EDIÇÃO NO 245 - MAIO.2022 - ANO XVIII
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Palavra de Deus (Jo 20,19-31) “19. Na tarde do mesmo dia, que era o primeiro da semana, os discípulos tinham fechado as portas do lugar onde se achavam, por medo dos judeus. Jesus veio e pôs-se no meio deles. Disse-lhes ele: “A paz esteja convosco!”. 20. Dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se ao ver o Senhor. 21. Disse-lhes outra vez: “A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós”. 22. Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: “Recebei o Espírito Santo. 23. Àqueles a quem perdoardes os pecados, lhes serão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, lhes serão retidos”. 24. Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. 25. Os outros discípulos disseram-lhe: “Vimos o Senhor”. Mas ele replicou-lhes: “Se não vir nas suas mãos o sinal dos pregos, e não puser o meu dedo no lugar dos pregos, e não introduzir a minha mão no seu lado, não acreditarei!”. 26. Oito dias depois, estavam os seus discípulos outra vez no mesmo lugar e Tomé com eles. Estando trancadas as portas, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco!”. 27. Depois disse a Tomé: “Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado. Não sejas incrédulo, mas homem de fé”. 28. Respondeu-lhe Tomé: “Meu Senhor e meu Deus!”. 29. Disse-lhe Jesus: “Creste, porque me viste. Felizes aqueles que creem sem ter visto!”. 30. Fez Jesus, na presença dos seus discípulos, ainda muitos outros milagres que não estão escritos neste livro. 31. Mas estes foram escritos, para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome.”
Expediente
Utilidade Pública em Curitiba, Lei 7035; de Almirante Tamandaré, Lei 969 e Estadual do Paraná, Lei 11.937CNPJ 78.897.808/0001-00
Horário da Secretaria: 2ª a 6ªfeira das 8h30 às 12h30 Fone da Secretaria: (41) 3657-4285 Coordenador Geral: Jacira Alves Marinho Borges Jornalista: Alexsandra Carla de Souza Godri Mtb 5947 E-mail: ammi.sede@gmail.com Diagramação: Aldemir Batista (41) 3657-2864 Tiragem: 1 mil exemplares Sede da Âmi: Av. Vereador Wadislau Bugalski, 6956 Colônia Lamenha Grande - Almirante Tamandaré - PR
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ATO DE CONSAGRAÇÃO COMPOSTO PELA BEATA MARIA DO DIVINO CORAÇÃO Meu Jesus, eu me consagro hoje novamente e sem reserva ao vosso Divino Coração. ConsagroVos o meu corpo com todos os seus sentidos, a minha alma com todas as suas faculdades, e inteiramente todo o meu ser. Consagro-Vos todos os meus pensamentos, as minhas palavras e obras, todos os meus sofrimentos e trabalhos, todas as minhas esperanças, consolações e alegrias. Principalmente Vos consagro este meu pobre coração, para que ele não ame senão a Vós e se consuma como vítima nas chamas do Vosso amor. Aceitai, ó Divino Coração o desejo que tenho de Vos consolar e de vos pertencer para sempre. Tomai de tal forma posse de mim, que já não tenha outra liberdade senão a de sofrer e morrer por Vós. Ponho em Vós toda a minha confiança, uma confiança ilimitada, e espero da Vossa infinita misericórdia o perdão dos meus pecados. Coloco nas Vossas mãos todos os meus cuidados, principalmente o da minha eterna salvação. Prometo amar-Vos e honrar-Vos até ao último suspiro da minha vida e propagar o culto do Vosso Santíssimo Coração, tanto quanto possa, ajudada com a Vossa Divina graça. Disponde de mim, ó Divino Coração de Jesus, segundo o vosso agrado, eu não quero outra recompensa senão a Vossa maior glória e o vosso Santo amor.
Concedei-me a graça de encontrar no vosso Santíssimo Coração a minha morada. É aqui que eu quero passar todos os dias da minha vida e exalar o meu último suspiro. Fazei também do meu pobre coração a Vossa morada e o lugar do Vosso repouso para ficarmos assim intimamente unidos, até que um dia eu Vos possa louvar, amar, e possuir por toda a eternidade, e cantar para sempre as infinitas misericórdias do Vosso Santíssimo Coração. Amém. www.oimaculadocoracaotriunfara.com.br
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SÃO BERNARDINO DE SENA, Presbítero Franciscano, grande pregador e taumaturgo Iniciador do culto ao Nome de Jesus, grande devoto da Santíssima Virgem, famoso pregador popular, São Bernardino de Sena, cuja festa comemoramos no dia 20 de maio, alcançou tal santidade em vida, e sua intercessão tantos milagres após a morte, que lhe mereceram a honra dos altares apenas seis anos após seu passamento. Bernadino era filho de nobre família, das mais ilustres da República de Sena (1). Órfão de mãe aos três anos e de pai aos seis, foi criado por sua tia materna, Diana, mulher virtuosa que plantou em sua alma as sementes do verdadeiro amor a Deus, à Sua Mãe Santíssima e aos pobres. Aos 11 anos foi enviado a Sena para receber formação condizente com seu ilustre nome junto aos tios paternos. Para isso recebeu educação dos melhores preceptores da cidade. CASTIDADE COMBATIVA Sumamente amante da virtude da pureza, Bernardino, habitualmente respeitoso e ameno de trato, incendiava-se de indignação ao ouvir qualquer palavra imoral. A um homem que ousou dizer uma em sua presença, deu-lhe um soberbo soco no queixo, que repercutiu em toda a sala onde se encontravam. O libertino não teve coragem de defender-se contra um frágil adolescente, preferiu a fuga, cheio de confusão. Em outra ocasião, recrutou meninos para expulsar, a pedradas, outro libertino que se jactava de suas obscenidades. Mais tarde, quando já franciscano, certa vez em que coletava esmolas para seu convento, uma dama convidou-o a entrar em seu palácio, prometendo-lhe grande
esmola. Entretanto, a despudorada mulher, logo que se viu a sós com Bernardino, quis com ele pecar e ameaçou-o, caso ele não consentisse, de gritar pela janela acusando-o de a ter querido violar. Sem hesitar, Bernardino ”tirou do bolso um azorrague e bateu tão desapiedadamente na própria pele, que a tentadora deixou a ideia infame e pediu-lhe humildemente perdão” (2). Era, sobretudo, seu porte modesto, mas firme, que impunha respeito. De maneira que, quando os amigos estavam em conversa imoral e viam que Bernardino se aproximava, mudavam logo o teor de sua conversação. Após terminar o estudo de Filosofia, aplicou-se ao do Direito civil e canônico, e estudo das Sagradas Escrituras.
ARRISCA A VIDA PARA TRATAR DE PESTEADOS Aos 17 anos entrou para a Confraria dos Discípulos de Nossa Senhora, agregada ao hospital La Scala, de Sena, que tinha por fim servir os doentes. No ano de 1400 a peste, que já haveria desolado parte da Itália, chegou com toda sua virulência a Sena, ceifando diariamente quase uma vintena de vítimas. Em breve não havia praticamente mais enfermeiros para o cuidado dos doentes. Bernardino reuniu então 12 de seus amigos dispostos a essa heroica obra de misericórdia, tanto mais admirável quanto maior o perigo de contágio. Dedicaram-se aos vitimados dia e noite durante os quatro meses que durou a epidemia. Findo esse tempo, exausto pelo trabalho e vigílias que despendera em prol dos empestados, Bernardino caiu de cama com violenta febre que durou outros quatro meses. Mal se recuperara, entregou-se a outra obra de misericórdia: o cuidado de uma velha e piedosa tia, que ficara cega, paralítica, e coberta de chagas. Dela cuidou por dois anos, até que ela entregou sua alma a Deus. PREGADO À CRUZ, SEGUIU FIELMENTE A ORDEM DO REDENTOR Desejando então levar uma vida mais recolhida, enquanto esperava conhecer os planos de Deus a seu respeito, retirou-se a uma casa dos arredores da cidade onde se enclausurou, dedicando-se à oração e mortificação, jejum e recolhimento. Certo dia em que rezava diante de um Crucifixo, disse-lhe Nosso Senhor: ”Bernadino, tu me
vês despojado de tudo e pregado a uma cruz por teu amor; é necessário, se tu me amas, que te despojes também de tudo e leves uma vida crucificada” (3). Para isso, o jovem sentiuse inspirado a entrar para os Franciscanos observantes, no convento solitário de Colombière, a algumas milhas de Sena. E assim fez no dia da Natividade de Nossa Senhora, que era também o dia de seu vigésimo segundo aniversário. Professou no ano seguinte, na mesma solenidade, e um ano depois, também nela, celebrava sua primeira Missa. Foi na escola de Jesus crucificado que ele aprendeu a praticar, em grau heroico, as virtudes cristãs. Para isso, dia e noite prosternava-se diante de um Crucifixo. Outra vez, durante essa meditação, Nosso Senhor lhe disse: “Meu filho, tu Me vês pregado à Cruz; se tu Me amas e queres Me imitar, prega-te também à tua cruz e segueMe; assim estarás seguro de Me encontrar”.
MILAGROSAMENTE, TORNA-SE GRANDE PREGADOR Oratório São Bernardino de Sena, Perúgia (Itália) Seus superiores, vendo tanta virtude nessa candeia, quiseram que ela não permanecesse mais oculta, mas que brilhasse à luz do mundo. Por isso designaram-no para a pregação. Bernardino obedeceu. Mas como sua voz era fraca e rouca, não podia atingir o número de fiéis que se reuniam para ouvi-lo. ”Contudo não desanimou com isso, mas recorreu à Santíssima Virgem, que imediatamente deu robustez e claridade à sua voz, e o adornou com todas as qualidades de um bom pregador ” (4). Após suas pregações, ”os homens vinham depositar entre suas mãos os dados, as cartas e os outros instrumentos de jogos proibidos, as mulheres traziam a seus pés seus ornamentos, cabeleira, tecidos, perfumes e outros produtos que a vaidade desse sexo inventou para perder as almas querendo embelezar demasiado seus corpos. A palavra de Deus em sua boca era como uma espada cortante e como um fogo que consome o que há de mais duro e mais resistente. Assim, chamavam-no a Trombeta do Céu, o Predicador do Evangelho” (5). Os frutos de suas pregações eram ainda maiores porque acompanhadas de milagres. Restituiu saúde a doentes, curou leprosos. E certa vez que um barqueiro se recusava transportá-lo à outra margem de um largo rio, porque não tinha com que pagar, estendeu na água seu manto, sobre o qual ele e o companheiro cruzaram o rio como no mais seguro barco. Chegados à outra margem, o manto não estava sequer molhado!
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“Fazei tudo o que Ele vos disser.” (Jo 2,5) SITE: www.comunidadeami.com.br INICIADOR DO CULTO AO SANTÍSSIMO NOME DE JESUS
e uma campanha de difamação foi organizada contra ele, com tanta eficácia, que o Papa Martinho V proibiu-o de pregar. Diante da atitude totalmente submissa de Bernardino, o Sumo Pontífice informou-se melhor e quis que ele se defendesse. “Leu com o maior gosto sua apologia, e satisfeito com suas
“Pode-se dizer que São Bernardino de Sena foi o iniciador do culto ao dulcíssimo Nome de Jesus. No final de seus sermões mostrava ao povo uma bandeirola na qual havia gravado em letras de ouro o monograma JHS, e convidava a todos os fiéis a prosternarem-se diante dela para venerar o nome do Redentor do mundo (4). Isso pareceu temerária inovação a alguns espíritos do mundo,
razões e seu proceder, abraçou-o ternamente, exortando-o a derramar por toda parte o fruto de seu zelo” (7). O Imperador alemão Sigismundo tinha por ele tanta veneração, que desejou que ele o seguisse a Roma para assistir às cerimônias de sua coroação, em 1433. VIGÁRIO GERAL DA ORDEM Venerado também por seus irmãos de hábito, estes o elegeram, em 1438, Vigário Geral de todos os conventos da observância. Nesse cargo, São Bernardino restabeleceu a observância em muitos conventos e mandou construir outros, à maioria dos quais deu o nome de Santa Maria de Jesus, pela singular devoção que tinha a esse nome. No intervalo entre suas atividades apostólicas, ele escrevia. Entre suas obras estão os tratados da Religião Cristã, do Evangelho Eterno, da Vida de Jesus Cristo, do Combate Espiritual, além de Meditações e Ser-
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mões. Por causa de sua saúde alquebrada, descarregou parte do peso de seu cargo sobre São João de Capistrano, seu discípulo e sucessor. MORTE FRANCISCANA: NA TERRA NUA Cerimônia fúnebre de São Bernardino de Sena Afresco da igreja Santa Maria de Aracoeli, Roma Em 1444 dirigia-se ele a Nápoles para pregar umas missões. Chegando a Áquila, sentiu que seus dias estavam contados e que deveria preparar-se para comparecer diante do Tribunal do Supremo Juiz. Para seguir o exemplo de São Francisco, pediu a seus confrades que o colocassem sobre a terra nua para aí expirar, o que sucedeu no dia da Ascensão à hora das Vésperas, quando cantavam no coro a antífona: “Meu Pai, eu fiz conhecer vosso Nome aos homens que vós me destes; agora eu Vos peço por eles, e não pelo mundo, porque eu vou para Vós”. Tinha
64 anos. Muitos anos antes, estando o grande São Vicente Ferrer pregando em Alexandria, na Lombardia, disse publicamente ”que havia um personagem no seu auditório que seria a luz da Ordem de São Francisco, de toda a Itália, e da Igreja; e que ele seria declarado santo com ele” (8). Esse santo foi exatamente São Bernardino de Sena. Giovani Carvalho Site “santos e beatos católicos”
NOTAS 1. Sempre que cabível, convém ressaltar o ilustre nascimento daqueles Santos que fazem jus a essa condição privilegiada. Assim fazendo, colocamos em prática o princípio de Santo Inácio Loyola do agere contra, ou a saber, sempre que o erro, o feio ou o mal nos impelem agir numa direção, devemos agir na direção contrária. Portanto, numa época tão igualitária e conturbada pela luta de classes como a nossa, compraz-nos ressaltar pessoas de nome insigne e de fortuna que, tendo sabido utilizar-se de sua posição ou de seus bens com desapego, ou mesmo renunciar a eles por amor de Deus, atingiram a mais alta santidade. É o caso de São Bernardino de Sena. 2. Santos de Cada Dia, Organizado pelo Pe. José Leite, S.J., Editorial A.O., Braga, 1987, vol. II, p. 111. 3. Les Petits Bollandistes, Vies des Saints, d’aprés le Père Giry, par Mgr. Paul Guérin, Paris, Bloud et Barral, Libraires-Éditeurs, 1882, tomo VI, p. 57. 4. Edelvives, El Santo de Cada Dia, Editorial Luis Vives, S.A., Saragoça, 1947, vol. III, p. 207. 5. Les Petits Bollandistes, op. cit., pp. 57-58. 6. Edelvives, op. cit., p. 208. 7. P. João Croisset, S.J., Año Cristiano, Madrid, Saturnino Calleja, 1901, tomo II, pp. 598-599. 8. Les Petits Bollandistes, op. cit., p. 61.
ANIVERSARIANTES - MAIO.2022 A TODOS OS ANIVERSARIANTES, DESEJAMOS MUITA PAZ E ALEGRIA! PARABÉNS!!!!
DIA ANIVERSARIANTE 01 .......... Gema S. Maestrelli 02 .......... Clemahir Pereira da Luz 06 .......... Silvanira da Silva Leôncio 13 .......... Ilivir Paulin 21 .......... Germano Robson Trierwailer 23 .......... Gislene Karlla Duarte Oliveira 26 .......... Maria Aparecida Barião Polli 29 .......... Tânia Mara Ribas Subkowiak 30 .......... Ivan Fadel Filho
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Exemplos próprios para excitar os fiéis de todos os estados e condições a assistir todos os dias à Santa Missa (Excelências da Santa Missa – XVI) AQUELES QUE NÃO têm gosto para assistir à Santa Missa invocam inúmeros pretextos para escusar sua tibieza. Podeis vê-los absolvidos por seus negócios, Cheios de solicitude e zelo pelo progresso de seus miseráveis interesses. Para isso toda fadiga é leve e não há dificuldade que os retenha. Ao contrário, para assistir à Santa Missa, que é o mais importante dos tesouros, eilos cheios de frieza e preguiça, invocando centenas de escusas frívolas: seus inúmeros cuidados, sua saúde delicada, os embaraços da família, a falta de tempo, o excesso de ocupações. Em suma, se a Santa Madre Igreja não os obrigasse, sob pena de pecado, a assistir à Santa
São Leonardo de Porto Maurício (ordem dos Frades Menores)
Missa ao menos aos domingos e dias santificados, sabe DEUS se visitariam jamais uma igreja ou dobrariam o joelho ante um Altar. Ó vergonha, ó profunda miséria de nossos tempos infelizes, que estamos longe do fervor dos primeiros cristãos, os quais, como já disse, assistiam todos os dias à Santa Missa e recebiam o Pão dos Anjos. No entanto não lhes faltavam afazeres, cuidados, ocupações. Mas a própria Santa Missa era para eles um auxílio para bem dirigir seus negócios e interesses espirituais e temporais. Mundo obcecado! Quando abrirás os olhos para reconhecer tão palpável ilusão? Vamos! Despertemos todos! E que
nossa devoção preferida, a mais amada, seja assistir diariamente à Santa Missa e nela comungar, pelo menos espiritualmente. Para alcançar tão santo resultado, não sei de meio mais eficaz que o exemplo, pois é uma máxima indiscutível que todos ”vivimus ab exemplo”: isto é, que tudo que vemos feito por nossos semelhantes se nos torna acessível e fácil. Não poderás fazer, dizia a si próprio Santo Agostinho, o que fazem estes e aqueles? Tu non poteris qudo isti et istae? Apresentarei, portanto, alguns exemplos interessantes de pessoas diversas, e por este meio espero convencer a todos. “As Excelências da Santa Missa”
QUEM SOMOS Somos uma comunidade de aliança que nasceu no seio da Igreja no ano de 1991 pelo chamado do nosso fundador Eliud José Borges (1942-2000), sua esposa Jacira, juntamente com um grupo de co-fundadores apaixonados por Jesus e já profundamente comprometidos com a evangelização através da espiritualidade da renovação carismática católica, hoje Charis. Atuamos através da evangelização nos grupos de oração "Maria Mãe da Igreja" e "Bodas de Caná"; do atendimento de aconselhamento e escuta em oração; da evangelização e assistência de famílias carentes e da promoção de retiros. Nosso carisma: "oração contínua para evangelizar e ser evangelizado, vivendo as bem-aventuranças; nada se fará sem antes perguntar ao Senhor se é da Sua Vontade, ou, se pelo menos, não é contra a Sua Vontade." Ami - palavra hebraica que significa "meu povo". "Vossos irmãos serão chamados Ami" (Os2,3)
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LEGENDA MAIOR (BIOGRAFIA DE S. FRANCISCO ESCRITA POR S. BOAVENTURA) (Cap. 1 da segunda parte) I 1 Estando para narrar, para honra de Deus Onipotente e para glória do bem-aventurado pai Francisco alguns dos milagres aprovados, que realizou depois de sua glorificação no céu, julguei que devia começar por aquele que, principalmente, demonstra a virtude da cruz de Jesus e renova sua glória. 2 Porque este homem novo, Francisco, brilhou por um novo e estupendo milagre, pois apareceu marcado por um singular privilégio não concedido aos séculos passados, pois foi ornado com os sagrados estigmas e, em seu corpo desta morte, foi configurado ao corpo do Crucificado. 3 Sobre isto, tudo que for dito por língua humana, será sempre menos do que o louvor que merece. 4 Pois todo o esforço do homem de Deus, tanto em público como em particular, centralizava-se na cruz do Senhor. 5 E para que o sinal da cruz, impresso em seu coração desde o começo de sua conversão, marcasse seu corpo exteriormente, envolvendo-se na própria cruz, escolheu um hábito de penitência que apresentava a imagem da cruz. 6 De modo que, como sua mente vestira por dentro o Senhor crucificado, também seu corpo vestisse exteriormente as armas da cruz, e para que seu exército batalhasse pelo Senhor com o mesmo sinal com que Deus debelara os poderes aéreos. 7 Mas desde os primeiros tempos em que começou a militar pelo Crucificado, brilharam a respeito dele diversos mistérios da cruz, como fica cada vez mais claro para quem considera o decurso de sua vida. 8 Como, por sete aparições diferentes da cruz do Senhor foi todo transformado tanto no pensamento, como no afeto e na ação na imagem do Crucificado, por seu estático amor. 9 Pois a clemência do sumo Rei, dignamente, condescenden-
do acima de todo cálculo humano, imprimiu o estandarte de sua cruz no seu corpo para que o carregasse, para que aquele que tinha sido anteriormente distinguido por um admirável amor à cruz, também se tornasse maravilhoso pela honra admirável da cruz. II 1 Para a irrefragável firmeza deste estupendo milagre concorrem não só os testemunhos dos que viram e tocaram, dignos de todo crédito, mas também as admiráveis aparições e virtudes que fulguraram depois de sua morte para afugentar qualquer nuvem da mente. 2 Pois o papa Gregório IX, de feliz memória, a respeito de quem o santo, profetizando, dissera que ia ser sublimado com a dignidade apostólica, antes de colocar o portador da cruz no catálogo dos santos, teve um certo escrúpulo de dúvida em seu coração sobre a chaga do lado. 3 Certa noite, como o próprio bispo contava entre lágrimas, o bem-aventurado Francisco apareceu-lhe em sonhos com certa dureza no rosto. 4 Repreendendo a hesitação de seu coração, levantou o braço direito, descobriu a chaga e lhe pediu uma taça para receber o sangue que saía do seu lado. 5 Na visão, o sumo pontífice ofereceu a taça pedida, que viu encher-se até em cima com o sangue que corria. 6 Desde então, começou a ser tocado por tanta devoção e a ter tamanho zelo para com aquele sagrado milagre, que de modo algum podia suportar que ninguém ousasse, com soberba contradição, procurasse ofuscar aqueles mais do que fulgentes sinais sem que o repreendesse severamente. III 1 Um irmão, menor pela Ordem, pregador de ofício, distinguido por sua virtude e pela fama, que estava firmemente convencido dos estigmas do Santo, querendo investigar com
sentido humano a razão desse milagre, começou a ser atormentado por um escrúpulo de dúvida. 2 Quando já faziam muitos dias que, tomando força a sensualidade, sofria com essa luta, estava dormindo à noite e São Francisco apareceu-lhe com os pés cobertos de barro, humildemente duro mas pacientemente irado. 3 E disse: “Que lutas e conflitos são esses, em ti, que sujeiras de dúvidas? Vê minhas mãos e meus pés”. 4 Viu as mãos atravessadas mas não enxergava os estigmas nos pés cheios de barro. 5 Ele disse: “Remove o barro dos meus pés para ver o lugar dos cravos”. 6 Tomou-os devotamente e lhe pareceu que tirava o barro e tocava o lugar dos cravos com as mãos. 7 Logo que acordou, lavou-se em lágrimas e limpou seus afetos de algum modo cheios de barro, tanto pelas lágrimas quanto por uma pública confissão. IV 1 Na cidade de Roma, uma matrona, nobre pela fama de seus costumes e pela glória dos pais, tinha escolhido São Francisco como seu advogado, e tinha uma imagem dele pintada num cubículo secreto, onde rezava ao pai no escondido. 2 Mas um dia, quando estava rezando, vendo que a imagem do santo não tinha aqueles sagrados sinais dos estigmas, começou a ficar admirada com não pouca dor. 3 Mas não era de admirar, porque não estava na pintura o que o pintor omitira. 4 Ela andou preocupada, por muitos dias, pensando qual teria sido a causa da falha e eis que, de repente, um dia, apareceram na pintura aqueles sinais admiráveis, como costumam ser pintados em outras imagens do santo. 5 A tremer, ela chamou logo sua filha, que era devota a Deus,
e perguntou se até então a imagem fosse sem estigmas. 6 Ela afirmou e jurou que antes a imagem não tinha estigmas e que agora, na verdade, estava com os estigmas. 7 Entretanto, como a mente humana freqüentemente empurra a si mesma para cair, e transforma a verdade em dúvida, voltou outra vez ao coração da mulher a dúvida perniciosa de que talvez a imagem já tivesse os sinais desde o começo. 8 Mas a virtude de Deus, para que o primeiro milagre não fosse desprezado, fez mais um. 9 Desapareceram de repente aqueles sinais e a imagem ficou despida dos privilégios, para que pelo sinal seguinte ficasse provado o precedente. V 1 Na cidade de Lérida, na Catalunha, aconteceu que um homem chamado João, devoto do bem-aventurado Francisco, passava uma noite por uma rua em que, para matar, estava armada uma emboscada, não para ele, que não tinha inimizades, mas para um outro que era parecido com ele e estava então em sua companhia. 2 Um dos que estavam na cilada levantou-se e, achando que aquele era o seu inimigo, feriu-o com muitos golpes de espada de maneira tão letal, que não havia nenhuma esperança de que recuperasse a saúde. 3 Pois o primeiro golpe lhe cortara quase todo o ombro com o braço, e o segundo fizera uma abertura tão grande sob o mamilo que o sopro que de lá saía apagou cerca de seis velas juntas. 4 Como, a juízo dos médicos, era impossível curá-lo, porque, apodrecendo as chagas, saía delas um fedor tão intolerável que mesmo sua esposa tinha ficado muito horrorizada, e já não podia ser ajudado por remédios humanos, converteu-se a rogar o patrocínio do bem-aventurado Pai Francisco com toda a devoção que podia. Já o tinha invocado confiantemente, junto com
a bem-aventurada Virgem Maria, quando estava recebendo os golpes. 5 E eis que, estando o coitado deitado no leito solitário da calamidade, como repetia com freqüência o nome de Francisco velando e gemendo, apareceu alguém com o hábito de frade menor, entrando pela janela, como lhe pareceu. 6 Chamando-o pelo nome, disse: “Porque tiveste confiança em mim, o Senhor vai te libertar”. 7 O doente perguntou-lhe quem era, e ele respondeu que era Francisco. Logo se aproximou, tirou o curativo de suas feridas e ungiu-o em todas as chagas com um ungüento, como lhe pareceu. 8 Mas logo que sentiu o suave contato daquelas mãos sagradas, capazes de curar pela virtude dos estigmas do Salvador, expulsou-se a podridão, a carne foi recomposta, as chagas curadas e ele voltou integralmente à saúde anterior. 9 Feito isso, o bem-aventurado pai foi embora. 10 Ele, sentindo-se curado, prorrompendo em vozes de louvor a Deus e ao bem-aventurado Francisco, chamou a esposa. 11 Ela correu depressa e vendo em pé aquele que achava que ia ser sepultado no dia seguinte, ficou muito assustada e ajuntou com seu grito toda a vizinhança. 12 Os seus, acorrendo, tentavam recolocá-lo na cama como se fosse um frenético, mas ele resistia afirmando e mostrando que estava curado. Ficaram todos tão atônitos que quase perderam a cabeça e achavam que estavam vendo algo fantástico, porque aquele que um pouco antes tinham visto ferido com chagas muito atrozes, e já todo apodrecido, viam agora bonito, completamente incólume. 13 E o que fora curado lhes disse: “Não temais, e não creiais que é falso o que vedes, porque São Francisco foi embora agora há pouco daqui, e me curou completamente de todas as feridas com o toque daquelas mãos sagradas”.
“... Unidos de Coração...” (At 2,46) 14 Na medida em que foi crescendo a fama do milagre, acorreu o povo todo e vendo em tão aberto prodígio a virtude dos estigmas do bem-aventurado Francisco, encheram-se ao mesmo tempo de admiração e de alegria, e glorificavam com grandes manifestações de louvor o portador dos sinais de Cristo. 15 Pois foi muito justo que o bem-aventurado pai, já morto pela carne e vivendo com Cristo, concedesse a saúde àquele homem mortalmente ferido com a admirável manifestação de sua presença e com o suave contato de suas mãos sagradas, 16 uma vez que trazia em si os estigmas daquele que, morrendo misericordiosamente e ressuscitando admiravelmente, curou com a virtude de suas chagas o gênero humano ferido e deixado semivivo.
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VI 1 Em Potenza, cidade da Apúlia, havia um clérigo chamado Rogério, homem honrado e cônego da igreja catedral, 2 Atormentado pela enfermidade, entrou um dia para rezar numa igreja em que havia um quadro de São Francisco, representando os gloriosos estigmas, e começou a duvidar da sublimidade daquele milagre, achando que era uma coisa absolutamente insólita e impossível. 3 Mas, de repente, enquanto sua mente ferida pensava interiormente em coisas descabidas, sentiu que tinha sido gravemente ferido em sua mão esquerda, por baixo da luva, sentindo o barulho do ferimento como quando um dardo é lançado da besta. 4 Logo, tão lacerado pela ferida quanto assustado pelo ba-
rulho, tirou a luva da mão para ver com os olhos o que tinha percebido com tato e os ouvidos. 5 E como não havia antes nenhuma ferida na mão, viu no meio dela uma chaga como se fosse um ferimento de flecha, da qual saía um ardor tão violento que pensou que, por causa de, ia desmaiar. 6 Coisa admirável! Na luva não aparecia nenhum vestígio, para que a chaga escondida do coração correspondesse à pena da ferida infligida escondidamente. 7 Por causa disso ficou gritando e rugindo por dois dias, levado por uma dor gravíssima, e explicava a todos o véu de seu incrédulo coração. 8 Confessou e jurou que acreditava que Francisco tinha de verdade os sagrados estigmas,
O incrível testemunho de amor à Eucaristia do Cardeal Van Thuan Quando fui preso em 1975, um angustioso questionamento se apoderou de mim:" Poderei ainda celebrar a Eucaristia?" Foi a mesma pergunta que mais tarde os fiéis me fizeram. De fato, logo que me viram, perguntaramme: " Mas, o senhor pôde celebrar a santa missa? No momento em que tudo veio a faltar, a Eucaristia passou a ocupar o primeiro lugar nos meus pensamentos: O Pão da Vida. " Quem comer deste pão viverá eternamente. O pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo" (Jo 6,51). Quantas vezes recordei-me da expressão dos mártires de Abitinas (séc IV), os quais disseram "Não podemos viver sem a Ceia do Senhor (cf. João Paulo II, 1998a, n.46). Em todas as épocas, especialmente em tempos de perseguição a Eucaristia foi sempre o segredo da vida dos cristãos: o alimento das testemunhas, o pão da esperança. Eusébio de Cesaréia recorda que os cristãos não deixavam de celebrar a Eucaristia nem mesmo durante as perseguições "todo lugar onde se sofria tornava-se para nós um lugar para celebrar[…] podia ser um campo, um deserto, um navio, um alojamento, uma prisão" […]. Quando fui preso, tive de ir imediatamente e de mãos vazias. No dia seguinte deixam-me escrever para casa, pedindo coisas mais urgente: roupa, pasta de dente… Escrevi também: "Por favor, mandem-me um pouco de vinho, como remédio para mi-
nhas dores de estômago". Os fiéis logo entenderam para que seria. Mandaram-me um frasco de vinho para missa, com a seguinte etiqueta" Remédio para dores de estômago", e algumas hóstias escondidas numa tocha para proteger contra a umidade. A polícia me perguntou: - O Senhor sente dores de estômago? - Sinto. - Aqui está um pouco de remédio para o senhor. A minha alegria naquele instante foi inexprimível: todos os dias, com três gotas de vinho e uma gota d'agua na palma da mão, celebrava a missa […]. Todas as vezes tinha a oportunidade de estender as mãos e pregar-me na cruz com Jesus, de beber como ele o cálice mais amargo. Todos os dias recitava as palavras da consagração, confirmava com todo o coração e com toda a alma um novo pacto, um pacto eterno entre mim e Jesus, mediante o seu sangue misturado com o meu. A eucaristia tornara-se para mim e para os outros que eram cristãos uma presença escondi-
da que nos dava coragem em meio às inúmeras dificuldades. Jesus na Eucaristia era adorado clandestinamente pelos cristãos que viviam comigo. No "campo de reeducação", estávamos divididos em grupos de cinquenta pessoas; dormíamos sob o mesmo teto, onde cada um ocupava o espaço de 50cm. Conseguimos fazer com que estivessem sempre comigo cinco católicos. Às 21h30 era obrigatório apagar a luz, e todos devíamos dormir. Nesse momento eu me curvava sobre a cama para celebrar a missa, recitando tudo de cor, e em seguida distribuía a comunhão passando a mão por baixo do mosquiteiro. Chegamos até mesmo a fabricar saquinhos com o papel dos pacotes de cigarros vazios, para guardar o Santíssimo Sacramento e levá-lo aos demais. Jesus Eucarístico estava sempre comigo no bolso da camisa […] Na hora do intervalo, com os meus companheiros católicos aproveitávamos para passar um saquinho a cada um dos outros quatro grupos de prisioneiros: todos sabiam que Jesus estava em meio a eles. Durante a noite, os prisioneiros se alternavam fazendo turnos de adoração. Jesus Eucarístico era a ajuda inimaginável com a sua presença silenciosa: muitos cristãos voltaram a ser fervorosos na fé. […] Assim a obscuridade do cárcere tornou-se luz pascal, e a semente germinou debaixo da terra, durante a tempestade[…]. Fonte: site "church pop"
Informativo da Comunidade Âmi - MAIO.2022 afirmando que todos os fantasmas da dúvida se haviam retirado de seu coração. 9 Orou suplicantemente ao Santo de Deus para que o ajudasse por seus sagrados estigmas e enriqueceu as muitas preces do coração com um rio de lágrimas. 10 Coisa admirável! Lançando fora a incredulidade, a cura da mente seguiu à cura do corpo. 11 Acalmou-se toda a dor, esfriou o ardor, não ficou nenhum vestígio do ferimento e assim se fez que, por providência da superna providência, a doença escondida da mente fosse curada pelo cautério patente da carne e, curada a mente, ficasse curado também o corpo. 12 O homem ficou humilde, devoto a Deus, submisso por perpétua familiaridade ao santo e à Ordem dos frades.
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13 O caso desse milagre tão solene foi assinado sob juramento e, corroborado por uma carta com o selo do bispo, chegando até nós a informação. 14 Por isso, a ninguém seja lícito duvidar da autenticidade dos sagrados estigmas. Ninguém, porque Deus é bom, tenha um olho malvado nesta questão, como a dádiva deste dom não combinasse com a bondade sempiterna. 15 Porque se foram muitos membros que, com aquele amor seráfico, uniram-se a Cristo-cabeça para que fossem julgados dignos de ser revestidos na batalha com semelhante armadura, e dignos de ser elevados no reino a uma glória semelhante, ninguém de são juízo deixaria de afirmar que isto pertence à glória de Cristo. http://centrofranciscano. capuchinhossp.org.br
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A primeira página da História do Brasil esforço, a ventura de seu príncipe, e sobretudo o particular e extraordinário auxílio dos Céus.De acordo com antiga tradição, Nosso Senhor Jesus Cristo veio em auxílio dos católicos portugueses, prometeu a Dom Afonso Henriques a vitória e ordenoulhe que se tomasse rei. Surgiu assim o reino luso, batizado por seu primeiro monarca como Terra de Santa Maria. Dom Afonso Henriques
Nosso Senhor Jesus Cristo aparece a Dom Afonso Henriques em 1139, instaura o Reino de Portugal e prevê uma grande missão para seus descendentes em “terras muito remotas”, que se realizará no Brasil. Existe uma opinião difusa de que o Brasil ainda terá um papel muito importante a desempenhar no concerto das nações, uma esperança que se mantém desde o Descobrimento. Devemos aprofundar as razões dessa conjectura, fundamentando-a com vistas fazer dela uma certeza a respeito de nosso futuro.De fato, pesquisando os anais da História, podemos verificar que a predileção da Divina Providência pelo Brasil foi anunciada pelo próprio Nosso Senhor Jesus Cristo, muito antes que as naus de Pedro Álvares Cabral aportassem nas terras de Vera Cruz no ano de 1500. O NASCIMENTO DE PORTUGAL Foi na Batalha de Ourique, a 25 de julho de 1139, que os portugueses tiveram que enfrentar os infiéis maometanos, achando-se então os lusos em grande inferioridade numérica: cem mouros para cada lusitano, segundo muitos cronistas idôneos. Narram os historiadores que nessa batalha o grande rei português, com onze mil soldados, desfez o exército dos cinco reis mouros. Os inimigos dos portugueses eram a flor dos maometanos espanhóis e africanos, belicosos, exercitados na guerra e confiados pelas vitórias de sua gente, com as quais sujeitaram a seu império grande parte do mundo daquele tempo. Mas valeu aos portugueses seu grande
NOSSO SENHOR APARECE A DOM AFONSO HENRIQUES Na noite anterior à Batalha de Ourique, Nosso Senhor Jesus Cristo apareceu a Dom Afonso Henriques, conforme relato do próprio rei: “Eu estava com meu exército nas terras de Alentejo, no Campo de Ourique, para dar batalha a Ismael e outros reis mouros que tinham consigo infinitos milhares de homens.” Armado com espada e rodela saí fora dos reais, e subitamente vi à parte direita contra o nascente um raio resplandecente e indose pouco a pouco clarificando, cada hora se fazia maior, e pondo de propósito os olhos para aquela parte vi de repente no próprio raio o sinal da Cruz, mais resplandecente que o sol, e Jesus Cristo crucificado nela.”Vendo pois esta visão, pondo à parte o escudo e espada, lancei-me de bruços, e desfeito em lágrimas comecei a rogar pela consolação de meus vassalos, e disse sem nenhum temor: a que fim me apareceis, Senhor? Quereis, por ventura, acrescentar fé em quem tem tanta? Melhor é por certo que Vos vejam os inimigos e creiam em Vós, que eu, que desde a fonte do batismo Vos conheci por Deus verdadeiro, Filho da Virgem e do Padre Eterno, e assim Vos conheço agora.”O Senhor, com um tom de voz, suave, que minhas orelhas indignas ouviram, me disse: ‘Não te apareci deste modo para fortalecer teu coração neste conflito, e fundar os princípios de teu reino sobre pedra firme. Confia, Afonso, porque não só vencerás esta batalha, mas todas as outras em que pelejares contra os inimigos de minha Cruz.’” Acharás tua gente alegre e esforçada para a peleja, e te
pedirá que entres na batalha com título de rei. Não ponhas dúvida, mas tudo quanto te pedirem lhe concede facilmente. Eu sou o fundador e destruidor dos reinos e impérios, e quero em ti e teus descendentes fundar para mim um império, por cujo meio seja meu nome publicado entre as nações mais estranhas. E comporás o escudo de tuas armas do preço com que Eu remi o gênero humano, e daquele por que fui comprado dos judeus, e ser-me-á reino santificado, puro na Fé e amado por minha piedade’”.”Eu tanto que ouvi estas coisas, prostrado em terra, O adorei, dizendo: Por que méritos, Senhor, me mostrais tão grande misericórdia? Ponde pois vossos benignos olhos nos sucessores que me prometeis, e guardai salva a gente portuguesa. E se acontecer que tenhais contra ela algum castigo aparelhado, executai-o antes em mim e meus descendentes, e livrai este povo que amo como a único filho.”Consentindo nisto, o Senhor disse: ‘Não se apartará deles nem de ti nunca minha misericórdia, porque por sua via tenho aparelhadas grandes searas e a eles escolhidos por meus segadores em terras muito remotas’.”Ditas estas palavras desapareceu, e eu cheio de confiança e suavidade me tornei para o real”. MISSÃO PROVIDENCIAL DE PORTUGAL E DO BRASIL
Dia aquele em que a Cruz, projetada no firmamento, fez nascer um povo abençoado, forte e piedoso, por cujo meio Nos-
so Senhor veria seu “Nome publicado entre as nações mais estranhas”, sempre que os portugueses plantassem essa mesma cruz” em terras remotas”.Por isso pôde um dia Vieira proclamar: “Deus deu a Portugal um berço para nascer e o mundo inteiro para morrer”. Seguindo essa trilha de heroísmo, em 1385 o rei Dom João I expulsava os mouros das terras portuguesas e subia ao trono.Desde então suas vistas se voltaram para mais longe e os portugueses deram início à epopéia que os levaria a “dilatar a Fé e o Império” por todo o orbe. Durante mais de um século e meio, os atos de abnegação e dedicação pela Fé se multiplicaram.Em todos estes feitos estava sempre presente Nossa Senhora, a quem D. Afonso Henriques consagrara este povo nascido sob o signo da Cruz.Era Ela que acompanhava Vasco da Gama à Índia, ou que na linda imagem da Senhora da Esperança, viajava na armada de Cabral ao Brasil.Entre os portugueses não havia quem não sentisse uma força sobrenatural, na convicção de que Deus combatia ao seu lado, por ser ele um soldado da Cruz. E sob este signo venciam, apesar de todas as incoerências e abusos que mancham qualquer empresa humana.Após este longo itinerário de pensamentos e de evocações históricas, chegamos aos tempos atuais, e constatamos que há todo um trabalho de restauração a ser cumprido, mas que a Providência o deseja e o abençoará. Não tem outro sentido o fato de que a Mãe de Deus tenha querido falar em Fátima ao mundo inteiro. Sua Mensagem se dirige a todos os homens, mas de modo imediato ao povo português e aos que lhe são mais próximos pelo sangue e pela história. Pois Ela, no ano de 1500, estendeu seus braços imensos a uma vastíssima região que denominou Terra de Vera Cruz, depois Santa Cruz e, mais tarde, Brasil. EPISÓDIOS CANTADOS NOS “LUSÍADAS” A vitória dos portugueses contra os mouros em Ourique e
Luís de Camões
o aparecimento de Nosso Senhor Jesus Cristo a Dom Afonso Henriques, de tal maneira marcaram a alma e os destinos de Portugal na época, que o célebre poeta luso Luís de Camões, narra esses acontecimentos em seu famoso “Lusíadas”: ”Mas já o príncipe Afonso aparelhava! O lusitano exército ditoso Contra o Mouro, que as terras habitava! De além do claro Tejo deleitoso Já no campo de Ourique se assentava! O arraial soberbo e belicoso Defronte do inimigo Sarraceno Posto que em força e gente tam pequeno Em nenhuma outra coisa confiado Senão no sumo Deus, que o céu regia que tão pouca era o povo batizado Que pera um só cem Mouros haveria! Julga qualquer juízo sossegado Por mais temeridade que ousadia! Cometer um tamanho ajuntamento Que pera um cavaleiro houvesse cento Cinco reis mouros eram os inimigos Dos quais o principal Ismar se chama! Todos experimentados nos perigos Da guerra, onde se alcança a ilustre fama! A matutina luz serena e fria! As estrelas do polo já apartava! Quando na cruz o filho de Maria! Amostrando-se a Afonso o animava.! Ele adorando quem lhe aparecia,! Na Fé todo inflamado, assim gritava: “Aos infiéis, Senhor. aos infiéis,! E não a mim, que creio o que podeis”! Com tal milagre os ânimos da gente Portuguesa inflamados levantaram Por seu rei natural este excelente Príncipe, que do peito tanto amavam. E diante do exército potente Dos inimigos, gritando o céu tocavam! Dizendo em alta voz: “Real, real,! Por Afonso, alto rei de Portugal”. Carlos Sodré Lanna http://catolicismo.com.br
BIBLIOGRAFIA:1. Frei Antonio Brandão, A Batalha de Ourique –– Crônica de Dom Afonso Henriques – Livraria Civilização Editora, Porto, 1945.2. João Ameal. História de Portugal. Livraria Tavares Martins, Porto, 1958, 4ª edição.