Entrevista Vestibulando - Jornal 1481

Page 1

1481

Jornal do Vestibulando

ENSINO, INFORMAÇÃO E CULTURA

JORNAL ETAPA – 2014 • DE 18/09 A 01/10

ENTREVISTA

“Só não alcança os seus sonhos quem desiste. Siga em frente lutando, vai chegar sua vez.” Felipe Seiti Sekiya está na Medicina da USP. No ano anterior, ao sair do colégio, ele tinha entrado na Santa Casa, mas queria a USP, então veio para o cursinho. Na Fuvest ficou em 42º lugar entre 1 050 convocados que chegaram na 2ª fase da Medicina. Um resultado que foi a resposta a todo o seu esforço – como ele próprio explica no seu depoimento a seguir.

Felipe Seiti Sekiya Em 2013: Etapa Em 2014: Medicina Pinheiros/USP

JV – Quando e por que você escolheu Medicina como carreira? Felipe – Por volta da 8ª série estava entre Medicina e Engenharia. Pendia mais para Engenharia. Mas teve um fórum de profissões no meu colégio e no 1º ano do Ensino Médio optei por Medicina. O motivo foi meu interesse pela Biologia com enfoque no ser humano e a possibilidade de ajudar as pessoas a terem mais saúde e melhorar a vida delas. Além da Fuvest, você prestou outros vestibulares? Prestei Unicamp, Unesp, Enem e Unifesp. O Enem vale como 1ª fase da Medicina Unifesp. Passei em todas. Qual era sua primeira opção? Era a Pinheiros. Por quê? Sei que a Unicamp é muito boa, meu pai fez Unesp e é médico em Botucatu, mas nasci em São Paulo e por morar aqui achei que o melhor era estudar na Pinheiros. Como você conheceu o Etapa? No meu colégio era o curso pré-vestibular de que mais falavam bem. Daí achei que era o melhor curso mesmo e segui o que o pessoal falava. Você prestou vestibular no final do 3º ano do Ensino Médio? Prestei. Para Medicina. Só na Unicamp não fiz Medicina, fiz Engenharia Mecânica. ENTREVISTA

Felipe Seiti Sekiya

Você estava animado quando entrou aqui? Estava. Queria aprender, saber mais. Queria resolver todas as minhas defasagens e fazer um bom vestibular no fim do ano. Como ficou sua confiança durante o ano? Durante o ano minha confiança foi razoável, sabia que tinha chance de passar por causa do meu desempenho no ano anterior. Achei que se me dedicasse eu conseguiria passar. Como você fazia nas aulas para aproveitar melhor o que era ensinado? Eu prestava atenção e conseguia pegar bem as matérias. Anotava o que achava mais pertinente, o que eu não sabia ou que parecia ter mais chances de cair no vestibular. E resolvia exercícios nos intervalos, nas trocas de aula. Como você resolvia suas dúvidas? Procurava rever o conteúdo na parte teórica da apostila. Se não conseguia fazer a revisão da parte teórica, procurava uma resolução do exercício no site do Etapa. Se não tivesse jeito mesmo, ia ao Plantão de Dúvidas. ARTIGO

1

A Semana de 22

3

More money

Nos simulados, quais eram os seus resultados? Ficava sempre na faixa A. Uma vez ou outra ficava na B. Quais dificuldades você enfrentou durante o ano? Uma foi o cansaço, que bateu mais forte em junho. Você tinha algum hobby para relaxar? Na época do colégio eu fazia aulas de guitarra e piano. Eu achei que não daria tempo de fazer tudo isso e mais o curso. Então parei. Mas, em casa, às vezes, eu tocava violão, piano. Dava para descontrair um pouco.

Como foi perto dos vestibulares? Em outubro o cansaço surgiu de novo, mas quando começou a Revisão dei um gás, peguei mais pesado. Chegava em casa e resolvia exercícios até completar a minha cota diária. Enquanto não acabasse eu não parava. A minha meta era completar a apostila de Revisão, pelo menos os testes. Organizei meu estudo em cotas diárias para cumprir e com isso consegui fechar a apostila de Revisão. Qual era a cota diária? Peguei o número total de exercícios e dividi pelos dias que eu tinha até a Fuvest. Depois da apostila de Revisão teve outra apostila. Eu fui fazendo todas. Todas as matérias. SERVIÇO DE VESTIBULAR

4

ENTRE PARÊNTESIS

CONTO

Questão de honra – Artur Azevedo

Passei para a 2ª fase da Unesp e da Fuvest. Na Fuvest peguei Santa Casa, na segunda chamada, mas vim para cá porque achei que estudando um ano no cursinho conseguiria a Pinheiros.

8

Inscrições

8


2

ENTREVISTA

Você leu as obras indicadas como obrigatórias? Li Til, Capitães da Areia, Vidas secas. Tem livro que você não consegue entender direito. Por exemplo, Viagens na minha terra tem citação de filósofos, da história de Portugal e sozinho você não consegue entender muito bem. Vendo uma palestra, uma videoaula, acaba fazendo mais sentido. Você assistiu às palestras sobre os livros? Assisti às videoaulas. Eram ótimas. Mas não pude ver as palestras porque moro muito longe e acabaria chegando em casa às 11 horas para acordar às 5 da manhã. E como foi nas questões que envolviam os livros? Acertei todas. Você prestou vestibulares para quatro faculdades públicas. Em qual você achava que tinha mais chance de entrar? Na Pinheiros mesmo, que era meu foco de estudos. Quantos pontos você fez na 1ª fase da Fuvest? 81. Você ficou, sem bônus, 11 pontos acima do corte, que foi 70. Como viu esse resultado? Era mais ou menos o que eu fazia nos simulados. Fiquei bem contente, deu mais autoconfiança. Mas também sabia que não podia relaxar porque se fosse mal nos outros exames não ia adiantar ter ido muito bem na 1ª fase. Da 1ª para a 2ª fase o que ajudou mais durante seus estudos? Para a 2ª fase resolvi vestibulares de anos anteriores. Fui fazendo as provas da Fuvest, de uns quatro anos para cá. Na 2ª fase, quais foram suas notas? No primeiro dia, Português e Redação, tirei 72,5. Na Redação o meu desempenho foi de 75%. No segundo dia tirei 75. No terceiro dia minha nota foi 95,83. Alguma surpresa nessas notas? Eu me surpreendi com o terceiro dia, eu queria tirar mais de 90, mas achava que não conseguiria. E me surpreendi muito com o primeiro dia também. No segundo dia esperava ter ido melhor.

Na escala de zero a 1 000, qual foi sua pontuação na Fuvest? 833,3. Sua classificação na carreira Medicina? 42º, entre os 1 050 chamados para a 2ª fase. Nos outros vestibulares, como você se classificou? Na Unifesp eu passei bem, em 17º. Na Unicamp eu não lembro, mas foi na primeira chamada. Na Unesp passei acho que na terceira chamada. Como soube de sua aprovação para a Pinheiros? Vi em casa. Estava com minha mãe. Ela ficou muito feliz. Depois fui para a comemoração no Etapa. Você já conhecia a Pinheiros? O primeiro contato foi na matrícula. Até me surpreendi porque é muito bonito lá dentro. Como foi no dia da matrícula? Foi bom. Os veteranos foram muito receptivos, sempre dando parabéns, perguntando como eu tinha ido, se estava feliz, qual era minha expectativa. Não teve nenhum tipo de trote, foram bem amigáveis mesmo. Depois da matrícula, no porão, que é um espaço dos alunos, eles estavam vendendo roupa, camiseta, chaveiro, caneta, agenda. Comprei tudo. Quis renovar o guarda-roupa com roupas da Medicina. Que matérias você está tendo agora? Basicamente, as primeiras semanas do semestre foram de estudo do sistema nervoso e do sistema cardiovascular. Estou tendo Neuroanatomia, Anatomia do Sistema Cardiovascular, Fisiologia, Histologia, Atenção Primária à Saúde, Fisiocardiologia, Medicina e Humanidades, com aulas que buscam humanizar a prática médica, saber lidar com o paciente, conversar. A parte humana da Medicina é muito importante. Por enquanto temos isso. De qual matéria você está gostando mais? De Neuroanatomia. Fisiocardiologia também é bem interessante. Para ser sincero, acho que estou gostando de tudo. Qual matéria o pessoal fala que é mais difícil? Basicamente, as Fisiologias, em geral, são difíceis.

Jornal do Vestibulando

Com relação ao que viu até agora na faculdade, do que você mais gostou? Eu gostei mais das aulas práticas. Em Anatomia a gente já foi vendo várias peças anatômicas, várias estruturas. Em Atenção Primária à Saúde fizemos algumas visitas domiciliares para conversar com pacientes, saber como eles lidam com a saúde, a doença. A teoria é muito importante, mas eu acho as partes práticas mais legais. Tem alguma área da Medicina em que você pretende trabalhar ou ainda é cedo para escolher uma especialização? Ainda é cedo. Se eu fechar minha cabeça para uma determinada especialidade vou acabar não aproveitando tanto as outras especialidades que vou aprender. Quando estiver mais perto da prova de Residência eu escolho o que quero fazer. Que dicas você dá a quem vai prestar vestibular este ano? Só não alcança os seus sonhos quem desiste. Por mais que o caminho tenha obstáculos, tem de seguir em frente, tem de aguentar as dificuldades e superá-las. Siga em frente lutando, vai chegar sua vez. Como fica marcado o ano passado para você? Foi um ano corrido. O estresse e a luta foram características do ano passado. E o resultado final foi a resposta a todo esse esforço. Hoje você está diferente de quando começou no cursinho? Acho que estou. Quando você começa não sabe se vai conseguir passar. Não sabe qual vai ser seu futuro. Mas quando entra na faculdade você sabe que tem seis anos pela frente para estudar e no final disso você vai ser médico, vai trabalhar com pacientes, vai seguir sua vida. O que ficou de lição para você da experiência de fazer o cursinho? Você tem de se empenhar. Tem de correr atrás. Essa foi uma lição que eu aprendi no cursinho. Você quer dizer mais alguma coisa para nossos alunos? O segundo semestre é cansativo, mas é para continuar estudando. Isso dá retorno e é muito gratificante no final.

Jornal ETAPA, editado por Etapa Ensino e Cultura REDAÇÃO: Rua Vergueiro, 1 987 – CEP 04101-000 – Paraíso – São Paulo – SP JORNALISTA RESPONSÁVEL: Egle M. Gallian – M.T. 15343


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.