Avaliação dos Sistemas de Prevenção e Combate à Incêndio em Edifício Residencial de Vila Velha - ES

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AVALIAÇÃO DOS SISTEMAS DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO EM EDIFÍCIO RESIDENCIAL DE VILA VELHA - ES

EVELYN MACHADO DOS SANTOS

ROBSON SPINELLI GOMES ORIENTADOR

Vitória, ES Novembro / 2015

Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


EVELYN MACHADO DOS SANTOS

AVALIAÇÃO DOS SISTEMAS DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO EM EDIFÍCIO RESIDENCIAL DE VILA VELHA, ES

Monografia apresentada à Universidade Candido Mendes como requisito para obtenção do título de Engenheiro de Segurança do Trabalho.

Banca Examinadora: _______________________________________ Robson Spinelli Gomes Professor Orientador

Robson Spinelli Gomes Professor Orientador de Metodologia

Vitória, ES Novembro / 2015

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos os envolvidos que me auxiliaram na elaboração deste trabalho, em especial meus pais Antonio Carlos e Arlete, e meu irmão Antonio Junior. Agradeço à instituição, pelos conhecimentos adquiridos e contribuição na formação.

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"Segurança não é o simples ato egoísta de não querer acidentar-se, mas sobretudo um ato de solidariedade em não deixar ocorrer acidentes." (Autor Desconhecido)

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RESUMO

SANTOS, Evelyn Machado dos Santos. Avaliação dos Sistemas de Prevenção e Combate a Incêndio em Edifício Residencial de Vila Velha, ES. Monografia (Engenharia de Segurança do Trabalho) Faculdade Candido Mendes Vitória. Vitória, 2015. Durante a execução, projeto ou administração de um edifício, assim como é levada em consideração sua carga e segurança estrutural, deve haver uma indeclinável consideração de mesma proporção em oferecer através de medidas ativas e passivas a proteção contra o incêndio e pânico. O presente trabalho tem por objetivo geral aprofundar os conhecimentos adquiridos no curso de especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho, principalmente no que diz respeito ao Plano de Prevenção e Combate contra Incêndios, analisando o edifício Ponta Negra, uma edificação residencial multifamiliar construída em bairro nobre de Vila Velha/ES. Busca-se verificar, identificar, analisar e propor revisões e adequação do edifício no que diz respeito à segurança contra incêndio, levando em consideração a infraestrutura existente e o cumprimento das normas e legislações em vigor. O trabalho busca contribuir ao realizar um diagnóstico e análise das condições locais, propondo intervenções para garantir uma maior segurança aos usuários da edificação, e poupar vidas e patrimônios materiais em caso de sinistro. O trabalho inicia-se com uma revisão bibliográfica que garante o embasamento técnico e teórico através de autores e publicações de renome a respeito do assunto, além da análise de normas e legislações envolvidas com a prevenção contra incêndio. No decorrer do trabalho, a edificação é descrita e classificada, são apontados os critérios onde tal edificação necessita modificações, quantifica-se serviços e produtos e por fim é elaborada a previsão de um orçamento para aplicação das medidas necessárias de melhoria e adequação de suas condições contra incêndio.

Palavras- Chave: Prevenção; Incêndio; Fogo; Edifício Residencial

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 14 2. CONCEITOS BÁSICOS DO FOGO .............................................................................. 17 2.1. TEORIA DO FOGO ................................................................................................. 17 2.2. CLASSES DE INCÊNDIOS ..................................................................................... 23 2.3. CAUSAS DE INCÊNDIO ......................................................................................... 26 2.4. EFEITOS FISIOLÓGICOS DA COMBUSTÃO NO ORGANISMO HUMANO .......... 27 3. SISTEMAS DE COMBATE AO INCÊNDIO E MEDIDAS DE PROTEÇÃO ................... 30 3.1. CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES .................................................................. 38 3.2. MÉTODOS DE EXTINÇÃO E AGENTES EXTINTORES........................................ 40 3.3. DETECÇÃO E ALARMES DE INCÊNDIO .............................................................. 44 3.4. SAÍDAS DE EMERGÊNCIA .................................................................................... 46 3.5. ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA ........................................................................... 52 3.6. SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA.......................................................................... 54 3.7. HIDRANTES............................................................................................................ 55 3.8. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS ................. 59 3.9. CENTRAL DE GÁS ................................................................................................. 60 3.10. ORÇAMENTO E PLANEJAMENTO ...................................................................... 61 4. LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS ........................................................................ 61 5. METODOLOGIA............................................................................................................ 64 6. APLICAÇÃO ................................................................................................................. 66 6.1. DESCRIÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO ............................................................... 66 6.2. MEDIDAS DE PROTEÇÃO DO EDIFÍCIO PONTA NEGRA ................................... 72 6.2.1. Isolamento de Riscos ....................................................................................... 72 6.2.2. Saídas de Emergência e Rotas de Fuga .......................................................... 76 6.2.3. Áreas de Risco ................................................................................................. 83 6.2.4. Iluminação de Emergência ............................................................................... 88 Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


6.2.5. Sinalização de Emergência .............................................................................. 90 6.2.6. Extintores e Hidrantes ...................................................................................... 95 6.2.7. Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas ................................... 105 6.3. PREVISÃO DE CUSTOS ...................................................................................... 108 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 112 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 115 9. LISTA DE ANEXOS .................................................................................................... 125

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Triângulo do Fogo. Fonte: UFRRJ, 2015. ........................................................................................ 18 Figura 2- Tetraedro do Fogo. Fonte: UFRRJ, 2015. ....................................................................................... 20 Figura 3 - Fenômeno da combustão. Fonte: Melhado, 1990. ......................................................................... 20 Figura 4 - Evolução da Maioria dos Incêndios. Fonte: Del Carlo, Almiron e Pereira, 2008. p.226 ................. 21 Figura 5 - Propagação de incêndio por condução. Fonte: CBMERJ, 2014. ................................................... 22 Figura 6 - Propagação de incêndio por convecção. Fonte: CBMERJ, 2014................................................... 22 Figura 7 - Propagação de incêndio por irradiação. Fonte: CBMERJ, 2014. ................................................... 23 Figura 8 - Propagação de incêndio por projeção. Fonte: CBMERJ, 2014. ..................................................... 23 Figura 9 - Sinalização vertical para localização de extintor. Fonte: Cessafogo, 2015. ................................... 43 Figura 10 - Sinalização horizontal para localização de extintor. Fonte: LMS USP, 2015. .............................. 44 Figura 11 - Modelos de detectores automáticos. Fonte: Araujo e Silva, 2008. p.203 .................................... 45 Figura 12 - Fenômeno da estratificação não permite que os detectores percebam o incêndio. Fonte: Araujo e Silva, 2008. p.202 ................................................................................................................................... 45 Figura 13 - Localização dos detectores de incêndio. Fonte: Araujo e Silva, 2008. p. 213 ............................. 46 Figura 14 - Medidas dos degraus em Escadas de Emergência. Fonte: Abolins, Bianchini e Nomellini, 2008. p.105 ....................................................................................................................................................... 50 Figura 15 - Sugestão de distância dos corrimãos. Fonte: : Abolins, Bianchini e Nomellini, 2008. p.106 ....... 52 Figura 16 - Sinalização em Portas Corta-Fogo. Fonte: : Abolins, Bianchini e Nomellini, 2008. p. 106 .......... 55 Figura 17 - Sistema de Hidrantes com Reservatório Inferior. Fonte: Oliveira, Gonçalves e Guimarães, 2008. p.235 ....................................................................................................................................................... 56 Figura 18 - Sistema de Hidrantes com reserva superior por gravidade. Fonte: Oliveira, Gonçalves e Guimarães, 2008. p.235 ......................................................................................................................... 57 Figura 19 - Sistema de Hidrantes com reserva superior por gravidade e bombas de incêndio. Fonte: Oliveira, Gonçalves e Guimarães, 2008. p.235 .................................................................................................... 57 Figura 20 - Componentes do Sistema de Hidrantes. Fonte: Gonçalves, 1993 apud. Oliveira, Gonçalves e Guimarães, 2008..................................................................................................................................... 58 Figura 21 - Afastamentos mínimos necessários da central de gás enterrada. Fonte: ABNT NBR 15523 (2008), Anexo 03, 2008. ......................................................................................................................... 60 Figura 22 - Edifício Ponta Negra. Fonte: Arquivo pessoal, 2015. ................................................................... 66 Figura 23 - Distância entre o edifício Ponta Negra e o quartel do Corpo de Bombeiros Militar de Vila Velha, ES. Fonte: Google Earth, 2015. .............................................................................................................. 67 Figura 24 - Implantação e afastamentos do Edifício Ponta Negra. Fonte: Arquivo pessoal, 2015................. 72 Figura 25 - Foto panorâmica mostrando as portas de emergência no térreo e a porta de saída do edifício, em vidro, à direita. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015. ................................................................................. 77

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Figura 26 - Distância entre saída das escadas e a calçada externa do edifício, 17 metros a percorrer. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015. ........................................................................................................................... 77 Figura 27 - Largura dos corredores e localização da escada de emergência. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015. ................................................................................................................................................................ 78 Figura 28 - Distância entre os pontos extremos do pavimento tipo e a escada de emergência. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015. ........................................................................................................................................ 78 Figura 29 - Indicação do pavimento no interior da escada de incêndio. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015. ....... 79 Figura 30 - Padrão da sinalização em portas de emergência segundo a norma NBR 13434 (2004). Fonte: NBR 13434-2, 2004. ............................................................................................................................... 79 Figura 31 - Janela no interior da escada de incêndio. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015. ................................... 80 Figura 32 - Corrimão sem quinas vivas, porém não contínuo e solto da parede. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015. ....................................................................................................................................................... 80 Figura 33 - Piso cerâmico não anti-derrapante no 6º pavimento. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015. ................. 81 Figura 34 - Piso cerâmico não anti-derrapante na cobertura. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015. ....................... 81 Figura 35 - Degraus das escadas em geral com 27cm de piso e 16,5cm de espelho. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015. ....................................................................................................................................................... 82 Figura 36 - "Escada" de incêndio que liga o subsolo ao piso térreo. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015. ............ 82 Figura 37 - Primeiro lance da rampa de acesso entre subsolo e piso térreo. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015. 83 Figura 38 - Cilindros da Central de Gás. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015 ........................................................ 84 Figura 39 - Distância entre a central de gás e a sala da zeladora, onde existe uma botija de gás comum e fogão. Fonte: Arquivo pessoal, 2015. ..................................................................................................... 84 Figura 40 - Sala da zeladora, próxima à Central de Gás, possui botija de gás própria. Fonte: Arquivo pessoal, 2015. ......................................................................................................................................... 85 Figura 41 - Vista da Central de Gás. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015. ............................................................. 85 Figura 42 - Casa de máquinas possui ventilação permanente. Fonte: Arquivo pessoal, 2015. ..................... 86 Figura 43 - Casa de máquinas possui porta-corta fogo, no entanto necessita manutenção. Fonte: Arquivo pessoal, 2015. ......................................................................................................................................... 86 Figura 44 - Casa de bombas ventilada permanentemente e com proteção adicional própria. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015. ........................................................................................................................................ 87 Figura 45 - Central de medidores. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015. ................................................................. 87 Figura 46 - Luminária de Emergência com 30 leds para instalação nas escadas. Fonte: Vilux, 2015. ......... 89 Figura 47 - Luminária de emergência com 75 leds para instalação nos estacionamentos. Fonte: Vilux, 2015. ................................................................................................................................................................ 90 Figura 48 - Padronização de sinalização para bomba de incêndio, deve vir acompanhado de aviso para que não seja desligada. Fonte: NT14 (CBMES), 2010.................................................................................. 91 Figura 49 - Sinalização acima da porta de emergência indicando a saída. Fonte: NT14 (CBMES), 2010. ... 91 Figura 50 - Padrão de sinalização em portas de saída de emergência. Fonte: NT14 (CBMES), 2010. ........ 91 Figura 51 - Padrão de sinalização dentro da caixa de escada indicando o pavimento em que se encontra. Fonte: NT14 (CBMES), 2010. ................................................................................................................. 92 Figura 52 - Sinalização dentro da caixa de escada indicando o sentido de fuga. Fonte: NT14 (CBMES), 2010. ....................................................................................................................................................... 92 Figura 53 - Placa indicativa de sentido da rota de fuga. Fonte: NT14 (CBMES), 2010. ................................. 92 Figura 54 - Sinalização de piso para evitar obstrução de extintores de incêndio e hidrantes no estacionamento. Fonte: NT14 (CBMES), 2010. ..................................................................................... 93 Figura 55 - Sinalização para extintores e hidrantes. Fonte: NT14 (CBMES), 2010. ...................................... 93 Figura 56 - Extintores no estacionamento do Edifício Ponta Negra não possuem sinalização adequada. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015. ................................................................................................................ 93 Figura 57 - Exemplo de ambiente com sinalizações de rota de fuga. Fonte: NT14 (CBMES), 2010. ............ 94 Figura 58 - Placa indicando os sistemas de proteção presentes no edifício, segundo NT14/2010. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015. ........................................................................................................................... 94

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Figura 59 - Realocação dos extintores no térreo do Edifício Ponta Negra e suas distâncias até a saída. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015. ................................................................................................................ 96 Figura 60 - Localização atual dos extintores no hall do edifício Ponta-Negra. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015. ................................................................................................................................................................ 96 Figura 61 - Extintores na circulação do pavimento de apartamentos tipo. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015. .... 97 Figura 62 - Garagem térrea e unidades extintoras em triângulo vermelho. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015. .. 98 Figura 63 - Garagem subsolo e unidades extintoras distribuídas adequadamente. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015. ....................................................................................................................................................... 98 Figura 64 - Extintores no pavimento de cobertura estão corretos, porém sua sinalização incorreta pode confundir quando for necessário utilizá-los. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015. .......................................... 99 Figura 65 - Isometria da bomba de incêndio e reservatório. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015. ....................... 100 Figura 66 - Bomba de incêndio no condomínio Ponta Negra. Fonte: Arquivo pessoal, 2015. ..................... 100 Figura 67 - Hidrante de parede no térreo, dentro do abrigo, mostrando registro globo, mangueira e esguicho. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015. .............................................................................................................. 101 Figura 68 - Chave Storz, necessária para hidrante do térreo. Fonte: Real Extintores, 2015. ...................... 102 Figura 69 - Hidrante completo com registro, chave, mangueira e esguicho já afixados. Fonte: Arquivo pessoal, 2015. ....................................................................................................................................... 102 Figura 70 - Hidrante H9, no subsolo, posicionado em área de garagem e sem sinalização adequada, tanto na parede quanto no piso. Fonte: Arquivo pessoal, 2015. ................................................................... 103 Figura 71 - Sinalização adequada para os hidrantes de parede, com altura de 1,80m até a base da placa que deve ser fotoluminescente. Fonte: NT14 (CBMES), 2010. ........................................................... 103 Figura 72 - Hidrante de recalque na calçada do edifício. Fonte: Arquivo pessoal, 2015. ............................. 104 Figura 73 - Hidrante de coluna à frente da edificação. Fonte: Arquivo pessoal, 2015. ................................ 104 Figura 74 - Corte AA mostrando altura total para dimensionamento do SPDA. Fonte: Arquivo pessoal, 2015. .............................................................................................................................................................. 106 Figura 75 - Ângulos de proteção com 25º e 23º. Fonte: Arquivo pessoal, 2015. ......................................... 107 Figura 76 - Pára-raios tipo Franklin sobre o barrilete e ao lado cabos de descida do SPDA. Fonte: Arquivo pessoal, 2015. ....................................................................................................................................... 107

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Principais fontes de energia de ativação ....................................................................................... 18 Tabela 2 - Estimativa de temperatura de fontes cotidianas de calor .............................................................. 19 Tabela 3 - Adequação dos agentes extintores para incêndios de Classe A ................................................... 24 Tabela 4 - Adequação dos agentes extintores para incêndios de Classe B ................................................... 24 Tabela 5 - Adequação dos agentes extintores para incêndios de Classe C................................................... 25 Tabela 6 - Adequação dos agentes extintores para incêndios de Classe D................................................... 25 Tabela 7 - Toxicidade, em ppm, de vários gases de combustão e seus prováveis materiais de origem ....... 28 Tabela 8 - Efeitos de alguns gases sobre o organismo .................................................................................. 30 Tabela 9 - Principais Medidas de Prevenção Contra Incêndio ....................................................................... 33 Tabela 10 - Dados do Edifício Ponta Negra .................................................................................................... 67 Tabela 11 - Tabela de Cargas de Incêndio Específicas por Risco de Ocupação ........................................... 68 Tabela 12 - de Classificação das Edificações quanto a sua Ocupação ......................................................... 68 Tabela 13- Classificação das edificações quanto sua altura .......................................................................... 69 Tabela 14 - Classificação das edificações quanto a altura ............................................................................. 69 Tabela 15 - Classificação das edificações quanto suas dimensões em planta ............................................. 70 Tabela 16 - Classificação das edificações conforme suas características construtivas ................................. 71 Tabela 17 - Dados para dimensionamento das saídas de emergência .......................................................... 72 Tabela 18 - Tabela de Afastamentos Mínimos no Plano Diretor Municipal da Prefeitura de Vila Velha, ES . 73 Tabela 19 - Medidas de segurança contra incêndio e pânico exigidas pelo CBMES ..................................... 74 Tabela 20 - Número de saídas e tipo de escadas ........................................................................................... 76 Tabela 21 - Distâncias máximas a serem percorridas .................................................................................... 83 Tabela 22 - Padrão de sinalizações de proibição que devem estar localizadas nas áreas de risco .............. 90 Tabela 23 - Nível de proteção de acordo com o tipo de edificação .............................................................. 105 Tabela 24 - Espaçamento entre condutores de descida ............................................................................... 105 Tabela 25 - Posicionamento dos captores conforme o nível de proteção .................................................... 106

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LISTA DE SIGLAS ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas ART - Anotação de Responsabilidade Técnica CBMDF - Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal CBMES - Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo CBMERJ - Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear COSCIP - Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico CREA Conselho Regional de Engenharia e Agronomia ENB - Escola Nacional dos Bombeiros (Portugal) EPI - Equipamento de Proteção Individual EPOQS - Estágio Probatório para Oficiais do Quadro de Saúde EPR - Equipamento de Proteção Respiratória EUA - Estados Unidos da América FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial IRB - Instituto de Resseguros do Brasil NBR - Norma Brasileira NFPA - National Fire Protection Association NR - Norma Regulamentadora NT - Norma Técnica PCF - Porta Corta-Fogo PF - Porta à Prova de Fumaça PPCI - Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndio Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


PRF - Porta Resistente ao Fogo SCI - Segurança Contra Incêndio SDAI - Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio SPDA - Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

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1. INTRODUÇÃO

O Brasil transitou de país rural para sociedade industrial, de serviços e urbana em um espaço curto de tempo. Segundo Del Carlo, Almiron e Pereira (2008), essa mudança ampliou os riscos de incêndio em geral. Excluindo casos peculiares climáticos e instalações de alto risco como bacias petrolíferas, sabe-se que as ocorrências de incêndio são mais frequentes em regiões mais populosas. Como o avanço industrial exige construções muito rápidas, grande parte das edificações são inauguradas com erros graves, principalmente nos projetos de incêndio (Del Carlo, Almiron e Pereira, 2008). O processo de avanço na conscientização deste assunto é de longo prazo. Se torna necessário melhorar a regulamentação, aumentar os contingentes, melhorar a formação de arquitetos, engenheiros, bombeiros, técnicos e população. Sendo assim, a segurança contra incêndio pode ter sido colocada em segundo plano dentro deste desenvolvimento desenfreado. Segundo os autores, existe pouca literatura nacional em SCI, o que é comum em países em construção. A concentração urbana, adensamento de casas e construção de edifícios altos com uso indiscriminado de materiais combustíveis são alguns dos fatores que Seito (2008) afirma serem os responsáveis pelo aumento de risco de incêndio. Além disso, são construídos edifícios altos sem projetos adequados de segurança, e instalação de equipamentos de segurança sem comprovação de eficácia. Neste sentido, a segurança contra incêndio tem como principal objetivo minimizar o risco de pessoas expostas ao sinistro. De acordo com estatísticas internacionais, uma vida humana é perdida a cada dez minutos devido a incêndios (Silva, Vargas e Ono, 2010). A maioria desses óbitos ocorre por exposição à fumaça tóxica que ocorre nos primeiros momentos do sinistro. Compreende-se que o risco à vida, neste caso, ocorre na exposição severa dos usuários da edificação ao calor, Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


aos gases quentes, à fumaça, e em menor nível, à falência de elementos construtivos. Sendo assim, a segurança e a prevenção dependem principalmente de uma boa concepção de projeto, que permita uma rápida desocupação da área afetada. Frequentemente a população está exposta a situações adversas sem capacidade de reconhecimento dos riscos e sem informações sobre sua atuação em caso de incêndio. É importante salientar que nos grandes centros urbanos, devido ao êxodo rural e busca por melhores condições de vida, espaço limitado para acomodar toda a população e especulação imobiliária, a maior parte das pessoas reside em edifícios multifamiliares. Um censo demográfico realizado em 2010 já afirmava que um a cada dez brasileiros reside em prédios (Estadão, 2011). Fazendo uma estimativa de acordo com a projeção atual de população (IBGE, 2015), são mais de 20 milhões de pessoas expostas aos riscos de incêndio em edifícios multifamiliares durante a maior parte de seu tempo. A segurança do trabalho está sempre muito atrelada aos processos produtivos e industrias, porém a partir dos fatos citados surge a pergunta problema do presente trabalho, sendo a questão norteadora se edifícios residenciais fora das grandes metrópoles estão preparados para prevenir e tomar as medidas cabíveis de combate a incêndio com segurança até a chegada do Corpo de Bombeiros. Normas e legislações atualmente regulamentam as medidas a serem tomadas no plano de prevenção contra incêndio. Hipoteticamente um edifício já executado deve estar de acordo com suas exigências, uma vez que para a construção e execução dos edifícios o projeto dos mesmos deve ser aprovado em prefeitura municipal e corpo de bombeiros, e posteriormente realizadas vistorias para obtenção de seu alvará de funcionamento. O presente trabalho busca conhecer e verificar as condicionantes de proteção contra incêndio e avaliar o atendimento de um edifício às exigências de proteção, podendo constatar a veracidade da hipótese. O objetivo inicial é aprofundar os conhecimentos adquiridos no curso de Engenharia de Segurança do Trabalho, principalmente no que tangem a proteção e prevenção contra incêndios. Busca-se o envolvimento com o tema e uma análise das exigências brasileiras na proteção contra incêndios em edifícios residenciais, aplicando as mesmas à um edifício já consolidado como exemplo. O estudo é permeado de objetivos específicos práticos que tratam de verificar, identificar, analisar e propor revisões para a regularização do edifício selecionado de forma que o mesmo esteja em equilíbrio com as exigências dos Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


órgãos competentes e em plenas condições de segurança, investigando as condições de riscos em que o mesmo se encontra, analisando equipamentos de segurança presentes ou necessários, espaços de fuga e suas trajetórias. Por fim, o objetivo também é propor melhorias ao condomínio, adequando-o não somente às normas, mas além disso torná-lo seguro para usuários fixos (moradores), usuários frequentes (visitantes e trabalhadores do próprio condomínio) e os usuários ocasionais (visitantes, trabalhadores de serviço rápido, como telefonia, internet, serviços elétricos e hidráulicos). Ainda que a temática do incêndio seja de tanta importância para qualquer cidadão, visto que lida-se com fogo e materiais combustíveis a todo o tempo no cotidiano, grande parte das pessoas não está preparada para agir no caso de uma ocorrência. Como citado anteriormente, a maioria da população de centros urbanos tem seu domicílio em prédios multifamiliares, sendo de extrema importância a conscientização da população, e manutenção e regularização dos edifícios residenciais. Planos de prevenção em indústrias e setores de produção garantem a segurança de um determinado número específico de pessoas de um setor, já a prevenção contra incêndios em residências atinge toda uma população, de todas as idades e profissões. Por si só, estas informações justificam a pesquisa, no entanto o presente trabalho envolve além disso as condicionantes para a implantação das mudanças. Busca-se realizar uma previsão de custos e estudar os efeitos da combustão no organismo humano, trazendo também condições práticas que podem ser aplicadas à outras edificações residenciais. Ao condomínio estudado, ao fim da pesquisa, é entregue um roteiro de verificação de medidas de prevenção e combate ao incêndio, com fins de manutenção das condições existentes (Anexo A). São verificações simples, que podem ser feitas por qualquer funcionário do edifício. O estudo se inicia com as definições de fogo e como este ocorre, meios de ignição e propagação, causas e suas consequências no organismo humano. Este embasamento inicial foi necessário para a identificação das medidas de proteção, prevenção e combate. São utilizadas referências da FIOCRUZ (2015), da ENB (2006), Silva, Vargas e Ono (2008), Brentano (2010), Berto (1991) entre outros. A partir da ciência de como ocorre, buscam-se as normas, tanto regulamentadoras (NRs) quanto as normas brasileiras (NBRs) e normas técnicas estaduais (NTs) que endossam a forma com que as instalações de uma edificação devem ser protegidas e seguras aos seus usuários, e como Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


os mesmos devem agir em caso de incêndio. Trata-se de uma pesquisa explicativa que estuda os fenômenos de incêndio e fatores que podem causá-lo em edifícios residenciais, as condicionantes que possam proteger as vidas humanas e bens materiais no local. A metodologia então continua com um estudo mais correlacional associando a bibliografia obtida através de fichamentos e leitura, com as informações obtidas em vistorias, medições e análise de documentos do edifício Ponta Negra. Por fim, a metodologia se encerra com a apresentação das análises e medidas que devem ser tomadas para que o edifício esteja plenamente de acordo com a legislação brasileira e estadual de segurança contra incêndio.

2. CONCEITOS BÁSICOS DO FOGO 2.1. TEORIA DO FOGO A maior conquista do homem pré-histórico foi o fogo, e a partir de então o homem aprendeu a utilizar o mesmo em seu proveito (Seito, 2008 [b]). Pode-se definir o fogo como um fenômeno físico-químico, a partir da reação de oxidação entre o combustível e o oxigênio presente no ar, provocada por uma fonte de calor. O calor e a luz são os resultados desta reação. A reação química em cadeia é a transferência de calor de uma molécula do material em combustão, para a molécula vizinha, que se aquece e entra em combustão, e assim sucessivamente até que todo o material esteja em combustão. Sendo assim, para o início da reação química, são necessários três componentes e uma reação em cadeia: a) Combustível: qualquer material que esteja suscetível à queima, que possa entrar em combustão com menor ou maior facilidade. Tal material pode ser sólido, líquido e gasoso. (FIOCRUZ, 2015). Os combustíveis sólidos em sua maioria possuem um mecanismo sequencial de ignição: devem ser primeiramente aquecidos, liberando vapores combustíveis que se misturam com o oxigênio presente no ar, gerando assim uma mistura inflamável. Já os combustíveis líquidos se vaporizam ao serem aquecidos, misturam-se assim com o oxigênio do ar e formam a mistura inflamável. No caso dos gases, para entrarem em combustão devem formar uma mistura inflamável com o oxigênio do ar, onde a concentração deve estar dentro de uma faixa ideal. Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


b) Comburente: elemento ativador do fogo, combina-se com os vapores inflamáveis do combustível e possibilita a expansão do fogo. O ar atmosférico possui em torno de 20% de oxigênio em sua composição, sendo um dos principais comburentes existentes. (FIOCRUZ, 2015). O comburente é o agente químico que ativa e conserva a combustão, quando combinado com os gases ou vapores do combustível, formam uma mistura inflamável. c) Calor: trata-se da energia. O calor é o elemento que dá início ao fogo e que faz o mesmo se propagar. É o fator fundamental para a manutenção da queima. (FIOCRUZ, 2015). O calor é o provocador da reação química da mistura inflamável proveniente da combinação dos gases ou vapores do combustível e comburente, também chamado de energia de ativação.

Figura 1- Triângulo do Fogo. Fonte: UFRRJ, 2015.

Tabela 1- Principais fontes de energia de ativação

Fonte: ENB, 2006.

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Tabela 2 - Estimativa de temperatura de fontes cotidianas de calor

Fonte: CBMRJ, 2014.

Combustível é definido como toda substância capaz de queimar, servindo de campo de propagação do fogo (FIOCRUZ, 2015). Dividiu-se as substâncias entre combustíveis e incombustíveis, adotando a temperatura de 1000ºC como limite. Sendo assim, combustíveis queimariam abaixo de 1000ºC, e incombustíveis acima de 1000ºC, uma vez que teoricamente, todas as substâncias podem entrar em combustão. Materiais que tem por característica serem mal condutores de calor (como por exemplo a madeira), queimam com mais facilidade que materiais bons condutores de calor (como por exemplo o metal). Isso se deve a acumulação do calor em uma pequena zona, fazendo com que a temperatura local se eleve mais facilmente. Os materiais com boa condução térmica distribuem o calor por todo material, fazendo assim com que a temperatura se eleve mais lentamente. Os combustíveis líquidos, segundo FIOCRUZ (2015), em geral também não queimam. Os vapores desprendidos de sua superfície podem entrar em combustão e queimar. Sendo assim, a superfície exposta, a quantidade de vapores, temperatura e volatibilidade do liquido são fatores importantes que afetam a combustibilidade. Segundo o autor, por via de regra os gases são acondicionados em tubulações, comprimidos ou liquefeitos. Dividem-se em duas classes: gases comburentes (que possibilitam a existência da combustão, por exemplo o oxigênio), ou gases inertes (que suprimem a combustão, como gás carbônico, nitrogênio, entre outros).

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Figura 2- Tetraedro do Fogo. Fonte: UFRRJ, 2015.

FIOCRUZ (2015) divide em duas as formas de combustão: - Combustão viva: desprende luz e calor. Exemplo: Gasolina em chamas - Combustão lenta: não desprende luz. Exemplo: Oxidação do ferro. Recebe a denominação de chama a luz produzida pela combustão, normalmente a chama é a parte visível da combustão, embora existam alguns materiais que ao entrar em combustão não apresentem chama visível. O conceito de incêndio refere-se ao fogo que foge ao controle do homem, provocando assim danos ao patrimônio e seres humanos, também chamado de sinistro.

Figura 3 - Fenômeno da combustão. Fonte: Melhado, 1990.

Ainda nas definições acerca do fogo, é preciso definir três características físicas. O ponto de Fulgor, segundo CBMERJ (2008), é a temperatura onde os combustíveis iniciam o desprendimento dos vapores, começam a incendiar em contato com uma fonte Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


externa de calor. O ponto de Combustão, segundo CBMERJ (2008), é a temperatura onde os gases desprendidos dos combustíveis entram em combustão, após o contato com a fonte externa de calor. Já o Ponto de Ignição é a temperatura em que tais gases entram em combustão somente pelo contato com o oxigênio, sem necessidade alguma de outra fonte de calor. (CBMERJ, 2008). A evolução da maioria dos incêndios ocorre segundo a imagem da Figura 4.

Figura 4 - Evolução da Maioria dos Incêndios. Fonte: Del Carlo, Almiron e Pereira, 2008. p.226

A propagação do fogo muitas vezes ocorre de forma imprevisível. A transmissão de calor é o fator principal para propagação do fogo e pode ocorrer de quatro formas principais:

Condução ou contato: Quando as próprias chamas passam de um para outro pavimento através de vãos, janelas, cortinas, ou outros meios físicos que conduzam o calor até outro cômodo, como por exemplo paredes ou estruturas metálicas de vigas. CBMERJ (2014) afirma que esta transferência é feita de molécula a molécula, sem que haja transporte de matéria de uma região para a outra. Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


Figura 5 - Propagação de incêndio por condução. Fonte: CBMERJ, 2014.

Convecção: Ocorre através do deslocamento de gases ou ar quente produzido pelo fogo. Isso acontece em decorrência da capacidade de escoamento dos líquidos ou diferença de densidade entre os fluidos em chamas. Em edificações verticais, CBERJ (2014) cita que esta é a principal forma de propagação, ocorrendo através de escadas, dutos de ventilação ou poços de elevadores.

Figura 6 - Propagação de incêndio por convecção. Fonte: CBMERJ, 2014.

Irradiação: Essa transmissão de calor ocorre por meio de ondas caloríficas, sob forma de radiação. Desta forma, as ondas e o calor se propagam em várias direções, semelhante ao que ocorre com a luz. Não é necessária uma ligação física entre os edifícios, como pode-se observar na figura 7.

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Figura 7 - Propagação de incêndio por irradiação. Fonte: CBMERJ, 2014.

Projeção: Ocorre quando o deslocamento de objetos (em maioria sólidos) em combustão provocam outro foco de incêndio. Como por exemplo uma janela que cai de um prédio em chamas.

Figura 8 - Propagação de incêndio por projeção. Fonte: CBMERJ, 2014.

Segundo o item 23.7.1 da NR 23 (2011), assim que o fogo se manifestar, deve-se: •

Acionar o sistema de alarme;

Chamar imediatamente o Corpo de Bombeiros;

Desligar máquinas e aparelhos elétricos, quando a operação do desligamento

não envolver riscos adicionais; •

Atacá-lo, o mais rapidamente possível, pelos meios adequados.

2.2. CLASSES DE INCÊNDIOS Atualmente a legislação brasileira classifica os incêndios em quatro classes oficiais:

Classe A - De acordo com a norma NR 23 (2011), são materiais de fácil combustão, que queimam em sua superfície e profundidade, e além disso deixam Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


resíduos. Segundo Brentano (2007), são incêndios em materiais combustíveis comuns e deixam resíduos em razão de seu volume. A extinção ocorre, segundo o autor, por resfriamento, principalmente pela ação da água. Tabela 3 - Adequação dos agentes extintores para incêndios de Classe A

Fonte: NR23, 2011.

Classe B - A norma NR 23 (2011) define estes incêndios como fogo em materiais que queimam apenas em sua superfície, sem deixar resíduos, como óleos, graxas, vernizes, tintas, gasolina. Brentano (2007) afirma que a extinção neste caso se dá por abafamento, quebrando a reação química ou retirando o material. Os agentes extintores desta classe podem ser produtos químicos secos, líquidos vaporizantes, CO2, água nebulizada, e espuma mecânica. Tabela 4 - Adequação dos agentes extintores para incêndios de Classe B

Fonte: NR23, 2011.

Classe C - São incêndios que ocorrem em equipamentos elétricos energizados, como por exemplo transformadores, quadros de distribuição, motores e fios. (NR 23, 2011). Segundo Brentano (2007), o melhor método de extinção é um agente extintor não-condutor de eletricidade, como pós químicos secos, líquidos vaporizantes e gás carbônico.

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Tabela 5 - Adequação dos agentes extintores para incêndios de Classe C

Fonte: NR23, 2011.

Classe D - Elementos pirofóricos como magnésio, titânio e zircônio. (NR 23, 2011) Brentano (2007) afirma que são fogos em metais combustíveis que queimam mais rapidamente e reagem com o oxigênio atmosférico, atingindo temperaturas mais altas do que outros materiais combustíveis. A extinção de incêndios classe D, segundo o autor, exige equipamentos, técnicas e agentes extintores especiais, que isolam o metal combustível do ar atmosférico. Tabela 6 - Adequação dos agentes extintores para incêndios de Classe D

Fonte: NR23, 2011.

É importante destacar ainda outras duas classes de incêndio citadas em normas internacionais: •

Classe E - Esta classificação é utilizada na Europa e Oceania e define os incêndios em materiais radioativos. Trata-se de um dos incêndios mais cuidadosos, e segundo o CBMERJ (2014), adotam-se medidas de combate de orientações contidas em normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Algumas orientações prevêem água em conjunto com mecanismos capazes de confinar o resíduo.

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Classe K - A NFPA, National Fire Protection Association, organização norteamericana que elabora e divulga normas a respeito de incêndio nos EUA, adota esta classificação que diz respeito a óleos e gorduras de cozinha. A letra K faz menção ao inglês Kitchen, que significa cozinha. Não é uma classificação oficial no Brasil. O objetivo da NFPA nesta classificação é enfatizar o perigo e a necessidade de prevenção destes incêndios. O combate ao incêndio classe K dá-se da mesma forma dos incêndios de classe B.

2.3. CAUSAS DE INCÊNDIO A investigação das causas do incêndio é essencial, quer para fins estatísticos, legais ou prevencionistas. CBMERJ (2014) destaca a importância de preservar o local do sinistro, não modificando possíveis provas. De acordo com vários autores, o componente humano é fundamental na ocorrência de um incêndio, seja em falhas de projeto, execução de instalações e equipamentos ou negligência comportamental na ocupação da edificação. Pozzobon (2007) afirma que deve-se investigar como, onde e porque se iniciou o processo de combustão, e se a origem do incêndio é proveniente de ação direta do homem ou não. Variadas podem ser as causas de um incêndio, classificadas pela autora como: •

Causas Naturais: Incêndios causados por fenômenos naturais, como terremotos, descargas atmosféricas, raios elétricos, erupções vulcânicas, desabamentos, causas solares (quando os raios de sol concentram-se em vidros ou lentes. São ocorrências naturais que fogem ao controle de procedimentos preventivos.

Causas humanas (criminosas ou culposas): As causas criminosas ocorrem quando o homem, voluntariamente, por motivos psicológicos e/ou materiais, provoca um incêndio ou explosão. O autor cita motivos diversos que possam levar o homem a provocar um incêndio, como vingança, motivos financeiros, ocultação de crimes, destruição de documentos ou até motivos psicopáticos. As causas culposas são definidas pela ação direta do homem a partir de sua imprudência, negligência ou imperícia. Ocorre muitas vezes em que o homem manipula determinada fonte de calor sem atentar-se aos cuidados necessários, como panelas esquecidas ao fogo, ferro de passar ligado ou velas acesas sobre algum móvel. Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


Causas acidentais (químicas, elétricas ou mecânicas): Ocorrem devido à falhas ocasionais, ainda que o homem tenha tomado precauções para que não ocorressem. Causas químicas podem ser o fenômeno de auto-combustão em determinados produtos químicos, causada pela absorção de umidade. As causas elétricas podem ocorrer em algum aquecimento excessivo de um motor, provocando curto-circuito, superaquecimento da fiação e faíscas. Exemplos de causas mecânicas são atritos ou fricções provocadas pela falta de lubrificação em correias.

2.4. EFEITOS FISIOLÓGICOS DA COMBUSTÃO NO ORGANISMO HUMANO Uma das primeiras implicações do incêndio é o consumo de comburente pela combustão, gerando uma deficiência de oxigênio no local do sinistro. Segundo CBMERJ (2014), a elevação da temperatura também é um fator de extrema importância a ser levado em consideração, uma vez que torna o ar não adequado para a respiração sem a devida proteção, podendo gerar queimaduras nas vias aéreas. Por exposição ao calor também pode ocorrer a fadiga, prejudicando a fuga das vítimas. Além das queimaduras, que podem ser gravíssimas, um dos principais fatores de perigo é a fumaça, que possui muitas partículas em sua composição, algumas podem irritar o organismo e outras podem ser fatais a quem inalá-las. A penetração destas partículas no organismo depende de seu tamanho. (CBMERJ, 2014). Em incêndios onde ocorrem a produção de gases tóxicos (que reagem com os tecidos e células, e prejudicam o carreamento de oxigênio no organismo), e gases asfixiantes (que deslocam o oxigênio no ambiente, diminuindo sua concentração). Sendo assim, de forma alguma deve-se desconsiderar os Equipamentos de Proteção Respiratória (EPR), uma vez que além dos gases decorrentes do sinistro serem nocivos e/ou letais, vários são inodoros e incolores, impedindo que as vítimas consigam identificá-los com seus próprios sentidos.

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Tabela 7 - Toxicidade, em ppm, de vários gases de combustão e seus prováveis materiais de origem

Fonte: NR23, 2011.

Os principais gases produzidos em um incêndio são o monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO2), dióxido de nitrogênio (NO2), acroleína, dióxido de enxofre (SO2), ácido cianídrico (HCN), ácido clorídrico (HCl) e amônia (NH3). (CBMDF, 2006). Faz-se importante discorrer de forma sucinta sobre os efeitos de cada um dos gases: a) Monóxido de Carbono (CO) - É inodoro e incolor, o principal agente causador de óbitos em incêndios. Este elemento possui densidade próxima a do ar atmosférico. Normalmente uma fumaça escura é indício de combustão incompleta de materiais, e este tipo de combustão produz altas concentrações do CO. É tão perigoso porque possui uma afinidade maior que o oxigênio com a hemoglobina (que transporta o oxigênio para células e tecidos), sendo assim, quando o monóxido de carbono combina-se com a mesma, impede que a hemoglobina se ligue ao oxigênio, provocando uma asfixia química e muitas vezes levando o indivíduo à morte. Segundo Marzzoco e Torres (1999), concentrações de um milésimo (1/1000) de 1% de CO no ar já causam sintomas de envenenamento, e apenas 4% são letais em 50% das pessoas expostas por menos de 30 minutos. b) Dióxido de Carbono (CO2) - É um gás asfixiante com capacidade de deslocar o oxigênio do ambiente, diminuindo sua concentração. É um fator importante para o uso do EPR autônomo, uma vez que assim será consumido um ar independente da Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


atmosfera ambiente. Uma concentração de 6% de CO2 durante 1 a 2 minutos já causam distúrbios visuais e auditivos; 10 a 15% durante um minuto, causam tonturas, sonolências, espasmos musculares e inconsciência; 17 a 30% de CO2 pode causar a perda da coordenação motorna, convulsões, inconsciência, levando ao coma e à morte em menos de um minuto. (Wickham, 2003 apud. Cipolatti, 2014) c) Ácido Cianídrico (HCN) - Quando inalado, pode levar o indivíduo à morte em poucos segundos, segundo CBMERJ (2014), sua toxidade é vinte vezes maior que a do monóxido de carbono. O ácido associa-se com a hemoglobina do sangue e impede que as mesmas façam o transporte do oxigênio, levando a pessoa a óbito por asfixia química. d) Ácido Clorídrico - É formado em incêndios onde haja combustão em materiais que possuam cloro em sua composição (como por exemplo o PVC). Além de ser irritante para a pele, membrana das mucosas e olhos, sua inalação é altamente corrosiva para o trato respiratório superior, podendo causar necrose do epitélio bronquial. e) Acroleína - Diminui a frequência respiratória, irrita o trato respiratório e aumenta a resistência das vias aéreas. Segundo CBMERJ (2014), exposições em concentrações baixas como 10 PPM podem levar a edema pulmonar e morte. f) Amônia - O efeito principal e mais imediato são queimaduras na pele, olhos e trato respiratório, por ser um agente irritante. Sua inalação pode levar à morte. Sendo assim, a utilização dos EPIs em caso de incêndio é essencial, visto que os elementos citados podem compor a fumaça gerada no sinistro, a depender do material que entrou em combustão.

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Tabela 8 - Efeitos de alguns gases sobre o organismo

Fonte: Tactical firefighting, 2003 apud. CBMERJ, 2014, p. 413.

3. SISTEMAS DE COMBATE AO INCÊNDIO E MEDIDAS DE PROTEÇÃO De acordo com a NR 23 (2011), no combate ao fogo devem ser levadas em consideração três fases: preparação, tática e técnica. A primeira, preparação, ocorre antes do fogo se manifestar e diz respeito à verificação de todos os meios e dispositivos de prevenção contra incêndio existentes no local. A tática, segunda fase, compreende o estudo da utilização correta, no momento do sinistro, dos meios de combate previstos na fase de preparação, conjugando-os caso necessário para que se obtenha a melhor eficiência no menor tempo possível. A fase técnica diz respeito à maneira como são utilizados, de forma adequada, todos os meios possíveis de combate. Segundo a norma ABNT NBR 14276 (2006), ao dar início aos procedimentos básicos de emergência, sugere-se que utilize os recursos disponíveis:

Alerta: Assim que uma situação de emergência é identificada, qualquer pessoa deve alertar através dos meios de comunicação disponíveis, os ocupantes da edificação, brigadistas (caso houverem) e apoio externo (Corpo de Bombeiros). Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


Análise da situação: Caso existe brigada de incêndio no local, devem analisar a situação do início ao final do sinistro, desencadeando procedimentos necessários para ajuda no combate, que podem ser priorizados por gravidade ou realizados simultaneamente de acordo com a quantidade de brigadistas e recursos disponíveis.

Primeiros socorros: A brigada deve prestar os primeiros socorros às vítimas, até que chegue o socorro especializado.

Corte de energia: Quando possível ou necessário, a energia elétrica deve ser cortada dos equipamentos, da área ou do edifício inteiro.

Abandono de área: Quando necessário, deve-se abandonar parcialmente ou totalmente a área até um local seguro, com uma distância mínima de 100 metros do local do sinistro

Confinamento do sinistro: Evitar a propagação do incêndio.

Isolamento da área: Isolar fisicamente a área de incêndio, garantindo de forma adequada os trabalhos de emergência, evitando que pessoas não autorizadas entrem no local

Extinção: Eliminar o incêndio, restabelecendo a normalidade

Investigação: Após a extinção, deve-se levantar as possíveis causas do sinistro e suas

consequências,

emitir

um

relatório

para

discussão

nas

reuniões

extraordinárias, propondo medidas corretivas, evitando assim a repetição da ocorrência. Para se combater o incêndio em uma edificação, Brentano (2010) afirma e cita os extintores específicos para os materiais combustíveis presentes no local. Sendo assim, os sistemas de combate ao fogo devem ser adotados em referência ao material e grau de risco da edificação. Os sistemas podem ser: •

Sistema de extintores de incêndio (obrigatório em todas as edificações)

Sistema de hidrantes e mangotinhos

Sistema de chuveiros automáticos (sprinklers)

Sistema de projetores de água

Sistema de espuma mecânica

Sistema fixo de gases Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


Além dos sistemas de combate ao fogo, devem ser tomadas medidas de proteção que visem minimizar as possibilidades de ocorrer um incêndio, e caso ocorra, controlá-lo até a chegada de socorro e reduzir a possibilidade de alastramento. As medidas de proteção contra incêndio são especificadas em normas técnicas e legislações vigentes, podendo ser divididas entre: •

Medidas ativas ou de combate: São medidas que tem por objetivo agir sobre o fogo já em ocorrência, a fim de extingui-lo ou controlá-lo até a chegada do corpo de bombeiros, fazendo com que o combate seja eficaz e rápido. Ono (2007) afirma que é necessária uma boa integração entre o projeto arquitetônico e projetos de cada um dos sistemas de medidas ativas. É interessante que exista uma compatibilização feita pelo arquiteto e o projetista entre a edificação, as medidas passivas e medidas ativas propostas, buscando o melhor desempenho das medidas de segurança de forma holística.

Medidas passivas ou preventivas: Tratam-se das medidas que visam diminuir as possibilidades de um princípio de fogo, além de reduzir a possibilidade de alastramento das chamas.

Como medidas ativas ou de combate, pode-se citar os sistemas a seguir: •

Sistema de iluminação de emergência

Sistema de hidrantes ou mangotinhos

Sistema de chuveiros automáticos ("sprinklers")

Sistema de detecção e alarme de incêndio

Sistema de sinalização de emergência

Sistema de extintores de incêndio

Sistema de espuma mecânica

Sistema fixo de gases limpos ou CO2

Entre as medidas passivas e preventivas de proteção, cita-se: •

Afastamento entre as edificações

Brigada de Incêndio

Segurança estrutural nas edificações

Acesso de viaturas do corpo de bombeiros até a edificação Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


Compartimentações horizontais e verticais

Central de gás

Saídas de emergência

Sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA)

Sistema de controle e detecção da fumaça de incêndio

Controle das possíveis fontes de incêndio

Sistema de detecção de calor

Controle dos materiais de revestimento e acabamento

Instalação de DRR (Disjuntor Referencial Residual) Tabela 9- Principais Medidas de Prevenção Contra Incêndio PRINCIPAIS MEDIDAS DE PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO

ELEMENTO

RELATIVAS AO PROCESSO PRODUTIVO DO EDIFÍCIO

RELATIVAS AO USO DO EDIFÍCIO - Correto dimensionamento e execução de instalações do processo

Precaução contra o início do incêndio

- Correto dimensionamento e

- Correta estocagem e manipulação de

execução de instalações de serviço

líquidos inflamáveis e combustíveis e de

- Distanciamento seguro entre fontes

outros produtos perigosos

de calor e materiais combustíveis

- Manutenção preventiva e corretiva dos

- Provisão de sinalização de

equipamentos e instalações que podem

emergência

provocar o início do incêndio - Conscientização do usuário para a prevenção do incêndio

- Controle da quantidade de materiais combustíveis incorporados aos Limitação do crescimento do incêndio

elementos construtivos

- Controle da quantidade de materiais

- Controle das características de

combustíveis incorporados aos elementos

reação ao fogo dos materiais

construtivos

incorporados aos elementos construtivos

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Extinção inicial do incêndio

- Provisão de equipamentos portáteis

- Manutenção preventiva e corretiva dos

- Provisão de sistema de hidrantes e

equipamentos de proteção destinados a

mangotinhos

extinção inicial do incêndio

- Provisão de sistema de chuveiros

- Elaboração de planos para a extinção

automáticos

inicial do incêndio

- Provisão de sistema de detecção e

- Treinamento dos usuários para efetuar o

alarme

combate inicial do incêndio

- Provisão de sinalização de

- Formação e treinamento de brigadas de

emergência

incêndio

- Compartimentação horizontal - Compartimentação vertical - Controle da quantidade de materiais Limitação da propagação do incêndio

combustíveis incorporados aos elementos construtivos - Controle das características de reação ao fogo dos materiais incorporados aos elementos

- Manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos destinados a compor a compartimentação horizontal e vertical - Controle da disposição de materiais combustíveis nas proximidades das fachadas

construtivos - Provisão de sistema de detecção e alarme - Provisão de sistema de comunicação

- Manutenção preventiva e corretiva dos

de emergência

equipamentos destinados a garantir a

- Provisão de rotas de fuga seguras

evacuação segura

Evacuação

- Provisão do sistema de iluminação de - Elaboração de planos de abandono do

segura do

emergência

edifício

- Provisão do sistema do controle do

- Treinamento dos usuários para a

movimento da fumaça

evacuação de emergência

- Controle das características de

- Formação e treinamento de brigadas de

reação ao fogo dos materiais

evacuação de emergência

edifício

incorporados aos elementos construtivos - Controle das características de reação Precaução contra a

ao fogo dos materiais incorporados aos - Distanciamento seguro entre edifícios elementos construtivos (na envoltória

propagação de

- Resistência ao fogo da envoltória dos do edifício)

incêndio entre

edifícios

edifícios

- Controle da disposição de materiais combustíveis nas proximidades das fachadas

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Precaução contra o colapso estrutural Rapidez, eficiência e segurança das operações de combate e resgate

- Resistência ao fogo dos elementos estruturais

--------------

- Resistência ao fogo da envoltória do edifício - Controle da quantidade de materiais combustíveis incorporados aos elementos construtivos

- Controle da quantidade de materiais

- Controle das características de

combustíveis incorporados aos elementos

reação ao fogo dos materiais

construtivos

incorporados aos elementos construtivos

Fonte: Berto, 1991.

A partir dos sistemas de combate ao fogo e das medidas de proteção, observa-se a importância de um projeto (tanto arquitetônico quanto o projeto de proteção contra incêndio) que se atente aos riscos específicos da edificação em questão. Os meios de proteção devem levar em consideração as atividades desenvolvidas na edificação, as possíveis fontes de fogo, os produtos combustíveis utilizados no local, características físicas e mentais dos ocupantes e seu comportamento durante uma emergência. Embora, como afirma Brentano (2010), a vida humana seja o objetivo principal de um projeto de proteção contra incêndio, a proteção do patrimônio deve ser levada em consideração devido aos graves prejuízos que podem ser causados em decorrência de um sinistro. O projeto arquitetônico torna-se tão importante por ser a medida de proteção inicial a ser tomada na edificação. Diversas medidas de proteção envolvem áreas e volumes da edificação, bem como seu afastamento para as edificações vizinhas, suas janelas, escadas, dimensões de portas, sacadas, saídas de emergência, entre outros parâmetros que devem ser previstos em projeto encaminhado aos orgãos públicos competentes para sua análise e posterior aprovação. "As soluções adotadas na etapa de projeto da edificação têm amplas repercussões em todo o processo de construção e na qualidade do produto final. É na etapa de projeto que acontece a concepção e o desenvolvimento do produto, baseados na identificação das necessidades dos clientes em termos de desempenho e custos, assim como nas condições de exposição a que estará submetida a edificação na fase de uso. As soluções de projeto determinarão a qualidade do produto final e, conseqüentemente, condicionarão o nível de desempenho e segurança da edificação e o de satisfação dos usuários finais.

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O desenvolvimento tecnológico tem proporcionado profundas modificações nos sistemas construtivos, permitindo a criação de grandes áreas sem compartimentação, emprego de fachadas totalmente envidraçadas e a utilização de novos materiais e elementos construtivos ainda não normatizados. Tais inovações, aliadas ao número crescente de instalações e equipamentos de serviço sofisticados, introduzem diversos riscos nas edificações. Em geral, nos países tecnologicamente mais avançados, busca-se a adoção de medidas preventivas e de proteção destinadas a garantir a incolumidade humana e a segurança do patrimônio. Essas ações estão presentes tanto nos códigos e regulamentações quanto na organização de serviços especializados de prevenção e combate ao incêndio, garantindo maior eficácia na aplicação das várias medidas previstas. Com esse enfoque, a segurança contra incêndio passa a ser fruto muito mais de uma ação de prevenção e proteção na elaboração de Projeto Arquitetônico Preventivo, do que prioritariamente do efeito de meios de combate utilizados após o início do incêndio." (Ono, Venezia e Valentin, 2008, p.123)

Os projetos de PPCI e arquitetônico devem ter as principais premissas básicas: em primeiro lugar evitar o início do incêndio, e em segundo, caso haja a ocorrência, prever formas apropriadas para a desocupação da edificação em segurança e rapidez, chegada da equipe de bombeiros que possam combater o fogo de forma eficaz. Em projeto, deve-se considerar diversas questões como a distância entre o lote e o posto de atendimento mais próximo do corpo de bombeiros e condições usuais de trânsito, como destaca Ono (2007), prevendo assim uma média de tempo previsto para a chegada do corpo de bombeiros. A autora destaca que outro ponto importante é a proximidade de um hidrante público, já que a reserva de incêndio das edificações tem um volume finito. É importante observar se a largura das vias de acesso são apropriadas para que se possa chegar e manobrar as viaturas de socorro. Os afastamentos devem ser adequados para que não haja propagação de incêndio entre uma edificação e o prédio vizinho. Chama-se "piso de descarga" a saída final do edifício e o acesso das equipes de salvamento. As rotas, segundo Ono (2007) devem ter sinalização para o direcionamento do fluxo para o exterior, iluminação de emergência e portas abrindo sempre com sentido para o fluxo de saída. É necessário, segundo a autora, considerar a utilização de materiais de revestimentos incombustíveis e com índices de propagação de chamas, desenvolvimento de fumaça e calor baixos. Em edifícios onde existam pavimentos subsolo, é necessário que existam aberturas permanentes para sua ventilação e exaustão natural de gases, e além disso que sejam ambientes de curta permanência (como por exemplo garagens). O local seguro da edificação deve ser alcançado de qualquer outro ponto da edificação no menor tempo possível, Ono, Venezia e Valentin (2008) sugerem o tempo máximo de dois Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


minutos. Este local pode estar em uma área no exterior da edificação (em caso de edifícios pequenos) ou no interior da edificação caso o local tenha porte maior ou múltiplos pavimentos. Segundo Ono, Venezia e Valentin (2008), as passagens de cabos elétricos e outras tubulações por meio das paredes devem ser protegidas com selos corta-fogo com resistência no mínimo igual a da parede. Na ocorrência de um edifício em incêndio, o fogo poderá se propagar para outro edifício através de radiação térmica, em aberturas nas fachadas, pela cobertura da edificação e pelas chamas que alcançam o outro edifício; a convecção, no caso, é a propagação do fogo pelos gases quentes emitidos pelo edifício em chamas, levando até a edificação vizinha; pode ocorrer também pela condução, quando as chamas se propagam de um edifício ao outro. Um dos fatores mais importantes na concepção do projeto deve ser o isolamento de riscos em caso de sinistro. Prever afastamentos mínimos entre as edificações e compartimentações horizontais e verticais que confinam o fogo por um determinado período são medidas para se isolar o risco, minimizando danos às edificações vizinhas e à infra-estrutura pública. A compartimentação horizontal consiste na divisão do edifício em parcelas que sejam capazes de suportar o incêndio e impedir sua propagação em ambientes adjacentes no mesmo pavimento. Sendo assim, de acordo com Ono (2007), as paredes devem apresentar resistência ao fogo compatível com os riscos da edificação, severidade dos possíveis incêndios e a estrutura do edifício. Compartimentações verticais consistem na divisão da edificação em pavimentos que impedem a propagação do fogo em diversos andares. A laje dos pisos e a laje de cobertura deve ser projetada para suportar o índice da resistência ao fogo prevista. Além disso, a compartimentação dos poços de elevadores também deve ser executada em paredes corta-fogo. De acordo com Brentano (2010), a compartimentação é a forma mais econômica e eficaz de se proteger passivamente de uma ocorrência de incêndio. Além do isolamento de riscos, outro fator importante é a resistência das estruturas e dos materiais ao fogo. As estruturas devem ser construídas dentro dos padrões de desempenho, com objetivo de não propagarem e não contribuírem para o fogo, evitar o

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colapso estrutural parcial ou total da edificação e que as paredes da compartimentação consigam evitar e retardar a propagação de chamas, fumaça e calor. Os materiais de revestimento devem dificultar o alastramento do foco de incêndio e limitar a severidade do ambiente onde o fogo se originou. Na escolha dos revestimentos a serem utilizados, devem-se optar por produtos com pequena produção de calor e fumaça, além da baixa taxa de propagação superficial de chama. É importante conhecer a carga de incêndio específica da edificação, segundo Ono, Venezia e Valentin (2008), é a soma das energias térmicas possíveis de serem liberadas em caso de combustão completa dos materiais combustíveis de um espaço. Isso inclui revestimentos de paredes, pisos, tetos e divisórias. Desta forma, a carga de incêndio específica é o valor da carga de incêndio dividido pela área do piso do espaço, em MJ/m². Com esta conta, é possível estimar o grau e severidade do incêndio em uma edificação. 3.1. CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES É de extrema importância na elaboração do PPCI a classificação da edificação em questão, uma vez que a partir de todas as classificações serão definidas as condições de prevenção, combate e os equipamentos de combate efetivo. As edificações podem ser classificadas em: •

Classificação da edificação quanto a sua ocupação: É utilizada neste caso a tabela 1 da NBR 9077 (2001). É necessária esta classificação para um correto planejamento do PPCI, uma vez que o seu valor é utilizado no cálculo de população.

Classificação da edificação quanto ao risco: De acordo com a tabela de tarifa do Seguro-Incêndio do Brasil, do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) são classificadas as classes de ocupação de acordo com o risco. O IRB divide em classe A (risco baixo), classe B (risco médio) e classe C (risco alto). A norma NBR 12693 (2013) classifica os edifícios de acordo com a carga de incêndio específica, em risco baixo, médio ou alto.

Classificação da edificação quanto suas características construtivas: De acordo com os materiais e características construtivas, a propagação do incêndio pode ter

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mais ou menos facilidade. A tabela 4 da NBR 9077 (2001) classifica as edificações de acordo com suas características construtivas. •

Classificação da edificação quanto a sua altura: Devem ser implementadas, segundo Brentano (2010), três alturas: Altura descendente (a diferença de nível entre o piso do último pavimento tipo e o nível do piso do pavimento de descarga que dá acesso ao passeio público); Altura ascendente (A diferença de nível entre o piso mais baixo da edificação, incluindo subsolos, e o nível do pavimento de descarga que dá acesso ao passeio público); Altura total (desnível entre a saída para a via pública e o nível mais alto da edificação, por exemplo o topo do reservatório superior de água fria. Utiliza-se esta altura para o dimensionamento do sistema de proteção de descargas atmosféricas - SPDA). Com edificações mais altas, é preciso verificar os sistemas adequados para cada edificação. A tabela 2 da NBR 9077 (2001) define a classificação das edificações de acordo com sua altura.

Classificação da edificação quanto às suas dimensões em planta e área: É determinante a área do pavimento e de toda a edificação para a elaboração do PPCI e escolha do tipo de proteção a ser utilizado. Brentano (2010) afirma que podem-se classificar as edificações com área inferior ou igual a 750m² ou superior a 750m². A norma NBR 9077 (2001) também classifica as edificações de acordo com suas dimensões em planta na tabela 3.

Classificação da edificação quanto a sua carga de incêndio: Podem ser a Carga de Incêndio ou Carga de Incêndio Específica. Carga de incêndio é a soma entre as energias caloríficas possivelmente liberadas pela combustão completa de todos os materiais contidos num ambiente, pavimento ou edificação. A Carga de Incêndio Específica é o valor da carga de incêndio total, dividido pela área de piso correspondente, e é expressa em megajoules por metro quadrado (Mj/m²). As cargas de incêndio específicas são determinadas por valores característicos conforme a ocupação e o uso específico da área, de acordo com a tabela A.1. da NBR 12693 (2013). As edificações, segundo tal norma, podem ser classificadas como risco baixo, médio e alto. Brentano (2010) classifica as edificações da mesma forma, com risco baixo (até 300mj/m²), risco médio (entre 300mj/m² e 1200mj/m²) e risco alto (acima de 1200mj/m²). Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


3.2. MÉTODOS DE EXTINÇÃO E AGENTES EXTINTORES "Para extinguir o fogo é necessário eliminar, no mínimo, um dos elementos formadores do fogo. Para isso, na maioria das vezes, deve-se utilizar a água ou certas substâncias químicas, sólidas, líquidas ou gasosas chamadas de agentes extintores, que atuam diretamente sobre um ou mais desses elementos. Cada material combustível tem suas características de combustão, exigindo, com isso, formas específicas para extinguir o fogo. O agente extintor a ser utilizado deve ser apropriado, para que sua ação seja rápida e eficiente, causando o mínimo de danos à vida das pessoas, ao conteúdo e à edificação. Os principais agentes extintores usados são a água, espuma aquosa ou mecânica, gases inertes e pós químicos secos." (Brentano, 2007, p.41)

Brentano (2007) deduz que, após se conhecer os componentes formadores do fogo, basta que se elimine um dos elementos para extingui-lo, interrompendo a reação em cadeia. Sendo assim, os métodos de extinção são de acordo com o elemento que se deseja neutralizar. •

Extinção por resfriamento: É a extinção por retirada do calor. Segundo o autor, utiliza-se de um agente extintor que absorva o calor do fogo e do material em combustão, resfriando assim o mesmo. Assim que o material não for mais capaz de gerar gases e vapores em quantidades suficientes para que se misturem com o oxigênio e alimentar a reação em cadeia (quando a perda de calor para o agente extintor for maior que o recebido do fogo), ele é controlado até a completa extinção. Brentano (2007) afirma que o resfriamento é a forma mais comum de extinguir o fogo em edificações, e o agente extintor mais utilizado é a água.

Extinção química: Trata-se da quebra da cadeia da reação química. Segundo Brentano (2007), lança-se ao fogo determinados agentes extintores, onde suas moléculas se dissociam na ação do calor, formando átomos e radicais livres. Tais átomos e radicais combinam-se com a mistura inflamável resultante do gás ou vapor da reação, formando outra mistura não-inflamável, interrompendo assim a reação em cadeia.

Extinção por isolamento: Ocorre quando retira-se o material combustível. Brentano (2007) exemplifica com incêndios em tanques de combustíveis, onde o fogo ocorre na superfície do líquido. Extingue-se o fogo assim que retirado o combustível e movido por outro local, através de drenagem pelo fundo do tanque. Outro caso é o fechamento de registro de gás que também extingue o fogo por falta de Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


combustível. O autor afirma que a neutralização deste elemento é difícil nos incêndios em edificações. •

Extinção por abafamento: É quando retira-se o comburente. Ocorre, de acordo com Brentano (2007), quando evita-se que o material seja alimentado por oxigênio, reduzindo assim a concentração. Em edificações, é executado abafando o fogo com espuma aquosa, que é mais leve e insolúvel na água, ou isolando o local (fechando o ambiente). O autor afirma ainda que, durante o projeto arquitetônico pode ser prevista a compartimentação de áreas, que podem ser isoladas em caso de incêndio. Reduzindo o índice de concentração de oxigênio também é possível extinguir o fogo por abafamento, utilizando-se de agentes extintores de gases inertes mais pesados que o ar, como por exemplo o CO2, argônio ou nitrogênio puro. Esses gases atuam formando uma placa protetora entre o fogo e o ar, impedindo a propagação. O CBMERJ (2014) divide este método em duas possibilidades: a asfixia, que ocorre quando não há ação exterior e a diminuição do comburente ocorra a partir do seu consumo total pela combustão, e também o abafamento, que ocorre quando existe uma ação exterior para extinção do fogo.

Os principais agentes extintores utilizados são pós químicos secos, água, espuma aquosa ou mecânica e gases inertes. Destes, a mais utilizada é a água por diversas razões: é a mais abundante, barata e disponível. Dentre estes, é a mais efetiva no combate ao fogo pelo seu poder de absorção do calor e é um agente extintor não tóxico, seguro, não corrosivo e estável. A água possui capacidade de resfriamento e abafamento simultaneamente, a depender de seu estado físico. Sendo líquido, a água pode ser utilizada em forma de jato compacto (resfriamento) ou jato de neblina (resfriamento e abafamento). No estado gasoso, utiliza-se a água em forma de vapor, agindo somente por abafamento. Esta forma é mais utilizada em industrias, onde o vapor de água já é usado em vários processos produtivos. A água também pode ser utilizada com aditivos específicos sólidos ou líquidos em concentrações inferiores a 6%, obtendo uma maior eficácia extintora, segundo ENB (2006). O bicarbonato de sódio, bicarbonato de potássio, cloreto de potássio, bicarbonato de potássio-uréia e monofosfato de amônia são misturados à aditivos e são as bases químicas principais do pó químico seco. A extinção se dá por resfriamento, abafamento e Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


principalmente pelo rompimento da reação química em cadeia. Estes agentes são eficientes na extinção de incêndios com equipamentos elétricos energizados, devendo ser evitado em equipamentos eletrônicos, uma vez que o pó em contato com a umidade do ar pode corroer placas de circuitos eletrônicos. Os gases inertes são agentes extintores utilizados em incêndios com equipamentos energizados eletricamente, bibliotecas, centro de processamentos de dados e outros locais onde o extintor não danifique estes materiais. Os gases mais utilizados são o argônio, nitrogênio e dióxido de carbono. Composta por bolhas de gás, a espuma aquosa ou mecânica é produzida a partir da agitação de uma mistura de água com extrato em determinadas proporções com a aspiração simultânea de ar atmosférico. Sendo a espuma leve, ela acaba por flutuar sobre o liquido combustível, extinguindo o fogo por abafamento e resfriamento. Os extintores de incêndio são necessários ainda que o local esteja equipado com chuveiros automáticos, mangueiras e hidrantes. É um sistema obrigatório em todo o tipo de edificações, exceto residências unifamiliares. De acordo com Brentano (2007), é determinado o número mínimo de extintores a partir das seguintes condicionantes: •

Classe do incêndio

Seleção do agente extintor

Classe de risco da edificação e sua área

Capacidade extintora do extintor

Número mínimo necessário de extintores

Área máxima a ser protegida e distância máxima a ser percorrida pelo operador

A NBR 12693 (2013) afirma que cada pavimento deve ter no mínimo duas unidades extintoras, uma para incêndios classe A e outra para incêndios classe B e C. A norma permite ainda que sejam instalados dois extintores de pó ABC, e que deve haver no mínimo um extintor com menos de 5 metros de distância da porta de acesso principal, da entrada do pavimento ou da área de risco. Os extintores devem ser instalados com no mínimo 1,60m entre sua alça e o piso acabado, e o fundo deve estar no mínimo a 0,10m do piso, mesmo que apoiado em suporte.

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É recomendável que os extintores estejam localizados em local onde haja a menor probabilidade de serem bloqueados pelo fogo, visíveis e de fácil retirada, permanecendo protegidos contra intempéries e danos físicos em potencial. Segundo a norma NR 23 (2011), só devem ser utilizados extintores de incêndio que obedeçam às normas brasileiras ou regulamentos técnicos do INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), com identificação de conformidade. Cada extintor deve ser etiquetado para identificação, e ter uma ficha de controle de inspeção, devendo ser inspecionado todos os meses, analisando-se seus lacres, manômetros, seu aspecto externo, verificando se o bico e válvulas não estão entupidos. A norma afirma também que cada extintor deve ter uma etiqueta de identificação com a data em que foi carregado, data para a próxima recarga e seu número de identificação. É importante que esta etiqueta seja protegida, evitando que os dados sejam danificados e impossibilitem sua leitura clara. A norma afirma ainda que extintores de pressão injetada devem ser pesados semestralmente, e caso a perda de peso for além de 10% do peso original, deve ser recarregado. Os extintores de "espuma", segundo a norma, devem ser recarregados anualmente. Independente da área ocupada, devem existir dois extintores por pavimento, devendo estar localizados em área de fácil visualização e acesso, e onde exista menos probabilidade de ser bloqueada pelo fogo. O local destinado aos extintores deve ser sinalizado por um círculo vermelho ou seta larga vermelha com bordas amarelas.

Figura 9 - Sinalização vertical para localização de extintor. Fonte: Cessafogo, 2015.

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No piso, deve haver uma área do piso abaixo do extintor, de 1,00m X 1,00m que não poderá ser obstruída. Além disso, a norma exige ainda que a parte superior do extintor não esteja posicionada a mais de 1,60m de altura sobre o piso, e sua parte inferior não deve estar com menos de 0,60m do piso ou mais de 1,50m. A norma sugere ainda que não se localize os extintores na parede das escadas.

Figura 10 - Sinalização horizontal para localização de extintor. Fonte: LMS USP, 2015.

No estado do Espírito Santo, o Corpo de Bombeiros Militar especifica as normas referentes aos extintores de incêndio em sua norma técnica NT 12 (2009). A norma é baseada na NBR 12693 (2013). Segundo a norma técnica, o número, tipo e capacidade dos extintores depende da adequação do extintor à classe de incêndio, a capacidade extintora, classificação da edificação, área a ser protegida e distância máxima a ser percorrida. A NT12 (2009) especifica em tabelas os tipos e capacidades dos extintores necessários. 3.3. DETECÇÃO E ALARMES DE INCÊNDIO O objetivo primário do sistema de detecção e alarme de incêndio (SDAI) é possibilitar o abandono rápido dos usuários do edifício detectando o incêndio em estágio inicial, iniciando assim as ações de combate. Essas ações, segundo Araujo e Silva (2008), podem ser iniciadas de forma automática através de um dispositivo de disparo de gases limpos, por exemplo. De acordo com o autor, um SDAI é constituído basicamente por detectores automáticos, acionadores manuais, painel de controle e processamento, Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


sinalização, fonte elétrica e sua estrutura (circuitos e eletrodutos). Seus três elementos básicos são a detecção, que percebe o incêndio, o processamento, que envia um alerta para a central, e a sinalização que avisa por meio visual ou sonoro alertando os ocupantes, e também pode acionar dispositivos auxiliares de outros sistemas (como por exemplo pressurização de escadas ou sistema de controle de fumaça).

Figura 11 - Modelos de detectores automáticos. Fonte: Araujo e Silva, 2008. p.203

Araujo e Silva (2008) destacam que a detecção do incêndio ocorre a partir dos fenômenos físicos primários e secundários da combustão. A radiação visível e invisível do calor e a variação de temperatura são exemplos de fenômenos físicos primários, já a produção de fumaça e fuligem são exemplos de fenômenos secundários que podem ser detectados pelo sistema. A instalação dos detectores usualmente é feia no teto dos ambientes, devido ao efeito físico de subida de ar quente. No entanto, Araujo e Silva (2008) sugerem que leve-se em consideração a temperatura usual do teto, que pode sofrer aquecimento por radiação solar, iluminação, ou outros fatores externos, formando uma massa de ar quente que não permitirá o contato da fumaça, impedindo ou retardado a detecção do incêndio. Trata-se do fenômeno da estratificação (ver figura 12).

Figura 12 - Fenômeno da estratificação não permite que os detectores percebam o incêndio. Fonte: Araujo e Silva, 2008. p.202

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Figura 13 - Localização dos detectores de incêndio. Fonte: Araujo e Silva, 2008. p. 213

A exigência da NR 23 (2011) é que apenas edificações com riscos elevados ou médios devem possuir um sistema de alarme capaz de dar sinais em todos os locais da construção. A NT02 (2013) estabelece as exigências de equipamentos contra incêndio e medidas de proteção no Espírito Santo. As exigências são feitas através do risco, uso e altura da edificação. Em edificações residenciais, por exemplo, o alarme de incêndio é obrigatório somente em edificações com altura superior a 30 metros de altura, ou de 12 a 30 metros caso a rota de fuga seja superior a 20 metros a serem percorridos. 3.4. SAÍDAS DE EMERGÊNCIA A NBR 9077 (2001) define como objetivos básicos das saídas de emergência possibilitar que os ocupantes se desloquem com segurança, por seus próprios meios, de qualquer ponto da edificação para um local livre da ação de fogo, calor, fumaça e gases. Deve também permitir o acesso externo do corpo de bombeiros, para que este opere se forma rápida e segura na extinção e salvamento de ocupantes. O fator humano define as medidas nas normas de saídas de emergência. Segundo Abolins, Bianchini e Nomellini (2008), após analisar as dimensões de uma pessoa mediana, largura de ombro a ombro, espessura da parte frontal até dorsal, transformaram-se as medidas em uma elipse em torno de 0,60m e com eixo menor 0,46m. Sendo assim, de acordo com os autores, um corpo ocupa em média 0,276m². O

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planejamento de fuga deve ser executado sobre a metragem humana, ainda que exista uma variedade determinada por sexo, idade e condições pessoais de mobilidade. Brentano (2010) afirma que a saída de emergência deve ser um caminho sinalizado, iluminado, devidamente protegido e contínuo a ser percorrido pelos ocupantes de qualquer ponto da edificação até a via pública ou outro espaço externo seguro. Deve-se observar que a norma exige uma rota para que qualquer ocupante se movimente com seus próprios meios, em consequência disso as saídas devem atender às determinações legais de acessibilidade dispostas na norma NBR 9050 (2015). Desta forma o trajeto deve ser contínuo, desobstruído e sinalizado, e que possa ser utilizado de forma autônoma e segura inclusive por pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida. Para o dimensionamento das rotas de saída de emergência em uma edificação, são necessários os cálculos levando em consideração:

Tempo necessário para desocupação do edifício

Cálculo da população do edifício, de acordo com sua ocupação

Cálculo das unidades de passagem necessárias

Distâncias máximas a serem percorridas

Número mínimo de saídas de emergência

As rotas das saídas de emergência compreendem caminhos no plano horizontal e vertical. No plano horizontal, são considerados caminhos no interior dos pavimentos que dão aceso a uma área de refugio no mesmo pavimento, ou que dêem acesso direto à escadas, elevadores de emergência ou rampas. Já no plano vertical, consideram-se caminhos ou meios utilizados para deslocamento entre os pavimentos, que dão acesso a áreas de refugio. Tratam-se de escadas, rampas e elevadores de emergência. O cálculo de população fornece os dados para o dimensionamento das saídas de emergência. Brentano (2010), afirma que o cálculo é determinado pela ocupação, a área do pavimento ou da edificação (obtida em projeto arquitetônico), e densidade ocupacional (obtida na tabela 5 da NBR 9077/2001). A população é determinada de acordo com o uso da ocupação. Para edifícios residenciais unifamiliares ou multifamiliares, deve-se considerar 2 pessoas por cada dormitório, e em apartamentos onde hajam até 2 dormitórios, considera-se a sala como um terceiro dormitório. Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


Para habitações residenciais como pensionatos, internatos, mosteiros e etc, utiliza-se, para o cálculo da população, a fórmula: P = A x Dₒ Onde: P = População em número de pessoas A = Área do ambiente, pavimento ou edificação em m² Dₒ: Nº de pessoas/m² de acordo com a norma NBR 9077 (2001). As unidades de passagem, segundo a NBR 9077 (2001) são definidas como a largura mínima para a passagem de uma fila de pessoas, e são fixadas na dimensão de 0,55cm. A capacidade de unidade de passagem é a quantidade de pessoas que passa por esta unidade no tempo de um minuto. A norma NBR 9077 (2001) afirma que a largura das saídas deve ser dimensionada de acordo com a população que transitar pela mesma. Os acessos serão dimensionados em função da população de cada pavimento, e as escadas, rampas e descargas devem ser dimensionados em função do pavimento onde haja a maior população, a considerar o sentido de saída. Para o cálculo, utiliza-se a seguinte formula: N=P/C Onde: N = Número de unidades de passagem P = População do ambiente, pavimento ou edificação, em número de pessoas e, C = Capacidade da unidade de passagem em número de pessoas por minuto, de acordo com a ocupação do edifício, de acordo com a tabela 5 da norma NBR 9077 (2001). Segundo a NBR 9077 (2001), as larguras mínimas estipuladas são: a) 1,10m, que corresponde a duas unidades de passagem e 0,55cm para ocupações em geral. b) 2,20m, para que permita a passagem de macas, camas e outros, em ocupações do grupo H, na divisão H-3. Essas medidas devem ser na parte mais estreita, não admitindo saliências de marcos, alizares, pilares e outros.

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De acordo com a tabela 7 da NBR 9077 (2001), o número mínimo de saídas de emergência exigidas para os diferente tipos de ocupação é determinado em função de sua altura, dimensões e características construtivas da edificação. Admite-se saída única em habitações multifamiliares onde não haja mais de quatro unidades autônomas por pavimento edificado. Brentano (2010) afirma que as saídas de emergência e escadas devem ser localizadas de forma que os ocupantes tenham a oportunidade de escolher a melhor rota de fuga, e para isso devem estar suficientemente afastadas umas das outras. As distâncias máximas percorridas para fuga constam na tabela 6 da norma NBR 9077 (2001), e consistem na distância entre o ponto mais afastado da edificação até o acesso a uma saída de emergência segura. Considera-se o risco à vida humana decorrente do fogo e varia de acordo com sua ocupação, características construtivas e existência de chuveiros automáticos. Outro fator importante no contexto das saídas de emergência é o tempo necessário para que a edificação seja completamente desocupada em situação de sinistro, considerando diversidades de locomoção e velocidade dos ocupantes. Brentano (2010), recomenda que a velocidade de deslocamento em trajetos horizontais seja de 20 metros por minuto, e em escadas 5 metros por minuto, e que o tempo máximo para a desocupação total de uma edificação seja de 20 minutos. A Norma Regulamentadora NR 23 (2011) estabelece que, onde não for possível o acesso imediato às saídas, os corredores de acesso às mesmas devem ser completamente desobstruídos com largura mínima de 1,20 metros. A norma NR 23 (2011) estabelece ainda que, de qualquer ponto da edificação até a saída de incêndio mais próxima, em edificação de risco médio ou pequeno, não se pode percorrer mais de 30 metros. Segundo a norma NR 23 (2011), as portas de saída devem:

Abrir no sentido de saída

Não impedir as vias de passagem ao abrirem

Não diminuir a largura efetiva das escadas ao abrirem

Nunca deve estar trancada com chave, aferrolhada ou presa, e não devem ser fechadas pelo lado externo

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Durante uma fuga, a calma necessária para que a população evacue a área em segurança é criada principalmente nos corredores. Segundo Abolins, Bianchini e Nomellini (2008), um corredor que não possua ou leve até uma área de refúgio, ao piso de entrada ou a uma escada de emergência não deve entrar no projeto de uma rota de fuga. As posições e o espaço do corredor de fuga devem ser totalmente desobstruídos, ter boa luz e ventilação, sua largura deve ser compatível com as unidades de passagem necessárias, e além disso seu acabamento deve ser feito por materiais incombustíveis. A norma NBR 9077 (2001) também estabelece que o pé direito mínimo deve ser 2,50m, devem ter sinalização visual, sonora e tátil nas portas que dão acesso às escadas e nos corrimãos. As portas das saídas de emergência devem abrir sempre no sentido de fuga, de saída da edificação, e nunca podem ser trancadas. Brentano (2010) afirma que as portas devem ter as seguintes dimensões mínimas: •

80cm para uma unidade de passagem

1,00m para duas unidades de passagem

1,50m em duas folhas para três unidades de passagem

2,00m em duas folhas para quatro unidades de passagem

As portas de saída de emergência nas rotas de fuga são definidas por portas PCF (Porta Corta-Fogo), PRF (Porta Resistente ao Fogo) e PF (Porta à Prova de Fumaça Pressurizada), conforme a NBR 11742 (2003).

Figura 14 - Medidas dos degraus em Escadas de Emergência. Fonte: Abolins, Bianchini e Nomellini, 2008. p.105

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De acordo com a NBR 9077 (2001), as escadas devem ser incombustíveis, com elementos estruturais que ofereçam resistência ao fogo de pelo menos 2h, dotadas de guarda-corpos, e ter pisos e patamares antiderrapantes. Os degraus devem ter, segundo a norma, espelho (h) entre 16 e 18cm, com tolerância de 0,5 cm, e largura da base do piso (b) calculada pela fórmula 63cm ≤ (2h+b) ≤ 64 cm. De acordo com a norma NR 23 (2011), todas as escadas, plataformas e patamares devem ser executados em materiais incombustíveis e resistentes ao fogo. A norma afirma ainda que as caixas de escadas devem ser providas por portas corta-fogo com fechamento automático, e podem ser abertas facilmente pelos dois lados. A cada 3,70m de desníveis, no mínimo, devem haver um patamar, ou sempre que houver mudança de direção. Estes patamares não podem ter degraus, e nas mudanças de direção devem ser totalmente planos, com largura mínima igual á largura da escada. O comprimento dos patamares deve ser calculado pela fórmula de Blondel, desprezando a largura da escada: P = (2h+b) n + b. Onde P = Comprimento do patamar em cm. h = largura do espelho do degrau em cm. b = largura da base do degrau em cm. n = número inteiro igual a 1, 2 ou 3. As escadas de emergência, segundo Brentano (2010) podem ser : •

Escada enclausurada protegida (EP): Escada ventilada, em ambiente com paredes resistentes ao fogo por tempo mínimo de 2 horas, com portas corta-fogo PCF/P-90 e continuidade até uma saída para local que ofereça segurança.

Escada enclausurada à prova de fumaça (EPF) ou (PF): Escada com paredes ao fogo por no mínimo 4 horas, e dotada de portas corta-fogo estanques à fumaça PCF/P-60, com acesso dado via antecâmara também enclausurada e com porta corta-fogo PCF/P-60, de modo a evitar a entrada de fogo, fumaça e calor em caso de incêndio, com continuidade até uma saída para local que ofereça segurança.

Escada enclausurada à prova de fumaça pressurizada (PFP): Escada com paredes ao fogo por no mínimo 4 horas, e dotada de portas corta-fogo estanques à fumaça PCF/P-60, cujo acesso é por antecâmara igualmente enclausurada, ou local

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aberto, com estanqueidade à fumaça obtida por sistema de pressurização, mantendo a pressão interna sempre maior que a dos ambientes contíguos. •

Escada não enclausurada ou escada comum (NE): Escada que se comunica diretamente com os demais ambientes, não possuindo portas-corta fogo.

Escada aberta externa (AE): Escada com projeção externa ao corpo principal da edificação, isolada da fachada por parede com resistência ao fogo por no mínimo duas horas, com guarda-corpo ou gradil e corrimãos por toda sua extensão

Sempre que houver desnível acima de 19cm, as escadas e rampas em saídas de emergência devem ser protegidas por paredes ou por guarda-corpos. A altura deve ser no mínimo 1,05m em patamares, corredores, mezaninos e outros. Em escadas externas, de patamares, balcões e semelhantes, devem ter no mínimo 1,30m quando for localizada mais de 12 metros acima do solo. Os guarda-corpos com balaustradas, grades e telas, devem ter aberturas de no máximo 15 cm de diâmetro, para segurança.

Figura 15 - Sugestão de distância dos corrimãos. Fonte: : Abolins, Bianchini e Nomellini, 2008. p.106

Ainda de acordo com a NBR 9077 (2001), os corrimãos devem ser afastados no mínimo 40mm das paredes ou guarda-corpos onde forem fixados, e prolongados no comprimento em pelo menos 30 cm além da projeção do primeiro degrau. A norma estabelece que os corrimãos devem ter seção circular ou semi-circular com diâmetro entre 38 e 65mm, com altura de 80 a 92 cm acima do nível do piso. 3.5. ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA A dificuldade de visibilidade durante um incêndio pode significar a diferença entre a vida e a morte. Segundo Araujo e Guberovich (2008), a história mostra que a dificuldade de enxergar as saídas é um dos maiores motivos pelo qual vítimas fatais não conseguiram Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


sair de edifícios em chamas. Os autores sugerem que a iluminação seja feita por luminárias próximas ao piso, podendo assim serem vistas melhor sob fumaça. Além disso, um bom sistema de iluminação de emergência deve utilizar uma fonte de energia independente da fonte normal, mantendo assim a iluminação ativa em caso de interrupção de energia, por isso a maior parte dos edifícios utilizam lanternas portáteis, respeitando as restrições impostas pelas normas. Araujo e Guberovich (2008) afirmam que os materiais luminescentes, fluorescentes ou refletivos, mesmo auxiliando na sinalização das rotas de fuga, não podem substituir uma iluminação de emergência, porque não fornecem intensidade luminosa suficiente. No Brasil, a norma que especifica as condicionantes de iluminação de emergência é NBR 10898 (2013), da Associação de Normas Técnicas Brasileiras. A NBR 10898 (2013) propõe dois métodos de iluminação de emergência: •

Iluminação permanente: Lâmpadas são alimentadas pela rede elétrica da concessionária, comutadas automaticamente para a fonte de alimentação de energia alternativa em caso de falha ou falta.

Iluminação não permanente: Lâmpadas de iluminação de emergência não são alimentadas pela rede elétrica da concessionária, e somente em falta da fonte normal, são alimentadas automaticamente pela fonte de energia alternativa.

São geralmente encontradas duas formas de iluminação na segurança contra incêndios: Uma é a iluminação de aclaramento, que se destina a iluminar as rotas de saídas, para que os ocupantes não tenham dificuldades no evacuamento da área em caso de sinistro. Outra forma é a iluminação por balizamento, que ilumina obstáculos e a sinalização de emergência, indicando rotas de saída e orientando a direção e sentido de fuga em caso de incêndio. A norma técnica NT013 de 2013 do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo, que diz respeito aos sistemas de iluminação de emergência, garante que a distância máxima entre dois pontos de iluminação de aclaramento deve ser de 15 metros ponto a ponto. Além disso, quando instaladas a menos de 2,5 metros de altura, devem ter tensão máxima de alimentação de 30Vcc (inclusive iluminação de balizamento). A norma afirma ainda que a fixação da luminária deve ser rígida, impedindo quedas acidentais, remoções sem auxilio de ferramenta, a fim de que não seja facilmente avariada ou retirada. Em caso Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


de sistemas com bateria, a mesma não deverá ter autonomia com menos de uma hora de funcionamento sem perda maior que 10% de sua luminosidade. 3.6. SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA A sinalização de emergência deve ter como propósito guiar os usuários de uma edificação, e atuar preventivamente e ativamente no combate a incêndio. A sinalização identifica e alerta os pontos de potenciais riscos de incêndio, podendo reduzir as ocorrências, orientar a localização dos equipamentos, indicar as saídas e outras funções. São basicamente quatro categorias distintas de sinalização: sinalização de alerta, proibição, indicação de equipamentos e condições de orientações e salvamentos. São aspectos importantes a serem considerados a sinalização de emergência e as cores de segurança, segundo Abolins, Bianchini e Nomellini (2008). A população que transita pelas rotas de fuga é orientada pela sinalização nos corredores, conjugada com as cores de segurança. Segundo os autores, a maioria das pessoas pode estar emocionalmente alterada e precisa entender como e para onde seguir, as placas funcionam como um componente de alívio para a diminuição do pânico. Sendo assim, a padronização do sistema de sinalização dá mais conforto e segurança aos usuários, conforme afirmam Abolins, Bianchini e Nomellini (2008). Os símbolos orientam direções de forma eficiente e são compreendidos de forma mais rápida se comparado às palavras. Devem ser atendidas as especificações presentes na norma NBR 13434 (2004) (dividida em parte I, II e III), que trata de sinalização de segurança contra incêndio e pânico. A fixação da sinalização, segundo as normas, deve ser de no mínimo 1,50m do piso acabado até a base, e a distância máxima entre as sinalizações deve ser de 13 a 15 metros. Diferenciam-se as sinalizações pela cor da placa, e segundo Brentano (2010), são classificadas da seguinte forma: •

Vermelho: Placas de proibição ou identificação de equipamentos de combate a incêndio e alarme.

Amarelo: Identificação das placas de alerta e sinais de perigo.

Verde: Identificação de placas de orientação e salvamento.

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As imagens e símbolos das placas podem ser, segundo o autor: •

Pretas: Placas de proibição e alerta

Verdes: Placas de orientação e salvamento

Brancas: Placas de identificação dos equipamentos de combate a incêndios, orientação e salvamento. Devem ser fotoluminescentes.

Figura 16 - Sinalização em Portas Corta-Fogo. Fonte: : Abolins, Bianchini e Nomellini, 2008. p. 106

As sinalizações de portas em rotas de saída de emergência devem ser fixadas imediatamente cima das portas, no máximo 10cm acima da verga à base da placa, ou devem ser fixadas diretamente na folha da porta, centralizada à uma altura de 1,80m do piso até a base da sinalização, ou acima da barra antipânico.

3.7. HIDRANTES O sistema de hidrantes e mangotinhos, segundo Oliveira, Gonçalves e Guimarães (2008), é um sistema fixo de combate a incêndio que atua sob comando e libera água sob o foco de incêndio em vazão compatível ao risco do local que visa proteger. Sendo assim, o sistema possibilita o início do combate ao incêndio pelos usuários antes da chegada do corpo de bombeiros, facilitando os serviços deles quanto ao recalque principalmente em edificações altas. É essencial, segundo os autores, que os usuários do edifício estejam familiarizados com o sistema, confiantes para utilizá-lo na ocorrência de um incêndio. Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


O tipo de esguicho (compacto ou regulável), diâmetro e comprimento das mangueiras, número de saídas e vazão classificam os sistemas de hidrantes e mangotinhos. Segundo Oliveira, Gonçalves e Guimarães (2008), cada tipo de sistema é aplicado em função da ocupação e do uso da edificação. Os sistemas poderão, ainda, ser diferenciados quanto: • ao tipo de sistema de reservação: elevado, nível do solo, semi-enterrados ou enterrado. • à fonte de energia: ligação independente ou por gerador automatizado. • ao tipo de sistema de comando: manual (botoeira) e automático (chave de fluxo ou pressostatos). • aos tipos de bombas empregadas: bomba principal, bomba auxiliar, bomba de reforço e bomba de escorva. • às características do reservatório: concreto armado, fibra, metálico, utilização de piscinas ou reservas naturais. • ao material da tubulação: aço, cobre e termoplásticos. • às características do sistema de distribuição: interno ou externo à edificação. • ao tipo de rede de tubulação: rede aberta (sistema ramificado), rede fechada (sistema em malha) e rede mista (sistema ramificado e em malha). A aplicação ou escolha do sistema a ser instalado deve atender às características da edificação ou área de risco a ser protegida, observando-se as exigências da norma técnica ou regulamento adotado, a viabilidade de instalação, a eficácia do sistema, o custo e a facilidade de operação e manutenção. (Oliveira, Gonçalves e Guimarães, 2008, p.234)

Quanto ao tipo de reserva, dividem-se os sistemas de hidrante entre os sistemas com reserva de água em reservatório inferior e sistemas com reserva de água em reservatório superior. O primeiro, segundo Oliveira, Gonçalves e Guimarães (2008), são sistemas pressurizados com tanque de pressão e alimentados por uma bomba de incêndio (ver figura 17).

Figura 17 - Sistema de Hidrantes com Reservatório Inferior. Fonte: Oliveira, Gonçalves e Guimarães, 2008. p.235

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Já os sistemas com água em reservatório superior, segundo Oliveira, Gonçalves e Guimarães (2008), são operados por gravidade (ver figura 18) ou por gravidade junto a bomba de incêndio, como se pode observar na figura 19.

Figura 18 - Sistema de Hidrantes com reserva superior por gravidade. Fonte: Oliveira, Gonçalves e Guimarães, 2008. p.235

Figura 19 - Sistema de Hidrantes com reserva superior por gravidade e bombas de incêndio. Fonte: Oliveira, Gonçalves e Guimarães, 2008. p.235

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O sistema de hidrantes e mangotinhos são organizados em três subsistemas, de acordo com os autores Oliveira, Gonçalves e Guimarães (2008): reservação, pressurização e comando. O sistema de reservação, segundo o autor, é composto por um reservatório que acumula água destinada exclusivamente ao combate de incêndio, feito em concreto armado, metal apropriado ou qualquer outro material com resistência mecânica às intempéries e ao fogo. A reserva deve permitir o primeiro combate durante certo tempo, e considera-se que após o mesmo o corpo de bombeiros mais próximo atuará no combate. Devem ser observadas, segundo os autores, as exigências da NBR 13714 (2000) quanto às características construtivas de captação de água.

Figura 20 - Componentes do Sistema de Hidrantes. Fonte: Gonçalves, 1993 apud. Oliveira, Gonçalves e Guimarães, 2008.

O sistema de pressurização atua por gravidade, por bombas ou por tanque de pressão. Segundo Hernandes (1987), este sistema tem função de fornecer energia para o transporte de água e atingir o material em combustão com pressão e vazão adequada para extinguir o fogo. O sistema de comando, segundo Oliveira, Gonçalves e Guimarães (2008) é o sistema de acionamento dos hidrantes, e pode ser manual, por botoeira tipo liga e desliga ou automático. A tubulação, os hidrantes e mangotinhos compõem o sistema de distribuição. De acordo com os autores, estes componentes devem garantir a estanqueidade e estabilidade mecânica das juntas e não sofrer comprometimento de desempenho. As válvulas dos hidrantes controlam e bloqueiam o fluxo de água no interior da tubulação, com conexões de engate rápido. Os hidrantes podem ser de coluna, quando ligados à

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rede pública de distribuição de água, ou de parede, quando o ponto de água está instalado na rede particular, embutido na parede. A NBR 13714 (2000) sugere que edificações em área construída superior a 750m² ou altura superior a 12m devem ser protegidas por sistemas de mangotinhos ou de hidrantes. Segundo a norma, os pontos de tomada de água devem estar posicionados nas proximidades das portas externas, escadas e acesso principal, em posições centrais nas áreas protegidas, fora das escadas ou antecâmaras e de 1,0 a 1,5m de altura do piso. No estado do Espírito Santo, o CBMES estabelece as exigências de hidrantes, mangotinhos, hidrantes de recalque através de sua NT15 (2010), e hidrantes de coluna através da NT 16 (2010). As normas são baseadas na NBR 13714 (2000). 3.8. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Durante os movimentos das nuvens, quando ocorre de uma nuvem passar através de outra, o atrito gerado transforma-se em troca de cargas elétricas entre as mesmas, fazendo com que fiquem "carregadas". Desta forma, sempre que as nuvens carregadas estão próximas umas das outras, uma diferença de potencial elétrico é gerada entre as mesmas. Além dessa diferença de potencial, também é importante destacar a existência da tensão entre a nuvem carregada e o solo. Quando o campo elétrico que permeia este espaço assume um valor maior que a rigidez dielétrica do ar, uma corrente elétrica fui de uma nuvem para a outra, para o ar, ou para o solo, gerando uma descarga atmosférica. Visacro Filho (2005) divide em dois tipos as descargas atmosféricas. classificadas de acordo com o trajeto percorrido pela corrente elétrica: •

Descargas em nuvem: Se iniciam dentro das nuvens e seu destino final pode ser dentro da mesma nuvem (descarga intra-nuvem), dentro de outra nuvem (descarga nuvem-nuvem), ou fora da nuvem, porém sem atingir o solo (descargas para o ar).

Descargas entre nuvem e solo: Podem ser do tipo nuvem-solo ou solo-nuvem, de acordo com o sentido do movimento da carga que as origina, podendo ter início na superfície da nuvem ou no solo.

De acordo com a norma técnica 02/2013, do Centro de Atividades Técnicas do Corpo de Bombeiros do Espirito Santo, na tabela 2-A, edificações residenciais com total de área construída maior que 900m² ou que possuam mais de 9 metros de altura tem Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


obrigatoriedade de possuir o sistema de proteção contra descargas atmosféricas, que deve ser projetado de acordo com a NBR 5419 (2015) (dividida em quatro partes), que diz respeito a proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. A determinação da instalação do SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas) varia em função do tipo, ocupação e porte da edificação. O sistema consiste em captores, condutores de descida e aterramento dos mesmos. Os captores interceptam as descargas (são constituídos por hastes e condutores). No geral, os captores são utilizados em três métodos: Franklin (ângulo de proteção); Faraday (condutores em malha ou gaiola) ou elétromagnético (esfera rolante). O projeto de SPDA deve ser elaborado e executado por profissional técnico habilitado por seu conselho (Engenheiro Eletricista) e anexado ao PPCI. 3.9. CENTRAL DE GÁS A central de gás de um edifício compreende um ambiente com conjunto de equipamentos, acessórios e canalizações que conduzam o gás aos pontos de consumo da edificação. É necessário que haja o planejamento desde a localização da central, até suas formas de abastecimento, ralos e acesso. A norma NBR 13.523 (2008), que diz respeito a centrais de gás liquefeitos de petróleo em edifícios estabelece afastamentos máximos, mínimos, distâncias entre a central e locais de ignição e quais extintores de incêndio necessários.

Figura 21 - Afastamentos mínimos necessários da central de gás enterrada. Fonte: ABNT NBR 15523 (2008), Anexo 03, 2008.

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A figura 21 demonstra os afastamentos mínimos necessários para centrais de gás enterradas, sendo a botija A recipientes com capacidade individual até 8 m³ e botija B recipientes com capacidade individual acima de 8 m³. 3.10. ORÇAMENTO E PLANEJAMENTO O planejamento de uma obra agiliza todas as etapas da construção, prevê e diminui custos, retrabalho, prejuízos e desperdícios. Na área de prevenção contra incêndio funciona da mesma forma, e a etapa de planejamento e orçamentação consegue prever possíveis problemas de uma edificação no futuro. O planejamento está contido num sistema maior: o gerenciamento. Estes sistemas geram dados e informações com objetivo de dar suporta às decisões de projeto, buscando um melhor desempenho e orçamento adequado. Segundo Gill e Leal (2008), elaborar e colocar em prática um plano de emergência implica no gasto de recursos. Durante o planejamento, se não houver a previsão dos recursos necessários, o plano de emergência pode ser falho. A questão que envolve proprietários e projetistas em conflitos com os interesses ao executar um projeto é o custo. É preciso perguntar-se se está atendendo às adequações legais, se o profissional elaborador do plano considerou aspectos específicos do empreendimento, se existe possibilidade de usar outros sistemas ou materiais, entre outros. É natural que o custo de elaboração seja uma preocupação, porém Brentano (2010) afirma que não deve ser maior que a preocupação com a segurança dos usuários. É preciso identificar as medidas e serviços a serem executados, realizar um levantamento e discriminar cursos diretos e indiretos para implementação. 4. LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS A Norma Regulamentadora 23 (NR 23, 2011, da portaria nº3214/1978 do Ministério do Trabalho e Emprego) é a legislação nacional sobre proteção contra incêndios. A lei

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nº5194 estabelece o CREA como orgão de fiscalização profissional, fazendo exigência de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) para elaboração dos projetos de PPCI. No estado do Espirito Santo, a legislação de proteção contra incêndios é recente. Em 2009, o decreto nº2.423-R regulamentou a lei nº9269 e instituiu o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico. Em 2013, a portaria nº308-R aprovou a norma técnica Nº02/2013, do Centro de Atividades Técnicas, disciplinando as exigências das medidas de segurança contra incêndio e pânico nas edificações e áreas de risco. É de extrema importância o conhecimento das exigências contidas nas normas técnicas de proteção contra incêndio em edificações afim de uma elaboração correta do PPCI. A seguir listam-se legislações e normas técnicas a nível nacional, estadual e municipal. Legislações e normas nacionais: •

NBR 5419-1/15 - Proteção contra descargas atmosféricas. Parte 1: Princípios gerais.

NBR 5419-2/15 - Proteção contra descargas atmosféricas. Parte 2: Gerenciamento de risco..

NBR 5419-3/15 - Proteção contra descargas atmosféricas. Parte 3: Danos físicos a estruturas e perigos à vida.

NBR 5419-4/15 - Proteção contra descargas atmosféricas. Parte 4: Sistemas elétricos e eletrônicos internos na estrutura.

NBR 9050/15 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.

NBR 9077/01 Saídas de emergência em edifícios.

NBR 10898/13 - Sistema de iluminação de emergência.

NBR 11742/03 - Porta corta-fogo para saída de emergência.

NBR 12693/13 - Sistemas de proteção por extintores de incêndio.

NBR 13434-1/04 - Sinalização de segurança contra incêndio e pânico. Parte 1: Princípios de projeto.

NBR 13434-2/04 - Sinalização de segurança contra incêndio e pânico. Parte 2: Símbolos e suas formas, dimensões e cores.

NBR 13434-3/05 - Sinalização de segurança contra incêndio e pânico. Parte 3: Requisitos e métodos de ensaio. Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


NBR 13523/08 - Central de gás liquefeito de petróleo - GLP.

NBR 13714/00 - Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio.

NBR 14276/06 - Brigada de Incêndio: Requisitos.

NBR 15200/12 - Projeto de estruturas de concreto em situação de incêndio.

NBR 15523/08 - Central de gás liquefeito de petróleo - GLP.

NBR 15526/12 - Redes de distribuição interna para gases combustíveis em instalações residenciais e comerciais - Projeto e execução.

NBR 17240/10 - Sistema de detecção e alarme de incêndio - projeto instalação comissionamento e manutenção de sistemas - requisitos.

NR - 23. Proteção contra Incêndios

Legislações e normas estaduais:

Decreto nº2.423-R, de 15 de dezembro de 2009. Regulamenta a Lei nº9.269 de 21 de julho de 2009 e institui o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico (COSCIP) no âmbito do território do Estado do Espírito Santo. Vitória, ES: 15 dez. 2009. 27p

Norma Técnica NT 02/2013, que disciplina as exigências das medidas de segurança contra incêndio e pânico nas edificações e áreas de risco.

Norma Técnica NT 04/2009, que versa sobre carga de incêndio nas edificações e áreas de risco.

Norma Técnica NT 06/2009, que versa sobre acesso de viaturas nas edificações e áreas de risco.

Norma Técnica NT 08/2010, que disciplina a separação entre edificações (isolamento de risco) no Estado do Espírito Santo..

Norma Técnica NT 09/2010, que disciplina a segurança contra incêndio dos elementos de construção.

Norma Técnica NT 10/2013 - Parte 1, que estabelece as condições gerais a serem observadas para as saídas de emergência.

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Norma Técnica NT 11/2010, que disciplina a compartimentação horizontal e a compartimentação vertical.

Norma Técnica NT 16/2010, que disciplina os procedimentos referentes a hidrante urbano de coluna.

Norma Técnica NT 21/2013, que disciplina sobre o controle de materiais de acabamento e revestimento.

Legislações e normas municipais de Vila Velha, ES:

Lei nº4.575 de 25 de Novembro de 2007. Institui o Plano Diretor Municipal (PDM) e dá outras providências.

Lei nº5.430 de 28 de Junho de 2013. Altera e suprime dispositivos da Lei nº4.575/2007 (Plano Diretor Municipal).

Lei nº5.440 de 23 de Agosto de 2013. Dispõe sobre regularização de edificações no Município de Vila Velha e dá outras providências.

Lei nº5.441 de 06 de Setembro de 2013. Estabelece parâmetros urbanísticos, índices construtivos e demais elementos que menciona e dá outras providências.

5. METODOLOGIA O presente estudo objetiva explorar com profundidade os conhecimentos adquiridos no curso de especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho no que diz respeito aos projetos de prevenção e combate a incêndios. A problemática principal inicialmente foi dada pela pergunta "O edifício Ponta Negra possui suas instalações seguras para seus usuários em caso de ocorrência de incêndio?", e consequentemente pergunta-se "Quais aspectos principais a serem analisados para garantir a segurança contra incêndio dos moradores do edifício residencial?". Desta forma, procurou-se primeiramente definir o que é fogo, como ele ocorre, como são seus meios de ignição e propagação. Esse aprofundamento básico no tema foi necessário para a identificação das medidas de proteção, prevenção e combate. Posteriormente, já com a ciência de como ocorre o fenômeno, estudou-se de que forma podem ser seguras as instalações, o tempo que os moradores devem levar até evacuar a área preservando além Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


de suas vidas, suas condições físicas e psicológicas, uma vez que o tema aborda também o pânico que uma ocorrência de incêndio pode causar. Por essa questão, são estudados o tempo de saída de todos os usuários com seus próprios meios, sinalização e iluminação de emergência. Trata-se inicialmente de uma pesquisa explicativa estudando os fenômenos e fatores que podem causar um incêndio em edifícios residenciais, as formas de combate e condicionantes em projeto que possam proteger tanto a população do local quando os bens materiais físicos. "Essas pesquisas (explicativas) têm como preocupação central identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Esse é o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas. (...) Pode-se dizer que o conhecimento cientifico está assentado nos resultados oferecidos pelos estudos explicativos." (GIL, 2008. p.42)

O estudo se inicia com o embasamento teórico a fim de dar suporte às análises feitas posteriormente. Foram pesquisadas bibliografias de diversas fontes como livros de renome nacionais e internacionais, coletâneas, artigos, dissertações. A partir das informações obtidas de como ocorre e como pode ser prevenida e combatida uma ocorrência de incêndio, buscou-se as normas, tanto regulamentadoras, quanto normas brasileiras e estaduais que endossaram a forma com que as instalações de uma edificação devem ser protegidas e seguras aos usuários, e como os mesmos devem agir em caso de incêndio. O estudo segue de modo correlacional, associando a bibliografia obtida através dos fichamentos, com informações obtidas em projetos técnicos e vistorias presenciais a um edifício já construído e consolidado. Trata-se de um edifício residencial projetado nos primeiros anos da década de 90, e construído há 15 anos em bairro nobre da região metropolitana do ES, no qual os moradores têm insegurança a respeito dos equipamentos de segurança contra incêndio, por falta de planejamento e manutenção das estruturas existentes. A cidade de Vila Velha teve seu crescimento desordenado e pouca preocupação das autoridades respeito da prevenção contra incêndios, em forma de educação ou fiscalização sobre o tema, tendo assim ocorrências recorrentes de incêndios domésticos. O edifício é analisado no contexto da prevenção sob a luz dos teóricos citados na revisão bibliográfica, normas e legislações utilizadas. O objetivo é que o trabalho se encerre propondo melhorias e adequações do edifício, que foi construído Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


antes das legislações estaduais entrarem em vigor, protegendo assim seus trabalhadores e usuários. 6. APLICAÇÃO 6.1. DESCRIÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO O objeto de estudo do presente trabalho é o edifício residencial Ponta Negra, projetado em 1991 e construído no ano de 2001 na rua João Pessoa de Mattos, bairro da Praia da Costa em Vila Velha, região metropolitana do ES. O edifício possui 24 apartamentos divididos em 6 pavimentos tipo. Sua configuração em pavimentos são um subsolo (garagem), um térreo (portaria e garagem), seis pavimentos tipo e uma cobertura. O edifício tem altura total de 31,84m, a contar do nível da rua até a parte superior do barrilete. Seu projeto foi elaborado pela primeira vez em 1991 e passou por diversas alterações, diferentes arquitetos e engenheiros, até a versão final em 2000. Mesmo após a versão final, ainda existem grandes diferenças entre o projeto e a execução, principalmente no que diz respeito à segurança. Muitos aspectos de segurança foram negligenciados na construção, tais estes que serão listados nos subcapítulos a seguir. A administração do edifício colaborou com a elaboração do presente trabalho, cedendo documentos, projetos e abrindo o espaço para visitas, levantamentos, vistorias e medições.

Figura 22 - Edifício Ponta Negra. Fonte: Arquivo pessoal, 2015.

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Tabela 10 - Dados do Edifício Ponta Negra Área do Terreno Altura Total do Edifício Área do Pavimento Térreo Área dos Pavimentos tipo 6x Fonte: Projeto Arquitetônico

486,60 m² 31,84 m 486,60 m² 324,15 m²

Em 2000, o projeto foi aprovado pela prefeitura municipal de Vila Velha e pela CAT do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo por estar de acordo com a legislação de incêndio vigente na época, o então Decreto Estadual nº2.125-N de 12 de agosto de 1985. As normas técnicas do Corpo de Bombeiros do Espírito Santo datam a partir do ano de 2009. O edifício Ponta Negra se localiza em bairro nobre de Vila Velha, próximo a avenida Champagnat, uma via importante do município que liga o bairro do Centro à Praia da Costa. Segundo o Corpo de Bombeiros, em questionamento via telefone, em caso de incêndio no local, a prioridade de atendimento é da unidade de Vila Velha. A unidade fica a 6,4km de distância do edifício, e em uma estimativa baseada em velocidade, o socorro demoraria no máximo 10 minutos para a chegada. No caso da unidade de Vila Velha estar em outra ocorrência, o atendimento é feito pela unidade central de Vitória.

Figura 23 - Distância entre o edifício Ponta Negra e o quartel do Corpo de Bombeiros Militar de Vila Velha, ES. Fonte: Google Earth, 2015.

Várias são as classificações necessárias para identificar as medidas de proteção necessárias às instalações. A maioria das normas faz exigências baseadas em classificações envolvendo sistemas construtivos, alturas, ocupações e tipo de riscos do ambiente, estabelecendo-as acordo com os critérios necessários. Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


A edificação em questão é um edifício residencial, logo se classifica na tabela do IRB (Instituto de Resseguros do Brasil) como risco médio de incêndio. A norma NBR 12.693 (2013) classifica a ocupação como de risco médio por ter sua carga de incêndio específica como 300MJ/m². Tabela 11 - Tabela de Cargas de Incêndio Específicas por Risco de Ocupação

Fonte: ABNT NBR 12693 (2013), Anexo A, Tabela A-1, 2013.

De acordo com a norma NBR 9077 (2001), que trata de saídas de emergência, a classificação do edifício segundo a ocupação se enquadra no grupo A (uso residencial), divisão A-2 (habitações multifamiliares). A própria norma utiliza desta classificação para definir os dados para dimensionamento das saídas de emergência, quantidade de saídas necessárias e tipos de escadas, além da exigência de alarmes de incêndio. O Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo classifica as edificações quanto à ocupação da mesma forma que a norma NBR 9077 (2001). Tabela 12 - de Classificação das Edificações quanto a sua Ocupação

Fonte: ABNT NBR 9077 (2001). Anexo - Tabela 1, 2001.

A norma da ABNT NBR 9077 (2001) também estabelece parâmetros a partir da altura da edificação. A norma determina que a altura utilizada seja contada a partir da soleira de entrada no edifício até o piso do último pavimento, desconsiderando casas de máquinas e Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


semelhantes ou terraços descobertos. No caso da edificação em questão, da entrada no edifício (nível da rua), até o piso da área de lazer coberta são 23,22 metros. Tal altura refere-se ao código N, em edificações medianamente altas (que estão inseridas entre 12m e 30m de altura). No Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo, a altura da edificação é medida da mesma forma que a norma citada, e a classificação das edificações quanto sua altura são dadas da mesma forma que a norma NBR 9077 (2001), mudando apenas a nomenclatura de código entre os edifícios de alturas diferentes. Tabela 13- Classificação das edificações quanto sua altura

Fonte: CBMES, 2009. Tabela 14 - Classificação das edificações quanto a altura

Fonte: ABNT NBR 9077 (2001), Anexo - Tabela 2, 2001.

A edificação em questão possui cada pavimento tipo e cobertura com 324,15m², térreo com 480m², subsolo com 443,40m² e área total com 3.192,45m², somando as áreas do Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


subsolo, térreo, 6 pavimentos tipo e 1 pavimento cobertura), compartimentados verticalmente e horizontalmente. A tabela 3 da NBR 9077 (2001) classifica as edificações por dimensões em planta de acordo com a área de pavimento em três níveis: •

α (área do maior pavimento): Código P (pequeno pavimento)

ß (área do subsolo): Código R (com pequeno subsolo)

(área total): Código V (edificações grandes) Tabela 15 - Classificação das edificações quanto suas dimensões em planta

Fonte: ABNT, NBR 9077 (2001), Anexo - Tabela 3, 2001.

O edifício Ponta Negra foi executado em concreto armado e paredes de alvenaria, com parapeitos em varanda com altura de 1,10m. A tabela 4 da NBR 9077 (2001), que classifica as edificações quanto suas características construtivas, classifica a edificação como código "Z", onde a estrutura é resistente ao fogo, há o isolamento entre pavimentos e é difícil a propagação do fogo. A norma sugere que no Brasil a maioria das edificações sejam projetadas e construídas dentro das especificações do código "Z" desta classificação.

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Tabela 16 - Classificação das edificações conforme suas características construtivas

Fonte: ABNT NBR 9077 (2001), Anexo - Tabela 4, 2001.

Atualmente todos os apartamentos do edifício Ponta Negra estão sendo ocupados e residem apenas 38 pessoas. O edifício Ponta Negra possui 6 pavimentos tipo, com 4 apartamentos por pavimento, totalizando 24 apartamentos. Cada apartamento possui dois quartos, sendo um reversível. Segundo a Tabela 5 da NBR 9077 (2001), o mínimo de população para a divisão A-2 do grupo A de ocupação são duas pessoas por dormitório, sendo assim, os cálculos devem ser realizados sobre a ocupação máxima do edifício, totalizando 4 moradores por apartamento, em 24 apartamentos, 96 pessoas.

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Tabela 17 - Dados para dimensionamento das saídas de emergência

Fonte: ABNT NBR 9077 (2001), Anexo - Tabela 5, 2001.

6.2. MEDIDAS DE PROTEÇÃO DO EDIFÍCIO PONTA NEGRA 6.2.1. Isolamento de Riscos A norma NBR 9077 (2001) estabelece os parâmetros para saídas de emergência e define que devam haver compartimentações verticais e horizontais para isolamento de riscos em edifícios. O edifício Ponta Negra possui 6 pavimentos tipo, uma cobertura, um térreo e um subsolo compartimentados verticalmente e horizontalmente, atendendo assim

os

parâmetros de isolamento dos riscos na ocupação citada. O Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Espírito Santo cita a separação entre edifícios, isto é, os afastamentos entre o prédio e as edificações circundantes, como parâmetro para o isolamento de riscos.

Figura 24 - Implantação e afastamentos do Edifício Ponta Negra. Fonte: Arquivo pessoal, 2015.

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No térreo da edificação, o afastamento frontal existente é de 1,50m (existem aberturas), e nas laterais direita e esquerda não possuem aberturas e nem existem afastamentos. Nos demais pavimentos (todos os pavimentos tipo e cobertura), o afastamento frontal é de 3m, afastamentos laterais 1,50m e fundos de 3,20m. A varanda dos apartamentos, que possui 1 metro, avança sobre o afastamento frontal e fundos. O atual Plano Diretor Municipal de Vila Velha estabelece que as varandas podem ocupar até 40% do afastamento frontal e 25% do afastamento lateral e fundos, sendo assim, poderiam ter até 1,20m as varandas da frente e estão dentro do afastamento correto, no entanto as varandas de fundos deveriam ocupar somente 0,80m do afastamento fundos, e ocupam 1 metro. Já o afastamento lateral com abertura deve atingir 1,50m apenas no primeiro e segundo pavimentos, e nos demais deve ser maior de acordo com o tamanho. Por exemplo, no 7º pavimento, onde está localizado o último apartamento tipo, o afastamento lateral deveria ser de 3,50m. Tabela 18 - Tabela de Afastamentos Mínimos no Plano Diretor Municipal da Prefeitura de Vila Velha, ES

Fonte: VILA VELHA, 2013 [c].

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A norma técnica 02 do Corpo de Bombeiros Militar do Espirito Santo, de 2013, estabelece as exigências de medidas de segurança contra incêndio e pânico de acordo com o tipo, área e altura da edificação. No caso do edifício Ponta Negra, que possui 23,22m de altura, o órgão exige que a edificação disponha de acesso da viatura, segurança estrutural, compartimentação vertical, saídas de emergência, iluminação de emergência, sinalização de emergência, extintores, hidrantes e mangotinhos, central de gás, SPDA e controle de materiais de acabamento para a área comum da edificação. O sistema de alarme de incêndio seria necessário caso a rota de saída horizontal seja superior a 20m. No caso da edificação, a rota de saída tem 17 metros, como se pode observar na Figura 26. Tabela 19 - Medidas de segurança contra incêndio e pânico exigidas pelo CBMES

Fonte: NT02, 2013.

O acesso da viatura na edificação é dado de forma facilitada. o edifício fica localizado em uma rua perpendicular a uma das mais importantes vias do município. A norma técnica Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


NT06 (2009) do CBMES trata do acesso de viaturas nas edificações e áreas de risco e exige que a via do edifício tenha largura mínima de 4m, suporte viaturas com peso de 25.000 quilogramas-força, desobstrução na largura e altura livre de 4,50m. Todos os critérios são aprovados na via do edifício ponta negra. No caso de entrada via portão, o portão deve ter dimensões mínimas de 4,00mx4,50m. Na edificação os portões tem 2,80x2,00 e uma sugestão é que se abrisse um único portão com a médida solicitada e que funcionasse como entrada e saída da edificação, e o acesso ao subsolo se desse por dentro do pavimento térreo. A estrutura foi executada em concreto armado com fechamento em blocos segundo ABNT NBR 15200 (2012). Perícias são realizadas anualmente para análise das condições das estruturais, que estão em bom estado. A NT09 (2009) DO CBMES estabelece a resistência ao fogo em alvenarias e o tempo requerido para resistência ao fogo de cada edificação. No caso de uma edificação residencial com subsolo com altura menor que dez metros, é requerido 60 minutos de resistência nesta área e na edificação com mais de 23 metros de altura, é requerido 90 minutos de resistência ao fogo. Outra tabela da mesma norma define o tempo de resistência de acordo com o tipo de estrutura. Paredes como a do edifício Ponta Negra, feitas de blocos vazados (2 furos) de 14x19x39cm com revestimento e uma parte de cimento, com as especificações da tabela (traço de 1:1:5 cimento/cal/areia e média de 1,5 cm de argamassa de assentamento, tem resistência ao fogo de duas horas. A partir destas análises prévias, o edifício está aprovado no critério de segurança estrutural de incêndio. A compartimentação vertical, que dificulta a propagação do fogo verticalmente, é garantida pelas lajes com traço resistente para suportar tempo suficiente de incêndio para evacuação da área. O controle de materiais de acabamento, que deve ser feito nas áreas comuns do edifício, tem sua segurança garantida. As paredes em pintura não combustível em todas as áreas comuns e piso em cerâmica. Os itens de saída, iluminação e sinalização de emergência, hidrantes e mangotinhos, extintores, central de gás e SPDA serão detalhados nos subcapítulos a seguir.

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6.2.2. Saídas de Emergência e Rotas de Fuga O número mínimo de saídas de emergência obrigatórias é dado através da Tabela 7 da norma NBR 9077 (2001). A tabela faz um parâmetro entre a ocupação da edificação, sua altura e suas dimensões em planta. Como citado no subcapítulo anterior, o edifício Ponta Negra foi classificado como grupo "A", divisão "A-2" em ocupação, com código "P" na classificação a respeito de área do pavimento e código "N" na altura. Assim sendo, a norma estabelece que haja uma saída mínima obrigatória, e admite que haja saída única apenas em habitações multifamiliares quando não houverem mais de quatro apartamentos em cada pavimento. O edifício em questão é uma habitação multifamiliar e possui quatro apartamentos por pavimento. Tabela 20 - Número de saídas e tipo de escadas

Fonte: ABNT NBR 9077 (2001), Anexo Tabela 7, 2001.

De acordo com a norma, o edifício em questão pode possuir apenas uma saída de emergência com escada protegida. Atualmente na edificação a saída de emergência é a porta de entrada no edifício, ela possui portas de vidro voltadas para o sentido de saída do edifício. Duas portas de emergência (uma que vem do subsolo para o térreo e outra que vem dos pavimentos superiores estão posicionadas de forma a se obter uma fuga rápida através do saguão.

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Figura 25 - Foto panorâmica mostrando as portas de emergência no térreo e a porta de saída do edifício, em vidro, à direita. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015.

Figura 26 - Distância entre saída das escadas e a calçada externa do edifício, 17 metros a percorrer. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015.

A norma NBR 9077 (2001) estabelece ainda que a largura mínima da abertura desta saída deve ser 1,20m, e a largura da porta externa presente no local é 1,60m. O fluxo de saída entre a escada e a área externa do edifício se dá por um saguão largo e desobstruído, porém não existem placas ou sinais luminosos indicando o fluxo de saída no saguão. Nos demais pavimentos também não foram constatadas placas ou sinais luminosos indicando a direção de saída. Os corredores que dão acesso às escadas são livres e desobstruídos, sua largura é de 1,50m, onde a legislação exige no mínimo 1,20m.

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Figura 27 - Largura dos corredores e localização da escada de emergência. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015.

De qualquer parte do pavimento tipo até a escada de incêndio, percorre-se distância menor que 30 metros. Mediu-se a distância em linha reta (17 metros em média) e a distância de percurso caminhando entre as portas (21 metros em média).

Figura 28 - Distância entre os pontos extremos do pavimento tipo e a escada de emergência, entre 17 e 21 metros. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015.

Todas as portas para saídas de emergência possuem 80cm de largura, e 4,8 cm de espessura. As portas são de batente, porém sem barras antipânico. De modo correto, as portas para todas as saídas se encontram desobstruídas, destrancadas e não escoradas no momento da verificação. Verificou-se se as portas se fecham sozinhas e se abrem totalmente e além disso estão com molas, travas e ferrolhos em bom estado de conservação, sem pontos de ferrugem e deterioração. A abertura das portas não Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


prejudica o fluxo de saída da escada e não diminuem a largura efetiva das escadas. São portas visíveis, na cor vermelha padrão, sem obstáculos. Pelo lado dos corredores, externo à escada, as portas possuem indicação "saída" escritas à mão na altura de 1,80m do chão. No lado interno das escadas, as portas tem indicação do pavimento a qual se destinam, e a inscrição "saída" na chegada ao térreo. O indicado é que existissem placas numéricas padronizadas pela ABNT e INMETRO tanto na porta corta-fogo quanto no batente.

Figura 29 - Indicação do pavimento no interior da escada de incêndio. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015.

Figura 30 - Padrão da sinalização em portas de emergência segundo a norma NBR 13434 (2004). Fonte: NBR 13434-2, 2004.

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O volume da escada de incêndio foi construído em concreto, protegendo seu interior contra a ação do fogo por tempo determinado. Os acabamentos são em material incombustível, e as escadas possuem janela com iluminação natural com peitoril de 1,40m, em vidro com aramado com espessura de 6mm e malha de 12,5mm, assim como estabelece a norma.

Figura 31 - Janela no interior da escada de incêndio. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015.

A maioria dos fatores preocupantes observados na vistoria do edifício foram em relação à escada. Os corrimãos, embora não tenham quinas vivas em suas extremidades, estejam instalados na altura adequada, com distância da parede de 40mm e diâmetro de 42mm conforme estabelece a norma, não são contínuos. Os corrimãos devem percorrer inclusive a área de patamar. Alguns aspectos da falta de manutenção também foram observados, como alguns corrimãos não firmes e soltos da parede, conforme Figura 32.

Figura 32 - Corrimão sem quinas vivas, porém não contínuo e solto da parede. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015.

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Os pisos em sua maioria são pisos em concreto anti-derrapantes, no entanto no 6º pavimento e cobertura, uma parte do patamar de entrada foi executada em piso cerâmico não antiderrapante, conforme Figura 33 e Figura 34. As paredes são em revestimento liso, conforme determinação.

Figura 33 - Piso cerâmico não anti-derrapante no 6º pavimento. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015.

Figura 34 - Piso cerâmico não anti-derrapante na cobertura. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015.

Os degraus em sua maioria estão de acordo com a fórmula de Blondel, exigida pela norma, com piso de 27 cm e com espelho de 16,5cm de altura em média. A escada tem 1,10m de largura, de acordo com a norma, tendo assim 2 unidades de passagem. As paredes tem acabamento liso e uma janela com iluminação natural. No entanto, a norma estabelece que haja uma área de ventilação efetiva com no mínimo 0,80m² por Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


pavimento, e não existe esta área de ventilação para dentro da escada. A janela existente é fixa sem abertura.

Figura 35 - Degraus das escadas em geral com 27cm de piso e 16,5cm de espelho. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015.

O acesso do subsolo ao térreo do edifício é preocupante. Como o elevador não acessa o pavimento subsolo, foi construída uma rampa com inclinação extrema entre subsolo e térreo, e uma escada no meio, a partir do primeiro lance, com 43cm de largura. O acesso é difícil mesmo em condições normais.

Figura 36 - "Escada" de incêndio que liga o subsolo ao piso térreo. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015.

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Figura 37 - Primeiro lance da rampa de acesso entre subsolo e piso térreo. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015.

O pé direito da escada é entre 2,88m e 3,50 no térreo, no entanto na área de descida ao subsolo, onde existe a rampa, o pé direito chega a 1,94cm. A norma estabelece que o pé direito mínimo seja 2,50m e admite 2,00m onde houverem vigas. Os elevadores possuem portas resistentes ao fogo e poços com ventilação superior. Tabela 21 - Distâncias máximas a serem percorridas

Fonte: ABNT NBR 9077, 2001.

6.2.3. Áreas de Risco A central de gás do edifício se encontra em local no térreo isolado da edificação a 1,50m, e é composta de botijas transportáveis em cilindros de 45kg. As paredes são reforçadas, em concreto, e existe um aterramento de concreto no subsolo para isolar o local. Os Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


cilindros ficam isolados do chão sob suportes de madeira, a fim de não manter contato com o piso.

Figura 38 - Cilindros da Central de Gás. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015

A área da central de gás é sinalizada, tem aberturas para ventilação permanente e cilindro de extintor em pó químico próprio, com acesso desobstruído, dentro da validade e com selo do INMETRO, porém sem sinalização no piso. Os reservatórios e a rede de passagem estão em bom aspecto e protegido de fontes ignitoras. É exigência do Corpo de Bombeiros que, em caso do gás encanado, não deve existir outras fontes de gás no edifício, ainda assim o prédio em questão possui uma botija comum na sala da zeladora, ligada a um pequeno fogão, no mesmo pavimento da central de gás, a 17 metros de distância da mesma. Foi notificado ao condomínio que o botijão deve ser retirado e substituído por outro tipo de equipamento, como forno elétrico ou microondas.

Figura 39 - Distância entre a central de gás e a sala da zeladora, onde existe uma botija de gás comum e fogão. Fonte: Arquivo pessoal, 2015.

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Figura 40 - Sala da zeladora, próxima à Central de Gás, possui botija de gás própria. Fonte: Arquivo pessoal, 2015.

Figura 41 - Vista da Central de Gás. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015.

A casa de máquinas também possui ventilação permanente através de janelas com veneziana. No entanto, o local não possui proteção adicional específica, isto é, nenhum extintor próprio nas proximidades do local. A casa possui porta corta fogo, porém com problemas de manutenção em suas molas, o que mantém a porta aberta na maioria do tempo.

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Figura 42 - Casa de máquinas possui ventilação permanente. Fonte: Arquivo pessoal, 2015.

Figura 43 - Casa de máquinas possui porta-corta fogo, no entanto necessita manutenção. Fonte: Arquivo pessoal, 2015.

A casa de bombas possui proteção adicional extra, e a bomba de incêndio foi trocada dias antes do levantamento realizado no edifício para a elaboração deste. A casa de bombas possui proteção adicional própria e ventilação permanente, porém não é sinalizada adequadamente.

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Figura 44 - Casa de bombas ventilada permanentemente e com proteção adicional própria. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015.

A central onde se localizam os quadros de distribuição de energia elétrica não possui proteção de extintor própria e nem próxima, e possui sinalização para que não seja desligada em caso de incêndio.

Figura 45 - Central de medidores. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015.

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6.2.4. Iluminação de Emergência Atualmente no edifício Ponta Negra, não existe iluminação de emergência. No projeto feito em 2000, havia a previsão de luminárias de emergência no estacionamento, em halls e escadas, porém não foram executados. A iluminação comum também é precária nos andares de apartamentos, e nas escadas ainda pior. Nas escadas, a iluminação é natural e suficiente durante o dia, e composta de poucas lâmpadas incandescentes comuns e ativadas por interruptores. Nos corredores dos apartamentos tipo, nem todos os andares possuem sensor de presença e a iluminação é insuficiente. De acordo com a norma NBR 10898 (2013), que trata de sistemas de iluminação de emergência, o sistema mais indicado para o edifício Ponta Negra, que é um edifício pequeno e com pequena população, são os equipamentos de iluminação portáteis, que devem ser compatíveis com o tempo de funcionamento exigido. A bateria deve ser em níquel-cádmio ou chumbo ácido, não deve gerar calor e deve ser mantida em carga ou flutuação constantemente. Deve também evitar o ofuscamento, sendo assim sua altura deve ser à 2,00m do chão. Para atender à todas as funções estabelecidas em norma, devem ser utilizadas lâmpadas com 3 lux nos locais planos (corredores, estacionamentos e hall) e com 5 lux nas escadas. É exigido que se leve em consideração o tipo de lâmpada, a potência em watts, a tensão em volts, o fluxo luminoso nominal em lumens, o ângulo da dispersão da luz e a vida útil projetada e declarada pelo fabricante. Além disso, a lâmpada deve ter sensor para acendimento em caso de queda da eletricidade local, utilizando a bateria, ou acendimento automático na falta de luz natural. Deverão ser instaladas luminárias de emergência em cada pavimento das escadas, com distância de no máximo 15 metros, e na porta de saída do térreo, correspondendo à identificação da rota de saída. Nos corredores, a norma recomenda que se utilize pelo menos duas luminárias. A norma ainda sugere que exista no condomínio uma reserva de componentes sobressalentes como lâmpadas e fusíveis em quantidade igual a 10% do número total de peças de cada modelo utilizado, com um mínimo de duas unidades por modelo.

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Desta forma, foram sugeridas 29 luminárias portáteis com 75 leds no teto para aclaramento e 21 luminárias de 30 leds na parede para aclaramento das escadas, duas por pavimento. Como não são grandes áreas a serem iluminadas, são pequenos corredores dos apartamentos tipo, escadas de emergência e estacionamento, as luminárias portáteis são as que melhor atendem a exigência. Luminárias de led são as de melhor custo-benefício levando em consideração a manutenção e autonomia. A lâmpada permanece ligada à energia, e quando ocorre queda de luz aciona-se a bateria, permanecendo a lâmpada acesa pelo tempo determinado pelo fabricante. Devem ser realizados testes a cada 6 meses, e a bateria deve ser recarregada de 3 em 3 meses caso não haja queda de luz. Em caso de falta de luz, a bateria deve ser recarregada por 24 horas. A partir das premissas estabelecidas pela norma, associadas às condições do edifício, para as áreas de estacionamento foi selecionada a luminária de emergência portátil Vilux com 75 leds, com corpo em material ABS antichamas, com lente em policarbonato para aclaramento ou balizamento, tensão de entrada de 100 a 240 Vca e tensão de alimentação pós parada da rede em 12 Vcc. Possui proteção térmica, 75 leds e bateria selada de chumbo ácido. Seu grau de proteção é IP66 e tem autonomia para 8 horas. A luminária deverá ser instalada conforme o projeto em anexo. Nas escadas de emergência e casa de máquinas, deverá ser instalada a luminária Vilux com 30 leds, com a mesma tensão e material da anterior, e grau de proteção IP54 e autonomia de 5 horas. As luminárias possuem selo do INMETRO e certificação do Corpo de Bombeiros do Espírito Santo.

Figura 46 - Luminária de Emergência com 30 leds para instalação nas escadas. Fonte: Vilux, 2015.

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Figura 47 - Luminária de emergência com 75 leds para instalação nos estacionamentos. Fonte: Vilux, 2015.

6.2.5. Sinalização de Emergência Como praticamente não existe sinalização de incêndio no edifício, será necessário um projeto de sinalização envolvendo todas as condicionantes do prédio. A sinalização de proibição deverá ser instalada em pontos de área de risco. Na central de gás, casa de bombas, casa de máquinas, central de medidores deverão ser instalados avisos conforme a norma, proibindo utilização de água e/ou chama, com altura de 1,80m do piso até a base da sinalização. Nos elevadores, deverá haver aviso de "É proibido o uso em caso de incêndio", e na casa de bombas, acima da bomba de incêndio deve haver o aviso "Bomba de incêndio - Não desligue". Os avisos de proibido fumar também devem estar locados nas áreas de risco citadas anteriormente. Tabela 22 - Padrão de sinalizações de proibição que devem estar localizadas nas áreas de risco

Fonte: NT14 (CBMES), 2010.

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Figura 48 - Padronização de sinalização para bomba de incêndio, deve vir acompanhado de aviso para que não seja desligada. Fonte: NT14 (CBMES), 2010.

Todas as portas de saída de emergência deverão ter avisos imediatamente acima das portas com o padrão "saída" de acordo com a norma. É preferencial que este aviso seja locado acima das portas ou no máximo 10 cm acima da verga para que não seja obstruída a visão em caso de abertura das portas.

Figura 49 - Sinalização acima da porta de emergência indicando a saída. Fonte: NT14 (CBMES), 2010.

Deve haver ainda, segundo a NT14 (2010) do CBMES, sinalização nas portas de saída de emergência exigindo que as mesmas sejam mantidas fechada. A placa deve ser com fundo verde e algarismos em branco fotoluminescente.

Figura 50 - Padrão de sinalização em portas de saída de emergência. Fonte: NT14 (CBMES), 2010.

Na parte interior das caixas de escada deve haver a sinalização de identificação do pavimento na parede, com altura de 1,80m do piso até sua base, e não deve ser obstruída pela porta, podendo ser lida por quem sobe e por quem desce a escada. Deve ser em placa verde com algarismos brancos fotoluminescentes. Além disso devem haver placas em todos os pavimentos indicando o sentido de descida da escada para fuga, com desenhos também em branco fotoluminescente.

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Figura 51 - Padrão de sinalização dentro da caixa de escada indicando o pavimento em que se encontra. Fonte: NT14 (CBMES), 2010.

Figura 52 - Sinalização dentro da caixa de escada indicando o sentido de fuga. Fonte: NT14 (CBMES), 2010.

Figura 53 - Placa indicativa de sentido da rota de fuga. Fonte: NT14 (CBMES), 2010.

As rotas de saída devem indicar o sentido para a saída de emergência numa distância máxima de 15m da mesma, e esta a 30m de outra sinalização, caso haja necessidade. Os equipamentos de incêndio também devem ser sinalizados, segundo a NT14 de 2010 do CBMES. Os extintores devem estar sinalizados com altura de 1,80m do piso à base da sinalização. Quando instalado em pilar, como no estacionamento do Edifício Ponta Negra, todas as faces do pilar deverão ter sinalização, e além disso deverá ter a sinalização no piso de 1x1m conforme citado no Capítulo 3.2 (Figura 10). Estas sinalizações, básicas, de orientação e de equipamentos de combate a incêndio devem possuir efeito fotoluminescente.

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Figura 54 - Sinalização de piso para evitar obstrução de extintores de incêndio e hidrantes no estacionamento. Fonte: NT14 (CBMES), 2010.

Figura 55 - Sinalização para extintores e hidrantes. Fonte: NT14 (CBMES), 2010.

Figura 56 - Extintores no estacionamento do Edifício Ponta Negra não possuem sinalização adequada. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015.

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Figura 57 - Exemplo de ambiente com sinalizações de rota de fuga. Fonte: NT14 (CBMES), 2010.

A sinalização complementar de obstáculos deverá ser utilizada no piso térreo, onde existe um degrau entre o elevador e a rota de saída, e na escada que desce do térreo à calçada do edifício. Segundo a NT 14 (2010), no térreo também deve haver uma sinalização escrita complementar informando o público sobre: - Sistemas de proteção contra incêndio (ativos e passivos) - Característica estrutural da edificação (concreto armado)

Figura 58 - Placa indicando os sistemas de proteção presentes no edifício, segundo NT14/2010. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015.

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Na área de risco (central de gás, por exemplo, e casa de bombas), informando o público sobre os sistemas de proteção (extintores extra), gases combustíveis armazenados, indicando sua quantidade e a capacidade individual (6 botijas P-45) As portas do hidrante devem ser pintadas com a identificação "INCÊNDIO" fundo vermelho e inscrição na cor branca ou amarela. Atualmente esta sinalização já existe nos hidrantes. Os acessórios hidráulicos (válvulas e registros) devem ser pintados em amarelo. O anexo C deste volume traz as plantas baixas com projetos de sinalização, a legenda determina o tamanho das placas e seu tipo, de acordo com a tabela contida na norma NT 17 (2010) do CBMES que define as exigências a respeito de sinalização de emergência. 6.2.6. Extintores e Hidrantes A NT 12 (2009) do CBMES estabelece os parâmetros para instalação dos extintores de incêndio corretos em cada local da edificação, de acordo com sua classe de incêndio, capacidade e classificação do local. A norma estabelece ainda que em cada pavimento com área construída a partir de 50m², devem ser instalados no mínimo dois extintores: um para classe A e outro para classe B e C (que também pode ser utilizado para classe K). A tabela A.5 da NT 12 (2009) do CBMES estabelece que edificações de risco baixo podem utilizar uma unidade extintora a cada 500m², e um percurso de 20 metros entre qualquer ponto do ambiente e o extintor. A garagem deve ser considerada de risco médio no que se refere ao dimensionamento dos extintores de pó químico, sendo assim deve haver um extintor BC a cada 250m², e o percurso médio de qualquer lugar do ambiente até a unidade extintora deve ser de 15 metros. A norma estabelece ainda que sejam adicionados extintores além da proteção local em casas de bombas, casas de máquinas, central de gás e quadros de distribuição de energia elétrica. No edifício Ponta Negra, destes ambientes, apenas a casa de bombas e central de gás possuem proteção adicional. (Figura 41 e Figura 44). Os extintores devem ser posicionados em locais desobstruídos onde exista mínima probabilidade de ser bloqueado o acesso pelo fogo. Deve haver também proteção há menos de 5 metros da entrada principal da edificação, e próximo as escadas dos demais Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


pavimentos, porém nunca dentro da caixa de escadas. Atualmente existem extintores posicionados há 8,88 metros da entrada principal (Figura 60), que devem ser realocados para o outro ponto sugerido que fica há 3,50 metros da entrada. Toda a área de térreo referente ao saguão, hall de elevadores e guarita, constitui 90,40m², e a distância máxima entre a nova localização e o ponto mais distante é de 11 metros, desta forma os dois extintores poderão ser apenas realocados.

Figura 59 - Realocação dos extintores no térreo do Edifício Ponta Negra e suas distâncias até a saída. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015.

Figura 60 - Localização atual dos extintores no hall do edifício Ponta-Negra. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015.

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Nos pavimentos tipo (Figura 61), os extintores estão posicionados em forma correta, são utilizados um de água pressurizada com 10L, capacidade extintora de 2A, e um de Pó Químico com 6kg e capacidade extintora 20BC. Possuem selo do INMETRO e estão dentro da validade. Todos estão posicionados em altura correta, com 1,60m entre o gatilho e o piso acabado.

Figura 61 - Extintores na circulação do pavimento de apartamentos tipo. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015.

Os extintores devem ser inspecionados e trocados ou recarregados anualmente, de acordo com sua validade. Foi cedido ao edifício Ponta-Negra um relatório para vistoria mensal de todos os extintores de incêndio, a fim de haver a troca correta e garantia de proteção (Anexo B). Trata-se de vistoria simples, que pode ser realizada por qualquer funcionário. A NR 23 (2011) possui em seu anexo um relatório de vistoria mais completo, envolvendo válvulas, manômetros, gatilhos e todos os demais itens. O edifício Ponta-Negra possui duas garagens, uma no térreo com 280m² e outra no subsolo com total de 386m². Na garagem do pavimento térreo, inicialmente são necessárias duas unidades extintoras BC, dispostas como na figura 62, tendo suas distâncias com menos de 15 metros a cada ponto da edificação. A Central de gás possui um extintor próprio, ao lado de seu acesso. Deverá ser incluído um extintor adicional BC próximo aos quadros de distribuição de energia elétrica. Os extintores atuais poderão ser mantidos, estão em local correto de acordo com as exigências da NT 12 (2009) do CBMES. A maior distância entre eles e qualquer ponto é 12 metros, onde poderia ser até 15 metros. Totalizando serão quatro extintores BC no estacionamento térreo, devendo ser adquirido um. Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


Figura 62 - Garagem térrea e unidades extintoras em triângulo vermelho. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015.

Na garagem subsolo, são necessários três extintores. Dois extintores BC distribuídos em distância adequada e uma unidade extintora extra para a proteção da casa de bombas. Atualmente, o subsolo possui os três extintores posicionados adequadamente e com carga correta para o uso. Conforme se pode observar na Figura 63, os extintores BC ficam distanciados em 14 metros, distribuindo-se de forma adequada à todo o pavimento, e o extintor presente na entrada da casa de bombas permanece no mesmo local.

Figura 63 - Garagem subsolo e unidades extintoras distribuídas adequadamente. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015.

O pavimento da cobertura atualmente possui dois extintores, um com carga de 10L capacidade 2A de água pressurizada e o outro 20BC com pó químico seco 6kg. Os extintores estão na posição e altura adequada, no entanto sua sinalização está de forma errada, o que pode confundir ao ser utilizado.

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Figura 64 - Extintores no pavimento de cobertura estão corretos, porém sua sinalização incorreta pode confundir quando for necessário utilizá-los. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015.

No pavimento de cobertura deve ser adquirida uma unidade extintora para a casa de máquinas. Foi alertado ao edifício a respeito da aquisição de outra unidade extintora BC para instalação no local. Sendo assim, no total será necessário adquirir duas unidades extintoras 20BC, uma para o quadro de distribuição de energia elétrica e outra para a casa de máquinas. No estado do Espírito Santo, atualmente a norma NT 15 (2009) do CBMES estabelece as condições necessárias para o dimensionamento, instalação, manutenção, manuseio e características dos sistemas de hidrantes e mangotinhos para uso no combate a incêndio. A norma é baseada, entre outras referências, na norma NBR 13714 (2000), da Associação Brasileira de Normas Técnicas, que também diz respeito aos sistemas de hidrantes e mangotinhos no combate a incêndio. De acordo com a norma, para a edificação selecionada é estabelecida a utilização de hidrantes com jato regulável, diâmetro de 25 ou 32mm, mangueira com comprimento máximo de 45 metros, com expedições simples e vazão mínima de 80l/min. A posição dos hidrantes, segundo a NT15 (2009), deve ser nas proximidades de portas ou escadas, com no máximo 5m de distâncias para as mesmas, em posições centrais, fora de escadas e de 90cm a 1,5m de altura do piso acabado. O abastecimento dos hidrantes deve ser feito por reservatório elevado próprio para incêndio e seu volume deve ser 8m³, isto é, 8000 litros, como afirma a norma em sua tabela A.3. O reservatório de incêndio do edifício Ponta Negra fica na cobertura e tem volume de 9000 litros. Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


Figura 65 - Isometria da bomba de incêndio e reservatório. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015.

Figura 66 - Bomba de incêndio no condomínio Ponta Negra. Fonte: Arquivo pessoal, 2015.

A bomba de incêndio, segundo a norma, deve ser do tipo centrífuga, acionada por motor elétrico ou combustão interna. A administração do edifício realiza manutenção frequente e houve a troca do pressostato no mês anterior à última visita ao local. O tamanho das caixas de abrigo, de acordo com a NT 15 (2010) depende do tamanho das mangueiras em seu interior. Mangueiras com 25 metros demandam abrigos com 70cm de largura, e mangueiras com 20 metros, 60cm de largura.

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Os hidrantes no edifício são numerados entre H1 e H9, sendo H1 na cobertura, H2 até H7 nos pavimentos tipo respectivamente, H8 no pavimento térreo e H9 no subsolo com ligação ao hidrante de recalque. H1, H2, H3, H4, H5, H6 e H7 são hidrantes de parede com 60x90x17cm, com registro globo angular 45º diâmetro de 63mm, mangueira de 38mm com 20 metros, esguicho agulheta com adaptador storz engate rápido de 63x38mm e chave de mangueira 38mm. O hidrante H8, no térreo, possui 70x90x17cm, com registro globo angular 45º 63mm, com mangueira de diâmetro 38mm e 25 metros de comprimento, esguicho regulável com adaptador storz, engate rápido 63x38mm e está sem a chave de mangueira 38mm (Figura 67), já o hidrante H9, localizado no subsolo, tem 80x90x17mm com o mesmo registro globo angular 45º 63mm, mangueira com 38mm e 30 metros, esguicho regulável com adaptador storz, também engate rápido 63x38mm e chave de mangueira 38mm. Já o hidrante de recalque é uma caixa de 50x40x40cm com tampa metálica e inscrição "incêndio", com registro globo 90º 63mm e tampão cego 63mm. Na figura 67, observa-se o hidrante do pavimento térreo com todos os componentes exceto a chave de mangueira. Os demais hidrantes do edifício encontramse com todas as peças especificadas. O recomendado é que as mangueiras fiquem já afixadas ao registro, como na figura 69.

Figura 67 - Hidrante de parede no térreo, dentro do abrigo, mostrando registro globo, mangueira e esguicho. Fonte: Arquivo Pessoal, 2015.

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Figura 68 - Chave Storz, necessária para hidrante do térreo. Fonte: Real Extintores, 2015.

Figura 69 - Hidrante completo com registro, chave, mangueira e esguicho já afixados. Fonte: Arquivo pessoal, 2015.

Todos os hidrantes do edifício estão posicionados em local determinado e apropriado, além de estarem desobstruídos. Não possuem vazamentos visíveis, suas caixas estão limpas e livres de objetos inadequados. No entanto, os hidrantes não estão identificados por placas visíveis, estando a identificação por conta do abrigo e de seu visor com a indicação "incêndio". Devem haver placas visíveis e desobstruídas conforme a legislação de sinalização de emergência, e nas áreas de estacionamento devem ter seu piso demarcado conforme Figura 63. Deverá ser adquirida chave storz para o hidrante térreo.

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Figura 70 - Hidrante H9, no subsolo, posicionado em área de garagem e sem sinalização adequada, tanto na parede quanto no piso. Fonte: Arquivo pessoal, 2015.

Figura 71 - Sinalização adequada para os hidrantes de parede, com altura de 1,80m até a base da placa que deve ser fotoluminescente. Fonte: NT14 (CBMES), 2010.

Os bombeiros utilizam o hidrante de recalque a fim de pressurizar e alimentar o sistema hidráulico preventivo, para que todos os hidrantes de parede tenham água com pressão suficiente para o combate. O hidrante de recalque atende às exigências da NT 15 (2009), possuindo engate rápido com válvula globo de diâmetro 65mm posicionada em ângulo de 45º com junta storz e localizado na calçada, próximo à via de acesso de viaturas. Como mostrado na figura 72, o hidrante de recalque fica localizado na calçada, logo à entrada Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


principal do edifício em caixa de 40x60cm com tampa e inscrição "incêndio". O corpo de bombeiros também utiliza este hidrante para abastecimento de viaturas em casos de necessidade, onde não existam hidrantes de coluna nas proximidades. À frente da edificação também existe um hidrante de coluna (figura 73). O CBMES, através da NT 16 (2010) exige que haja a instalação de hidrante urbano de coluna para edificações com altura superior a 12 metros. O hidrante deve estar localizado a um raio de 80 metros a partir do eixo da fachada da edificação, e tem raio de ação de no máximo 300 metros. Como o hidrante se localiza no passeio público à frente da portaria do edifício, está localizado corretamente.

Figura 72 - Hidrante de recalque na calçada do edifício. Fonte: Arquivo pessoal, 2015.

Figura 73 - Hidrante de coluna à frente da edificação. Fonte: Arquivo pessoal, 2015.

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6.2.7. Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas O sistema de proteção contra descargas atmosféricas é provido de captor tipo Franklin, sua haste tem 3 metros e é dotado de três condutores de cobre com diâmetro de 35mm. Segundo a norma NBR 5419 (2015), o edifício residencial necessita de proteção nível III, com R de 45m e espaçamento das descidas de 20m. Tabela 23 - Nível de proteção de acordo com o tipo de edificação

Fonte: ABNT NBR 5419, 2015. Tabela 24 - Espaçamento entre condutores de descida

Fonte: ABNT NBR 5419, 2015.

A altura utilizada no dimensionamento do SPDA é a altura total do edifício, isto é, a altura entre o passeio e o nível mais alto do reservatório. No caso do edifício Ponta Negra, a altura total é de 31,84 metros. Sendo assim, segundo a tabela em anexo na norma NBR 5419 (2015), o edifício, com proteção tipo III e altura entre 30 e 45 metros se inclui com captores em ângulo de proteção 25º e raio da esfera rolante R de 45m.

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Figura 74 - Corte AA mostrando altura total para dimensionamento do SPDA. Fonte: Arquivo pessoal, 2015.

Tabela 25 - Posicionamento dos captores conforme o nível de proteção

Fonte: ABNT NBR 5419, 2015.

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O método da esfera rolante foi criado na década de 80 e constitui uma evolução do método Franklin. Consiste em uma esfera fictícia com o raio determinado pela tabela em todos os sentidos e direções sobre o topo e fachadas da edificação, e o objetivo é fazer com que os mastros do para-raio impeçam que a esfera toque a edificação. O atual mastro do pára-raios no edifício Ponta Negra possui 3 metros de altura, e na Figura 75 pode-se observar o ângulo de proteção com 25º. Trata-se de uma estimativa, já que todos cálculos do SPDA devem ser feitos por um engenheiro eletricista credenciado em seu conselho próprio. O edifício conta com vistorias especializadas de manutenção anuais, estando em dia com as condições do pára-raios, através de vistoria solicitada na elaboração deste trabalho.

Figura 75 - Ângulos de proteção com 25º. Fonte: Arquivo pessoal, 2015.

Figura 76 - Pára-raios tipo Franklin sobre o barrilete e ao lado condutores de descida do SPDA. Fonte: Arquivo pessoal, 2015.

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6.3. PREVISÃO DE CUSTOS No decorrer do subcapítulo 6.2 deste volume foram descritas as medidas de proteção contra incêndio presentes e necessárias no edifício Ponta Negra. Durante os 7 sub-itens, foram citadas alterações que devem ser realizadas para que o edifício seja regularizado e esteja protegido de acordo com as exigências em segurança e prevenção. A previsão de custos para a regularização é uma das premissas mais importantes na implantação de um PPCI, e apresentada à administração do condomínio deve ser trabalhada junto a um gerenciamento mais amplo de todas as fases previstas no planejamento. Deverão ser adquiridas todas as luminárias e sinalização de emergência no edifício, uma vez que atualmente não existe um plano de iluminação de emergência ou sinalização. Além disso devem ser adquiridos extintores, a instalação de corrimãos contínuos e obras na escada que desce para o subsolo. Na tabela abaixo, constam os produtos e serviços necessários e seu valor de acordo com cotação local. Foram utilizados valores de lojas online e lojas físicas para sinalizações, extintores e acessórios, orçamentos diretamente com a distribuidora na iluminação de emergência, com serralheria e empreiteiras locais para os serviços. SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA -

COD

LOCAL

QUANT. 1

A3

TÉRREO (1)

1 E3

E5-A

BARRILETE (1)

SUBSOLO (3) TÉRREO (5) TIPO (6) COBERTURA (2)

16

VALOR UNITÁRIO

VALOR TOTAL

7,90

7,90

R$ 9,00

R$ 9,00

R$ 9,00

R$ 144,00

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E5-B

E7

TÉRREO (1) TIPO (6) COBERTURA (1)

SUBSOLO (1) TÉRREO (1) TIPO (6) COBERTURA (1)

9

R$ 9,00

R$ 81,00

9

R$ 11,00

R$ 99,00

E17

SUBSOLO (5) TÉRREO (4)

9

R$ 18,00

R$ 162,00

M1

TÉRREO (1)

1

R$ 18,00

R$ 18,00

12

R$ 9,00

R$108,00

TÉRREO (1)

1

R$ 7,90

R$ 7,90

P2

TÉRREO (1)

1

R$ 7,90

R$ 7,90

P3

SUBSOLO (1) TÉRREO (2) COBERTURA (1)

4

R$ 7,90

R$ 31,60

7

R$ 7,90

R$ 55,30

M4

P1

P4

SUBSOLO (2) TÉRREO (2) TIPO (6) COBERTURA (2)

TÉRREO (1) TIPO (6)

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S1

SUBSOLO (3) TÉRREO (1)

4

R$ 9,00

R$ 36,00

S2

SUBSOLO (1) TÉRREO (1)

2

R$ 9,00

R$ 18,00

10

R$ 9,00

R$ 90,00

R$ 9,00

R$ 72,00

S3

SUBSOLO (2) TÉRREO (1) TIPO (6) COBERTURA (1)

S8

TIPO (6) COBERTURA (2)

8

S10

SUBSOLO (1)

1

R$ 9,00

R$ 9,00

S12

TÉRREO (1)

1

R$ 9,00

R$ 9,00

11

R$ 9,00

R$ 99,00

S17

SUBSOLO (1) TÉRREO (2) TIPO (6) COBERTURA (2)

VALOR TOTAL - SINALIZAÇÃO

R$1.064,60

ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA -

COD

LOCAL

QUANT.

VALOR UNITÁRIO

VALOR TOTAL

L1

ESTACIONAMENTO HALLS

29

R$ 150,00

R$ 4.350,00

21

R$ 44,72

R$ 939,12

L2

ESCADAS CASA DE MÁQUINAS

VALOR TOTAL - ILUMINAÇÃO

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R$5.289,12


EXTINTORES -

COD

LOCAL

EX 20 BC 6kg

TÉRREO

QUANT.

VALOR UNITÁRIO

VALOR TOTAL

2

R$ 152,00

R$ 304,00

CASA DE MÁQUINAS

VALOR TOTAL - EXTINTORES

R$304,00

ACESSÓRIOS -

COD

LOCAL

QUANT.

VALOR UNITÁRIO

VALOR TOTAL

CHAVE STORZ

TÉRREO

1

R$ 9,30

R$ 9,30

CASA DE MÁQUINAS

1

R$ 108,20

R$ 108,20

DOBRADIÇA DE MOLA PARA PORTA CORTAFOGO (KIT 3 UNIDADES)

VALOR TOTAL - ACESSÓRIOSS

R$117,50

SERVIÇOS DESCRIÇÃO RETIRADA DE PISO CERÂMICO E REGULARIZAÇÃO DE PISO INSTALAÇÃO E COMPRA DE CORRIMÃOS CONTÍNUOS DEMOLIÇÃO DE RAMPA/ESCADA EXISTENTE E RETIRADA DE ENTULHO CONSTRUÇÃO DE ESCADA NO MESMO PADRÃO DOS OUTROS PAVIMENTOS

LOCAL

QUANT.

VALOR UNITÁRIO

VALOR TOTAL

COBERTURA 6º PAVIMENTO

5,00m²

R$ 50,00/m²

R$ 250,00

ESCADAS

8

R$480,00 / Pavimento

R$ 3.840,00

SUBSOLO AO TÉRREO

7,14 m²

R$ 92,14/m²

R$ 657,88

7,14 m²

R$476,24/m²

R$ 3.400,36

SUBSOLO AO TÉRREO

VALOR TOTAL - SERVIÇOS

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R$8148,24


VALOR TOTAL PARA TODAS AS ADEQUAÇÕES

R$ 14.922,96

O valor previsto final para todas as adequações no edifício atualmente é de R$14.922,96, valor irrisório em vista das consequências que essa proteção pode trazer em caso de ocorrência. Estes custos devem ser vistos como investimentos, uma vez que são valores à proteger vidas e patrimônios materiais. 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS O cenário da construção civil no estado do Espírito Santo avançou consideravelmente nas décadas anteriores à este estudo. Quando, há vinte anos, poucos eram os edifícios com mais de três andares, nos dias atuais a maior parte da região metropolitana é tomada por edifícios maiores, comerciais ou residenciais. As exigências estaduais de prevenção e combate a incêndio precisaram acompanhar este desenvolvimento, adequando-se às novas configurações da cidade. As normas técnicas do Corpo de Bombeiros do Estado do Espírito Santo foram lançadas a partir do ano de 2009, seis anos antes da elaboração do presente trabalho. Por serem normas recentes, edifícios antigos refutaram sua adequação para atender às exigências de segurança, sobretudo os edifícios residenciais. Em consequência, notícias de incêndios domésticos são frequentes nas cidades da Região Metropolitana. Sabe-se que no Brasil a legislação contra incêndios ainda é branda com edificações residenciais, um exemplo é que habitações unifamiliares não possuem exigência de proteção alguma. Edifícios possuem exigências por terem riscos maiores, grande quantidade de pessoas e funcionários, assim necessitam rotas de fuga, equipamentos de combate, parâmetros construtivos, iluminação de emergência, entre outros. A maior parte da população dos centros urbanos vive em edifícios residenciais, o que amplia o risco de incêndio. Com o crescimento da preocupação, e as exigências dos órgãos a respeito de projetos de incêndio, cresce também a demanda por serviços especializados e profissionais específicos para projetos de prevenção contra incêndios. O planejamento e o projeto (arquitetônico, de incêndio, estrutural, entre outros) são as principais ferramentas que possibilitam a garantia de uma construção segura, a minimização dos riscos e a implantação de procedimentos de segurança.

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O objetivo inicial desta pesquisa foi conhecer e verificar as condicionantes para a proteção contra incêndios em edifícios residenciais, e avaliar o atendimento de um edifício construído quase uma década antes das normas estaduais de incêndio e pânico. O aprofundamento no tema sobre proteção e prevenção contra incêndios se deu ao longo do segundo e terceiro capítulos. O embasamento teórico foi de indiscutível importância para o desenvolvimento da pesquisa. A partir da leitura de livros, coletâneas, dissertações e teses, foram construídos os alicerces para a sustentação da análise prática que foi feita a seguir. Dividindo-se em conceitos básicos a respeito do fogo, e sistemas de combate ao incêndio e medidas de proteção, os dois capítulos discorreram sobre como ocorre o fogo e quais as medidas necessárias para prevenção e combate, e como devem ser implantadas. O quarto capítulo tratou das legislações contra incêndio, embasando a pesquisa e sustentando avaliações de conformidade legal contra incêndio do edifício. A partir dos embasamentos, de suma importância, foram analisados documentos e projetos do edifício, associando-os às instalações existentes no local. O objetivo da pesquisa também foi analisar e avaliar as condições da edificação escolhida, identificando os parâmetros de segurança adotados. Apenas após a visita de vistoria no edifício, verificouse que muitos itens de proteção que constavam em projeto não foram executados. A pesquisa então tomou o rumo de analisar as exigências que o Corpo de Bombeiros do Espírito Santo faz a esta edificação e associá-las com as informações obtidas através das vistorias presenciais, medições e levantamentos fotográficos, já que os projetos não estavam totalmente coerentes com a realidade do edifício. As vistorias presenciais possibilitaram observar que no edifício não havia nenhum tipo de iluminação de emergência, nenhum tipo de sinalização de rotas de fuga, os corrimãos das escadas eram de formato inadequado, não contínuo e demandavam manutenção. Notouse a falta de chave para o esguicho de um dos hidrantes, e porta corta-fogo com problemas em suas molas, mantendo-se abertas. Para equipamentos dos quais a autora não tem registro técnico para análise, como o sistema de SPDA, foram conferidos documentos e ART do engenheiro eletricista responsável, e solicitada a visita do mesmo para análise das condições atuais, que estão condizentes com seu correto funcionamento. O objetivo final e principal do trabalho foi elaborar propostas de melhorias para adequação do condomínio às condições plenas de segurança contra incêndio. No último capítulo, após a descrição e classificação do edifício, foram estabelecidas e Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


listadas todas as adequações que se fazem necessárias. Subdivididas em itens, listando cada uma das melhorias, o capítulo termina com uma previsão de custos das mudanças necessárias, e apresenta em anexo os projetos da edificação com as adequações previstas. Foi possível verificar, por meio deste estudo, que os sistemas de prevenção e combate a incêndios devem ser propostos desde o início dos estudos da edificação, elaborado concomitantemente com os demais projetos. Toda a forma de execução, estrutura, largura de corredores, materiais de acabamento, pé direito, entre outros elementos, são imprescindíveis para a proteção das instalações. Além disso, foi possível perceber como pode ser grave a execução de uma obra diferente do projeto. Durante a execução, foi modificada por exemplo a escada que leva do térreo ao subsolo, transformando-a em uma perigosa rampa, passível de sérios acidentes. É possível perceber que ainda existe um paradoxo entre a importância do assunto e o descaso de muitos construtores, projetistas ou administradores de condomínios, que acabam visando muito os valores que serão adicionados ao orçamento, e não atentando-se ao investimento que é proteger as instalações e ter segurança ao patrimônio e às vidas humanas. A prevenção deve ser prioridade no orçamento, tratada como investimento. Para estudos futuros, sugere-se um planejamento mais amplo envolvendo a obra que deve ser realizada no edifício. É importante que outras pesquisas sejam desenvolvidas a respeito de incêndios em edifícios residenciais, a fim de sistematizar e propor alterações até mesmo às legislações vigentes sobre proteção contra incêndios, ainda recentes e brandas. O desenvolvimento de metodologias para medição do risco de incêndios em edifícios também é importante, como a criação de softwares que simulem início e propagação de incêndio em edificações ainda em projeto, sendo uma ferramenta importante para que o projetista possa avaliar o nível de segurança contra incêndio de determinadas soluções arquitetônicas ou estruturais. Metodologias de gerenciamento de risco de incêndio em edifícios também são sugestões importantes que podem ser desenvolvidas no futuro, facilitando a administração de edifícios com relação aos riscos, podendo considerar atividades desenvolvidas, medidas de proteção existentes e intervalo entre manutenções, podendo notificar os administradores quando uma nova vistoria ou manutenção deve ser realizada, contribuindo assim para o tema da segurança contra incêndio a nível nacional e mundial. Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


O tema da segurança contra incêndios é abrangente e pode ser aprofundado ainda mais por meio de demais pesquisas na área da segurança do trabalho, seja analisando os sistemas de forma mais específica, como cálculos de dimensionamento da rede hidráulica de abastecimento dos hidrantes, índices de luminosidade dos ambientes pela iluminação de emergência, seja pela formação de brigadas ou mesmo a disseminação de informações sobre utilização correta dos equipamentos de combate a incêndio, e de que forma devem se comportar os ocupantes da edificação em caso de sinistro, são outros aspectos que podem ser abordados por futuros trabalhos que busquem contribuir para a expansão da pesquisa na área de segurança contra incêndio. 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Livros ABOLINS, Heliodoro Alexandre; BIANCHINI, Flávio José; NOMELLINI, Luiz Henrique. Saídas de Emergência em Edificações. In: SEITO, Alexandre Itiu et al. Segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto Editora, 2008. ARAUJO, Carlos Henrique de; SILVA, Adilson Antonio da. Detecção e Alarme de Incêndio. In: SEITO, Alexandre Itiu et al. Segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto Editora, 2008. ARAUJO, Carlos Henrique de; GUBEROVICH, Acacio Tarsisio. Iluminação de Emergência. In: SEITO, Alexandre Itiu et al. Segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto Editora, 2008. BRENTANO, Telmo. Instalações hidráulicas de combate a incêndios nas edificações. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2007. BRENTANO, Telmo. A proteção contra incêndio ao projeto de edificações. 2º ed. Porto Alegre: T Edições, 2010.

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CBMDF, Corpo De Bombeiros Militar do Distrito Federal. Comportamento do fogo. 2º edição. Brasília, 2006. CBMERJ, Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro. Apostila do Estágio Probatório para Oficiais do Quadro de Saúde - EPOQS. Rio de Janeiro, 2008. CBMERJ, Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro. Manual Básico do CFSD Rio de Janeiro. Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2014. DEL CARLO, Ualfrido; ALMIRON, Hector Abel; PEREIRA, Waldir. Sistemas de proteção por extintores portáteis de incêndio. In: SEITO, Alexandre Itiu et al. Segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto Editora, 2008. ENB, Escola Nacional de Bombeiros. Manual de Combate a Incêndios Florestais para Equipas de Primeira Intervenção. Ranholas: Sintra, 2006. GILL, Alfonso Antonio; LEAL, Omar Lima. Processo de Elaboração de Plano de Emergência. In: SEITO, Alexandre Itiu et al. Segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto Editora, 2008. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2008. HERNANDES, G. F. Sistemas de combate a incêndio com hidrantes. In: IV Simpósio Nacional de Sistemas Prediais: Sistemas de Proteção e Combate a Incêndios. São Paulo, 1987. MARCONNI, Edson. Prevenção contra incêndios. Recife: o autor, 2012. MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo. Bioquímica básica. 2ª ed. Ed. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 1999. Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


OLIVEIRA, Lúcia Helena de; GONÇALVES, Orestes M.; GUIMARÃES, Áderson Pereira. Sistemas de Combate a Incêndio com Água. In: SEITO, Alexandre Itiu et al. Segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto Editora, 2008. ONO, Rosária. Parâmetros de garantia da qualidade do projeto de segurança contra incêndio em edifícios altos. Ambiente Construído. Porto Alegre, v.7, n.1, p.97-113. jan/mar, 2007. ONO, Rosária; VENEZIA, Adriana P.P. Galhano; VALENTIN, Marcos Vargas. Arquitetura e Urbanismo. In: SEITO, Alexandre Itiu et al. Segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto Editora, 2008. SEITO, Alexandre Itiu et al. Segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto Editora, 2008. [a] SEITO, Alexandre Itiu. Fundamentos de Fogo e Incêndio. In: SEITO, Alexandre Itiu et al. Segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto Editora, 2008. [b] SILVA, V. P. Projeto de Estruturas de Concreto em Situação de Incêndio: conforme ABNT NBR 15200:2012. São Paulo: Blucher, 2012. SILVA, Valdir Pignatta e; VARGAS, Mauri Resende; ONO, Rosaria. Manual de Construção em Aço: Prevenção Contra Incêndios no Projeto de Arquitetura. Rio de Janeiro: CBCA, 2010. VISACRO FILHO, Silverio. Descargas Atmosféricas: uma abordagem de engenharia. São Paulo: Artiber Editora, 2005.

Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


Internet CESSAFOGO. Produtos de Identificação de Incêndio Acrílicos. Disponível em < http://cessafogo.com.br/produtos/SINALIZA%C3%87%C3%83O_ACR%C3%8DLICA>. Acesso em: 26 ago 2015. ESTADÃO. Verticalização atinge todo o país e 1 em cada 10 brasileiros já mora em prédios. Disponível em <http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,verticalizacao-atingetodo-o-pais-e-1-em-cada-10-brasileiros-ja-mora-em-predios,742856>. Acesso em 13 mar 2015. FIOCRUZ. Sistema de Informação em Biossegurança. Bibliografia: Hipertextos. Disponível em <http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/fogo.html>. Acesso em: 06 jul 2015. IBGE. Projeção da População no Brasil e Unidades da Federação. Disponível em <http://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/> Acesso em: 18 nov 2015. LMS USP. Instalando os Extintores. Projeto Técnico Simplificado: USP. Disponível em <http://www.lmc.ep.usp.br/grupos/gsi/wp-content/PTSII/PTSII/extintores_2.html>. Acesso em 26 ago 2015. NFPA, NATIONAL FIRE PROTECTION ASSOCIATION. NFPA 10: Fire Extinguishers. EUA,

2013b.

Disponível

em:

<http://www.nfpa.org/codes-and-standards/document-

information-pages?mode=code&code=10>. Acesso em: 22 abr 2015. REAL

EXTINTORES.

Chave

Storz

para

Hidrante.

Disponível

em

<http://www.realextintores.com.br/acessorios.php> Acesso em 20 out. 2015. SHOPFIRE.

Dobradiça

de

Mola

para

Portas

Corta

Fogo.

Disponível

em

<http://www.shopfire.com.br/index.php?route=product/product&product_id=554&gclid=CP OP27agn8kCFU-AkQodYKcP5Q>. Acesso em 20 out 2015. Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


SUPERPLACAS.

Placas

de

Combate

a

Incêndio.

Disponível

em

<

http://www.superplacas.com/placas-rota-fuga-incendio/>. Acesso em 19 set 2015. UFRRJ, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Departamento de Tecnologia, Instituto

de

Engenharia.

Riscos

de

Incêndio.

Disponível

em:

<http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/fogo.htm >. Acesso em: 05 jul 2015. VILUX.

Luminárias

de

Emergência.

Disponível

em

<http://www.vilux.com.br/produtos.asp>. Acesso em 20 out 2015. Legislações e Normas ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5419-1/15 - Proteção contra descargas atmosféricas. Parte 1: Princípios gerais. Rio de Janeiro: 67p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5419-2/15 - Proteção contra descargas atmosféricas. Parte 2: Gerenciamento de risco. Rio de Janeiro: 104p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5419-3/15 - Proteção contra descargas atmosféricas. Parte 3: Danos físicos a estruturas e perigos à vida. Rio de Janeiro: 51p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5419-4/15 - Proteção contra descargas atmosféricas. Parte 4: Sistemas elétricos e eletrônicos internos na estrutura. Rio de Janeiro: 87p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050/15 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro: 148p.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9077/01 Saídas de emergência em edifícios. Rio de Janeiro: 36p ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10898/13 - Sistema de iluminação de emergência. Rio de Janeiro: 38p ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 11742/03 - Porta cortafogo para saída de emergência. Rio de Janeiro: 18p ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12693/13 - Sistemas de proteção por extintores de incêndio. Rio de Janeiro: 22p ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13434-1/04 - Sinalização de segurança contra incêndio e pânico. Parte 1: Princípios de projeto. Rio de Janeiro: 11p ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13434-2/04 - Sinalização de segurança contra incêndio e pânico. Parte 2: Símbolos e suas formas, dimensões e cores.. Rio de Janeiro: 19p ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13434-3/05 - Sinalização de segurança contra incêndio e pânico. Parte 3: Requisitos e métodos de ensaio. Rio de Janeiro: 5p ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13523/08 - Central de gás liquefeito de petróleo - GLP. Rio de Janeiro: 34p ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13714/00 - Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio. Rio de Janeiro: 25p ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14276/06 - Brigada de Incêndio: Requisitos. Rio de Janeiro: 33p Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15200/12 - Projeto de estruturas de concreto em situação de incêndio. Rio de Janeiro: 48p ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15523/08 - Central de gás liquefeito de petróleo - GLP. Rio de Janeiro: 38p ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15526/12 - Redes de distribuição interna para gases combustíveis em instalações residenciais e comerciais - Projeto e execução. Rio de Janeiro: 46p ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 17240/10 - Sistema de detecção e alarme de incêndio - projeto instalação comissionamento e manutenção de sistemas - requisitos. Rio de Janeiro: 54p. BRASIL. Portaria nº 3.214 de 08 de junho de 1978. Aprova as normas regulamentadoras que consolidam as leis do trabalho, relativas à segurança e medicina do trabalho. NR - 23. Proteção contra Incêndios. In: SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO. 75. ed. São Paulo: Atlas, 2015. 1072 p. ESPIRITO SANTO. Decreto nº2.423-R, de 15 de dezembro de 2009. Regulamenta a Lei nº9.269 de 21 de julho de 2009 e institui o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico (COSCIP) no âmbito do território do Estado do Espírito Santo. Vitória, ES: 15 dez. 2009. 27p ESPIRITO SANTO. Portaria nº308 de 11 de novembro de 2013. Aprova a Norma Técnica nº 02/2013, do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina as exigências das medidas de segurança contra incêndio e pânico nas edificações e áreas de risco. NT 02/2013. Espirito Santo: CBMES, 2013. 35p. ESPIRITO SANTO. Portaria nº164-R de 29 de outubro de 2009. Aprova a Norma Técnica nº 04/2009, do Centro de Atividades Técnicas, que versa sobre carga de Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


incêndio nas edificações e áreas de risco. NT 04/2009. Espirito Santo: CBMES, 2009. 12p. ESPIRITO SANTO. Portaria nº165-R de 29 de outubro de 2009. Aprova a Norma Técnica 06/2009 do Centro de Atividades Técnicas do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo que versa sobre acesso de viaturas nas edificações e áreas de risco. NT 06/2009. Espirito Santo: CBMES, 2009. 9p. ESPIRITO SANTO. Portaria nº204 de 11 de maio de 2010. Aprova a Norma Técnica nº 08/2010 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina a separação entre edificações (isolamento de risco) no Estado do Espírito Santo. NT 08/2010. Espirito Santo: CBMES, 2010. 11p. ESPIRITO SANTO. Portaria nº192-R de 10 de março de 2010. Aprova a Norma Técnica nº 09/2010 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina a segurança contra incêndio dos elementos de construção. NT 09/2010. Espirito Santo: CBMES, 2010. 17p. ESPIRITO SANTO. Portaria nº304 de 04 de novembro de 2013. Aprova a Norma Técnica nº 10/2013 Parte 1 do Centro de Atividades Técnicas, que estabelece as condições gerais a serem observadas para as saídas de emergência. NT 10/2013. Espirito Santo: CBMES, 2013. 37p. ESPIRITO SANTO. Portaria nº193 de 10 de março de 2010. Aprova a Norma Técnica nº 11/2010 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina a compartimentação horizontal e a compartimentação vertical. NT 11/2010. Espirito Santo: CBMES, 2010. 16p. ESPIRITO SANTO. Portaria nº190-R de 04 de março de 2010. Aprova a Norma Técnica nº 16/2010, que disciplina os procedimentos referentes a hidrante urbano de coluna. NT 16/2010. Espirito Santo: CBMES, 2010. 7p.

Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


ESPIRITO SANTO. Portaria nº293-R de 09 de julho de 2013. Aprova a Norma Técnica nº 21/2013, do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina sobre o controle de materiais de acabamento e revestimento. NT 21/2013. Espirito Santo: CBMES, 2013. 13p. VILA VELHA, Lei nº4.575 de 25 de Novembro de 2007. Institui o Plano Diretor Municipal (PDM) e dá outras providências. Prefeitura de Vila Velha, 2007. VILA VELHA, Lei nº5.430 de 28 de Junho de 2013. Altera e suprime dispositivos da Lei nº4.575/2007 (Plano Diretor Municipal). Prefeitura de Vila Velha, 2013. [a] VILA VELHA, Lei nº5.440 de 23 de Agosto de 2013. Dispõe sobre regularização de edificações no Município de Vila Velha e dá outras providências. Prefeitura de Vila Velha, 2013. [b] VILA VELHA, Lei nº5.441 de 06 de Setembro de 2013. Estabelece parâmetros urbanísticos, índices construtivos e demais elementos que menciona e dá outras providências. Prefeitura de Vila Velha, 2013. [c] Monografias, dissertações e teses BERTO, A. F. Medidas de proteção contra incêndio: aspectos fundamentais a serem considerados no projeto arquitetônico dos edifícios. Dissertação (Mestrado) Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo. São Paulo, 1991. CIPOLATTI, M. C. A utilização de dióxido de carbono armazenado de forma massiva no combate a incêndio. Monografia apresentada na ESCBM/RJ . Rio de janeiro, 2014. COSTA, C. N. Dimensionamento de Elementos de Concreto Armado em Situação de Incêndio. Tese (Doutorado em Engenharia Civil) – Escola Politécnica, Departamento de Engenharia de Estruturas e Geotécnica, São Paulo, 2008.

Avenida Leitão da Silva, 2055 - Itararé, Vitória - ES


MELHADO, Silvio Burrattino. Edifícios de estrutura de aço: segurança contra incêndio e sistemas de proteção da estrutura. [Dissertação apresentada à EPUSP, 1990]. POZZOBON, C. E. Proteção contra incêndios e explosões: Técnica de prevenção e combate a sinistros. Notas de aula. Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho. Ijuí: UNIJUI, 2007.

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9. LISTA DE ANEXOS A. Verificação de Manutenção Preventiva em Incêndio e Pânico B. Verificação Simples de Extintores de Incêndio C. Projeto de Adequação de Medidas de Proteção e Combate a Incêndio C.1. Planta Baixa Pavimento Subsolo C.2. Planta Baixa Pavimento Térreo C.3. Planta Baixa Pavimento Tipo C.4. Planta Baixa Pavimento Cobertura e Técnico C.5. Corte A-A C.6. Corte B-B e Planta de Situação

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ANEXO A

VERIFICAÇÃO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA EM INCÊNDIO E PÂNICO

Pavimento: Sistema

Porta Corta-Fogo

Iluminação de emergência

Sinalização de emergência

Extintores

Edifício Ponta Negra Verificação Porta desobstruída, destrancada e não escorada Portas fecham sozinhas e se abrem totalmente Placa fotoluminescente de orientação para manter a porta fechada. Bom estado de conservação das molas, travas, ferrolhos e barra antipânico (semestral). Placas com inscrições da numeração, tanto na porta quanto no batente (anual). Pontos de ferrugem, deterioração, empenamento, bom aspecto (anual) Lâmpadas queimadas Luminárias de emergências estão carregadas Luminária de emergência está ligada à rede Luminária de emergência está limpa e livre de poeiras Luminária de emergência está fixada corretamente. Verificar funcionamento e autonomia (anual). Sinalizar a entrada de elevadores, colocando a descrição “É proibido usar em caso de incêndio”. Sinalizar equipamentos de combate a incêndio, hidrantes, bombas de água de incêndio, alarme de incêndio, extintores, dentre outros. Sinalizar disjuntor de alimentação da bomba de incêndio com a descrição “Bomba de incêndio – não desligue”. Sinalizar acima das portas de acesso á escada com a simbologia ou descrição “saída de emergência”. Sinalizar a escada internamente com o número do pavimento e a simbologia ou descrição “saída” no térreo. Sinalizar bombas de abastecimento com a descrição “perigo” e “é proibido fumar”. Estão desobstruídos Estão disponíveis no local determinado e apropriado Estão identificados com placa visível, desobstruída e fotoluminescente Estão com piso demarcado (área de estacionamento) Estão carregados e com a carga dentro do prazo de validade Casco em bom aspecto, rotulado ao seu fim (A, B, C), com selo do INMETRO e dentro do prazo de validade de estanqueidade. Estão desobstruídos. Estão disponíveis no local determinado e apropriado. Estão identificados com placa visível e desobstruída.

Sim

Não

N/A


Estão com piso demarcado (área de estacionamento). Estão com todos acessórios (conector, tampão com, corrente, mangueira, esguicho regulável e chave). Hidrantes e Mangotinhos Possuem vazamentos visíveis (linha pressurizada). As caixas estão limpas e livres de objetos inadequados. A mangueira está disposta corretamente. O abrigo de mangueira está íntegro e em bom aspecto. Foi observada água no interior da mangueira. As portas de caixas de hidrantes encontram-se destravadas. Está livre e desobstruída. A sinalização da rota é clara e fotoluminescente. Encontra-se desobstruída. A sinalização da rota indica a saída visível em todo o seu trajeto de evacuação. Rota de O piso está íntegro em todo o percurso. Fuga Os desníveis de piso e desvios de trajeto estão sinalizados por placas fotoluminescentes. As escadas estão desobstruídas. Na escada, o corrimão é contínuo dos dois lados. O corrimão está firme, com as fixações na parede íntegras. Há “pontas vivas” no corrimão. Acompanhar toda a intervenção, de forma a garantir a Caixas / remoção de entulhos e a recolocação dos anteparos. Prumadas Toda a área específica (casa de máquinas, estoque inflamáveis, centros de medição etc) possui proteção adicional específica (ex.: extintor adicional). Todo o estoque ou ponto de passagem de inflamáveis Inflamáveis está protegido de fontes ignitoras. e Áreas Líquidos inflamáveis estão sinalizados e armazenados específicas corretamente em local seguro. Bateria de GLP, popular abrigo de gás, está protegida e sinalizada. Bateria de GLP, popular abrigo de gás, tem extintor adequado e em local próximo desobstruído. Os reservatórios e a rede de passagem de inflamáveis estão em bom aspecto (anual). A relação de telefones de emergência está fixada em local visível e atualizada. Data da última verificação: Observações:

Responsável pela Verificação:

Responsável pelo Condomínio:

Data da Verificação: Assinatura:

Data de Ciência: Assinatura:


ANEXO B

VERIFICAÇÃO SIMPLES DE EXTINTORES DE INCÊNDIO N° Patrimonio

Lacre

N° INMETRO

Tipo

LT/KG

Data Recarga

Localização

Validade do Extintor Sinalização

Placas


B

XX YYxYY A

A

B

B

100x100

24x24 24x12

24x12 24x12

24x12 24x12 100x100

24x12

24x24 24x12

24x12 100x100

24x12

24x24 100x100

24x12

A

24x24

A PROJETO ANEXO AO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO "AVALIAÇÃO DOS SISTEMAS DE PREVENÇÃO E COMBATE À INCÊNDIO EM EDIFÍCIO RESIDENCIAL DE VILA VELHA - ES"

B

SANTOS, Evelyn Machado. dos Sistemas de e Combate a em Residencial de Vila Velha - ES. 2015. 125p. Monografia (Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho) - Faculdade Cândido Mendes, Vitória.

EVELYN MACHADO

PLANTA-BAIXA PAVTO SUBSOLO

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AV. JOÃO PESSOA DE MATTOS, 500. PRAIA DA COSTA, VILA VELHA - ES

CONDOMÍNIO PONTA NEGRA 1/100 ANEXO C C.1

NOV/2015 01/06


M4

S17

S17

M4 M1

E7 S2

S1

E5

E5 E17

S3

S12

P4 E5

E5

E5

E17

E17 A3 P1 P2 P3

P3

E5

PROJETO ANEXO AO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO "AVALIAÇÃO DOS SISTEMAS DE PREVENÇÃO E COMBATE À INCÊNDIO EM EDIFÍCIO RESIDENCIAL DE VILA VELHA - ES"

E17

SANTOS, Evelyn Machado. dos Sistemas de e Combate a em Residencial de Vila Velha - ES. 2015. 125p. Monografia (Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho) - Faculdade Cândido Mendes, Vitória.

EVELYN MACHADO

PLANTA-BAIXA PAVTO TÉRREO

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CONDOMÍNIO PONTA NEGRA 1/100 ANEXO C C.2

NOV/2015 02/06


S8

M4 S17 S3

E7

E5

E5

P4

PROJETO ANEXO AO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO "AVALIAÇÃO DOS SISTEMAS DE PREVENÇÃO E COMBATE À INCÊNDIO EM EDIFÍCIO RESIDENCIAL DE VILA VELHA - ES" SANTOS, Evelyn Machado. dos Sistemas de e Combate a em Residencial de Vila Velha - ES. 2015. 125p. Monografia (Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho) - Faculdade Cândido Mendes, Vitória.

EVELYN MACHADO

PLANTA-BAIXA PAVTO TIPO

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CONDOMÍNIO PONTA NEGRA 1/100 ANEXO C C.3

NOV/2015 03/06


S8

E7

E5 S8

M4

S3

S17

E5

E5

M4 S17

P3

PROJETO ANEXO AO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO "AVALIAÇÃO DOS SISTEMAS DE PREVENÇÃO E COMBATE À INCÊNDIO EM EDIFÍCIO RESIDENCIAL DE VILA VELHA - ES"

E3

SANTOS, Evelyn Machado. dos Sistemas de e Combate a em Residencial de Vila Velha - ES. 2015. 125p. Monografia (Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho) - Faculdade Cândido Mendes, Vitória.

EVELYN MACHADO

PLANTA-BAIXA PAVTO COBERTURA / PAVTO TÉCNICO

CONSULTORIA & PROJETOS EVELYNMACHADO@LIVE.COM ADEQUAÇÃO DE MEDIDAS DE PROTEÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO

AV. JOÃO PESSOA DE MATTOS, 500. PRAIA DA COSTA, VILA VELHA - ES

CONDOMÍNIO PONTA NEGRA 1/100 ANEXO C C.4

NOV/2015 04/06


XX YYxYY

PROJETO ANEXO AO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO "AVALIAÇÃO DOS SISTEMAS DE PREVENÇÃO E COMBATE À INCÊNDIO EM EDIFÍCIO RESIDENCIAL DE VILA VELHA - ES" SANTOS, Evelyn Machado. dos Sistemas de e Combate a em Residencial de Vila Velha - ES. 2015. 125p. Monografia (Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho) - Faculdade Cândido Mendes, Vitória.

EVELYN MACHADO

CORTE A-A

CONSULTORIA & PROJETOS EVELYNMACHADO@LIVE.COM ADEQUAÇÃO DE MEDIDAS DE PROTEÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO

AV. JOÃO PESSOA DE MATTOS, 500. PRAIA DA COSTA, VILA VELHA - ES

CONDOMÍNIO PONTA NEGRA 1/100 ANEXO C C.5

NOV/2015 05/06


XX YYxYY

PROJETO ANEXO AO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO "AVALIAÇÃO DOS SISTEMAS DE PREVENÇÃO E COMBATE À INCÊNDIO EM EDIFÍCIO RESIDENCIAL DE VILA VELHA - ES" SANTOS, Evelyn Machado. dos Sistemas de e Combate a em Residencial de Vila Velha - ES. 2015. 125p. Monografia (Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho) - Faculdade Cândido Mendes, Vitória.

EVELYN MACHADO

CORTE B-B E PLANTA DE SITUAÇÃO

CONSULTORIA & PROJETOS EVELYNMACHADO@LIVE.COM ADEQUAÇÃO DE MEDIDAS DE PROTEÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO

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CONDOMÍNIO PONTA NEGRA INDICADA

NOV/2015

ANEXO C C.6

06/06


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