EXPOSITOR CRISTÃO, ELEITO O MELHOR JORNAL CRISTÃO DO BRASIL E PREMIADO NA ARETÉ 2019
Distribuição Gratuita Jornal Oficial da Igreja Metodista Abril de 2021 | ano 135 | nº 4
FIQUE EM CASA!
MEMORIAL
Uma homenagem às pessoas que nos deixaram em março. Página 6
BÍBLIA
Chegamos ao penúltimo capítulo da série. Página 11
PÁSCOA! Ainda há esperança. Página 8
COLÉGIO EPISCOPAL: CONFIRA A CARTA PASTORAL CREMOS NO DEUS DE TODA A CONSOLAÇÃO. PÁGINA 4
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EDITORIAL Abril de 2021 | www.expositorcristao.com.br
COMENTÁRIOS Edição de Março de 2021
Capa Nossos/as jovens têm muito mais desafios do que ficar dentro das igrejas. Sempre me vi em Congressos, encontros e atividades nas igrejas locais. Sair e ajudar o próximo nessa época de pandemia certamente fará a diferença na vida de muitas famílias, claro que com todos os protocolos de saúde necessários. Roberto da Cruz Santos Belo Horizonte/MG
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Estimular o zelo evangelizador na vida de cada metodista, de cada igreja local;
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Revitalizar o carisma dos ministérios clérigo e leigo nos vários aspectos da missão;
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Patrícia de Almeida Soares Juiz de Fora/MG
da Igreja Metodista
o discipulado 3 Promover na perspectiva da salvação, santificação e serviço;
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Todas as vezes que leio essa página de memorial me sinto comovida. Infelizmente eu também já perdi pessoas na família e muitos amigos já se foram por causa dessa doença. Pessoas que fizeram parte de nossa Igreja precisam ser memoradas.
Ênfases missionárias
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Memorial
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Sonia Maria dos Santos Além Paraíba/MG
E no mês que é celebrado o dia do pastor e da pastora metodista, não haverá aquele abraço, aquela oração no final do culto. Ainda estamos vivendo uma das fases mais críticas da pandemia, em que chegamos a mais de três mil mortes por dia. As igrejas estão vazias, celebrações virtuais acontecem pelo Brasil afora, reuniões com a liderança são realizadas de forma on-line. E ainda precisamos lidar com a perda de pessoas queridas que nos deixaram precocemente. Quanta dor, quantas lágrimas, mas o nosso redentor vive, como já disse Jó. Cremos na ressurreição, cremos na esperança, na vida eterna, na ciência e que dias melhores virão, em que voltaremos a nos abraçar, louvar juntos e juntas pelas provações vencidas. Que Deus seja com todas as pessoas enlutadas e que nos dê força para suportar e celebrar a Páscoa, pois Ele vive e reina para todo o sempre! IST O CK
Como Igreja que somos, temos que ser fortes. Quantas pessoas queridas nós perdemos. A Igreja Metodista faz a parte dela com orientações publicadas no jornal, mas não é só isso, temos que fazer nossa parte de isolamento social para nos proteger e proteger o próximo.
Uma das datas mais significativas do calendário cristão é celebrada na chamada Semana Santa – a Páscoa. Lamentavelmente, há dois anos não temos celebrado como gostaríamos devido à pandemia da Covid-19, que tem impedido as igrejas de realizar reuniões em seus templos. No mês passado, o Brasil registrou mais de 300 mil mortes pela doença. Muitas famílias não terão pessoas amadas nesta Páscoa, no Natal, no dia a dia de suas vidas, porque elas faleceram em decorrência da Covid-19. Nesta edição, procuramos trazer o significado da Páscoa juntamente com a reflexão de alguns teóricos da teologia da esperança, bispos/as e pastores/as. As pessoas que têm a fé pautada na palavra de Deus sabem que um dia haverá ressurreição, e os/as que estiverem “dormindo no Senhor” despertarão para o dia final, conforme encontramos nas promessas escritas pelo apóstolo Paulo na primeira carta aos Tessalonicenses. Até que esse dia glorioso chegue, temos que lidar com o luto, com a dor e com a saudade… Vivemos tempos difíceis, já perdi as contas de quantas pessoas próximas, amigas, faleceram nos últimos 12 meses.
ARDO © RIC
Pandemia
Páscoa, ainda há esperança!
Nos caminhos da missão servem com integridade
Fortalecer a identidade, conexidade e unidade da igreja;
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Implementar ações que envolvam a igreja no cuidado e preservação do meio ambiente;
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Promover maior comprometimento e resposta da igreja ao clamor do desafio urbano.
Pr. José Geraldo Magalhães
Editor-chefe | Expositor Cristão
OPINIÃO | PÁSCOA
Educação
“A morte de Jesus foi interpretada pelas comunidades de fé como sacrifício pascal. É assim que reconhece também o quarto evangelista (Jo 19.31-36), pois, para ele, Jesus morreu na hora da imolação dos cordeiros pascais. E ressuscitou! Em síntese, celebrar a Páscoa significa afirmar que Jesus, o Cristo, venceu (pasah, “passar”, “pular”) a morte. É proclamação da história da nossa salvação.”
É lamentável ver nossas instituições de ensino se perdendo ao longo dos anos. Houve troca de gestão várias vezes e não houve solução. Temos nossos pilares, social, educação e evangelização. Perdemos praticamente tudo! Caio Aparecido Feitosa Piracicaba/SP
Pastor João Batista Ribeiro Santos | Biblista e pastor na 3ª Região Eclesiástica
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"Ao lado dos dois caminhantes, o terceiro caminhante ouvia a conversa atentamente a respeito das profecias do Antigo Testamento, das histórias do bem-sucedido Jesus, que termina em um fracasso total e que ainda os intrigava muito, pois não sabiam explicar o que tinha acontecido e qual futuro eles teriam. Em nosso caminho há um terceiro caminhante que nos ouve atentamente. Que nesses tempos de tantas lutas, sinais de morte e desesperança, possamos também sentir o nosso coração ardendo com a presença do Deus Conosco.” Bispo Roberto de Souza Alves | Presidente na 4ª Região Eclesiástica
“A escatologia pode ser considerada quase sinônimo de cristianismo. Ainda que não diretamente, a escatologia tem como pano de fundo a esperança e o futuro. É importante lembrar que no Novo Testamento a morte é considerada como consequência do pecado. A morte de Cristo projeta esperança e força diante do sofrimento. Entretanto, nem sempre o amor e a graça divina, por meio de Cristo, são percebidos no cotidiano das pessoas.” Pra. Blanches de Paula | Pastora na 3ª Região Eclesiástica e profa. na Fateo
"Antes de recebermos a Jesus como Senhor e Salvador, não tínhamos como agradar a Deus nem como obedecer-lhe, éramos dominados/as pela nossa natureza pecaminosa. Esse domínio foi quebrado, em Jesus Cristo recebemos uma nova identidade. O pecado não pode ser um hábito na vida daquele/a que tem a Jesus.” Bispo Emanuel Siqueira | Presidente da 7ª Região Eclesiástica
http://bit.ly/ec-abril-pascoa
SIGA A GENTE! /expositorcristao /sedenacionalmetodista @jornal_ec @metodistabrasil /jornalEC /metodistabrasil /jornal_ec /metodistabrasil (11) 2813-8614 DEVIDO A PANDEMIA, A SEDE ESTÁ TEMPORARIAMENTE FECHADA. FAVOR ENVIAR E-MAIL PARA EXPOSITORCRISTAO@GMAIL.COM
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Expositor Cristão Presidente do Colégio Episcopal: Bispo Luiz Vergílio Batista da Rosa Bispa Assessora do jornal Expositor Cristão Hideíde Brito Torres Conselho Editorial: Camila Abreu, Patrícia Monteiro, Pr. Odilon Chaves
Jornal Oficial da Igreja Metodista Fundado em 1º de janeiro de 1886 pelo missionário John James Ransom
Editor e jornalista responsável: Pr. José Geraldo Magalhães (MTB 79517/SP) Produção Audiovisual: Rodrigo de Britos Foto de Capa: © RomoloTavani/istockphoto.com Arte: Fullcase Comunicação
Revisão: Adriana Giusti Tiragem: 15 mil exemplares Entre em contato conosco: (11) 2813-8600 | www.expositorcristao.com.br expositorcristao@metodista.org.br Av. Piassanguaba, 3031 - Planalto Paulista São Paulo/SP - CEP 04060-004
*A REDAÇÃO DO JORNAL EXPOSITOR CRISTÃO É RESPONSÁVEL POR TODAS AS MATÉRIAS NELE PUBLICADAS, COM EXCEÇÃO DE ARTIGOS E REFLEXÕES, QUE SÃO RESPONSABILIDADE DE SEUS/AS AUTORES/AS.
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NACIONAL
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Dia da Pastora e do Pastor Metodista
PALAVRA EPISCOPAL Bispo Roberto Alves de Souza Presidente da 4ª Região Eclesiástica
Páscoa: a vida venceu a morte “Porém os olhos deles estavam como que impedidos de o reconhecer.” (Lucas 24.16)
© DIVULGAÇÃO
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o segundo domingo do mês de abril, a Igreja Metodista celebra o Dia da Pastora e do Pastor Metodista. Em 2021, a data acontece em 11 de abril. Inspirada pelo selo de John Wesley, que apresenta o lema "Creia, Ame, Obedeça", a Igreja Metodista homenageia pastoras e pastores que anunciam as boas notícias da graça com fé, amor e obediência. Saiba mais sobre o selo no trecho extraído da Bíblia de Estudo John Wesley. O lema "Crer, Amar, Obedecer", ou "Creia, Ame, Obedeça", compõe, junto com a caligrafia das letras J e W, o selo particular de John Wesley. Sabemos que Cornelius Bayley escreveu sobre ele em 1781 e que Wesley publicou o texto com o título sobre o lema do selo no seu Arminian Magazine (4/8/1781. p. 43). Entretanto, John Wesley já havia usado a expressão 30 anos antes, em seu comentário de Mt 19.17: "Se você quer entrar na vida, guarde os mandamentos, a partir de uma fé amorosa. Creia e, assim, ame e obedeça. E este é, sem dúvida, o caminho da vida eterna". O lema apresenta a sua teologia prática do seguimento de Jesus como um modelo de discipulado cristão que traz a eternidade para a vida. Verbos, não substantivos, sinalizam a ênfase na práxis da vida religiosa sã. Eles anunciam uma "fé que atua em amor".
Bíblia
A Bíblia de Estudo John Wesley está disponível para venda na Angular Editora. Convidamos você e a sua comunidade de fé para acessar o material de apoio disponível abaixo. É possível produzir posts para as redes sociais com fotos de seus/as pastores/as, e até camisetas para presenteá-los/as com o lema da campanha. Em breve disponibilizaremos também um filtro para Facebook e Instagram, para que você possa homenagear pastoras e pastores nas suas redes sociais. /// Acesse o material de apoio abaixo! http://www.metodista.org.br/ dia-da-pastora-e-do-pastor-metodista-2021
Páscoa é um momento muito especial na hisno vilarejo de Emaús, aqueles discípulos experimentória do povo judeu, pois relembra a grande tavam a passagem da falta de motivação, tristeza e falta de perspectiva para uma vida motivada com a libertação de Deus e a passagem de uma vida grande libertação proporcionada pela ressurreição de escravidão para uma vida de libertação. Nada do cordeiro de Deus que tirou o pecado do mundo. mais relevante do que celebrar a nossa libertação Quando celebramos a Páscoa, não queremos esde tudo aquilo que nos escraviza e nos oprime com quecer o seu grande significado, a passagem de uma sinais de dor, morte, violência e desrespeito à vida. vida de escravidão (Egito) para uma vida de liberHá mais de um ano estamos vivendo uma situação tação para o povo hebreu, os/as descendentes de bem diferente no Brasil e no mundo com a pandemia Abraão, Isaque e Jacó, que viviam como escravos/as do coronavírus, que já vitimou mais de 2,5 milhões há mais de 400 anos no Egito. Já para os/as cristãos/ de seres humanos no mundo até o mês de fevereiãs do Novo Testamento, a Páscoa significava a pasro de 2021; no Brasil já são mais de 300 mil mortes sagem da morte para a vida a partir da ressurreição até março deste ano. Sem mencionar o número de de Jesus de Nazaré. Esses são os verdadeiros signifipessoas infectadas, desempregos, suicídios e tantas cados da Páscoa que celebramos, outras consequências geradas ao pois nela a libertação venceu a longo de mais de um ano. Há esescravidão, a alegria venceu a perança? tristeza, a certeza venceu o medo, Emaús era uma pequena aldeia “Para os/as a saúde venceu a doença, a vida ou vilarejo que ficava a 12 quilôvenceu a morte. metros de Jerusalém. Para lá iam cristãos/ãs do caminhando, bem desanimados Deus conosco e sem motivação, dois discípulos Novo Testamento, Tudo isso foi possível somende Jesus. Uma caminhada sem te pela ação poderosa do nosso motivação e sem esperança torna a Páscoa grande Deus no Antigo Testao caminho a ser percorrido mais mento, usando Moisés para liberlongo e cansativo, mas é exatasignificava a tar o seu povo do Egito, e no Novo mente nessas circunstâncias que passagem da Testamento, vindo em Jesus Crisaparece um terceiro caminhante. to para morrer em nosso lugar e Ao lado dos dois caminhantes, o morte para a nos trazer grande salvação atraterceiro ouvia a conversa atentavés da sua ressurreição ao terceiro mente a respeito das profecias do vida a partir da dia. Celebrar a Páscoa é celebrar Antigo Testamento, das histórias a vida abundante em Jesus Cristo, do bem-sucedido Jesus, que terressurreição de minam em um fracasso total e nosso Senhor e Salvador pessoal, que ainda os intrigavam muito, aleluias! Jesus de Nazaré” pois não sabiam explicar o que Que nesses tempos de tantas tinha acontecido e qual futuro lutas, sinais de morte e desespeeles teriam. rança, possamos também sentir Assim também caminhamos o nosso coração ardendo com a nós nos “caminhos de Emaús”, da vida em que anpresença do nosso EMANUEL, Deus Conosco, pois damos tristes e desanimados/as, pois também quaELE mesmo nos prometeu que “estaria conosco tose nada sabemos do nosso futuro. Mas lá, naquele dos os dias”. Nesta Páscoa não esqueça que você não caminho, e hoje, no nosso caminho, há um terceiro está só, você não foi esquecido por Deus, você é alcaminhante que nos ouve atentamente e, como fez guém importante para o nosso EMANUEL, aleluias. o coração daqueles discípulos arder, também faz o Que seus olhos estejam abertos, que você não se nosso coração arder com a sua presença. encontre com nenhum impedimento para ver, para enxergar o Cordeiro Pascal Emanuel, aleluias.
Partilha do pão
É no partir do pão que percebem que era o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo que caminhava com eles. No Egito, quando comiam apressadamente, o cordeiro e as ervas amargas se preparavam para a grande libertação que estava prestes a acontecer. Também em uma humilde casa
BIBLIOGRAFIA: 1. WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo, Novo Testamento, Volume I, 1ª Edição, Geográfica, Santo André, 2009. 2. Bíblia de Estudo John Wesley. Sociedade Bíblica do Brasil, São Paulo, 2020.
© FÁBIO H. MENDES/EC
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NACIONAL Abril de 2021 | www.expositorcristao.com.br
Carta Pastoral do Colégio Episcopal:
Cremos no Deus de toda a consolação
“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai das misericórdias e Deus de toda consolação, que nos consola em todas as nossas tribulações, para que também sejamos capazes de consolar os que passam por qualquer tribulação, por intermédio da consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus. Porquanto, da mesma maneira como os sofrimentos de Cristo transbordam sobre nós, igualmente por meio de Cristo transborda a nossa consolação.” (2 Coríntios 1.3-5) Queridos irmãos e irmãs,
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período entre 597 a.C. e 587 a.C. foi um dos mais difíceis da história de Israel: a chegada de Nabucodonosor ao trono babilônico e seus desejos expansionistas afetaram toda a região. Sua primeira intervenção transformou Israel em país vassalo. A segunda foi um cerco a Jerusalém e a destruição da cidade, com consequente destituição de Zedequias, último rei da linhagem davídica no trono de Jerusalém. Segundo os/as historiadores/as, entre 587 a.C. e 586 a.C., houve um cerco pesado a toda a cidade de Jerusalém, resultando em mortes e fome, culminando num exílio de cerca de 70 anos. Foram necessários mais ou menos cem anos para que Jerusalém fosse devidamente reconstruída, depois das investidas de Neemias e Esdras. Os livros de Jeremias, Ezequiel, Lamentações, Neemias e Esdras tratam do tema diretamente, e através de sua leitura podemos conhecer o estado de espírito das pessoas naquele período. Jeremias é o mais famoso profeta do exílio. Suas palavras de exortação ao povo foram inicialmente muito duras, mas a partir do capítulo 30 de seu livro também encontramos as palavras mais profundas de esperança e recomeço. Trazemos à memória o que nos pode dar esperança (Lamentações 3.21). Por isso, ao meditar sobre o que estamos vivendo hoje, talvez os cercos (tanto o babilônico quanto o romano, em 70 d.C.) sejam a narrativa bíblica mais próxima da nossa realidade nesta pandemia, em termos de
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VEJA OS NÚMEROS ABAIXO DE CASOS CONFIRMADOS E ÓBITOS POR COVID-19 NO BRASIL Casos Confirmados
12.320.169 Casos recuperados
10.772.549
Os números por regiões do Brasil
Até o fechamento desta edição, 26 de março, a plataforma covid.saude do governo federal registrava mais de 300 mil óbitos no Brasil. Veja os números abaixo!
Centro-Oeste
Norte
Sul
Nordeste
Casos: 1.305.177 Óbitos: 27.367
Casos: 2.425.418 Óbitos: 43.799
303.462
Casos: 1.315.586 Óbitos: 31.443
Sudeste
Casos: 4.439.739 Óbitos: 134.798
Caso: 2.834.249 Óbitos: 66.055
Óbitos confirmados
experiência prática, vital, emocional e espiritual. Senão, vejamos: Nossos movimentos estão limitados devido a um grande inimigo, que ameaça todas as fronteiras e contra o qual, até agora, as investidas têm dado resultados tímidos diante das perdas. A dificuldade econômica subsequente é grande, atingindo setores de produção e de serviços de maneira diferenciada, mas igualmente grave, em todo o planeta. As perspectivas de futuro ficam turvas para a juventude. Planos são adiados em todas as esferas. Despedidas acontecem em meio a um cenário de adoecimento. Os/as mais frágeis do povo são perdidos/as. Os/as agentes de saúde nos hospitais, clínicas, UPAs etc. estão vigilantes hoje como estavam os soldados sobre os muros naquela guerra. Não se trata apenas de vencer a batalha que pareça ser a final. Também é preciso desenvolver resistência, resiliência e esperança. Palavras de consolo são essenciais, mas não parecem o bastante para nós, como também não pareciam para os/as habitantes de Jerusalém e dos povoados judeus ao seu redor. Aquele rei parecia tão impossível de vencer como o vírus hoje. E ainda que desenvolvamos as vacinas e outros medicamentos para combater e prevenir esses ataques, teremos de, por muito tempo, conviver com as sequelas – tanto nos corpos que sobrevivem quanto nos corações
de quem perdeu pessoas queridas –, bem como haverá necessidade de uma série de recomeços nas diversas áreas da vida. Naquele cenário, Jeremias declarou uma promessa de Deus: “Porque restaurarei a sua saúde e curarei as suas feridas” (Jeremias 30.17) e “Há esperança para o seu futuro” (Jeremias 31.17). O autor Craig Groeschel afirma que as promessas que fazemos a Deus são de pouca valia, mas as que Ele faz a nós são transformadoras. A promessa de cura não tratava somente do aspecto individual, mas da coletividade, de Israel como povo.
Para acompanhar os casos de Covid-19 no Brasil acesse o link: covid.saude.gov.br
des difíceis, mas, igualmente, proclama em alto e bom som a bênção, a promessa e a realização de Deus! Nosso consolo não está nas palavras – está na observação de realidades. E nós queremos, em nome de Jesus, invocar toda a riqueza da realidade bíblica vivida por Jeremias e seus compatriotas para inspirar vocês na busca por resistência, na atuação por meio da fé, no cuidado amoroso para com todas as pessoas e na firme esperança de que esse tempo difícil também irá passar! Jeremias insistiu em muitas práticas que seriam impor-
po a mais para serem desenvolvidas. É na cooperação de todos e todas que poderemos garantir que o “cerco do coronavírus” reduza seu dano mortal, enquanto nossas intercessões sobem a Deus pelas saídas, tanto do trabalho humano quanto da intervenção sobrenatural de seu amor misericordioso sobre todas as nações da terra. Escrevemos a fim de alimentar a esperança. Mantenhamos os olhos nas expressões de Jeremias e de Paulo, quando eles nos dizem que Deus é o Deus de toda a consolação; que podemos nos consolar lembrando o que
viço espiritual, intercedemos, ouvimos, aconselhamos, fazemos campanhas de alimentos, invocamos a cura, jejuamos em favor de todos os países, proclamamos a Palavra vivificadora. Redescobrimos e experimentamos os milagres de Deus nas inúmeras narrativas de pessoas recuperadas. Celebramos o conhecimento que Ele nos deu para criar, à semelhança dEle, coisas boas para este mundo em termos de medicamentos e vacinas. Tudo isso é dom, é presente de Deus, consolo e graça neste mundo sujeito ao mal, ao pecado, à corrupção, sujeito à finitude, pois a plenitude do Reino ainda não veio e por isso estamos, como disse Paulo, ainda sujeitos/as à servidão e aos limites do humano. Deus, porém, não está. Em Cristo, Ele nos promete vida abundante aqui e vida eterna depois. Consolemo-nos, pois, mutuamente, com estas palavras.
“As perspectivas de futuro ficam turvas para a juventude. Planos são adiados em todas as esferas. Despedidas acontecem em meio a um cenário de adoecimento” Jeremias não é imprudente ou negligente com suas palavras. Todas as consolações existentes nos capítulos finais de seu livro estavam recheadas de conselhos e advertências e delineavam que a cura seria um processo, talvez tão longo quanto fora a ferida criada por Nabucodonosor. Isso é tão verdade que, quando o templo novo foi reconstruído, havia quem chorasse de alegria por aquela visão e quem chorasse de tristeza lembrando como tinha sido no passado, conforme narrado no livro de Esdras. É admirável como a Palavra de Deus não minimiza problemas, pecados, nem realida-
tantes para passar por aquele momento difícil. Nós também temos recebido diversas instruções. Precisamos segui-las, para o nosso bem e para o bem de todas as pessoas que amamos. Elas incluem o cuidado com a higiene em todas as coisas, o uso das máscaras como forma de bloquear a transmissão oral do vírus, o atendimento aos protocolos de segurança nos locais públicos, a redução tanto quanto possível do número de pessoas nas ruas, o evitar aglomerações, a promoção do distanciamento social e a redução de todas as nossas atividades que possam aguardar um tem-
Ele já fez, sendo suporte mútuo nas famílias, nas amizades, na vida da Igreja e na manifestação pública de nossa fé. Jesus sofreu por nós e devemos aprender a sofrer pelas outras pessoas – sendo apoio nos lutos, compartindo o pão de cada dia, estimulando o comércio entre amigos/ as etc. Qualquer pequena ação pode ser fonte de cura e consolo. E da mesma forma como o sofrimento de Cristo resultou em salvação para muita gente, também seu consolo alcançará muitos e muitas mais. Choramos com todos e todas que têm perdido seus entes queridos. Na essencialidade do ser-
Ele veio, Ele está, Ele virá. Ele fez, Ele faz, Ele fará. Ele salvou, Ele salva, Ele salvará. No amor de Cristo e em oração, Colégio Episcopal da Igreja Metodista Março de 2021.
Ouça a Carta Pastoral em Podcast pelo link:
http://bit.ly/carta-pastoral-ce
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MEMORIAL Abril de 2021 | www.expositorcristao.com.br
MEMORIAL METODISTA
DIVULGAMOS NESTE ESPAÇO INFORMAÇÕES PUBLICADAS NOS PORTAIS REGIONAIS OU QUE FORAM ENVIADAS PARA NOSSA REDAÇÃO.
ISA RUBIM, UMA DAS PRECURSORAS DO METODISMO CAPIXABA Nós, metodistas, perdemos no dia 15 de março uma pessoa importantíssima em nossa história. Irmã Maria Isabel Rubim Dias completaria 100 anos no dia 12 de julho. Ela infartou e faleceu a caminho do hospital. Era viúva do irmão Gilberto Varejão Dias e deixa três filhos: Reinaldo, Rommel e Mariza, nove netos e sete bisnetos. Irmã Isa, como era chamada carinhosamente por todos/as, cresceu vendo seu pai, Francisco Lopes Rubim, lendo a Bíblia e sua mãe, Maria Louzada Rubim (Dona Cota), orando de joelhos por ela e toda a família. Ela herdou de seus pais, além de uma fé inabalável em Deus, a chama do coração aquecido de John Wesley, que era uma marca em sua vida. Na adolescência ainda, seus pais se mudaram de Alegre para Vitória, ambos no estado do Espírito Santo, e vieram morar em Santo Antônio. Ali se deu origem à Igreja Metodista, onde os cultos aconteciam com frequência em sua casa e logo surgiu a necessidade de dar início à construção de um templo. A Igreja ficou sediada temporariamente em um imóvel na Vila Rubim, no centro da capital, até ser transferida para onde hoje se localiza a Igreja Metodista Central em Vitória/ES, na rua Dr. João dos Santos Neves. Bem novinha, já era participante da sociedade Metodista de Mulheres, sendo a primeira agente da Voz Missionária no Espírito Santo. Anos depois, já ativa na Igreja, a irmã Isa estava casada e com filhos. "Agente da Revista Voz Missionária, presidente da Sociedade de Mulheres, coordenadora do ministério de ornamentação, colaboradora do ministério de administração, seja qual fosse a sua atribuição na Igreja Metodista ou na comunidade onde vivia, era feito com zelo e compromisso", declara Júnia Campos. A irmã, além de ser reconhecida por nossa comunidade Metodista, também recebeu os aplausos da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo (ALES), recebendo no ano de 2018 a Comenda Domingos Martins, a maior honraria da Casa. Esta homenagem é concedida a personalidades ou instituições que tenham prestado serviços relevantes à sociedade espírito-santense. Na década de 1990, com o crescimento do ponto de pregação em sua residência em Itararé, bairro na região central da ilha de Vitória, surgiu a necessidade de se constituir uma igreja, com pastor participando efetivamente do pastoreio. Sendo assim, deram andamento à construção da Igreja Metodista Memorial, cujo terreno foi doado por ela e seu esposo, na época. Sempre zelosa em tudo que fazia, fez um mosaico para relembrar pessoas e momentos marcantes na caminhada da Igreja. Na minha vida, desde a infância, ela é uma referência de fé, temor ao Senhor, sabedoria e personalidade. Eu admirava a classe, postura e ao mesmo tempo a calma e serenidade que ela tinha, o que não deve ser diferente na percepção de todos/as que a conheciam. A Deus toda honra, glória e louvor. /// Arlete De Lai e Tiago De Lai Nunes
UM ATALAIA DA UNIDADE O Grupo de Pesquisa de História do Metodismo no Rio Grande do Sul chora a partida de um dos seus integrantes, no dia 13 de março, o Rev. Adahyr Cruz. Ligado ao Instituto Teológico João Wesley, instituição da Segunda Região da Igreja Metodista, este Grupo desenvolve pesquisas e reflexões sobre a história do metodismo gaúcho, do qual ele fazia parte. Mesmo não podendo nos despedir condignamente deste colega e integrante do Grupo, queremos lhe dizer que a cadeira dele, nas reuniões, nunca estará vazia, porque dela sempre ouviremos a voz de um Atalaia da Unidade bradando em nossa mente e apertando nosso coração! /// Rev. Norberto da Cunha Garin, integrante do GPHMRS
Sua luta e compromisso com as causas sociais, a favor das minorias e das pessoas mais fragilizadas socialmente, são marcas indeléveis de seu ministério e de seu legado à vida e à missão do Metodismo. Nossa gratidão a Deus por sua vida, na certeza da ressurreição. /// Bispo Luiz Vergílio Batista da Rosa, Presidente do CE, a Cecília, filhas, Tassiana e Paloma, filho, Miqueias, e demais familiares.
Adahyr foi verdadeiro amigo de Deus, nosso e também meu. Ele foi, na última década, um de meus "mestres" espirituais de Ecumenismo (Humanista e Cristão), um grande irmão, amigo, companheiro, confidente, em muitos aspectos e em diversas encruzilhadas da vida. Adahyr era um sábio também na missão da profecia e do diálogo nas igrejas, nas religiões e na sociedade. Um homem de posições políticas sólidas e pautadas na essência da palavra de Deus e dos melhores cientistas políticos. Um homem coerente, bem-humorado e cheio de fé, esperança e amor. /// Padre Paulo Sérgio Vaillant, da arquidiocese de Vitória/ES
Neste momento de dor, não poderíamos nos furtar de deixar um breve depoimento sobre o reverendo Adahyr Cruz à luz do nosso episcopado na Quarta Região Eclesiástica da Igreja Metodista. Ele sempre se revelou uma pessoa muito sensível à dor alheia, especialmente dos/as menos favorecidos/as e despossuídos/as dos direitos. Lutou incansavelmente pelos direitos humanos e se envolveu em vários movimentos em prol da dignidade da vida humana. Atuou, defendeu, promoveu e pastoreou os/as brasileiros/as da tribo guarani, além de outros grupos indígenas. Perseverou até conseguir a tradução da Bíblia para o Tupi-guarani. Era muito sensível com pastores e pastoras, especialmente aqueles e aquelas que sofriam algum tipo de discriminação ou que eram colocados/as à margem na vida eclesiástica. Era uma pessoa de convicções muito fortes em vários assuntos, sobretudo quando versavam sobre o direito das pessoas. Sofreu um duro golpe por ocasião do Concílio Geral em Aracruz/ES, em 2006, quando se celebrava o Centenário do Metodista no Espírito Santo. O Concílio Geral foi tomado por um movimento antiecumênico em nome de um pseudocrescimento da Igreja. Movimento marcado por um discurso hegemônico fundamentalista chamado de carismático, negacionismo de alguns dos principais valores prescritos nos documentos da Igreja Metodista e de encolhimento em termos de presença profética e transformadora da vida. A sua voz de denúncia e de anúncio foi fundamental para fazer valer os direitos humanos e a doutrina social da Igreja Metodista, abandonada nas gavetas e nos armários de muitos/as metodistas. Ainda ressoa em nossos ouvidos a sua fala: Bispo, eu preciso falar… E vinha uma voz contundente, às vezes sofrida, até chorosa, porque alguma injustiça estava para ser cometida. Foi crítico, mas respeitoso para com as nossas ações episcopais. Não foi uma pessoa perfeita, mas lutava para trilhar pelos caminhos da perfeição cristã. Foi um grande ser humano. Era inquieto, insistente na luta pela vida digna. /// Adriel de Souza Maia, Bispo Emérito da Igreja Metodista | (Exerceu o Episcopado na Quarta Região de 1983 a 1997) e Josué Adam Lazier, Bispo Honorário da Igreja Metodista (Exerceu o Episcopado na Quarta Região de 1998 a 2006).
Acesse nosso site ou o QR CODE ao lado para enviar informações de seus ente queridos. http://bit.ly/memorial-metodista
EDUCAÇÃO
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Abril de 2021 | www.expositorcristao.com.br
Instituto metodista abre inscrições para minicurso sobre doutrinas metodistas
BIBLIOGRAFIA: BARBIERI, Sante Uberto. Aspectos do metodismo histórico. Piracicaba: UNIMEP, s/d. BARTH, Karl. Introdução à teologia evangélica. 5. Ed. São Leopoldo: Sinodal,1996. BÍBLIA SAGRADA. São Paulo: SBB, 2000. Trad.: João Ferreira de Almeida.
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BURTNER & CHILES. Coletânea da Teologia de João Wesley. Rio de Janeiro: Bennett, 1996.
minicurso Doutrinas Metodistas será ministrado no Instituto Metodista Teológico João Ramos Junior (IMTJRJR), na 4ª Região Eclesiástica, no mês de maio. A didática apresentará, a partir de abordagem bibliográfica e experiência teológico-pastoral, temas, eventos e elementos introdutórios das crenças fundamentais do metodismo sob a perspectiva wesleyana em consonância com os principais enfoques e documentos da Igreja Metodista produzidos pelo Colégio Episcopal e as publicações editoriais que versam sobre as doutrinas metodistas e as raízes da nossa fé, de forma bem clara. É a partir da constante procura pelos temas doutrina e santidade no contexto Metodista Wesleyano que o IMTJRJR oferece este curso com vistas à formação de interessados/as.
BRUNNER, Emil. Nossa fé. São Leopoldo: Sinodal, 1978. COLÉGIO EPISCOPAL DA IGREJA METODISTA. Cânones da Igreja Metodista 2017. São Paulo/SP: Angular editora, 2019. DOUTRINAS METODISTAS. Cf.: http://www.metodista.org.br/ doutrinas-metodistas. REILY, Duncan A. Fundamentos doutrinários do metodismo brasileiro. São Paulo: Exodus, 1997. STOKES. M. B. As crenças fundamentais dos metodistas. São Paulo: Imprensa Metodista, 1962.
Sobre a proposta do curso e o autor
INSCRIÇÕES NO LINK ABAIXO! http://bit.ly/curso-doutrina
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Tal proposta tem como objetivo fortalecer a nossa compreensão doutrinária para uma ação pastoral e missionária mais efetiva. O autor é especialista em estudos wesleyanos e foi também presidente da Comissão Ministerial Regional, avaliando por quatro anos consecutivos a condição probatória dos/as candidatos/as ao ministério pastoral da Igreja Metodista na 4ª Região Eclesiástica. Em sua experiência acadêmica, o autor conta com artigos científicos publicados na revista Caminhando, periódico da Faculdade de Teologia da Igreja Metodista, e livros publicados na área de História do Metodismo, assim como reflexões pastorais e devocionais ao longo de 12 a 14 anos nos devocionários 65 dias com Deus e nos 75 anos do no Cenáculo. A experiência à frente de igrejas locais o levou a pastorear várias comunidades em diferentes localidades geográficas – na zona rural, assim como em comunidades de periferia, onde exerce hoje a prática pastoral. Em sua atuação como pastor, passou por igrejas como: Santíssima Trindade em Iúna/ES, Pedra Roxa em Ibitirama/ES, Conselheiro Lafaiete/MG, Ouro Branco/MG, Planalto na Grande BH/MG,
Eldorado em Contagem/ MG, Izabela Hendrix em Belo horizonte/MG e a Congregação da Serra, também em Belo Horizonte. Além disso, esteve à frente do arquivo histórico regional por aproximadamente 12 anos. A doutrina metodista, assim como os pressupostos da história e teologia metodistas, sempre esteve nos seus horizontes ministeriais e fortemente presente na sua atuação pastoral. Nos seus últimos cinco anos de ministério, tem se dedicado ao catecumenato e à ampla preparação dos novos membros, dialogando profundamente com essas comunidades sobre o valor inestimável das escrituras, o credo apostólico, os 25 artigos de religião, os escritos de John Wesley – sermões e notas sobre o Novo Testamento, em especial no trabalho com a edição das notas explicativas de John Wesley sobre o Novo Testamento.
CONTEÚDO INTRODUÇÃO ÀS DOUTRINAS METODISTAS As aulas do curso serão em dois momentos pontuais: 1º de maio de 2021, 16h | 1ª Parte; 24 de maio de 2021, 21h | 2ª Parte. As aulas serão totalmente on-line e o link será enviado aos/às alunos/as assim que confirmada a inscrição. Dinâmica das Aulas: 13h - 13h20 de conteúdo expositivo | 20min de Debate ou Questões | Apresentação de BIBLIOGRAFIA Básica sobre as Doutrinas e Conteúdo Programático | O minicurso será on-line e acontecerá em parceria com o Instituto Metodista Teológico João Ramos Jr., centro de formação teológico-pastoral e/ou ministerial, que está a serviço da Igreja Metodista 4RE (Minas Gerais e Espírito Santo). | SLIDES de Apresentação do Conteúdo cedidos pelo Instituto e/ou pelo autor, Rev. Gercymar W. L. E Silva.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1ª PARTE A) A s escrituras – o valor inestimável da Bíblia B) O credo apostólico – a tradição da doutrina com forte acento na cristologia C) Os 25 artigos de religião D) Os sermões de John Wesley E) A s notas explicativas de John Wesley sobre o NT F) A s regras gerais do metodismo 2ª PARTE G) Os estágios da graça H) Salvação & sinergia I) O testemunho interior do espírito santo J) A perfeição cristã K) O batismo e a ceia do senhor L) Escatologia e conclusão
HISTÓRIAS DOS HINOS O Departamento Nacional de Música e Arte da Igreja Metodista inicia em 2021 a série "A História dos Hinos". O coordenador do Departamento, Nelson Junker, partilhará informações sobre a composição de louvores presentes na história da Igreja Metodista por meio do Hinário Evangélico. Para isso, foi criado o canal no YouTube Música e Arte Metodista, onde você encontrará informações sobre o departamento e poderá se inscrever para não perder os próximos conteúdos. /// Acesse o link abaixo e veja o que já foi publicado! http://bit.ly/musica-e-arte-metodista
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CAPA Abril de 2021 | www.expositorcristao.com.br
Páscoa, passagem para uma nova vida em Cristo Pr. José Geraldo Magalhães
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ma das datas mais significativas do calendário cristão é celebrada na chamada Semana Santa – a Páscoa. Lamentavelmente, há dois anos não temos celebrado como gostaríamos devido à pandemia da Covid-19, que tem impedido as igrejas de realizar reuniões em seus templos. No mês passado, o Brasil registrou mais de 300 mil mortes pela doença. Muitas famílias não terão pessoas amadas nesta Páscoa, no Natal, no dia a dia de suas vidas, porque elas faleceram em decorrência da Covid-19. As pessoas que têm a fé pautada na palavra de Deus sabem que um dia haverá ressurreição, e os/as que estiverem “dormindo no Senhor” despertarão para o dia final, conforme encontramos nas promessas escritas pelo apóstolo Paulo na primeira carta aos Tessalonicenses. Até que esse dia glorioso chegue, temos que lidar com o luto, com a dor e com a saudade… A consciência cristã de cada pessoa em relação à imagem de Deus com certeza influenciará consideravelmente a concepção sobre a morte. O medo da dor, do sofrimento parece se misturar ao medo da morte. Claro que há certa crise de onipotência, por não termos o "poder" de controlar a morte e o que vem posteriormente a ela. Acreditamos na ressurreição e isso nos basta. "Bem-aventurados os que não viram e creram", como disse Jesus a Tomé logo após aparecer aos/às discípulos/as. Segundo a teologia da esperança de Jürgen Moltmann, a escatologia (teoria relativa aos acontecimentos do fim do mundo e da humanidade) pode ser
considerada quase sinônimo de cristianismo. Para a Pastora Blanches de Paula, no contexto cristão, não se pode deixar de mencionar a vertente escatológica dos estudos sobre o luto. “Ainda que não diretamente, a escatologia tem como pano de fundo a esperança e o futuro”, defendeu a Dra. Blanches em sua tese de doutorado sobre o luto. A pastora metodista destacou ainda que “é importante lembrar que no Novo Testamento a morte é considerada como consequência do pecado. A morte de Cristo projeta esperança e força diante do sofrimento. Entretanto, nem sempre o amor e a graça divina, por meio de Cristo, são percebidos no cotidiano das pessoas”, apontou a Pastora Blanches. Na palavra episcopal desta edição, o Bispo Roberto Alves de Souza destaca a importância da Páscoa como um momento muito especial na história do povo judeu, pois relembra a grande libertação de Deus e a passagem de uma vida de escravidão para uma vida de libertação. O bispo em sua mensagem faz uma pergunta intrigante ao mencionar a realidade vivenciada no Brasil. “Há mais de um ano estamos vivendo uma situação bem diferente no Brasil e no mundo com a pandemia do coronavírus, que já vitimou mais de 2,5 milhões de seres humanos no mundo. No Brasil já são mais de 300 mil mortes até março deste ano. Sem mencionar o número de pessoas infectadas, desempregos, suicídios e tantas outras consequências geradas ao longo de mais de um ano. Há esperança?”, indagou o Bispo Roberto. O próprio bispo responde ao trazer à memória a vida dos ca-
minhantes na aldeia de Emaús. “Ao lado dos dois caminhantes, o terceiro caminhante ouvia a conversa atentamente a respeito das profecias do Antigo Testamento, das histórias do bem-sucedido Jesus, que termina em um fracasso total e que ainda os intrigava muito, pois não sabiam explicar o que tinha acontecido e qual futuro eles teriam. Assim também caminhamos nos “caminhos de Emaús”, da vida em que andamos tristes e desanimados/as, pois também quase nada sabemos do nosso futuro. Mas lá, naquele caminho, e hoje, no nosso caminho, há um terceiro caminhante que nos ouve atentamente. Que nesses tempos de tantas lutas, sinais de morte e desesperança, possamos também sentir o nosso coração ardendo com a presença do Deus Conosco, pois Ele mesmo nos prometeu que ‘estaria conosco todos os dias’, destacou o Bispo Roberto.
A seguir, vamos entender a simbologia da Páscoa e como ela era celebrada no antigo Israel, no judaísmo antigo e no cristianismo.
Simbologia da Páscoa
O primeiro lugar sacro da liturgia é a casa, tida como “um santuário”. Para os/as israelitas, a casa era realmente um templo; a mesa familial era considerada um altar, as refeições como um rito sacro, e os pais como os celebrantes. É nesse ambiente que se celebra a Páscoa (heb.: Pesah). Convidar alguém para a própria mesa é sinal de paz, de confiança, de fraternidade, de perdão. Ainda muito antes de Cristo, acrescentou-se às refeições, antes e depois, a oração. Participam da bênção os/as comensais, no começo, comendo a refeição e, ao seu final, bebendo do cálice, sempre precedido do Amen.
“A consciência cristã de cada pessoa em relação à imagem de Deus com certeza influenciará consideravelmente a concepção sobre a morte”
No antigo Israel
Originariamente uma festa agrícola que durava sete dias, a Páscoa era uma festa pré-israelita da colheita da cevada, celebrada na primavera – em 14 de Nisan (Êx 12.6,8,18); mais tarde foi corrigido para 15 de Nisan (Lv 23.5-6; Nm 28.16-17). As festas dos Pães Ázimos (hag-Massot) e da Páscoa (Pesah-haggadah) serviam de comemoração dos atos salvíficos de Deus, tornando-se uma única festa quando os/as israelitas se estabeleceram em Canaan. Israel reinterpreta a Páscoa, que celebra a fecundidade dos rebanhos e dos campos maduros, de tradição canaanita, e estabelece que todo/a aquele/a que deixasse de celebrá-la seria excluído/a de seu povo (Nm 9.13). Na época do rei Josias, as duas festas passaram a ser celebradas simultaneamente no mês de Abib (Êx 13.3-10; Dt 16.1-8; 15.20). O ritual é antigo, com descrição na terceira pessoa do plural: celebração na primavera, mandato de comer apressadamente, proibição de deixar restos de cordeiro assado, rito de sangue de proteção (Êx 12.3-11). Mais tarde é vinculada ao êxodo (Êx 12.12-14; 12.23) e se transforma em uma festa de peregrinação ao templo dentro da celebração dos Pães Ázimos. Nesse sentido, há uma medida política, pois evita reaproximações com o Egito (cf. Dt 16.1-8; 17.16).
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No judaísmo antigo
O judaísmo ortodoxo sistematizou as etapas do evento pascal. O dono da casa abençoa e distribui o vinho, ervas amargas, tortas sem fermento (heb.: massot, pão espremido; gr.: ázimo, pão sem fermento), cordeiro assado, ou também um cabrito, seguindo o ritual: a) bênção do vinho e bênção da festa; b) o chefe de família lava as mãos; c) come-se a salsa molhada no vinagre ou em água com sal; d) divide-se o pão ázimo pelo meio, uma parte para o começo e a outra para o fim da refeição; e) lê-se Deuteronômio 26.5-8, narração da saída do Egito; f) lavam-se as mãos com bênção; g) bênção do pão ázimo antes de dividir entre os/ as presentes; h) bênção das ervas amargas; i) carneiro, misturam-se as ervas com o pão ázimo – Êxodo 12.8; j) prepara-se a mesa, lembra-se da libertação do povo do Egito – Êxodo 12.2627; k) come-se a porção do pão ázimo que foi guardada; l) bênção depois da refeição, comida e vinho; m) conclui-se com o Hallel, os Salmos 115 a 118 e 136; n) desejo final. Com isso, surgem quatro perguntas sobre o sinal festivo que requerem resposta. 1) Por que comer o cordeiro pascal? Porque o Santo passou (pasah) diante das casas dos/as filhos/as de Israel no Egito, quando feriu os/a egípcios/a, mas livrou as nossas casas (Êx 12.27); 2) Por que comer os pães ázimos? Porque nossos pais não tiveram tempo de deixar a massa fermentar (Êx 12.39); 3) Por que comer ervas amargas? Porque os/as egíp-
cios/as amarguraram a vida de nossos pais no Egito (Êx 1.14); 4) Por que beber apoiados/as no cotovelo? Porque é nosso dever agradecer, louvar, celebrar, glorificar, exaltar, engrandecer aquele que fez por nossos pais e por nós grandes prodígios.
No cristianismo
Nas comunidades cristãs primordiais, a Páscoa (gr.: Páscha) era experiência de fé decisiva de ruptura com o pecado (cf. 1 Co 5.7-8). É pertinente a leitura do antigo credo cristão preservado em 1 Coríntios 15.3-4. Biblicamente, Jesus Cristo foi preso na noite de quinta para sexta-feira, em seguida foi crucificado (Mt 27.62; Mc 15.42; Lc 23.54; Jo 19.31: dia de preparação e véspera do sábado, isto é, sexta-feira). Isso ganha importância pela ordem quanto à prisão de Jesus: “Não na festa, para que não haja tumulto entre o povo” (Mt 26.5; cf. Lc 22.6-7). Para João 18.28, a refeição pascal judaica foi realizada após a crucificação do Cristo. O apóstolo Paulo (1 Co 11.23) soube que Jesus foi preso quando visitava Jerusalém vindo da Galileia para a Páscoa. Nessa noite, rodeado de discípulas (cf. Mc 15.40-41) e discípulos, Jesus realizou sua última refeição. Está de acordo com Mc 14.22-25, que inclui o
Hallel (Mc 14.26). Normalmente costumavam tomar a refeição principal antes do pôr do sol; a ceia pascal era realizada à noite, dentro dos muros de Jerusalém. Não se menciona nos evangelhos o cordeiro na ceia preparada pelo Cristo, deste modo o próprio Jesus pôde se apresentar como o Cordeiro da reconciliação, como entendido pela Igreja (Jo 1.29; 1 Co 5.7). A morte de Jesus foi interpretada pelas comunidades de fé como sacrifício pascal (1 Co 5.7: “… pois também a nossa Páscoa foi imolada, Cristo.”). É assim que reconhece também o quarto evangelista (Jo 19.31-36), pois, para ele, Jesus morreu na hora da imolação dos cordeiros pascais. E ressuscitou! Em síntese, celebrar a Páscoa significa afirmar que Jesus, o Cristo, venceu (pasah, “passar”, “pular”) a morte. É proclamação da história da nossa salvação. /// Colaborou: Pastor João Batista Ribeiro Santos, Biblista na Fateo e pastor da Igreja Metodista na 3ª Região Eclesiástica
JESUS RESSURGIU! A morte espiritual é um fato pelo qual todo ser humano passa (Romanos 3.23 – todos pecaram); a vida eterna, pelo contrário, só é experimentada pelos/as que queriam receber a Jesus em suas vidas. Todos/as que O receberem como Senhor e Salvador serão vivificados/as por Jesus.
2) Jesus justificou-nos diante de Deus. Além de pagar o preço pelos meus pecados, cancelar a minha dívida e purificar-me, Jesus nos justificou diante de Deus. Quando nossa dívida foi paga, fomos justificados/as. Recebemos esse benefício pela fé (Romanos 5.1).
1) J esus pagou o preço pelos meus pecados. Pagou minha dívida.
3) Jesus libertou-nos do domínio do pecado.
Éramos culpados/as por desobedecermos a Deus, como culpados/as precisávamos ser punidos/as, precisávamos pagar a dívida que tínhamos pelos nossos pecados.
Antes de recebermos a Jesus como Senhor e Salvador, não tínhamos como agradar a Deus nem como obedecer-lhe, éramos dominados/as pela nossa natureza pecaminosa. Esse domínio foi quebrado, em Jesus Cristo recebemos uma nova identidade. O pecado não pode ser um hábito na vida daquele/a que tem a Jesus.
Quando Jesus morreu na cruz e derramou Seu sangue, pagou a dívida que era nossa, pagou o preço por nossos pecados. A morte de Jesus na cruz cancelou nossa dívida. Nossa dívida foi paga com o sangue de Jesus.
4) Jesus deu-nos o poder de sermos feitos/as filhos/as de Deus. Essa é a nova identidade de filhos/as de Deus, e como tal podemos agradar-lhe e obedecer-lhe. Hoje podemos optar se queremos obedecer a Deus ou à carne. Conclusão: Satanás continuará a acusar-nos. Diariamente tentará jogar em nossa cara os nossos pecados para desanimar-nos e nos fazer desistir de buscar e seguir ao Senhor. A vitória contra a acusação de Satanás é termos gravado em nossa mente e coração o que a morte e a ressurreição de Jesus garantiram para aqueles/as que O receberam. Se você O recebeu como Senhor e Salvador, você teve os seus pecados perdoados, a sua dívida cancelada, foi justificado/a diante de Deus, foi liberto/a do domínio do pecado e recebeu o poder de ser um/a filho/a de Deus. Vamos orar agradecendo a Ele por todos os benefícios. Bispo Emanuel Siqueira Presidente da 7ª Região Eclesiástica
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PÁSCOA Abril de 2021 | www.expositorcristao.com.br
As sete palavras da Cruz
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ver com a nossa necessidade de encontro. Isso não acontece com frequência na igreja, porque a igreja não entendeu até hoje o significado da cruz. Por isso, chamamos as pessoas que frequentam os cultos de irmãos/ãs, porém os/as nossos/as amigos/as de preferência nós arrumamos longe da comunidade. E por que isso não acontece? É porque há pouca cruz no nosso meio. Porque onde há cruz há graça, onde há cruz existe misericórdia; onde há cruz existe aceitação; onde há cruz há perdão. A 3ª declaração dEle é: “Tenho sede”. A moçada já preparou ali uma esponjinha com vinagre para dar de beber a Ele, e Mateus diz que foi fel e vinagre. Quando se fala em vinagre, pensamos nesse vinagrete que colocamos na salada, mas o vinagre ali era um vinho vinagrento; vinho fermentado que era utilizado naquele tempo como anestésico. Ele está com sede, vamos anestesiá-Lo, mas Ele não quis beber, porque Ele estava com sede de água, não de anestesia: “Tenho sede”. Sede de água, necessidade de ser do corpo, da sobrevivência. A 4ª declaração: “Hoje mesmo estarás comigo no paraíso”. Havia dois ladrões ali ao lado. Um deles entrou numa de provocar Jesus: “Se tu és o filho de Deus, desce da cruz; salva-te a ti mesmo e a nós também”. É a mesma proposta de Satanás no deserto. No pináculo do Templo e no alto do monte: “Se tu eis o Filho de Deus”. Ali era a última cartada. “Se tu és, sai da cruz.
É só dar um pulo pra frente”. Essa declaração diz respeito a nossa percepção hoje. Jesus está falando sobre a graça como lei superior à lei dos homens, ou seja, pela lei dos homens, aquele camarada tinha transgredido, e pela lei estava merecendo, mas ele está afirmando que sobre a lei dos homens existe uma lei superior, que é a lei da graça. A lei da graça não me isenta de pagar as minhas contas aos homens neste mundo, mas ela me permite, ainda que pagando as minhas contas neste mundo, já não ter nenhuma a pagar a Deus. Isto resolve um bilhão de problemas dentro de nós, porque em geral a alma humana se sente tão culpada diante de Deus quanto ele se sente devedor diante dos homens. O nosso problema é que nós estamos ou de um lado ou de outro. Ou dizemos: Deus, me perdoe e eu não tenho mais nada a pagar. Ou então dizemos: enquanto eu não pagar aos homens o último centavo eu não posso orar. Então, vem Jesus e diz: “meu filho, uma coisa não tem nada a ver com a outra”. Nem eu vou provar que sou filho de Deus descendo da cruz, nem você vai deixar de ser filho de Deus porque vai morrer na cruz. Eu tenho uma notícia para te dar: “hoje mesmo estarás comigo no paraíso”. A 5ª declaração: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”. Isso vem lá do Salmo 22. Você já fez essa oração? Você nunca se sentiu desamparado? “Senhor, por que me desamparou? Senhor, estou desampa-
rado, angustiado!”. Para fazer essa oração, o ser não precisa estar desamparado, é só o sentimento de desamparo, porque nem Jesus poupou seu coração de se sentir assim, porque ele pode dizer “por que me desamparaste?”, mas o que antecede a essa pergunta é Deus meu, Deus meu, ou seja, sensação de desamparo não necessariamente me separa de Deus. A 6ª declaração: “Está consumado!”. Tá pago. É o famoso tetelestai – tá pago, que é o que se afixava na porta do cárcere naqueles dias. Quando o indivíduo era posto na prisão, colocava-se ao lado do cárcere a lista de todos os débitos pelos quais ele tinha sido preso. Afixava-se a lista: esse camarada está preso por roubo, por homicídio, por isso, por aquilo. Quando ele cumpria o tempo de cadeia, o oficial de justiça ia lá e carimbava toda aquela lista de consumado está. Ou no grego tetelestai:: tá pago. Com isso, Jesus está dizendo que a cobertura da nossa dívida é total, tá paga. E por último Ele vem e diz: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”. Pai, aba! É aquele tratamento baiano dos gregos ou do aramaico: Aba! Painho… Pai, painho, nas tuas mãos entrego o meu espírito. É o pai que é o começo, é o meio e o fim; é a razão do meu ser e de todas as coisas, e isso nos leva a uma conclusão: uma fé centrada na cruz está liberta para viver sem medo de qualquer coisa; por isso, vai da consciência que Deus conhece minha ignorância. Pai, perdoa-lhes porque eles não sabem o que fazem. E você diz: Amém, Senhor! Aí Ele diz: “mulher, eis aí teu filho; filho, eis aí tua mãe”. Nós dizemos: Assim seja, Senhor! Dai-me a chance que em volta da tua cruz eu encontre irmãos; eu encontre vínculos; eu encontre família. Que assim seja! Tenho sede! Eu também, Senhor. Isso é uma oração que nos humaniza. Tenho sede. Eu também, Senhor. Todo tipo e o Senhor sabe. Deus meu é a oração que eu posso fazer sem nenhum medo. Quando Deus é a origem de minha vida, pode até haver uma cruz no meio, essa cruz não é um absurdo, ela ganha significado quando eu posso dizer: “nas tuas mãos entrego o meu espírito!”. Amém! Oséas Fernandes Membro da Igreja Metodista Central em Cachoeiro de Itapemirim/ES
© ARQUIVO PESSOAL JOCELINE ALVARENGA.
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arregamos no coração alguma coisa que, muitas vezes, faz a vida se tornar azeda. É que a maioria de nós pensa que está sobrevivendo, mas nem sobrevivendo está. A maioria está subvivendo. Sobreviver já é um passo além. A maioria de nós subvive. Aí tem que dar um passo de sobrevivência para depois chegar à vida; a experiência da vivência. De maneira rápida, qual o significado da cruz, conforme Paulo nos diz em Gálatas? E para falar dele eu queria que você pensasse nas Sete Declarações que Jesus disse enquanto estava pregado na cruz, crucificado. Aquelas declarações carregam um rito libertador e elas têm suas aplicações absolutamente práticas em relação à vivência. Preste atenção: a primeira pergunta é: Por que Jesus fez aquelas declarações precisamente? Obviamente aquilo era uma liturgia. “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”. Vinha desde Davi no Salmo 22 e toda a leitura dos três evangelhos sinóticos, mas em João você observa a insistente afirmação de que foi isso que veio ser cumprido, o que foi dito pelo profeta, inclusive, volta na cruz na liturgia do Calvário. Jesus está ali na cruz, a multidão em volta, Ele falando ao Pai, mas de maneira suficientemente audível; audível foi de tal forma que registrado está: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”. Por que Jesus falou isso? Jesus falou para quem não conhece a si mesmo/a. Então a 1ª intercessão de declaração de Jesus na cruz é uma intercessão pela nossa ignorância, pela nossa presunção de saber: “perdoa-lhes porque eles não sabem o que fazem”, porque se soubessem o que faziam teriam uma chance de não fazer o que fizeram. A 2ª manifestação de Jesus na cruz é olhar para sua mãe, Maria, que está ali, e para o apóstolo João ao lado (João novinho ainda). Ele diz uma coisa absurda que no meio cristão, por exemplo, não seria admitido jamais: Seria uma manifestação de desagregação familiar, porque Maria, além de Jesus, que foi Primogênito, segundo Lucas 2.7, deu à luz seu filho primogênito, mas não o seu filho único. Depois ela teve outros filhos com José. Jesus olha da cruz e vê João ali ao lado dela e diz: mulher, eis aí teu filho; e vira para João: eis aí tua mãe, e assim ele estabelece as familiaridades profundas, congênitas não no sangue, mas na cruz. Essas palavras de Jesus têm a
Luiza Helena ao lado da professora Joceline Almeida Alvarenga (à esquerda) no encerramento de um café literário e entrega de livreto com várias produções textuais.
RESSURREIÇÃO Sonhei que vivia num Mundo, acreditem, igual não há Com muitas pessoas lindas Brancas, negras e amarelas Água, árvores tudo que nele há, Criaturas perfeitas e belas! Porém, quando estava nesse mundo, muita coisa ruim vi e vivi Violência fome e dor Nem tive tempo de dizer a meus filhos, pais e amigos Ou a qualquer outro amor: Eu te amo! Me perdoa por favor! Este mundo foi destruído por ganância e uma praga que ali chegou Milhares de vida por dia ela ceifou Inclusive a minha também levou. Se eu pudesse eu voltaria e diria Se amem por favor Que vida mais bela que essa Ainda não se encontrou. O anjo da morte passou Mas ninguém se preocupou! Vamos acreditar e esperar Que como Cristo um dia Iremos ressuscitar para Poder nos reencontrar O dia da nossa Páscoa E nossa ressurreição iremos partilhar. Se eu pudesse eu voltaria e diria: Se amem por favor! Então, Se eu pudesse eu voltaria e diria Se amem como Jesus nos ensinou! /// Luiza Helena • 2º ano do EJA (Educação de Jovens e Adultos) – Juiz de Fora/MG
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Apocalipse, revelação da esperança No penúltimo capítulo da série Bíblia, nossos/as biblistas destacam a importância do livro de Apocalipse com revelação da esperança e um estudo sobre o livro do profeta Oseias
“(…) O Movimento Apocalíptico é a nova forma de profecia em época de império. No movimento apocalíptico manifestam-se a experiência de vida e a fé dos mais frágeis sem poder. É a teimosia da fé que faz com que não entreguem os pontos e não queiram deixar morrer a esperança! Esta fé é concreta! (…) É a forma encontrada para não se perder e poder sobreviver.” (MESTERS, Carlos; OROFINO, Francisco, p. 21) Lembre-se de que estamos apresentando a proposta de uma nova chave de leitura, isto é, uma outra forma possível de ler o último livro da Bíblia. Para tanto, vamos observar o texto de Apocalipse 2.10: “Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.” Esse versículo pode ser enten-
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uando citamos a palavra Apocalipse em qualquer lugar e ambiente, sempre nos vêm à mente coisas ruins, não é mesmo? Catástrofes, fim dos tempos, gritos, medo, terror e destruição. Algumas pessoas dizem até ter medo de ler esse livro, pois, além de ser muito misterioso, é de difícil compreensão por causa das inúmeras metáforas e imagens que vão surgindo no decorrer do texto. Sua leitura produz medo, inquietação e um consequente distanciamento por parte de muitos/as leitores/ as da Bíblia. Mas será mesmo que esse livro indica somente tragédias e coisas ruins? Será que há somente uma maneira de interpretar o que nele está escrito? Será que não há outra forma, outra chave de leitura para o livro da Revelação (Apoka,luyij – Apocalipsis em grego, que quer dizer Revelação)? Para isso, gostaria de convidá-lo/a a perceber a literatura apocalíptica como algo que confronta, mas que também encoraja. Seria possível, então, entendermos o Apocalipse como um convite à superação em momentos difíceis? Observe o que nos diz esse conhecido teólogo:
dido como um texto central no que faz divisão, uma fofoca ma- dizer: Torna-te fiel até a morte. livro de Apocalipse, pois pro- liciosa), que lançará alguns/as Mantenha a sua fidelidade em duz esperança e fé para aqueles/ na prisão. Para quê? Para serem todo o tempo. Se você ainda as que estão enfrentando difi- postos/as à prova e serem atribu- não é fiel, torna-te, pois ainda culdades. Para isso, destacare- lados/as por dez dias. O período há tempo para isso! mos algumas palavras que estão de dez dias pode ser contado com E por causa de sua fidelidano versículo, ok? as nossas duas mãos, isto é, tem de – “dar-te-ei a coroa da vida”. Quando o texto nos diz: “Não fim. Não será algo eterno, sem Por vezes a fidelidade implicatemas as coisas que rá encarar a morte, tens de sofrer”, obpois, no mundo em serve que há uma que se vive, viver os “Observando a mensagem do afirmação, e ela quer princípios cristãos é Apocalipse (...), ele pode ser dizer – você irá souma forma radical frer. O sofrimento é entendido como a revelação de uma de vida, e muitos/ inerente ao momenas podem não comEsperança que jamais será desfeita to em que você vive preender. Mas a sua (tempos de perseguivitória – a coroa da – Deus conosco em todo o tempo, ção, de dificuldade). vida – é certa, pois mesmo em meio a dificuldades e Mas antes de indiEu a darei a você! car o sofrimento, ele Assim, o medo e o sofrimentos da vida” diz primeiro: “Não sofrimento podem temas”. Essa expresaté alcançar você, são, não temas, está no impera- limite de dias, algo indefinido. mas permaneça fiel pois Eu estivo, um tempo verbal do grego Sendo assim, não temas, o perí- tou presente. Essa dor irá pasque indica uma ordem. Então, odo de sofrimento em sua vida sar, mantenha-se fiel e a vitória aqui, uma ordem é dada – Não passará, pois serão como dez será alcançada, aqui ou na etertemas o sofrimento, a dor que dias. Tem tempo para acabar! nidade. você irá sofrer! Esse sofrimento chegará ao fim! Observando a mensagem do “Eis que o diabo…”. A palavra Portanto: “Sê fiel até a mor- Apocalipse a partir desse vergrega para diabo é o` dia,boloj te”. Esse sê pode ser entendido sículo, ele pode ser entendido (possíveis traduções: aquele/a também como: torna-te. Quer como a revelação de uma Espe-
rança que jamais será desfeita – Deus conosco em todo o tempo, mesmo em meio a dificuldades e sofrimentos da vida. Para isso, mantenha-se firme, torne-se fiel, pois a coroa/a da vitória virá. Lembre-se de que essa tribulação durará somente dez dias, pois ela é passageira. Deus nos abençoe e guarde sempre! Revda. Profª Danielle Lucy Pastora metodista na Terceira Região Eclesiástica e Dra. com especialização em Novo Testamento na Fateo
BIBLIOGRAFIA: MESTERS, Carlos; OROFINO, Francisco. Apocalipse de João. A Teimosia da fé dos pequenos. São Paulo: Vozes, 2003. NOGUEIRA, Paulo. O que é apocalipse. São Paulo: Brasiliense, 2008. RICHARD, Pablo. Apocalipse. Reconstrução da Esperança. 2 edição. São Paulo: Vozes, 1999.
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O profeta Oseias e sua denúncia
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profecia atribuída a Oseias é composta de catorze capítulos, distribuídos em duas grandes unidades. A primeira, dos capítulos 1 a 4 e a segunda, de 5 a 14. O conjunto literário central do livro, os capítulos 4 a 11, abre uma seção de processos e debates de Javé contra Israel, conhecidos na língua hebraica como “rib”. Oseias parece ser um profeta apaixonado, seu estilo nos apresenta esse caráter passional e inflamado que se revela cheio de cólera, mas ao mesmo tempo amoroso, passando muitas vezes de um extremo a outro. Esse caráter passional se apresenta na sua linguagem, que é rica, mas difícil, pois contém muitos termos que são usados somente por ele, tornando o texto muitas vezes obscuro e de difícil tradução. Contudo, há certa poeticidade em seus textos. O autor joga com as palavras, repetindo sons e consoantes, compondo uma espécie de rima hebraica. Comparações e metáforas com imagens frequentes da vida familiar, fauna e flora revelam a aproximação do profeta com a sua mensagem. No anúncio do profeta, Javé surge como marido encolerizado (2.4-15), como pai cheio de ternura (11.1-14), médico (7.1; 14.5), pastor (13.5-6), leão voraz (5.14), pantera ou ursa (13.7-8). Já Israel é descrito como mulher infiel (2.4-15), criança que aprende a andar (11.1-4), um doente (5.12; 7.9), uma vaca re- a força, priorizando o grito da- dotes. Nesse contexto de violênbelde (4.16) ou ainda uma vinha queles/as que sofrem violência e cia, sobressai o paradigma da em flor (10.1) ou lírio (14.16). injustiça. Sua intervenção con- disputa territorial, vinculado à Há em Oseias, assim como siste em mostrar que, no campo religião e ao poder. em contextos semelhantes de semântico das ações “punitiEsse ímpeto experimentatodo o Antigo Testamento, vas de Javé”, estão presentes as do pelo profeta é também uma amostras de um Deus com cer- características do seu distinto marca do nosso tempo, apreta dualidade. Este sentando-se como Deus punitivo se um fantasma assusrevela, ao mesmo tador que se manitempo, compassifesta de forma va“A religião, por muito tempo, vo e extremamente riada e complexa. A voltado para as nesua presença é senprocurou explicar a história cessidades daqueles/ tida no cotidiano de da humanidade por meio do as que sofrem e são nossas cidades, nas massacrados/as pela ruas, na mídia, nas embate entre o bem e o mal, quebra do direito. artes, na religião, na O tema da Pros- entre o santo e o pecador, o justo política e outros. tituição, em Oseias, Há em nossa soe o injusto, Deus e homens” não é uma questão ciedade um grito de sexual-moral, mas socorro, uma busuma questão de idoca de sentido por latria. Oseias não faz compreender esse censura moral e muito menos é conceito de justiça, conhecido comportamento humano tão moralista. Não se refere a pes- pelo termo hebraico “sedaqah”. contraditório. Ainda hoje assoas individualmente prostituíNo contexto da denúncia sistimos, com frequência, a cedas, mas ao país que foi prosti- contra a guerra entre nações ir- nários de guerras que, denomituído (Os 1,2). mãs está a constatação de que as nadas santas, anulam vidas em O apaixonado Oseias deixa alianças com a Assíria provoca- nome da ganância e do poder sobressair em sua profecia tons ram a opressão e exploração do político. Pessoas são decapitade denúncia e ameaça com toda povo, com o aval de reis e sacer- das em forma de espetáculo e
expostas na mídia para mostrar que o “meu deus” é melhor e mais forte. A religião, por muito tempo, procurou explicar a história da humanidade por meio do embate entre o bem e o mal, entre o santo e o pecador, o justo e o injusto, Deus e homens. Tal dualidade levada a termos absolutos cria uma distinção maniqueísta entre o divino e o humano, estabelecendo uma dicotomia quase insuperável entre a atividade divina e a criatividade humana. Segundo Leonardo Boff, esse caráter absoluto na forma de interpretar e viver a fé pode gerar opiniões de intolerância e desprezo ao outro, caracterizado como Fundamentalismo (BOFF, 2009, p. 9). Diante das muitas formas de violência que experimentamos em nosso tempo, nossa proposta é afirmar a dialética entre o divino e o humano, superando a dicotomia entre sagrado e profano, atualizando a mensagem bíblica com respeito e tolerância, sempre protestando
contra toda e qualquer forma de injustiça. Rev. Jovanir Lage Pastor na Igreja Metodista Eldorado – Contagem/MG • Diretor do Instituto Metodista Teológico João Ramos Júnior • Professor de Hebraico e Antigo Testamento
REFERÊNCIAS: Bíblia Almeida Revista e Atualizada no Brasil, 2ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2009. BOFF, Leonardo. Fundamentalismo, terrorismo, religião e paz: desafios para o século XXI. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009. BRUCE, Steve. Fundamentalism. 2ª ed. Malden: Polity, 2008. ELLIGER, Karl; RUDOLPH, Wilhelm; NESTLE-ALAND (editores). Biblia Hebraica Stuttgartensia. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1997. LAGE, Jovanir. O profeta Oseias. Petrópolis: Editora Vozes, Estudos Bíblicos, vol. 32, n.128, p. 385-394, out/dez 2015.
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GIRO DE
A proteção de dados das pessoas que são membros de nossas igrejas e daquelas que as frequentam como visitantes deixou de ser uma opção e passou a ser uma obrigação, sendo necessária a implementação de diversos controles visando cumprir essa disposição legal. Assim, aprovou a contratação da empresa MUTUAL CONSULTORIA, conduzida pelo Dr. Felipe Rangel, advogado especialista nesta área, que já iniciou os procedimentos de adequação. A COREAM da 6ª RE nomeou a Privacy Team (Equipe de Proteção de Dados), que será a responsável pelos procedimentos previstos na LGPD, formada pelo Bispo João Carlos Lopes, pelas funcionárias da Sede Regional Haid Meier e Rosângela T. C. Rocha e pelo Secretário de Ação Administrativa Dr. Eni Domingues. A estimativa é de que, no prazo de nove meses, todos os procedimentos de controle previsto na LGPD estejam plenamente implementados. /// Informou Dr. Eni Domingues - Secretário Ação Administrativa da 6ª RE
VISÃO MUNDIAL Por meio da presente nota pública, as organizações da sociedade civil infra-assinadas vêm manifestar seu total apoio à NOTA PÚBLICA POR JUSTIÇA E DIGNIDADE, CONTRA A VIOLÊNCIA e repúdio às operações efetuadas pela Polícia Federal e Polícia Civil do estado, ocorridas na cidade de Pacaraima/RR, no dia 17 de março deste ano. Além disso, vêm expressar mais uma preocupação: a violação, manifestamente ilegal, do domicílio de agentes religiosos, bem como de seus locais de culto.
RÁPIDAS ALIANÇA EVANGÉLICA: O Brasil
COLÉGIO EPISCOPAL Trazemos à memória o que nos pode dar esperança (Lamentações 3.21). Por isso, ao meditar sobre o que estamos vivendo hoje, talvez os cercos (tanto o babilônico quanto o romano, em 70 d.C.) sejam a narrativa bíblica mais próxima da nossa realidade nesta pandemia, em termos de experiência prática, vital, emocional e espiritual.
está prestes a entrar em colapso geral no seu sistema de saúde. A tragédia ocorrida em Manaus ameaça se repetir em todos os estados da Federação. Alcançamos a terrível marca de 265.500 mortos/as e uma média móvel diária de 1.497 óbitos. Segundo alguns/as pesquisadores/as e infectologistas, março está se configurando como o mês mais trágico desde o início da pandemia.
ORAÇÃO: Com o objetivo de mobilizar pessoas a orar semanalmente e diariamente pelos propósitos selecionados pela área nacional da Igreja Metodista, convidamos você a participar da campanha EM ORAÇÃO. O versículo que conduz a campanha lembra a importância da oração para fazer qualquer coisa: … porque sem mim nada podeis fazer. (João 15.5b).
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Com a entrada em vigor da Lei nº 13.709/2018 denominada de “Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais – LGPD”, que em seu art. 1º estabelece que essa Lei “dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público ou privado, com o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural”, a COREAM da 6ª RE entendeu ser necessária a contratação de uma consultoria especializada no assunto, visando à perfeita adequação da AIM – Regional e igrejas coligadas aos preceitos da nova legislação.
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6ª REGIÃO INICIA PROCEDIMENTO DE ADEQUAÇÃO À LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS – LGPD
NOTÍCIAS
O QUE FOI DESTAQUE NO PORTAL EXPOSITOR CRISTÃO
NOTA Com pesar, comunicamos o falecimento do Rev. Adhayr Cruz, que exerceu seu ministério pastoral na 2ª Região Eclesiástica, onde desempenhou, também, as funções episcopais como Presbítero Presidente da Região, com o passamento do Revmo. Bispo Isac Alberto Rodrigues Aço. Posteriormente retornou para a 4ª Região Eclesiástica, onde jubilou-se do ministério ativo.
Em nosso caminho há um terceiro caminhante que nos ouve e faz o nosso coração arder com a sua presença BISPO ROBERTO ALVES DE SOUZA
MAIS LIDAS
AS MATÉRIAS MAIS ACESSADAS NO PORTAL EXPOSITOR CRISTÃO
POLÍTICA O Colégio Episcopal já publicou as devidas orientações sobre as eleições. Naquele momento, deixamos claro que a Igreja Metodista não apoia nenhum candidato ou candidata de maneira específica. No dia 16/10, houve uma publicação nas redes sociais cujo título dá a entender que a Igreja Metodista moveu um manifesto contra um dos candidatos à presidência. O documento pede a adesão de outras pessoas.
JORNAL ITO O MELHOR CRISTÃO, ELE EXPOSITOR
TÉ 2019 MIADO NA ARE BRASIL E PRE CRISTÃO DO
EC DE MARÇO ita Distribuição Gratu
Igreja Metodista Jornal Oficial da ano 135 | nº 3 | Março de 2021
! FIQUE EM CASA
COVID-19
Igreja as ações da Saiba quais são 6 emia. Página diante da pand
DE JUVENTUO MISSÃ !
“Jovens, eu vos escrevi porque sois fortes e a palavra de Deus permanece em vós”. Essas foram as palavras de João escritas em uma de suas cartas. No mês em que se comemora o Dia Mundial da Juventude, faz exatamente um ano que a Igreja Metodista, assim como todo o país, enfrenta tempos difíceis devido à pandemia do novo coronavírus, que já causou a morte de 260 mil pessoas, dentre elas, muitos/as metodistas.
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ueremos apresentar uma opção de programação de Páscoa para você realizar em sua casa, em sua comunidade ou onde quiser. O objetivo é mostrar às crianças a verdadeira Páscoa Cristã e o significado de cada símbolo da Páscoa Cristã. Vamos utilizar os símbolos (Trigo, Uva, Peixe, Vela, Girassol, Cordeiro e a Cruz vazia) da Páscoa Cristã para a programação. Prepare tudo com antecedência.
Organize cada etapa (símbolo) previamente e escolha os lugares onde serão deixados esses símbolos. Os pontos estratégicos não podem ser muito difíceis nem muito fáceis de encontrar. Este caminho precisa ser preparado de modo que seja desafiador para a criança. Cada símbolo encontrado por ela deve ter seu significado explicado pelo/a responsável, que lhe entregará a próxima pista para levar ao outro símbolo.
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Em busca da Páscoa Ao final da busca pela Páscoa, quando encontrar todos os símbolos, a criança vai compreender que Páscoa não é o comércio de ovos de chocolate, e sim a Ressurreição de Jesus Cristo. E nós, responsáveis, mostraremos à criança que foi o acontecimento mais marcante e importante de toda a Bíblia. Mateus 28.5-7.
/// Equipe DNTC
As pistas devem ser colocadas como um caça ao tesouro. O passo a passo vai estar disponível no canal do Youtube do DNTC.
SÍMBOLOS DA PÁSCOA CRISTÃ
4º - VELA A Vela significa que Jesus Cristo é a luz do mundo, e precisamos dEle para estar no caminho certo. "Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida". João 8.12
2º - PEIXE
1º - TRIGO/UVA O Trigo, mesmo depois de quebrado, e as Uvas, mesmo depois de pisoteadas, não são destruídos. Pelo contrário, são transformados em Pão e Suco de Uva, os dois alimentos mais importantes para a vida dos/as cristãos/ãs. Jesus também, como nos diz o profeta Isaías, foi “quebrado” e “moído”, mas continua a ser a força do seu povo – Isaías 54.5.
O Peixe é o mais antigo símbolo dos/as cristãos/ãs. O Peixe era uma senha, um sinal para as pessoas saberem quem seguia a Jesus Cristo de verdade e também para lembrar os/ as cristãos/ãs de estarem sempre mergulhados/as nos ensinamentos de Jesus Cristo.
3º - GIRASSOL
PISTA • Senha
PISTA • Viro para o Sol e sou planta. Quem sou?
O Girassol representa a nossa vida, do mesmo jeito que o girassol vira para o Sol, as pessoas precisam sempre estar pertinho de Deus, buscando Sua vontade em todas as coisas.
PISTA • O que vai em cima do bolo de aniversário e assopramos?
5º - CORDEIRO Assim como o Cordeiro, o qual o povo de Deus precisava preparar para comemorar a primeira Páscoa, Jesus Cristo é o Cordeiro de Deus que morreu por nós e salva o mundo. Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. João 1.29. PISTA • Qual o nome do filhote da Ovelha?
SUGESTÃO DE LEMBRANCINHAS
6º - CRUZ/ TÚMULO A Cruz vazia e o Túmulo vazio mostram que Jesus Cristo foi muito mais PODEROSO que a morte, porque ELE ressuscitou e HOJE está VIVO. PISTA • Foi feita de madeira e era muito pesada. Jesus teve que carregá-la.
EXEMPLOS DE LEMBRANCINHAS PISTA • Agora que você já viu todos os símbolos e sabe que Jesus Cristo vive, procure a lembrança da verdadeira Páscoa.
CONHEÇA A PÁGINA DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRABALHO COM CRIANÇAS Nesta área você encontra os materiais produzidos pelo Departamento Nacional de Trabalho com Crianças (DNTC) da Igreja Metodista no Brasil, que trabalha com crianças de até 12 anos de idade. O site também reúne materiais usados em capacitações de pessoas que trabalham na área e informações sobre os próximos eventos nacionais, com materiais de apoio para você promover ações com crianças em sua igreja local.
Na página, você encontra também o botão para assistir ao conteúdo produzido pela equipe do DNTC, publicado no Canal "Crianças DNTC" no YouTube. Você também pode acompanhar as novidades do DNTC no Instagram: @criancasmetodistasnacional.
ENTRE EM CONTATO E-mail: dntc@metodista.org.br ou dntcmetodista@gmail.com Instagram: @criancasmetodistasnacional YouTube: Crianças DNTC Facebook: Crianças DNTC
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A maior história de amor que o mundo já viveu A ntes de iniciar a atividade com as crianças, podemos contar a elas como tudo começou. Jesus Cristo continuava o ministério de pregar às pessoas. Ele decidiu ir para Jerusalém comemorar a Festa da Páscoa Judaica (comemoração da libertação dos/as judeus/as do Egito – Pessach). Quando chegou, foi recebido com muita alegria. As pessoas estendiam suas capas e ramos (plantas) e gritavam hosana nas alturas. Havia pessoas que não gostavam de Jesus e buscavam um jeito de prendê-Lo. Finalmente chegou o dia da Festa da Páscoa judaica, Festa de Pães Asmos. Os/as discípulos/as prepararam a refeição e o lugar onde iriam cear. Depois, quando tudo estava pronto para a ceia, Jesus e os/as discípulos/ as foram celebrar a última ceia com o Senhor. Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o e o deu aos/às seus/as discípulos/as, dizendo: "Tomem e comam; isto é o meu corpo". Em seguida tomou o cálice, deu graças e o ofereceu aos/às discípulos/as, dizendo: "Bebam dele todos vocês. Isto é o meu sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos, para perdão de pecados” (Mateus 26.26-28).
Dias depois, Jesus foi preso, pois Judas, um de seus discípulos, entregou-o aos soldados por 30 moedas de prata. Jesus foi condenado à morte de cruz, mas… esta parte vocês vão conhecer um pouco mais por meio da brincadeira “Em busca da Páscoa”. Nós, cristãos/ãs, passamos a comemorar nesta época a Páscoa Cristã. Foi a maior história de AMOR que o mundo já viveu, como está escrito em João 3.16: “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. /// Equipe DNTC
RESPOSTA: JESUS FOI CRUCIFICADO E MORREU NA SEXTA-FEIRA, MAS RESSUSCITOU NO DOMINGO DE PÁSCOA
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