EDIÇÃO N1
FOTOMETRAR, COMPOR E FOCAR COMO FOTOGRAFAR UM AMBIENTE À LUZ DE VELAS LENTES
A revista Melhor Ângulo traz um novo conceito no editorial do universo fotográfico, trazendo uma linguagem mais leve e objetiva, visual minimalista e confortável. Trazendo conteúdos técnicos, como também informações relevantes da fotografia e conteúdo contemporâneo. Tudo feito com muita dedicação para todos os apaixonados pela fotografia. Divirta-se!
COORDENADOR EDITORIAL PEDRO CARNEIRO REDATORA CLAUDIA REGINA DIRETOR DE ARTE PEDRO CARNEIRO PROJETO GRÁFICO PEDRO CARNEIRO COLABORADORES FLÁVIA ANECI JONATAN AUGUSTO RAFAELA LOPES THIAGO FARIAS CONTATO CONTATO@MELHORANGULO.COM 081 34592016
DICAS
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COMO ESCOLHER SUA LENTE COMO DESFOCAR O FUNDO DAS FOTOS FOTOGRAFIA GASTRONÔMICA COMO FOTOGRAFAR UM AMBIENTE À LUZ DE VELAS
FI QUE POR DE NTRO
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O QUE É E POR QUE USAR PARASOL? FOTOMETRAR, COMPOR E FOCAR LENTES FOTOGRAFIA DE PAISAGENS E A HORA MÁGICA POR QUE P&B?
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JONATAN AUGUSTO
THIAGO FARIAS
FLÁVIA ANECI
RAFAELA LOPES
DICAS
COMO ESCOLHER SUA LENTE Como selecionar as lentes de acordo com o que você precisa?
As lentes, também conhecidas como objetivas, são a parte mais importante do seu equipamento. Durante a sua vida você talvez precisará trocar de câmera de vez em quando, comprar novos cartões de memória ou atualizar seu Photoshop. Já as lentes podem durar a vida inteira. LENTES DE QUALIDADE VS PREÇO A qualidade da lente está nos materiais utilizados na sua montagem (vidro, corpo e até a cola que junta cada pedacinho) e pode ser percebida na qualidade final da imagem. Quanto melhor a lente mais nítida, com cores mais reais e com menos aberrações ficarão as fotos feitas com ela. As lentes que são feitas com os melhores materiais e com o melhor controle de qualidade são, naturalmente, sempre mais caras. Várias vezes boas lentes vão custar mais caro que a sua câmera! Mas mesmo as lentes que não são top de linha podem durar a vida toda se forem bem cuidadas. Uma coisa é fato: a fabricação de lentes de qualidade é um processo quase artesanal e isso é o que justifica o preço. Mas dá pra economizar: o melhor custo/benefício na hora de comprar uma lente boa é procurando por usadas.
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DICAS DISTÂNCIA FOCAL A distância focal é o primeiro item a decidir na hora de comprar sua lente. As lentes podem ter somente uma distância focal (lentes fixas) ou podem permitir o uso de várias distâncias focais girando um anel (lentes zoom). A distância focal aparece em mm na descrição das lentes. Por exemplo: Canon EF 50mm f/1.8 II Autofocus Lens; Canon EF-S 17-85mm f/4-5.6 IS USM Autofocus Lens. As distâncias focais são divididas em alguns grupos principais.
NORMAIS (POR VOLTA DE 50MM)
GRANDE-ANGULARES (ATÉ 50MM)
ISO 100, 50mm, f/1.8, 1/6400seg - foto por claudia regina
ISO 800, 10mm, f/4.5, 1/100seg - foto por claudia regina
• Com elas o ângulo de visão é mais ou menos como o do olho humano. Essa é a distância focal da maioria das lentes de celular e compactas. • Boas para: um pouco de tudo (são bem versáteis). • Características: o resultado é parecido com o que vemos com o olho.
• Com elas você consegue registrar um ângulo bem grande de visão. • Boas para paisagens, arquitetura/ambientes apertados, fotos de grupos. • Características: faz os objetos da foto parecerem mais distantes uns dos outros e costumam distorcer as bordas.
TELEOBJETIVAS (50MM ATÉ 200MM)
SUPER-TELEOBJETIVAS (200MM OU MAIS)
ISO 800, 148mm, f/2.8, 1/500seg - foto por claudia regina
ISO 100, 300mm, f/5.6, 1/160seg - foto por claudia regina
• Com elas você consegue fotografar um assunto que está mais longe. • Boas para: retratos e closes em assuntos distantes. • Características: faz os objetos da foto parecerem mais próximos uns dos outros além de possuir uma menor profundidade de campo.
• Com elas você consegue fotografar um assunto que está muito, mas muito, longe (lentes usadas para fotografar leões na África, por exemplo.) • Boas para: fotografar celebridades, astronomia, animais hostis. • Características: faz os objetos da foto parecerem bem mais próximos uns dos outros do que a realidade e necessitam do uso de tripé.
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DICAS
ABERTURA DE DIAFRAGMA Depois de decidir a distância focal vamos para a abertura do diafragma. A abertura irá aparecer ao lado da letra f (a “medida” da abertura.) Ao comprar você provavelmente verá um só valor no nome da câmera. Esse será o valor máximo de abertura daquela lente: Canon EF 50mm f/1.8 II Autofocus Lens – essa lente possui abertura máxima de 1.8. Canon EF-S 17-85mm f/4-5.6 IS USM Autofocus Lens – algumas lentes zoom apresentam dois valores de abertura. Isso quer dizer que na menor distância focal (17mm) essa lente tem abertura 4 e na maior distância focal (85mm) essa lente tem abertura de 5.6. O valor que está escondido é provavelmente f/22 ou f/29, que é normalmente a menor abertura de todas as lentes. Isso quer dizer que qualquer lente pode fechar o diafragma bastante. Existem lentes mais claras e mais escuras. Não existem valores fixos pois a claridade da lente depende da comparação com outras lentes de mesma distância focal, mas normalmente é assim:
LENTES CLARAS (TAMBÉM CHAMADAS DE LENTES MAIS RÁPIDAS)
ISO 100, 35mm, f/1.4, 1/320seg - foto por claudia regina
• Normalmente possuem abertura máxima entre f/1.4 e f/2.8 • Boas para: pouca iluminação (entra bastante luz) e retratos. • Nas super teleobjetivas uma abertura de f/4 é considerada clara.
LENTES ESCURAS • Normalmente acima de f/5.6 • Boas para: larga profundidade de campo e quando você não precisa fotografar em situações críticas de luz • Observação: ninguém gosta de lentes escuras, afinal qualquer lente pode ficar escura só fechando o diafragma, o que faz das lentes claras mais versáteis.
MACRO
ISO 800, 60mm, f/11, 1/30seg - foto por santiago antonio castro
Você pode fazer fotos bem de pertinho. As lentes Macro são usadas para fotografar insetos e outros objetos e detalhes bem pequenos. Ao comprar a lente procure pela palavra “Macro” na sua descrição e também pelo mínimo de distância de foco (minimum focusing distance) e ampliação (magnification).
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DICAS
COMO DESFOCAR O FUNDO DAS FOTOS Como conseguir desfocar ao máximo o fundo de nossas fotos? DISTÂNCIA FOCAL Quanto maior a distância focal de uma lente, ou seja, quanto menor o ângulo que a lente alcança, menor será a profundidade de campo. Isso faz com que focalizar no nosso assunto com uma grande angular produza menos desfoque do que focalizar nosso assunto com uma teleobjetiva. DISTÂNCIA ENTRE ASSUNTO E LENTE Quanto mais próximos estamos do assunto fotografado menor será a profundidade de campo. É por isso que macrofotografia tem um DOF muito curto: estamos super perto do assunto. Quanto mais próximo você estiver do assunto, mais desfocado ficará o fundo. ABERTURA DO DIAFRAGMA A abertura do diafragma também é um ponto super importante na hora de desfocar o fundo. Se estivermos usando uma abertura de f/1.4 o fundo ficará muito mais desfocado do que se estivermos usando uma abertura de f/11. DISTÂNCIA ENTRE ASSUNTO E FUNDO Naturalmente a distância entre o assunto e o fundo também faz uma grande diferença. Quanto mais longe o fundo estiver das áreas aceitáveis de foco da profundidade de campo mais desfocado ele ficará!
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DICAS
FOTOGRAFIA GASTRONÔMICA CÂMERA Embora seja possível tirar fotos ótimas com qualquer câmera vamos partir do princípio que você tem mais controle por isso está lendo este post. Daqui pra baixo vou tratar de assuntos para quem tem ou quer ter uma câmera com controles manuais e, preferencialmente, possibilidades de troca de lentes. Qualquer SLR ou mirrorless serve. Não é necessário ter nenhuma câmera específica para fazer fotos de comida. LENTE Para criar aquele efeito magnífico de fundo desfocado graças à profundidade de campo é interessante ter uma lente clara, entre 1.8 e 2.8. Uma lente bem barata e que faz milagres na hora de fotografar comida é a 50mm f/1.8. Já falei sobre como gosto dela aqui. Você não vai precisar se aproximar tanto e a abertura vai possibilitar utilizar bastante iluminação ambiente, além de criar aquele desfoque que dá o charme. Também existem opções no mercado de lentes mais tele como 85mm ou zoom. ILUMINAÇÃO A iluminação mais fácil para fotografar comida é a luz que vem da janela. Você pode até investir em equipamentos de iluminação que te permitam fotografar à noite, mas a luz natural é a mais prática e fácil de lidar. Use uma luz indireta de janela e sempre que possível posicione o alimento de forma que a janela fique na lateral. Esse posicionamento vai gerar uma luz suave e que dá profundidade à sua foto.
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DICAS
TRIPÉ Um tripé ajuda bastante! Principalmente se você seguir a dica anterior e usar luz natural. O tripé nos ajuda a fazer fotos nítidas, mesmo que seja necessário usar um tempo de exposição mais longo, e também nos ajuda a fazer o foco nos lugares certos. CONFIGURAÇÕES DO EQUIPAMENTO Tente manter as configurações formatadas de forma que você consiga aproveitar a luz mas mantenha a nitidez, essencial nas fotos de comida. ISO: Use o ISO mais baixo possível. Usar ISO alto faz sua imagem ficar mais granulada e com menos contraste. Abertura: Controle a abertura para que seja possível manter uma profundidade de campo interessante. Se quiser deixar mais alimentos em foco feche um pouco, se quiser somente um pedacinho em foco deixe na máxima abertura da sua lente. Tempo de exposição: de acordo com os dois itens acima calcule a velocidade necessária para uma exposição correta. Se for muito baixa (em média abaixo de 1/100, mas depende da distância focal) use um tripé. E, sempre que possível, fotografe em RAW! DICA FINAL O maior segredo técnico para fotos de comida é a iluminação: evite flashes diretos ou uma luz muito dura. A luz da janela vinda de forma lateral é simples e à prova de erros. Mas o maior segredo, mesmo, é a produção. Fotos de comida são 1% técnica de fotografia e 99% técnica de produção.
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FIQUE POR DENTRO
O QUE É E POR QUE USAR PARASOL? O parasol ou lens hood é aquele acessório encaixado na frente das lentes para melhorar a qualidade da imagem quando a luz utilizada (seja do sol ou artificial) está em uma posição que interfira na foto.
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FIQUE POR DENTRO
O parasol protege a lente de fragmentos de luz desnecessários. O sol ou outra fonte de luz, quando dentro ou quase dentro do quadro fotografado, cria efeitos/defeitos chamados flare ou glare. Qualquer fonte de luz pode criar essas manchinhas (sol, lâmpada dentro de casa, etc.) E as manchinhas podem ter formatos diversos – podem ser redondas, pentágonos, heptágonos, etc. Um flare é uma manchinha mais definida, já o glare é quando a foto inteira fica menos contrastada e um pouco lavada. Mas pouco importa os nomes: o parasol está aí para nos defender de todos eles quando for necessário. E quando a gente achar que deve, né? Afinal o defeito às vezes pode virar efeito.
TIPOS DE PARASOL Lembre-se de comprar o tipo correto de parasol para sua lente! Normalmente as de ângulo mais aberto (como uma lente 18-55mm) precisam de um parasol menor e mais aberto também, para que ele não apareça na foto. Para lentes tele-objetivas (como uma 75-300mm) é comum a utilização de um parasol mais longo. Eles podem vir em formato de flor ou cilíndrico, e normalmente as lentes mais caras já vêm com este acessório.
flor
cilíndrico
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jonatan augusto @augustojon 5.177 seguidores 19 anos Barbalha, CE
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“Busco fazer algo diferente nas minhas fotos. Olho pra fotógrafos amigos e, desconhecidos, usando o trabalho deles como inspiração, mas sempre penso “o que dava pra ser diferente?” e, também “como que eu posso me superar dessa vez?”. Tenho muita influência em fotografia de moda, isso é bem claro nas minhas fotos, mas tento ir além. Tentar algo novo, ângulos diferentes, um conceito que ninguém viu. Estou com uma exposição em cartaz no Centro Cultural Banco do Nordesde, aqui na minha cidade e, planejando mais duas ainda pra esse ano.”
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thiago farias @tpfarias
979 seguidores 21 anos São Paulo, SP
“Eu sou grato à fotografia, pois ela me encontrou e me escolheu, hoje é algo muito maior, fotografar não é apenas o meu trabalho, tornou-se meu estilo de vida. A fotografia me faz uma pessoa melhor, e por consequência torno-me um fotógrafo melhor a cada dia, a cada novo lugar que conheço, a cada novo amigo que faço, a cada novo casal, a cada nova história de amor que é transbordada sobre minhas lentes. Sou atraído por emoção, peculiaridades, detalhes sutis, metades, incompletudes que se encontram a cada nova história. Eu gosto das coisas como elas são, e as pessoas serem elas mesmas, fazer parte da do dia mais importante de suas vidas, tornou-se minha ininterrupta missão.”
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FOTOMETRAR, COMPOR E FOCAR Quer aprender a fotografar? Comece por esses três itens. Como sempre repito: regras foram feitas pra serem quebradas mas antes é preciso conhecê-las.
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FOTOMETRIA Sabe quando uma foto tá muito escura? Ou quando uma foto tá muito clara? Ou quando o fundo está lindo, mas você não consegue ver a pessoa retratada? Então, esses são problemas de fotometria. Dominar a fotometria é dominar a luz. Você começa definindo a pirâmide: tempo de exposição, abertura e ISO. Falei mais sobre elas na apostila “Aprenda a Fotografar em 7 Lições.” Se você não sabe o que são essas três configurações sugiro que leia a apostila! Se você sabe, lembre-se que saber mexer nelas é apenas o início. Deixar o ponteiro do fotômetro no meio qualquer máquina sabe fazer. O negócio é saber como equilibrar a luz de acordo com o resultado que você quer.
COMPOR A composição começa quando decidimos o que vamos fotografar e o que vamos incluir no quadro. Depois também decidimos como vamos organizar tudo isso em uma imagem. Existem regras de composição para nos ajudar a fazer fotos interessantes, como a regra dos terços, mas o mais importante é a gente saber o que estamos fotografando e por que estamos fazendo isso. A composição vai além das linhas e dos formatos: ela é a forma como usamos linhas e formatos para contar uma história.
FOCO Primeiro você decide o que é importante. Ou seja, você decide o que tem que ficar em foco. Você faz o foco. Sim, existem fotos boas sem foco algum, mas não foi por preguiça de quem estava tirando a foto e sim pelas circunstâncias. Eu já dei mais importância para o foco, mas ainda assim acho legal pelo menos tentar fazer fotos focadas. De vez em quando não vai dar certo, e tudo bem. Mas não custa tentar.
A ORDEM DOS FATORES ALTERA O RESULTADO Não é à toa que coloquei cada item nesta ordem: fotometrar, compor e focar. A ordem dos fatores faz diferença. Se fotometramos depois de compor, não temos controle de onde a câmera está medindo a luz. Se focamos antes de compor, é bem possível que o foco seja perdido no meio do caminho.
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COMO FOTOGRAFAR UM AMBIENTE À
DE VELAS A iluminação é a chave de tudo Muitos são os apaixonados pela fotografia: se é adepto desta arte e utiliza a câmara fotográfica como uma extensão da sua memória, tenha sempre em mente que um bom ângulo não é o suficiente para um registo bem feito. É preciso praticar, e muito, as técnicas, para conseguir obter resultados perfeitos, que podem ser artísticos — boas angulações, composições e outros itens —, ou puramente informativos (quando apenas expõe o que viu). Um bom desafio para qualquer fotógrafo ambicioso, é fotografar um ambiente à luz de velas.
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DICAS Uma das primeiras opções de quem deseja fazer parte do mundo da fotografia é dar importância ao conhecimento analógico, ou seja, perceber como funciona uma máquina fotográfica, independentemente de todas as facilidades digitais, tão acessíveis nos dias de hoje. As técnicas não são difíceis, mas requerem exercícios frequentes. Tudo na fotografia começa e termina com a luz. E quando se trata de fotografar velas ou de ambientes com esse tipo de iluminação, esse propósito fica ainda mais evidente.
COMO ACONTECE O CLICK Comece por ajustar a sua câmara fotográfica para o modo “manual”. No visor, surgirão os níveis do diafragma e do obturador. Veja a seguir as funções de cada um e a sua importância na hora de tirar uma boa fotografia de uma vela ou de um ambiente com essa luminosidade. Diafragma: a lente da sua câmara tem um dispositivo interno que se abre e se fecha. Quanto mais fechado estiver o diafragma, menos luz será registada; quanto mais aberto, mais luz vai passar. No caso de um ambiente à luz de velas, sabe-se que a iluminação local é branda. Por isso, o diafragma da máquina deve estar com uma abertura grande, para que as nuances da iluminação das velas
sejam bem visualizadas. Ajuste para 5.6, no mínimo. Quanto mais baixo for o número, maior será a abertura do diafragma e mais luz ambiente será registada na fotografia. Obturador: controla a velocidade do diafragma; esse é o click. Quanto mais rápido o diafragma se fechar, menos luz entrará. Quanto mais lento, mais luz passará. Levando-se em consideração que a luminosidade de um ambiente à luz de velas é baixa, é preciso que o obturador da câmara esteja ajustado para uma velocidade um pouco mais lenta. Regule para 1/80 no mínimo, mas leve em consideração os efeitos que uma velocidade lenta pode causar, verificando o item a seguir.
EFEITOS Obturador: velocidade lenta Se o diafragma da máquina demora a ser fechado, mais luz e movimentos serão passados para a foto. São muitas frações de segundos que, registadas pela câmara, causam um efeito de rastreamento. Ou seja, o assunto principal da fotografia fica com uma continuidade de luz e movimentos. É um efeito bonito para se fotografar velas. Para obtê-lo, configure o obturador para 1/50. É importante saber que velocidades lentas causam fotos tremidas. Por isso mesmo, é sempre bom ter um tripé. Com ele, pode ajustar o obturador para as velocidades mais lentas possíveis, e criar um efeito tão bonito quanto uma pintura a óleo. Obturador: velocidade alta Se o diafragma se fecha rapidamente, menos luz entrará. Isso causa um efeito de congelamento na foto. Um bom exemplo desse efeito são as fotos de água corrente, com as gotículas que saltam. Com o congelamento, é possível visualizá-las claramente. Se fosse uma velocidade lenta, as gotículas seriam visualizadas como se fossem fumaça em torno da água. Se o objetivo é registar um ambiente à luz de velas sem efeitos visuais causados pela câmara, mantenha o obturador numa velocidade alta: de 1/80 para cima. FLASH? Se não quer descaracterizar o charme de uma vela ou de um ambiente com essa luminosidade, a resposta é não. O flash, como o próprio nome indica, tem a função de produzir luz intensa e instantânea, alterando a identidade visual do assunto a ser fotografado. Se optar por usar o flash, é muito provável que o ambiente fique com uma tonalidade demasiada branca, diferenciando-se dos tons quentes e amarelados da iluminação das velas.
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flávia aneci @ abarrosf
38,6mil seguidores 19 anos Recife, PE
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“Através do instagram pude descobrir em mim uma afeição enorme pela fotografia. Sempre gostei de observar os detalhes dos lugares, logo, eu tento transpor isso em minhas fotografias. Atualmente, estou tentando estender a minha fotografia além da área mobile, partindo para o lado mais profissional do mercado. Já realizei projetos para a Jord Watches, Mr. Blanc, e outros. Possuo um projeto chamado “dearphotographrecife”, onde capturo imagens do Recife de antigamente em sobreposição com o Recife atual. Já fui destaques em sites, como também em contas nacionais e internacionais, também pude está na lista de “usuários sugeridos” promovida pelo @instagram. Sou membro das comunidades @antility_ e @_rsa_minimal. Brevemente irão surgir projetos incríveis em meu instagram.“
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rafaela lopes @rafallopes_
12,6mil seguidores 19 anos Salgueiro, PE
“A fotografia entrou na minha vida de uma forma muito natural, comecei fotografando paisagens e cenas do cotidiano. Hoje, trabalho em cima da vertente do minimalismo e sou amante de retratos. Já participei de uma exposição fotográfica e pretendo expandir minhas redes sociais, publicando coteúdos que envolvam viagens e estilo de vida.”
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LENTES
A lente ou objetiva é uma das partes mais importantes da câmera fotográfica, é ela a responsável pelo enquadramento, pela angulação, pelo alcance e pela qualidade ótica da imagem. A objetiva é formada por um conjunto de lentes, que garante a focalização da cena a ser fotografada. As câmeras reflex e profissionais possuem objetivas cambiáveis, possiveis de trocar. As lentes das câmeras fotográficas podem ser divididas em categorias que são caracterizadas essencialmente pela distância focal de que são capazes. A distância focal é a medida em milímetros entre o sensor (ou filme) e o ponto onde a imagem é invertida depois de entrar na câmara escura. Conheça a seguir os principais tipos de lentes.
OLHO DE PEIXE
NORMAL 50mm
A lente normal, media angular, ou 50 mm, como é chamada, tem o ângulo de visada semelhante ao olho humano, nem afasta, nem aproxima, nem amplia, nem diminui e praticamente não apresenta distorção da imagem. As lentes 50mm costuma ser claras e gerar imagens de boa qualidade.
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GRANDE ANGULAR menor que 50mm
Estas lentes propiciam um maior ângulo de visada, afastam o motivo, garantindo capturar uma áre maio do que com a lente normal. Estas lentes são ideais para se fotografar ambientes pequenos, também são muito utilizadas para fotografar fachadas e construções, quando não há distância suficiente para se afastar. Estas lentes tem também grande profundidade de campo, mas sua principal desvantagem é a grande distorção da imagem final. Ex: 35 mm (foto ao lado), 20 mm, 24 mm.
fisheye A olho de peixe é uma grande grande angular ainda mais poderosa, podendo contemplar um ângulo até 180 graus. É indicada para situações em que é necessário capturar uma grande área do espaço ou ambiente. A principal desvantagem é a grande distorção, além de bordas pretas eventualmente geradas pela sua circunferência, que podem ser indesejáveis. Ex: 15mm.
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ZOOM
São lentes versáteis, telescópicas, que compreende um jogo de lentes que pode ir desde uma grande angular, até uma teleobjetiva, passando por uma normal. São as lentes mais populares e uma boa alternativa para quem não pode ou não pretende investir em muitas lentes diferentes. A principal desvantagem é que costumam ser mais escuras que as lentes fixas. Ex: 35-200mm, 10-22 mm (zoom grande angular), 75-300mm (zoom tele).
TELEOBJETIVA maior que 50mm
São lentes que aproximam o objeto, são as lentes dos paparazzi. São utilizadas para fotografar detalhes em um grande paisagem, fazer retratros, fotografar esportes. É indicada para situações em que é necessário captar detalhes, mas não é possivel se aproximar mais do tema. Ao contrário das grande angulares, elas mantém a perpendicularidade das linhas, ão deforma as imagens. As desvantagens das teleobjetivas é que normalmente são mais escuras, mais sensíveis ao movimento e em alguns casos geram uma perda de profundidade da imagem, causando uma sensação de achatamento dos planos, como acontece com os binóculos. Ex: 75mm, 200m, 300 mm, 400 mm (supertele, assim como 600, 800mm).
MACRO
São lentes ideais para se fotografar pequenos objetos, em que é necessário muita aproximação para se captar bem o detalhe. É ideal para fotografar flores, insetos, jóias e outros objetos pequenos. A desvantagem é que tem pouca profundidade de campo, ou seja pequena área de foco. A indicação do macro, gerlamente é uma inscrição na lente, acompanhada de um ícone de ‘florzinha”, trazendo a distância mínima para distanciamento do objeto: 0,23m
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FOTOGRAFIA DE PAISAGENS E A HORA MÁGICA Sabe aquelas fotos magníficas de paisagens que aparecem nas revistas? 99% delas foram tiradas na hora mágica. É a hora em que as cores ficam mais agradáveis, a saturação lindamente aumentada, os detalhes e texturas revelados e as sombras suaves. A hora mágica é mais ou menos meia hora antes e depois do nascer do sol e meia hora antes e depois do pôr do sol. Mas isso depende muito da sua localização geográfica. A hora mágica pode durar mais ou menos tempo que isso. Para que fotos de paisagens fiquem bonitas essa não é uma dica: é uma regra mesmo. Se você procura a per-
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feição ao fotografar paisagens a primeira coisa a se fazer é fotografar na hora mágica. Não é exagero meu! Obviamente existem exceções – mas a iluminação deste horário é o que faz a diferença entre uma foto bonita e uma foto fantástica. ILUMINAÇÃO FANTÁSTICA O motivo para isso é a luz. Durante esses momentos a luz do sol tem uma incidência que deixa o clima perfeito para fotos de paisagens:
Cores: as cores ficam lindamente mais saturadas e a riqueza de tons é muito maior. É a coloração mais rica do dia. Sombras: a posição do sol faz com que sombras fiquem suaves e alargadas, delicadas… isso também ajuda a mostrar delicamente todas as texturas de terra, água e construções. Contraste: o contraste nos elementos da paisagem fica reduzido e mais delicado.
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POR QUE P&B? Por que a fotografia em tons de cinza nos fascina tanto? A imagem em P&B era originalmente uma limitação. A fotografia foi inventada oficialmente em 1839 mas foi só cerca de 100 anos depois que a fotografia colorida ficou realmente viável. Era o fim da restrição e todos poderiam fotografar o mundo como ele sempre foi: colorido! Mas por que, mesmo depois da descoberta e popularização da fotografia colorida, a gente continuou a fazer fotos em preto e branco? MEDO DO NOVO O primeiro motivo para que a foto em P&B não morresse foi a reação dos fotógrafos da época. Assim como ainda hoje é possível escutar fotógrafos negando a validade da fotografia digital em relação ao filme, na década de
40 os fotógrafos negavam a novidade da fotografia colorida. Essa modernidade toda que estaria “depreciando a fotografia de verdade”. É comum isso acontecer a cada mudança de estilo ou tecnologia: até mesmo Monet era visto como alguém que estava “depreciando a arte de verdade” pelos críticos da época, que negavam o impressionismo. Mesmo com o choque inicial, a fotografia colorida desde então cresceu e se tornou a mais utilizada. Hoje ela é unanimidade na mídia: é muito raro encontrarmos um filme, um outdoor ou um editorial de moda sem cores. Afinal, queremos a realidade.
MAS ELA AINDA ESTÁ AÍ Mesmo com as cores nos permitindo registrar o mundo com mais precisão as fotos preto e branco ainda vivem. O motivo pode ser variado, incluindo uma nostalgia crônica da geração Instagram, mas a maioria dos fotógrafos concorda: as cores podem nos distrair do que realmente interessa em uma foto. A emoção, as formas e as texturas aparecem muito mais em um registro sem esta distração. É por isso que muitos fotógrafos atuais, gostam tanto da fotografia P&B.
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O DOADOR DE
MEMÓRIAS