Correio do Meio Ambiente - abril 2020

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Ano 18 - Edição 83 - 2020 - Órgão oficial de divulgação de matérias relacionadas ao Meio Ambiente - Distribuição Gratuita e Dirigida


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Quarentena aumenta volume de lixo e exige cuidado com descarte A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo alerta a população para que reforcem os cuidados com o descarte de resíduos gerados diariamente em casa durante o período de quarentena. O isolamento social e a prática do trabalho em casa elevaram significativamente o volume de lixo doméstico produzidos nas residências. De acordo com o secretário Márcio Nunes, algumas atitudes simples podem garantir a segurança dos coletores na hora de recolher esses resíduos. “Armazenamento do lixo em embalagens mais resistentes, ou uso de dois sacos, e o preenchimento de apenas 2/3 da capacidade do saco para evitar rompimentos, devem fazer parte

da rotina doméstica das pessoas nesse período”, orienta Nunes. “Essas atitudes reduzem o risco de contaminação de doenças, principalmente, a disseminação do coronavírus, dos trabalhadores durante o manuseio e armazenamento”, afirma o secretário, que é presidente do R-20, grupo com representantes dos 399

municípios que trata de ações de logística reversa. O secretário ainda ressalta a necessidade de cuidar de quem continua trabalhando pela população. “Como tratamos o nosso lixo é muito importante para não colocarmos em risco a vida de mais paranaenses. Se cada um fizer sua parte, estaremos todos protegidos”.

AUMENTO A Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo estima que a produção do lixo residencial dobrou nas últimas semanas. Segundo o engenheiro e coordenador de Projetos Sustentáveis, Charles Carneiro, os restaurantes e comércio em geral pararam de funcionar, mas as pessoas estão produzindo mais lixo em casa. Parece ser uma transferência simples de local. Porém, a situação é mais complexa. “O agravante é que esses setores compram no atacado e a aquisição da sociedade civil é no varejo. As pessoas em casa geram muito mais material de acondicionamento de produtos, assim como sobras e aquilo que não é aproveitável, aumentando o volume”, explicou. Ele res-

saltou que outros aspectos, como mudanças de hábitos, excesso de estoque e maior interrupção no trabalho, também elevam a produção diária de lixo. “A coleta diária porta a porta, que já era um serviço essencial, tornouse indispensável. Por isso é necessário o cuidado redobrado e a conscientização de cada um, individualmente”, afirma o secretário. ATERROS Ainda com o objetivo de preservar a saúde da categoria, a Secretaria está possibilitando que as associações de catadores e municípios, possam descartar material reciclável diretamente nos aterros sanitários, temporariamente, para reduzir o risco dos trabalhadores. Fonte: www.iap.pr.gov.br

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Geração solar cresce 53% em 2020 Com 692 MW médios, a fonte solar apresentou forte aceleração de geração na primeira quinzena de abril frente ao mesmo período no ano passado, aumentando em 53,3%, informa o boletim InfoMercado Quinzenal divulgado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, com dados referentes às grandes usinas e fazendas solares. Segundo o levantamento, a produção eólica também apresentou avanço no período, de 23%, chegando a 3.928 MW médios. Carlos Dornellas, gerente da área de Segurança de Mercado & Informações da CCEE, explica que os resultados são fruto da recente ampliação

FOTO: ISTOCK

Produção de EOLs também aumentou 23% em relação ao mesmo período de 2019, diz CCEE para 59.267 MW médios este ano. A atividade de autoprodutores de energia também verificou variação negativa, de 9,5% para 1.087 MW médios. “A queda reflete os efeitos das medidas de contenção ao novo coronavírus sobre a demanda de energia, aprofundados pelo feriado da Sexta-Feira Santa em abril deste ano”, destaca Dornellas. da capacidade instalada das duas fontes, com a entrada de novas plantas em operação. Por sua vez, a geração hidráulica, que reúne hidrelétricas de grande e pequeno porte, apresentou retração de 14,4% na comparação anual, ficando com 46.595 MW médios. Da

mesma forma, a geração termelétrica chegou a 8.052 MW médios, mostrando recuo de 13,8% no período. Os dados indicam ainda uma redução de 12,1% na produção de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN), caindo de 67.404 MW médios em 2019

CONSUMO Seguindo a tendência ocasionada pela pandemia, o consumo de energia no SIN nos 15 primeiros dias de abril teve redução de 13,6% ante o mesmo período no ano passado, caindo de 64.156 MW médios para

55.453 MW médios. No Ambiente de Contratação Regulada (ACR), a queda na demanda foi de 12,0%, para 39.578 MW médios. Já no Ambiente de Contratação Livre (ACL) o recuo foi de 17,1%, para 15.875 MW médios. Na análise por segmentos, a maioria registrou quedas representativas no consumo dentro do mercado livre. As maiores retrações foram de 73,9% nos setores de veículos, 54,4% em têxteis, 45,7% bebidas e 41,2% nos serviços. Ao eliminar os efeitos de migrações de clientes cativos para o ACL, este apresentaria redução ainda maior, de 20,8%. Fonte: Terra


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Como satélites têm conseguido detectar plástico nos oceanos Segundo pesquisadores, é possível monitorar poluição causada por plástico em todas as áreas costeiras do mundo Embora o plástico seja uma ameaça terrível à vida marinha, detectar a poluição causada por ele no oceano é um grande desafio. Isso porque os plásticos possuem diversas cores, dividem-se em tamanhos microscópicos e são feitos de vários produtos químicos. Além disso, soma-se o grande tamanho do oceano, no qual milhões de toneladas de plástico são descartadas anualmente. Para que os esforços de limpeza e prevenção de poluição sejam direcionados de forma efetiva, é essencial identificar quais partes do oceano acumulam mais plástico. De acordo com uma pesquisa publicada recentemente no Scientific Reports, jornal científico da Nature Research, os satélites

equipados com machine learning (aprendizado de máquina) podem estar preparados para rastrear a poluição causada por plásticos nos oceanos. Um time de cientistas do Laboratório Marítimo de Plymouth, no Reino Unido, testou se os dados de satélites operados pela Agência Espacial Europeia poderiam ser analisados usando um algoritmo de machine learning treinado para detectar plástico. Os dois satélites Sentinel-2 usados na pesquisa foram equipados com sensores de instrumento multiespectral (MSI) de 12 bandas, que permitem uma resolução de 10 metros nos dados coletados. Com os esforços dos dois satélites combinados, as informações são armazenadas repetidamente em

todos os locais costeiros do mundo entre cada 2 e 5 dias. Em outras palavras, todas as partes do mundo em que a terra encontra o mar são observadas e têm dados coletados entre 6 e 15 vezes por mês. Entre outras coisas, os satélites coletam dados sobre sinais de luz. Com isso, os materiais podem ser distinguidos com base nos comprimentos de onda da luz que eles refletem. Enquanto a água lim-

pa absorve a luz no infravermelho próximo (NIR, na sigla em inglês) para a faixa de luz infravermelha de ondas curtas (SWIR), materiais flutuantes como detritos naturais e plásticos refletem NIR. Essas diferenças na absorção de luz permitem que os satélites detectem objetos flutuantes do espaço. Os sinais NIR de vários objetos flutuantes variam. Usando os dados do satélite, os pesquisadores

treinaram um algoritmo de machine learning para identificar o sinal luminoso do plástico flutuante. Para isso, liberaram um flutuador de plástico na costa da Grécia e obtiveram os dados associados do sinal de luz dos satélites. Em seguida, usaram esses dados para ensinar o algoritmo a associar certos sinais de luz NIR com detritos plásticos flutuantes. Da mesma forma, o algoritmo também aprendeu a distinguir materiais naturais e plásticos, como algas, troncos e espumas marinhas. Depois que o algoritmo foi instalado, os pesquisadores o testaram contra dados de satélite de águas costeiras em quatro lugares do mundo: Accra (Gana), Ilhas do Golfo (Canadá), Da Nanng (Vietnã)

e Escócia (Reino Unido). No geral, o algoritmo detectou plástico com 86% de precisão e foi 100% preciso na análise dos dados das Ilhas do Golfo. Nada mal para os dados coletados a milhares de quilômetros de distância! É importante ressaltar que esse algoritmo está equipado apenas para localizar grandes peças plásticas flutuantes. No entanto, é a partir desses “macroplásticos” flutuantes que muitos microplásticos prejudiciais se formam. Os resultados da pesquisa mostram que os dados de satélite combinados com algoritmos de machine learning podem ajudar no rastreamento e na limpeza da poluição por plásticos em todo o mundo. Fonte: Terra


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Crise do coronavírus deve levar a redução recorde de emissões de CO2

Devido a um recuo sem precedentes na demanda por carvão, petróleo e gás natural, a pandemia de covid-19 deve provocar uma queda recorde de 8% nas emissões de C02 relacionadas à geração de energia em 2020, as quais devem alcançar seu menor nível em uma década, afirmou a Agência Internacional de Energia (IEA) nesta

quinta-feira. Se a previsão se concretizar, será a maior queda anual já registrada, mais de seis vezes maior que a de 2009, em decorrência da crise financeira global. A IEA fez a projeção com base na análise da demanda por energia elétrica durante mais de 100 dias, durante os quais grande parte do mundo adotou

medidas de isolamento social para conter o avanço da pandemia. Segundo a previsão da agência, a demanda global por energia deve cair 6% em 2020, sete vezes mais que durante a crise financeira global e maior queda anual desde a Segunda Guerra Mundial. Segundo a IEA, isso seria o equivalente a perder

toda a demanda da Índia, a terceira maior consumidora de energia elétrica do mundo. Nos EUA, a demanda deve cair 9%, e na União Europeia, 11%. Com o consumo caindo, a IEA disse ter notado uma grande mudança em direção a fontes de energia de baixa emissão, como eólica e solar, que devem ser responsáveis por 40% da

geração de energia global neste ano, seis pontos percentuais a mais que o carvão. A ONU afirma que as emissões de CO2 precisam cair 7,6% ao ano até 2030 para que o aquecimento global seja limitado a 1,5 grau Celsius, meta estabelecido pelo Acordo de PAris. Fonte: Deutsche Welle


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Covid-19 ameaça santuário de macacos resgatados em Camarões Todas as manhãs, Malaika, uma primata mandril de 18 anos do oeste do Camarões que tem pelo negro espesso e um focinho vermelho e rosa inconfundível, recebe uma vitamina para proteger seus sistema imunológico de uma possível exposição ao coronavírus. Mas a ameaça representada pelo vírus a Malaika, que foi resgatada pelo Centro de Vida Selvagem de Limbe 15 anos atrás quando alguém tentou vendê-la como animal de estimação, vai muito

FOTO: REPRODUÇÃO/INSTAGRAM/@LIMBEWILDLIFECENTRE

Centro que abriga centenas de gorilas, chimpanzés e outros primatas viu metade de sua receita sumir pela proibição de visitas nos parques e congelamento de doações.

Mandril resgatado pelo Centro de Vida Selvagem, em Camarões

além da infecção em si. O centro, que abriga centenas de gorilas, chimpanzés e outros primatas,

Gorila resgatado pelo Centro de Vida Selvagem, em Camarões

viu metade de sua receita evaporar nos últimos meses, quando as visitas ao parque foram canceladas

e doadores norte-americanos e europeus com menos fundos congelaram suas contribuições em reação à

pandemia de Covid-19. Sem uma retomada do financiamento dentro dos próximos três meses, o centro, uma parceria do governo camaronês e uma fundação internacional, pode ser obrigado a fechar as portas, disse Guillaume Le Flohic, gerente do parque. “A ração animal — precisamos arrecadar dinheiro para isso. Se não tivermos dinheiro, não podemos pagar a ração”, explicou, acrescentando que o centro viu suas despesas dispararem por causa da necessidade de medidas

de biossegurança. Camarões registrou mais de 1,6 mil casos de Covid-19, o maior surto da África central. Pressões financeiras semelhantes estão sendo sentidas em reservas e institutos de conservação de toda a África, onde o dinheiro do turismo e as doações estrangeiras normalmente custeiam os esforços para proteger os animais mais ameaçados do continente dos caçadores clandestinos e da perda de habitat. Fonte: G1


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Instituto Água e Terra de Pato Branco, em parceria com Bombeiros, fazem buscas para localizar Lobo-guará em Chopinzinho O escritório regional do Instituto Água e Terra foi informado sobre o aparecimento de um Lobo-guará nas ruas de Chopinzinho, região sudoeste do Paraná. Ele foi registrado próximo da praça da Igreja Matriz São Francisco de Assis, no Centro da cidade. Há relatos que pessoas querem ferir ou matar o animal. “O animal não fará mal a ninguém. Ele se aproxima de residências em busca de alimento”, explica a chefe regional, Flávia Natália Ostapiv. Visando a se-

gurança do animal, técnicos do IAT, em parceria com os Bombeiros de Chopinzinho, foram à cidade para localizar e resgatar o Lobo-guará. “Não tivemos sucesso em nossa busca. Não encontramos o animal nos locais indicados, onde foi visto, e nem na mata próxima”, relata a chefe. Caso o animal seja avistado novamente, a população pode ajudar informando o IAT pelo (46) 3225-3837 ou Bombeiros: (46) 3242-1522. É importante que não se aproxi-

me do animal para ele não se sentir acuado, somente que avise os órgãos competentes. Caso ele volte a aparecer na cidade, o resgate será feito. O animal poderá ser atendido em Clínica Veterinária parceira, em Pato Branco, para avaliar sua saúde e em seguida ser encaminhado a uma

área de proteção ambiental, longe da cidade. CRIME AMBIENTAL A prática é considerada crime ambiental, de acordo com a Lei nº 9.605/1998. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida, é crime ambiental. A pena é detenção de seis meses a um ano e multa.

LOBO-GUARÁ Apesar de seu nome popular apresentar um certo “temor” aos leigos, é um animal de hábitos solitários, tímido, onívoro que possui a dieta baseada em pequenos vertebrados, frutos e sementes, sendo extremamente importante na dispersão de sementes. O órgão ressalta que as pessoas não precisam ter medo do animal, que entendam a importância dele para o ecossistema e que ajudem a preservar a espécie. Fonte: www.iap.pr.gov.br


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