Jornal EC Novembro 2020: Fé que rompe barreiras

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EXPOSITOR CRISTÃO, ELEITO O MELHOR JORNAL CRISTÃO DO BRASIL E PREMIADO NA ARETÉ 2019

Jornal Oficial da Igreja Metodista | Novembro de 2020 | ano 134 | nº 11

Distribuição Gratuita

FIQUE EM CASA!

ELEIÇÕES

A Igreja deve se misturar com a política? Página 5

O justo viverá pela fé. Página 8

CONSCIENTIZAÇÃO Leia artigo sobre racismo estrutural e confira a programação para o dia 21 de novembro. Página 4

AÇÃO DE GRAÇAS: DIANTE DA PANDEMIA DA COVID-19 AINDA TEMOS COMO AGRADECER? PÁGINA 6


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EDITORIAL Nos caminhos da missão servem com integridade

Novembro de 2020 | www.expositorcristao.com.br

COMENTÁRIOS Edição de Outubro de 2020

Capa

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Paulo Batista dos Santos Juiz de Fora/MG

Educação

Voz Missionária 91 anos de Revista Voz Missionária. Que missão! Que revista! Temos histórias e conseguimos sobreviver graças ao trabalho das mulheres metodistas que abraçam essa revista. Maria José de Santana Santos/SP

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Estimular o zelo evangelizador na vida de cada metodista, de cada igreja local;

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Revitalizar o carisma dos ministérios clérigo e leigo nos vários aspectos da missão;

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Paula Soares Belo Horizonte/MG

deixou milhares de pessoas mortas, ainda há o que agradecer? Certamente que sim. Em tudo dai graças, mesmo em meio aos conflitos e às tribulações temos vários motivos para dar graças. Este mês acontece a eleição presidencial nos Estados Unidos da América, e no Brasil vamos eleger os/as governadores/as, prefeitos/as e vereadores/as. O fato é que, desde o início da Igreja Metodista, os/ as metodistas têm se envolvido ativamente em questões sociais e políticas para construir um mundo mais pacífico e justo, mas será que a Igreja deve se envolver com a política? Trouxemos alguns pontos que foram publicados em nossos documentos para esclarecer tal questionamento. / ISTOCKPHOTO

É com tristeza que leio a respeito dos Colégios Metodistas que vão encerrar as atividades. Por outro lado, precisamos caminhar para que nossas instituições possam ser saudáveis.

da Igreja Metodista

EINE © D-K

Bíblia tem inúmeras expressões de fé. O capítulo 11 do livro de Hebreus, por exemplo, é conhecido como os heróis da fé ou a galeria da fé. No texto, há vários relatos de pessoas que exerceram sua fé durante a vida cristã. Nesta edição, trouxemos alguns relatos mais próximos de nós de alguns/as metodistas que puderam exercer sua fé em Deus e superar os desafios que a vida nos impõe. Esses relatos chegaram até nós por e-mail. Percebemos como a fé pode superar barreiras, pode mudar uma realidade que parece tão distante de nós. E no mês da Consciência Negra, um artigo sobre racismo estrutural e algumas reflexões que serão transmitidas pelo canal do YouTube da Sede Nacional, além do culto da Consciência Negra, a ser realizado no dia 21 de novembro. A ideia é ter uma conscientização ainda maior por parte de todos os membros da Igreja Metodista. Será que no mês do Dia Nacional de Ação de Graças e no ano da pandemia da Covid-19, que

Excelente a iniciativa do EC de abordar o tema da inclusão. Vejo que como Igreja ainda precisamos ir além da linguagem inclusiva.

Ênfases missionárias

o discipulado 3 Promover na perspectiva da salvação, santificação e serviço;

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Fortalecer a identidade, conexidade e unidade da igreja;

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Implementar ações que envolvam a igreja no cuidado e preservação do meio ambiente;

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Promover maior comprometimento e resposta da igreja ao clamor do desafio urbano.

Que Deus abençoe sua leitura! Pr. José Geraldo Magalhães

Editor-chefe | Expositor Cristão

OPINIÃO | FÉ

Memorial Quantos metodistas nos deixaram pela Covid-19. Não somente isso, nos lamentamos e choramos com milhares de pessoas que perderam seus entes queridos. Pablo de Araújo Rio de Janeiro/RJ

Pânico e medo não vêm de Deus. Calma e esperança, sim. E é possível responder a uma crise de pandemia com seriedade e deliberação, mantendo um senso interior de calma e de esperança. Isso não significa que não haja nenhum motivo para se preocupar ou que devamos ignorar os bons conselhos dos/as profissionais médicos/as e dos/as especialistas em saúde pública.” Rev. James J. Martin | Editor da revista jesuíta America | Nova Iorque, EUA

“As crianças são nossos/as discípulos/as e estão aprendendo conosco, durante essa trilha, a ter uma fé que ultrapasse barreiras. Isso não quer dizer que não poderemos demonstrar nossos medos, pois às vezes o mar se agitará, mas no caminho elas perceberão que há uma mão que nos sustenta. Ensinar sobre fé na caminhada não é criar uma utopia de isenção de problemas, mas demonstrar às crianças que temos alguém maior do que todas as adversidades que caminha conosco todos os dias, DEUS.” Equipe DNTC

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"Aprendi a respeitar as diferentes formas de amar e servir a Deus. Foi em casa que ensinei meus/as filhos/as a coexistirem com outras religiões de forma respeitável e sem julgamentos. Não foram poucas as vezes que, ao longo desses trinta anos, Deus me usou para demonstrar seu amor por eles/as. Não foram poucos os pedidos de oração que me faziam e fazem. Minha fé foi e é reconhecida e respeitada por cada um/as deles/ as. Jesus é exaltado entre nós.” Eugênia Ferreira Rodrigues | 4ª Região Eclesiástica

“Cremos que foi exatamente neste contexto ensinado por Tiago que o Rev. John Wesley entendeu e afirmou que ‘o evangelho de Cristo não conhece religião, que não seja religião social; não conhece santidade, que não seja santidade social’. Não se trata de fazer ação social por ação social, mas de ter uma fé dinâmica que me leva como cristão metodista a ir além do intelecto e da emoção, a agir naturalmente e ser sensível às necessidades humanas e transformá-las pelo poder santificador do Espírito Santo.” Bispo Roberto Alves de Souza | 4ª Região Eclesiástica

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Expositor Cristão Presidente do Colégio Episcopal: Bispo Luiz Vergílio Batista da Rosa Bispa Assessora do jornal Expositor Cristão Hideíde Brito Torres Conselho Editorial: Camila Abreu, Patrícia Monteiro, Pr. Odilon Chaves

Jornal Oficial da Igreja Metodista Fundado em 1º de janeiro de 1886 pelo missionário John James Ransom

Editor e jornalista responsável: Pr. José Geraldo Magalhães (MTB 79517/SP) Produção Audiovisual: Rodrigo de Britos Foto de Capa: © D-Keine/istockphoto.com Arte: Fullcase Comunicação

Revisão: Adriana Giusti Tiragem: 15 mil exemplares Entre em contato conosco: (11) 2813-8600 | www.expositorcristao.com.br expositorcristao@metodista.org.br Av. Piassanguaba, 3031 - Planalto Paulista São Paulo/SP - CEP 04060-004

*A REDAÇÃO DO JORNAL EXPOSITOR CRISTÃO É RESPONSÁVEL POR TODAS AS MATÉRIAS NELE PUBLICADAS, COM EXCEÇÃO DE ARTIGOS E REFLEXÕES, QUE SÃO RESPONSABILIDADE DE SEUS/AS AUTORES/AS.

Oceano


NACIONAL

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CGCJ publica novas decisões

PALAVRA EPISCOPAL

*Para ler o relatório completo de cada processo julgado acesse www.metodista. org.br/cgcj. Aqui publicamos apenas o número do processo e a decisão final.

CGCJ - CONSULTA DE LEI – Nº 31/2019 COMISSÃO GERAL DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA Consulta de lei – nº 31/2019 Consulente – TANIA REGINA DA SILVA Relator – Renato de Oliveira Data do julgamento (processo eletrônico) – 20.09.20 EMENTA: CONSULTA DE LEI – CONDIÇÕES BÁSICAS AO CANDIDATO AO EPISCOPADO – QUESTÕES RELACIONADAS AO IMPEDIMENTO DE CANDIDATO AO EPISCOPADO – MEDIDA ADEQUADA - IMPUGNAÇÃO À CANDIDATURA.

Acórdão

ACORDAM os integrantes da Comissão Geral de Constituição e Justiça da Igreja Metodista, por unanimidade, em acompanhar o voto do Relator, nos termos da fundamentação. Não participou do julgamento a Drª Elizabeth da Silveira Barbosa, por se declarar impedida. Curitiba, 20 de setembro de 2020 Renato de Oliveira Presidente da CGCJ

CGCJ - AÇÃO DECLARATÓRIA – Nº 43/2020 Autora – Valesca Athayde de Souza Requerido – Colégio Episcopal da Igreja Metodista (…) Passo a decidir

DISPOSITIVO

Diante do exposto, nego o pedido de tutela antecipada, devendo ser mantido o pronunciamento do Colégio Episcopal, ocorrido no dia 18 de agosto do corrente ano, devendo as delegações observarem a orientação da Palavra pastoral do Colégio Episcopal. Cite-se a parte requerida, na pessoa do Presidente do Colégio Episcopal, para que no prazo de 15 (quinze) dias úteis apresente a resposta. Após, sejam os autos distribuídos e encaminhados à Relatora, Drª Elizabeth Barbosa, já designada relatora nos autos 42/2020. Registre-se, Publique-se e Intime-se. Curitiba, 20 de setembro de 2020. Renato de Oliveira Presidente da CGCJ.

Bispo Roberto Alves de Souza Presidente da 4ª Região Eclesiástica

A fé verdadeira

“Da mesma forma que o corpo sem o alento está morto, assim a fé sem as obras está morta” (Tiago 2.26)

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onstantemente, observamos a dificuldade de muitos/as em entender a importância da fé e das obras. Parece que são temas separados, que trazem grandes contradições e que na reforma chegou a dividir as pessoas. O próprio Martinho Lutero, grande reformador da Igreja, ficou marcado com a imprudente frase que o livro de Tiago era uma “epistola de palha”. Já vi uma ilustração sobre a fé e as obras que achei extremamente pedagógica, pois alguém disse que elas são como um barquinho com dois remos: um é o remo da fé e o outro é o remo da obra. Para o barquinho sair do lugar e tomar direção é necessário o uso de ambos os remos: o da fé e o da obra. A fé é fundamental na vida cristã, pois somos salvos pela fé (Efésios 2.8), vivemos pela fé (2 Coríntios 5.7), sem fé é impossível agradar a Deus (Hebreus 11.6) e tudo que fazemos sem fé é pecado (Romanos 14.23). A fé não é “crer apesar das evidências, mas sim obedecer apesar das consequências”. Nos perguntamos: Que tipo de fé salva o ser humano? É necessário realizar boas obras a fim de ser salvo/a? De que maneira o ser humano pode saber se está, de fato, exercitando a verdadeira fé salvadora? Tiago responde essas perguntas explicando que existem três tipos de fé, sendo que somente uma delas é salvadora. Esses três tipos de fé são: a fé morta, a fé demoníaca e a fé dinâmica. Vejamos o que Tiago nos ensina a respeito da fé:

1. A fé morta: somente o intelectual (Tg 2.14-17)

• Muitos/as crentes na Igreja Primitiva afirmavam ter a fé salvadora sem, no entanto, serem salvos/as; • Jesus Cristo certa feita advertiu os/as crentes dizendo: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” (Mt 7.21); • Os/as crentes que têm uma fé morta colocam palavras no lugar de atitudes, pois suas vidas entram em contradição com suas palavras; • De maneira simples, Tiago ensina que, se um/a pobre entra na igreja precisando de roupas e alimento, a pessoa com a fé morta observa esse/a pobre e enxerga suas necessidades, mas nada faz e lhe oferece apenas palavras de piedade, despedindo o/a pobre sem nada levar; • Como cristãos/ãs temos a obrigação de ajudar a suprir as necessidades dos/as pobres sem fazer acepção e expressar a fé que opera o amor para com os/as necessitados/as.

2. A fé demoníaca: o intelectual e as emoções (Tg 2.18-19)

• Ao contrário do que muitos/as pensam, até os demônios têm fé, acreditam na existência de Deus, não são ateus ou agnósticos;

• Os demônios creem na divindade de Cristo, creem na existência de um lugar de castigo e reconhecem Cristo como juiz e sujeitam-se ao poder da sua palavra; • O texto de Tiago nos lembra de que “até os demônios creem e tremem” diante de Deus (Tiago 2.19); • A fé morta toca somente no intelectual das pessoas, mas os demônios vão além, pois são tocados até no emocional, pois creem e tremem; • Porém, crer e tremer não são experiências que produzem a salvação; • Podemos ter esclarecimento e até ser tocados/ as no coração e, ainda assim, nos perder para sempre; • A verdadeira fé salvadora envolve algo mais, uma vida transformada pelo poder do Espírito Santo de Deus.

3. A fé dinâmica: fé verdadeira (Tg 2.20-26)

• Essa é a fé verdadeira, pois tem poder e redunda numa vida transformada pelo poder do Espírito Santo de Deus; • Essa fé dinâmica tem a sua base na Palavra de Deus que nos salva, pois “e, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (Rm 10.17); • A fé dinâmica envolve o ser humano de forma total, pois a fé morta toca apenas o intelecto do ser humano; a fé demoníaca toca o intelecto e as emoções apenas; já a fé dinâmica toca a volição; • A mente desse ser humano que foi tocado pela fé dinâmica vai compreender a verdade, o coração vai desejar a verdade, e a volição vai agir de acordo com a verdade.

Cremos que foi exatamente neste contexto ensinado por Tiago que o Rev. John Wesley entendeu e afirmou que “o evangelho de Cristo não conhece religião, que não seja religião social; não conhece santidade, que não seja santidade social”; Não se trata de fazer ação social por ação social, mas de ter uma fé dinâmica que me leva como cristão metodista a ir além do intelecto e da emoção, a agir naturalmente e ser sensível às necessidades humanas e transformá-las pelo poder santificador do Espírito Santo. Uma ação social só será eficiente se houver transformação da vida humana, se houver conversão ou transformação de vida. Deus, nos conceda uma fé dinâmica, uma fé verdadeiramente salvadora. /// BIBLIOGRAFIA: SHOKEL, Luís Alonso, BIBLIA DO PEREGRINO, PAULUS, 2002, São Paulo, SP. /// WIERSBE, Warren W., COMENTÁRIO BÍBLICO EXPOSITIVO, Novo Testamento Volume II, 1ª Edição, Geográfica, 2009, Santo André, SP.

© FÁBIO H. MENDES/EC

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NACIONAL Novembro de 2020 | www.expositorcristao.com.br

Racismo estrutural, um mal sutil e silencioso

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m mais uma comemoração do dia da Consciência Negra vale a pena refletirmos sobre o cenário que nos rodeia no que diz respeito ao racismo. Por causa de eventos tristes e significativos, como a morte de George Floyd, um homem negro de Minneapolis, nos Estados Unidos, morto por um policial que impiedosamente o sufocou colocando os joelhos em seu pescoço, e tantos outros, a pergunta que não quer calar é se estamos ou não conseguindo superar o racismo e o preconceito racial em todos os seus níveis e modos. Ao mesmo tempo que vemos empresas terem suas ações valorizadas por anunciarem a contratação de negros/as, também vemos outras dizendo que não vão contratar “pessoas de cor”, pelo fato de “terem que falar inglês também”. Sem dúvida nenhuma vivemos uma época dominada pelo pior tipo de racismo: o estrutural, institucional. Época do racismo legitimado e protegido por uma estrutura escravizante, mutiladora e, sobretudo, opressora. O racismo surge nos séculos XVI e XVII, principalmente neste último. Os/as europeus/ as praticavam a escravidão e há alguns séculos escravizavam pessoas na África e no Novo Mundo. A história do racismo no mundo ocidental é amplamente associada à escravidão como a forma primitiva do colonialismo. E é nesse contexto que algo chamado raça é criado, o que significa essencialmente que certos povos definidos como não europeus são dominados e governados por europeus. Para as pessoas nos EUA, nos séculos XVII e XVIII, a raça era uma fato da vida. O racismo não é algo criado em laboratório ou em algum escritório, mas ele surge com uma prática, um pensamento de que há uma raça (branca) superior que pode dominar a outra raça (negra) inferior. O racismo está ligado não só à questão de rejeitar o tom, a cor da pele, mas ele mostra sua verdadeira face quando olha para o outro e não o vê como igual, e sim como objeto de escravidão e serviço. Silvio de Almeida afirma: “O racismo transcende o âmbito da ação individual, e não se trata apenas do poder de uma raça sobre a outra, mas de um gru-

PASTORAL DE COMBATE AO RACISMO Em 20 de novembro acontece o Dia da Consciência Negra. A data tem origem na homenagem ao Zumbi dos Palmares, um pernambucano que nasceu livre, mas foi escravizado aos 6 anos de idade. Ele se tornou líder do Quilombo dos Palmares e faleceu no dia 20 de novembro de 1695. Seu nome se tornou símbolo de luta e resistência pela liberdade. A Igreja Metodista e sua Pastoral Nacional de Combate ao Racismo fazem várias ações e campanhas nacionais, com dados e informações que passam muitas vezes como normais aos olhos de muitas pessoas. A ausência da criança negra na publicidade, a invisibilidade de autores/ as negros/as no meio acadêmico e no mercado editorial e a violência que apresenta números de extermínio contra a população negra são alguns dos casos apresentados. Problematizar frases, afirmações, comentários e “piadas” racistas é um desafio também presente na campanha.

“O racismo estrutural, ao contrário do que muitos/as pensam, não é criado pela estrutura, mas ele cria a estrutura, ele a concebe, e ela passa então a ser a grande vertente deste pensamento” po sobre o outro, algo possível quando há o controle direto ou indireto de determinados grupos sobre o aparato institucional”. Diante da afirmação de Almeida, fica claro que há um aparelhamento da estrutura para que ela gere, produza, exerça cada vez mais o racismo. Ele ainda assevera: “As instituições são racistas porque a sociedade é racista”. Essa frase, segundo ele, pode parecer óbvia, mas tem uma série de implicações e uma delas é que “se há instituições cujos padrões de funcionamento redundem em regras que privilegiam determinados grupos raciais, é porque o racismo é parte da ordem social. Não é algo criado pela institui-

ção, mas é por ela reproduzido”. Talvez chegamos então ao ponto principal e a solução só virá quando a reprodução do pensamento racista deixar de ter força na sociedade como um todo. O racismo estrutural, ao contrário do que muitos/as pensam, não é criado pela estrutura, mas ele cria a estrutura, ele a concebe, e ela passa então a ser a grande vertente deste pensamento. Os caminhos para superação são, a meu ver, o reconhecimento de que, sim, temos estruturas que alimentam essa prática. Em um segundo momento, é preciso que haja um rompimento da legitimação dessa prática por meio de denúncias, reflexões e posicionamento.

Quero terminar com a citação de um trecho do discurso de Nelson Mandela como parte da Declaração Judicial em 1962. “Eu odeio a discriminação racial mais intensamente e em todas as suas manifestações. Eu lutei durante toda a minha vida, eu a combati, e vou fazê-lo até o fim dos meus dias. Mesmo apesar de acontecer agora de eu ser julgado por alguém cuja opinião eu tenho em alta estima, eu detesto mais violentamente o sistema que me rodeia aqui. Faz-me sentir que sou um homem negro no tribunal de um homem branco. Isso não devia ser assim”. Que Deus no ajude e nos dê coragem! Pastor Lindomar Nascimento 5ª Região Eclesiástica /// Bibliografia: ALMEIDA, Silvio Luiz de. O que é Racismo Estrutural? Belo Horizonte (MG). Letramento, 2018. /// Repertório bibliográfico sobre a condição do negro no Brasil. Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2018. – (Série fontes de referência; n. 1 PDF)

Esses dados e a normatização deles são problemas a serem enfrentados, e entendemos que, como igreja, precisamos nos posicionar. No site da Sede Nacional da Igreja Metodista, há vários materiais de apoio para as igrejas, vídeos com a mensagem da Juliana Yade, pessoa de referência da Pastoral Nacional de Combate ao Racismo da Igreja Metodista. Você pode compartilhar o vídeo com a sua igreja e em suas redes sociais e falar sobre a campanha com família e amigos/as, fazendo com que o debate tenha o maior alcance possível. /// Veja mais detalhes no QR Code abaixo!


POLÍTICA

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Novembro de 2020 | www.expositorcristao.com.br

A Igreja Metodista está envolvida na política?

Desde o início da Igreja, os/as metodistas têm se envolvido ativamente em questões sociais e políticas para construir um mundo mais pacífico e justo. Gráfico original de Laurens Glass, UMCOM, versão gráfica em espanhol Rev. Gustavo Vasquez MU News.

Redação EC

ALGUNS PONTOS PUBLICADOS EM NOSSOS DOCUMENTOS • Ninguém deve receber voto simplesmente por expressar a fé evangélica, antes, deve-se recordar que “a fé, se não tiver obras, por si só estará morta” (Tg 2.1). Entretanto, candidatos/as e partidos que defendem em seus programas posições que se oponham a valores cristãos, tais como justiça e paz, integridade da vida e da criação, preservação da família, honestidade e respeito ao bem público não podem merecer nosso voto. • O processo político não se esgota com as eleições e os valores da cidadania, marcados por gestões públicas transparentes, tem correspondência na vida de integridade cotidiana de cada cidadão e cidadã brasileira, na participação, nas reivindicações e na projeção de ações que visem ao bem comum. • Repudiamos o “voto de cabresto”, o chamado “curral eleitoral”, bem como a troca do voto por favores, sejam pessoais, sejam coletivos, exortando seus/as integrantes a exercerem o direito do voto de maneira consciente e bem fundamentada, cientes da delegação de poder que o sufrágio nas urnas confere aos/às eleitos/as. • Consideramos que eleições são parte do processo de busca permanente de equidade social, de garantia dos direitos fundamentais à pessoa humana, de vivência ética e comunitária. Para isso estimulamos o protagonismo de homens e mulheres cristãos/ãs, comprometidos/as com os valores do Evangelho de Cristo. • Reafirmamos que “A Igreja Metodista reconhece que é sua tarefa docente capacitar os membros de suas congregações para o exercício de uma cidadania plena” (Credo Social, secção IV, item 1, p.51 dos Cânones 2012-2016). Reafirmamos a democracia como um valor universal, bem como no governo representativo dela decorrente; na qual pessoas são eleitas de forma livre e soberana pelo povo através do voto. Entendemos que uma sociedade democrática pressupõe pluralidade de ideias e a livre expressão do pensamento político, alternância do poder, em forma republicana participação popular. Como cristãos e cristãs os ideais de uma representação política devem estar comprometidos com a formação de valores civilizatórios, tais como: o respeito ao semelhante, a igualdade perante a Lei e os serviços do Estado, a solidariedade, a tolerância a uma cultura de paz, entre outros, que são, também, valores do Evangelho de Cristo. • Nosso grande desafio no exercício da cidadania no século XXI é promover mudanças que beneficiam a vida e o ser humano dentro da sociedade em que estamos inseridos/as como metodistas. Exercer a cidadania é buscar a conscientização de cada indivíduo dentro da sua comunidade onde cada um/a deve ter bem claros os seus direitos e deveres em sociedade.

© ALERNON77 / ISTOCKPHOTO.COM

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m novembro deste ano acontece a eleição presidencial nos Estados Unidos da América, e no Brasil vamos eleger os/as governadores/ as, prefeitos/as e vereadores/as. O fato é que, desde o início da Igreja Metodista, os/as metodistas têm se envolvido ativamente em questões sociais e políticas para construir um mundo mais pacífico e justo. Os/as metodistas estavam entre os/as principais defensores/ as da abolição da escravatura em todo o Império Britânico, organizando sindicatos para proteger os/as trabalhadores/ as em condições de trabalho perigosas, o fim do sistema prisional para devedores/as e a criação de novos sistemas de cuidados para crianças pobres. Dada essa herança, os/as metodistas continuaram a defender outras questões sociais ou políticas desde então, incluindo: o sufrágio feminino, temperança, direitos civis, saúde e cuidado com o meio ambiente. No Brasil, temos vários/as metodistas eleitos/as para diversos cargos públicos, entre eles o deputado federal Guaracy Silveira, que foi tema de capa do jornal Expositor Cristão em setembro de 2018. Hoje, o nosso Credo Social e os Princípios Sociais Metodistas Unidos expressam o nosso compromisso de participar plenamente na construção de um mundo mais pacífico e justo. Tanto a Igreja Metodista Unida (IMU) como a Igreja Metodista no Brasil reconhecem que somos responsáveis perante Deus pela nossa vida social, econômica e política, considerando a participação política como um privilégio e uma responsabilidade como cidadãos/ãs. Temos vários pronunciamentos e Cartas Pastorais a respeito das eleições de anos anteriores. A Igreja afirma: “As Escrituras reconhecem que a fidelidade a Deus requer o compromisso político de seu povo” (Relações Igreja-Governo). “A força de um sistema político depende da participação plena e voluntária de seus/as cidadãos/ãs. A Igreja deve continuamente exercer forte influência ética sobre o estado, apoiando políticas e programas considerados justos e opondo-se a políticas e pro-

No Brasil, temos vários/ as metodistas eleitos/as para diversos cargos públicos, entre eles o deputado federal Guaracy Silveira, que foi tema de capa do jornal Expositor Cristão em setembro de 2018

gramas injustos” (The Political Community). O povo Metodista Unido está baseado em todo o mundo, nos mesmos Princípios e Resoluções Sociais, como um guia para a interação da igreja e da política. A forma como a Igreja participa da política varia de acordo com as regiões onde a IMU está presente, portanto sua resposta ao estado será bem diferente nos Estados Unidos, Filipinas, Alemanha, Rússia ou Costa do Marfim. Aqui no Brasil, em contato recente do portal UOL com a Igreja Metodista, foi questionado se é permitido fazer campanha eleitoral dentro da Igreja. Em resposta ao portal de notícias, a assessoria de imprensa da Igreja Metodista afirmou que “não proíbe a entrada da pessoa que deseja expressar a sua fé, seja ela candidata a um cargo público ou não, mas frisa que um/a candidato/a que vá ao templo não fará uso do púlpito, espaço para pregação”. Orienta

ainda que ninguém deve receber voto simplesmente por expressar a fé evangélica, mas que “candidatos/as e partidos que defendem em seus programas posições que se oponham a valores cristãos, tais como justiça e paz, integridade da vida e da criação, preservação da família, honestidade e respeito ao bem público não podem merecer nosso voto”, diz trecho da reportagem. /// Para ter acesso à reportagem do UOL sobre o posicionamento da Igreja Metodista acesse: https://bit.ly/2HLRggL LEIA MAIS A RESPEITO DOS/AS METODISTAS E A POLÍTICA NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA NO QR CODE ABAIXO:


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AÇÃO DE GRAÇAS Novembro de 2020 | www.expositorcristao.com.br

Ação de graças em todo o tempo

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Esperança em meio às dificuldades e ao luto

Para Marcos, há uma palavra desafiadora que ajuda a entender a importância da esperança neste contexto difícil pelo qual o mundo passa. “Encontramos uma palavra desafiadora em 1 Tessalonicenses 5.18, que diz ‘Em tudo dai graças!’. Neste ano de pandemia temos muito a agradecer. Se algumas pessoas perderam o emprego, tiveram sua renda diminuída, agradecemos à solidariedade que foi praticada. Se estamos em meio ao luto, cremos e agradecemos que não estamos sós. Assim, nossa

gratidão é pela certeza de que não estamos sós, o consolo do Espírito Santo está sobre nossa vida. Nossa esperança está em toda e qualquer situação. Ela permeia nossa vida, e por isso somos gratos/as em toda e qualquer situação. Não se trata de masoquismo, mas de saber que em qualquer situação, boa ou ruim, não estamos sós: o Senhor está conosco, agindo em nossa vida”, analisou.

Pratique gratidão

Imagine a gratidão como uma atividade física. Desta forma você pode assimilar que é possível exercitar o ato de ser grato/a. “Você pode começar isso em sua casa com seus/as familiares: diga ‘por favor’ e ‘muito obrigado/a’. Depois, no seu ambiente de trabalho, não trate as pessoas como empregadas, mas pratique ‘por favor’ e ‘muito obrigado/a’. Finalmen-

“Acredito que muitos/as cristãos/ ãs ainda não entenderam o que Jesus falou sobre se tornar criança, pois ele disse que o reino dos céus era das crianças e não dos ‘infantis’. O/a cristão/ã que não aprendeu a agradecer dificilmente vai conseguir, por exemplo, louvar a Deus”

te, em sua comunidade de fé, as pessoas não estão lá para servir – você é que foi chamado/a para ser um/a servo/a de Jesus, e a única condição é com alegria. Assim, você precisa e pode aprender a exercer a gratidão. Gratidão é ensinável, gratidão é exercício diário em nossa vida”.

Edição especial

Por ocasião do Dia de Ação de Graças, celebrado na última quinta-feira de novembro (26), a Rádio Trans Mundial terá uma edição especial do programa “Um Tempo com Deus”. O programa vai ao ar às 10 da manhã pelo horário de Brasília. Para ouvir a RTM, basta acessar www.transmundial.org.br ou

baixar o aplicativo Rádio Trans Mundial disponível para os sistemas Android (Play Store) e iOS (App Store). Lucas Meloni Especial para Expositor Cristão

© VIOLETASTOIMENOVA / ISTOCKPHOTO.COM

m tempos tão conturbados como os atuais, em que a vida humana parece descartável e o mundo vê aflito os efeitos da Covid-19, muitos/ as cristãos/ãs podem se questionar: há motivos para agradecer? O Pastor Marcos Antonio Garcia, da Igreja Metodista em Santo Amaro, apresentador do programa “Um Tempo com Deus”, da Rádio Trans Mundial (em parceria com o devocional no Cenáculo, da Igreja Metodista), explica neste mês de ação de graças que a gratidão deve ser um exercício. O que Garcia traz está baseado em um texto muito conhecido da Bíblia, mas nem sempre colocado em prática: “Deem graças ao Senhor porque ele é bom. Seu amor dura para sempre” (Salmo 136.1). “Gratidão é exercício. Mas o grande problema está em querermos agradecer só quando tudo está bem, quando as coisas estão dando certo. Quando aprendemos o caminho da gratidão, podemos agradecer mesmo em meio à pandemia. Por exemplo, se houve enfermidades, muitas pessoas foram curadas. Mas se estamos em luto, somos gratos/ as pelo consolo que vem do Espírito Santo para nossa vida. Assim, precisamos aprender a ser gratos/as mesmo diante das tempestades em nossa vida”, comentou. O pastor destaca um caminho para entender de forma mais detalhada o conceito de gratidão. “Acredito que muitos/ as cristãos/ãs ainda não entenderam o que Jesus falou sobre se tornar criança, pois ele disse que o reino dos céus era das crianças e não dos ‘infantis’. O/a cristão/ã que não aprendeu a agradecer dificilmente vai conseguir, por exemplo, louvar a Deus. Ele/a pode até cantar, mas isso não significa que esteja louvando”, afirmou.

O QUE SIGNIFICA AÇÃO DE GRAÇAS?

celebrado em um dia diferente, na segunda segunda-feira do mês de outubro.

O Dia Mundial de Ação de Graças, ou Dia de Ação de Graças (Thanksgiving Day, em inglês), é celebrado na última quinta-feira de novembro. Este ano, no dia 26 de novembro de 2020.

Ação de graças significa agradecer. Assim, no Dia de Ação de Graças, além de expressar gratidão a Deus, as pessoas reconhecem tudo de bom que receberam ao longo do ano e demonstram carinho entre si.

É uma das datas mais importantes dos Estados Unidos e do Canadá, assim como o Natal e o Ano Novo. Trata-se de um feriado nacional nos dois países, entretanto no Canadá é

O Dia de Ação de Graças é uma data comemorada em família, por isso é comum as pessoas viajarem para se reunir com os/as familiares.

Além disso, são realizados cultos e celebrações. Tradicionalmente, esse dia se difundiu após a época da colheita, com o intuito de agradecer pela fartura. Por isso, mesas fartas e famílias reunidas para realizar orações caracterizam essa data. Na Igreja Metodista, todos os anos, as comunidades realizam as celebrações com alegria e festa, além de a Oferta para Ação Social ser recolhida também nesse dia, a fim de demonstrar gratidão pelas bênçãos alcançadas.


IGREJA E SOCIEDADE

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Distrito promove atividades voltadas para o Outubro Rosa

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o final de outubro, o Distrito de Irajá/RJ encerrou as atividades do Outubro Rosa, mês reconhecido mundialmente por ser símbolo da conscientização e prevenção do câncer de mama. A Igreja Metodista em Vieira Fazenda, localizada na comunidade do Jacarezinho/RJ, sediou a programação que teve uma média de 45 mulheres, as quais foram orientadas a respeito do cuidado com a saúde física, emocional e espiritual da mulher. O evento contou com uma palestra voltada para o público feminino organizada pela Sociedade Metodista de Mulheres da igreja local e um delicioso café da manhã oferecido e preparado pela Sociedade Metodista de Homens. A programação conseguiu edificar tanto as mulheres como os homens, que

Pr. Thimoteo Neves Igreja Metodista em Vieira Fazenda (Metodista no Jacarezinho) Distrito de Irajá

Igreja Metodista investe em padaria para ajudar comunidade do sertão Projeto Pão da Vida forma profissionais e distribui pão às famílias no sertão nordestino

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recebem doações da padaria é voltado para as crianças. São 32 crianças envolvidas em atividades esportivas e que recebem café da manhã doado pelo Projeto Pão da Vida.

A Conselheira e representante do Fundo Social de Solidariedade, Denise Lima, na época, disse ter ficado feliz ao saber que pessoas que fizeram o curso conseguem comercializar seus produtos e gerar renda atualmente. “Não existe forma melhor de encerrar nossas atividades aqui. Mais uma vez promovemos a inserção social e a capacitação de pessoas”, ressaltou.

Padaria Pão da Vida emprega cinco pessoas.

Mais de 30 crianças envolvidas em atividades esportivas tomam café da manhã doado pelo Projeto.

IGREJA METODISTA DE LIMEIRA TAMBÉM TEVE A MESMA INICIATIVA

© IM NATAL

Na ocasião, 18 pessoas se inscreveram e participaram das atividades do projeto “Sombra e água fresca”, promovido pela instituição. Elas receberam instruções sobre os cuidados com os produtos alimentícios na fabricação do pão caseiro. O objetivo do projeto Padaria Artesanal é possibilitar a capacitação na fabricação do produto alimentício e fornecer elementos para que os/as participantes tenham possibilidade de gerar renda ao final dos encontros.

© IM NATAL

Redação EC

Igreja Metodista em Natal, Rio Grande do Norte, decidiu investir no “Projeto Pão da Vida” no Povoado Cruz, Currais Novos, região rural do estado. Ele consiste em uma padaria “sem fins lucrativos” para formação de profissionais e distribuição de pães e bolos. O projeto foi desenvolvido com o objetivo de capacitar moradores/as da comunidade para atuarem como padeiros/ as, garantindo uma formação profissional. A padaria já produz cerca de 700 pães e 80 bolos por dia para atender cerca de 300 famílias da comunidade, e a maior parte do que é produzido acaba sendo doado. A padaria está sob a direção do missionário Ivandro Oliveira, que responde ao Pastor Georg Emmerich, líder da Igreja Metodista em Natal. O local emprega cinco pessoas, que foram treinadas como forneiros/ as e padeiros/as, caixas e atendentes, homens e mulheres da própria comunidade. O Pastor Georg falou que um dos projetos sociais que

tiveram ministrações separadamente e se reuniram com o intuito de discutir as diretrizes para a sociedade Metodista de Homens para o próximo ano. Ainda hoje é necessário conscientizar as pessoas da saúde preventiva da mulher. Todo ano falamos sobre o câncer de mama e ainda assim muitas mulheres são acometidas por ele. A doença pode acometer até mesmo uma pessoa que se cuida verdadeiramente, mas a maior dificuldade é quando o câncer é descoberto tardiamente. Precisamos falar desse cuidado, que é anual e regular, pois, quando descoberto no estágio inicial, a possibilidade de cura é maior, eliminando assim o risco de morte. Sabemos que o nosso Deus cura, mas precisamos fazer a nossa parte, que é cuidar do nosso corpo terreno, templo do Espírito Santo. Nós, enquanto Igreja, precisamos anunciar o Deus que cura, que salva e é o mesmo Deus que nos imbuiu de inteligência e responsabilidade por aquilo que Ele nos dá.

Não é a primeira vez que a Igreja Metodista realiza esse tipo de trabalho social. Em 2015, a Igreja Metodista em Limeira/ SP realizou o curso de padaria artesanal. Foram quatro encontros, nos quais os/ as participantes tiveram a oportunidade de aprender na prática a desenvolver as mais variadas receitas caseiras. O curso foi uma parceria entre a Igreja e o Fundo Social de Solidariedade de Limeira.

Segundo o líder metodista que pastoreava a Igreja na época da formatura do curso, Osvaldo Elias Almeida, a Igreja está fazendo a parte dela. “É mais que um benefício social. Enquanto Igreja temos que fazer a nossa parte, envolvendo a sociedade e englobando serviços”, disse o pastor. O assessor do gabinete do prefeito, Wagner Barbosa, destacou que o Fundo Social não mede esforços quando o assunto é o benefício à população. “Esse curso só vem somar, fazer uma integração maior com a sociedade e os bairros”, finalizou.


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CAPA

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Sem Pr. José Geraldo Magalhães

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Bíblia tem inúmeras expressões de fé. O capítulo 11 do livro de Hebreus, por exemplo, é conhecido como os heróis da fé ou a galeria da fé. No texto, há vários relatos de pessoas que exerceram sua fé durante a vida cristã. Nesta edição, trouxemos alguns relatos mais próximos de nós de alguns/as metodistas que puderam exercer sua fé em Deus e superar os desafios que a vida nos impõe. Maria do Carmo Motta dos Santos, metodista da cidade de Belo Horizonte/MG, escreveu para nossa redação contando que venceu a Covid-19 no mês de junho. “Eu me internei logo no início da pandemia, dia 24 de março. Do dia em que fui internada até a alta foram 81 dias”, disse. Ela se recupera em casa. Com o trauma da doença, algo a levou a crer que tudo iria mudar. “Desde o dia em que entrei no hospital, sempre pedi a Deus para me dar outra chance de vida. Já havia morrido muitas pessoas na época. Mesmo sem poder falar muito pela falta de ar, eu orava a Deus em Espírito, e aprouve a Deus me curar com a ajuda dos/as médicos/as”, relatou Maria. Segundo a metodista, a fé fez com que ela se aproximasse mais de Deus. “Foi ruim passar por essa experiência de doença, mas foi muito gratificante saber que a todo tempo estamos sob os cuidados do Pai, mais perto de Deus. Não quero dizer que quem não foi curado, ou até mesmo quem veio a falecer pela doença, não está sob os cuidados do Senhor. Temos que ter em mente que a fé é o que nos liga a Deus. Ele é o Criador, dono de todas as coisas, inclusive de nossa vida. Minha palavra para quem perdeu algum/a familiar ou amigo/a é que a vontade de Deus sempre vai prevalecer em nossa vida e que o Espírito Santo os/as faça entender esse propósito de Deus em sua vida”, finalizou.

Covid-19

A crise do coronavírus levanta sérias questões médicas, éticas e logísticas. E levanta outras questões para as pessoas de

é impossível agradar a Deus

fé. A pandemia de coronavírus está confundindo e assustando centenas de milhões de pessoas. Isso não é uma surpresa. Muitas pessoas ao redor do mundo estão doentes, e milhares já morreram. A menos que a situação mude drasticamente, muitas mais adoecerão e morrerão em todo o mundo. Estamos aguardando a vacina, com fé em Deus, para que essa pandemia passe logo. Como já dizia o profeta Daniel, “… a ciência se multiplicará”. Eis o desafio dos/as cientistas: inventar a vacina para combater o coronavírus. Para James Martin, S. J., colunista da revista America, é necessário resistir ao medo e pânico. “Pânico e medo não vêm de Deus. Calma e esperança, sim. E é possível responder a uma crise com seriedade e deliberação, mantendo um senso interior de calma e de esperança. Isso não significa que não haja nenhum motivo para se preocupar ou que devamos ignorar os bons conselhos dos/as profissionais médicos/as e dos/as especialistas em saúde pública”, alerta James. Santo Inácio Loyola, o fundador dos jesuítas, costumava falar sobre duas forças em nossa vida interior: uma que nos afasta de Deus, que ele rotulou de mau espírito e que “causa uma ansiedade atormentadora, entristece e cria obstáculos. Desse modo, perturba as pessoas com

falsas razões destinadas a impedir seu progresso. A outra é que nos aproxima de Deus”, destacou James.

Conversão

A metodista Eugênia Ferreira Rodrigues, da cidade de Leopoldina/MG, relatou que aos 25 anos se converteu a Cristo. De tradição católica, ela conta a experiência e como superou os conflitos teológicos. “Minha conversão ao protestantismo foi um choque para minha família tradicionalmente Católica Apostólica Romana. Ouvi barbaridades e na minha ignorância de neófita disse outras também. Orava noite e dia pela conversão deles/as, pois havia aprendido, de maneira errônea, que todos/as estavam condenados/as ao inferno por serem idólatras”, disse Eugênia. Mas o aprendizado errado quanto às pessoas que professam outra fé teve um desfecho diferente quando Deus falou com Eugênia. “Minha posição mudou quando, em sonho, Deus me revelou que eles/as eram dEle. No sonho me vi em uma igreja católica batizando todos/as com o sangue de Jesus. Todos/as queriam Jesus e eu derramava sobre eles/as aquele sangue. Ainda não satisfeita, pedi a Deus mais uma palavra sobre o assunto para confirmar o sonho e Ele me falou através de Jeremias 24. Os dois cestos de figo. Me mostrou que eles/as

eram figos bons. E que sua graça era para eles/as. Temiam a Deus e O buscavam”, desabafou. Como única protestante numa numerosa família, coube a Eugênia testemunhar o relacionamento com Jesus para os/ as familiares. “Aprendi a respeitar as diferentes formas de amar e servir a Deus. Foi em casa que ensinei meus/as filhos/as a coexistirem com outras religiões de forma respeitável e sem julgamentos. Não foram poucas as vezes que, ao longo desses trinta anos, Deus me usou para demonstrar seu amor por eles/ as. Não foram poucos os pedidos de oração que me faziam e fazem. Minha fé foi e é reconhecida e respeitada por cada um/as deles/as. Jesus é exaltado entre nós”. A experiência de fé de Eugênia vai além. “Se eles/as aceitaram Jesus como Senhor e Salvador? Sim. Em um Natal, depois que realizei uma pequena devocional, fiz a pergunta a eles/as. E todos/as, do mais velho/a ao/à mais novinho/a, se levantaram e fizeram a oração de arrependimento e entregaram a vida a Cristo. Se são protestantes? Não. Mas o que importa isso? Eles/as já têm Jesus e isso basta”, finalizou.

Anjos de Deus

Adenize Vaz da Silva relata que em um sábado à noite, ao chegar de uma festa, teve sua experiência de fé. “Certo sá-

bado, chegando de uma festa, minha filha de três anos estava com alergia a algo que ela comeu. Oramos. E, como sempre na minha oração, pedi para Deus colocar os anjinhos em volta dela e falei para Ele que se precisasse correr com ela para o médico, que esperasse o amanhecer, porque de madrugada é tudo mais difícil”, disse Adenize, colocando a filha para dormir. Em poucos minutos a filha chamou, mas Adenize a colocara para dormir. “Passado mais um tempo, ela me chamou pela segunda vez e depois pela terceira vez, até que questionei Deus: ‘mas eu pedi para o Senhor colocar os seus anjos em volta dela e não aconteceu’”, conta Adenize. O que a mãe não esperava era a reação da filha. “De repente minha filha levantou-se e sentou-se no berço, fixando o olhar na cômoda que estava ao lado, e apontou: ‘mamãe, olha o anjinho ali, ele está de roupinha branca, olha, mamãe’. Eu queria enxergar, mas não via nada, foi aí que pedi perdão e agradeci a Deus por sempre ouvir nossas orações. Ela se deitou e dormiu realmente guardada pelos anjinhos. No dia seguinte acordei-a para irmos à Escola Dominical, o lugar que ela sempre amou”, concluiu Adenize.

Confiança

Muitas pessoas, especialmente as doentes, podem sentir uma sensação de isolamento que agrava seu medo. Muito provável que isso ocorra em maior intensidade nessa época de pandemia. E muitos de nós,


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© D-KEINE / ISTOCKPHOTO.COM

mesmo não estando infectados/ as, provavelmente conhecemos pessoas que estão doentes e podem até morrer. Talvez surja o seguinte questionamento: por que isso está acontecendo? Não há uma resposta satisfatória para essa pergunta, que, em sua essência, é a questão de por que o sofrimento existe, algo que santos/as e teólogos/ as ponderaram ao longo dos séculos. No fim das contas, é o maior dos mistérios. Ao mesmo tempo, sabemos que Jesus entende o nosso sofrimento e nos acompanha no modo mais íntimo de nossas fraquezas. É preciso lembrar que, durante seu ministério público, Jesus passou muito tempo com os/as doentes. E, antes da medicina moderna, quase qualquer infecção poderia matar. Assim, a expectativa de vida era curta: apenas 30 ou 40 anos. Em outras palavras, Jesus conhecia o mundo da doença.

Jesus, então, entende todos os medos e preocupações que nós temos. Jesus nos entende, não apenas porque ele é divino, mas entende todas as coisas porque Ele é humano e experimentou todas as coisas.

Fé requer amadurecimento

Os apóstolos de Jesus e os/as discípulos/as que a eles se juntaram eram pessoas provenientes do ambiente popular, com atividades diversificadas. Vários/ as deles/as eram pescadores profissionais. O Mar de Tiberíades, também chamado Mar da Galileia ou Lago de Genesaré, era o espaço de trabalho e convivência. Pregações, milagres, caminhadas, muitas das atividades de Jesus se desenvolveram ali, em um espaço de sobe e desce de barcos, redes, peixes, ventanias, comércio no mercado, cansaço, suor, horas de expectativa dos peixes, que nem sempre vinham, famílias que dependiam daquele trabalho, um conjunto de vida e atividade certamente muito carregado de

humanidade e lutas, temperado também com muitas alegrias. É para o lago que retorna Pedro, seguido de seus companheiros. Não lhes era ainda claro tudo o que viria a acontecer, se pensarmos na origem simples daqueles homens, que não eram especialistas em profecias, letras da lei ou mesmo na novidade do próprio Evangelho. Era um mar de novidades, num mar de ideias confusas. Sabemos que foi depois do derramamento do Espírito Santo que aqueles homens e mulheres adquiriram a ousadia necessária para pregar, constituir as primeiras comunidades cristãs e derramar o próprio sangue pela Igreja e pela causa do Reino! Tinham que aprender muito, e o Senhor aproveita a aparente volta à profissão de pescadores para oferecer-lhes e a todos nós preciosas lições (Jo 21.1-19). Provavelmente, após a Ascensão de Jesus e o Pentecostes, os apóstolos devem ter comentado por vários anos tais acontecimentos, quando tiveram a lucidez necessária para discernir os propósitos de Deus. O chamado divino é gratuito, parte de seu amor infinito que vai ao encontro das pessoas, sem depender de suas qualidades ou eventuais defeitos. Deus

tem a paciência necessária para cercar de amor e infinitas iniciativas ou repetidas perguntas a respeito de nossas disposições. Há um olhar pessoal de Deus, que nos leva a sério, mostrando-nos alternativas, novas possibilidades de serviço ao seu Reino, para o qual Ele nos oferece dons necessários. Ninguém pense que tudo está definido e muito explicado nas medidas humanas que desejamos, muitas vezes, impor a Deus. Antes, ele é mais criativo do que nós e encontrará sempre o modo para nos surpreender. Nossas respostas, diante dos grandes desafios de nosso tempo, podem levar-nos a “baixar a guarda” diante das tentações, e poderemos dizer como Simão Pedro, aquele que, convertido, foi chamado a confirmar os irmãos: “É preciso obedecer a Deus, antes que os homens” (At 5.29). Aliás, é hora de os/as cristãos/ãs assumirem posições ousadas! Essas experiências de fé dos apóstolos ou as que foram enviadas para a redação do Expositor Cristão demonstram como a fé, quando colocada em prática, nos ajuda, nos fortalece. Na página seguinte, você encontra testemunhos de atletas e ex-atletas que também dão testemunho de uma fé firmada em Cristo.


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TESTEMUNHO Novembro de 2020 | www.expositorcristao.com.br

Atletas testemunham a fé em Jesus Pr. José Geraldo Magalhães

sição em que esteja, porque isso não significa nada. Eu tento fazer com que isso me dê estabilidade para desfrutar os momentos bons, mas sabendo que não me torna mais do que qualquer outra pessoa”, acrescentou o atleta.

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estemunhar a fé em Deus no mundo esportivo pode ser um grande desafio, nem sempre pela pressão das pessoas, mas pela própria rotina de treinamento. O atleta paralímpico Daniel Dias já deu uma entrevista ao Expositor Cristão, em 2016, relatando sua história de superação e conquistas. Além disso, compartilhou sua fé em Cristo. Nascido em Campinas em 24 de maio de 1988, com 37 semanas de gestação e má-formação congênita dos membros superiores e perna direita, o atleta brasileiro, que conquistou 24 medalhas nos Jogos Paralímpicos de Pequim, Londres e na Rio 2016, teve uma história de lutas e desafios. Aos 3 anos, ele começou a usar uma prótese. Foi um processo difícil e gradual, mas ele venceu e começou a andar. “Foram momentos de lágrimas e vitórias”, os pais testemunharam no site oficial do atleta. Daniel relata que não foi fácil na escola, passou por preconceitos, discriminação, mas a deficiência não o impediu de vencer na vida. “Não é porque tenho deficiência que eu sofri mais ou foi mais fácil ou mais difícil. Claro que passei por preconceitos, fui chamado de tantas coisas que magoaram, feriram, mas nem por isso eu desisti”, disse. Passou a infância e a adolescência na cidade mineira de Camanducaia. Em 2004, ao assistir à Paralimpíada de Atenas, Daniel observou Clodoaldo Silva nas piscinas e decidiu o que queria ser: atleta paralímpico. Bela escolha! Hoje, ele inspira outras pessoas. “Tive o Clodoaldo que me inspirou a praticar o esporte, fico extremante feliz, porque eu sei na verdade o que é ter alguém para se espelhar; alguém que te inspira”, conta. Daniel e a família são membros da 1ª Igreja Presbiteriana do Brasil, em Bragança Paulista/SP. As orações da comunidade sempre estiveram presentes na vida da família. “Tivemos muito apoio dos/as irmãos/ãs”, relatou o pai, Paulo Dias, que acompanhava o filho. Na entrevista, vários textos bíblicos vieram à mente de Daniel em nossa conversa, que aconteceu na Igreja Batista Água Branca (São Paulo), em meados de outubro. Ele palestrou para mais de 300 jovens na ocasião. Quando perguntamos se ele esperava

Mais testemunhos

Luan Lacerda é membro da Congregação Metodista no Bessa, em João Pessoa, na Paraíba.

chegar aonde chegou, Daniel disse: “Ele faz infinitamente mais tudo aquilo que pedimos ou pensamos segundo a sua boa vontade”, recordou Efésios 3.20. O jovem de 30 anos é uma história de superação, conquistas e exemplo para muita gente. Segundo ele, há um segredo por trás das conquistas. “Não abro mão de ter um relacionamen-

dade, entrando para o time dos tetracampeões. O atleta é membro na Congregação Metodista no Bessa, em João Pessoa/PB. Naquele ano, o Brasil conquistou também 29 medalhas de prata e 29 de bronze totalizando 72 medalhas no geral. O Expositor Cristão entrou em contato com Luan, que compartilhou a experiência de con-

amantes, por exemplo, do futebol, ele é visto também pela história de vida dos/as seus/as atletas, como os goleiros do PSG e Liverpool, Keylor Navas e Alisson Becker, que recentemente fizeram questão de testemunhar a fé que ambos depositam em Deus. Navas concedeu uma entrevista para o jornal Espanhol El País, onde destacou a impor-

“Ser campeão paralímpico foi e está sendo uma coisa incrível na minha vida. Foi uma experiência única vivenciar esse tempo jogando ao lado de nossa torcida, que é um momento raro, pois geralmente jogamos fora de casa” Luan Lacerda to com Deus. Jamais devemos abrir mão disso”, afirmou. O testemunho completo e a entrevista publicada em novembro de 2016 estão disponíveis no site www.expositorcristao.com.br.

Futebol

Outro metodista que se dedica ao esporte é o goleiro da Seleção Brasileira de Futebol de Cinco, Luan Lacerda. Ele participou dos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Luan conquistou o ouro Paralímpico na modali-

quistar uma medalha de ouro nos jogos. “Ser campeão paralímpico foi e está sendo uma coisa incrível na minha vida. Foi uma experiência única vivenciar esse tempo jogando ao lado de nossa torcida, que é um momento raro, pois geralmente jogamos fora de casa”, disse. Luan já conquistou outros prêmios após a Paralimpíada e seu testemunho tem alcançado outras gerações. No entanto, o mundo esportivo não é conhecido apenas pela atração que proporciona aos/às

tância da sua vida espiritual, caracterizada pela leitura da Bíblia e orações ao Senhor. “Para mim, poder estar sempre em comunicação com Deus é o que me dá muita paz. Saber o que a Bíblia me diz é extremamente importante e tento segui-la”, disse ele, lembrando o exemplo de Cristo no seu relacionamento com o próximo, segundo a Comunhão. “Sei que sou humano e cometo muitos erros, mas Jesus me ensinou que você tem que ser humilde, independentemente da po-

Jenny Johnson Jordan, filha de um ex-campeão olímpico, o decatleta campeão norte-americano Rafer Johnson, tornou-se esportista. Agora ela treina outros/as atletas, mas não antes de ser elogiada pelo seu ex-treinador, que destacou o caráter determinante da aluna. “Você teria que colocar uma adaga em seu coração para pará-la”, disse ele, segundo o God Reports. Mas sem dúvida o que fez a diferença na vida de Jenny foi o seu entendimento acerca de como deveria se portar em sua carreira. “A cultura está tentando dizer: ‘Ei, deixe sua fé aí e agora você pode vir praticar seu esporte. Pegue [a fé] quando terminar. Não queremos ver isso’”, disse ela, lembrando que jamais iria abandonar a sua fé em nome do esporte, visto que o seu sucesso não poderia ter valor algum sem uma vida de intimidade com Deus. “Eu pensava: ‘Como você pode ser supercompetitiva e fogosa (o que eu era) e, também, honrar o Senhor? Aprendi muito rapidamente que eu e meu fogo e o desejo de vencer e honrar o Senhor aconteceriam quando eu fizesse isso da maneira certa”, lembra. Atualmente treinadora, ela é um exemplo de vida para seus/ as alunos/as. O seu testemunho impacta outras vidas, mostrando que o sucesso profissional sem estar atrelado à vontade de Deus não tem sentido em si mesmo. “Quando cheguei ao nível universitário, estava apenas aprendendo como ter minha fé e o que significa ter Deus em meu esporte, que eles não são coisas separadas, porque é assim que eu vejo”, ensina Jenny. Para ela, todo/a cristão/ã que atua no mundo esportivo deve ter a consciência de se importar com o seu testemunho, usando cada oportunidade para falar de Cristo, inclusive durante o treino, como ela faz com os/as seus/ as alunos/as. “Esses são lugares em que podemos assumir uma posição como crentes, o que sei que nem sempre é confortável ou fácil, mas é importante”, conclui. /// Com informações de Will R. Filho


ESCOLA DOMINICAL

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A Escola Dominical está presente na nossa tradição! Redação EC

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Acesse o QR CODE para ler a publicação digital em nosso site:

“A melhor forma de a Escola Dominical estar presente na vida da Igreja é ser um presente para cada irmã e irmão que dela participa e também para quem não participa”

futuro deles/as e da Igreja. O presente e o futuro da nossa escola devem ser construídos coletivamente, levando em conta as experiências passadas. Uma Escola Dominical feita por mim e por você exige a participação

http://bit.ly/escola-dominical-ec

Espaço de ensino e comprometimento

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omo amo a Escola Dominical! No período da minha adolescência, recordo-me com alegria e saudades do irmão José Emiliano, professor da Escola Dominical em Emilianópolis/SP, que ministrava as aulas com sabedoria, caminhando por entre os corredores dos bancos, de um lado para o outro. Sua paixão pelos estudos despertou em mim o amor pela Escola Dominical, tão abençoada e abençoadora. Naquela época, morando a cerca de 5 quilômetros da igreja, sem meio de transporte, era um prazer estar na Casa do Senhor. Que possamos valorizar aqueles e aquelas que, mesmo sem meios de transporte e comunicação, porém, com muito ardor nos corações pelas vidas em Cristo, deixaram em suas histórias um rastro luminoso que jamais poderá ser apagado. Conhe-

© FATCAMERA / ISTOCKPHOTO.COM

assaram-se 184 anos desde que a primeira Escola Dominical metodista ocorreu no Brasil, realizada no Rio de Janeiro, em junho de 1836, sob a coordenação do primeiro missionário metodista, o Rev. Justin Spalding. E em 1º de setembro, ele destacou em seu relatório: “Aos domingos às 16h30, mais de quarenta crianças e jovens, em oito classes dirigidas por quatro professores e quatro professoras, sendo duas dessas classes formadas por negros/as, uma falando em inglês e outra em português, reuniam-se para estudar a Palavra de Deus”. O relatório de março de 1837 informa que existiam pessoas que caminhavam de duas a três milhas sob sol forte até o lugar das aulas. Há quem, erradamente, desqualifique a tradição por achar que ela se torna um passado que impossibilita o diálogo com o presente; ledo engano. Em nossa gênese está a educação, e não me reporto apenas à Igreja Metodista, seguramente ela está presente na história da nossa Igreja por ser parte da tradição cristã. A trajetória de Jesus é marcada pelo ensino (Mateus 4.23; Marcos 1.22; Lucas 20.21; João 6.45). Certa vez escutei a afirmação: Jesus ordenou à Igreja que fizesse discípulos/as e ensinasse-lhes a guardar os mandamentos, ele não disse “ensine-os/as a entender os mandamentos”. Ainda que eu não tenha feito uma pesquisa do verbo usado no original, não tenho medo de afirmar que só conseguimos guardar o que de fato entendemos, uma coisa não exclui a outra, pois, para guardar os mandamentos, é preciso entendê-los. A Escola Dominical da nossa Igreja está fundamentada em garantir às pessoas um espaço de aprendizagem que não deposite informações sem reflexões, mas que, através do diálogo e da partilha de experiências, sob a inspiração do Santo Espírito, se apreenda as verdades do Evangelho que permanecem para além do tempo. Por meio da memória e da expectativa vivenciamos, no presente, o passado e o futuro, essas três experiências sempre se conectam. Jesus relembrou o passado ao seu discípulo e discípula e isso transformou o

de toda a Igreja. As metodologias usadas no passado podem não ter mais tanta eficiência agora, isso indica a necessidade de avaliação, planejamento e compromisso com a mudança. Nós somos responsáveis pelas mudanças que desejamos! A melhor forma de a Escola Dominical estar presente na vida da Igreja é ser um presente para cada irmã e irmão que dela participa e também para quem não participa. Os presentes dados e recebidos possuem em si laços de afeto, e a afetividade é fundamental na aprendizagem. Afetividade, comunhão, inspiração são o que devemos encontrar na ED que deve sempre estar conectada com a vida. O maior presente que a Escola Dominical pode dar é a oportunidade para que as pessoas se conscientizem da importância do aprendizado da Bíblia para a maturidade cristã e, assim, fortalecer o compromisso com a missão e com o discipulado como estilo de vida. Esses são os eixos das nossas revistas de Escola Dominical.

cemos a razão e o objetivo pelos quais a Escola Dominical foi criada, cabe a nós, respeitar os/ as pastores/as, missionários/as que ultrapassaram barreiras e fronteiras para que essa preciosidade chegasse até nós e fosse implantada em nosso país por meio do metodismo. Como alunos/as, nosso dever é manter a Escola Dominical

com suas portas abertas, com excelência, zelo e acesa a chama do Espírito Santo, para que as futuras gerações recebam desse alimento do estudo bíblico dominicalmente, moldando caráter, ações e relacionamentos. Agradeço muito a Deus pelas igrejas em Emilianópolis e Álvares Machado, que com suas Escolas Dominicais me ajuda-

ram no crescimento espiritual da minha fé. A IM em Álvares Machado abençoou muito minhas filhas, Elze e Eliziane, com ensinamentos da Palavra, apontando e orientando o Caminho, tornando-as essas filhas guerreiras que são hoje. Ainda hoje, a Escola Dominical continua sendo um espaço de gente feliz e comprometida com os valores do Reino de Deus. No meu conceito, celebrar o Dia da Escola Dominical é esforçar-se para que suas portas estejam abertas a cada domingo, é desejar e permanecer aprendendo do Senhor. Louvo a Deus pelos professores e professoras, superintendentes e todos/as que têm desempenhado seus ministérios, no tocante à Escola Dominical e seu valor e ensino, fazer parte de nossa vida e ser esse instrumento de fortalecimento e edificação! Zenaide Martins dos Reis Pastora aposentada na 5ª RE


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MISSÃO Novembro de 2020 | www.expositorcristao.com.br

Ação Social marca atividades durante a pandemia

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m meio à tristeza de tantas perdas de pessoas queridas, o Senhor tem nos desafiado a utilizarmos nossos dons e talentos para capacitar e estimular as pessoas a nunca desistir de sua vocação como Igreja de Cristo Jesus: o serviço amoroso ao mundo. A exemplo disso, o secretário executivo de ação social da 1ª Região Eclesiástica, Pastor Edvandro Machado Cavalcante, tem investido juntamente com outros metodistas em várias frentes, mesmo com a pandemia

OFERTA PARA AÇÃO SOCIAL Todos os anos a Igreja Metodista realiza a Oferta para Ação Social. A data vai de agosto até o Dia Nacional de Ação de Graças. A Festa da Família Metodista, como é tradicionalmente conhecida, trazia o nome de Susana Wesley, mãe do fundador do metodismo, John Wesley – um exemplo de mulher que lutou para levantar recursos e ajudar nos desafios da missão em um tempo de desafios sociais. O objetivo da Oferta é arrecadar uma grande doação nacional, para apoiar os projetos sociais selecionados pelas Regiões Eclesiásticas e Missionárias da Igreja. Ano passado foram 20 projetos selecionados. Se você deseja apoiar um desses projetos ou outros da área nacional, basta acessar o link abaixo e fazer sua doação de maneira prática e segura. https://doacoes.metodista.org.br/

Apesar de as atividades presenciais estarem suspensas, diversas lives sobre o tema e reuniões com a Secretaria de Administração Penitenciária têm sido realizadas. No mês de outubro, a convite dos professores Blanches de Paula e Marcio Divino de Oliveira, o coordenador da Pastoral (Pastor Edvandro Machado) ministrou aula para duas turmas da Faculdade de Teologia da Igreja Metodista/SP (de forma on-line) sobre evangelização em presídios.

/// Informou: Pastor Edvandro Machado Cavalcante - Secretário Executivo de Ação Social da Igreja Metodista – 1º Região

21º CONCÍLIO GERAL

Pastoral da Terceira Idade

A Pastoral Regional da Terceira Idade completa 20 anos de existência. Encontros Regionais anuais, diversos cursos de capacitação nos distritos e igrejas locais são atividades, entre tantas outras, que esta pastoral da Igreja tem realizado ao longo desses anos. Com o advento da pandemia, diversas atividades on-line têm sido realizadas. No dia 24 de outubro ocorreu uma transmissão ao vivo, realizada na Igreja de Bacia de Anchieta, que reuniu testemunhos no sentido de relembrar um pouco a história e os muitos frutos desta Pastoral, a qual é coordenada pela evan-

Pastoral Carcerária

Atividades desenvolvidas pela secretaria de ação social não pararam mesmo durante a pandemia.

gelista Claudia e uma equipe composta por representantes de vários distritos e igrejas de nossa região.

Pastoral de Ajuda ao Dependente Químico e Apoio aos Familiares

Esta equipe, composta por profissionais de saúde e evangelistas, tem desenvolvido inúmeras atividades com o objetivo de capacitar nossas igrejas locais para lidar com o fenômeno da dependência química. O curso livre de capacitação em conselheiros/as para dependência química já formou uma turma presencial e iniciou uma turma on-line. Uma importante parceria tem sido desenvolvida com a Escola de Missões da Igreja Metodista para atingir um maior número de pessoas. Entre as atividades planejadas nesta parceria estão: • Dia 09/11 Aula de apresentação da Pastoral para a Escola de Missões • Dia 21/11 Seminário com diversos temas

Obs.: as atividades citadas serão realizadas pela internet no site da escola de Missões. A pastoral é coordenada pelo capelão Gilberto Satler.

“Encontros Regionais anuais, diversos cursos de capacitação nos distritos e igrejas locais são atividades, entre tantas outras, que esta pastoral da Igreja tem realizado ao longo desses anos”

Apresentamos o logotipo aprovado para a identidade visual do 21° Concílio Geral, a ser realizado em Sorocaba/SP, de 11 a 18 de julho de 2021. A partir de várias e interessantes propostas desenvolvidas pela Comunicação Nacional, o Grupo de Trabalho de Organização escolheu e o Colégio Episcopal da Igreja Metodista aprovou o logotipo que deverá estar presente nas peças de divulgação relacionadas ao Conclave, tanto nos documentos oficiais quanto em publicações nas redes sociais. A imagem escolhida é composta do ano em que acontecerá o evento, 2021, destaque para a edição do Concílio com o número 21 em vermelho, o nome Igreja Metodista, a data, Município e Estado de realização, com duas versões de aplicação, sendo a segunda composta também do logo da Igreja Metodista, Cruz e Chama. Confira exemplos no site da Sede Nacional em www. expositorcristao.com.br

CAMPO MISSIONÁRIO EM PASSO DE TORRES SE REÚNE EM NOVO ESPAÇO Desde o início do mês de outubro, o Campo Missionário em Passo de Torres está se reunindo em novo espaço. Segundo o Pastor Danilo

Lima, que está cumprindo o seu quinto ano como responsável no local, "o espaço de 170 metros quadrados é muito aconchegante. Louvamos a Deus por todas as pessoas que trabalharam e contribuíram para que esta nova casa ficasse pronta", comemorou abençoando. A inauguração aconteceu no dia 4 de outubro. “Após três meses de muito traba-

lho com a reforma e com cultos on-line por causa da pandemia, foi oficialmente aberto o templo para cultos presenciais, respeitando todas as normas de segurança contra a Covid-19”, informou o Pastor Danilo. O Campo Missionário em Passo de Torres está no sul de Santa Catarina, faz parte do Distrito Litorâneo e é parceira da 2ª Região Eclesiástica.


EDUCAÇÃO

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Novembro de 2020 | www.expositorcristao.com.br

Metodista é a melhor universidade particular do ABC O

Ranking Universitário da Folha (RUF) de 2019 considerou, novamente, a Universidade Metodista de São Paulo como a melhor universidade particular do Grande ABC. A Universidade também está entre as 20 melhores Instituições de Ensino Superior (IES) privadas do estado de São Paulo. Considerando todas as IES do Brasil, a Metodista é a 67ª melhor por posicionamento de mercado e ocupa a 69ª posição em qualidade de ensino.

“bom”. A nota varia de “sem notas” até “excelente”. Segundo o Guia, todas as instituições de ensino superior cadastradas no Ministério da Educação (universidades, centros universitários, faculdades e institutos) foram convidadas a fazer parte da pesquisa, que avaliou: as características da proposta de ensino do curso, o perfil dos/as professores/as vinculados/as ao curso e as condições de materiais e equipamentos oferecidos.

Izabela Hendrix

O Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix conquistou 52 estrelas no Guia da Faculdade Estadão-Quero Educação 2020, que avaliou mais de 14 mil cursos superiores no Brasil. É a segunda edição do ranking, elaborado em parceria entre o jornal O Estado de S. Paulo e a Quero Educação, uma das principais startups da área educacional do país. São levados em conta critérios como proposta curricular dos cursos e qualidade do corpo docente. Neste ano, o Izabela teve 16 cursos estrelados, 4 deles com 4 estrelas e 12 com 3. O Izabela supera, assim, a boa performance já exibida no ano passado, quando conquistou 42 estrelas distribuídas em 13 cursos, sendo 3 com 4 estrelas e outros 10 com 3.

COMO É FEITA A AVALIAÇÃO

Cursos em destaque

Vinte e dois cursos da Metodista foram avaliados no ranking de 2019: entre as graduações em destaque estão Jornalismo e Publicidade e Propaganda, alcançando o 16º e o 19º lugares entre os melhores do País, respectivamente, levando-se em conta instituições públicas e privadas. Os cursos de Medicina Veterinária e Psicologia conquistaram a 7ª posição no estado, entre particulares e públicas. Educação Física e Pedagogia estão em 5º lugar entre os cursos de instituições privadas de São Paulo, enquanto Farmácia é o 9º melhor também entre as particulares do estado.

Sobre o RUF

O RUF é uma avaliação anual do ensino superior brasileiro feita pelo jornal Folha de S.Paulo desde 2012. No ranking são classificadas 197 universidades brasileiras, públicas e particulares, a partir de cinco indicadores: pesquisa, internacionalização, inovação, ensino e mercado. Há também um ranking de cursos, onde é possível encontrar a avaliação de cada uma das 40 graduações com mais ingressantes no Brasil.

Estadão

A Universidade Metodista de São Paulo obteve 77 estrelas no primeiro resultado divulgado pelo Guia da Faculdade Estadão. A publicação é um novo projeto em parceria entre o jornal O Estado de S. Paulo e uma das principais startups da área educacional do país, a Quero Educação. Firmada no final de 2018, a parceria traz nova avaliação de cursos de ensino superior no Brasil. Todas as instituições credenciadas no Ministério da Educação são convidadas a participar. Após se cadastrarem na avaliação, indicam os cursos da modalidade presencial que estão recebendo novos alunos, que concedem titulação de bacharelado ou licenciatura e já tenham ao menos uma turma graduada (cursos na modalidade EAD não são avaliados). São mais de 6 mil coordenadores/as e professores/as do ensino superior brasileiro que atuam como avaliadores/as do Guia da Faculdade e que são acionados/ as para dar notas aos cursos das suas áreas de formação e de instituições prioritariamente localizadas na mesma região do País na qual trabalham. Desse modo, cada curso de cada instituição é direcionado para seis profissionais, que avaliam a qualidade do

projeto pedagógico, corpo docente e infraestrutura. Assim, as 77 estrelas conquistadas pela Metodista estão distribuídas em 22 cursos, sendo 11 com 4 estrelas e outros 11 com 3. Confira os classificados aqui: /// https://ruf.folha.uol.com.br/2019/

O Guia Estadão - Quero Educação utiliza metodologia conhecida como “avaliação por pares”. A equipe atua como um instituto de pesquisa, colhendo a opinião este ano de 9 mil de professores/as que atuam no ensino superior. Resumidamente, as principais etapas são:

sua graduação, com foco em três aspectos: Características da proposta de ensino do curso; Perfil dos/as professores/as vinculados/as ao curso; Condições de materiais e equipamentos oferecidos.

PARTICIPAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES

São mais de 9 mil coordenadores/as e professores/as do ensino superior brasileiro que se cadastraram para atuar como avaliadores/as do Guia da Faculdade. É um trabalho voluntário, sem remuneração. Eles/ as são convidados/as a dar três notas (de 1 a 5) para cada curso: Para a qualidade do projeto pedagógico; para a qualidade do corpo docente; para a qualidade da infraestrutura; cada curso é distribuído para a avaliação de seis professores/as.

Todas as instituições de ensino superior cadastradas no Ministério da Educação (universidades, centros universitários, faculdades e institutos) são convidadas para fazer parte do ranking.

CURSOS AVALIADOS

Outras instituições também são bem avaliadas

A Faculdade Metodista Granbery mais uma vez se manteve com bons resultados e conquistou 12 estrelas, no total, na edição do Guia da Faculdade 2020. A avaliação foi realizada por meio da parceria entre a Quero Educação e o jornal O Estado de São Paulo. Neste ano, os cursos de Direito, Educação Física (Bacharelado), Pedagogia (Licenciatura) e Sistemas de Informação foram os que conquistaram 3 estrelas, cada um, obtendo o conceito

A partir de 2020, tanto cursos da modalidade presencial como a distância passaram a ser avaliados, porém seguindo critérios como as cidades nas quais são oferecidos. Caso a IES ofereça o mesmo curso em diferentes unidades em uma mesma cidade, apenas o curso mais antigo da instituição naquela cidade é avaliado.

INFORMAÇÕES UTILIZADAS O/a coordenador/a de cada curso avaliado recebe questionário no qual pode apresentar as principais características da

AVALIADORES/AS E NOTAS

Caso um curso não receba pelo menos quatro notas dos/as avaliadores/as, é considerado como “sem nota” na avaliação.

RESULTADO A maior e a menor notas recebidas por curso são descartadas. O resultado numérico do curso em 2020 é a média das notas intermediárias restantes. O resultado numérico de 2020 (com peso 2) é somado ao resultado numérico do ano anterior (peso 1) para se extrair o resultado numérico final de cada curso. O resultado numérico final é transformado em estrelas.


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MÍDIA Novembro de 2020 | www.expositorcristao.com.br

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GIRO DE

NOTÍCIAS

O QUE FOI DESTAQUE NO PORTAL EXPOSITOR CRISTÃO

Expositor Cristão ELEIÇÕES

© JOA_SOUZA / ISTOCKPHOTO.COM

Em novembro deste ano acontece a eleição presidencial nos Estados Unidos da América, e no Brasil vamos eleger os/as governadores, prefeitos/as e vereadores/as. O fato é que desde o início da Igreja Metodista, os/as metodistas têm se envolvido ativamente em questões sociais e políticas para construir um mundo mais pacífico e justo. Os/as metodistas estavam entre os/as principais defensores/as da abolição da escravatura em todo o Império Britânico, organizando sindicatos para proteger os/as trabalhadores/as em condições de trabalho perigosas, o fim do sistema prisional para devedores/as e a criação de novos sistemas de cuidados para crianças pobres.

POR UMA IGREJA ANTIRRACISTA

A campanha internacional do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) continua em plena atividade mesmo em tempos de pandemia. No Brasil, a iniciativa é coordenada pela Confederação Metodista de Mulheres (CMM), que promove, além das mobilizações semanais nas redes sociais com a hashtag #QuintaFeiraDePreto, passeatas organizadas por Federações e Sociedades de Mulheres Metodistas em todo o país.

CMI: O Conselho Mundial de Igrejas (CMI) está fornecendo recursos, incluindo serviços de oração on-line e uma série de podcasts envolvendo agricultores e comunidades religiosas de diferentes regiões do mundo. As vozes dos/as jovens e das pessoas com deficiência serão ouvidas no contexto da conquista da soberania alimentar.

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QUINTA-FEIRA DE PRETO

CGCJ: A Comissão Geral de Constituição e Justiça emitiu algumas decisões no mês de setembro. Uma delas trata de ação declaratória ingressada pela irmã Valesca Athayde de Souza, membro leiga da Igreja Metodista do Izabela Hendrix, da 4ª Região Eclesiástica, tendo em vista o pronunciamento do Colégio Episcopal, ocorrido no dia 18 de agosto de 2020. O referido ato foi postado no site oficial da Igreja Metodista.

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RÁPIDAS

CRIANÇAS Acesse a página do Departamento Nacional de Trabalho com Crianças (DNTC) da Igreja Metodista no Brasil e veja os materiais produzidos com as crianças até 12 anos de idade. O site também reúne materiais utilizados em capacitações de pessoas que trabalham na área e informações sobre os próximos eventos nacionais, com materiais de apoio para você promover ações com crianças em sua igreja local.

A fé é fundamental na vida cristã, pois somos salvos pela fé e vivemos pela fé BISPO ROBERTO ALVES DE SOUZA

A Pastoral de Combate ao Racismo da Igreja Metodista preparou uma série de conteúdos para celebrar o mês da Consciência Negra. O tema "Por uma Igreja antirracista" estará presente nas três transmissões ao vivo que acontecem às 19h30 nas três primeiras sextas-feiras de novembro e na Celebração Nacional que vai ao ar no dia 21/11 às 19h30, e conta com a participação de lideranças e representantes da Pastoral de Combate ao Racismo em diferentes Regiões do país. Confira abaixo a programação completa e os links para acessar no site da Sede Nacional da Igreja Metodista.

06/11 ÀS 19H30 O impacto do racismo na construção da subjetividade

13/11 ÀS 19H30 Bíblia e Negritude

20/11 ÀS 19H30

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MAIS LIDAS

AS MATÉRIAS MAIS ACESSADAS NO PORTAL EXPOSITOR CRISTÃO

ESTOLA

EC DE OUTUBRO

A Bíblia fala da estola sacerdotal no Antigo Testamento. As vestes do sumo sacerdote eram feitas de linho simples (1 Samuel 2.18; 2 Samuel 6.14), como eram as vestes de todos os sacerdotes. A estola, porém, era feita de "ouro, estofo azul, púrpura, carmesim e linho fino retorcido" (Êxodo 28.6). Isso indica que ela era uma mistura de lã e linho, visto que o linho só podia ser tingido de azul. A "obra esmerada" significa algum tipo de bordado.

Em 25 de setembro foi lançado o primeiro livro da Bíblia Sagrada na Língua Brasileira de Sinais – Libras. A partir de agora, os mais de 10 milhões de brasileiros/as com deficiência auditiva poderão ter acesso ao evangelho de João em Libras. O lançamento foi on-line, pelos canais do DOT Brasil no YouTube e no Facebook. A Igreja Metodista já tem a tradição de incluir todos e todas em suas comunidades locais.

Nossos passos vêm de longe: um diálogo com a "velha guarda" da pastoral metodista de combate ao racismo

21/11 ÀS 19H30 Culto da Consciência Negra Para ver o nome completo dos/as participantes durante a programação, acesse www.metodista.org.br


CRIANÇA Novembro de 2020 | www.expositorcristao.com.br

Pela fé

“De fato que sem fé é impossível agradar a Deus” Hebreus 11.6 a

C

erta vez uma criança passou muito mal à noite, e sua temperatura corporal se elevou tanto, que resultou numa crise convulsiva. Os pais a socorreram, e antes de sair para o trabalho seu pai orou. Porém, aquela filha percebeu o olhar tristonho de sua mãe, preocupada com a situação, e disse: “mamãe, por que você está triste? Papai orou! Papai do céu já escutou e está resolvendo!”. A mulher ficou perplexa com aquela fala, pois naquela manhã sua filha lhe deu um grande exemplo de fé. Demonstremos essa fé, caminhemos com a criança, porque é na caminhada que entendemos as aflições, os medos, as incertezas. Jesus, o grande pedagogo, ensinou-nos a importância de trilhar junto e ensinar nas coisas práticas da vida. Portanto, ao observarmos sua caminhada com os/ as discípulos/as, vemos que sempre utilizava o dialógico, ao invés de somente dar respostas prontas; e prático-afetivo, pois utilizava seus braços para acolher. As crianças são nossos/as discípulos/as e estão aprendendo conosco, durante essa trilha, a ter uma fé que ultrapasse barreiras. Isso não quer dizer que não poderemos demonstrar nossos medos, pois às vezes o mar se agitará, mas no caminho elas perceberão que há uma mão que nos sustenta. Ensinar sobre fé na caminhada

não é criar uma utopia de isenção de problemas, mas demonstrar às crianças que temos alguém maior do que todas as adversidades que caminha conosco todos os dias, DEUS. Que nós, como responsáveis, ensinemos nossas crianças a alcançar uma fé madura, falando continuamente dos feitos e maravilhas do Senhor e trilhando junto, superando os desafios! /// Equipe DNTC

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