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Jornal do Vestibulando
ENSINO, INFORMAÇÃO E CULTURA
JORNAL ETAPA – 2016 • DE 21/04 A 04/05
ENTREVISTA
Pegou firme o estudo e sua pontuação disparou! Letícia Mancuzo de Almeida entrou na Poli em Engenharia Elétrica e em outras 3 universidades públicas. Como treineira, fez 36 pontos na Fuvest. Ela fez cursinho com o colégio e conseguiu fazer sua pontuação disparar para 79 pontos. Pretende obter a dupla diplomação em instituição internacional e na Poli. Além de seguir fazendo doutorado – talvez no exterior.
Letícia Mancuzo de Almeida Em 2015: Etapa Em 2016: Engenharia Elétrica – USP
JV – Quando você escolheu Engenharia como carreira? Letícia – Minha irmã, cinco anos mais velha, está no último ano de Engenharia Química e falava que Engenharia é legal. Fui pesquisar e gostei bastante.
Além da Fuvest, você prestou outros vestibulares? Prestei Unesp para Engenharia Mecânica, Unicamp para Engenharia Elétrica e com o Enem manifestei interesse por Engenharia Elétrica na UFSCar. Fui aprovada em todos.
Você estava na dúvida entre Elétrica e Mecânica? Eu sempre dizia que queria fazer Elétrica. Pesquisei, vi vários vídeos, gostei bastante. Também gosto bastante da parte da Mecânica.
Ao entrar no cursinho você estava animada? Estava. Eu sou meio determinada. Minha irmã passou direto e eu queria passar direto também.
No ano passado, qual era sua rotina? Chegava no cursinho às 7 horas, saía da aula ao meio-dia e meia, à 1 hora já estava na Sala de Estudos. Ficava aqui até as 6 horas, quando ia para o colégio. No final do ano, depois da 1a fase da Fuvest, quando estava muito cansada ia para casa dormir um pouco antes de estudar.
ENTREVISTA
Letícia Mancuzo de Almeida
ARTIGO Zika: o vírus que pegou o país de surpresa
Tinha dia que eu ficava aqui, tinha dia que eu ia para casa, tinha dia que eu ia ao Kumon ajudar minha mãe – ela tem uma unidade. Ia uma vez por semana. Trabalhava a tarde inteira, das 2 horas até umas 10 para 7, quando ia para a escola. Às vezes tentava terminar meu trabalho rápido para conseguir uma meia hora de estudo.
Como era seu método de estudos? Os professores daqui são muito bons, eu estudava o que eles recomendavam. Sempre estudava as matérias do dia e fazia as lições de casa que eles mandavam. Isso foi bem produtivo. Tentava fazer tudo no dia mesmo e não ficava atrasada.
No fim de semana você estudava? No sábado, fazia o RPE de manhã. À tarde eu resolvia os exercícios do Reforço e estudava pontos em que tinha encontrado dificuldade durante a semana. Domingo de manhã fazia simulado e à tarde eu descansava ou ia jogar tênis com meus pais. Era relaxante e fazia esquecer um pouco do vestibular.
Como você aproveitou o Reforço para Engenharia? A aula do RPE é mais voltada para exercícios. Eles dão um tempo para você fazer os exercícios.
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Quem é o pai?
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POIS É, POESIA
3 5
Castro Alves (1847-1871)
Em que matérias você tinha mais defasagem? Física. E Física era bem importante para mim. No colégio meu professor de Física não dava exercício, só teoria. Física sem exercício é difícil. Mas aqui deu para recuperar, eu fazia muitos exercícios. O bom é que eu gostava. Apesar de não saber, eu gostava. Aí era mais fácil estudar.
Com que frequência você treinava Redação? Eu tentava fazer uma por semana. Às vezes eu conseguia, mas mais para o final do ano era uma a cada 15 dias. Acabei não levando todas ao plantão por falta de tempo – seria muito útil ter feito isso.
Nos simulados, quais eram seus resultados? No começo eu estava no C menos. Estudei bastante e subi para o C mais. Depois das férias eu dei um superpique e cheguei a tirar B e até A.
Como candidata a uma vaga na Poli, o que você achava dessas notas? Na palestra inicial do Etapa o professor disse que para a Poli seria bom tirar B e C mais. Eu sempre tentava atingir essas faixas. Ficava triste quando não passava do C menos.
SOBRE AS PALAVRAS
ENTRE PARÊNTESIS
CONTO
Um homem célebre – Machado de Assis
Você ficava sempre na Sala de Estudos?
Fazer uma vaquinha
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SERVIÇO DE VESTIBULAR
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Inscrições
8
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ENTREVISTA
Em quais matérias você recorria ao Plantão de Dúvidas? Eu ia principalmente para Matemática, Física e Química.
Você usava o plantão virtual? Era o que eu mais usava.
Quais foram as principais dificuldades que você teve no ano passado? Como estudava de manhã no cursinho, estudava à tarde por conta e à noite ia para a escola, com aulas das 19 às 23 horas, ficava muito cansada. Ia dormir à meia-noite para estar cedinho aqui. Todo dia, era bem puxado.
Quando o cansaço pesou mais? Antes das férias de julho. Mas depois das férias voltei muito animada.
O que você fez nas duas semanas de férias? Basicamente, dormi. Mas fiz alguns resumos de Biologia, Geografia e História. História, não muito. Na primeira semana dediquei uma hora por dia aos resumos.
Como eram esses resumos? De Geografia eu desenhei muitos mapas da Europa, Ásia, África. Isso ajudou bastante.
Teve alguma época mais tranquila no ano passado? Não. Eu estava muito defasada. Até no começo tinha que estudar bastante.
Você prestou Fuvest como treineira no final do 2o ano do Ensino Médio? Prestei. Fiz 36 pontos na 1a fase.
deu para fazer muita Redação. Tirei 60 e fiquei feliz.
ensinaram a pegar o circular, achei isso bem legal. E os professores também são bons.
No segundo dia, na prova geral, qual foi sua nota?
Além das aulas, há muitas outras atividades na Poli. Você está participando de alguma atividade extraclasse?
Eu achei que no segundo dia daria para recuperar o primeiro dia. Mas estava difícil e tirei 56.
No terceiro dia, em Matemática, Física e Química como você foi? Fui bem melhor. Tirei 77,08.
As notas foram de acordo com o que você esperava? No primeiro dia foi de acordo, estava querendo uns 70, e no terceiro dia fui melhor do que esperava.
Na escala de zero a 1 000, qual foi sua pontuação? 648,6.
Como soube de sua aprovação na Fuvest? Eu combinei com um amigo que prestou Medicina vir aqui com ele. Vi que passei, meu amigo também passou.
O que sentiu nessa hora? Veio um alívio, eu estava muito estressada. O ano foi bem desgastante.
Algum segredo para entrar na Poli? Acho que você tem que ter foco. No ano passado eu não saí. Se você acha que é isso que você quer mesmo, tem que se esforçar, tem que estudar. Você não vai entrar do nada. E na Poli você precisa ter um conhecimento prévio de Matemática, Física. Precisa estudar Humanas também.
Prestando Fuvest para valer, quantos pontos você fez na 1a fase?
Você já conhecia a Poli?
Eu fui bem, achei a prova fácil. Com o bônus minha pontuação foi de 79 pontos. O corte na Engenharia foi 61. Eu fiquei bem confiante.
Como foi esse dia?
Nos simulados você ficava em qual faixa de pontos? Só em um eu tirei 72.
Mudou alguma coisa no seu método de estudo para a 2a fase? Antes eu estudava umas cinco, seis horas por dia. Depois da 1a fase passei a estudar umas três horas, no máximo.
No final do ano você focava mais nas matérias prioritárias do terceiro dia da 2a fase ou estudava tudo? Eu tentei estudar tudo. Pegava bastante prova antiga. Mas estudei mais Matemática, Física e Química porque eu gostava. “Estou cansada, pelo menos vou estudar o que eu gosto”.
Na 2a fase, como você foi na prova de Português e Redação? Em Português eu nunca fui muito boa e tinha estabelecido uma meta de 55 a 60 pontos. Tirei 56. Durante o ano, como eu estava com muita defasagem nas outras matérias, não
Só conheci no dia da matrícula. Levei trote, fui jogada na lama, me pintaram, foi muito divertido.
Esse trote foi tranquilo? Bem tranquilo. Eles só pintam os calouros, mas se você falar que não quer, eles não fazem nada.
Que matérias você tem neste primeiro semestre? Tenho Cálculo Diferencial e Integral, Física Geral e Experimental para Engenharia, Álgebra Linear, PCC, que é Projeto de Construção Civil, tem Química Tecnológica Geral, PA que é só de Engenharia Elétrica, Energia e Ambiente, que é de Materiais, Construção Civil da Engenharia Civil, um pouco da Engenharia Química, um pouco da Engenharia de Materiais. Um pouco de cada.
Dessas matérias, qual você está achando mais complicada? Cálculo.
Eu pensei em fazer parte do ThundeRatz, que é um grupo de robótica da Poli. Pensei, mas estou estudando bastante e quero ver mais como é a Poli. No 2o ano quero fazer iniciação científica, que é muito puxada – são 20 horas semanais.
O que está achando da Engenharia Elétrica? Na semana de recepção teve um dia especial da Elétrica. Os professores falaram da Elétrica em geral e das ênfases da carreira. Você também pode fazer mestrado em Engenharia Biomédica – eu gostei muito. Acho que vou seguir.
Você pensa em fazer mestrado em Engenharia Biomédica? Sim. O bom é que você fica com dois diplomas, engenheiro eletricista e engenheiro biomédico.
Isso é para depois de formada. Você pensa em ficar na área acadêmica? Eu quero trabalhar em indústria, quero fazer um pouco de tudo para ver do que mais gosto e depois seguir meu caminho. Quero obter o duplo diploma da Poli [para esse fim, a escola mantém convênios com instituições internacionais de Ensino Superior]. Também quero fazer doutorado depois, até no exterior.
Que dicas você pode dar a quem vai prestar vestibular no fim deste ano? A pessoa tem que ver o que quer mesmo – por exemplo, se seu grande sonho é entrar na Poli, na Medicina. Aí tem que se dedicar, não tem outra opção. É estudar. Uma dica é andar com o pessoal que está na mesma pegada que você – pessoal que quer mais estudar do que ir para balada.
Como ficou marcado o ano passado para você? Um ano difícil e decisivo. Eu antes estudava só para prova, para tirar nota e pronto. No ano passado é que aprendi mesmo a estudar, a ficar mais horas estudando.
Você está diferente de quando começou no cursinho? Amadureci bastante. Eu tinha uma visão de estudo muito diferente, achava que ia ser mais fácil, que ia estudar um pouco e ia conseguir ser aprovada. Agora sei que é bem importante estudar bastante, se você quer alguma coisa.
Como é a relação com os outros alunos?
O que você tira de lição dessa experiência preparando-se para os vestibulares?
Os veteranos foram muito legais. O pessoal da Elétrica fez um tour pela Poli, pela USP,
Se você quer bastante alguma coisa, se dedica que vai conseguir no final.