Entrevista do Vestibulando - 1511

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Jornal do Vestibulando

ENSINO, INFORMAÇÃO E CULTURA

JORNAL ETAPA – 2016 • DE 05/05 A 18/05

ENTREVISTA

“Se for por aquilo que você quer mesmo, todo esforço vale a pena.” Murilo Levy Martins entrou em Administração na FEA-USP. Escolheu a área pela sua abrangência. No cursinho ele se empenhou em superar defasagens em sua formação e criou um plano de estudos, com metas a atingir. Bem-sucedido no vestibular, conclui que a realização dos sonhos é o resultado do esforço que se coloca nos estudos.

Murilo Levy Martins Em 2015: Etapa Em 2016: Administração – USP

JV – Quando você escolheu Administração como carreira? Murilo – Eu tive um primeiro contato com Administração com um primo, que fez o curso na USP. Eu ainda estava no Ensino Médio na Etec Guaracy Silveira, que oferecia também o curso técnico em Administração. Resolvi fazer esse curso técnico e acabei gostando da área, que é abrangente e abre uma grande oportunidade de crescer profissionalmente.

Você foi aprovado em quais escolas? Com o Enem eu fui chamado para Administração na Unifesp e para o Insper.

No início do cursinho como você via suas possibilidades de aprovação nos vestibulares? Cheguei confiante, mas no início senti uma certa dificuldade nos estudos. Eu sempre fui de escola pública. Aqui eu me propus metas de estudo e me dediquei todos os dias. Estudava à tarde, de vez em quando à noite. No cursinho eu consegui estudar de verdade.

O que levou você a conseguir estudar de verdade aqui? Foi uma série de fatores. Os professores explicam as matérias muito bem. Para tirar dúvidas é muito importante o plantão. E tinha a motivação que eu mesmo criei para estudar.

Como era seu método de estudos? Eu vinha às aulas de manhã e depois ficava na Sala de Estudos. Sempre fazia os exer-

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Murilo Levy Martins

Quanto tempo em média você estudava? Eu ficava na Sala de Estudos das 13h às 18h. Se não desse tempo para resolver os exercícios de uma matéria, eu estudava à noite em casa ou nos fins de semana.

Em quais matérias você tinha mais dificuldade? Física e Biologia. Não tinha uma base dessas matérias e meio que não gostava, justamente porque não sabia como eram. Aqui comecei a gostar de Biologia. Com o jeito de explicar daqui, Biologia era mais fácil, eu me sentia mais confortável. E até de Física cheguei a entender.

Ao longo do ano você conseguiu manter as metas de estudo que traçou no início? Ao longo do ano eu tentei me manter o mais motivado possível. Nos simulados eu conseguia geralmente atingir a meta que queria. Sempre estipulava uma meta acima da média, digamos assim. Ainda que atingisse a meta B, eu tentava forçar para tentar melhorar um pouco. Meu foco era A. Tirar uma nota melhor no simulado gerava mais motivação.

POIS É, POESIA

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CONTO

No moinho – Eça de Queirós

cícios do dia. Conseguia isso num tempo relativamente curto e aproveitava o tempo que sobrava para revisar matérias ou reforçar o estudo com questões da 2a fase, que era uma preocupação que eu tinha. Eu pegava as matérias em que tinha mais dificuldade.

Álvares de Azevedo

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ENTRE PARÊNTESIS

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Os mágicos

Quais foram suas principais dificuldades no ano passado? Foi mais no começo, tentar acompanhar o meu plano de estudos. Porque, como disse anteriormente, eu comecei a estudar de verdade aqui no cursinho e levei um certo tempo para me adaptar. Outras dificuldades foram com matérias ou exercícios específicos.

Qual era seu desempenho nos simulados? Em que faixas você ficava? Geralmente eu ficava no B e no C mais.

Como você usava os simulados nos estudos? Eu via o que tinha errado e estudava. Terminava os simulados, pegava as respostas e checava em casa. Geralmente no fim de semana eu refazia o que tinha errado. Depois de resolver os exercícios que tinha errado, eu dava um certo tempo, geralmente duas semanas, e refazia o simulado inteiro, para que as questões ficassem gravadas.

Você fez Reforço? Fiz o JADE, no sábado de manhã, com simulado à tarde.

Como foi a ajuda do JADE? O JADE é mais focado nos exercícios. Eu fazia os exercícios em sala, os que dava, e os que sobravam fazia em casa. Era uma forma de realizar a matéria, de não deixar acumular.

ARTIGO Pontas de pedra lascada levantam questões sobre a pré-história brasileira

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SERVIÇO DE VESTIBULAR

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Inscrições

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ENTREVISTA

Domingo você estudava também? Estudava bem pouco. Domingo era o único dia que eu tinha para dormir um pouco mais ou descansar, porque não dá para você manter sempre o mesmo ritmo. Geralmente assistia a algum filme ou saía com meus pais, ia ao parque, andava de bicicleta com meu pai na ciclovia, até mesmo jogava um pouco de videogame para desestressar. Atividades que não demandassem algum tipo de esforço fora do estudo. Alguma coisa para relaxar.

Em quais matérias você recorreu mais ao Plantão de Dúvidas? Eu fui ao plantão mais em Física, em que tinha dificuldade mesmo.

Você treinava Redação? Eu fazia uma redação a cada duas semanas. Às vezes arranjava algum tempo livre e fazia duas redações, depois levava ao plantonista para corrigir. Eu pegava tanto o tema que o professor dava em aula como algum tema que achasse interessante, que poderia cair. Depois da 1a fase da Fuvest passei a fazer uma redação por semana.

Você leu os livros indicados pela Fuvest? Li todos, inclusive as análises que estão disponíveis. Assisti às palestras e as revi na internet.

Qual a importância das palestras? Eu acho que as palestras dão uma outra visão das obras, porque existem muitas coisas nos livros em que você acaba meio que se perdendo. Aí as palestras seriam uma forma de resumo, muito bem explicado, e você tem uma visão do livro em que não tinha pensado.

O que você fez nas férias? Eu utilizei o tempo para descanso. Mas coloquei em dia as poucas matérias que tinham sobrado, e também li parte das obras. Eu tenho o hábito da leitura, então não foi um esforço tão grande.

Como encarou o Enem? Eu pensava que iria melhor no Enem por causa das questões e do estilo de redação. Então dava foco maior para o Enem, treinava mais para o estilo Enem.

Que dicas você dá a quem vai prestar Enem este ano? O fato de treinar nos simulados sábado e domingo é um bom preparatório para você se acostumar fisicamente e até mesmo psicologicamente com o cansaço. Na hora da prova pode acontecer de você ficar cansado, então o jeito é dar uma desligada por um momento, ir ao banheiro, lavar o rosto, baixar a pressão, olhar no espelho e falar: “Eu vou conseguir”, e voltar com motivação.

No ano anterior, ao terminar o Ensino Médio, você prestou Fuvest? Prestei, não passei para a 2a fase. Fiz 44 pontos e o corte foi 52.

Qual foi sua pontuação na 1a fase da Fuvest 2016? Com bônus, fiquei com 68 pontos [18 acima do corte, que foi 52 novamente].

O que achou desse resultado? Nos simulados eu sempre ficava em 62, 63, então foi mais ou menos uma nota esperada.

Para a 2a fase você mudou seu método de estudo, focou mais na prova do terceiro dia, das matérias prioritárias, ou continuou estudando tudo? Continuei estudando tudo durante um tempo. Eu nunca tive contato com uma prova de 2a fase antes, só nos simulados, então tinha pouca experiência e até um certo receio. Quando chegou a hora da 2a fase, eu procurei estudar tudo. Só depois de um certo tempo eu me concentrei nas matérias prioritárias.

Como você foi no primeiro dia da 2a fase, na prova de Português e Redação? Foi o pior dia para mim. Eu achei que tinha ido bem, mas tirei 52,75 em Português. Na Redação, 63.

No segundo dia, na prova geral, qual foi sua nota? No segundo dia, por mais que a prova aparentasse ser difícil, eu me senti mais confortável, porque já tinha passado aquela ansiedade do primeiro dia. Então, mais calmo, acho que tive um bom desempenho na prova, tirei 53,13.

E no terceiro dia, das matérias prioritárias da carreira, Matemática, História e Geografia? Foi minha maior nota, 54,17.

Na escala de zero a 1 000, qual foi sua pontuação? 648,6 pontos.

Você já conhecia a FEA? Conhecia, tanto de excursões da escola como por intermédio da mãe de um amigo meu que trabalha lá.

Na FEA, como foi o dia da matrícula? Fui para conhecer o pessoal, participar da gincana, para me adaptar. Foi supertranquilo. Meu cabelo tinha sido cortado aqui, no dia da lista. Lá me pintaram, fizeram a maior festa, conheci muita gente, foi legal.

Que matérias você tem neste semestre? Tenho Fundamentos da Administração, Fundamentos das Ciências Sociais, Fundamentos de Marketing e Comportamento do Consumidor, Fundamentos de Microeconomia, Noções de Contabilidade para

Administradores, Introdução à Computação para Ciências Humanas, Matemática para Administração e Contabilidade, Introdução à Psicologia. Oito matérias.

De qual você está gostando mais? Estou gostando mais de Contabilidade. Eu já tinha um conhecimento no curso técnico, mas com o aprofundamento na FEA dá para perceber um balanço, dá para tomar decisões, dá para projetar coisas. Gosto também da parte de Microeconomia. Traz conhecimento de mercado, conhecimento de empresas, é muito legal.

Do que você já conhece na FEA, o que se destaca? A infraestrutura da FEA é muito boa, os prédios, as salas, os equipamentos. Na parte humana, as pessoas são muito atenciosas, auxiliam em todos os casos. A FEA é um lugar muito bom para se estudar.

Você está participando de alguma atividade extraclasse? Na FEA tem várias entidades, voltadas para contabilidade, para empreendedorismo, para o terceiro setor. Meu interesse é na área de terceiro setor. E tem a FEA social. Isso é uma coisa bacana de falar, Administração na USP tem o lado financeiro e tem a parte social dos próprios alunos. É interessante o aluno não se focar só em empresas, o estudo da Administração serve também para você saber como seu trabalho vai se refletir na sociedade.

Qual é sua maior motivação para continuar com Administração? É a abrangência da área. Administração abrange muitas áreas. Isso é interessante porque você pode achar que se identifica com uma e no decorrer do curso acaba se identificando com outra que nem imaginaria fazer. Assim você tem uma possibilidade muito grande de se inserir no mercado.

O que você pode dizer a quem vai prestar vestibular este ano? Eu acho que se você tem um sonho deve correr atrás desse sonho. Ver todas as possibilidades, saber o seu limite de estudo, ter algum tipo de descanso, mas nunca perder o foco e nem desistir. Se você acha que o curso que escolheu é o que realmente quer, é seguir seu sonho que com certeza você será aprovado. A sensação de passar é única, a gente fica muito feliz. Se for por aquilo que você quer mesmo, todo esforço vale a pena.

Como foi a experiência de estudo aqui no ano passado? Foi um ano marcante mesmo, uma experiência única, o meu ano de amadurecimento. Você estuda e se torna mais responsável. Aprendi muito, me tornei uma pessoa mais calma, estou mais organizado. O cursinho me levou a esse caminho.


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