férias, em julho? Na primeira semana de férias eu estudei pesado tudo que eu tinha deixado de lado no primeiro semestre. Na segunda semana eu relaxei. Fui para a praia.
O que você deixou de fazer durante o ano para se preparar melhor para os vestibulares?
fazia a aula à tarde. Só que comecei a ver que, por mais que a aula seja muito boa, eles ajudam você a resolver, eu preferia estudar sozinho. Estudava bastante em casa, de manhã até a noite. Vinha para o Etapa corrigir Redação e quando surgia alguma dúvida que eu não conseguia desfazer olhando a resolução on-line. Para a 2a fase estudei a maior parte do tempo em casa mesmo.
No primeiro dia da 2a fase, prova de Português e Redação, qual foi sua nota? Fiquei com 68 na Redação e 64 de média final.
No segundo dia, na prova geral, quanto você tirou?
No colegial eu era do grêmio da escola, no 3o ano nem tentei entrar. Também jogava basquete na escola, parei.
Foi o meu melhor dia, tirei 71.
Qual foi a principal dificuldade que você enfrentou no ano passado?
Fiquei com 65.
A falta de tempo. Não tinha tempo para deixar as apostilas em dia, às vezes não tinha tempo para estudar direito para a escola.
No terceiro dia, na prova de Matemática, Física e Química, como você se saiu? Na escala de zero a 1 000, qual foi a sua pontuação? Na carreira, como você se classificou?
O principal foi dormir menos. Eu chegava em casa às 6, 7 horas e estudava até 11 da noite. Sábado e domingo eu acordava cedo para colocar em dia tudo o que eu precisava.
Qual foi sua classificação na Unicamp?
Eu me acostumei. Até hoje estou fazendo isso. Na Poli você tem de continuar com o ritmo pesado de estudo.
Fuvest, Unicamp e Enem, em qual você achava que tinha mais chance de passar? Eu não saí muito confiante da Fuvest e da Unicamp. Do Enem eu saí confiante porque na parte de Exatas tinha ido muito bem. Na hora em que vi a nota de Redação e a nota das Exatas eu soube que já tinha meio caminho andado em qualquer carreira de Engenharia. A Unicamp foi a que menos achei que tinha passado.
Quantos pontos você fez na 1a fase da Fuvest? Fiz 73, contando com aquele ponto anulado que eles deram para todo mundo.
O corte de Engenharia foi 60. Você ficou 13 pontos acima. Achou que estava bem? Não estava muito animado, mas estava pelo menos aliviado por não começar atrás a 2a fase.
Para a 2a fase mudou alguma coisa no seu método de estudo? Mudou. Passei a fazer só as questões escritas de todas as matérias. Comecei a revisar muitas coisas de Geografia e Química. Algumas vezes até deixei um pouco para trás o que eu precisava mesmo, Matemática, Física e Português, matérias que estudei durante o ano e que já tinha uma base.
Nessa fase, você vinha mais cedo para o Etapa? No começo eu vinha de manhã. Estudava na Sala de Estudos com a ajuda dos plantonistas,
Gostei mais de Álgebra Linear. É a matéria em que fui melhor, tive mais facilidade em pegar. Mas todas são bem puxadas. Tem de estudar bastante.
Mas qual é realmente a mais difícil? A mais difícil é Cálculo. Não tem como. É a matéria que tem mais gente sofrendo para conseguir passar.
Você já chegou a participar de alguma atividade na Poli? Tem muita coisa para fazer lá, muito grupo de extensão, muita modalidade esportiva, mas no primeiro semestre não comecei nada porque estava trabalhando e não tinha tempo para fazer nenhum grupo de extensão.
Em que você trabalhou? Dava aula de inglês à noite. Para começar já a me sustentar.
Do que você gostou mais na Poli? Gostei mais da estrutura que ela tem. É muito desenvolvida.
700,5.
O que você fez?
Você conseguiu se acostumar com esse ritmo?
De qual matéria você gostou mais?
550o. Na Unicamp fiquei em 26o, de 90.
Como você foi no Enem?
Da parte humana, o que você destaca? Eles são muito receptivos. Eles realmente acolhem bem quem entra.
Hoje, qual é sua motivação para seguir na Poli?
Acho que minha média no Enem ficou em 790.
Minha motivação é ser um engenheiro bem-sucedido. O principal mesmo é seguir na carreira.
No dia da lista da Fuvest, onde você estava quando ficou sabendo que tinha sido aprovado?
Você já sabe qual é a área que vai seguir?
Minha família me incentivou a vir ao Etapa. Vim com minha irmã e meu cunhado. Aqui a emoção é muito maior. Na hora em que vê seu nome, você não acredita. Você tem de ver mais vezes, você chora, você grita, você pula, não sabe o que fazer. Um dia muito bom mesmo. É a melhor sensação que existe, no final de tudo você conseguiu chegar onde queria. Não tem nada melhor.
Você acha que tem algum segredo para entrar na Poli? O segredo para entrar, não só na Poli, mas em qualquer faculdade, é você se dedicar o máximo possível. E não largar mão de nenhuma disciplina que você pense que não está ligada diretamente ao seu curso. Isso faz muita diferença. No meu caso, fez. Em Português eu fiquei bem à frente, o que compensou meu desempenho ruim no terceiro dia.
Você já conhecia a Poli? Nunca tinha visitado. Só fui conhecer no dia da matrícula.
Que matérias você teve no primeiro semestre? Tive Cálculo e Álgebra Linear, Física 1, Introdução à Engenharia Civil e Ambiental, Geomática, que é uma matéria específica do curso de Engenharia Civil, Desenho Geométrico, Laboratório de Química e Computação.
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Eu sempre quis fazer Civil, mas depois que eu entrei comecei a gostar bastante também de Engenharia Ambiental. Ainda é cedo para dizer, porque a gente teve muito pouca matéria específica, mas penso em seguir em Engenharia Civil com alguma coisa de Ambiental. No final do ano eles separam, 130 vão para Civil, 50 para Ambiental. Eu ainda estou pensando. Mas, se for para Civil, com a nova grade horária eu posso pegar bastante matéria da Ambiental.
O que você diria para a pessoa que vai prestar vestibular se preparar da melhor maneira possível neste segundo semestre? Meu conselho é estudar, que a hora é agora, se esforçar o máximo que puder. Vale muito a pena quando você vê seu nome lá.
Como ficou marcado para você o ano passado? Foi um ano de muita dedicação, muito esforço, muito trabalho, mas a recompensa superou todo o esforço.
Você acha que está diferente hoje de quando começou no Etapa no ano passado? Sim. O Etapa me ajudou, meu método de estudo na Poli é bem parecido com o do cursinho, bem diferente do que eu tinha no colégio. Aqui eu aprendi que você tem que achar horário para estudar a todo momento e sempre tentar manter o estudo em dia. Isso me ajudou demais.
O que você tira de lição dessa experiência? Tudo é possível se a gente se esforçar.
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