FAZ BEM
Edição 01/2021
Índice Publicação desenvolvida como recurso para as aulas de Diagramação
Fotografia
04 A lenda do Açaí
Aniketh Kanukurthi Brett Jordan Fernando Sette Câmara Jayson Roy Nathan Dumlao Simona Sergi Serghei Savchiuc
08 A história do café no Brasil
Textos Carla Muniz FIESP Juliana Bezerra Tatiana Zani
Diagramação EH
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12 História do Milho e suas riquezas
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A Lenda do Lenda indígena que tem origem na Região Norte do Brasil. Diz a lenda que, nessa região, havia uma tribo cujo número de habitantes era bastante elevado. Por esse motivo, cada dia estava se tornando mais difícil conseguir uma quantidade de mantimentos suficiente para alimentar a todos. Essa tribo indígena vivia no local onde hoje é a cidade de Belém, no estado do Pará. Itaki, então cacique da tribo, se viu obrigado a tomar uma decisão um tanto radical e que deixou todos preocupados e chocados. Como forma de controlar o número de habitantes, o cacique decidiu que todas as crianças que nascessem a partir de determinada data deveriam ser sacrificadas. Para ele, essa seria uma maneira de conter o aumento populacional de sua tribo. Um dia, a medida drástica acometeu a própria família de Itaki. Sua filha Iaçã deu à luz uma criança que logo teve de ser sacrificada para fazer valer as decisões do próprio avô. Iaçã sofreu demais com a morte da filha. Diz-se que ela passou dias e dias sem sair de sua oca, sofrendo e chorando sem parar por vários dias e noites.
Açaí
Tupã ficou muito sensibilizado com a dor da índia e decidiu que ajudaria Itaki a encontrar outra solução para o problema da tribo. Foi então que, certo dia, Iaçã ouviu um choro de criança vindo de fora de sua oca. Ao sair, para sua surpresa e felicidade, avistou sua filhinha ao lado de uma palmeira. Iaçã correu em sua direção e abraçou a menina que, misteriosamente, desapareceu nos braços da mãe. Mais uma vez inconsolável, Iaçã chorou tanto durante a noite a ponto de perder as forças e acabar por falecer. O corpo da filha de Itaki foi encontrado na manhã seguinte, abraçado à palmeira. Iaçã estava com um semblante sereno e parecia sorrir levemente. Seus olhos estavam abertos e direcionados ao topo da árvore.
Ao observar a palmeira, Itaki percebeu que no local para onde os olhos de Iaçã estavam direcionados abundava um pequeno fruto escuro. Tratava-se do açaí. O cacique mandou então que todos os frutos fossem colhidos. Com esses frutos, foi feito um suco de aspecto avermelhado e bastante espesso, que alimentou a população da tribo e findou a escassez Assim, Iaçã elevou os seus pensamentos de alimentos. a Tupã, divindade indígena, e pediu a ele que fizesse com que seu pai encontras- Conta-se que o nome do fruto foi uma se outra maneira de resolver a questão homenagem que o cacique realizou. A da provisão de alimentos, sem que fosse frondosa árvore e o seu fruto foram batizados de açaí, que é Iaçã ao contrário. necessário o sacrifício das crianças.
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Desde então, o açaí passou a servir de alimento para toda a tribo do cacique Itaki e isso fez com que ele suspendesse a sua ordem de sacrificar as crianças nascidas para controlar o crescimento populacional e a consequente escassez de alimentos.
CURIOSIDADES SOBRE O AÇAÍ O açaí é um fruto comestível de cor roxo-escura, que consiste em uma pequena baga de formato arredondado e que cresce em uma palmeira de até 30 metros de altura.
AÇAÍ NO NORTE E NO NORDESTE No Norte e no Nordeste do Brasil, o açaí costuma ser consumido com farinha de mandioca ou com farinha de tapioca. O fruto também é usado para preparar uma espécie de pirão para acompanhar pratos de peixe e/ou camarão. Além disso, também se costuma utilizar o açaí para fazer uma espécie de purê que acompanha a carne de charque e a farofa de carne de charque. AÇAÍ NO CENTRO-OESTE, SUDESTE E NO SUL Nas Regiões Centro-oeste, Sudeste e Sul do Brasil, o açaí costuma ser consumido misturado com xarope de guaraná, granola, frutas, leite condensado, jujuba, amendoim, leite em pó, caldas de sorvete e paçoca, entre outros.
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Os benefícios
do Açaí Quando consumido na forma de polpa e sem a adição de açúcares, o açaí não engorda e pode até ser uma boa opção para adicionar numa dieta saudável e equilibrada. Mas isso não significa que pode ser consumido em excesso, pois, se isso acontecer, irá levar a um grande aumento da quantidade de calorias ingeridas, favorecendo o ganho de peso. Além disso, também não se deve adicionar ao açaí outros alimentos muito calóricos, como leite em pó, xarope de guaraná ou leite condensado, por exemplo.
Shake proteico de açaí, banana e morango
Assim, o açaí só deve ser considerado um aliado saudável do processo de emagrecimento quando utilizado corretamente. Isso porque, se usado da forma certa, o açaí ajuda a diminuir a sensação de fome, melhora o funcionamento intestinal e confere mais energia, o que ajuda a manter o foco na dieta e no plano de exercícios.
1 polpa de 50 g de açaí puro (sem xarope de guaraná)
É importante lembrar que a composição nutricional do açaí pode variar, uma vez que depende das condições em que a fruta foi cultivada, assim como dos ingredientes que podem estar adicionados na polpa congelada.
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Rendimento: 1 porção Informação nutricional Calorias: 270 Proteína: 24 g Carboidratos: 37,5 g Gorduras: 3,5 g Fibras: 5,6 g
Ingredientes 1 scoop de whey protein isolado sabor baunilha 1 banana madura pequena 5 morangos ½ copo de água (150 ml)
Modo de preparo Coloque todos os ingredientes no liquidificar e bata até obter uma mistura homogênea. Se preferir, você pode adicionar algumas pedras de gelo. Beba em seguida.
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A história do Café no Brasil O café chegou ao Brasil em 1727, entrando Santo e Paraná. pelo estado do Pará e cultivado na cidade de Belém, trazido pelo militar Francisco No Brasil, a abolição gradual da escravatura e a proibição do tráfico de escravos, de Melo Palheta. causaram falta de mão de obra para caTem início o Ciclo da Café e a expansão feicultura. A tentativa de comprar escradas lavouras cafeeiras no período do Bra- vos no Nordeste, logo foi proibido. sil Império. Note que a partir do início do século XIX ele representou a maior fonte Os fazendeiro do interior e do oeste de de riqueza do país e o principal produto de São Paulo, mais prósperos que os da região do Vale do Paraíba, começaram a utiexportação. lizar em suas propriedades mão de obra Nos anos seguintes, o café foi levado para de imigrantes europeus, mais rentáveis o Maranhão e para o Rio de Janeiro, onde que a mão de obra escrava. foi cultivado na chácara do Convento dos Em 1845 o Brasil produzia 45% do café Frades Barbadinos. mundial. Em 1947 vieram alemães, suíços, Levado para terras da Serra do Mar, cheportugueses e belgas. gou ao vale do Paraíba por volta de 1820. De São Paulo para Minas Gerais, Espírito Quando ocorreram crises na Europa, a
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vinda de imigrantes europeus acentuou- transporte de imigrantes europeus para -se tornando-se mais frequênte a partir o Brasil. Pouco depois recebeu o apoio de 1848. do governo imperial para subvencionar a imigração. Passou a predominar o trabaNo sistema de parceria que se instalou lho assalariado. inicialmente, o colono tinha direito à metade do valor da produção dos lotes que Entre 1850 e 1889 entraram no Brasil cultivava, devendo pagar ao fazendeiro as 871.918 imigrantes, a maioria destinada despesas da viagem e sua instalação. às fazendas de café de São Paulo. Eram O fazendeiro dava ao colono as planta- italianos, portugueses, espanhóis, russos, ções mais improdutivas e eram engana- austríacos, alemães e japoneses.
dos na hora de repartir a produção. Por O cultivo do café em grandes áreas, foi o esses motivos o sistema de parceria não responsável pela formação de diversos deu certo. Muitos colonos abandonaram núcleos urbanos no país. O Brasil é um as plantações. dos maiores produtores e exportadores A partir de 1870, o governo da província de de café do mundo. Exporta para os EstaSão Paulo passou a subsidiar o dos Unidos, Japão e diversos países.
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Macaron de café sem glúten Ingredientes Recheio 290g de chocolate 50% cacau; 160g de café; 25g de manteiga sem sal; 25g de glucose;
Parte I 250g de glaçucar; 250g de farinha de amêndoas; 95g de claras;
Parte II 95g de claras; 70 ml de água;
Modo de preparo Separe os ingredientes. Incorpore os ingredientes secos da PARTE 1 para formar seu TPT (Tant-pour-tant). Adicione as claras da PARTE 1 ao TPT até homogeneizar. Comece a bater as claras da
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PARTE 2 em velocidade baixa. Misture a água com açúcar e leve ao fogo médio. Não mexa mais para não cristalizar. Quando começar a ferver, aumente para a velocidade máxima as claras na batedeira. Quando a calda de açúcar atingir 118ºC, abaixe a velocidade da batedeira. Aguarde as borbulhas da calda cessarem, e a adicione nas claras em neve, devagar. Adicione o corante e volte para velocidade máxima até esfriar. Adicione metade do merengue Italiano no TPT com claras e mexa com espátula. Incorpore a outra metade do merengue bem delicadamente, de baixo para cima. Coloque a massa de macaron em um saco de confeitar com bico 2A. Pingue bolinhas de 2 a 3cm em tapete de silicone, bata de 3-5 vezes a forma após terminar de pingar. Deixe secar até criar uma fina película. Pré aqueça o forno a 130ºC. Antes de rechear, separe os macarons em pares de tamanhos iguais. Coloque o recheio escolhido em um saco de confeitar com bico 1A. Recheie uma das metades e cubra com a outra delicadamente. Deixe maturar em geladeira ou freezer por, idealmente, 24h para maturar os sabores e textura.
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História do Milho e suas riquezas
perde para a do trigo e do arroz. No Brasil, o cultivo do milho vem desde antes da chegada dos europeus. Os índios, principalmente os guaranis, tinham o cereal como o principal ingrediente de sua dieta. Com a chegada dos portugueses, o consumo aumentou e novos produtos à base de milho foram incorporados aos hábitos alimentares dos brasileiros.
Sua popularidade começou quando os primeiros europeus descobriram sua existência: os exploradores falavam de Segundo Mary Poll, em trabalho publi- “um tipo de grão” que chamavam de micado na revista Pnas, os primeiros re- lho, de bom sabor quando cozido seco e gistros do cultivo do milho datam de há como farinha. 7.300 anos, e foram encontrados em pequenas ilhas próximas ao litoral do Mé- Sua presença foi fundamental para a dieta e mesmo para a cultura de antigas xico, no golfo do México. civilizações americanas. Na América é Seu nome, de origem indígena caribenha, conhecido por diferentes nomes: milho, significa “sustento da vida”. Alimentação choclo, jojoto, corn, maíz, elote. Deve-se básica de várias civilizações importan- notar que existem tipos diferentes de tes ao longo dos séculos, os Olmecas, milho, como o dentado, o duro, o macio Maias, Astecas e Incas reverenciavam o ou farinhoso, o doce e o pipoca. Enconcereal. tramos hoje aproximadamente 150 espéGrande parte de suas atividades diárias cies de milho, com grande diversidade de era ligada ao seu cultivo. Segundo Lin- cor e formato dos grãos. da Perry, em artigo publicado na revista Além de suas virtudes como alimento Nature, o milho já era cultivado na Amé(onde demonstra uma incrível capacirica do Sul há pelo menos 4.000 anos. dade para transformar-se em farinha, O milho era plantado por índios ameri- flocos, pastas, etc.), o milho tem resercanos em montes, usando um sistema vadas outras surpresas: tem uso como complexo que variava a espécie planta- ingrediente básico para processos inda de acordo com o seu uso. Esse méto- dustriais. Está na raiz de produtos como do foi substituído por plantações de uma amido, azeite e proteínas, bebidas alcoúnica espécie. ólicas, edulcorantes alimentícios e comCom as grandes navegações do século bustível. XVI e o início do processo de colonização da América, a cultura do milho se expandiu para outras partes do mundo. Hoje é cultivado e consumido em todos os continentes e sua produção apenas
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O plantio de milho na forma ancestral continua a praticar-se na América do Sul, nomeadamente em regiões pouco desenvolvidas, no sistema conhecido no Brasil como de roças.
Benefícios para a saúde Dentre os principais benefícios do milho para a saúde, estão:
PREVENIR
DOENÇAS
NOS
OLHOS
pois protege a mácula ocular devido à presença dos antioxidantes luteína, zeaxantina e betacarotenos; Fortalecer o sistema imunológico por ser rico em carotenoides e vitaminas, o que ajuda a aumentar as defesas do organismo.
AJUDAR A EMAGRECER
já que possui fibras que ajudam a aumentar a sensação de saciedade. Todavia, por ser rico em carboidratos, o consumo do milho deve fazer parte de uma alimentação saudável e equilibrada;
REDUZIR OS NÍVEIS DE COLESTEROL
pois possui fibras insolúveis que ajudam a diminuir a absorção da gordura presente nos alimentos e aumenta a excreção de ácidos biliares. Além disso, ao ser fermentado pelas bactérias do intestino são produzidos ácidos graxos de cadeia curta, inibindo a síntese de colesterol no fígado, o que permite diminuir o risco de doenças cardiovasculares;
AJUDAR A CONTROLAR O AÇÚCAR NO SANGUE
pois contém fibras e vitaminas do complexo B, além de magnésio;
MELHORAR
O
TRÂNSITO
INTESTINAL
suas fibras favorecem a formação das fezes e servem de alimento para a flora intestinal. Ainda, não contém glúten e, por isso, pode ser consumido no caso de doença celíaca ou intolerância ao glúten.
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Viradinho de Milho Verde com Salsinha INGREDIENTES
MODO DE PREPARO
4 espigas de milho (cerca de 3 xícaras (chá) de milho debulhado, caso queira usar o congelado)
Descarte a palha. Numa tábua (ou dentro de uma assadeira grande), corte os grãos de milho para debulhar. Transfira os grãos para uma tigela e repita com as outras espigas.
1 cebola 1 ½ colher (sopa) de manteiga 1 xícara (chá) de farinha de milho flocada 2 xícaras (chá) de água ½ maço de salsinha sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto
Descasque e pique fino a cebola. Lave, seque e pique fino as folhas de salsinha. Leve uma panela média ao fogo baixo. Junte a manteiga, a cebola, tempere com uma pitada de sal e refogue por cerca de 3 minutos, mexendo bem, até murchar. Acrescente os grãos de milho e refogue por cerca de 5 minutos, até que o milho ganhe um tom mais vivo. Regue com a água, misture e deixe os grãos cozinharem por cerca de 5 minutos - a água não deve secar, pois vai umedecer a farinha no próximo passo. Acrescente a salsinha picada e tempere com sal e pimenta-do-reino a gosto. Mantenha a panela em fogo baixo e junte a farinha de milho flocada aos poucos, sem parar de mexer - o virado deve ficar bem úmido. Desligue o fogo, transfira para uma travessa e sirva a seguir.
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