Entrevista do Vestibulando 1502

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Jornal do Vestibulando

ENSINO, INFORMAÇÃO E CULTURA

JORNAL ETAPA – 2015 • DE 15/10 A 28/10

ENTREVISTA

“Tem que tentar controlar o emocional. Confiar em você mesmo faz muita diferença.” Anne Catherine Oliveira Almeida entrou em Administração na FEA-USP. No cursinho ela resolveu as dúvidas que tinha sobre a escolha da carreira. Aqui ela conta como superou suas incertezas e conseguiu ser bem-sucedida no vestibular da Fuvest.

Anne Catherine Oliveira Almeida Em 2014: Etapa Em 2015: Administração – USP

JV – O que levou você a escolher Administração? Anne – Administração é uma área em que você pode fazer muita coisa. Pode trabalhar no mercado financeiro, no RH, etc. Acho que a possibilidade de fazer várias coisas diferentes me levou para Administração. Claro, também a afinidade com a parte de Humanas. Eu gostava de Física, mas gostava bem mais de História e Geografia. Quando via as coisas de História e Geografia eu curtia fazer os testes. Além da Fuvest, você prestou outros vestibulares? Coloquei Administração só na Fuvest. Prestei Unicamp e Unesp para Engenharia Civil, porque ainda estava em dúvida. Quando entrei no Etapa eu achava que era mais de Exatas. Depois vi que Exatas não era muito para mim. O que motivou você a vir se preparar no cursinho? Muita gente da Federal fala do Etapa. Ao começar aqui, como você via as possibilidades de ser aprovada num vestibular das grandes universidades? Estava preocupada. Durante todo o ano eu fiquei com bastante receio de não passar. Achava que não estava pronta, mas estudei para ver no que dava. Acho que fiquei mais confiante quando passei para a 2a fase da Fuvest. Mesmo assim, continuei com muito medo. ENTREVISTA

Anne Catherine Oliveira Almeida

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ENTRE PARÊNTESIS

Eletrização

Eu gostava bastante do Etapa, tinha bastante gente da minha escola, era bem tranquilo. Como era seu método de estudo? Eu estudava na Federal à noite e fazia o Extensivo à tarde. Acordava por volta de 6 e meia, 7 horas e fazia a lição do dia anterior. Eu procurava não chegar no cursinho sem ter feito a lição da última aula. Eu parava de estudar às 11 horas e saía de casa mais ou menos ao meio-dia. Queria chegar um pouco antes para, às vezes, ir ao Plantão de Dúvidas. Depois de sair do cursinho a que horas entrava na Federal? Chegava depois das 7, um pouco atrasada. As aulas do colégio iam até que horas? Até 15 para as 11. No caminho ou no intervalo das aulas você conseguia estudar? Quando dava tempo, eu tentava aproveitar para resolver exercícios. Todo mundo que fazia Etapa estudava. Como era esse estudo? Em grupo? Todo mundo se ajudava um pouco, quem não sabia perguntava para alguém. Acho que uma das coisas que ajudaram a levar o ano todo foi que o pessoal se ajudou bastante. ARTIGO Santos pode se tornar mais suscetível a inundações

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Alberto Caeiro (Fernando Pessoa)

Nas matérias, quais foram as principais dificuldades que você enfrentou no ano passado? Minha redação não era muito boa e eu também não tinha uma base muito boa em Humanas, apesar de gostar das matérias. Na Federal, de Humanas a gente não teve tanta coisa. No cursinho tinha bastante coisa de Geografia e História que eu nunca tinha visto. Física, também, eu não tive tanto. Algumas coisas eu não sabia, não tinha visto. Em que matérias sua base era mais forte? Matemática e Química. Em que matérias concentravam suas dúvidas? Você usou o plantão? Eu ia bastante ao plantão para Física e algumas coisas de Matemática. Mas eu olhava bastante aqueles PDFs do site. Como era seu fim de semana? No sábado eu ia para a Federal de manhã e à tarde fazia simulado. À noite, se estava muito cansada, não estudava. No domingo procurava colocar em dia o que não tinha estudado durante a semana. Ou, às vezes, pegava o simulado de sábado para ver o que tinha errado. Nos simulados, quais eram seus resultados? Eu não ia muito bem. A maioria era C menos. Fazia por volta de 55 pontos no simulado da Fuvest. Ficava preocupada porque ouvia que o ideal para passar era tirar acima de C mais. Quando olhava o resultado, via o que tinha errado e sempre estudava mais para tentar não tornar a errar. PRA PENSAR

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POIS É, POESIA

CONTO

Teoria do medalhão – Machado de Assis

Sua adaptação no cursinho foi tranquila?

Alice na Floresta do Esquecimento

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SERVIÇO DE VESTIBULAR

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Inscrições

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ENTREVISTA

Como você usava os simulados em seus estudos? Tinha vez que eu revia e não entendia a resposta, aí ia aos plantonistas e perguntava. Eu tentava sempre entender por que tinha errado. Ver se tinha errado porque não sabia ou porque não tinha prestado atenção na hora. Como você ia na Redação? Eu não ia muito bem. Cheguei a tirar um D, fiquei muito preocupada. Mas depois melhorei, passei a tirar C menos. Em seus estudos, quais eram as prioridades? Eu gostava bastante de Humanas, mas não sabia várias coisas. Prestava sempre atenção nas aulas, fazia bastante exercício. Eu fazia o que os professores mandavam, mas sentia que não estava sabendo direito e resolvia exercícios a mais. Se percebesse que não estava mesmo sabendo, ia ao plantão ou fazia um resumo para ver se melhorava. Mais no final eu fiz bastante resumo para lembrar o que precisava. Fazer os resumos ajudou? Eu acho que ajudou. Você leu as obras literárias indicadas como obrigatórias pela Fuvest? Não deu para ler todas, mas li os resumos – acho que faltaram uns dois – e vim a todas as palestras sobre os livros. O que você fez nas férias? Eu tentei equilibrar: descansei um pouco e também estudei um pouco umas coisas em que estava mal. Qual a época mais pesada para você no ano passado? Em setembro, outubro eu estava bem cansada. E era a época em que a Revisão ia começar. Como você controlou seu cansaço? Eu descansava mais, acordava um pouco mais tarde. No final do ano eu não acordava mais às 6 e meia – acordava por volta de 7 e meia. Procurava dormir um pouco mais para não estudar quando estava cansada. Você tinha alguma atividade para relaxar? Às vezes dava uma mexida no computador, assistia a um pouco de TV, mas só um pouco mesmo. Às vezes eu saía com as amigas. Quantos pontos você fez na 1a fase da Fuvest? Com o bônus fiz 70 pontos. A nota de corte de Administração foi 52. O que achou de seu resultado? Não esperava. Por mais que não seja a nota de corte mais alta na Fuvest, você fica com

medo de não conseguir por pouco. Conseguir pontos a mais me deixou muito feliz. Mesmo assim, ainda tinha medo da 2a fase, que parecia pior para mim. Nos simulados escritos eu sentia mais dificuldade. Depois da 1a fase você mudou alguma coisa nos seus estudos? Para a 2a fase eu estudei mais as prioritárias do terceiro dia, Matemática, História e Geografia. Mas procurei fazer bastante das outras matérias também. Usei o tempo que eu tinha para resolver o máximo de questões. Fiz mais algumas redações e levei ao plantão, para tentar dar uma melhorada. Fazia os exercícios da apostila e mais para o final peguei algumas provas dos anos anteriores. Como você foi na 2a fase? Fui melhor do que esperava, consegui ficar um pouco acima da média todos os dias. Mais ou menos acima de 60, 60 e pouco. Estava com mais medo do terceiro dia, muito medo de Matemática. Estava difícil, mas deu para responder. Qual foi sua classificação na carreira? 142 [Administração na FEA oferece 210 vagas – 100 no período diurno, 110 no período noturno]. Como soube de sua aprovação na Fuvest? Vi a lista em casa. Depois acabei vindo ao Etapa com umas amigas da Federal. Você já conhecia a FEA? Conheci no dia da matrícula e fiquei bem impressionada. Neste segundo semestre, que matérias você tem? Tenho 10, entre outras, Macroeconomia, Contabilidade de Custos, Comunicação Organizacional, Pesquisa Operacional, Tecnologia da Informação, Estatística. De qual delas você está gostando mais? Eu gosto bastante de Macroeconomia. Também gosto muito de Comunicação Organizacional. Além das aulas, você participa de outras atividades na faculdade? Na FEA tem a Empresa Júnior, a FEA Social, os conselhos ligados ao terceiro setor. Também tem o cursinho da FEA. Essas é que me interessaram mais, mas ainda não participo de nenhuma. Vou tentar no ano que vem. O que você considera um ponto forte na FEA? As pessoas. Elas são bem receptivas, bem legais mesmo. E os professores que são muito bons.

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Você já tem ideia da especialização que irá fazer em Administração? Quando entrei eu pensava bastante em RH, mas não tenho certeza ainda. Vou esperar um tempo para conhecer bem e ver o que eu quero fazer. Com base em sua experiência no cursinho, o que você pode dizer ao pessoal que está se preparando este ano? No ano passado eu achava que não iria conseguir, achava que muita gente estudava mais do que eu. Mas não tem que se deixar tomar pelo desânimo. Se não estiver indo bem, tem de continuar estudando, tentando melhorar. Não pode desistir. Que dica você dá a quem está na dúvida sobre a carreira? Você tem que ver o que gosta mesmo de fazer. Quando eu pensava em Administração, era uma coisa que eu imaginava de certa forma estar fazendo. Eu via que ia gostar mais. Entre trocar uma coisa de que eu tinha mais certeza por uma coisa duvidosa, fui pelo que eu achei que ia gostar mais. E agora você está satisfeita com sua escolha? Estou, sim. No primeiro semestre ainda não sabia se gostava mesmo. Agora, no segundo semestre com matérias mais específicas ficou mais legal. Como você avalia sua vida no ano passado? Foi um ano de muita correria, mas valeu a pena. Vejo que foi um bom ano. Uma experiência positiva. Você mudou de alguma forma do começo no Etapa para hoje? Acho que sim. No cursinho você aprende a focar mais, a aproveitar melhor o tempo, a fazer o tempo render. Que coisas deixaram saudades? Sinto bastante falta de minhas amigas, eu convivia bastante com elas, compartilhava muitas coisas. Estava todo mundo na mesma situação. E sinto falta das aulas bem legais. O que você aconselha a quem não conseguiu vaga e vai prestar novamente este ano? Não desistir. Se não deu certo na primeira vez, você tem que ver o que faltou e arrumar isso. Tem que tentar controlar o emocional. Confiar em você mesmo faz muita diferença. Na prova é você e você, mais ninguém. Isso é importante. O que você tira de lição dessa experiência, entrando no curso que escolheu? Eu tiro a lição de que se realmente se empenhar e buscar as coisas, você consegue o que quer, por mais que seja difícil. Há momentos em que você acha que não vai funcionar, mas tem que continuar tentando. É aí que dá certo.

Jornal ETAPA, editado por Etapa Ensino e Cultura REDAÇÃO: Rua Vergueiro, 1 987 – CEP 04101-000 – Paraíso – São Paulo – SP JORNALISTA RESPONSÁVEL: Egle M. Gallian – M.T. 15343


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