EXPOSITOR CRISTÃO, ELEITO O MELHOR JORNAL CRISTÃO DO BRASIL E PREMIADO NA ARETÉ 2019
Jornal Oficial da Igreja Metodista | Março de 2020 | ano 134 | nº 3
Distribuição Gratuita
JOVENS
Juventude planeja ações para 2020! Página 5
DOUTRINA
Metodistas e suas crenças fundamentais. Página 13
Mulheres E A MISSÃO As ações das mulheres no Novo Testamento Página 8
CELEBRAÇÃO: “Levante-se! Pegue sua cama e ande”: tema do Dia Mundial de Oração. Página 12
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EDITORIAL
Mulheres
Nos caminhos da missão servem com integridade
Março de 2020 | www.expositorcristao.com.br
COMENTÁRIOS Edição de Fevereiro de 2020
Palavra Episcopal
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A palavra episcopal da edição de fevereiro foi muito esclarecedora. Louvo a Deus pela vida do Bispo Roberto, que resgata, por meio dos textos, os ensinamentos voltados para a liturgia cristã. Magali de Souza Soares Belo Horizonte/MG
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Robson Augusto dos Santos Contagem/MG
Estimular o zelo evangelizador na vida de cada metodista, de cada igreja local;
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Revitalizar o carisma dos ministérios clérigo e leigo nos vários aspectos da missão;
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Fico emocionado quando vejo ações de solidariedade entre metodistas. A chuva no início do ano sempre deixa pessoas desabrigadas e desalojas, e os/as metodistas estão sempre em ação.
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Solidariedade
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Solange Barbosa Rodrigues Florianópolis/SC
visitas em lares e albergues, doações de sangue, cultos distritais e várias outras ações promovidas pelas federações de cada região. Três datas importantes que precisam ser lembradas em março: O Dia Mundial da Água; o Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial e o Dia Mundial de Oração, que é celebrado na primeira sexta-feira de março. Considerando as sugestões que nos chegam por e-mail, além de seguir as orientações do 19º Concílio Geral em reforçar nossa doutrina por meio de publicações metodistas, estamos abrindo a editoria nesta edição chamada Doutrina. Iniciamos explicando um pouco o que é a Igreja Metodista e em que ela acredita, com o título Crenças fundamentais dos/as metodistas. Esperamos que esta edição possa enriquecer sua vida e ministério. IST
Nossa Igreja sempre tem personalidades e premiações. Como diz a Bíblia: “honra a quem honra”. Reconhecimentos merecidos com o Prêmio da Paz concedido pelo Concílio Mundial Metodista.
da Igreja Metodista
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Prêmio
o mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, procuramos trazer na matéria de capa o trabalho delas na Seara do Senhor. Na verdade, a iniciativa veio a calhar com a solicitação enviada de alguns/as leitores/ as para a publicação de mais estudos e doutrinas em nosso jornal. Portanto, iniciamos a série Mulheres na Missão. Nesta edição, você vai ler a Palavra episcopal voltada para o tema, além de um texto sobre discipulado com mulheres e a página da criança onde os aventureiros também se colocam à disposição da missão. Elas estão em missão há vários anos, como mencionamos na matéria de capa para abrir a série. Em fevereiro aconteceu uma capacitação – evento realizado pela Confederação Metodista de Mulheres. A juventude metodista também não para. Neste ano serão realizadas diversas ações que envolvem jovens metodistas de norte a sul do país. São ações simples que possibilitam a participação de todos/as, tais como: arrecadações de alimentos,
Ênfases missionárias
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o discipulado 3 Promover na perspectiva da salvação, santificação e serviço;
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Fortalecer a identidade, conexidade e unidade da igreja;
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Implementar ações que envolvam a igreja no cuidado e preservação do meio ambiente;
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Promover maior comprometimento e resposta da igreja ao clamor do desafio urbano.
Que Deus o/a abençoe! Pr. José Geraldo Magalhães
Editor-chefe | Expositor Cristão
OPINIÃO | MULHERES NA MISSÃO
Unidade “Jesus viveu em uma cultura na qual as mulheres eram deixadas fora da vida pública. Havia sérias restrições na maneira como um homem poderia falar com uma mulher em público, mesmo que fosse sua esposa. Os velhos paradigmas foram quebrados e um novo paradigma já foi estabelecido pelo próprio Jesus. Já temos o referencial. Que, como Igreja Metodista no século XXI, continuemos sendo fiéis aos ensinos e ao exemplo do nosso Senhor.”
É sempre bom ver artigos e estudo bíblico no Expositor Cristão. Isso reforça nossas bases e consolida a nossa fé. Continuem assim. Mateus Araújo Magalhães Rio de Janeiro/RJ
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“As crianças também precisam entender que somos todos /as missionários/as, pois ao aceitarmos Jesus no nosso coração obedecemos seu mandamento de ir por todo o mundo, pregando o evangelho a toda criatura. Mas como fazer isso? Falando de Jesus na sua família, com os/as vizinhos/as, com os/as colegas, enfim, para muita gente.” Elaine Rosendal | Coordenadora do DNTC
Bispo João Carlos Lopes | Presidente da 6ª RE
“Eu sou profundamente devedora a duas mulheres que fizeram um alto investimento em mim. Muito do que tenho transmitido às mulheres hoje é o que aprendi delas. Em que mulher você vê vitalidade espiritual e a beleza radiante de Jesus Cristo abundando nos mais diferentes aspectos de sua vida?”
"Somos a maioria da membresia da Igreja Metodista; realizamos a missão, trazemos a nossa força, porém, ainda assim, enfrentamos muitos obstáculos na caminhada, mas não desistimos; resistimos por amor a Cristo, que nos amou primeiro. Mês passado realizamos uma Capacitação Nacional da liderança das Federações na qual reafirmamos que somos 'Mulheres comprometidas com Deus e vivemos em Unidade'.”
Jani Ortlund | Escritora
Ivana Aguiar Garcia | Presidente da CMM
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Expositor Cristão Presidente do Colégio Episcopal: Bispo Luiz Vergílio Batista da Rosa Bispa Assessora do jornal Expositor Cristão Hideíde Brito Torres Conselho Editorial: Camila Abreu, Patrícia Monteiro, Pr. Odilon Chaves, Nancy Vianna
Jornal Oficial da Igreja Metodista Fundado em 1º de janeiro de 1886 pelo missionário John James Ransom
Editor e jornalista responsável: Pr. José Geraldo Magalhães (MTB 79517/SP) Produção Audiovisual: Rodrigo de Britos Foto de Capa: aldomurillo/istockphoto.com Arte: Fullcase Comunicação
Revisão: Adriana Giusti Tiragem: 15 mil exemplares Entre em contato conosco: (11) 2813-8600 | www.expositorcristao.com.br expositorcristao@metodista.org.br Av. Piassanguaba, 3031 - Planalto Paulista São Paulo/SP - CEP 04060-004
*A REDAÇÃO DO JORNAL EXPOSITOR CRISTÃO É RESPONSÁVEL POR TODAS AS MATÉRIAS NELE PUBLICADAS, COM EXCEÇÃO DE ARTIGOS E REFLEXÕES, QUE SÃO RESPONSABILIDADE DE SEUS/AS AUTORES/AS.
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Encontro de Agentes Regionais do SAF
PALAVRA EPISCOPAL Bispo João Carlos Lopes Presidente da 6ª Região Eclesiástica
Jesus e as Mulheres – Quebrando Paradigmas
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© RODRIGO DE BRITOS/EC
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© RODRIGO DE BRITOS/EC
equipe do projeto Sombra e Água Fresca da Igreja Metodista, projeto voltado para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, reuniu-se nas dependências da Sede Nacional, em São Paulo, no dia 28 de fevereiro. O encontro é para formação de agentes regionais. O Bispo assessor da área social, José Carlos Peres, esteve presente e acompanhou a reunião.
Representantes da Igreja Metodista Grã-Bretanha visitam o Brasil
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a primeira quinzena de fevereiro, representantes da Igreja Metodista na Grã-Bretanha visitaram a Sede Nacional para conhecerem o avanço missionário do metodismo em terras brasileiras. Os Bispos João Carlos Lopes e José Carlos Peres acompanharam a visita, juntamente com a secretária para a vida e missão, Pra. Joana D’Arc Meireles, e a secretária do Colégio Episcopal, Pra. Giselma Matos. O vídeo com entrevistas será publicado em breve no canal do YouTube metodistabrasil.
s mulheres têm papel importante na história bíblica. No Antigo e no Novo Testamentos encontramos servas misericordiosas; mães intercessoras; líderes poderosas; esposas influentes; contribuintes generosas; profetisas; diaconisas; apoiadoras fiéis; discípulas hospitaleiras; amigas de Jesus. Em histórias como a de Esther; Débora, Maria e Priscila, as mulheres ocupam lugar central.
um/a judeu/a fazia essa viagem, ia por um desvio inconveniente e longo para evitar o contato com os/as samaritanos/as. Jesus, entretanto, sempre passa por Samaria. Foi durante uma dessas viagens que Jesus teve o encontro com a mulher samaritana, na cidade de Sicar, à beira do poço de Jacó (João 4). Esse poço ficava perto do Monte Gerizim, o lugar sagrado para os/as samaritanos/as, onde haviam construído o seu templo. A Quebra de Paradigmas A mulher fica surpresa. Jesus pede se ela pode Jesus viveu em uma cultura na qual as mulheres tirar um pouco de água para ele. O pedido a deixa eram deixadas fora da vida pública. Havia sérias chocada porque Jesus era um HOMEM JUDEU e restrições na maneira como um homem poderia ela era uma MULHER SAMARITANA. falar com uma mulher em Essa quebra de parapúblico, mesmo que fosse digma é tão forte que até sua esposa. mesmo os/as discípulos/ As mulheres não tinham as (que haviam saído para “Os velhos paradigmas permissão para estudar fazer compras) ficam choforam quebrados e um as Escrituras (Torah). De cados/as quando voltam e fato, elas eram proibidas encontram Jesus falando novo paradigma já até de tocar as Escrituras com uma mulher (João foi estabelecido pelo para que estas não fossem 4.27). “contaminadas”. Na verdade, nessa hispróprio Jesus. Já temos Jesus tem uma postura tória Jesus quebra vários o referencial. Que, como diferente. Ainda que os paradigmas relacionados rabis fossem proibidos Igreja Metodista no século às tradições do seu tempo: de ensinar as mulheres, XXI, continuemos sendo Jesus o fez. Um dos exem• Ele conversa demoraplos foi Maria (a irmã de damente, em público, fiéis aos ensinos e ao Lázaro), que se sentava com uma mulher; exemplo do nosso Senhor” • Ele conversa, em púaos pés de Jesus como uma verdadeira discípula blico, com uma mulher (Lucas 10.38-42). samaritana; É interessante perceber, • Ele transforma uma no evangelho de Lucas, que no espaço de apenas mulher samaritana em uma das primeiras dois capítulos (7 e 8) Jesus “descumpre” as leis a anunciadoras do evangelho. respeito de contato com mulheres “impuras” do ponto de vista cerimonial: Conclusão Em 1986, por ocasião do Encontro Nacional de • Ele toca uma menina morta e lhe restaura a Mulheres Metodistas, o Colégio Episcopal, comvida (Lucas 8.41-42; 49-55); posto naquele período por seis bispos, escreveu: • Ele aceita que uma mulher hemorrágica lhe “… A mulher ocupou um lugar de relevância no toque (Lucas 8.43-48); ministério de Jesus Cristo e na dinâmica da Igreja • Ele permite que uma mulher que não tem “boa primitiva: as mulheres da Galileia formavam parreputação” lave os seus pés (Lucas 7.37-39). te do seu séquito no cumprimento da missão. Elas não somente foram testemunhas da sua ressurreiJesus quebrou barreiras. Assim, confirmanção, mas também receberam dele a incumbência de do, com suas atitudes, aquilo que, mais tarde, o proclamá-la. O espírito Santo foi derramado sobre apóstolo Paulo vai dizer em Gálatas 3.28: “Não há homens e mulheres, conferindo-lhes dons, profecia, judeu nem grego; não há escravo nem livre; não oração e inspiração preparando-as para o cumprihá homem nem mulher; porque todos vós sois um mento da missão no mundo. (…) recorda-se que as em Cristo Jesus”. mulheres tiveram uma presença na igreja primitiva do primeiro século e foram legítimas auxiliares e Jesus e a Mulher Samaritana companheiras de Paulo, na obra missionária (…)” A divisão entre judeus/as e samaritanos/as era Os velhos paradigmas foram quebrados e um radical e dolorosa. (Você pode aprender mais a novo paradigma já foi estabelecido pelo próprio respeito disso em II Reis 17). Jesus. Já temos o referencial. Que, como Igreja A rota mais rápida entre Jerusalém e Galileia Metodista no século XXI, continuemos sendo fiera passando por Samaria. Entretanto, quando éis aos ensinos e ao exemplo do nosso Senhor.
© FÁBIO H. MENDES/EC
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NACIONAL Março de 2020 | www.expositorcristao.com.br
Mulheres comprometidas com Deus vivem em unidade
© ARQUIVO CMM
Um grupo com 183 mulheres reuniu-se em capacitação nacional
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er mulher e ser metodista é um privilégio. A palavra de Deus nos diz em Jeremias 1.5: desde o ventre da mãe somos escolhidas e ainda mais quando aceitamos o convite do Senhor para ser nosso Salvador, e escolhemos a igreja Metodista – uma comunidade missionária a serviço do povo – para congregar, servir e para prestar nossa adoração. A mulher metodista traz dentro de si o compromisso da missão. Ela está envolvida em todas as áreas da sua comunidade, na educação cristã e secular, nas ações sociais, nas celebrações cúlticas, no louvor, elas se desdobram para atender às necessidades, e às vezes por
“A unidade nos fortalece e a diversidade nos enriquece, pois temos a possibilidade de realizar a missão onde o Senhor nos colocou” dificuldades da comunidade elas acumulam funções para atender às demandas. A mulher metodista é sensível às necessidades umas das outras, se capacita para servir melhor. Na comunidade local tem a Sociedade de Mulheres para acolher, se fortalecer e ser seu suporte. Eu particularmente sou participante da Sociedade Metodista de Mulheres (SMM) desde
a minha juventude. Nesse espaço feminino pude crescer espiritualmente como pessoa e realizar o meu chamado de servir com alegria, primeiro na igreja local, depois na área Regional e, hoje, Nacional. Pensando na
mulher metodista, a Confederação Metodista de Mulheres dedica a primeira semana do mês de março à Semana da Mulher Metodista, em que somos desafiadas a orarmos e refletirmos por questões relevantes dos
aprendem com
desafios das mulheres na igreja e sociedade. Somos a maioria da membresia da Igreja Metodista, realizamos a missão, trazemos a nossa força, porém, ainda assim, enfrentamos muitos
periências de fé e sororidades em suas redes sociais com a hashtag da campanha: #MulheresAprendemComMulheres. Basta gravar um vídeo ou escrever um texto e publicar nas suas redes sociais marcando nossas páginas e usando a hashtag. As redes sociais da área nacional da Igreja Metodista, De-
obstáculos na caminhada, mas não desistimos, resistimos por amor a Cristo, que nos amou primeiro. Realizamos em fevereiro passado uma Capacitação Nacional da liderança das Federações na qual reafirmamos que somos “Mulheres comprometidas com Deus e vivemos em Unidade”. Um grupo de 183 mulheres líderes que se dispõem a continuar realizando o chamado de servir na nossa igreja pelo país todo. A unidade nos fortalece e a diversidade nos enriquece, pois temos a possibilidade de realizar a missão onde o Senhor nos colocou. Assim, reafirmo que ser mulher e ser metodista é um grande privilégio. Deixo um convite a você: Faça uma reflexão com sua comunidade sobre os desafios que as mulheres ainda têm que enfrentar no seu cotidiano e na igreja local. Sua igreja respeita e acolhe a mulher? Não percamos de vista nunca o nosso chamado: viver para servir. Afinal, somos mulheres metodistas comprometidas com a missão e sempre dispostas a viver em unidade. Um abraço com o aroma suave do bom perfume de Cristo. Ivana Aguiar Garcia Presidente da Confederação Metodista de Mulheres
partamento Nacional de Escola Dominical e Confederação Metodista de Mulheres compartilharão diferentes conteúdos em texto, imagem, áudio e vídeo em todas as suas redes sociais. Todo o material está disponível e reunido no site nacional no link metodista.org.br/mulheres-aprendem-com-mulheres.
COMO PARTICIPAR Participe da campanha Mulheres aprendem com mulheres. Ouça e compartilhe os áudios, vídeos e conteúdos da campanha disponíveis no link metodista.org.br/mulheres-aprendem-com-mulheres. Para postar o seu vídeo ou texto, siga as instruções abaixo:
Redação EC
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nspirados/as pelo tema de 2020 da Igreja Metodista, Discípulas e Discípulos nos caminhos da missão vivem em unidade, o Departamento Nacional de Escola Dominical em parceria com a Confederação Metodista de Mulheres (CMM) e Comunicação Nacional desenvolvem a campanha de 2020 para março, o Mês da Mulher. O objetivo é partilhar ensinamentos sobre as mulheres da Bíblia. A campanha traz vozes da CMM para contarem o que
cada uma aprende com uma das muitas mulheres presentes no texto bíblico. Os relatos dessas experiências das mulheres metodistas estão presentes na campanha e são acompanhados de estudos da Bispa Hideide Brito Torres, registrados no livro “Corajosas”, da Angular Editora, que traz a história de 12 mulheres da Bíblia que marcaram o seu tempo. Quem também participa da campanha é a Bispa Marisa de Freitas Ferreira, desafiando mulheres de todo o Brasil a compartilharem o que aprendem com outras mulheres. A Bispa convida cada metodista a divulgar ex-
1. Recorde-se da história de uma mulher que a ajudou na sua caminhada cristã e reserve um tempo para orar por ela e agradecer a participação que ela teve em sua vida; 2. Grave um vídeo (de até 2 minutos) sobre o que você aprendeu com essa companheira de fé. Se preferir, escreva um texto de até 20 linhas sobre a experiência que partilharam; 3. Publique nas suas redes sociais favoritas usando a hashtag #MulheresAprendemComMulheres e marque nossas páginas na sua postagem. Lembre-se de marcar também o perfil da mulher que está citando; 4. Aproveite o mês de março para fazer leituras sobre as personagens bíblicas que inspiram essa campanha. Confira a relação de 35 mulheres, selecionadas pelo Departamento Nacional de Escola Dominical. /// Saiba mais em www.metodista.org.br
NACIONAL
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Março de 2020 | www.expositorcristao.com.br
Março, o mês da mocidade metodista “Como é bom e agradável quando os irmãos convivem em união!” (Salmo 133.1)
“A Confederação Metodista de Jovens apresenta uma proposta de liturgia a todas as igrejas locais. Mobilize a sua comunidade na criação e realização de ações de unidade” Diante disso, a Confederação Metodista de Jovens em parceria com as Federações de Jovens de todo o Brasil abraçaram o tema da Igreja Metodista do Brasil e pensaram juntas em desenvolver e engajar os/as jovens nas mais diversas igrejas locais espalhadas por todo o país, entendendo que cada um/a foi chamado/a para fazer a diferença onde colocarem a planta dos seus pés e sabendo que a UNIDADE é uma grande ferramenta para o avanço do Reino.
© DMEPHOTOGRAPHY / ISTOCKPHOTO.COM
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m 2020 o tema trabalhado na Igreja Metodista do Brasil será: “Discípulas e Discípulos nos caminhos da missão vivem em unidade”. Março é o mês da Mocidade Metodista. Neste período são realizadas diversas ações que envolvem jovens metodistas de norte a sul do país. São ações simples que possibilitam a participação de todos/as, tais como: arrecadações de alimentos, visitas em lares e albergues, doações de sangue, cultos distritais e várias outras ações promovidas pelas federações de cada região. Tais ações têm alcançado e abençoado muitas vidas, porém, no decorrer dos anos, tem sido possível acompanhar através dos noticiários que muitas pessoas em nosso país e no mundo ainda se UNEM por motivações erradas, ocasionando muita dor e sofrimento através dos vícios, doenças, escassez e injustiças tratadas como situações corriqueiras ou distantes da realidade. Sendo assim, é muito importante que a juventude como um todo se UNA ainda mais com um olhar sensível para a sociedade que necessita do amor de Jesus. Entendendo que Juntos Somos capazes de mudar as nossas realidades.
Ao longo dos anos, o mês da mocidade tem se consolidado como uma programação que está entranhada à identidade do/a Jovem Metodista brasileiro/a. Em 2020, será trabalhado enfaticamente o tema UNIDADE, não só no mês de março, mas em todo o decorrer do ano.
Agenda para o mês da Mocidade
Durante este mês serão disponibilizados devocionais e materiais especiais sobre o tema Juntos Somos nas redes sociais da confederação. Encorajamos as igrejas a realizar ações sociais, doar sangue e participar das atividades realizadas por suas federações sempre enviando fotos para @juvmetodista ou com a hashtag JuntosSomos. O Dia da Mocidade nas igrejas locais acontecerá no terceiro domingo, 15 de março. Como forma de auxílio, a Confederação Metodista de Jovens apresenta uma proposta de liturgia a todas as igrejas locais. Mobilize a sua comunidade na criação e realização de ações de unidade e no preparo de uma oferta para os projetos da Confederação Metodista de Jovens.
/// Confederação Metodista de Jovens. Mais informações em metodista.org.br
Prepare-se para o Treina Jovem 2020 Participe da maior capacitação nacional metodista para treinamento de líderes jovens!
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quarta edição do Treina Jovem – maior capacitação nacional metodista voltada para o público jovem – está com as inscrições abertas. Este ano, o evento será na 3ª Região Eclesiástica, na cidade de Arujá, em São Paulo, entre os dias 11 e 13 de junho. Baseada no tema geral que norteia a Igreja Metodista do Brasil para 2020, “Discípulas e discípulos nos caminhos da missão vivem em UNIDADE”, a Confederação Metodista de Jovens se baseia na mesma visão e tem como tema central tanto para o Treina Jovem quanto para os demais trabalhos do ano a UNIDADE.
cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais, com o tema: Tudo ou Nada. Já a terceira edição do Treina Jovem ocorreu em 2015, na cidade de Gravataí, no Rio Grande do Sul, com o tema: Um por todos e todos por um.
LOCAL
Para a quarta edição desse encontro que tem marcado corações e ministérios, espera-se muito mais do que Deus já tem feito na Juventude Metodista brasileira. O encontro vai contar com ministrações sobre liderança cristã, saúde emocional, discipulado, educação financeira, exercícios práticos ao ar livre e seminários temáticos.
História
A primeira edição do Treina Jovem aconteceu em 2011, na cidade de Quatro Barras, no Paraná, com o tema: Caráter, Unidade e Serviço. A segunda edição foi realizada em 2013, na
O Treina Jovem 2020 será realizado no Acampamento Jovens da Verdade, que fica a 20 minutos do aeroporto de Guarulhos. Confira as informações: Endereço: Rua Jovens da Verdade, 55 - Mirante, Arujá - SP - CEP 07400-000
VALORES Inscrições 1º Lote R$290,00 (vagas limitadas) Inscrições 2º Lote R$320,00 Translado R$40,00 (Do aeroporto de Guarulhos até o Acampamento Jovens da Verdade) www.metodista.org.br/ treina-jovem-2020
METODISMO
EDUCAÇÃO
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Março de 2020 | www.expositorcristao.com.br
Dia Mundial da Água
Veja a seguir alguns trechos dessa declaração:
1. A água faz parte do patrimônio do planeta; 2. A água é a seiva do nosso planeta; 3. Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados; 4. O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos; 5. A água não é somente herança de nossos/as predecessores/as; ela é, sobretudo, um empréstimo aos/às nossos/as sucessores/as; 6. A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo; 7. A água não deve ser desperdiçada nem poluída, nem envenenada; 8. A utilização da água implica respeito à lei;
A data de 22 de março foi criada pela ONU em 1992
9. A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social; 10. O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra. Como toda a população necessita da água para a sua sobrevivência, em julho de 2010, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou, através da Resolução A/RES/64/292, que a água limpa e segura e o saneamento básico são direitos humanos. Sendo assim, a água de qualidade e o saneamento básico passaram a ser um direito garantido por lei. O uso racional e sua preservação são fundamentais para garantir qualidade de vida para a nossa geração e para as futuras. Faça uso consciente da água! Vanessa dos Santos Mestra em Biodiversidade Vegetal, professora de biologia na Rede Omnia
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abemos que a água é um recurso essencial para a sobrevivência de todos os seres vivos. Ela atua mantendo nosso corpo hidratado, ajuda no transporte de substâncias, funciona como solvente, regula a nossa temperatura, participa de reações químicas, entre várias outras funções. Apesar de o nosso planeta ser repleto de água, estima-se que apenas 0,77% esteja disponível 100 para o consumo humano em lagos, rios e reservatórios subterrâneos. Vale destacar, 95 no entanto, que essa quantidade 75 não está distribuída igualmente por todo o território, consequentemente, existem locais onde esse recurso é considerado bastante valioso. Em 25 virtude dessa desigualdade de distribuição, em várias regiões 5 ocorrem verdadeiros conflitos por 0 água.
“No dia 22 de março de 1992, a ONU, além de instituir o Dia Mundial da Água, divulgou a Declaração Universal dos Direitos da Água” Além da escassez de água em algumas regiões, enfrentamos ainda o problema da baixa qualidade. A poluição causada pelas atividades humanas faz com que a água esteja disponível, porém não esteja própria para o consumo. Estima-se que 20% da população mundial não
tenha acesso à água limpa e, segundo a UNICEF, cerca de 1.400 crianças menores que cinco anos de idade morrem todos os dias em decorrência da falta de água potável, saneamento básico e higiene. Diante da importância da água para a nossa sobrevivência e da necessidade urgente de manter esse recurso disponível, surgiu o Dia Mundial da Água. Essa data, comemorada no dia 22 de março, foi criada em 1992 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e visa à ampliação da discussão sobre esse tema tão importante. No dia 22 de março de 1992, a ONU, além de instituir o Dia Mundial da Água, divulgou a Declaração Universal dos Direitos da Água, que é ordenada em dez artigos.
Com objetivo de desenvolver ações e debater temas relacionados ao meio ambiente, o Núcleo de Sustentabilidade da Universidade Metodista de São Paulo planeja, para breve, novos projetos para a comunidade acadêmica. Entre as iniciativas está a participação de Guilherme Costa Coelho, graduado em Mecatrônica, pós-graduado em Automação Industrial e estudante de Engenharia Ambiental. Ele também é produtor de conteúdo e gerencia o canal no YouTube Sigma Mundo, focado em sustentabilidade, minimalismo e consciência ambiental. O profissional foi convidado pelo núcleo para produzir ma-
Produtor de conteúdo participará das iniciativas dentro da UMESP
terial audiovisual para o Canal Metô, além da ministração de oficinas de compostagem, reciclagem de papel, criação de pontos de coleta de óleo no campus, participação no projeto da horta, entre outras ações. “Fico muito feliz pela porta ter sido aberta. O objetivo da parceria com a Metodista é aprender, além da possibilidade de aumentar a credibilidade, o networking e a divulgação. É uma oportunidade de desenvolver temas relevantes relacionados à sustentabilidade, trazer novas demandas e informar como o mercado na área está funcionando”, declarou Guilherme.
© ARQUIVO UMESP
© CHINNAPONG / ISTOCKPHOTO.COM
NÚCLEO DE SUSTENTABILIDADE PROMOVE PROJETOS NA ÁREA AMBIENTAL
Guilherme Coelho e Tassiane Pinato (coordenadora do Núcleo de Sustentabilidade).
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CAPA Março de 2020 | www.expositorcristao.com.br
Mulheres na uma carta à missão: comunidade de Coríntios
Pr. José Geraldo Magalhães
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epois da série sobre Capelania, muitos/as de nossos leitores/as nos mandaram e-mails solicitando os arquivos completos da série e sugeriram que houvesse mais estudos publicados no jornal. Iniciamos, então, a partir desta edição, a série de estudos sobre as mulheres na missão, tendo em vista que elas sempre estiveram e estão, presentes e atuantes, na vida da Igreja. A série será publicada nas próximas quatro edições impressas e depois compartilhadas no site. E será dividida nos seguintes temas: a) Uma Carta à comunidade de Coríntios e as mulheres nas Cartas Paulinas; b) As mulheres cooperadoras na missão; c) As mulheres na Igreja de Corinto; e, por fim, d) As mulheres no passado e na missão hoje. Embasamos nosso estudo em fontes renomadas no contexto teológico para que possamos compreender melhor como elas foram e são importantes na missão da Igreja. Vamos iniciar contextualizando a cidade de Corinto.
A cidade de Corinto
Paulo certamente escreveu mais para a comunidade de Corinto do que para qualquer outro lugar. Foi aproximadamente quase uma década de contato com aquela comunidade, desde sua chegada por volta de 49,1 durante a chamada segunda viagem missionária de Paulo, que o fez atravessar Macedônia e Atenas. Derrotada pelos Romanos, em 146 a.C., Corinto foi reconstruída pelo imperador romano Júlio César, fazendo desta uma colônia de Roma, e de 29 a.C. em diante Corinto ficou sendo a sede do procônsul e a capital da província da Grécia continental (Acaia). Sua localização geográfica estava entre as margens de dois mares: o Egeu a leste e o Jônico ou Adriático a oeste. Raymond E. Brown2 chega a afir-
mar que “nesse planalto tinha uma importantíssima estrada carroçável norte-sul que a liga à península e, entre esses dois portos abertos a dois mares, estava a cidade de Corinto”.3 A cidade em si era infame pela sua sensualidade e prostituição sagrada. O Espírito da cidade apareceu na igreja e explica o tipo de problemas que o apóstolo Paulo enfrentou na comunidade Coríntia. O que possuímos do Corpus Paulinum, ou autoria desta coleção, é de grande indagação. Os textos mais antigos do cânon Neotestamentário são as epístolas “autênticas”, em que há variações entre os anos de 50 a 64, cujas obras foram: I Tessalonicenses, Gálatas, Filipenses, Filemom, I e II Coríntios e Romanos. As demais epístolas aparecem pelos fins do século I ou inícios do século II e se formou, com isso, uma coleção, a partir de coleções menores anteriores de cada comunidade, onde se aceita a autoridade de Paulo.
Embora, Kümmel cite a carta aos hebreus, que foi considerada pela primeira vez como autoria de Paulo na Igreja de Alexandria, certamente não é de origem paulina – as epístolas endereçadas a Timóteo, Tito e Hebreus são chamadas de pastorais e são escritos pseudônimos, porque apontam a toda uma vitalidade de uma tradição paulina. No entanto, devem ser elencadas no bloco das “grandes cartas” I Tessalonicenses, Filipenses e Filemon como “autênticas”. Quanto às pastorais, devem ser negadas de autoria paulina. Por outro lado, as demais cartas (II Tessalonicenses, Colossenses e a Carta aos Efésios) têm sua autoria discutível.
A Carta à comunidade de Coríntios
Paulo em 55 não escrevia Bíblia, mas cartas para uma resposta pastoral. Ele ditou suas cartas fundamentalmente para uma comunidade e uma realidade de fé. Paulo ditava suas cartas; o que era comum naque-
“Ao analisar a carta de I Coríntios nos capítulos 7.1ss, 11.2ss e 14.33ss com mais intensidade, pode-se concluir que um número considerável de mulheres pertenceu à comunidade coríntia” Algumas epístolas, como as endereçadas a Timóteo, Tito e Hebreus, tratam de situações eclesiais posteriores, em contrapartida, os documentos “autênticos” ou como diz Kümmel: as quatro “grandes cartas”, isto é, Gálatas, I e II Coríntios e Romanos são dirigidas às comunidades, e não a dirigentes individualmente. Kümmel advoga que somente essas epístolas poderiam ser entendidas como testemunhos entre Paulo e os judaizantes.4
le tempo, ele escrevia somente a saudação: “eu escrevo de próprio punho”. Por exemplo, quem escreveu Romanos foi Tércio (Rm 16.22) quando Paulo estava ditando orientações para a Igreja. Há uma boa possibilidade de que as cartas não chegaram às comunidades como são escritas hoje, mas “bilhetes foram aglutinados nos escritos”,5 por exemplo, alguns autores6 consideram o trecho de I Coríntios 14.33b-36 como uma glosa;
outras pesquisadoras, como Elizabeth Schüssler Fiorenza, defendem que, devido à crítica textual, é melhor considerá-lo como autêntico.7 Sobre essa questão retomaremos mais adiante. De certa forma, escrever era uma arte! Uma carta pastoral tinha que ser curta para ser rápida, a não ser que fosse uma questão doutrinária, como as endereçadas aos Gálatas e Romanos. As cartas doutrinárias precisam ser mais específicas, por isso são de conteúdos mais densos. A comunidade de Corinto era problemática. A agitada situação dos/as cristãos/ãs em Corinto explica a necessidade de tanta atenção, por essa razão, Paulo investiu uma boa parte de seu tempo escrevendo à comunidade coríntia. Paradoxalmente, o elenco de problemas vivenciados por eles/as, como afirma Brown, “‘teólogos’ rivais, facções, práticas sexuais problemáticas, direitos conjugais, liturgia, funções eclesiásticas”,8 faz da carta excepcionalmente instrutiva para os/as cristãos/ãs e para as igrejas perturbadas do mundo contemporâneo. O estilo próprio de Paulo de perguntas e respostas acompanhadas de declarações citadas, por exemplo, no capítulo primeiro, que trata das facções entre os próprios membros na comunidade; a imoralidade no capítulo cinco, onde Paulo detecta um caso de incesto e “vós estais cheios de orgulho!” (v. 2); a crítica de Paulo aos/às fornicadores/as e homossexuais (6.910); a eucaristia (v. 11); os carismas (12, 14) revelam por que Paulo se dedicou com mais intensidade àquela comunidade.
As mulheres nas Cartas Paulinas
Para perceber a questão do papel das mulheres no início do cristianismo, vamos localizá-las nas Cartas Paulinas que datam 50-64 e as Deuteropaulinas
CAPA
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“Nas cartas paulinas as mulheres são mencionadas várias vezes por Paulo, algumas delas podendo ser identificadas como judias, por exemplo, Priscila, Herodiana e Júnia”
em finais do primeiro século (90-100 – I Ts, Gl, Fp, Fl, I e II Co e Rm) e início do segundo (100-110 – Tito). Ao analisar a carta de I Coríntios9 nos capítulos 7.1ss (casamento e virgindade), 11.2ss (cabelo das mulheres) e 14.33ss (mulheres caladas na assembleia) com mais intensidade, pode-se concluir que um número considerável de mulheres pertenceu à comunidade coríntia. No entanto, Ekkehard W. Stegemann e Wolfgang Stegemann em sua obra10 afirmam que a grande maioria das mulheres citadas por Paulo, ao que tudo indica, “é não casada”. Mas há de considerar uma preocupação preconceituosa em relação às mulheres casadas no capítulo 14.33b-35,11 pois no capítulo 11, quando solteiras, elas têm total liberdade no culto. Por outro lado, (cap.14) a mulher casada deve permanecer calada na assembleia. Crossan, além de considerar o trecho do capítulo 14 uma inserção, também compreende que a liderança feminina foi “cruelmente denegrida com a finalidade de instituir o controle exclusivamente masculino das assembleias cristãs”.12 Se por um lado, no capítulo 11.216, a mulher (solteira) poderia orar e profetizar, no capítulo 14.33b-35, elas, as casadas, deveriam permanecer caladas. Se tivessem dúvidas, deveriam
perguntar ao marido em casa, portanto, uma posição muito preconceituosa em relação às mulheres. Carlos Mesters advoga que é preciso fazer um equilíbrio entre os quatro textos que têm levantado diferentes opiniões: I Co 11.2-16; II Co 14.34-35; Ef 5.21-24 e I Tm 2.9-15 (I Timóteo datado no final do primeiro século), que, para o autor, são “o resumo das palavras de Paulo contrárias à participação da mulher”,13 com outros textos que enfatizam a participação da mulher na comunidade, por exemplo, Priscila, Maria, Júnia, Trifena e Trifosa, a “querida Pérsida” (Rm 15.12), Júlia e “sua irmã”, Olímpias, entre outras. Mesters considera que “as palavras duras de Paulo, contrárias à participação da mulher, não podem ser interpretadas como um ensinamento geral, válido para todos os tempos e situações”.14 Nas cartas paulinas as mulheres são mencionadas várias vezes por Paulo (Rm 16), algumas delas podendo ser identificadas como judias, por exemplo, Priscila, Herodiana e Júnia (Rm 16.3,7,11) ou de um modo mais genérico, mas elas estão ali, no meio das comunidades do I Séc. Essas mulheres são lembradas por Paulo, entre outros, escravos e escravas ou aos demais membros de uma economia doméstica (Rm 16.11). A mulher Apóstolo. Ser apóstolo, segundo a Epístola aos Romanos, não era difícil, e uma mulher poderia alcançar este status. O Novo Testamento indica somente Júnia, que é judia, considerada sob o título de “apóstolo” (Rm 16.7). É verdade que muitos/as estudiosos/as interpretam “Júnia” ser “Júnias”, isto é, um homem, pois seu nome é “grafado em grego no acusativo, Junian. Por causa disso, o nome passou a ser identificado como masculino – argumentava-se que Junian era o caso do acusativo do nome masculino Junia(nu)s”.15 Paulo a considera juntamente com Andrônico seus parentes e companheiros de prisão, como apóstolos exímios que o precederam na fé em Cristo. Em relação à Júnia, Fiorenza afirma que tanto Andrônico como Júnia realizam todos os critérios para um verdadeiro apostolado e eram apóstolos mesmo antes de Paulo.16 Duncan Alexander Reily afirma que dentre os comentários mais antigos que apontam ser Júnia uma mulher está o de Crisóstomo, que “na sua homilia nº XXXI fala com entusiasmo de Júnia e Andrônico”.17 Na próxima edição você confere as “mulheres cooperadoras na missão”.
REFERÊNCIAS 1. KÜMMEL, W. G. Introdução ao Novo Testamento. Trad. Isabel Fontes Leal. São Paulo: Paulinas, 1998. p.798. (Nova Coleção Bíblica), p.349. Por outro lado, José Comblin em seu comentário da Segunda Epístola aos Coríntios aponta que Paulo provavelmente tenha chegado a Corinto “na primavera de 50”, procedente da Macedônia e sozinho. Somente depois chegaram Timóteo e Silvano (II Co 1.19; At 18.5) p.12. Comblin aponta, também, 5 cartas primitivas que teriam sido reunidas por um redator talvez somente em “meados do século II”, sendo que cada uma dessas cartas formam uma unidade literária muito forte e que trata de um só assunto. Comblin afirma ainda que, se entendermos o conjunto como uma só carta, “tem-se a impressão de uma confusão total e de uma série de ex-abruptos”. p.15. BROWN, Raymond E. Introdução ao Novo Testamento / Raymond E. Brown; tradução Paulo F. Valério. – São Paulo: Paulinas, 2004. – (Coleção Bíblia e história. Série Maior), aponta que foi no ano de 50/51-52 e Corinto tinha sido fundada um séc. antes (44a.C). p.678. 2. BROWN, 2004, “Introdução ao Novo…” p.678. 3. Era um centro de comércio natural entre o Oriente e o Ocidente, em outras palavras, atraía uma população mais cosmopolita, pois imigrantes de baixa renda partiam da Itália em busca de melhores condições de vida naquela região. Áquila e Priscila vieram da Itália, uma vez que Cláudio decretou que todos os judeus se retirassem de Roma (At 18.2), como Paulo tinha a mesma profissão que Áquila e Priscila, ele morou com eles e aos sábados pregava nas sinagogas para judeus e gregos. Nesse período Paulo permaneceu em Corinto um ano e meio (At 18.11) e, com a ploriferação de culturas em Corinto, crescia também o sincretismo religioso. A cidade de Corinto está contemplada na geografia do missionarismo de Paulo, ou seja, as comunidades nas cidades da Ásia Menor, Grécia e Roma. A desigualdade social era algo presente entre os Coríntios, bem como a prostituição e a permissividade sexual. No entanto, era justamente desta classe pobre, de escravos e artesão que se fez a comunidade cristã. Foi a partir desta cidade, cuja padroeira era Afrodite (deusa do amor), que Paulo consegue criar o “mundo cristão” e tão logo se desenvolver. Em ordem cronológica, um dos mais importantes registros dos primórdios do cristianismo foram as Epístolas Paulinas, isto é, documentos escritos por Paulo, sem a intenção de escrever obras para a posteridade, desde sua primeira epístola, motivados por problemas na comunidade da cidade de Tessalônica, até as últimas, e a Filemon, escrita na prisão. Outro ponto a se ponderar baseia-se na incerteza de que possuímos seus primeiros escritos e muito menos a totalidade deles. (Confere: FOUKES, 1999, “Problemas pastorales em Corinto…” p.37-38; BROWN, 2004, “Introdução ao Novo…” p.678 e FIORENZA,1992, “As origens cristãs a partir da mulher…” p.264-276). 4. KÜMMEL, 1982, “Introdução ao Novo…” p. 319-320. 5. GARCIA, Paulo R. In: Cartas Paulinas: Exegese e Teologia do Novo Testamento. Módulo Teleaula EAD – Universidade Metodista de São Paulo. Guia de estudo, 19/05/2008. 6. As obras utilizadas neste Trabalho de Conclusão de Curso para tratar deste assunto, a maioria dos autores concorda que o trecho de I Co 14.33b-35 é uma interpolação posterior. São elas: ELLIOT, Neil. Libertando Paulo: a justiça de Deus e a política do apóstolo. São Paulo: Paulus, 1998. Também é a posição de Irene Folkes que defende em sua obra: Problemas Pastorales en Corinto: Comentario exegetico-pastoral a 1 Corintios; CROSSAN, John Dominic. Em busca de Paulo: como o apóstolo de Jesus opôs o Reino de Deus ao Império Romano / John Dominic Crossan e Jonathan L. Reed; [Tradução: Jaci Maraschin]. – São Paulo: Paulinas, 2007 – (Coleção Bíblia e arqueologia) e KOESTER, Helmult. Introdução ao Novo Testamento, volume 2: história e literatura do cristianismo primitivo – São Paulo: Paulus, 2005. Sobre este assunto, trabalharei mais adiante ao abordar “O papel das mulheres na Ekklesia de Corinto” na parte final deste capítulo. 7. FIORENZA, Elizabeth Schüssler. As origens cristãs a partir da mulher: uma nova hermenêutica / Elizabeth Schüssler Fiorenza; [Tradução João Rezende da Costa] – São Paulo: Edições Paulinas, 1992. – (Biblioteca de estudos Bíblicos), p.268. 8. BROWN, 2004, “Introdução ao Novo …” p.677. 9. Datada entre 50-64 a.C. 10. STEGEMANN, Ekkehard W. História social do protocristianismo / Ekkehard W. Stegemann e Wolfgang Stegemann; tradução de Nélio Schneider – São Leopoldo, RS: Sinodal; São Paulo, SP: Paulus, 2004, p.435. 11. Este texto é considerado por muitos exegetas uma interpolação, além de ser um texto mais antigo. Por essa razão a mulher deveria permanecer calada na Assembleia, em caso de dúvidas que questionasse seu marido em casa. 12. CROSSAN. John Dominic, 2007, “Em busca de Paulo…” p.117. 13. MESTERS, Carlos. Paulo Apóstolo um trabalhador que anuncia o Evangelho. São Paulo, SP. Paulus, 11ª Ed. 2008. p.96 a 105. Mesters considera o trecho do capítulo 14.34-35 como autêntico. Por essa razão, o autor leva em consideração que é preciso considerar que Paulo “sofreu críticas por partes das comunidades conservadoras (I Co 11.16 e 14.36-38). Por isso, naqueles quatro textos [I Co 11.2-16; II Co 14.34-35; Ef 5.21-24 e I Tm2.9-15] ele estaria pedindo moderação às mais apressadas”. Mesters quis dizer que o exagero de algumas mulheres poderia colocar em risco o processo de abertura à participação das mulheres dentro da comunidade. p.105. 14. Idem, p. 105. 15. CROSSAN, John Dominic, 2007. “Em busca de Paulo…” p.114. Para a tristeza dos que defendem essa tese, Crossan defende que há mais de 250 casos na Antiguidade do emprego do nome Júnia para as mulheres e, nunca o uso da mesma forma (Júnia) como abreviação para o nome masculino Junianus. “O problema naturalmente surgiu por causa da saudação calorosa de Paulo para os dois membros desse casal e, especialmente, para a mulher, Júnia”. 16. FIORENZA, 1992, “As origens Cristãs a partir da mulher…” p.206. Reily aponta em sua obra: REILY, Duncan A. Ministérios femininos em perspectiva histórica. 2ª Ed. Campinas, CEBEP; São Bernardo do Campo, EDITEO, 1997. p.37 que “discípulas e discípulos foram designados como membros do movimento de Jesus”. Nesse sentido, é o texto de Atos 9.36: “E havia em Jope uma discípula (mathétria) chamada Tabita…”. O destaque dado a Tabita ou Dorcas sugere que ela exercia real liderança na congregação de Jope. 17. REILY, 1997, “Ministérios femininos em perspectiva…” p. 43.
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DISCIPULADO Março de 2020 | www.expositorcristao.com.br
Como começar um discipulado com mulheres
Convidando pessoas para o caminho da vida
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odo indivíduo está seguindo T um caminho para um de dois lugares – vida ou morte. “Na vereda da justiça, está a vida, e no caminho da sua carreira não há morte.” (Provérbios 12.28) “Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte.” (Provérbios 14.12; cf. 16.25)
O
primeiro passo no discipulado é ser você mesma uma discípula. “Discipular” é um verbo que vem de um substantivo. Você é, antes de tudo, uma discípula de Jesus. Discipulado envolve mais “seja como eu sou” do que “faça o que eu digo”. Quem você é causará impacto. Eu sou profundamente devedora a duas mulheres que fizeram um alto investimento em mim. Muito do que tenho transmitido às mulheres hoje é o que aprendi com elas. Em que mulher você vê vitalidade espiritual e a beleza radiante de Jesus Cristo abundando nos mais diferentes aspectos de sua vida? Quem você deseja imitar (1 Coríntios 11.1; Filipenses 3.17)? Convide-a para um chá e conte-lhe o desejo do seu coração. Veja se ela está disposta.
A primeira mulher a quem pedi disse-me que simplesmente não podia fazer aquilo. Tudo bem com isso – continue tentando. Discipulado envolve assumir riscos relacionais.
çoa. Mesmo nas suas fraquezas você pode ajudar outras mulheres a aprenderem o que significa confiar em Deus nas próprias fraquezas delas. Você conhece Jesus? Você o
“Eu sou profundamente devedora a duas mulheres que fizeram um alto investimento em mim. Muito do que tenho transmitido às mulheres hoje é o que aprendi com elas” Quem você é em Cristo? Se você deseja crescer mais profundamente nele, isso é perfeito! Leve outras consigo. Se você se sente fraca e necessitada, é aí que o poder de Deus se aperfei-
ama? Ele é digno de que você lhe entregue toda a sua vida? Alguém precisa ouvir isso, estar próximo a isso, ver você abraçar isso. Alguém precisa ver de perto como você vive essas con-
vicções na prática e, para isso, é preciso mais do que uma manhã de domingo. Discipulado não é sobre cristãos/ãs profissionais transmitindo suas melhores práticas a cristãos/ãs amadores/as. Ser uma discípula e aprender a discipular outras significa olhar para Jesus com tal intensidade e deleite que você, de fato, começa a refletir a beleza de Cristo na vida diária. Enquanto você cresce na graça, Jesus se torna mais precioso, mais satisfatório, mais empolgante do que tudo o mais. E, enquanto você contempla a Cristo, outras desejarão juntar-se a você e vocês podem começar a olhar para ele juntas. A maneira mais importante de discipular outras é desfrutando você mesma de Cristo de um modo tão irresistível que o seu desfrute se torne contagiante.
No discipulado, nós convidamos outras a caminharem conosco pelo caminho da vida. Devemos desafiá-las e exortá-las ao longo do caminho? Sim, mas como companheiras de peregrinação, não como alguém que já cruzou a linha de chegada (Filipenses 3.14-15). Devemos ajudá-las a reconhecer, admirar, estimar, responder e desfrutar de Cristo, cujo jugo é suave e cujo fardo é leve (Mateus 11.30). Ame aqueles/as que você está discipulando como Jesus ama você (Romanos 15.7). Lembre-se: não é a nossa missão mostrar às outras quão pecadoras elas são, mas quão belo é Jesus! Então, deem-se as mãos enquanto caminham juntas em sua comum necessidade de Jesus. O discipulado nem sempre precisa ser estruturado. Algumas pessoas não funcionam dessa maneira. Mas você também descobrirá ser útil construir sistemas de intimidade e prestação de contas. Aqui estão algumas sugestões dos meus próprios grupos de discipulado. • Nós nos comprometemos em nos encontrar por um período específico e com uma frequência específica. • Nós temos momentos para compartilhar nossa “bolsa da biografia”, cheia de símbolos significativos da nossa vida até aqui. • Nós dedicamos tempo para adorar a Deus juntas. • Nós estudamos diferentes passagens bíblicas. • Nós compartilhamos pedidos de oração e oramos umas pelas outras, mantendo os pedidos confidenciais. • Nós aprendemos um cântico ou hino e o cantamos juntas. • Nós lemos e discutimos um livro. • Nós memorizamos passagens da Escritura. • Nós servimos juntas. • Nós tentamos conhecer as famílias umas das outras. Obviamente, isso toma tempo. Essas dicas servirão para você? Use-as como se fossem suas. Jani Ortlund - Mestra em educação. Autora de dois livros: Destemidamente Feminina e A Amorosa Lei de Deus
IGREJA E SOCIEDADE Março de 2020 | www.expositorcristao.com.br
Racismo é crime Pr. José Geraldo Magalhães
A
Igreja Metodista, ao longo de sua história, sempre combateu todas as formas de injustiças. Isso remonta aos tempos de John Wesley – o fundador do metodismo. Em pleno século 21, ainda permanece muito presente a prática de injúria racial em nossa sociedade. A área nacional, por meio da Pastoral de Combate ao Racismo, tem promovido campanhas nacionais para ajudar na conscientização dentro e fora das Igrejas. Ano passado, a Campanha Não é normal, é Racismo trouxe um alerta a respeito do problema. Segundo o Atlas da Violência 2019, mulheres negras sofrem mais feminicídios do que mulheres brancas. “Enquanto a taxa de homicídios de mulheres não negras teve crescimento de 4,5% entre 2007 e 2017, a taxa de homicídios de mulheres negras cresceu 29,9%. Em números absolutos a diferença é ainda mais brutal, já que entre não negras o crescimento é de 1,7% e entre mulheres negras de 60,5%. Considerando apenas o último ano disponível, a taxa de homicídios de mulheres não negras foi de 3,2 a cada 100 mil mulheres não negras, ao passo que entre as mulheres negras a taxa foi de 5,6 para cada 100 mil mulheres neste grupo”. A Agência Brasil destacou que pessoas negras são mais vulneráveis ao assédio moral no ambiente de trabalho que brancas. “Os/ as negros/as enfrentam dificuldade na progressão de carreira, na igualdade de salários e são os/as mais vulneráveis ao assédio moral no ambiente de trabalho, apesar da proteção constitucional contra o racismo e a discriminação. A avaliação é do Ministério Público do Trabalho (MPT). A procuradora destacou que o percentual de negros/as na população
21 de março, Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial
brasileira é superior a 50%, embora o índice não se reflita em uma representação no ambiente de trabalho”. A coordenadora da Pastoral
camente pela falta de acesso a saúde, emprego, lazer e moradia por parte dessa população negra. Essas desigualdades geram condições de não acesso a
uma tendência que prevalece na publicidade direcionada aos/às adultos/as: os/as personagens negros/as aparecem em maior quantidade quando
“Cerca de 200 milhões de pessoas autoidentificadas como afrodescendentes vivem nas Américas. Muitos outros milhões vivem em outras partes do mundo, fora do continente africano” de Combate ao Racismo, Juliana Yade, em depoimento para a campanha nacional, destacou que a prática faz parte da história. “O Brasil foi o último país a abolir a escravidão africana. Também apresenta índices dessas desigualdades que foram construídas histori-
políticas públicas para o bem viver”, disse Juliana. Outro dado importante do Meio e Mensagem é a representação da infância através de crianças brancas na maioria das peças publicitárias. “A análise dos comerciais do canal infantil também mostrou
as campanhas possuem mais de um protagonista (grupos de pessoas, por exemplo). Já nos comerciais que apostam em um/a único/a protagonista, a presença de negros e negras ainda é tímida”, aponta a pesquisa da agência de publicidade Heads.
ONU e a discriminação racial
Movimentos extremistas racistas baseados em ideologias que buscam promover agendas populistas e nacionalistas estão se espalhando em várias partes do mundo, alimentando o racismo, a discriminação racial, a xenofobia e a intolerância correlata, muitas vezes visando migrantes e refugiados/as, bem como pessoas afrodescendentes. Em sua mais recente resolução sobre a eliminação do racismo, a Assembleia Geral das Nações Unidas reiterou que todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos e têm o potencial de contribuir construtivamente para o desenvolvimento e o bem-estar de suas sociedades. A resolução também enfatizou que qualquer doutrina de superioridade racial é cientificamente falsa, moralmente condenável, socialmente injusta e perigosa e deve ser rejeitada, assim como teorias que tentam determinar a existência de raças humanas segregadas. A Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o período entre 2015 e 2024 como a Década Internacional de Afrodescendentes. Dessa forma, a comunidade internacional reconhece que os povos afrodescendentes representam um grupo distinto cujos direitos humanos precisam ser promovidos e protegidos. Cerca de 200 milhões de pessoas autoidentificadas como afrodescendentes vivem nas Américas. Muitos outros milhões vivem em outras partes do mundo, fora do continente africano. Confira notícias e visite o site oficial: http://decada-afro-onu.org. No Brasil, a ONU promove a campanha Vidas Negras, reafirmando o compromisso de implementação da Década Internacional de Afrodescendentes.
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ORAÇÃO Março de 2020 | www.expositorcristao.com.br
Os ensinamentos de Jesus sobre a oração “E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho” (Jo 14.13)
Dia Mundial de Oração
DATA:
HORÁRIO:
LOCAL: REALIZAÇÃO:
06 DE MARÇO DE 2020 - ZIMBÁBUE
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CELEBRE O DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO EM SUA IGREJA
J
esus estava no Cenáculo com seus/as discípulos/as. Passava-lhes suas últimas instruções. Falou para eles/as sobre a Casa do Pai, a segunda vinda e a promessa do Espírito Santo. Lavou seus pés, revelou-lhes seu amor e inaugurou a nova aliança em seu sangue. Nesse feixe de benditos ensinamentos, Jesus falou aos/às seus/ as discípulos/as, também, sobre oração. No texto em tela, Jesus ensina quatro verdades sublimes sobre oração. Vejamos: Em primeiro lugar, a abrangência ilimitada da oração. “E tudo o que pedirdes…”. Jesus não colocou limites no alcance da oração. Podemos apresentar a ele nossas necessidades, nossos desejos e nossos propósitos. Para ele não há coisa demasiadamente difícil. Ele pode todas as coisas e nada lhe é impossível. Podemos ser ousados/as e apresentar a ele aquilo que é impossível na perspectiva humana. Não oramos a um ídolo mudo, mas ao Todo-Poderoso Deus. Ele está assentado no trono. Tem as rédeas da história em suas mãos. Ele é poderoso para interferir no curso da história e atender ao clamor de seu povo. Ouse apresentar grandes pedidos a Deus. Ouse colocar diante dEle o impossível dos homens. O que o homem não pode fazer e o que a ciência não pode realizar, Ele pode!
Em segundo lugar, a mediação eficaz da oração. “… em meu nome…”. Não existe oração forte nem pessoas poderosas na oração. Não oramos fiados/as em nossos méritos. As orações são atendidas não com base nos méritos de quem ora, mas pelos méritos daquele/a que media a oração. Achegamo-nos a Ele falidos/as, mas Ele tem todo o crédito. Chegamos à sua presença fracos/as, mas Ele tem todo o poder. Chegamos a Ele não em nosso próprio nome, mas em seu nome. Não é a oração que é poderosa. Poderoso é aquele que responde às orações. Poderoso é o mediador das nossas súplicas. Em terceiro lugar, a promessa segura da oração. “… isso farei…”. Aquele que nos ensina a orar promete ouvir nossa oração e garante-nos que a atenderá. Sendo assim, orar é unir a fraqueza humana à onipotência divina. É conectar o altar da terra com o trono do céu. Se tudo é possível para Deus, então, tudo é possível por meio da oração. Sendo Deus soberano, e fazendo todas as coisas conforme o conselho de sua vontade, escolheu, livremente, agir por meio das orações do seu povo. Tiago, irmão do Senhor, escreveu: “… nada tendes, porque não pedis” (Tg 4.2). O nosso glorioso Redentor ensinou: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei,
e abrir-se-vos-á” (Mt 7.7). Orar as promessas de Deus é orar com plena ousadia. Ele não é homem para mentir. Nenhuma de suas palavras cai por terra. Em quarto lugar, o propósito maior da oração. “… a fim de que o Pai seja glorificado no Filho”. O fim último da oração não é o bem do homem, mas a glória do Pai manifestada no Filho. Quando o Senhor atende a nossas petições e súplicas, o Pai é glorificado e o Filho é exaltado nele. A oração não é antropocêntrica, mas teocêntrica. A oração não visa exaltar o homem, mas a Cristo. Tudo vem de Cristo, tudo é por meio de Cristo e tudo é para Cristo. Na mesma medida que nossas necessidades são supridas, em resposta às nossas orações, o Pai é glorificado no Filho. Na mesma proporção que apresentamos ao Senhor os anseios de nossa alma e encontramos nEle resposta, a bênção que vem do céu a nós retorna para o céu, como um tributo de louvor ao Pai, o único que é digno de toda honra, glória e louvor. Rev. Hernandes Dias Lopes Pastor na Primeira Igreja Presbiteriana
Com o tema para 2020, “Levante-se! Pegue sua cama e ande”, as igrejas ao redor do mundo celebrarão o Dia Mundial de Oração (DMO). Este ano, o material foi todo preparado pelas mulheres do Zimbábue. Algumas instituições sociais serão beneficiadas com ofertas para o DMO. Uma delas é a Associação Beneficente Encontro com Deus, em Curitiba/ PR. A Associação realiza um serviço de acolhimento institucional, oferecendo atendimento a crianças e adolescentes, acompanhados/as de suas mães, que se encontram em situação de vulnerabilidade social, violência doméstica/intrafamiliar e situação de desabrigo temporário, com o objetivo de proteção, manutenção do vínculo familiar e comunitário, bem como o fortalecimento da mãe por meio da sua emancipação financeira, inserção ao mercado de trabalho e reestruturação familiar e social. Outra instituição é a Associação Luterana de Diaconia, em Herval D'Oeste/ SC. Ela tem como objetivo oferecer assistência social a crianças, adolescentes, mulheres e suas famílias em situação de vulnerabilidade social, incentivando o desenvolvimento humano integral, físico, emocional e espiritual. E ainda oferece aula de música gratuita para as crianças e adolescentes, por meio da qual terão oportunidade de aprenderem a tocar algum instrumento musical ou aprenderem a cantar.
e de muitas tradições, para observar um dia comum de oração por ano. Em muitos países esse contato tem continuidade em reuniões de oração e trabalho. É um movimento iniciado por mulheres em 1887 e realizado em mais de 170 países e regiões. É um movimento simbolizado por uma celebração anual – primeira sexta-feira de março – à qual todos e todas são bem-vindos e bem-vindas. É um movimento que aproxima mulheres de várias raças, culturas e tradições, estreitando o seu relacionamento, compreensão e trabalho. Por meio do DMO, mulheres de todo o mundo afirmam sua fé em Jesus Cristo e compartilham suas esperança e temores, suas alegrias e tristezas, suas oportunidades e necessidades. Para saber mais, acesse: www.dmoracao. comunidades.net/ projetos-dmo-2020
SERVIÇO Conta para depósito das ofertas do DMO-2020:
Por fim, o Projeto Missão Integral no Jardim América, em Sinop/MT, tem a finalidade de dar assistência social a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, oferecendo oficinas e cursos de bordados, corte e costura e confecção de bonecas, que servem para geração de renda. Nos dias das oficinas, fica à disposição uma máquina de costura para os/ as moradores/as do bairro, para que possam praticar e também fazer consertos nas roupas de suas famílias.
Banco Bradesco Agência: 1553-9 Conta Corrente: 22378-6 Favorecido: Dia Mundial de Oração CNPJ: 68.009.562/0001-30
O DMO – é um movimento que reúne mulheres cristãs, de todo o mundo
Prazo para envio das ofertas: até 30 de junho de 2020.
Ao remeter ou depositar a oferta DMO-2020, favor informar à tesoureira pelo e-mail dirce.schitkoski@ gmail.com ou pelo telefone (42) 3233-3742.
DOUTRINA
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Crenças fundamentais dos/as metodistas
Doutrinas (Ensinos)
A Bíblia: Aceitamos as Sagradas Escrituras, os livros do Antigo e do Novo Testamento, como Palavra inspirada por Deus e necessária à salvação. Deus: É o fundamento e o Senhor deste Universo. Na Trindade, age sob três formas: Deus Pai, criador e soberano sustentador do Universo; Deus Filho, que se esvaziou para assumir a forma humana e nos conduzir ao Pai; e Deus Espírito Santo, nosso consolador que testifica com o nosso espírito que somos Filhos/as de Deus e nos inspira para a missão. A criação humana e o pecado original: O ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus. Contudo, usando a liberdade dada por Deus, o homem e a mulher escolheram desobedecê-Lo. Este pecado quebrou a comunhão humana
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a edição passada abordamos na matéria de capa o período litúrgico da Quaresma. Recebemos alguns e-mails dos/as leitores/ as reforçando a importância de se falar sobre o tema, mas também e-mails de pessoas que desconhecem o calendário litúrgico afirmando, inclusive, que a Quaresma é uma prática da Igreja Católica. Optamos em publicar, a partir desta edição, uma editoria sobre as doutrinas metodistas para reforçar a prática cristã dos/as metodistas. Iniciamos a conversa buscando nas raízes. O metodismo começou na Inglaterra, no século 18, a partir da experiência de fé de um jovem pastor anglicano chamado John Wesley (17031791). Quando era estudante da Universidade de Oxford, Wesley foi um dos líderes de um grupo de cristãos/ãs que se reunia regularmente com o objetivo de aperfeiçoar sua vida espiritual. Por causa de seus hábitos metódicos de estudo e oração, os/as estudantes acabaram sendo apelidados/as de “metodistas”. Em 1738, Wesley sentiu-se chamado a renovar a Igreja Anglicana e a sociedade em que vivia, buscando a vivência de santidade individual e social. A mensagem de conversão individual e transformação da sociedade fez o movimento metodista crescer na Inglaterra e resultou na fundação da Igreja Metodista.
com o Criador, trazendo desarmonia para toda a criação e a sociedade. Mas Deus tomou a iniciativa de nos reabilitar. Assim, por meio de Jesus Cristo, podemos restabelecer nossa comunhão com Deus. Graça preveniente (ou preventiva): A graça é a disposição benevolente de Deus para com o ser humano, sua misericórdia a favor do ser humano, abrindo a possibilidade para a salvação.
mano pode aceitá-la ou rejeitá-la. Quando, então, demonstramos essa boa vontade, a graça passa a operar em nós dando-nos assim a possibilidade de praticar as boas obras que de outra forma nos seriam impossíveis. Por isso, os/as metodistas não aceitam a teoria da predestinação (doutrina segundo a qual algumas pessoas estariam predestinadas à salvação). Os/as metodistas acreditam que a sal-
Graça. Um cadáver nada pode responder, mas o pecador e a pecadora até o último instante têm a oportunidade de fazer o primeiro movimento. Justificação: Justificação é o perdão de pecados. Cristo tomou sobre si as nossas culpas. Sofreu, imerecidamente, em nosso lugar. Assim, estamos reconciliados/as com Deus mediante o sangue de Cristo. Sob uma única condição o ser humano pecador
“Optamos em publicar, a partir desta edição, uma editoria sobre as doutrinas metodistas para reforçar a prática cristã dos/as metodistas. Iniciamos a conversa buscando nas raízes do metodismo histórico” Quando dizemos “somos salvos/as pela graça de Deus”, significa que somos salvos/as pela misericórdia de Deus posta em ação a nosso favor. Wesley acreditava que a graça salvadora (ou preveniente, como ele a chamava) estava em atuação no coração de todos os seres humanos, ao lado de sua consciência. É a própria presença de Deus em ação, por sua misericórdia, procurando levar o ser humano ao arrependimento. Livre-arbítrio: A graça de Deus não é imposta, o ser hu-
vação, pela graça de Deus, está aberta a todas as pessoas. Arrependimento: O arrependimento surge do autoconhecimento e leva a uma transformação real. Consiste no abandono do pecado e no voltar-se para Deus e seu serviço. Portanto, não se trata de mero remorso, mas de uma mudança de atitude. O arrependimento é o primeiro movimento para a salvação (Mt 4.17). Deus está nos convidando ao arrependimento e torna possível uma resposta positiva através de sua
é justificado: pela fé em Jesus Cristo. O arrependimento, que antecede a fé, é um profundo sentimento da ausência do bem e a consciência da presença do mal. Só a fé traz o bem. Primeiro a árvore se torna boa; depois os frutos se fazem bons. Santificação: para Wesley, a santificação ou “perfeição cristã” não é um estado do ser humano (pois não há perfeição na terra), mas um processo de constante crescimento. “O ser humano tem sempre necessidade de crescer em graça e avançar
diariamente no conhecimento e no amor de Deus” (Sermões de Wesley, vol. 2, p. 286). Esse crescimento só é possível por meio do Espírito Santo que age em nós, conduzindo um processo que se inicia com a fé em Jesus Cristo, o perdão dos pecados e a regeneração de nossa vida. O Espírito Santo santifica nossa vontade de tal maneira que passamos a escolher o bem e dizer não ao mal e ao pecado. O resultado desse processo de santificação se traduz em obras que buscam implantar a santidade na terra, unindo o/a cristão/ã aos seus irmãos e irmãs. Evangelho social: Espalhar a santidade bíblica por toda terra era um dos lemas de John Wesley. Assim, a doutrina da santificação wesleyana inclui dois movimentos que devem estar integrados: os atos de piedade e os atos de misericórdia. Atos de piedade são os atos que levam ao crescimento espiritual (a leitura bíblica, oração, jejum etc.). Atos de misericórdia são os atos em favor do próximo, as ações em favor da promoção da vida e da justiça social. Para Wesley, não há santidade sem a conjugação adequada desses dois aspectos. Segundo ele, a santificação se concretiza na interação humana. Enquanto a justificação pressupõe um ato de fé pessoal, a santificação pressupõe a existência do outro, do próximo, tanto no nível comunitário eclesiástico como na esfera pública. Na tradição wesleyana, ninguém se santifica sozinho/a, pois a santificação é sociocomunitária. No entendimento de Wesley “não há santidade que não seja santidade social (…) reduzir o Cristianismo tão somente a uma expressão solitária é destruí-lo”.
Os sacramentos. São dois:
O batismo: Praticamos o batismo por aspersão, embora aceitemos o batismo por imersão ou derramamento. Aceitamos o batismo infantil. O batismo é o sacramento de incorporação da pessoa à comunidade de fé. A Ceia do Senhor: É uma celebração do amor redentor de Deus e de sua graça capacitadora. Significa comunhão com Deus e a comunidade de fé e compromisso renovado com a missão. Os/as metodistas entendem que a ceia do Senhor não foi instituída pela Igreja, mas por Jesus Cristo e, por isso, abrem a sua participação a todas as pessoas, de qualquer idade, que se sintam em comunhão com Deus. /// Com informações: www.metodista.org.br
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MÍDIA Março de 2020 | www.expositorcristao.com.br
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GIRO DE
NOTÍCIAS
O QUE FOI DESTAQUE NO PORTAL EXPOSITOR CRISTÃO
Expositor Cristão QUINTA-FEIRA DE PRETO
SEMANA DE ORAÇÃO PELAS MULHERES METODISTAS
Redação
A campanha internacional do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) Quinta-feira eu uso preto tem como objetivo apoiar a mobilização pelo fim da violência contra a mulher. No Brasil, a iniciativa é coordenada pela Confederação Metodista de Mulheres (CMM), que promove, além das mobilizações semanais nas redes sociais com a hashtag #QuintaFeiraDePreto, passeatas organizadas por Federações e Sociedades de Mulheres Metodistas em todo o país. Para apoiar a ação, poste a sua foto usando roupas pretas nas redes sociais com as hashtags da campanha: #ThursdaysinBlack e #QuintaFeiraDePreto
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A Confederação Metodista de Mulheres convida todas para participarem juntas deste tempo precioso de unidade na oração nos dias 1º a 7 de março. Sabemos que cada igreja do nosso Brasil tem propostas incríveis e inovadoras para celebrar o Dia Internacional da Mulher
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TREINA JOVEM A maior capacitação nacional metodista para treinamento de líderes jovens já está com suas inscrições abertas. Este ano acontecerá a 4ª Edição do Treina Jovem, que será na 3ª Região Eclesiástica, na cidade de Arujá, em São Paulo, de 11 a 13 de junho de 2020.
ORAÇÃO: “...porque sem mim nada podeis fazer.” - João 15.5b. Com o objetivo de mobilizar pessoas a orarem semanalmente e diariamente pelos propósitos selecionados pela área nacional da Igreja Metodista, a campanha Em Oração vem apresentar para pessoas que já oram novos projetos, ações e situações carentes de intercessões em todo o país. ANGULAR EDITORA: A Angular Editora completa 4 anos em março. Ela é responsável pelas publicações da Associação da Igreja Metodista. A AE tem premiações reconhecidas por meio das publicações do EC e Escola Dominical. No site, você confere todas as publicações e lançamentos.
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RÁPIDAS
O que é quinta-feira de preto? - Em todos os países, a violência contra as mulheres é uma realidade trágica. Essa violência é frequentemente escondida, e as vítimas são muitas vezes silenciadas, temendo o estigma e mais violência. Todos nós temos a responsabilidade de falar contra a violência, para garantir que mulheres e homens, meninos e meninas, estejam protegidos contra estupro e violência em casa, na escola, no trabalho, nas ruas e em todos os lugares em nossas sociedades.
PESQUISA O Pastor José Roberto Alves Loiola defendeu sua Tese de Doutorado em Ciências Sociais no dia 28 de fevereiro, na UNESP, Campus de Marília/ SP. O trabalho se denomina Neopentecostalismo e a “Teologia de Gestão”: uma leitura sociológica do “ethos” religioso da Igreja Sara Nossa Terra no Distrito Federal (1992-2018).
Como Igreja desejamos a harmonia e a paz, para que o país encontre soluções para os nossos problemas sociais, com justiça e equidade MESA DO COLÉGIO EPISCOPAL
AS MATÉRIAS MAIS ACESSADAS NO PORTAL EXPOSITOR CRISTÃO
ORIGEM E SIGNIFICADO DA ESTOLA: A sua origem no cristianismo é imprecisa. No princípio a estola provavelmente era uma tira de tecido de linho ou lã destinada a resguardar o pescoço. No Oriente aparece como faixa no século IV; já como distintivo, no Ocidente no século VI. Leia mais em nosso site.
EXPOSITOR CRISTÃ O, ELEITO
O MELHOR JORNA L CRISTÃO DO BRASIL
E PREMIADO NA ARETÉ
2019
EC DE JANEIRO: Abrimos a edição com a Palavra Episcopal sobre a Quaresma – tempo litúrgico que se inicia no dia 26 de fevereiro e se estende até o dia 9 de abril. Quaresma é tempo de mudança, conversão e para consagrar-se mais a Deus. Leia mais em nosso site!
Jornal Oficial da Igreja Metodist
a | Fevereiro de 2020 | ano
134 | nº 2
Distribuição Gratuita
QUA RES MA Entenda seu significado e confira dicas para o período litúrgico
Página 8
INTERNACIONAL
Metodistas receberão Prêmio Mundial da Paz Metodista. Página 7
PASTORAL
Colégio Episcopal publica Carta Pastoral sobre unidade! Página 4
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MAIS LIDAS
Resistência e resiliência - A campanha é simples, mas profunda. Use preto às quintas-feiras. Use um bóton para declarar que você faz parte do movimento global que resiste a atitudes e práticas que permitem o estupro e a violência. Mostre seu respeito pelas mulheres que são resilientes diante da injustiça e da violência e incentive os/ as outros/as a se juntarem a você. Muitas vezes a cor preta tem sido usada com conotações raciais negativas. Nesta campanha, ela é usada como uma cor de resistência e resiliência. /// Mais detalhes em: www.metodista.org.br/quintafeiradepreto
CRIANÇA Março de 2020 | www.expositorcristao.com.br
Pessoas podem fazer missão, inclusive crianças É muito importante que as crianças entendam que podemos fazer a obra missionária em qualquer tempo e com qualquer idade. Existem muitas maneiras de colaborarmos com Missões. Fale para as crianças que elas podem orar pelos missionários e missionárias que estão levando a Boa-Nova do Evangelho a todas as pessoas, por todo o Brasil e pelo mundo. Explique que todos/as podem ajudar com orações, com ofertas em dinheiro, enviando mensagens de carinho, enviando materiais e com a divulgação do trabalho. As crianças também precisam entender que somos todos/ as missionários/as, pois ao aceitarmos Jesus no nosso coração obedecemos seu mandamento de ir por todo o mundo, pregando o evangelho a toda criatura. Mas como fazer isso? Falando de Jesus na sua família, com os/ as vizinhos/as, com os/as colegas, enfim, para muita gente. Todo o tempo podemos servir a Deus, servindo ao nosso próximo, apresentando a Salvação em Cristo e orando pelas
pessoas que fazem missão, em locais perto e muito longe. “Quão formosos são, sobre os montes, os pés do que anuncia as Boas-Novas, que faz ouvir a paz, do que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação...” Isaías 52.7. /// Equipe DNTC
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MÊS DA JUVENTUDE
2020
# MARÇO
15 - CULTO DA MOCIDADE • DEVOCIONAL, ORAÇÃO E OFERTA MISSIONÁRIA
• AÇÃO SOCIAL E ENVIO DE FOTOS DAS REALIZAÇÕES • DOAÇÃO DE SANGUE