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Estudos Temáticos
4 © Jan Karremans
de Aler ta Precoce Foto: Sistema
Inventário
Boas práticas para a adaptação à mudança climática na parte rural da América Latina: opções e lições a partir do enfoque de meios de vida
Este resumo expõe as principais ideias que são abordadas no inventário de medidas de adaptação à mudança climática, utilizadas e promovidas por 55 programas e projetos nos países participantes do EUROCLIMA. O inventário está organizado de maneira a vincular os níveis de uso e gestão espacial com os recursos da comunidade rural, dando como resultado conjuntos de medidas de adaptação, relevantes aos meios de vida locais ao invés de opções isoladas e pontuais.
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este estudo é resumido o conhecimento gerado na literatura científica sobre as tendências históricas e as projeções de mudança nas variáveis climáticas, com ênfase na precipitação e temperatura. Além disso, sintetiza as evidências mostradas na literatura sobre os impactos da mudança nas variáveis climáticas na agricultura, nos recursos hídricos e na biodiversidade. A análise é apresentada fazendo referência a grandes regiões geográficas (México e América Central, América do Sul) e sub-regiões (Amazônia, Bacia Platina, Andes). Além disso, neste texto é apresentada uma sistematização de lições aprendidas na implantação de iniciativas de adaptação à mudança climática. Tal sistematização considera diferentes passos da adaptação local e mostra exemplos ilustrativos dos
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projetos: a percepção da mudança climática e seus impactos, a reação frente o impacto da mudança climática, a identificação de possíveis ações de adaptação e tomada de decisões e a implantação das decisões e sustentabilidade no tempo. São utilizados três critérios para organizar as opções: Em nível espacial (terreno, propriedade, sistemas de uso de água, bacia), além de um nível institucional. Os diferentes recursos da comunidade analisados com um enfoque de meios de vida. A região tipo a que correspondem, agrupadas em baixadas úmidas, baixadas áridas e semiáridas e zonas de altura, pela semelhança de impactos da mudança climática que enfrentam.
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Por outro lado, também foram identificadas políticas, planos, programas, e instrumentos de desenvolvimento que podem chegar a interferir na execução das ações de adaptação. Pesquisas realizadas em cenários contrastantes, como por exemplo a Argentina e o México, mostram que sem intervenções dirigidas a partir do setor público, é provável que a adaptação à mudança climática seja desigual e as populações rurais fiquem ainda mais vulneráveis, sendo provável que optem cada vez mais por estratégias, como o aluguel de terras, a venda de mão de obra e a migração, que supõe fortes transformações sociais, econômicas e culturais. Além disso, foram identificadas medidas que devem ser adotadas a nível de setor público e privado para formar parte de um Plano Nacional de Adaptação à Mudança Climática. De maneira que, tomando como base todas as seções deste estudo, assim como da revisão de literatura técnica relevante para este tema, foram definidas recomendações com a finalidade de tornar os processos de design dos planos de adaptação mais eficientes, específicos à identificação de seus objetivos, equipes de trabalho, processo de elaboração, difusão e implantação.
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Conclusões: Os efeitos da mudança climática são evidentes em diferentes dimensões da área rural da América Latina; estes efeitos são especialmente importantes para o setor primário (agricultura) e para a manutenção da provisão de serviços de ecossistemas (água). Atualmente (2012) a maior parte das opções de adaptação se enfoca na redução da vulnerabilidade social através do desenvolvimento de capacidades, ou no uso de conhecimentos e práticas tradicionais. As estratégias que se enfocam na redução da vulnerabilidade climática promovendo mecanismos de resposta a impactos específicos da mudança climática são mais escassas, por exemplo, reconversão de cultivos e tipos de gado. As iniciativas de adaptação à mudança climática conduzidas em zonas rurais da região são uma fonte chave de informação para a proposta de processos de adaptação viáveis e sustentáveis, validando os resultados de projetos de pesquisa-ação e colocando em valor os saberes locais. Um maior esforço na avaliação do custo-benefício e de sistematização é necessário para aproveitar os esforços dos governos e da cooperação internacional investidos nestes processos.
Estudo temático No 4: Inventário
Série de estudos temáticos EUROCLIMA
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Inventário
a adaptação à Boas práticas para na par te rural da mudança climática tir ões e lições a par América Latina: opç os de vida mei do enfoque de
Objetivo do estudo: Contribuir com a redução da vulnerabilidade física e socioeconômica em nível de bacias frente à mudança climática na América Latina, mediante a sistematização de experiências de adaptação à mudança climática em zonas rurais dos países estudados, considerando a bacia como uma unidade geográfica natural para a análise das dimensões sociais, ambientais, econômica e cultural da adaptação. Autores: Claudia Bouroncle, Pablo Imbach, Alejandro Imbach, Marilyn Manrow, Mireya Isidro. Os pontos focais nos 18 países participantes no programa, definiu os temas e objetivos desses estudos temáticos de acordo com as suas necessidades, como formuladores de políticas; também contribuíram com dados-chave e reviram e corrigiram os relatórios. Supervisão e coordenação geral: Jan Karremans (Assistência Técnica), Catherine Ghyoot (EuropeAid/G/2).
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A série temática do EUROCLIMA pode ser baixada em: www.euroclima.org Os pontos de vista expressados nesta publicação são dos autores e não refletem necessariamente os pontos de vista da Comissão Europeia.
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