Jornal Expositor Cristão de janeiro 2018

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EXPOSITOR CRISTÃO, ELEITO O MELHOR JORNAL CRISTÃO DO BRASIL E PREMIADO NA FLIC 2017

Jornal Oficial da Igreja Metodista | Janeiro de 2018

EDUCAÇÃO

Os desafios da Rede Metodista de Educação. Página 4

ano 132 | nº 1 | Distribuição Gratuita

FÉRIAS

Não deixe de visitar o Nordeste! Página 12

INTEGRIDADE Qual o valor da sua?

Página 8

ESCOLA DOMINICAL: Revistas trazem o tema Integridade para ser estudado em 2018. Página 10


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EDITORIAL

2018

Janeiro de 2018 | www.expositorcristao.com.br

COMENTÁRIOS Edição de Dezembro de 2017

Capa I Bom saber que o Expositor Cristão tratou mais uma vez sobre o tema dos/as refugiados/ as. Se eu não fosse passar o Natal com minha família em Recife, com certeza iria chamar uma pessoa para compartilhar a Ceia do Natal. É sempre bom receber um/a estrangeiro/a, como recomenda a Bíblia. Rosane de Almeida Bôdo São Paulo/SP

Capa II Para os/as professores/a e alunos/ as da Umesp essa pergunta [Com quem você vai passar a Ceia?] corta o coração. Iremos passar o Natal com dor e sofrimento pelo tratamento desumano que está nos sendo dado. A crueldade deveria passar longe de uma instituição na qual as pessoas têm fé. A Igreja Metodista deve se levantar contra os abusos sofridos pelos/as funcionários/ as; pessoas com câncer e licença saúde foram demitidas. Casais que fazem parte da Igreja estão desempregados e tiveram seu lar desmantelado. Essa atitude não encontra respaldo no Senhor. Carlos Ferreira São Bernardo do Campo/SP

Bom saber que a Igreja Metodista dá honra a quem merece honra. Bispo Stanley sempre foi uma pessoa íntegra e que trabalhou bastante na vida da Igreja. Uma pessoa de que gosto muito. Rosângela da Silva Santos Porto Alegre/RS

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mo a um pedido pessoal do rei. No ponto crucial da peça, Sir Thomas More foi julgado falsamente por traição, mas não vendeu sua integridade. Em nossa vida, sem dúvida alguma, muitos/ as vão relembrar o passado em meio a lágrimas, como é o caso da maioria dos políticos bra­ sileiros que foram presos na Opera­ ção Lava Jato e, quem sabe, repetir constantemente: “Por que vendi minha alma em troca da fama, de prazeres físicos momentâ­ neos ou por dinheiro? Por que vendi minha integrida­ de por um preço?”. Outros/ as vão lembrar que tiveram a oportunidade de vender a integridade e não o fizeram e Deus os/as honrou. Iniciamos o ano falando de integridade, o mesmo tema das revistas para a Escola Do­ minical, que já estão disponíveis no site da Angular Editora, falamos também sobre as reuniões das lideranças nacionais e seus desdobramentos, demissões nas instituições metodistas. E não poderia deixar de abordar sobre as férias. Se for para o Nordeste este ano, não deixe de ler a reportagem das pági­ nas 6 e 7 desta edição. C

da Igreja Metodista

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Estimular o zelo evangelizador na vida de cada metodista, de cada igreja local;

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Revitalizar o carisma dos ministérios clérigo e leigo nos vários aspectos da missão;

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o discipulado 3 Promover na perspectiva da salvação, santificação e serviço;

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Fortalecer a identidade, conexidade e unidade da igreja;

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Implementar ações que envolvam a igreja no cuidado e preservação do meio ambiente;

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Promover maior comprometimento e resposta da igreja ao clamor do desafio urbano.

Que Deus nos dê um ano cheio de graça! Pr. José Geraldo Magalhães Editor-chefe | Expositor Cristão

“Servir com integridade é uma forte característica de um/a verdadeiro/a discípulo/a de Jesus Cristo. Na caminhada cristã, os desafios são constantes, mas quando se tem equilíbrio espiritual e postura de fé, tudo indica que as coisas chegarão no devido lugar. Integridade não é demostrada ao sermão de domingo, mas sim na vivência da segunda-feira.” Pr. Sueslhey José | Faria Lemos/MG

“A integridade vem do temor e tremor que temos a Deus. Por isso o/a cristão/ã deve permanecer focado/a em Cristo. Assim como Pedro pediu a Jesus para que ele pudesse ir ao seu encontro e o mestre disse vem. Ele foi, mas ao sentir o vento e as ondas ele deixou de olhar para o Senhor, cada vez que olhamos para as lutas diárias e deixamos de focar em Cristo, nós afundamos; precisamos estar com os nossos olhos fitos nEle.” Pra. Fatima Valente | Nova Iguaçu/RJ

"A palavra integridade significa estado ou característica daquilo que está inteiro, que não sofreu qualquer diminuição; plenitude e inteireza. A integridade cristã está diretamente relacionada ao caráter cristão que não sofreu nenhuma diminuição e permanece íntegro. A manifestação da integridade será no público e no privado, no coletivo e no íntimo.”

"Integridade tem como significado lealdade, verdade, fidelidade, sinceridade... Concluímos que são qualidades essenciais para todas as pessoas que desejam ter uma vida cristã pautada nos princípios da Palavra de Deus. Sendo esses atributos necessários e fundamentais para nos identificarmos como povo que reflete o caráter de Deus.”

Pr. Edison Araújo | São Bernardo do Campo/SP

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abemos que o tema definido pelo Colégio Episcopal para o próximo período eclesiás­ tico está relacionado à integridade. Quando comecei a fazer o espelho do jornal (pautas que entrariam na edição), pensei em abordar essa temática por ser tão importante na vida do ser humano. Recordei-me, então, da peça clássica de Robert Bolt “Um Homem para a Eternidade”, que relata a história de Sir Tho­ mas More. Ele se distinguiu como uma pessoa estudio­ sa, um bom advogado, em­ baixador e, por fim, como primeiro-ministro da In­ glaterra. Era um homem de absoluta integridade. A peça se inicia com as pala­ vras ditas por Sir Richard Rich: “Todo homem tem seu preço! Em dinheiro ou em pra­ zeres; títulos, mulheres, posses, sempre existe algo”. No decorrer da peça, o rei Henrique VIII aspirava separar-se da rainha Catarina e ca­ sar-se com Ana Bolena. Mas tinha um problema: o divórcio era proibido pela Igreja Católica. En­ tão, o rei Henrique VIII, sem querer ver suas von­ tades frustradas, estabeleceu que seus subordina­ dos jurassem apoiá-lo em seu plano de conseguir com êxito o divórcio. Sir Thomas More, que era amado e fascinado pelo povo, não o apoiava — sua consciência não admitia que assinasse o jura­ mento. Ele não se dispunha a submeter-se, mes­

Ênfases missionárias

OPINIÃO | INTEGRIDADE

Aposentadoria

SIGA A GENTE!

O preço da integridade! S

Nos caminhos da missão servem com integridade

Expositor Cristão Presidente do Colégio Episcopal: Bispo Luiz Vergílio Batista da Rosa Conselho Editorial: Camila Abreu, Bispa Hideide Brito Torres, Luis Mendes, Pr. Odilon Chaves, Nancy Vianna e Jorge Vidigal

Pr. Eliziario Lima Reis | São Bernardo do Campo/SP

Jornal Oficial da Igreja Metodista Fundado em 1º de janeiro de 1886 pelo missionário John James Ransom

Editor e jornalista responsável: Pr. José Geraldo Magalhães (MTB 79517/SP) Repórter: Sara de Paula Marketing e Produção Audiovisual: Rodrigo de Britos e Carolina Cardena Foto de Capa: kevron2001/iStock.com

Arte: Fullcase Comunicação Revisão: Adriana Giusti Tiragem: 30 mil exemplares Entre em contato conosco: (11) 2813-8600 | www.expositorcristao.com.br expositorcristao@metodista.org.br Av. Piassanguaba, 3031 - Planalto Paulista São Paulo/SP - CEP 04060-004

*A REDAÇÃO DO JORNAL EXPOSITOR CRISTÃO É RESPONSÁVEL POR TODAS AS MATÉRIAS NELE PUBLICADAS, COM EXCEÇÃO DE ARTIGOS E REFLEXÕES, QUE SÃO RESPONSABILIDADE DE SEUS/AS AUTORES/AS.


NACIONAL Janeiro de 2018 | www.expositorcristao.com.br

PALAVRA EPISCOPAL

Música e Arte © JOSÉ G. MAGALHÃES/EC

Bispa Hideide Brito Torres Presidente da 8ª Região Eclesiástica

Redação EC

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Departamento Nacional de Música e Arte da Igreja Metodista esteve reunido no dia 13 de dezembro nas dependências da Fa­ culdade de Teologia, em São Bernardo do Cam­ po/SP, para traçar o planejamento para os próxi­ mos anos. Os representantes regionais discutiram assun­ tos sobre o departamento, planos futuros distri­ tais, regionais e nacionais. Está previsto ainda um encontro nacional até o ano 2021. O coordenador nacional do departamento, Nelson Junker, con­ versou com o Expositor Cristão em uma entre­ vista para o Giro de Notícias do EC, programa que vai ao ar todas as sextas-feiras em formato de podcast. Na ocasião, Junker destacou os encontros dis­ tritais como foco para capacitar musicistas que estão envolvidos/as nas igrejas locais. Também disse que esses encontros serão espaços para tra­ balhar questões relacionadas aos hinos, coral e adoração. “Uma das coisas que queremos trabalhar são os encontros regionais. Queremos agregar o maior número de pessoas para discipular e trazer uma visão de santidade, integridade para fazermos em 2020 um encontro nacional. Queremos levar um grande número de representantes”, afirmou o co­ ordenador. Junker disse ainda sobre o encontro nacional daqui a dois anos. “Nossa proposta é fazer o en­ contro nacional em 2020, mas vamos trabalhar em dois anos os encontros distritais até chegar aos regionais focando uma única visão como princí­ pio de vida. Queremos levar o maior número pos­ sível ao nacional.” Em relação às estruturas didáticas dos encon­ tros distritais, provavelmente cada região irá de­ senvolver algo próximo de sua realidade. “Cada região vai trabalhar da melhor maneira”, decla­ rou Junker. A hinologia também está dentro do projeto música e arte. “Queremos tratar com bastante carinho a questão dos hinos com uma nova rou­ pagem, com novos arranjos, mas de uma maneira bem próxima à nossa realidade”, finalizou o coor­ denador. Rafael Herculano da 8ª RE deseja aplicar os en­ caminhamentos do departamento nacional na re­ gião. “Queremos levar para a 8ª Região o foco da adoração, arrependimento e unidade das igrejas para atuar nos trabalhos que serão desenvolvidos nos distritos”, disse Rafael. Warley da Silva Rosa, da 7ª RE relata os desafios regionais. “Estamos pensando como 7ª Região e queremos levar uma visão que possa ser seguida por todas as igrejas nos encontros distritais dan­ do suporte às igrejas locais. O nome do projeto será Casa de Adoração. Já temos um projeto pi­ loto em 2017 e este ano queremos estender para cada distrito e ampliar para toda a arte e adora­ ção. Em 2018 temos muita perspectiva de contri­ buir”, afirmou.

A integridade como valor inegociável do Evangelho

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evin DeYoung, um jovem pastor norte­ -americano, comenta que podemos ter dois amigos, dois hobbies ou dois empregos. Mas não dois senhores, porque escravidão é uma coisa absoluta. Jesus ensina que não é possível servir a dois senhores, porque a gente acaba amando a um e desprezando o outro (Mateus 6.24). Ou colocando as coisas de um em primeiro lugar e relegando ao outro as segundas opções. É interessante como coisas óbvias nos chocam. Sin­ to-me envergonhada em perceber o quanto em mim ainda se debate entre duas ideias, dois propósitos ou até mais! Como é fácil desviar-me do que é impor­ tante e dar valor ao secundário. Foi por isso que a Igreja se desviou muitas vezes da missão. Dividiu-se em partidos religiosos, assumiu posturas político­ -ideológicas de modo radical, perseguindo quem pensava diferente, e envolveu-se em causas sociais que, embora importantes e pertinentes, não eram a sua missão principal. Assim, mitigou-se o anúncio do Evangelho, da necessidade do arrependimento e da conversão para a salvação e a vida eterna em Jesus. Isso trouxe tantos problemas ao longo dos anos que até hoje estamos aqui, tentando acertar e ainda errando. Com nossos erros, fazemos pessoas sofre­ rem, nos afastamos do próximo e de Deus, damos um mau testemunho público ou recaímos nas te­ máticas dos sacerdotes e levitas que passam de lar­ go (Lucas 10.25ss). Ou nos debatemos a fazer mui­ tas obras, mesmo sem o crivo da fé (Tiago 2.14-26). Enfim, nos dividimos interiormente como pesso­ as e comunitariamente como corpo de Cristo. As divisões escandalizam. Os escândalos fazem com que as pessoas se afastem da fé. O afastamento leva à incredulidade. E a morte instala-se no lugar da vida plena que devíamos oferecer pelos méritos de Jesus, que morreu por nós. O Pastor Kingspride, missionário metodista no Gana, nos lembrou recentemente numa visita ao Brasil que a igreja tem feito muita coisa em nome de Deus que Deus não pediu para fazer. Tem se tornado uma prestadora de serviços ao invés de uma agência da graça. Tem condenado como um tribunal ao invés de entender que a promessa diz que o Espírito seria derramado sobre toda a car­ ne, e não apenas sobre as carnes que achamos mais pertinentes ou parecidas conosco. Que o Espírito de Deus está sobre lugares que a gente não admite e sobre pessoas com quem não gostaríamos de par­ tilhar o Evangelho. Duramente, nos advertiu que Deus chamou os/as judeus/as para serem os/as por­ tadores/as de suas boas-novas. Com a recusa da­ quele povo em abrir-se ao amor aos outros povos, resguardando só para si a aliança, Deus, em Cristo, levantou a Igreja. Mas bem pode ser que essa gra­ ça de sermos colaboradores e colaboradoras com Deus nos seja subtraída da mesma maneira, se também nos recusarmos a abrir nossa vida, cora­ ção e prática a amar ao próximo que Deus criou e não apenas o próximo que se parece conosco.

Tenho achado dura esta palavra. E é porque ela me confronta. Integridade é um estado de ser in­ teiro, sem rachaduras, sem manchas, ruga ou má­ cula. Um estado de uma pessoa capaz de alinhavar seu discurso e sua prática com a linha mesclada da coe­rência. Como isso é difícil! Prova disso é o quanto nós, como Igreja de Cristo, nos encontra­ mos em um estado de tensão, de separação e de dúvida que não opera a graça e o amor de Jesus. O desespero daí resultante, como lembra Kierkgaard, é o pecado que não tem perdão, a blasfêmia contra o Espírito Santo, porque no fundo, no fundo, esta­ mos a afirmar que Deus não pode fazer o que Ele se propôs nas Escrituras. Na prática, vivemos de modo oposto ao que pregamos. Nossa desintegra­ ção é visível aos olhos e escândalo para quem não crê. Como vencer esse pecado? Acredito que um passo importante é a gente co­ meçar pelo básico: o arrependimento. Nos/as cren­ tes, diz João Wesley, o arrependimento é o conhe­ cimento de si como ser humano pecador diante de Deus. Reconhecemos que a desintegração dos nossos valores compromete a integridade do nosso serviço e do nosso testemunho. Corremos o risco da injustiça, do desamor, da exploração de posições ou do poder do discurso, minamos a fé e a esperan­ ça das pessoas, descuidamos da família, do mundo como obra de Deus e prestamos um desserviço ao Evangelho de Cristo. Ao contrário, a integridade promovida pelo ar­ rependimento assume a cada dia o caráter espe­ rançoso e transformador da conversão. Kingspride nos mostrou em suas ministrações que Jesus era íntegro no propósito e na prática. Ele não quis ser rei nem aceitou honrarias no contexto judaico. Ele veio para levar as pessoas a uma experiência de sal­ vação e se manteve fiel a este propósito de cumprir a vontade do Pai. Por isso, ele ensinava de modo a formar uma base sobre a qual a pregação poderia levar a uma resposta mais efetiva do ouvinte. Uma vez ensinado e tendo respondido à pregação, este ouvinte, homem ou mulher, poderia receber a cura de seu corpo ou alma enfermados. E depois de fa­ zer isso, comovido pela multidão das ovelhas sem pastor, tocado pelo iminente prejuízo da colheita madura sem trabalhadores/as suficientes, Jesus compartilhou de si mesmo para gerar tais colabo­ radores/as (Mateus 9.35-38). A igreja que não é íntegra em seu arrependimen­ to, em seu caráter e em seu serviço pode colocar a perder todo o esforço de Jesus. O tempo de per­ cebermos isso e de nos movermos para a unidade do corpo e para a integridade prática é urgente e é agora. Se discípulos e discípulas nos caminhos da missão servem com integridade, os valores do Reino aparecem em tudo o que fazem, porque não apenas fazem o que Deus mandou, mas fazem do jeito como Deus faria – gerando justiça, paz e ale­ gria (Romanos 14.17).

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EDUCAÇÃO Janeiro de 2018 | www.expositorcristao.com.br

Os desafios da Rede Metodista de Educação © ACERVO UMESP

Pr. José Geraldo Magalhães

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Rede Metodista de Educação demitiu cerca de 50 professores/as da UMESP, segundo Sindicato dos Professores do ABC.

aumento significativo das par­ cerias entre a Rede Metodista de Educação e a Igreja Metodista, alinhando a comunicação entre Rede, Consad, Cogeam e Colé­ gio Episcopal.

mento de praticamente zerar o déficit até 2021 com caixa livre. De acordo com o diretor-ge­ ral, Robson Ramos de Aguiar, em entrevista realizada recente­ mente para o Expositor Cristão,

"A Rede Metodista de Educação, mesmo com a crise econômica no país, está com um planejamento de praticamente zerar o déficit até 2021 com caixa livre" foi retomado o foco na reorga­ nização educacional, no forta­ lecimento da confessionalidade por meio das pastorais escolares e universitárias (Conapeu), na reestruturação das dívidas, em melhorias nos resultados nas atividades educacionais e um © DIVULGAÇÃO NA INTERNET

m 1970, após a crise que atingiu a Faculdade de Te­ ologia, deixando-a apenas com nove alunos/as e a incerte­ za daqueles/as que atuavam na “Casa dos Profetas”, os/as pro­ fessores/as e poucos/as alunos/ as que restavam na instituição chegaram à conclusão de que era preciso fazer da “menina dos olhos da Igreja” uma ins­ tituição de âmbito maior, a tal ponto de não atender somente aos/às egressos/as do curso de teologia, mas toda a região do Grande ABCD. Foi a partir dessa decisão que foi apresentado ao Con­ cílio Geral, no mesmo ano, a autorização para transformar a Faculdade de Teologia em Insti­ tuto Metodista de Ensino Supe­ rior (IMS). No ano seguinte, o Conselho Federal de Educação autorizou o funcionamento da instituição, que teve no primei­ ro ano de atividades 325 alunos/ as aprovados/as no vestibular. Atualmente, de acordo com os números apresentados no 20º Concílio Geral, realizado em 2016, a Universidade Metodista de São Paulo conta com 23.320 alunos/as matriculados/as, 44 cursos de graduação, 21 cursos de graduação a distância, 16 de pós-graduação (Lato Sensu) e 9 de mestrado e doutorado (Stric­ to Sensu). São 630 docentes que, somados/as com os/as demais funcionários/as, chegam a 1.155 contratações trabalhistas. O fato é que as instituições metodistas, como diversos seg­ mentos da sociedade brasileira, passam por um processo de re­ vitalização para sobreviver ao cenário econômico instalado no país nos últimos anos. Hoje, a Rede Metodista de Educação, mesmo com a crise econômica no país, está com um planeja­

Docentes e alunos/as em defesa da UMESP foram às ruas no dia 15 de dezembro.

Dentre as ações de revitaliza­ ção das instituições estão tam­ bém a reorganização no quadro funcional. Logo, várias demis­ sões têm acontecido no últi­ mo quinquênio. Em dezembro de 2017, cerca de 50 docentes da UMESP foram demitidos/ as para seguir o cronograma da Rede Metodista de zerar a dívida nos próximos anos. Os números foram divulgados pelo Sindicato dos Professores do ABC (SINPRO ABC). A iniciativa gerou manifes­ tações de docentes, funcioná­ rios/as e alunos/as em frente à entrada lateral da UMESP no dia 14 de dezembro. Na mesma semana lideranças da Igreja Metodista – mesa do Colégio Episcopal (CE) e Coordena­ ção Geral de Ação Missionária (COGEAM) – estavam reuni­ das em São Paulo. Os dois co­ legiados já estavam atentos aos acontecimentos na UMESP e emitiram uma nota oficial dois dias após as demissões. A nota esclarece que a Igreja está em

oração pela gestão e pelas pes­ soas demitidas e, também não concorda com qualquer emis­ são que tenha sido por ques­ tões políticas como informou o SINPRO ABC. O texto publi­ cado no site nacional da Igreja destaca ainda que as demissões fazem parte do processo de re­ estruturação da Rede Metodis­ ta de Educação. Recentemente, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) suspendeu a liminar que dava o prazo de sete dias para que a Universidade Meto­ dista de Piracicaba (Unimep) restabelecesse o sistema Main­ frame, que foi substituído pelo Totvs – programas utilizados pelos alunos e docentes. A de­ cisão em primeira instância de­ terminava a prisão do diretor­ -geral da mantenedora, Robson Ramos de Aguiar, se o sistema não fosse retomado no tempo estipulado.

História

Não é a primeira vez que as instituições metodistas passam por situações desse tipo. A Uni­ versidade Metodista de Piracica­ ba (UNIMEP) viveu um quadro semelhante anos atrás. Apenas dois anos após ser instalada, um jornal da cidade comentou que o dia havia sido de grande júbilo para a cidade porque várias coi­ sas importantes haviam aconte­ cido: a criação da Universidade Metodista de Piracicaba e a vitó­ ria do time local. Mais tarde, na primeira quinzena de fevereiro de 1985, o Expositor Cristão pu­ blicou na Capa: “UNIMEP, uma crise sem precedentes”. O moti­ vo da matéria foi o fato ocorrido

no dia 12 de janeiro, quando o Conselho Diretor demitiu o en­ tão reitor, Elias Boaventura, e o vice, Almir Maia (ambos in me­ moriam), com a alegação de que a UNIMEP precisava saldar uma dívida de 10 bilhões de cruzeiros. A atitude virou manchete, inclusive no Expositor Cristão de 1985. “Ao eleger dois de seus membros para reitor e vice, o Conselho Diretor desencadeou uma reação e crise ainda não vista na história de uma ins­ tituição da Igreja, que teve re­ percussão em toda a sociedade brasileira e até no exterior.” Funcionários/as, docentes e alunos/as invadiram a UNI­ MEP para restaurar a autono­ mia da Universidade e reinte­ gração dos demitidos. A edição da 1ª quinzena de fevereiro informava que as demissões foram por meios legais e não infringiram a lei. Na ocasião, o Colégio Episcopal também se pronunciou com um texto assi­ nado pelo então presidente do CE, Bispo Nelson Luiz Campos Leite. Por fim, a crise iniciada em 12 de janeiro de 1985 levou a justiça a reconduzir Elias Boa­ ventura e Almir Maia nova­ mente à direção da UNIMEP. O posicionamento do Colégio Episcopal e da Cogeam referen­ te às demissões da UMESP é de apoio às decisões para a rees­ truturação da Rede Metodista, no entanto, não tolera decisões não baseadas no respeito e no diálogo. “O Colégio Episcopal intercede para que todas as decisões sejam aplicadas com base no respeito ao ser humano e segue em oração pelas famí­ lias das pessoas que foram de­ mitidas. A Igreja Metodista não apoia nem respalda processos que gerem um sentimento de humilhação e perseguição polí­ tica como divulgado pela mídia secular”, diz o texto publicado no site da Sede Nacional da Igreja Metodista.

A Rede Metodista em números

Somam mais de 53 mil alunos/ as matriculados/as em 2017 em duas universidades, dois centros universitários, duas faculdades isoladas e quinze colégios, além de ter mais de cinco mil profissionais empregados/as entre docentes e administrativos. A Rede Metodista tem atuado em cinco estados brasileiros, SP, RS, MG, RJ e PA, em cursos presenciais. Durante esse tempo de atuação, a Central de Serviços da Rede centralizou a contabilidade, secretaria, recursos humanos, financeiro, filantropia e marketing.


NACIONAL

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Janeiro de 2018 | www.expositorcristao.com.br

Lideranças discutem assuntos sobre a Rede Metodista de Educação

Angular Editora registra

sucesso de vendas

nos últimos lançamentos A empresa traz novas obras de qualidade para o mercado editorial brasileiro

© RODRIGO DE BRITOS/EC

A Cogeam realizou a última reunião de 2017 e discutiu assuntos da Rede Metodista de Educação.

A

mesa do Colégio Epis­ copal (CE) da Igreja Metodista se reuniu em dezembro, na Sede Nacional da organização, em São Paulo. A reunião precedeu o encontro da Coordenação Geral de Ação Mis­ sionária (Cogeam), que ocorreu na mesma semana. O encontro dos colegiadosa­ contece regularmente para que as lideranças tenham a oportu­

nidade de discutir os assuntos que permanecem sobre a mesa e iniciar o planejamento que in­ terfere na vida e missão da Igre­ ja para 2018. Uma das pautas tratou sobre assuntos da Rede Metodista de Educação, tendo em vista, as demissões ocorridas na Univer­ sidade Metodista de São Paulo no dia 13 de dezembro. Segun­ do o Sindicato dos Professores

do ABC, foram 50 pessoas de­ mitidas na ocasião. Os dois colegiados, CE e Coge­ am, receberam professores/as da FaTeo e representantes da Rede Metodista de Educação para ouvir e serem ouvidos/as a respeito das demissões na UMESP. Posterior­ mente, os órgãos emitiram uma Nota Oficial a respeito do assunto, que foi publicada no site nacional da Igreja. Confira abaixo.

PRONUNCIAMENTO DO COLÉGIO EPISCOPAL SOBRE AS DEMISSÕES NA UMESP Nós, Bispos e Bispas da Igreja Metodista e Coordenação Geral de Ação Missionária (COGEAM), informamos diante das demissões que aconteceram esta semana na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP): A Rede Metodista de Educação é a organização gestora dos Institutos Educacionais Metodistas e responsável pela administração dos Colégios, Escolas e Universidades que atentem mais de 53 mil alunos e alunas em todo o país. Temos ciência de que a Rede Metodista, diante da crise econômica nacional, tem buscado realizar uma reorganização estrutural com base no fortalecimento da confessionalidade por meio das pastorais escolares e universitárias (Conapeu), zerar as dívidas bancárias e melhorias nos resultados das atividades educacionais. Outro objetivo dessa reestruturação é gerar uma melhora significativa no relacionamento entre a Rede Metodista de Educação e a Igreja Metodista, alinhando a

comunicação entre Rede, Conselho Superior de Administração (Consad), Coordenação Geral de Ação Missionária (Cogeam) e Colégio Episcopal. É com base nesses esforços que tomamos conhecimento da metodologia de recuperação assumida pela atual gestão da UMESP, reafirmamos que não há projeto de desmobilização e desmonte de nenhuma de nossas instituições, mas o processo de melhorias e apoio aos alunos e alunas que frequentam nossas instituições. As demissões que aconteceram recentemente fazem parte do processo de reestruturação da Rede Metodista de Educação. Contudo, o Colégio Episcopal intercede para que todas as decisões sejam aplicadas com base no respeito ao ser humano e segue em oração pelas famílias das pessoas que foram demitidas. A Igreja Metodista não apoia nem respalda processos que gerem um sentimento de humilhação e perseguição política como divulgado pela mídia secular. Reafirmamos que estamos em oração para que Deus amenize a dor de todos e todas que não ocupam mais seus cargos na Universidade Metodista de São Paulo.

Incentivamos as pessoas responsáveis pelas tomadas de decisões a lembrar diariamente que devemos preservar as instituições metodistas para que o maior número possível de funcionários/as seja mantido no trabalho e para que nossa missão e compromisso com a educação, que já completaram 150 anos de história no Brasil, permaneçam sem interferências políticas, mas, sobretudo, sob orientações do Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Para manter os propósitos e ideais wesleyanos devemos nos manter firmes e unidos/as em oração por todos os institutos educacionais. Conclamamos nossas Igrejas a orarem e intercederem para que todas as decisões passem pelo crivo desses valores. São Paulo, 15 de dezembro de 2017 Colégio Episcopal da Igreja Metodista Coordenação Geral de Ação Missionária – Cogeam (2017-2021)

Angular Editora en­ cerrou o ano de 2017 com reconhecimento no mercado editorial cristão e com leitores/as que têm se identificado com o conteúdo difundido pela empresa. Ela é responsável por publicar os materiais da Igreja Meto­ dista, Faculdade de Teologia (FaTeo), além de materiais de qualidade voltados para mis­ são, estudos bíblicos e disci­ pulado para todas as idades. Durante o ano, a empre­ sa passou por atualizações, abriu uma nova livraria na Universidade Metodista de São Paulo e teve duas pu­ blicações reconhecidas pelo prêmio Areté, que destaca publicações de excelência no meio editorial cristão. Uma delas foi o Jornal Expositor Cristão, consagrado pelo terceiro ano consecutivo como melhor Jornal Cristão do Brasil. O Programa Mais Um Pouco também foi pre­ miado, na categoria “mídia”. A série de vídeos é produzi­ da pelo Departamento Na­ cional de Escola Dominical e Coordenação Nacional de Educação Cristã (CONEC) da Igreja Metodista. A pre­ miação aconteceu durante a Feira Literária Internacional Cristã (FLIC).

Últimos lançamentos

No mês de dezembro a editora realizou dois novos lançamentos para o merca­ do editorial cristão. O livro “Corajosas”, escrito pela Bis­ pa metodista Hideide Brito Torres, e o livro “Caminha­ da Diária”, organizado pela missionária Hope Owsley. Durante o 2º Concílio Regional da 8ª Região Ecle­ siástica, realizado entre os dias 24 e 26 de novembro, em Brasília/DF, aconteceu a divulgação oficial do li­ vro “Corajosas”, que traz as histórias de 12 mulheres presentes no texto sagrado. O momento do lançamento permitiu que os conciliares tivessem o livro autografado pela autora. “Foi um tempo

© ARQUIVO/EC

Sara de Paula

muito extraordinário de Deus. O livro foi muito bem acolhi­ do. As mulheres e também os homens ficaram muito entu­ siasmados/as com a obra e acre­ dito que já tenha dado uma boa repercussão em várias igrejas locais, porque foi um material produzido para grupos de es­ tudo, reflexão pessoal e outros momentos em que a igreja possa compartilhar a palavra de Deus pensando nas questões da mu­ lher”, contou a Bispa Hideide. Não foi diferente com o livro “Caminhada Diária”. O evento aconteceu na cidade de São Pau­ lo, na Igreja Metodista Livre no bairro de Mirandópolis. As pes­ soas que chegavam ao local, no dia 7 de dezembro, procuravam a oportunidade de conhecer Hope Owsley, a autora responsá­ vel por adaptar e contextualizar a obra de Wesley na publicação que incentiva uma caminha diá­ ria e um cristianismo autêntico, com linguagem acessível. Entre os/as presentes esta­ va o Bispo Honorário Nelson Luiz Campos Leite, além de Ildo Mello, Bispo da Igreja Me­ todista Livre, responsável por introduzir a mensagem oficial da noite com Hope Owsley. A autora norte-americana é pós­ -graduada em Teologia Wes­ leyana e missionária da Igreja Metodista Livre no Brasil desde 1988. O Bispo Emérito Adriel de Souza Maia, editor nacional do no Cenáculo, esteve presente no evento e comentou a mensagem trazida pela autora. “A reflexão que ela desenvolveu foi exata­ mente destacar a importância de Wesley no contexto da igreja evangélica. Redescobrir Wesley, o que ele disse, o que ele ainda continua falando para nós. E esse é um trabalho muito im­ portante”, afirmou o Bispo. /// Para adquirir esses e outros lançamentos da Angular Editora acesse o site: www.angulareditora.com.br ou ligue para (11) 28213-8605.


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MISSÕES Janeiro de 2018 | www.expositorcristao.com.br

Avanço missionário na 4ª Região Eclesiástica

Sendo a missão levar salvação para o corpo e a alma, o pastor Abijaudi afirma que “há ainda os desafios de cuidar de pessoas que se encontram em situações de risco e fragilidade, muitas pessoas que se preocupam com o que comer e o que vestir. Pes­ soas com relacionamentos fami­ liares complicados e que são, por isso, carentes de abraço e afeto”. Esperança, fé e comprometi­ mento são a motivação para o

avanço missionário. “Acredi­ tamos e trabalhamos para um metodismo forte e relevante no Sul de Minas, capaz de in­ fluenciar a cidade em direção a Deus, e assim espalhar a santi­ dade bíblica sobre toda a terra na certeza de que o mundo é a nossa paróquia", declara o pas­ tor Douglas Bortone. Billy Fádel Pastor metodista e correspondente do EC na 4ª Região Eclesiástica

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existência da Igreja está exata­ mente no fato desta se expressar na sua ação missionária. Isso significa sinalizar e tornar cada vez mais presente, mais difun­ dida, na história, na vida das pessoas, o Reino de Deus”.

Plantação de Igrejas

Nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo ao todo foram 29 trabalhos missionários inicia­ dos, sendo 22 em terras mineiras e 7 em terras capixabas. Na cidade de Pouso Alegre em Minas Gerais, o Rev. Douglas Bortone, no ano de 2014, iniciou o trabalho de plantação de igre­ ja. “Nosso desafio foi estabelecer discípulos/as, buscando compre­ ender o nosso papel na missão de Deus a fim de gerar uma igre­ © ARQUIVO DISTRITO MS I

o 43º Concílio Regio­ nal da 4ª Região Ecle­ siástica, a ação missio­ nária foi um dos destaques no conclave, como também a ex­ pansão da Igreja na região. Se­ gundo a estatística regional, a Região obteve um crescimento de 5,38% em 2015 equivalente a 2.012 novos membros e 3,75% em 2016 resultando em 2,3 mil novas recepções. “Não é uma missão fácil, mas como disse Jesus Cristo: ‘maior é aquele que serve’”, disse o Rev.mo Bis­ po Roberto Alves de Souza no relatório episcopal. O Plano Regional de Ação Missionária apresentou propos­ tas que irão nortear o avanço missionário na Região. O do­ cumento destaca: “A razão da

O Distrito MS 1, em Campo Grande MS, realizou no dia 5 de dezembro o último encontro pastoral de 2017 em clima de confraternização. O propósito do distrital foi de se despedir dos pastores que estão deixando o Distrito e também acolher um novo pastor e nova pastora que a ele estão chegando.

ja relevante em meio a cultura emergente que vivemos”, disse. Mesmo a cerca de 200 quilô­ metros do campo missionário e ainda seminarista na Faculdade de Teologia (FaTeo), iniciou as atividades nos lares durante seis meses. Em seguida, com o cres­ cimento do número de pessoas que participavam dos trabalhos, logo estavam realizando cele­ brações no anfiteatro de um ho­ tel da cidade. “Durante esse pe­ ríodo, tivemos uma experiência muito proveitosa. Realizamos programa de rádio diariamente, participação em programas de TV local, ação social, formação de liderança e os primeiros ba­ tismos”, afirmou Bortone.

Presbíteros/as e missionários/as

Assim, com a expansão do campo missionário, cresce tam­ bém as responsabilidades e os desafios ministeriais. O pastor Bortone iniciou a missão em Pouso Alegre/MG ainda semi­ narista e hoje é presbítero eleito no 43º Concílio Regional. Quem também passou o período pro­ batório em campo missionário foi o pastor André Yuri Gomes Abijaudi. “Pastorear um Campo Missionário não é tarefa fácil. Além das demandas pastorais existentes em uma igreja autô­ noma (cultos, pregações, atendi­ mentos, aconselhamentos, etc.), há também muitas outras de­ mandas e desafios”, relata o pas­ tor do campo missionário distri­ tal, no bairro Córrego do Ouro, na cidade de Santos Dumont, em Minas Gerais.

© ARQUIVO EC

Bispo Roberto Alves de Souza no 43º Concílio Regional apresenta crescimento da Região.

© VANESSA RAMPINELLI

Igreja Metodista em Barbacena realiza a segunda corrida solidária

Corrida em Barbacena/MG reuniu cerca de cem participantes.

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o dia 26 de novembro de 2017 a Igreja Me­ todista em Barbace­ na-MG realizou a 2ª corrida solidária, em prol do Projeto Help, que faz parte da área de ação social da Igreja. O evento reuniu mais de cem pes­soas/atletas na cidade da Zona da Mata Mineira. O projeto “é uma forma de esforço da Igreja para que na terra seja feita a vontade do Pai. Sob a ação do Espírito Santo, nos envolvemos em alternativas de amor e justiça que renovam a vida” (Câno­ nes - Do Plano Para Vida e Missão). Este projeto social nasceu da demanda da cidade de Barbacena, tendo em vista que está localizada às mar­ gens da BR 040 e, com isso, o número de moradores/as em situação de rua tem se elevado cada dia mais. Muitos/as desses/as mora­ dores/as em situação de rua possuem apenas necessida­ des simples, as quais temos atendido. Outros tipos de

necessidades que não temos su­ porte para atender, encaminha­ mos para os órgãos competentes de nossa cidade. Atualmente o Projeto Help trabalha com moradores/as em situação de rua e outras pessoas que estão de passagem, ofere­ cendo banho e café da manhã e a ministração da Palavra, além de auxiliar famílias carentes. O Projeto Help participa da construção do Reino de Deus, promovendo a vida num estilo que seja acessível a todas as pessoas. Procurando solucionar as necessidades pessoais, sociais, de trabalho, saúde, espirituais e outras que são fundamentais para a dignidade humana, vi­ sando à restauração da integri­ dade do ser humano e do seu ambiente de vida. “…Corramos a carreira que nos está proposta, fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé…” (Hebreus 12.1b e 2a). /// Colaboraram: Coord. do Ministério de Ação Social |Márcia Cristina Carvalho Albino Pastora Rosemary Barbosa | Igreja Metodista em Barbacena/MG


MISSÕES

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Natal em comunidade Novo templo é

inaugurado em Porto Alegre

© ARQUIVO 2ª RE

© JOSÉ G. MAGALHÃES

Janeiro de 2018 | www.expositorcristao.com.br

Natal em comunidade foi o nome da peça teatral apresentada para a vizinhança de Jardim Ipê, em S.B. do Campo/SP. Redação EC

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celebração de Natal na Igreja Metodista no Jar­ dim Ipê, em São Bernar­ do do Campo/SP, iniciou com uma peça teatral na rua, em frente à Igreja, no dia 17 de de­ zembro. Cerca de cem pessoas estavam assistindo à encenação que narrou a história da chega­ da do Messias. O pastor Eliziário Lima Reis realizou essa atividade pela primeira vez e, segundo ele, foi uma experiência marcan­ te. “É a primeira vez que ini­

cio uma celebração de Natal na rua. Acredito que essa é a prática que nós, como Igreja, precisamos ter não somente na celebração do Natal, mas em todas as programações da Igre­ ja. Precisamos sair além dos espaços da Igreja para levar as boas-novas da salvação”, disse o pastor já pensando em repe­ tir o feito no próximo ano. Outra irmã que nunca pre­ senciou tal atividade foi Pieda­ de. “Fiquei emocionada, porque há mais de 40 anos que estou aqui na Igreja e nunca tivemos esse Natal na rua”, destacou. Jaqueline Barreto de Souza

enfatiza como surgiu essa inicia­ tiva. “A ideia inicial era sair do templo para celebrar em comu­ nidade. Hoje há um constran­ gimento de as pessoas entrarem no templo, por isso a Igreja saiu às ruas como nos tempos de Jesus. Celebrar o Natal é dizer que, nesse tempo de crise, Jesus é importante; Jesus veio como família, e essa representativida­ de da Igreja é trazer boas-novas para todas as pessoas”, disse. A peça foi ensaiada em apenas três semanas antes do Natal, e o Ex­ positor Cristão esteve lá acom­ panhando de perto o Natal em comunidade. Bispo Luiz Vergílio, à direita, inaugurou o novo templo em Passo das Pedras, na cidade de Porto Alegre/RS. Ao seu lado, o Pastor Geovanilson Rodrigues.

© CONFEDERAÇÃO METODISTA DE HOMENS

Confederação Metodista N de Homens se reúne no Rio

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Confederação Metodista de Homens esteve reu­ nida nos dias 2 e 3 de dezembro no Rio de Janeiro/ RJ, nas dependências do Hotel Novo Mundo, para avaliar sua caminhada e planejar o ano de 2018, quando será realiza­ do o Congresso Nacional dos

Homens. Estiveram presentes representantes de todas as fede­ rações, com exceção da REMA. O encontro teve início com uma ministração do Bispo Ro­ berto de Souza Alves, assessor episcopal da Confederação, com transmissão remota, que nos chamou a atenção para a

responsabilidade que nós, da liderança, temos de chamar ou­ tras pessoas para a capacitação. O encontro foi marcado por muita descontração e unidade entre as pessoas presentes, que escolheram o tema “Homens Metodistas servem com inte­ gridade”, a ser desenvolvido em todas as regiões no ano de 2018. O encontro foi encerrado na igreja Metodista de Vila Isabel, onde a mesa da confederação e os presidentes das federações foram convidados a participar do culto e a servirem a ceia do Senhor aos/às irmãos/ãs daque­ la igreja, junto com os pastores da igreja, Lúcio de S. Ferreira, Tiago M. da C Silva e Edmar L. da Silva. /// Informou: Marcus Silva Presidente da Confed. Metodista de Homens

a manhã do dia 17 de dezembro, o Rev­ mo. Bispo Luiz Vergí­ lio Batista da Rosa inaugu­ rou o novo templo da Igreja Metodista no bairro Passo das Pedras, em Porto Ale­ gre/RS. Além dos membros da Igreja estavam presentes vizinhos/as e convidados/as, entre eles/as integrantes das mesas das Federações de Mulheres, Homens e Jovens; representantes da Coor­ denação Regional de Ação Missionária (COREAM) e Ministério de Apoio Episco­ pal (MAE). Foi um dia muito especial para todos/as; um ano e dois meses a contar da data da demolição do antigo templo de madeira, já muito casti­ gado pelo tempo. “Era um sonho de mais de 40 anos que estava ali se concreti­ zando”, disse o atual pastor titular da Igreja, Geovanil­ son Rodrigues da Silva, que coordenou os trabalhos des­ de a sua concepção, quando

ainda era apenas a ponte de ne­ gociações entre a comunidade e o Projeto Regional de Revitali­ zação de Igrejas. Com a inauguração do novo espaço, a Igreja Metodista em Passo das Pedras conta com um amplo salão de culto, dois ba­ nheiros já projetados com aces­ sibilidade, cozinha e salão so­ cial com rampa de acesso para cadeirantes. O projeto de construção do novo templo foi rápido e con­ tou com a ajuda dos/as irmãos/ ãs da igreja, área regional e a valorosa contribuição de par­ ceiros e parceiras que auxilia­ ram missionariamente. Agora é tempo de trabalho, como disse o Bispo em seu ser­ mão de inauguração, “este tem­ plo não pertence a uma pessoa ou a um grupo, ele pertence ao Reino”, é de todos e todas. A Igreja Metodista está localizada no bairro de Passo das Pedras, rua Maracanã 103, Porto Alegre/RS /// Com informações do site 2ª RE.


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CAPA Janeiro de 2018 | www.expositorcristao.com.br

a mim, andarei Um “Quanto na minha integridade” homem para a

eternidade (Salmo 26.11)

Pr. osé Geraldo Magalhães

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clássica peça de Robert Bolt "O homem que não vendeu a sua alma" (no Brasil) e "Um homem para a eternidade" (em Portugual), levada para o cinema por Fred Zinnemann, vencedora de seis óscares em 1967, incluindo o de melhor filme, relata a histó­ ria de Sir Thomas More. Ele se distinguiu como uma pessoa estudiosa, um bom advogado, embaixador e, por fim, como primeiro-ministro da Inglater­ ra. Era um homem de absoluta integridade. A peça se inicia com as palavras ditas por Sir Richard Rich: “Todo homem tem seu preço! (…) Em dinhei­ ro também. (…) Ou em praze­ res. Títulos, mulheres, posses, sempre existe algo”. No decorrer da peça, o rei Henrique VIII aspirava sepa­ rar-se da rainha Catarina e casar-se com Ana Bolena. Mas tinha um problema: o divórcio era proibido pela Igreja Católi­ ca. Então, o rei Henrique VIII, sem querer ver suas vontades

frustradas, estabeleceu que seus su­ bordinados jurassem apoiá-lo em seu plano de conseguir com êxito o divórcio. Mas existia outro pro­ blema. Sir Thomas More, que era amado e fascinado pelo povo, não o apoiava — sua consciência não admitia que assinasse o juramento. Ele não se dispunha a submeter-se, mesmo a um pedido pessoal do rei. Consequentemente, surgiram as provações. Seus amigos tentaram persuadi-lo. A pressão foi grande, mas não cedeu. Ele foi desprovido de sua riqueza, de sua família e car­ go que ocupava por não assinar tal documento que colocava em xeque sua integridade. No final, foi jul­ gado falsamente por sua vida, mas ainda assim não fraquejou. Tiraram-lhe seu poder político, seu dinheiro, família e amigos — e iam tirar-lhe também a vida — só não podiam mesmo era tirar-lhe a integridade porque ela não estava à venda por preço algum. No ponto crucial da peça, Sir Thomas More foi julgado falsa­ mente por traição. Sir Richard Rich cometeu o perjúrio necessário para condená-lo. Quando Sir Richard saía do tribunal, Sir Thomas More

lhe indagou: “Você está usando um emblema de cargo. (…) Do que se trata?”. O promotor Tho­ mas Cromwell responde: “Sir Richard foi nomeado Procura­ dor-Geral do País de Gales”. More então olhou para Rich com um desprezo enorme e reba­ teu: “Pelo País de Gales? Ora, Ri­ chard, de nada vale um homem trocar a alma pelo mundo inteiro. (...) mas pelo País de Gales!” Em nossa vida, sem dúvida al­ guma, muitos/as vão relembrar o passado em meio a lágrimas, como é o caso da maioria dos políticos brasileiros que foram presos na Operação Lava Jato e, quem sabe, repetir constan­ temente: “Por que vendi minha alma em troca do País de Gales ou da fama, de prazeres físicos momentâneos, ou por dinhei­ ro, ou da aprovação de meus/ as amigos/as? Por que vendi mi­ nha integridade por um preço?”

Integridade: uma pastoral

Como na peça relatada aci­ ma, a integridade é inegociá­ vel, aliás, também é o tema da palavra episcopal da Bispa Hi­ deide Brito Torres, publicada na página 3. No texto, em dado momento, a Bispa volta às raí­ zes. “Acredito que um passo importante é a gente começar pelo básico: o arrependimento. Nos/as crentes, diz João Wesley, o arrependimento é o conheci­ mento de si como ser humano pecador diante de Deus. Reco­ nhecemos que a desintegração dos nossos valores compromete a integridade do nosso serviço e do nosso testemunho. Cor­ remos o risco da injustiça, do desamor, da exploração de po­ sições ou do poder do discurso, minamos a fé e a esperança das


CAPA

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Janeiro de 2018 | www.expositorcristao.com.br pessoas, descuidamos da famí­ lia, do mundo como obra de Deus e prestamos um desservi­ ço ao Evangelho de Cristo”. O Colégio Episcopal publicou, em novembro, a Carta Pastoral sobre Integridade, tema a ser de­ senvolvido no próximo período eclesiástico. “Aspectos importan­ tes da integridade, seu conceito no contexto do tema e como construir a integridade à luz dos valores e princípios da Palavra de Deus e de sua prática em nossos tempos atuais”, diz logo na intro­ dução do documento. Nota-se que a integridade preocupa a Igreja, pois trata-se de uma vida reta diante de Deus e dos/das homens/mulheres. O Bispo presidente da 4ª Região Eclesiástica, Roberto Alves de Souza, relembrou a postura de Jó. “A única maneira de agradar a Deus é sendo íntegro como Jó o foi; isto é um dever de todo/a discípulo e discípula que serve a Jesus Cristo”. Na Pastoral, o documento traz alguns apontamentos para estu­ dos em pequenos grupos, escola dominical, entre outros. O do­ cumento completo está dispo­ nível no site da Igreja Metodista em www.metodista.org.br.

Andar nos caminhos da integridade

No Jardim do Éden, Satanás se rebelou e levantou uma ques­ tão a respeito da legitimidade de Deus sobre toda a sua cria­ ção. Mais tarde, tentou levar vantagem em um discurso ao dizer que os/as homens/mulhe­ res só serviam a Deus se fosse em troca de algo (Jó 1.9-11; 2.4). Dessa forma, a integridade hu­ mana tornou-se importante para a vida dos seres humanos, mesmo que a soberania de Deus não dependa da integridade de suas criaturas, os homens e mulheres, espiritualistas ou

não, podem tomar partido nes­ que andou “com integridade de der àquele que nos escarnece” sa questão ao escolherem levar coração” (1 Reis 9.4). Por quê? (Provérbios 27.11). Com boa ra­ uma vida de testemunho, com Porque Davi amava a Deus. Seu zão, então, podemos ter a mes­ integridade. coração estava completamente ma determinação de Jó: “Até eu A integridade do ser humano voltado para Deus. Ele reconhe­ expirar não removerei de mim está sempre em julgamento pelos/ ceu prontamente seus erros e a minha integridade!” (Jó 27.5). as próprios/as homens/mulheres, aceitou a repreensão, mas princi­ O Salmo 26 mostra o que nos ou pelos tribunais, como vimos palmente corrigiu seu caminhar ajudará a andar em integridade. no início deste texto no caso do com Deus. De fato, a integridade Sir Thomas More, que foi julgado de Davi é evidente na sua devo­ Andar com integridade falsamente por traição. ção e amor sinceros a seu Deus, à luz da Bíblia Jó e Davi em dado momento como bem relata o texto de Deu­ Davi andou na verdade de almejavam que Deus avaliasse teronômio 6.5-6. Deus. “A tua benevolência está e julgasse o povo, mas sempre A integridade não se encur­ diante dos meus olhos”, prosse­ reafirmavam a sua integridade. ta a certo aspecto da conduta guiu Davi, “e tenho andado na O próprio Jó chegou a dizer: “Se do ser humano, ou até mesmo tua verdade” (Salmo 26.3). Davi andei com falsidade, e se o meu como uma devoção religiosa. conhecia muito bem os atos de pé se apressou para o engano; Ela engloba toda a maneira de benignidade de Deus e medita­ pese-me Deus em balanças fiéis ser na vida das pessoas. Por ve­ va neles com apreço. Esse é um e conhecerá a minha integrida­ zes escutamos: “Como ‘fulano’ ponto importante. Por várias de” (Jó 31.5-6). é uma pessoa íntegra!”. Davi vezes Davi cantava “Bendize ao O que o Rei Senhor, ó minha Davi desejava alma”, e comple­ "Acredito que um passo importante tava “e não te es­ que Deus inspe­ cionasse mesmo queças de todos é a gente começar pelo básico: o era sua integrida­ os seus atos”. de quando orou: arrependimento. Nos/as crentes, diz E para recordar “Julga-me, Se­ um desses atos, João Wesley, o arrependimento é o o Salmo nhor, pois tenho 103.2,6andado em mi­ conhecimento de si como ser humano 10 nos ajuda: “O nha integridade; Senhor faz justiça pecador diante de Deus" tenho confiado e juízo a todos os Bispa Hideide Brito Torres também no Se­ oprimidos. Fez nhor; não vaci­ conhecidos os larei” (Salmo 26.1). Claro que “andou” na sua integridade. O seus caminhos a Moisés, e os não podemos esquecer que Davi verbo “andar” denota o modo seus feitos aos filhos de Israel. desviou-se da integridade quan­ como a pessoa “anda na vida” Misericordioso e piedoso é o do colocou Urias à frente das ou seu “estilo de vida”. E, para Senhor; longânimo e grande batalhas para tomar sua esposa fazer isso, é preciso apegar­ em benignidade. Não reprovará Betsabá. O Salmo 51 relata que a -se fielmente a Deus e aos seus perpetuamente, nem para sem­ integridade passa pelo arrepen­ princípios, mesmo em circuns­ pre reterá a sua ira. Não nos tra­ dimento, como bem lembrou a tâncias desfavoráveis, como no tou segundo os nossos pecados, Bispa Hideide na palavra epis­ caso de Sir Thomas More, que nem nos recompensou segundo copal publicada nesta edição. não vendeu a integridade por as nossas iniquidades”. Afinal, como podemos andar no preço algum. Talvez Davi tivesse em mente caminho da integridade e o que Quando suportamos as di­ os maus-tratos que os/as israe­ pode nos ajudar a manter uma ficuldades e provações e nos litas sofreram às mãos dos/as integridade que agrade aos olhos mantemos firmes nas verdades egípcios/as nos dias de Moisés. do Senhor? bíblicas, apesar de adversida­ Nesse caso, refletir sobre como Manter a integridade não exi­ des e tentações do mundo ím­ Deus tornou conhecidos a Moi­ ge perfeição. O Rei Davi era im­ pio, nossa integridade se torna sés os seus caminhos, pelo modo perfeito e cometeu vários erros mais forte, fica evidente. Nós como libertou seu povo, com graves na vida. No entanto, a Bí­ “alegramos o coração de Deus”, certeza tocou o coração de Davi blia se refere a ele como homem porque assim Ele pode “respon­ e reforçou sua determinação de

andar na verdade de Deus. Outro exemplo de integridade aconteceu com José, que fugiu das investidas imorais da espo­ sa de Potifar (Gênesis 39.7-12). E se formos tentados/as por opor­ tunidades de alcançar riqueza, poder, fama no mundo secular, temos o exemplo de Moisés, que recusou as vantagens oferecidas no Egito (Hebreus 11.24-26). Ter em mente a perseverança de Jó sem dúvida nos ajudará a refor­ çar nossa determinação de con­ tinuar leais ao Senhor, mesmo diante das adversidades, doen­ ças, desempregos e outras situa­ ções que tentam tirar nossos olhos do caminho da integrida­ de. Não vale a pena vender nossa integridade. Se formos vítimas de perseguição, é bom recordar o exemplo dos três jovens que não se curvaram diante da está­ tua de Nabucodonosor e foram lançados na cova dos leões (Da­ niel 6.16-22). Ainda no Salmo 26, Davi concluiu suas expressões a Deus dizendo: “Quanto a mim, anda­ rei na minha integridade. Oh! Redime-me e mostra-me favor. Meu próprio pé certamente ficará posto em lugar plano; bendirei ao Senhor no meio das multidões congregadas” (Sal­ mo 26.11-12). A firme decisão de Davi de ser uma pessoa ín­ tegra, reta diante de Deus e dos homens está atrelada com seu apelo por redenção. Não vale a pena vender nossa integridade, como disse Sir Ri­ chard Rich: “Todo homem tem seu preço! (…) Em dinheiro também. (…) Ou em prazeres. Títulos, mulheres, posses, sem­ pre existe algo”. A integridade à luz do evangelho é inegociável! Apesar de nossa condição peca­ minosa, Deus sempre nos aju­ dará a reerguer se estivermos decididos/as a andar no cami­ nho da integridade.


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METODISMO Janeiro de 2018 | www.expositorcristao.com.br


METODISMO

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Caráter cristão e integridade

são temas das revistas de Escola Dominical Redação EC

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caminhada cristã é re­ pleta de desafios, sendo que o maior deles é a integridade diante de Deus e da sociedade. Integridade tem a ver com inteireza, ou seja, com­ prometimento absoluto com o que se acredita. Nós, povo de Deus, somos um povo íntegro por meio da preciosa presença de Jesus Cristo e do seu Espírito que nos orienta. Em tempos em que a falta de ética e a integridade são evidenciadas nos escândalos sobre corrupção, precisamos ter sobriedade e vigilância. “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimen­ tos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmanda­ de espalhada pelo mundo” (1 Pedro 5.8-9).

Se a maldade e a desonesti­ dade estão presentes em uma sociedade corrupta, a integri­ dade e a bondade são valores inestimáveis no Reino de Deus e, portanto, marcas de uma vida de santidade. Só venceremos à medida que resistirmos firmes na fé e, quanto mais estudamos e aprendemos sobre a razão da nossa fé, isto é, Jesus Cristo, mais condições teremos de permane­ cer com integridade diante desse mundo injusto e violento. Caráter cristão e integridade são os principais temas da nova edição das revistas para Escola Dominical trabalhados a par­ tir de diferentes estudos, entre os quais encontramos algumas parábolas de Jesus e sermões de John Wesley (A Cura da Ma­ ledicência; Quase Cristãos; A Imperfeição do Conhecimen­ to Humano e A Negação de Si Mesmo) e duas lições para o tempo de Páscoa. O título desta edição da Co­ leção Bem-Te-Vi é “Palavra que ensina amar” e a cada encontro

as crianças e pré-adolescentes poderão aprender sobre os va­ lores do Reino de Deus que nos ajudam a viver com integridade em nosso relacionamento com Deus e com as pessoas. Através de algumas histórias bíblicas e de ensinamentos de Jesus e do apóstolo Paulo, são vistos que valores como justi­ ça, solidariedade, amizade, hu­ mildade, misericórdia e tantos outros são muito preciosos e precisam fazer parte da vida de quem deseja viver conforme a vontade de Deus.

As revistas da Escola Dominical

As revistas da Escola Domi­ nical, ao longo da sua história, colaboram, através do estudo compartilhado, para o conheci­ mento das Escrituras, a maturi­ dade cristã e a formação missio­ nária dos discípulos e discípulas de Jesus Cristo. Os títulos aten­ dem a todas as faixas etárias, in­ cluindo um material específico para a equipe docente.

Atualmente são publicadas as seguintes revistas: Coleção Bem-Te-Vi: Bem-te-vi Crescer 0-3 anos – para profes­ sores/as; Bem-te-vi Jardim (4-6 anos), Bem-te-vi (7-9 anos), Bem-te-vi em Voo (10-13 anos) – para alunos/as e para profes­ sores/as. Outras faixas etárias: Flâmu­ la Juvenil, para adolescentes, Cruz de Malta, para jovens, e Em Marcha, para adultos/as. Todas contêm exemplares para alunos/as e para professores/as. A equipe de redação é com­ posta por pedagogas, pastoras e pastores que contam com a colaboração de vários irmãos e irmãs das nossas igrejas me­ todistas no Brasil. As revistas são fruto de uma construção coletiva, filosofia que rege a produção. A concepção teológica e pedagógica baseia-se em Lucas 24.13-35, um texto clássico para ilustrar a pedagogia de Jesus, cujas principais característi­ cas são: a pergunta, a escuta,

o diá­logo, o confronto pessoal e o desafio para o serviço. É a partir dessas características que o conteúdo e os planos de aula são elaborados. O currículo é temático e tem sido construído a partir das de­ mandas da Igreja, da sociedade e em diálogo com o Plano Na­ cional Missionário. Com a in­ tenção de promover a unidade e conexidade da igreja, todas as faixas etárias (garantidas suas especificidades) estudam os mesmos temas. Todas as revis­ tas são compostas por 23 estu­ dos, o que atende ao período de quase um semestre. O objetivo do Departamento Nacional de Escola Dominical é colaborar para que o povo de Deus se mantenha firme na verdadeira e genuína Palavra de Vida, as Sagradas Escrituras, e a equipe está sempre aberta ao diálogo e sugestões para que as revistas sejam instrumento de graça e verdade na formação do caráter íntegro e missionário da igreja de Jesus Cristo.

Metodistas recebem Prêmio Mundial da Paz 2017 Redação EC

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uas organizações foram escolhidas para rece­ ber o Prêmio Metodista Mundial da Paz em 2017. Os destinatários foram escolhidos na reunião do Comitê Diretor do Conselho Metodista Mun­ dial do ano passado, realizada em Roma, Itália. O comitê ver­ balizou seu desejo de apresen­ tar o prêmio a um destinatário metodista e não metodista, es­ pecialmente durante uma épo­ ca em que o mundo precisa ou­ vir e ver a paz em ação. Ambas as organizações trabalharam corajosamente para a paz em suas respectivas áreas do mun­ do, mas também contribuíram para inspirar outros/as a traba­ lhar pela paz globalmente. As Igrejas Metodistas na Itá­ lia (OPCEMI) foram escolhidas por seu trabalho e compromis­ so com migrantes e refugiados/ as que datam de 1989. Esta pe­ quena igreja (parte da União de Metodistas e Valdenses da Itália) mostrou grande coragem diante da grande crise de refugiados/ as e migrantes que inundam a Europa. Quando outros/as dis­ seram que os problemas eram

Rev. Kristen Brown entrega a mensagem em nome do Conselho Metodista Mundial a Daoud Nassar.

insuperáveis, a atitude do OPCE­ MI foi que “não poderíamos fa­ zer outro – não podíamos sentar e deixar isso acontecer”. Um es­ paço seguro e acolhedor chama­ do “Casa da Cultura” foi criado em Scicli, na Sicília, que acolheu refugiados/as e migrantes da Sí­ ria, do Iraque, do Oriente Médio e da África do Norte, Central e Ocidental. O trabalho da igreja abrangeu décadas e saudou os/as

migrantes das religiões protes­ tante, católica e muçulmana. O seu envolvimento com a espe­ rança do Mediterrâneo tem sido consistente e continuou apesar da crescente onda de chegadas à Itália. O OPCEMI continua seus esforços também financiando os corredores humanitários atra­ vés do escritório “8 x 1000” da União das Igrejas Waldensian e Metodista na Itália.

A família Nassar foi escolhi­ da por seu trabalho com a Ten­ da das Nações que ela hospeda em sua fazenda de 100 hectares, localizada a Sudoeste de Belém, em uma área altamente dispu­ tada da Palestina, controlada pelo governo israelense. A fa­ mília permanece em suas terras e compartilha sua história de paz com convidados/as de todo o mundo. A família não tem

permissão para desenvolver sua fazenda para fins agrícolas, não há acesso a infraestrutura de energia, água ou esgoto, nem pode obter permissões para qualquer novo edifício. A famí­ lia apresentou alternativas cria­ tivas e sustentáveis. Cada verão, crianças de aldeias locais (cristãs e muçulmanas) participam de um campo de verão destinado a libertar e distrair as crianças da política circundante, capacitan­ do-as com autoconfiança para que elas possam fazer parte de um futuro melhor para a Pales­ tina. A família também estabe­ leceu o Centro de Mulheres Bent Al-Reef para capacitar mulheres com aulas de inglês, computa­ dor, arte, etc., e incentivá-las a desempenhar um papel na for­ mação da sociedade. Todos os anos, centenas de voluntários/as viajam para a Palestina, moram com a família Nassar e se enga­ jam ativamente no trabalho dos programas de terra, participação e liderança. /// Com informações: Barby Bowser - Assistente Executivo e de Comunicações do Concílio Mundial Metodista.


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Férias no Nordeste: tempo de conexão e missão AS DICAS DA MISSIONÁRIA…

Luís Mendes e Patrícia Monteiro

Do convite à conversão

O mandamento “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16.15) não define tempo nem ocasião. Foi assim que pensou a meto­ dista Luciana Lima, que congre­ ga na Igreja de Coxim, no Mato Grosso do Sul. No início de 2015, em uma viagem à capital paraibana, convidou sua prima,

Em João Pessoa • Para quem gosta de fotografias histórias, Claudete indica a região do centro histórico de João Pessoa com sua arquitetura histórica; • Se a busca é pela natureza, a missionária indica as praias do litoral sul da Paraíba, com destaque para a cidade do Conde e suas praias, como Jacumã, Carapibus e Coqueirinho; • Para quem gosta do ambiente urbano, as praias indicadas são Cabo Branco e Tambaú, com forte destaque para a estrutura turística, de hotéis, restaurantes e artesanato; • Para banhos de mar, a indicação é a praia do Bessa, o pôr do sol é na Praia do Jacaré. O culto, na Congregação do Bessa, claro!

© FOTOS ARQUIVOS REMNE

uando o calendário anun­ cia os últimos dias do “ano velho”, a expectativa das férias abre o ano novo com entusiasmo. Com sol o ano inteiro e paisagens inspiradoras, o Nordeste é o destino número um dos/as brasileiros/as, segun­ do o Ministério do Turismo. A pesquisa Sondagem do Consu­ midor – Intenção de Viagem (2016) destaca que a região foi indicada como destino de 50,7% dos/as brasileiros/as que preten­ diam viajar nas férias; o Sul é a segunda região na preferência dos viajantes. Na região do Nordeste, há praia, gastronomia, cultura, ar­ tesanato. Mas não é só isso. Pre­ sente em todas as capitais nor­ destinas e em diversas cidades do interior, a Igreja Metodista também é um dos destinos visi­ tados pelos/as turistas metodis­ tas de outras regiões.

Karen Cristina Junqueira, para visitar a Congregação do Bessa, em João Pessoa. No Nordeste, a metodista do Mato Grosso do Sul se sentiu em casa e logo apresentou a prima à comuni­ dade de fé.

Karen, que não é paraibana, estava passando um tempo em João Pessoa, para a realização de concursos públicos. Apesar de estar ocupada nos três tur­ nos, enquanto trabalhava e es­ tudava, conseguia frequentar a

Equipe da TV Manaíra (Band local) cobrindo o projeto Missão Nordeste em João Pessoa, julho 2015.

Congregação nos fins de sema­ na e compartilhava a amizade dos/as irmãos/ãs da Igreja, que logo a encaminharam para um período de discipulado, culmi­ nando em seu batismo, no mês de dezembro de 2015. Para Karen, o convite foi o início de uma mudança de vida. Pois, nas palavras dela, foi apresentada a “anjos”, que Deus usou para ajudá-la em sua caminhada. “Foi muito impor­ tante para mim, pois não co­ nhecia ninguém, e quando mi­ nha prima me convidou para ir à Igreja, Deus colocou o desejo no meu coração de me batizar. Conheci pessoas sensacionais que me ajudaram muito. Tinha um problema cardíaco e não sa­ bia, descobri quando voltei e me tratei; se não fosse o apoio de todos/as, não teria conseguido passar por isso”, afirmou Karen. Depois dos nove meses mo­ rando na capital paraibana, Ka­ ren Cristina retornou para sua região e atualmente está mo­ rando em Presidente Prudente/ SP. Ela congrega na Igreja Meto­ dista Novo Bongiovane e afirma que está cada dia mais firme no

evangelho, sendo grata a Deus por ter sido convidada pela pri­ ma para conhecer uma Igreja Metodista no Nordeste e ter sido abraçada pela comunidade de fé. “Todos os ensinamentos que eles/as me deram me ajuda­ ram muito a continuar firme na caminhada. Tenho uma grati­ dão eterna por tê-los/as conhe­ cido, sinto falta das pessoas de lá de João Pessoa”, diz.

Clima e corações aquecidos

Uma feliz coincidência foi que a líder que acolheu Karen Cristina na Congregação do Bessa, em João Pessoa, também não é nativa da Região Nordes­ te. A missionária Claudete Cos­ ta nasceu em Barra Mansa, no Norte Fluminense, e depois de cursar Teologia, Missiologia, frequentar a Escola de Missões, ter experiências missionárias nos estados do Rio de Janei­ ro, São Paulo, Amazonas e em países como Paraguai, Chile e África, foi designada em 2011, pela 3a Região, em São Pau­ lo, para atuar no município de Acaraú, litoral do Ceará.


METODISMO

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Janeiro de 2018 | www.expositorcristao.com.br Para a missionária, o des­ taque do novo trabalho foi a hospitalidade, a alegria, a dina­ micidade do povo, que é muito acolhedor, respeitoso e cuida­ doso com ela e também com as pessoas que visitam a região. “Eles/as são muito zelosos/as com tudo que fazem. Têm mui­ to cuidado com a natureza, com o desperdício de água e de co­ mida, e respeito com as pessoas. Como morava próximo a uma comunidade de pescadores/as, eles/as distri­ buíam as primí­ cias de seus trabalhos com os/as obreiros/as das Igreja”, lembra a missionária. “Existe ainda uma valoriza­ ção muito forte da cultura lo­ cal, pois quando se visita uma casa da comunidade, você é convidado/a a conhecer as igua­ rias de sua culinária e as parti­ cularidades regionais. Eles/as têm prazer em mostrar sua cul­ tura para os/as visitantes”, enfa­ tizou a missionária. Em 2015, Claudete foi nomea­ da para a Congregação do Bes­ sa, que fica em João Pessoa, no bairro de mesmo nome. A praia é considerada uma das mais be­ las da capital paraibana, sendo nomeada pela mídia local como CariBessa, pelas características naturais que se assemelham às praias do Caribe. A missionária afirmou que encontrou na comunidade a mesma paixão pela autenti­ cidade cultural. “Eles/as não perderam suas raízes, são mui­ to verdadeiros/as, cultivam a simplicidade do/a nordestino/a, que não se vende, nem negocia seu caráter”, enfatiza. Outro destaque é a receptividade do povo litorâneo, ela conta que quando se senta à beira-mar, em pouco tempo chega alguém que logo a faz se sentir parte do lo­ cal, como se ela sempre tivesse pertencido àquela comunidade, uma característica importante, já que a cidade recebe muitos/as visitantes, inclusive metodistas de outras regiões que visitam nossas Igrejas.

DICAS DO PASTOR • Na região metropolitana de Natal, a dica do pastor é relaxar nas águas da Lagoa de Alcaçuz, um banho renovador, em que você fica em redes dentro da própria lagoa. O/a turista pode desfrutar ainda de um belo passeio de buggy e conhecer seis praias e quatro lagoas em um único dia. Temos um bugueiro metodista (Irmão Augusto) que pode fazer esse passeio com segurança. • Outro ponto turístico indicado é o cajueiro de Pirangi, que é uma árvore gigante localizada na praia de Pirangi do Norte, no município de Parnamirim, a 12 quilômetros ao sul de Natal. A árvore cobre uma área de aproximadamente 8.500 metros quadrados, com um perímetro de aproximadamente 500 metros e produz cerca de 70 a 80 mil cajus na safra, o equivalente a 2,5 toneladas.

especial para os/as visitantes turistas e as pessoas que che­ gam à cidade para morar, pois esta é uma realidade da região, por ser um polo turístico e por estar em plena expansão eco­ nômica, sendo uma das regiões que têm apresentado um cres­ cimento médio acima da média nacional, segundo informações do IBGE. A atenção que o pastor falou anteriormente é confirmada pe­ las palavras da irmã Ieda Car­

melindo, que morava em Minas Gerais e há cerca de quatro anos visita a Igreja de Natal. “A Igreja Metodista Central de Natal me acolheu como visitante e, poste­ riormente, como membro quan­ do me mudei para a cidade, em 2017. É uma Igreja alegre, calo­ rosa e missionária”, ressalta.

Um Nordeste inteiro para se conectar

Recife, Fortaleza e Salvador estão entre as capitais nordes­

tinas mais visitadas pelos tu­ ristas. Nessas cidades o meto­ dismo está fortemente presente e ativo, com congregações em diversos bairros. Em Salvador, por exemplo, a igreja central está localizada na Praia do Rio Vermelho, que possui diversos hotéis e pousadas. De acordo com o pastor André Nunes, o Rio Vermelho é o bairro “mais boêmio da cidade”, com mui­ tos bares, restaurantes e casas de shows ao vivo. No entanto, a

Para as férias e para a vida

Além de ser uma das re­giões mais visitadas no período de férias, o Nordeste tem sido um local aonde muitos/as metodis­ tas/as de outras regiões estão indo para morar, seja por esco­ lha pessoal ou por transferência motivada por negócios ou tra­ balho. A cidade de Natal, capi­ tal do Rio Grande do Norte, é uma das cidades que recebem muitos/as metodistas para re­ sidirem pelo fato de apresentar um forte crescimento econômi­ co e bases militares, com desta­ que para a base aérea na Região Metropolitana da Capital. Segundo o Pastor Georg Emmerich, na Igreja Central de Natal, existe uma atenção

Uma das opções ao visitar o Nordeste é participar das celebrações nas Igrejas Metodistas.

Igreja Metodista Central de Sal­ vador oferece um refúgio para quem deseja ouvir a Palavra de Deus. E para quem estiver de passagem na capital baiana, o pastor destaca: “nossa igreja tem trabalho nos domingos às 9h e às 18h, e na quarta-feira às 19h. É uma igreja extremamen­ te alegre e receptiva”, destaca. Há também metodistas de outras regiões que aproveitam as férias para dedicar tempo à missão. De olho nisso, o projeto Missão Nordeste esteve em João Pessoa/PB e em Maxinaré/RN, em julho de 2015. O trabalho missionário nas praias da capi­ tal foi pauta para a TV local. No ano passado, foram as igrejas de Salvador, Aporá e Porto Seguro que receberam a equipe de mis­ sionários/as metodistas do Rio de Janeiro, sob a coordenação do irmão Sebastião Castro (da IM em Botafogo) em parceria com a Escola de Missões. Seja por motivo de trabalho, turismo ou lazer, quem visita o Nordeste poderá encontrar, nas capitais e nas principais cidades do interior, igrejas metodis­ tas que oferecem acolhimento, alegria e vigor missionário. Se você é metodista e está progra­ mando uma viagem para esse cenário de sol o ano todo, tem a oportunidade de fortalecer a conexidade com irmãos e irmãs de coração aquecido e sotaque bem nordestino. Com a aju­ da da internet ou indicação de amigos/as e parentes, é possível localizar uma igreja próxima e ali estar conectado/a ao Senhor e aos/às irmãos/ãs, mesmo em tempo de férias.


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MÍDIA Janeiro de 2018 | www.expositorcristao.com.br

W W W. E X POSI TORC R ISTAO.COM . BR

NOTÍCIAS

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GIRO DE

O QUE FOI DESTAQUE NO PORTAL EXPOSITOR CRISTÃO

ATAQUE À IGREJA METODISTA NO PAQUISTÃO

PRIMEIRA REGIÃO ESCLARECE NOTÍCIAS SOBRE BINGO CLANDESTINO NO RJ

Redação EC

Diante de matérias jornalísticas sobre a ação da Polícia que “estourou” um bingo clandestino “que funcionava em uma igreja”, a Igreja Metodista esclareceu, entre outros pontos, que o imóvel da foto que ilustra a matéria foi utilizado, sob locação, pela Igreja Metodista até o mês de junho de 2017, ocasião em que aquela igreja que ali se reunia mudou de endereço. Leia o esclarecimento completo.

O Giro de Notícias traz mais uma edição especial, dessa vez com a pessoa de referência do Departamento Nacional de Música e Arte da Igreja Metodista, Nelson Junker. A conversa foi gravada durante a primeira reunião presencial do departamento nas dependências da Faculdade de Teologia.

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MÚSICA E ARTE

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NOTA DE FALECIMENTO - PHYLLIS REILY: Com tristeza informamos o falecimento da irmã Phyllis Reily, que aconteceu dia 5 de dezembro, no Hospital da Unicamp. Educadora e artista plástica, agraciada com a Ordem do Mérito dos Educadores Metodistas, a americana Phyllis produziu vários trabalhos na área da educação, tanto na Igreja Metodista quanto fora dela. CMI FALA SOBRE JERUSALÉM: Juntamente com todos/as os/as cristãos/ãs em todo o mundo, as igrejas membros do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) olham para a Cidade Santa de Jerusalém como a localização do evento fundacional nas origens da nossa fé. O CMI reconhece Jerusalém como uma cidade de três religiões e dois povos. CALIJU 2018: A Confederação Metodista de Juvenis divulga programação da Caliju 2018. É possível realizar a inscrição no nosso site. A Capacitação de Lideranças Juvenis, a Caliju, acontecerá entre os dias 24 e 27 de janeiro de 2018, na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).

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RÁPIDAS

DECLARAÇÃO DA ASSEMBLEIA DO CIEMAL O Conselho de Igrejas Evangélicas Metodistas da América Latina e Caribe (CIEMAL) publicou a Declaração emitida durante sua XI Assembleia, que aconteceu na cidade do Panamá entre os dias 10 e 13 de outubro. O conteúdo fala sobre a responsabilidade de metodistas do continente, diante das situações de emergência e injustiças sociais que alcançam os países assistidos pela organização.

Para manter os propósitos e ideais wesleyanos devemos nos manter firmes e unidos em oração por todos os institutos educacionais COLÉGIO EPISCOPAL E COGEAM, EM PRONUNCIAMENTO SOBRE REESTRUTURAÇÃO NA UMESP

MAIS LIDAS

AS MATÉRIAS MAIS ACESSADAS NO PORTAL EXPOSITOR CRISTÃO

IGREJA METODISTA CELEBRA DIA INTERNACIONAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

A Igreja Metodista, por meio da Pastoral de Combate ao Racismo e dos Departamentos da Área Nacional, trabalhou durante o mês de novembro o tema da Consciência Negra, oferecendo materiais de apoio.

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DEZ MATERIAIS DE APOIO PARA FALAR SOBRE CONSCIÊNCIA NEGRA NA IGREJA

A liturgia para o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência foi um dos conteúdos mais acessados no site do Jornal Expositor Cristão. Você pode acessar a programação durante o ano todo para apoiar a inclusão de todas as pessoas.

Ao menos 9 pessoas morreram e 25 ficaram feridas em um atentado terrorista cometido no dia 17 de dezembro contra uma Igreja Metodista em Quetta, na província de Baluchistão, no Paquistão. O local fica a cerca de 65 quilômetros da fronteira afegã. Militantes invadiram a igreja, que reunia cerca de 400 pessoas no dia. O grupo Estado Islâmico (EI) assumiu a autoria do atentado. Um dos terroristas estava com explosivos pelo corpo e os detonou, cometendo suicídio. A polícia conseguiu neutralizar apenas um dos criminosos, que morreu na entrada do templo. Os outros dois fugiram. “Se os homens tivessem ido mais longe, poderíamos ter centenas de baixas”, acrescentou. Um dos homens detonou seu colete de bomba e o outro foi parado em um tiroteio com a polícia. Mais dois deles fugiram e uma operação de pesquisa está em andamento, de acordo com relatórios. Declara-se que dezenas de pessoas foram feridas no ataque, que ocorreu durante um serviço de domingo na Igreja Metodista Memorial de Bethel. Uma testemunha disse à BBC que várias crianças que frequentavam a escola dominical tinham se refugiado enquanto os tiros continuavam em torno delas. Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Dr. Mohammed Faisal, condenou o ataque. Os ataques na região muçulmana, principalmente sunita, não são incomuns, muitas vezes visando à comunidade muçulmana Hazara Shia em atentados suicidas. A minoria cristã do Paquistão também tem sido frequentemente objeto de ataques militantes. Guardas foram colocados perto da igreja em Quetta como resultado. A Igreja foi construída em 1935, durante o governo britânico no Paquistão. Em 2013, o Talibã paquistanês cometeu o maior ataque contra uma igreja cristã, em Peshawar, que provocou 100 mortes. /// Com informações de BBC News e Ansa Brasil.


CRIANÇA

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Há tempo para todo

propósito debaixo do céu!

A

s férias chegaram! Este é um período em que as crianças podem dormir até mais tarde! Brincar, passear, ter diferentes diversões! Nada de video game, TV ou internet por tempo demais! Hoje em dia as crianças têm uma vida muito atarefada, cheia de atividades e compro­ missos: escola, natação, inglês e muito mais coisas… Enfim, as crianças têm uma semana ocu­ padíssima, às vezes, até sem ter tempo livre para brincar, tempo ocioso, ou mesmo um tempo para poder curtir junto à fa­ mília, por isso as férias são tão importantes! Um período de­ dicado ao lúdico e ao descanso físico e mental. A psicóloga Nívea Fabrício, diretora pedagógica do Colé­ gio Graphein (SP), que ao lon­ go de mais de 35 anos fez uma pesquisa observacional sobre o tema, aponta que: “Durante as férias, as crianças montam um quebra-cabeça de tudo aquilo que elas aprenderam na esco­

la. Eu percebo que elas voltam mais amadurecidas. Aquela que é mais tímida fica mais falante, a que tem dificuldade em mate­ mática vem mais disposta para aprender a matéria. Ou seja, as férias também ajudam no de­ senvolvimento da criança – e isso faz com que ela consiga se concentrar e aprender mais”. Algumas famílias encaram as férias como um problema, pois as crianças vão ficar mais tempo em casa e assim acre­ ditam que pode aumentar o trabalho. Contudo, deveriam tentar olhar por outra ótica. Valorizar esse tempo acredi­ tando em fortalecer ainda mais os laços familiares! Pense bem! Uma das melho­ res coisas para os/as seus/as fi­ lhos/as é quando as férias são aquelas nas quais as pessoas que elas amam estão juntas e elas recebem maior atenção! Vejam bem, estão juntos/as e recebem mais atenção! Por que pontuar isso? O tempo é precioso, como diz em Eclesiastes 3.1-8.

Portanto, pais! Deem atenção e se façam presentes na vida de seu/a filho/a o máximo que puderem! Façam programas juntos! Sejam menos rígidos/ as! Mas é necessário dar limite! Também é uma forma de amar! Vejam filmes juntos! Comam pipoca! Leiam a Bíblia e histó­ rias com seus filhos/as e para eles/as! Ousem com a criativi­ dade que só o tempo que Deus dá pode ser compartilhado e saboreando da melhor forma possível! Tempo de ensino e aprendizado com as crianças. Tempo que os/as farão sentir um saudosismo quando elas já estiverem grandes! Tempo que não volta mais! Mas muitas vezes é impossível conciliar as férias das crianças junto às suas. Portanto, aprovei­ te suas folgas o máximo possí­ vel com elas, e o tempo que não podem, procurem alternativas, como a colaboração dos/as ami­ gos/as, de parentes, pessoas de confiança, atividades na igreja – EBF’s, tarde diferente, acampa­

“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar; Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar; Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar; Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora; Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar; Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz.” dentro, também tem as colônias de férias e outras atividades. Portanto, pais/responsáveis, essas são sugestões para um me­ lhor aproveitamento deste tem­ po de descanso, férias… Mesmo vivendo tempos difíceis, crises em todos os setores. Não deixe que isso os/as impossibilite de

amar o tempo que o Senhor dá a todos/as e de curtir as crianças da melhor forma possível, pois tudo que o Senhor faz é bom. O TEMPO todo ELE é BOM! Assim, este é o desejo do DNTC, que as férias sejam tem­ po de apreciação de estreita­ mento das relações!


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