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URGÊNCIAS
Como a arte pode dialogar com as urgências do nosso tempo? Questão que trago ao ver as obras escolhidas pela curadoria da exposição Elementos 2023. Por muitos anos, deixamos de lado a nossa preocupação com o consumo desenfreado dos recursos naturais da Terra. Não é à toa, que nos discursos dos grandes empresários, há sempre uma justificativa para tal intento: precisamos consumir para desenvolver.
Igualmente, deixamos de lado o cuidado com o lixo que produzimos, devido ao consumo excessivo de toda e qualquer novidade que se aponta no mercado, como o mais novo e imprescindível produto, que ainda não temos em casa. Se multiplicam os sites de venda e cresce o número de pessoas que passam horas, acessando mais e mais produtos que, muitas vezes, não terão tempo de utilizá-los, mas precisam ser comprados.
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Ao meu ver, nunca foi tão urgente reavivar as formas de convívio e cuidado dos nossos antepassados com a nossa casa, a qual chamamos planeta Terra e nos atentar, de maneira efetiva, ao reaproveitamento de materiais, que, muitas vezes, descartamos, esquecendo que aquilo que jogamos fora, na verdade, continua dentro.
Essa é uma das grandes urgências do nosso tempo. Tenhamos pressa em entender isso. Ouçamos a mensagem desta Exposição, e, antes que seja tarde, evitemos a queda do céu.